Custa-te a respirar em espaços fec - Young Direct Media

Transcrição

Custa-te a respirar em espaços fec - Young Direct Media
Playlist
A vontade de vencer dos
You Can’t Win Charlie Brown
Tarabytes
Caso Doca 21: a arte da
BD num ‘smartphone'
Dá-te ao trabalho
Aventura-te n’
"A Estrada da Revolução"
Ficas a tremer como varas verdes
à conta dos insetos?
Custa-te a respirar em espaços fechados?
Os palhaços põem-te a gritar pela mãozinha?
- alguns dos
Este mês falamos sobre fobias e como enfrentá-las e desvendamos
segredos mais bem guardados dos bastidores da tua revista…
140221_AnMAISSuperior_210x297_AF.pdf
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2/21/14
7:23 PM
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ORGANIZAÇÃO
PARCEIROS INSTITUCIONAIS
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TRANSPORTADOR OFICIAL
OUTROS PARCEIROS
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RÁDIO OFICIAL
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Agora que o tempo está a mudar e parece que vai deixar de
chover a Mais Superior pensou em ti: estão em jogo 5 peças
Le Miserable (um gorro, uma gola, uma t-shirt, uma sweatshirt e um casaco).
Esta marca é a tua cara?
Para participares, tens de fazer like no facebook da Mais Superior, da Le Miserable e do Movimento Fé no Futuro by LM.
Preenche o formulário existente na notícia referente a este
passatempo em www.maissuperior.com (secção Passatempos)
e diz-nos: “O que é que faz de ti um Le Miserable?”
O vencedor vai poder escolher se quer modelo feminino ou
masculino, bem como o seu tamanho. Podes participar até 24 de
março. Boa sorte!
Foto: Le Miserable
PVP: 19 euros
Informação cedida pelo departamento comercial.
Foto: Autor
Ficha Técnica
Proprietário/Editor: Young Direct Media, Lda
NIPC nº 510080723
Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852
ADMINISTRAÇÃO
Graça Santos, [email protected]
Porque a mente também precisa
de alimento, a Mais Superior fez um
arranjo especial para te oferecer três
exemplares do livro "Filosofias", do
professor de Filosofia José Luís Nunes
Martins. Das crónicas do autor no Jornal
i surgiu este livro, que é uma mistura
de reflexões sobre temas como o amor
e o ódio, a vida e a morte, a alegria e a
tristeza, a sociedade e a esperança.
Queres levar um destes livros contigo?
Preenche o formulário existente na notícia referente a este passatempo
em www.maissuperior.com (secção Passatempos) e partilha connosco a
tua filosofia de vida. Queremos saber se és um "deixa andar", um 'Hakuna
Matata' (vai tudo ficar bem!) ou alguém que planeia tudo ao pormenor.
As três melhores participações (até 24 de março) levam um exemplar. Boa sorte!
DIRETORA GERAL DA EMPRESA
Graça Santos, [email protected]
DIRETOR ADJUNTO DA EMPRESA
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Sede de redação: Rua António França Borges, Nº 4A
loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria
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COLABORADORES EDITORIAIS
Guilherme Ferreira da Costa ,
Revista Empire e Susana Albuquerque
DESIGN
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NEW MEDIA
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COMUNICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
Samuel Alves, [email protected]
Tiragem: 20.000 exemplares
Distribuição: Gratuita
Periodicidade: Mensal
Registo na ERC nº 126168
Depósito legal: 339820/12
Tipografia e Morada: Lidergraf - Rua do Galhano, n.º 15
4480-089 Vila do Conde, Portugal
Banco de imagens: Todas as imagens utilizadas
nesta publicação, salvo as que estão creditadas,
são retiradas do depositphotos.com.
ESTA PUBLICAÇÃO JÁ SE ENCONTRA ESCRITA
AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
3 Índice . Passatempos
4 playlist
5 tarabytes
6 take 1
8 ler para crer
10 manual de instruções
12 dá te ao trabalho
14 notícias em curso
Qual é a
tua fobia?
Todos temos aquela coisa que nos tira
do sério. Seja um animal rastejante, um
animal voador, as alturas ou os espaços
fechados. Aprende o que podes fazer
para controlar o medo, e descobre os
'podres' de toda a redação!
Dás muita importância à tua pele?
A Mais Superior e a Corine de Farme estão
a oferecer um cabaz de seis produtos de
cuidado de corpo e rosto que vai incluir
cada um dos produtos da Gama Rosto e
Corpo: para o corpo, bálsamo hidratante
de mãos & unhas, leite corporal suave
nutritivo, toalhitas refrescantes; para o
rosto, creme hidratante familiar, cuidado
hidratante luminosidade e cuidado nutritivo
suave peles secas ou sensíveis.
Queres levar este cabaz para casa? Só tens de preencher o formulário existente
na notícia referente a este passatempo em www.maissuperior.com (secção
Passatempos) e dizer-nos porque é que o teu rosto e corpo merecem ganhar
este cabaz da Corine de Farme. Podes participar até dia 25 de março. Boa sorte!
PVP do ‘pack’: 38,44 euros Informação cedida pelo departamento comercial. Foto: Redação
1. O passatempo “Ganha um cabaz Corine de Farme” inicia a 3 de março de 2014 e termina às 12:00h de 25
de março de 2014. O passatempo “Leva Filosofias debaixo do braço” inicia a 5 de março de 2014 e termina
às 12:00h de 24 de março de 2014. O passatempo “Temos estilo para te oferecer” inicia a 24 de fevereiro de
2014 e termina às 12:00h de 24 de março de 2014. Qualquer participação fora destas datas irá ser recusada.
