Revista Isto é Dinheiro A chave do lucro
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Revista Isto é Dinheiro A chave do lucro
YOU INC REVISTA ISTO É DINHEIRO ON LINE 01/05/14 ________________________________________________________________ A chave do lucro Queda da rentabilidade das aplicações imobiliárias leva investidores a contratar gestores particulares para cuidar do seu patrimônio. Compensa? Por: Luiz Gustavo Pacete Parceria lucrativa: Garnero, da Brasilivest (à dir.) e Fernandes, da Coldwell Banker: transformando praticidade em negócio ( foto: Pedro Dias/Ag. Istoé) Após anos de euforia, o mercado imobiliário voltou a se movimentar. No entanto, os preços estão mais competitivos, os inquilinos tornaram-se mais exigentes e os ganhos são menores. O rendimento dos imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro está no nível mais baixo desde 2008, de acordo com o índice FipeZap. No primeiro trimestre, eles renderam 1,45% em São Paulo e 1,11%, no Rio, bem abaixo do 1,68% da poupança nesse período. A saída para os investidores em imóveis tem sido contratar gestores profissionais para melhorar os ganhos. É o caso do empresário paulista Mário Garnero, proprietário de dois edifícios comerciais na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, e também de condominios residenciais, todos avaliados em R$ 1,3 bilhão. De olho na rentabilidade, a Brasilinvest, empresa de investimentos da família, comandada por Fernando Garnero, filho do empresário, delegou, em março, a gestão de seus imóveis à rede americana de franquias imobiliárias Coldwell Banker. “O gestor profissional está na vanguarda em serviços e em tecnologia, daí a 1 Communicação Assessoria Empresarial Av. Paulista, 2006, conj. 1008 - São Paulo/SP – 01310-926 t (11) 3285-5410 f (11) 3263-1176 www.communicacao.com.br YOU INC REVISTA ISTO É DINHEIRO ON LINE 01/05/14 ________________________________________________________________ importância de tê-lo como parceiro”, diz Fernando. Pensando em transformar essa comodidade em um negócio, a família Garnero acabou tornado-se sócia da Coldwell. “Vamos dar continuidade à parceria que começamos na área de franquias, também no segmento de gestão”, diz o português Jorge Paulo Fernandes, CEO da Coldwell Brasil, que espera atingir R$ 3 bilhões sob gestão até 2017. “Nosso desafio é ampliar a eficiência e o retorno desses imóveis.” A gestora, diz ele, pretende atrair investidores internacionais interessados em imóveis no País. O mercado é apetitoso e tem crescido 15% ao ano, estima o executivo Fábio Martins, diretor de gestão de propriedades da empresa americana JLL, que administra R$ 4,7 bilhões em imóveis brasileiros. Na capital paulista, de acordo com estimativas do mercado, há pelo menos 670 imóveis residenciais e comerciais de alto padrão administrados por gestoras especializadas. A questão é: quando vale a pena seguir o exemplo desses investidores e entregar as decisões a um administrador profissional? Para os especialistas, a contratação só é vantajosa quando o patrimônio é diversificado, está em vários endereços diferentes e atende locatários variados. “O investidor que possui três apartamentos ou um prédio comercial de R$ 5 milhões não deveria contratar um administrador, pois o custo desse profissional não compensa”, diz Marcelo da Costa Santos, vice-presidente da americana Cushman & Wakefield, com dez milhões de metros quadrados sob gestão no Brasil. Para patrimônios superiores a R$ 10 milhões, as gestoras oferecem serviços que vão da administração dos condomínios até o gerenciamento da modernização dos imóveis, operação conhecida como reposicionamento. “Na medida em que os empreendimentos foram se modernizando, tornou-se mais necessário contratar um gestor profissional, devido ao incremento no uso de tecnologia nos processos”, diz Martins, da JLL. Segundo o executivo, o reposicionamento é indicado para prédios com mais de 15 anos de uso, devido ao aumento das exigências das empresas locatárias. Dentre as principais atividades para os imóveis comerciais estão a troca de elevadores por equipamentos inteligentes, investimentos na sustentabilidade, como a reciclagem de água, ou mesmo melhorias na rede de transmissão