Projecto habitacional abandonado no Zango depois de inaugurado
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Projecto habitacional abandonado no Zango depois de inaugurado
Projecto habitacional abandonado no Zango depois de inaugurado pelo PR Semanário Continente 07 de Setembro de 2012 No quadro do programa de casas evolutivas, inaugurado pelo Presidente da República de Angola, Eng. José Eduardo dos Santos, em Dezembro de 2010, mais de 300 casas da mesma tipologia, construídas pela empresa NOVA ANGOSPENCER- SA, no Zango III e destinadas a habitantes que vivem em tendas, não foram entregues, por falta de pagamento pelo Governo Provincial de Luanda (GPL) O projecto de grande impacto social, foi orientado superiormente pelo Chefe de Estado, tendo inclusive exarado um despacho favorável a empresa NOVA ANGOSPENCER, em data de 26 de Novembro de 2010, remetido oportunamente ao Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dr. Carlos Feijó, sem que até ao momento, o referido despacho, tivesse sido dado qualquer tratamento, num autêntico descrédito, parecendo que os despachos do PR, sejam a lápis e que no dia seguinte são pura e simplesmente apagados com uma borracha, deixando de ter qualquer valor. O projecto das 600 casas no Zango III, para albergar as pessoas que vivem em tendas, e que teria hoje um grande impacto social para a campanha eleitoral do MPLA, foi inscrito, aprovado e publicado no Jornal de Angola, na sua edição de 26 de Abril de 2012, nas paginas 9, 10, 11 e 12, fazendo cadernos com as páginas 37, 38, 39 e 40, tendo sido consolidado no resumo da actividade do Executivo, referente ao U e IV Trimestres de 2011. O inimaginável aconteceu: Após várias demarches, e já no auge da campanha eleitoral, uma recomendação dos Serviços de Apoio do PR, foi remetido ao GPL para que efectuasse o pagamento à empresa, em concordância com a certificação e instrução do Tribunal de Contas. Uma vez mais, o GPL fechou-se em "copas" sem ter dado qualquer importância as recomendações recebidas, resultando dai a não ocupação das casas, até ao presente momento, com todos os riscos associados, que vão desde a vandalização e possível ocupação das mesmas. Recorda-se que a ANGOSPENCER, investiu no seu projecto industrial situado nas mabubas, um valor aproximado de 50 milhões de dólares americanos, dando emprego há mais de 250 trabalhadores. Os seus mentores, militantes do partido MPLA, propulsores dos Comités de Especialidade, receiam que por esse andar, o seu nobre projecto, que se enquadra no apelo ao empreededorismo fortemente defendido pelo Chefe do Executivo, poderá sucumbir prematuramente. A fonte interroga-se o porque dessa postura ambígua e tratamento desigual do GPL, numa altura em que, a habitação social se mostra tão necessária para o melhoramento da vida das populações carenciadas. Em jeito de desabafo, a fonte ligada a empresa, questionou-se ainda, sobre: as quantas andam as menções sobre o apoio ao empresariado nacional. Por dentro A NOVA ANGOSPENCER é um projecto ousado, de angolanos corajosos apostados na produção local de materiais de construção, e imbuídos de sentimento patriótico. Ergueram na Camama duas Mabubas e o Karson Pólo Industrial, um investimento avaliado em mais de 45 milhões de dólares, compreendendo nesta primeira fase três unidades fabris com produção em séries industriais de casa em M2 ou Emmedue, chapas caneladas, chapas sanduíches, eumeeiras e metalo-mecânica. Esta empresa concebe e executa projectos habitacionais de diversos padrões, com realce preferencial de casas de média e baixa renda, com vista a atender a elevada demanda do segmento com uma renda modesta, principalmente a juventude. A utilização média da sua capacidade instalada pode proporcionar mais de 30 mil empregos directos, contribuindo assim no combate ao ainda elevado índice de desemprego e a melhoria da qualidade de vida das populações. A prova disso é que, esta empresa projectou e construiu as primeiras casa evolutiva em Angola, tendo sido inaugurada pelo PR no dia 10 de Dezembro de 2010, por sinal no 54° aniversário do MPLA, no Zango III, município de Viana. Mercê da avaliação positiva do Presidente Eduardo dos Santos, a NOVA ANGOSPENCER mereceu a confiança do então governador de Luanda, José Maria dos Santos, que, interpretando a aprovação tecnológica feita pelo PR, rubricou com aquela empresa, em Junho de 2011, um contrato para a construção de 600 casas evolutivas no Zango III, uma empreitada executada pela empresa, de acordo com o plano e cronograma superiormente aprovado e certificado o Governo Provincial de Luanda não eficiários expostos ao relento, apesar pelo Tribunal de Contas, em permitiu a execução completa da em de o Executivo ter considerado o promentação oportunamente remetida preiteada, como ainda desrespeitou as jecto das 600 casas evolutivas, como ao actual governador de Luanda. Recomendações das diversas institui prioridade, conforme se pode constam. Por incrível que pareça, enquanto lições superiores, com destaque para tar no Balanço do II e IV Trimestre na maioria dos casos, os empreiteiro Tribunal de Contas. Mais, caricato, de 2011, feito em Abril de 2012. O certo mesmo é que o empreiteiro NOVA ANGOSPENCER ao ter mostrado o seu total empenho patriótico, recorrendo inclusive a empréstimos bancários e não só, para que as 600 casas evolutivas ficassem concluídas até ao dia 31 de Julho passado, à luz do cronograma aprovado, encontra-se agora em situação de total embaraço e desespero por não poder honrar os compromissos financeiros assumidos com a banca comercial, fornecedores e trabalhadores, cerca de 260, entre nacionais e estrangeiros, devido ao facto de incompreensivelmente o GPL ter-se furtado única e simplesmente a respeitar as suas obrigações contratuais. Perante este cenário, há quem se interrogue: como podem, desta forma, as empresas angolanas sobreviver e crescerem, como advoga o programa eleitoral do MPLA? ''Não existe nisso uma gritante incongruência entre o discurso político e a acção prática dos órgãos do Executivo?". Vistas bem as coisas, o caso da NOVA ANGOSPENCER é paradigmático, pois, são situações useiras e recorrentes que se assistem todos os dias, como que ser empresário honesto fosse crime em Angola. Trata-se, porém, de um comportamento que deve ser estripado e invertido imediatamente, à luz da nova realidade assente nos resultados eleitorais obtidos, sobretudo em Luanda, que recomendam fria e ponderada reflexão inclusiva. A verdade é que este estado de coisas desanimam, não só quem de boa fé se oferece a contribuir para a mitigação do sofrimento das populações, como também desencoraja todos os que almejam ser empresários, até mesmo no quadro do nobre programa de empreendedorismo, vulgo Bué e outros.
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