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T U C A N O DIÁRIO I N F O R M AT I V O D A S BA N C A D A S D O P S D B N A C Â M A R A E N O S E N A D O N º 792, S E G U N D A – F E I R A , 18 D E D E Z E M B R O D E 2 0 0 6 Pannunzio condena uso eleitoral da Petrobras O deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) condenou o que classificou de “propaganda enganosa” do governo e da Petrobras sobre autosuficiência na produção de petróleo para beneficiar a campanha do presidente Lula à reeleição. Semana passada, em jantar para a imprensa, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, admitiu que a festejada auto-suficiência só virá em fevereiro. Pannunzio ressaltou que a propaganda favoreceu Lula no pleito de outubro. “Para este governo, divulgação é muito mais importante do que a execução das obras. Tudo é noticiado antes de sair do papel. Isso tem sido uma prática comum”, opinou. Redecker: Bastos não quer esclarecer dossiegate O deputado Júlio Redecker (RS) rebateu na última sextafeira afirmação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de que a Polícia Federal pode não descobrir nunca a origem do R$ 1,75 milhão apreendido com petistas para comprar um falso dossiê contra tucanos. “Essa declaração pode retratar sua vontade ou ainda a ordem dada por ele à PF, sua subordinada. Não tenho dúvida de que é totalmente possível identificar de onde saiu o dinheiro”, afirmou o deputado . “Se as instituições efetivamente funcionassem e as pessoas temessem as ações do Estado, essas armações não aconteceriam com tanta freqüência”, acrescentou. Deputado Ronaldo Dimas aponta avanços na LDO imas ((T TO) apontou O deputado Ronaldo D Dimas avanços incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2007, aprovada na última quinta-feira em sessão do Congresso Nacional. “As estatais passarão a ter um sistema de informação online parecido com o Siafi, na qual prestarão suas contas. E o Congresso terá acesso a esse banco de dados, o que dará mais transparência”, destacou na sexta-feira, ao fazer uma comparação com o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, instrumento que permite o controle e acompanhamento dos gastos públicos. VOTAÇÃO NA Q UINT A – A LDO foi votada QUINT UINTA com quase seis meses de atraso, pois deveria ter sido apreciada no final do primeiro semestre deste ano. A obrigatoriedade da redução em 0,1 ponto percentual do PIB das despesas correntes (de manutenção do governo) foi a principal polêmica na última sessão. “O governo queria retirar essa obrigatoriedade, mas a oposição impediu que isso ocorresse. A manutenção do dispositivo é melhor para o país”, frisou Dimas. A lei de diretrizes tem outras mudanças em relação ao texto aprovado na Comissão Mista de Orçamento em junho deste ano. Uma delas isenta os municípios de até 25 mil habitantes com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) abaixo de 0,6 de contrapartida em programas federais das áreas sociais. A matéria aprovada segue para sanção presidencial. Nesta semana – a última de funcionamento do Congresso no ano –, a Comissão Mista do Orçamento se reunirá cinco vezes: duas na quartafeira e três na quinta, todas no plenário 2. Na pauta, a votação de créditos extraordinários para ministérios referentes ao Orçamento 2006. Já a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve ser votada no dia 22. Também na quinta-feira, às 16h, o Congresso avaliará a revisão do projeto do Plano Plurianual do período 2004-2007. A LOA estima as receitas e programa as despesas de cada ano, disciplinando as ações do governo federal. A lei reúne três orçamentos: o fiscal, com os gastos dos órgãos e entidades dos três poderes; o da seguridade social, que inclui ações das áreas de saúde, previdência e assistência social; e o de investimentos das estatais. Cepal desmente promessa de Lula sobre crescimento do PIB Pelo terceiro ano consecutivo só o Haiti deve crescer menos que o Brasil entre os países da América Latina. A avaliação é da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que