AGENTES QUÍMICOS DE GUERRA

Transcrição

AGENTES QUÍMICOS DE GUERRA
AGENTES QUÍMICOS DE GUERRA
TC Malizia– [email protected]
Doutrina DQBN: Agente Químico
Da doutrina DQBN, por "agente químico" se entende:
a)
Substância química selecionada para emprego em operações
militares com a finalidade de matar, prejudicar seriamente ou
incapacitar o ser humano, mediante seus efeitos fisiológicos;
b)
Estão excluídos os agentes antidistúrbios quando se
empregam para manutenção da ordem, os herbicidas, os
fumígenos e os incendiários.
Histórico
• Mitologia Grega (Toxicon = flecha envenenada)
• Guerra do Peloponeso (428 A.C.)
• Diversos casos de envenenamento ao longo da história.
• Convenção de Bruxelas (1874) – proibição de venenos.
• I Conferência de Haia (1899) – proibição de gases tóxicos.
Prof. Fritz Haber
Pai da guerra química
Nobel em Química de 1918
(síntese do amoníaco)
1a Guerra Mundial
– 22 de abril de 1915 –Yprés, Bélgica: 180 ton de Cloro
15.000 baixas nas forças aliadas;
1a Guerra Mundial
1916: Fosgênio – agente sufocante
(10x mais tóxico que o cloro)
Sufocantes
•Fosgênio (CG)
•Difosgênio (DP)
•Cloro (Cl)
•Cloropicrina
SUFOCANTES
SÍMBOLO
CG
(Fosgênio)
NOME
Cloreto de carbonila
FÓRMULA
1. PROPRIEDADES
SÍMBOLO APARÊNCIA ODOR PERSISTÊNCIA LCt50* LD50
Vapor Líquido
(mg.mi (g)**
n/m3)
CG
Gás incolor
Feno
Não persistente 3.200
fresco
ou
milho
verde
*LCt50 / LD50 –morte de 50%da população exposta.
* Valor considerado para uma pessoa com 70 Kg.
Sintomas dos Agentes Sufocantes
•Existe um período latente (de 30 min a 24 h) em que os sintomas do
envenenamento por fosgênio parecem fracos:
-Irritação nos olhos e no trato respiratório;
-Lacrimejamento, tosse, sensação de sufocamento;
-Em alguns casos, náusea e vômito.
•Após o período latente, surgem sintomas mais pronunciados:
-Dispnéia;
-Tosse acompanhada de dor;
-Cianose (extremidades e/ou pele azulada devido à falta de oxigênio).
a
1
Guerra Mundial
Desenvolvimento de máscaras de proteção respiratória
SUFOCANTES
Início do uso de máscaras primitivas
tipo H
tipo P
tipo PH
a
1
Guerra Mundial
1917 – alemães bombardeiam os aliados com um
agente químico com forte odor de mostarda, que
penetrava na pele, causando queimaduras e
produzindo mais de 6.000 baixas.
VESICANTES
Agentes vesicantes
HD - mostarda de enxofre destilada
Cl CH2CH2
•
•
•
•
•
•
•
•
S
CH2CH2Cl
H: Mostarda Lewistein (impura ~ 70%)
HD: purificada por destilação
Líquido oleoso
Muito solúvel em óleos, solventes orgânicos, lipídios
 fácil penetração na pele
Adsorção em superfícies
Persistência  2 semanas a 3 anos
Vapores penetram facilmente nas vestimentas comuns
Pt. ebulição: 215oC; pt. fusão 14oC
Agentes vesicantes
 Mostardas de enxofre
 Mostardas de nitrogênio
S
Cl
Cl
Cl
N
Cl
Cl
 Arsenicais
Agentes vesicantes
Agentes vesicantes
Modo de ação
Os agentes vesicantes ligam-se quimicamente a um grande
número de moléculas orgânicas,
influenciando vários
processos nos tecidos vivos, causando:
Quebra da cadeia de DNA
Ligação cruzada da cadeia de DNA
Inibição enzimática
Destruição das proteínas de membrana
Agentes vesicantes
 Além de utilizados no final da I GM, também foram
responsáveis por cerca de 20% de mortes na guerra do
Irã-Iraque (1979)
 Facilidade de fabricação
 Extremamente persistentes
 Efeitos retardados prejudicando o sistema hospitalar
Agentes vesicantes
Efeitos
Agentes arsenicais
 Agentes vesicantes e/ou vomitivos
 Introduzidos pelos alemães na I GM  penetração
das máscaras
 Menor pt. fusão (-18oC): mistura HD+L (HL) p/ uso
em climas frios
L
MD
ED
Agentes arsenicais
Lewisita
 Líquido oleoso, com odor de gerânios
 Menos volátil que HD
 Hidrolisa facilmente  menos persistente que HD em
ambientes úmidos
HEMOTÓXICOS
Agentes Hemotóxicos

HCN (AC), CNCl (CK)


Muito voláteis, relativamente pouco tóxicos
 obsoletos p/ uso militar mas uma das maiores ameaças para
terrorismo por sua disponibilidade

Modo de ação  inibição da citocromo oxidase (respiração celular)
Agentes Hemotóxicos
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-
Agentes Hemotóxicos
Os sintomas dependem da via de entrada, da dose total e do tempo
de exposição.
