Laboratório de avaliação de experiências de Responsabilidade

Transcrição

Laboratório de avaliação de experiências de Responsabilidade
Universidade Federal Da Bahia/UFBA
Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social/CIAGS
Programa de Capacitação em Gestão da
Responsabilidade Social Empresarial e Desenvolvimento
PETROBRAS – Universidade Corporativa
Laboratório de avaliação de experiências de
Responsabilidade Sócio-ambiental
Prof. Dra. Rosana Boullosa
Setembro/Dezembro 2008
Caras Alunas e Caros Alunos,
O Programa de Capacitação em Gestão da Responsabilidade Social Empresarial e
Desenvolvimento conta com uma atividade de formação, transversal a todas as disciplinas,
chamada Laboratório de Avaliação de Experiências de Responsabilidade Sócioambiental, cujos resultados serão apresentados ao final do Programa, no formato de
Seminário, com a participação de alunos, professores e convidados. Tais resultados servirão
ainda como Trabalho Aplicativo de Conclusão de Curso.
O Laboratório foi pensado para funcionar como contexto de aprendizagem para o
desenvolvimento de competências prático-teóricas úteis a compreensão e avaliação de
experiências de Responsabilidade Sócio-ambiental. Tais experiências serão escolhidas pelos
alunos e trabalhadas segundo uma metodologia de reconstrução e avaliação de casos que
prevê a integração e articulação dos conhecimentos adquiridos ao longo das disciplinas que
integram este Programa de Capacitação em Gestão da Responsabilidade Social
Empresarial e Desenvolvimento. A sua estrutura prevê 3 encontros presenciais, além de um
ambiente virtual online (plataforma NAVE) que poderá servir como base de integração para que
os alunos, reunidos em grupos, desenvolvam os seus casos de estudo.
11 Setembro
10 Dezembro
Desenvolvimento do trabalho (ambiente virtual)
11/09
07/10
04/11
Apresentação
em Seminário
Datas dos
encontros
Presenciais
Figura 1: Cronograma geral do Laboratório
Elaboração: Fonte própria
Laboratório de avaliação de experiências de Responsabilidade Sócio-ambiental • Prof. Dra. Rosana Boullosa 1
Objetivos do Laboratório
O Laboratório busca criar as condições propícias para que os alunos possam experimentar
coletivamente, em um ambiente relativamente tranqüilo e controlado, incursões no campo da
avaliação de programas, projetos ou ações de responsabilidade sócio-ambiental promovidas
pela iniciativa privada. De modo específico, o Laboratório objetiva:
1.
Oferecer oportunidade para que os participantes do curso façam articulações
entre experiências concretas no campo da responsabilidade socioambiental e
desenvolvimento, a partir dos referenciais teóricos e práticos trabalhados nas
seqüências de ensino;
2.
Promover a integração entre os participantes do curso, em torno do desafio
compartilhado de análise de experiência concreta de desenvolvimento, por
meio de ações e estratégias social e ambientalmente responsáveis;
3.
Incentivar os participantes do curso a criar relações entre os conhecimentos
adquiridos com as disciplinas do Curso e as experiência acumulada,
estimulando espirais de produção de conhecimento;
4.
Ajudar a identificar os limites, os desafios e as oportunidades para a atuação
socialmente responsável das empresas em processos de desenvolvimento
territorial.
A metodologia
O Laboratório consiste no desenvolvimento, em pequenos grupos de 3 a 5 componentes, de
um exercício de reconstrução e avaliação de uma experiência concreta no campo da
responsabilidade sócio-ambiental. Cada grupo deverá escolher uma experiência concreta
(programa, projeto ou ação), que será progressivamente trabalhada por meio de “perguntas
exploratórias”, construídas pelos próprios alunos no decorrer das disciplinas que compõem
cada uma das Seqüência de Ensino. Pedimos aos os alunos já levem algumas idéias de
experiências que poderão ser trabalhadas no Laboratório.
Para começar, cada grupo propõe uma breve descrição da experiência. Tal descrição deverá
ser enriquecida ao longo do Laboratório, com as respostas que os grupos vão construindo às
perguntas individuais propostas pelos seus componentes. Em outras palavras, o trabalho vai
ganhando consistência, ou seja a reconstrução e avaliação vão sendo feitas a medida que as
perguntas vão apontando vazios ou lacunas de compreensão das experiências em estudo.
Ao final de cada Seqüência, cada grupo deverá apresentar e discutir o avanço dos trabalhos,
em ocasião dos encontros presenciais e nos fóruns virtuais. As respostas das perguntas das
Seqüência anteriores poderão ser revistas. Com a conclusão da última seqüência, os trabalhos
deverão ainda receber, por parte dos respectivos Grupos, uma reflexão sobre os limites e
desafios das experiências em estudo.
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SE1
Breve
análise
+
SE2
Breve
Breve
anál
Br an
?
+
Breve
Breve
anál
Br an
?