projeta expansão de apenas 3,5% do PIB brasileiro em 2007. Já a economia haitiana deve chegar a 3%. Os números desmentem as insistentes promessas de Lula e “companheiros” de que o crescimento atingirá 5% no próximo ano. “Passadas as eleições, a gestão Lula continua resumida à retórica e à falta de propostas consistentes”, condenou o deputado Custódio Mattos (MG) na última sexta-feira. SEM RUMO – Para o tucano, a promessa reiterada semana passada pelo presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, é uma “manobra mentirosa” e sem “embasamento técnico”. As previsões do presidente Lula, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e de outros integrantes do governo estão desmoralizadas. “Há três meses, eles garantiam que os 5% viriam ainda neste ano, apesar de todas as avaliações técnicas mostrarem o contrário”, lembrou Custódio, ao ressaltar que as projeções do PIB deste ano já não passam de 2,8%. O tucano citou artigo de Luiz Carlos Mendonça de Barros, publicado no dia 15 na Folha de S. Paulo, no qual o economista defende que o governo realize parte dos investimentos em infra-estrutura via iniciativa privada, já que não dispõe de verbas suficientes para bancar isso sozinho. Mas, segundo o parlamentar mineiro, os sinais enviados pela gestão petista mostram a falta de disposição de corrigir a rota assumida ainda durante a campanha, quando Lula iniciou uma série de ataques contra as privatizações. “A tendência é continuar nesse ritmo”, apontou. Já o deputado Walter Barelli (SP) ressaltou que os números da Cepal respaldam as constantes críticas do PSDB ao pífio crescimento brasileiro. “A política econômica adotada por este governo deixa o país na rabeira”, lamentou o tucano. Para Barelli, falta à gestão petista orientação e projeto. “Acredito na Cepal, e não nos chutes do governo. O desejo de crescer 5% não passa de mera vontade”, concluiu. e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br DIÁRIO TUCANO n 18 de dezembro de 2006 Lúcia Vânia: proposta do governo para Fies já existe A senadora Lúcia Vânia (GO) fez um alerta durante reunião da Comissão de Educação na semana passada sobre a intenção do governo federal de apresentar, como se fosse de sua autoria, uma proposta já existente e relatada pela parlamentar goiana. O PL 5/2004, do senador Eduardo Siqueir aC ampos ((T TO) iqueira Campos O), insere artigo na Lei 10.260, de 2001, que trata do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O objetivo é criar uma forma especial de amortização dos débitos dos alunos mediante a prestação de serviço social. “O Ministério da Educação pretende apresentar, em breve, programa nos mesmos moldes do PL 5/04”, protestou. Leia mais no site Almeida critica fim da cláusula de barreira Especialista em reforma política, o deputado João Almeida (BA) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a cláusula de barreira.“A decisão foi lamentável e assim permanecerá até nos debruçarmos sobre a reforma política”, lamentou. Para o tucano, a sentença do tribunal soa como um retrocesso para aqueles que defendem um processo político mais transparente e correto com a representatividade obtida nas urnas. “É preciso criar regras que obriguem as legendas a ter um apoio mais amplo na sociedade sem que isso afete o direito das siglas de existir livremente”, avaliou. 2 n ARTIGO n Insensatez Alvaro Dias* “O erro que começou há mil anos é tão errado como o que começa hoje, e o certo que surge hoje é tão certo como se tivesse a sanção de séculos” Thomas Paine (1737-1809) A divulgação do relatório da lavra do competente ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes – aprovado por unanimidade por aquela Corte – revelou em preto e branco as várias facetas do caos no ar e nas áreas de embarque. Numa exposição isenta, elaborada sob o rigor de dados eminentemente técnicos, o referido ministro do TCU concluiu: “a crise não foi obra do acaso, mas da má gestão, da sucessão de equívocos, da indolência, da incapacidade de expandir o setor e do contingenciamento de recursos”. O diagnóstico