Inquietação e aumento da taxa respiratória;
Tontura e dor de cabeça;
Palpitações e dificuldade respiratória;
Vômitos, convulsões, parada respiratória ;
Perda da consciência.
No caso de exposição a altas doses não há tempo para os sintomas
se desenvolverem e as pessoas expostas podem desmaiar
repentinamente e morrer.
1a Guerra Mundial
-Ao final da guerra mais de
um milhão de baixas por
armas químicas.
-Principais agentes: cloro,
fosgênio e mostarda.
Vesicantes - último ano da guerra:
16% baixas britânicas
33% baixas americanas
1a Guerra Mundial
Agentes Químicos Testados
Bromo
Cloreto de triclorometilsulfurila
Fosgênio (CG)
Cloroformiato de triclorometila (DP)
Cloroformiato de monoclorometila
Cianeto de hidrogênio (AC)
Sulfeto de hidrogênio
Tricloronitrometano (PS)
Brometo de cianogênio
Etildibromoarsênio
Sulfeto de dicloroetila (HS, gás mostarda)
Cloreto de cianogênio (CK)
Dicloro de fenilcarbamina
Éter diclorometílico
Éter dibromometílico
Cianoformiato de metila
Cianoformiato de etila
Cloreto de metanossulfonila
Cloreto de etanossulfonila
Etildicloroarsênio
Metildicloroarsênio
Período entre as Guerras
Em fins da década de trinta: alemães descobriram uma nova
classe de arma química - bem mais eficiente que qualquer
outra até então conhecida - baseada em compostos
organofosforados.
1937 - TABUN (GA)
1938 - SARIN (GB)
Pós 2a Guerra Mundial
Década de 50: nova classe de ésteres organofosforados
altamente letais, ainda mais tóxicos e persistentes que os do
tipo-G.
Filme “The Rock” (1996):
Nicolas Cage e Sean Conery se
unem para evitar um ataque
com VX a uma cidade
americana.
NEUROTÓXICOS
Agentes neurotóxicos
 Organofosforados (OP) desenvolvidos para uso militar a
partir do final da década de 30  alta toxicidade.
 Atuam sobre o sistema nervoso (“gás dos nervos”).
 Todos líquidos incolores à temperatura ambiente.
 Série G - mais volátil, não-persistente, risco maior por
inalação. Exs: Tabun(GA), Sarin(GB), Soman(GD).
 Série V - persistente, mais tóxica por absorção cutânea.
Exs: VX, VX-russo.