de dados. Modernizar não é barato, pode custar de 1% a 2% do valor total do imóvel, mas, segundo os especialistas, esses investimentos podem elevar o valor de venda em até 25%. O percentual de aumento potencial na locação é menor, mas uma sede moderna atrai mais empresas. Alguns cuidados devem ser levados em consideração na hora de contratar. “Contratar um mau gestor provoca mais dor de cabeça ainda”, diz Eduardo Muszkat, diretor-executivo da incorporadora You, Inc. Além disso, é preciso verificar se as expectativas estão alinhadas. “As grandes gestoras podem dar prioridade para os clientes maiores. Por isso, é importante procurar uma empresa que se encaixe ao perfil de seus investimentos.” Para aqueles que não possuem imóveis, mas pensam em comprar, já é possível contar com o serviço de um gestor profissional mesmo antes da aquisição. “Podemos orientar que tipo de imóvel pode ser mais rentável e que representa um bom negócio para o cliente”, afirma Martins da JLL. “Tudo isso é feito por meio do cruzamento de informações que vai desde a tecnologia empregada até a localização do imóvel.” Já no caso do HSBC, o banco não oferece assessoria direta na gestão imobiliária, mas auxilia os clientes que possuem demanda por crédito 2 Communicação Assessoria Empresarial Av. Paulista, 2006, conj. 1008 - São Paulo/SP – 01310-926 t (11) 3285-5410 f (11) 3263-1176 www.communicacao.com.br YOU INC REVISTA ISTO É DINHEIRO ON LINE 01/05/14 ________________________________________________________________ imobiliário. “Os clientes que deixam seu patrimônio sob nossa gestão, muitas vezes, querem investir em imóveis”, diz Augusto Miranda, diretor de gestão de patrimônio do HSBC Premier.”Neste momento, oferecemos uma consultoria para uma melhor tomada de crédito.” -----“Os preços no Brasil tornam Miami atrativa” O argentino Edgardo Defortuna, CEO da imobiliária Fortune International, especializou-se em vender imóveis em Miami para latino-americanos. Ele falou com a DINHEIRO: Por Luciele Velluto Imóvel no Brasil está caro? O País cresceu muito, e rapidamente. Os preços chegaram a um nível em que não devem subir mais, o que diminui o interesse de quem quer investir. Miami está se desenvolvendo e os preços ainda podem crescer. O metro quadrado é mais barato em Miami que em São Paulo ou no Rio. Os preços no Brasil podem gerar uma bolha, como nos Estados Unidos? A crise nos Estados Unidos foi mais que imobiliária, foi financeira. Empréstimos mal concedidos não foram pagos, e ainda houve uma valorização de imóveis sem sentido. Esse não é o problema no Brasil. O que está ocorrendo é o preço máximo de um ciclo que deve se estabilizar. Não creio em uma queda repentina, como nos Estados Unidos. O preço no Brasil ajuda seu negócio? Sim. O preço do Brasil torna Miami atrativa, tanto que os preços caíram menos que a média dos Estados Unidos. As vendas são feitas à vista e não há problema de crédito. Entre os latinos, quem compra mais? Em número de compras é o argentino, que investe fora de seu país. Em preço, os brasileiros lideram. Para o brasileiro, US$ 5 milhões não são problema. Os mexicanos compram bastante, pois levam as famílias para morar em Miami. O venezuelanos fogem de seu país, mas não investem mais que US$ 1,5 milhão. Como o sr. vê a crise na Argentina? A situação está complicada. Muita incerteza, tanto na segurança quanto na economia. A agricultura continua forte, ganha-se dinheiro, mas as pessoas não investem no país, e as medidas para conter a saída de recursos pioram o problema. Os brasileiros vão continuar comprando imóveis em Miami? A geração de novos milionários não tem precedentes no País. A agroindústria está gerando um fluxo importante de compradores de imóveis em Miami. Pessoas fora do eixo São Paulo e Rio de Janeiro, que não pensavam em comprar algo no Exterior, hoje compram. O que eles buscam? Os brasileiros são muito unidos. Um amigo compra, outros seguem. Se a gente consegue um bom cliente, ele traz mais três ou quatro. O brasileiro compra pensando em lazer, mas depois acaba fazendo negócios. 3 Communicação Assessoria Empresarial Av. Paulista, 2006, conj. 1008 - São Paulo/SP – 01310-926 t (11) 3285-5410 f (11) 3263-1176 www.communicacao.com.br