SE3
+
Breve
Brev
e
anál
Br an
?
+
Limites/
Desafios
Figura 2: Estrutura do Trabalho Final
Fonte: Elaboração própria
È importante ressaltar que qualquer descrição de experiências não é a experiência em si, mas,
sim, a representação da compreensão de um fato empírico, tratando-se, portanto, de um
construto. Tal construto pode ainda ser visto como estratégico, pois pressupõe um modo de ver
e revelar um fato, ou seja, uma interpretação, que possui, ainda quando não declarado, um fim.
Toda descrição, portanto, é, por natureza, deformada.
Nesta perspectiva, a avaliação é ainda muito mais deformada, pois pressupõe a atribuição de
valor. Foi Scriven que, em 1967, definindo-a como o juízo, o valor ou o mérito de uma
“entidade” inaugurou tal interpretação. De lá para cá, muitos autores tentaram desenvolver este
filão de pesquisa. Entre eles, destacam-se duas contribuições:
•
Worthen, Sanders e Fitzpatrick (2004), “Avaliação é a identificação, esclarecimento e
aplicação de critérios defensáveis para determinar o valor (ou mérito), a qualidade, a
utilidade, a eficácia ou a importância do objeto avaliado em relação a estes critérios”.
•
Bezzi (2007): “Avaliação é o conjunto de atividades úteis para exprimir um juízo
direcionado a um fim – juízo argumentado através procedimentos de pesquisa
avaliativa. Tal pesquisa constitui-se como o elemento essencial e imprescindível para
dar confiança aos procedimentos e para garantir a fidelidade das informações
utilizadas para exprimir aquele juízo”.
Referências
a. Teórico-metodológica
1.
CANO, I. Introdução à Avaliação de Programas Sociais. FGV: Rio de Janeiro, 2004. 2a
Ed. (Leitura Básica);
2.
COHEN, E. & FRANCO, R. Evaluación de Proyectos Sociales, Buenos Aires, GEL,
1988 (Edição brasileira: Cohen, E. e Franco, R.: Avaliação de Projetos Sociais,
Petrópolis, Editora Vozes, 1995);
3.
NASIASENI CALMON, K. M. A Avaliação de Programas e a Dinâmica da
aprendizagem Organizacional, em Planejamento e Políticas Públicas, IPEA, Brasília, nº
19, junho 1998;
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4.
5.
SULBRANDT, J. A avaliação dos programas sociais: uma perspectiva crítica dos
modelos usuais, in KLIKSBERG, Bernardo (Org.) . Pobreza: uma questão inadiável.
Novas respostas a nível mundial, Brasília, Co-edição ENAP, 1994 ;
WORTHEN, B. R., SANDERS J. R. e FITZPATRICK, J. L.. "Avaliação de Programas concepções e práticas", cap. 1. Edusp: São Paulo, 2004. (Leitura básica);
b. Estudos de caso
6.
BUSCHINELLI, C.C.A.; RODRIGUES, G.S.; RODRIGUES, I.A.; FRIGHETTO, R.T.S.;
PIRES, A.M.M.; LIGO, M.A.; IRIAS, L.J.M. Avaliação Socioambiental da Produção
de Oleaginosas e a Inserção no Mercado de Biocombustível no Brasil.
L.J.M.Embrapa Meio Ambiente.
http://www.biodiesel.gov.br/docs/congresso2007/desenvolvimento/8.pdf
7.
CUNHA, C. G. S. Avaliação de Políticas Públicas e Programas Governamentais:
tendências recentes e experiências no Brasil (2006)
http://www.scp.rs.gov.br/uploads/Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Programas_Gove
rnamentais.pdf
8.
FERNANDES, E. N.; MULLER, M. D.; CARVALHO, G. R. Avaliação Sócio-Ambiental
do Programa de Alimentos Seguros – Setor Campo – Aplicado à Produção
Leiteira . Rev. Bras. de Agroecologia/out. 2007 Vol.2 No.2
http://www6.ufrgs.br/seeragroecologia/ojs/include/getdoc.php?id=5801&article=1905&m
ode=pdf
9.
INSTITUTO ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL . Indicadores
Ethos de Responsabilidade Social Empresarial. Consultar site:
http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/default.asp
10. NASCIMENTO, L. F.; PESSOA, R.W.A. Projetos de Responsabilidade Social
Empresarial no Ceará . Revista de Gestão e Negócios – Janeiro / Abril – 2008, v. 6, n.
1. http://www.cefetrn.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/138/126
11. TACHIZAWA, T.; POZO, H. Gestão socio-ambiental e desenvolvimento sustentável:
um indicador para avaliar a sustentabilidade empresarial. Rede, v.1, n. 1, pág 35-54.
http://www.prodema.ufc.br/revista/v01n01/art03.pdf
Entrega dos trabalhos e apresentação
1.
Cada uma das versões do trabalho (após as seqüências) deverão ser enviada para o
e-mail [email protected] ou postadas no ambiente virtual do Laboratório.