Agentes neurotóxicos
Toxicidade
Agente
LCt50
(mg.min/m3)
LD50
(mg)
Tabun (GA)
200
4000
Sarin (GB)
100
1700
Soman (GD)
50
300
VX
10
6-10
HCN
2500-5000
-
LCt50 / LD50 - morte de 50 % da população exposta
* Valor considerado para pessoa de 70 Kg
Agentes neurotóxicos
Agente
Persistência
(meia-vida)
Tabun (GA)
Sarin
(GB)
1-1,5 dias
2 à 24 h
(50C -250C)
Soman(GD)
VX
Relativamente
persistente
2-6 dias
Agentes neurotóxicos
• Estrutura química similar a pesticidas empregados em larga
escala
Tabun (GA)
Soman (GD)
Sarin (GB)
CicloSarin (GF)
VX
Neurotóxico x Agrotóxico
CH 3
S
O
H 3C
O
P
S
C 2H 5O P S
OC 2 H 5
F
CH 3
D IS U L F O T O N
SA R IN
C A S ; 2 9 8 -0 4 -4
C 8H 19O 2P S 3
M o l. W t.: 2 7 4 ,4 1
C AS: 107-44-8
C 4 H 10 FO 2 P
M ol. W t.: 140,09
O
H3C
O
P
S
CH3
CH3
N
H3C
VX
CAS: 50782-69-9
C11H26NO2PS
Mol. Wt.: 267,37
S
O P S
O
S
CH3
CH3
PHORATE
CAS: 298-02-2
C7H17O2PS3
Mol. Wt.: 260,38
Agentes neurotóxicos
Propriedades
 Odores característicos descritos em manuais



Sarin – odor leve de frutas
Soman – cânfora
Tabun/VX – odor de peixe (grupos amino)
 Estáveis, facilmente dispersados, altamente tóxicos – efeitos
rápidos
 Fabricação simples e material barato
Agentes neurotóxicos
Mecanismo de ação
 Inalação, absorção pela pele, ingestão de alimentos
contaminados
 Tempo e sintomas dependentes da rota de entrada, da dose e
tipo de agente: oculares, respiratórios, gastrointestinais,
musculares, glandulares
 Inibição da enzima acetilcolinesterase (AChE), responsável
pela interrupção dos impulsos nervosos em várias partes do
sistema nervoso (hidrólise do neurotransmissor acetilcolina)
 superestimulação
PSICOQUÍMICOS
PSICOQUÍMICOS
SÍMBOLO
BZ
NOME
Benzilato de 3quinuclidinila
1. PROPRIEDADES
SÍMBOLO APARÊNCIA
BZ
LCt50*
LD50
(Vapor)
(Líquido)
3
(mg.min/m )
(g)**
Sólido branco
200.000
-
*LCt50 / LD50 –morte de 50% da população exposta.
** Valor considerado para uma pessoa com 70 Kg.
FÓRMULA
Psicoquímicos
•Mecanismo de ação - Quando aplicados em pequenas doses
produzem efeitos semelhantes a desordens psicóticas ou
outras desordens mentais. Os efeitos são transitórios,
causando perda da capacidade de tomada de decisão e
incapacitação.
• Sintomas •Aumento da temperatura corporal;
-Deterioração do nível de consciência;
-Dilatação das pupilas, perda da visão a curta distância;
-Boca seca;
-Palpitação.
LACRIMOGÊNIOS
Agentes lacrimogênios
 Irritação sensorial, especialmente olhos
 CN  I GM
 CS  sintetizado em 1928, usado a partir anos 50
 CR  sintetizado na década de 60, pouco usado
Sólidos pouco solúveis em água e
pouco voláteis  dispersão em
aerossóis finos  recipientes
pressurizados ou cartuchos
explosivos
Prolongamento da ação 
CS1/CS2 (micropulverizado)
Agentes lacrimogênios
 Mecanismo de ação - Ação química direta nos receptores
sensoriais da pele e de mucosas. Apesar de causar intensa irritação
sensorial na pele e nos olhos (lacrimação) principalmente, esta não
é acompanhada de efeitos tóxicos.
 Sintomas
Irritação intensa dos olhos (lacrimação e cegueira temporária);
Irritação das mucosas do nariz, traquéia e pulmões (tosse e
espirros);
Irritação da garganta e estômago (vômitos).
Agentes lacrimogênios
Tratamento
 Aeração;
Irrigação dos olhos com grandes quantidades de água
somente em casos de contaminação severa;
OBS: A água reage com os lacrimogênios formando
substâncias ácidas.
IRRITANTES
SPRAY DE PIMENTA
 O Spray de pimenta atua com maior força sobre áreas sensíveis
da pele, sendo particularmente doloroso em contato com as
mucosas e os olhos.