é gravíssimo, considerando que existem “dúvidas” sobre a “eficiência operacional” do sistema de controle aéreo. A política de corte de verbas do governo federal, aplicada de forma linear e sem qualquer critério de relevância, impediu que fossem repassados R$ 522,6 milhões para o setor, no período compreendido entre os anos de 2004 e 2006. Um tresloucado contingenciamento de recursos, somado a tantos outros ingredientes fatais, capitaneados pelo desleixo gerencial, culminou na grande confusão instalada. O menosprezo da administração do presidente Lula pela infra-estrutura pode ser dimensionado no epicentro da crise do transporte aéreo doméstico. Nesse contexto, temos a exata noção de estarmos diante apenas de episódio setorial e, como tão bem qualificou o economista Gustavo Loyola, “manifestação de uma crise muito mais profunda que ameaça toda a infra-estrutura econômica do País”. Pelo andar da carruagem – lembrando que poderemos retornar à tração animal para trafegar nas estradas pós-operação tapa-buracos – caminhamos a passos largos para um apagão logístico. A propósito, dos R$ 2,364 milhões autorizados para a manutenção das rodovias federais no ano corrente, apenas 34,7% foram pagos (R$ 820,7 milhões). O garrote oficial não poupa nenhuma artéria vital. Segundo a Associação Brasileira da InfraEstrutura e Indústrias de Base (ABDIB), no ano passado as seis principais agências do setor de infraestrutura foram contingenciadas em mais de R$ 4,4 bilhões, dos R$ 5,2 bilhões previstos, ou seja, 84% do total. Na seqüência cortante verificamos que a proposta de Lei orçamentária para 2007, elaborada pela pasta do Planejamento, já prevê expressivo contingenciamento dos recursos destinados às três principais agências reguladoras do País. A proposta do governo prevê R$ 2,2 bilhões para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas a reserva de contingência atinge R$ 1,3 bilhão (59%). Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dos R$ 413 milhões destinados R$ 256 milhões estão sujeitos a contingenciamento. O corte mais extremo ocorre no âmbito da Agência Nacional de Petróleo (ANP), cuja reserva de contingência supera 90% dos R$ 3,4 bilhões previstos. Sabemos o quão imperiosa é a necessidade de sustentabilidade imposta aos investimentos com recursos públicos. A manutenção do fluxo de desembolsos é fundamental. Vejamos um exemplo turvo nas águas que deveriam abastecer os lares dos menos favorecidos. De acordo com dados do ministério das Cidades, o governo empenhou R$ 12,8 bilhões nos quatro últimos anos. Deste valor empenhado apenas R$ 5,12 bilhões foram efetivamente pagos. São 19 milhões de pessoas sem água tratada e 47 milhões sem rede de esgoto. Não hesitei em ocupar a tribuna do Senado Federal, na última quarta-feira, para mais uma vez clamar ao governo que não limite investimentos em infra-estrutura. A insensatez não pode continuar sendo a bossa da gestão do presidente Lula. * O senador Alvaro Dias é líder da minoria e vice-presidente nacional do PSDB D I Á R I O T U C A N O Informativo das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado Câmara dos Deputados - Anexo II, sala 130 CEP 70160-900 Brasília (DF) Telefone: (61) 3215 9351 Fax: (61) 3 215 9350 Líder da bancada na Câmara: deputado Jutahy Junior (BA) Líder da bancada no Senado: senador Arthur Virgílio (AM) Presidente do PSDB: senador Tasso Jereissati (CE) Secretário-geral: deputado Eduardo Paes (RJ) Presidente do Instituto Teotônio Vilela: deputado Sebastião Madeira (MA) Coordenadora de Comunicação: Soraya de Alencar Editor: André Campos Subeditor: Marcos Côrtes Coordenador de redação: Marcus Achiles Diagramadores: Marco Caetano e Francisco Maia Produção: Bia Ramos e Fernanda Azevedo Repórteres: Adelciano Neto, Ana C. Silva, Bruno Santa Maria, Felipe Cabral, Michelle Maia, Narciso Portela, Rafael Secunho e Thais Antonelli A equipe do Diário Tucano é responsável pela Agência Tucana Fotos: Paula Sholl e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br
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