2.
O formato dos trabalhos é livre, não precisa (por favor) seguir a ABNT.
3.
O Formato da Apresentação no Seminário é livre. Cada grupo terá direito a 20 minutos,
seguido de discussão.
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Quadro-resumo das atividades e etapas
Etapa
Atividade
Data/
Período
1. Apresentação do Laboratório
Formulário do Grupo
definido – nome do grupo,
integrantes, e-mails
2. Formação de grupos de três a cinco
participantes do curso
A
3. Escolha de uma experiência a ser
focalizada ao longo do curso pelo grupo.
projeto, iniciativa, programa, ou organização,
que tenha relação com as temáticas tratadas
no curso. É desejável que pelo menos um
dos membros do grupo esteja envolvido com
a experiência. Caso nenhum dos integrantes
do grupo trabalhe com experiências nessa
área, podem escolher a experiência visitada
na Oficina 1 – Eco Luzia, ou outra
experiência na qual a empresa esteja
envolvida.
11 de
Setembro
B
Breve +
análise
Breve
Breve
anál
Br an
Formulário da Experiência a
ser estudada, com
descrição sucinta de 2
páginas
1º Versão do Trabalho
3. Desenvolvimento da 1º Versão do
Trabalho, com perguntas extraídas da SE 1.
Conteúdo mínimo:
a) Breve Análise do contexto em que
acontece a experiência – político, cultural,
ambiental, social e econômico;
b) Respostas às perguntas formuladas pelo
grupo para àquela SE.
Produtos
5 a 7 páginas
15/09
Prazo de Entrega:
28/09, às 24:00
a
28/09
Envio eletrônico:
[email protected]
?
4. Iº Encontro de discussão sobre o
andamento dos trabalhos
Reenvio dos trabalhos
corrigidos aos Grupos
através de e-mail ou
ambiente virtual
07 de
outubro
-
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5. Desenvolvimento da 2º Versão do
Trabalho, com perguntas extraídas da SE 2.
Conteúdo mínimo:
a) Respostas às novas perguntas formuladas
pelo grupo para àquela SE (velhas perguntas
podem ser revistas, reestruturadas,
modificadas ou canceladas);
b) Contemplar os seguintes pontos nas
perguntas do grupo: (a) identificação dos
atores envolvidos diretamente com a
experiência, (b) seus interesses, (c) suas
estratégias, especialmente empresas, e (d)
suas práticas em termos de responsabilidade
socioambiental
Breve
Breve
anál
Br an
?
Breve +
análise
2º Versão do Trabalho
7 a 11 páginas,
em padrão ENAMPAD
Prazo de Entrega:
26/10, às 24:00
08/09
a
26/10
Reenvio dos trabalhos
corrigidos aos Gr upos
através de e-mail ou
ambiente virtual
Breve
Breve
anál
Br an
?
+
6. II º Encontro de discussão sobre o
andamento dos trabalhos
Envio eletrônico:
[email protected]
04 de
novembro
-
7. Desenvolvimento da Versão Final do
Trabalho, com perguntas extraídas da SE 3
e
Conteúdo mínimo:
a) Respostas às novas perguntas formuladas
pelo grupo para a SE 3 (velhas perguntas
podem ser revistas, reestruturadas,
modificadas ou canceladas);
b) Contemplar os seguintes pontos nas
perguntas do grupo: (e) identificação das
estratégias e instrumentos de gestão –
especialmente os relativos a responsabilidade
social e investimento social privado - que vêm
sendo utilizados no âmbito da experiência
analisada;
c) Análise com Identificação de limites,
desafios e oportunidades para que a
experiência analisada avance em suas
práticas, no sentido da gestão social e
ambientalmente responsável e de seu
potencial para contribuir com o
desenvolvimento territorial (2 páginas)
Breve +
análise
+
Breve
Breve
anál
Br an
?
Breve
Breve
anál
Br an
?
+
+
Versão Final do Trabalho
05/11
a
20/11
13 a 17 páginas,
em padrão ENAMPAD
Prazo de Entrega:
20/11, às 24:00
Envio eletrônico:
[email protected]
Breve
Breve
anál
Br an
?
Limites/
Desafios
8. Entrega dos comentários pelo professor
sobre as Versões Finais dos Trabalhos aos
grupos
24/11
Envio aos grupos por e-mail
ou pelo ambiente virtual
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C
9. Preparação dos Roteiros para a
apresentação em seminário aberto
23/11
a
03/12
Não há entrega, o produto
será apresentado no
próprio Seminário
11. Apresentação e discussão da
experiência por cada grupo, em seminário
realizado ao final do curso, com a
participação de professores e alunos do
curso, bem como convidados externos que
tenham relação com as experiências
analisadas e as temáticas do curso
03/12
e
05/12
Trabalho apresentado
(após seminário, enviar
arquivo da apresentação ao
[email protected])
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