 O efeito depende em grande parte da quantidade de gás pimenta
que entre em contato com a vítima, podendo demorar, em seu
efeito mais forte, em torno de trinta a quarenta e cinco minutos
com efeitos secundários ao longo de algumas horas, que
gradualmente se reduzem como irritação contínua dos olhos
 Provoca
dor,
fechamento
involuntário
dos
olhos,
lacrimejamento, sensação de queimação na pele e olhos e,
ocasionalmente, pode provocar queimaduras e bolhas em
pessoas sensíveis.
SPRAY DE PIMENTA
Tratamento
 Não existe forma de neutralizar completamente os
efeitos, podendo apenas ser minimizado.
Lavar com leite ou detergentes pode diminuir os efeitos.
Resumo: Agentes químicos de guerra
• Neurotóxicos – atuam sobre o sistema nervoso (sarin, VX)
• Vesicantes – causam queimaduras e grandes bolhas (mostarda)
• Hemotóxicos – interferem na respiração celular (cianeto)
• Sufocantes – atuam sobre o sistema respiratório (cloro)
• Vomitivos – irritação das vias aéreas
• Lacrimogênios – irritação das mucosas e olhos (CS, CN)
• Psicoquímicos – alteração mental (BZ)
Definição CPAQ: Armas Químicas
Para os efeitos da Convenção, por "armas químicas" entende-se, conjunta ou
separadamente:
a) As substâncias químicas tóxicas ou seus precursores, com exceção das que
forem destinadas para fins não proibidos por esta Convenção, desde que os
tipos e as quantidades em questão sejam compatíveis com esses fins;
b) As munições ou dispositivos destinados de forma expressa para causar
morte ou lesões mediante as propriedades tóxicas das substâncias
especificadas no subparágrafo a) que sejam liberadas pelo uso dessas
munições ou dispositivos; ou
c) Qualquer equipamento destinado de forma expressa a ser utilizado
diretamente em relação com o uso das munições ou dispositivos especificados
no subparágrafo b).
Definição CPAQ:
Propósitos não-proibidos
(a) Industrial, agricultura, pesquisa, medicina, farmacêutica ou outro
propósito pacífico;
(b) Propósitos de proteção, isto é, aqueles diretamente relacionados à
proteção contra produtos químicos tóxicos e à proteção contra armas
químicas;
(c) Fins militares não relacionados com o uso de armas químicas e não
dependente do uso de propriedades tóxicas de produtos químicos como um
método de guerra;
(d) Aplicação da lei, inclusive para fins de controle interno de distúrbios.
Definição CPAQ: Substância Química Tóxica
De acordo com a convenção, por "substância química tóxica" se
entende:
Toda substância química que, por sua ação química sobre os
processos vitais, possa causar morte, incapacidade temporal ou
lesões permanentes a seres humanos ou animais. Ficam incluídas
todas as substâncias químicas dessa classe, seja qual for sua origem
ou método de produção, independentemente de serem produzidas em
instalações, como munições ou de outra forma.
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela I :
(a) Foi desenvolvido, produzido, armazenado ou utilizado como arma química
(b) Elevado risco de ser empregada em atividades proibidas pela Convenção,
porque uma ou mais das seguintes condições são atendidas:
(i) Possui uma estrutura química estreitamente relacionada com a de outros
produtos químicos tóxicos listados no Anexo 1, e tem, ou pode vir a ter,
propriedades comparáveis;
(ii) Possui toxicidade letal ou incapacitante, assim como de outras
propriedades que poderiam permitir sua utilização como arma química;
(iii) Pode ser usado como um precursor na fase tecnológica final única de
produção de um produto químico tóxico relacionadas na Tabela 1
(c) Ele tem pouco ou nenhum uso para fins não proibidos pela Convenção.
http://www.opcw.org/chemical-weapons-convention/annex-on-chemicals/b-schedules-of-chemicals/schedule-1/
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela I :
http://www.opcw.org/chemical-weapons-convention/annex-on-chemicals/b-schedules-of-chemicals/schedule-1/
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela I :
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela I :
http://www.opcw.org/chemical-weapons-convention/annex-on-chemicals/b-schedules-of-chemicals/schedule-1/
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela II :
(a) Risco considerável de ser empregada em atividades proibidas
pela Convenção porque possui toxicidade letal ou incapacitante, assim como
outras propriedades que poderiam permitir que seja usado como arma química;
(b) Pode ser usado como um precursor de uma das reações químicas na fase final da
formação de uma substância química relacionada na Tabela 1 ou Tabela 2, parte A;
(c) Constitui um risco considerável para o objeto e finalidade da Convenção em
virtude de sua importância na produção de uma substância química relacionada na
Tabela I ou Tabela II, parte A;
(d) Não é produzida em grandes quantidades comerciais para fins não proibidos
pela Convenção.
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela II :
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela III :
(a) Foi desenvolvido, produzido, armazenado ou utilizado como arma química
(b) Risco considerável de ser empregada em atividades proibidas
pela Convenção porque possui toxicidade letal ou incapacitante, assim como
outras propriedades que poderiam permitir que seja usado como arma química;
(c) Constitui um risco considerável para o objeto e finalidade da Convenção em
virtude de sua importância na produção de uma substância química relacionada na
Tabela I ou Tabela II, parte B;
(d) É produzida em grandes quantidades comerciais para fins não proibidos
pela Convenção.
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela III :
Substâncias controladas pela CPAQ
Tabela I :
NOVO AGENTES ?
Segundo denuncia do Dr Vil Mirzayanov, novos agentes foram
produzidos na Rússia, de 1970 a 1980, os mais potentes
neurotóxicos jamais produzidos
Acredita-se que alguns agentes Novichok são 5 à 8 vezes mais
tóxico que o VX
Ainda segundo o denunciante, seria impossível curar uma
pessoa exposta ao agente A-230
Agente A-232 seria um fosfato, e não um fosfonato, como muitos
pesticidas que não são listados no anexo da CPAQ
http://www.cbrneworld.com/pdf/09_summer_The_agent_fate_of_Novichok.pdf
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
“Guerra Tóxica” ou “Guerra Química sem Arma Química”

Um TIC é definido como qualquer substância que é produzida e utilizada
pela indústria para vários propósitos e que, por causa de suas propriedades
químicas, físicas ou biológicas, possuem um risco potencial a vida, a saúde,
ao meio ambiente quando não contido apropriadamente.

A toxidez letal média dos TIC é 10-100 vezes menor que os agentes de
guerra química clássicos, mas sua disponibilidade em qualidade e
quantidade é muito maior.
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
3/12/84 - Bhopal, Índia
4000 mortes, 200.000 intoxicados
Produto Isocianato de Metila
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
11 milhões de substâncias químicas conhecidas são fabricadas
diariamente
Bilhões de toneladas de Materiais Perigosos são movimentadas
por ano ao redor do mundo, por rodovias, trens, navios e dutos
Certamente o uso “dual” destas substâncias chamam a atenção
de organização terroristas por sua maior disponibilidade, menor
grau de proteção e controle, facilidade de obtenção, manuseio ou
dispersão e , mais baratas comparadas a agentes de guerra
química clássicos.
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
A NATO International Task Force-25 (ITF-25) identificou os TIC
com maior potencial de emprego como armas no relatório:
“Hazard for Industrial Chemicals: Reconnaissance of Industrial
Hazards”
A NATO ITF-25 listou os químicos levando em consideração:
Toxidez
Volume de produção e estoque
Pressão de vapor
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
Risco Elevado
3/12/84 - Bhopal, Índia
• armazenado
ou transportado
em larga escala (> 30 ton única
4000
mortes,
200.000
intoxicados
instalação)
Produto Isocianato de Metila
3
• alta toxicidade (LCt50 inalação < 100 g/min/m
• facilmente vaporizado.
Risco Médio
•
armazenado ou transportado em larga escala, com alta toxicidade,
mas que não é facilmente vaporizado.
Risco Baixo
•
indica um TIC/ TIM indica que não se espera apresentar grande
perigo, a menos que fatores operacionais específicos indiquem o
contrário.
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
3/12/84 - Bhopal, Índia
4000 mortes, 200.000 intoxicados
Produto Isocianato de Metila
Em 2003 International Task Force-40 fez uma revisão no relatório e
validou o ITF-25
 ITF-40 indicou que era necessário realizar uma avaliação de risco em
todos os químicos de alta produção (HPV) da lista da OECD e da agência
americana EPA (aprox 5000)
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
Compostos Tóxicos Industriais (TIC)
CENTRO TECNOLÓGICO DO EXÉRCITO
DIVISÃO DQBN
CONCLUSÕES