2. Os vencedores serão anunciados no dia útil seguinte à data de fecho do passatempo.3. Das respostas
recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devidamente os campos solicitados no
formulário de participação.4. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente.5.
Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados de acordo com o método
de seleção e o número de prémios comunicados no respetivo passatempo.6. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que
responderem acertadamente.7. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo
os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os
seus contatos corretos e atuais.8. Caso o prémio não seja reclamado no prazo de três meses após a conclusão
do passatempo, o vencedor perde o direito a recebê-lo.9. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail [email protected]. 10. Só são permitidas participações de residentes
em Portugal Continental.
playlist
É
uma
banda mas
não é
desenhada.
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O nome começa por chamar a
atenção, mas é a música que nos prende a
estes seis amigos talentosos, que lançam o álbum
“Diffraction/Refraction” para tocar de norte a sul do país.
Depois disto, o único a não conseguir
vencer será mesmo o Charlie Brown.
Para quem ouve o vosso som, é difícil caracterizá-lo. O que é que um jovem que chega à
escola e quer partilhar com os colegas a vossa música pode dizer sobre ela?
João – Não sei, mais facilmente a descrevia pelo tamanho das barbas do que pelo estilo da
música... Sou péssimo a catalogar o que fazemos.
Salvador – Nenhum de nós consegue catalogar até porque quando estamos a fazer a nossa
música não estamos a pensar nisso... Acaba por ser uma coisa que surge, e não porque queremos
fazer pop ou rock. Até porque não é essa a nossa missão, nós compomos a música, e se alguém
quiser catalogá-la para colocar na prateleira, por nós tudo bem. Aliás, nos nomes que vi online
para o nosso som há um que adorei: pop barroco! (risos)
São muitos os jovens nos vossos concertos?
Qual é a receptividade que têm tido?
S – Por acaso fui consultar as estatísticas do nosso
Facebook, e as pessoas que mais ouvem a nossa
música estão entre os vintes e os trintas, a nossa
idade, basicamente. Mas apesar disso, temos
uma abrangência grande e chegamos a todas as
idades de forma bastante uniforme, e isso
deixa-nos bastante satisfeitos.
Passaram de uma formação original de quatro
elementos para seis. Sentiram necessidade de
tornar o vosso som em algo mais complexo?
J e S – O Salvador, o Afonso, o Luís e o David
formaram os You Can’t Win Charlie Brown que
gravaram o primeiro EP. Mas continuávamos a
precisar de mais pessoas, sobretudo para tocar
as músicas ao vivo, e obviamente que as pessoas
que estavam a faltar eram o João e o Tomás, que
conhecíamos há anos, e que faziam todo o
sentido neste projeto. Neste momento vamo-nos
conhecendo cada vez melhor, e percebendo o
que cada um pode trazer à banda.
| 4 | MaisSuperior . março 2014
Então quando dizem que já perceberam o lugar de cada um na
banda, quer dizer que deixou de existir toda aquela polivalência
que tinham entre vocês no início?
J – É difícil de controlar isso. Quando compomos uma música não
pensamos no que ela vai ser daí por seis meses, tocada ao vivo em cima
de um palco cheio de tralha. No confor to das nossas casas,
vamos pensando no que cada um pode fazer, e quando é preciso, no
espetáculo, podemos trocar de posições... Por exemplo, há quatro de
nós que sabem tocar baixo! E isto não é uma questão de ‘show-off’, é
necessidade mesmo, e às vezes essa necessidade pode tornar-se um
pouco confusa para quem nos está a ver, e é também isso que queremos ultrapassar.
O vosso nome diz que o Charlie Brown
não consegue ganhar. O que teria de
acontecer com este álbum para ele se
sentir um vencedor?
J e S – Ele não consegue mesmo, não há
volta a dar. (risos) Acho que quando ele
conseguir nós deixamos de dar concertos.
O nosso último disco pode chamar-se
“You Can Win”.
S – Nós não pensamos em objetivos, queremos é tocar em todo o lado e mostrar a
toda a gente neste país que nós existimos,
porque ainda há imensa gente que não
nos conhece. De resto, as propostas que
forem aparecendo são sempre bem-vindas.
“You Can’t Win Charlie Brown” não é um nome demasiado complexo para que as pessoas o decorem?
S – Na altura, gostámos do nome visualmente – por ser
grande, por ter uma vírgula – e até fizemos uma brincadeira com uma das músicas do EP, chamada “Sort of ”,
precisamente as mesmas palavras do livro de Banda
Desenhada que deu origem ao nosso nome.
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No estrangeiro também?
J – Já tocámos lá fora, mas isso em Portugal
tem sempre o problema do investimento, que tem de ser da banda
porque não há quem o suporte. Não
haver apoios do Estado é uma coisa
que me dá um bocadinho de pena
e que acho que é burrice, porque as
bandas de qualidade vão lá para fora
promover o nome do país.
Isso não torna mais difícil a missão do
público perceber quem toca o quê?
J – Sim, até porque já tivemos quem nos
perguntasse. E depois as listas que as pessoas fazem são ridículas, com cada um de
nós a tocar todos os instrumentos! E quando
há um que tem menos um, fica lixado!
tarabytes
UMA
DE OUTRA
GALÁXIA
Que para produzires uma história
inteira em Banda Desenhada precisas
de ser um verdadeiro artista de lápis
na mão já tu deves fazer uma pequena
ideia.
Então e se estivermos a falar de
desenhos feitos fora do papel
e através do ecrã tátil de um
‘gadget’?
Foi isso que tentámos saber de Ricardo Cabral, um designer português
que, a convite da Samsung Portugal,
criou uma das BD’s mais impressionantes que já viste.
TEXTO: Tiago Belim
FOTOS: cedidas pelo entrevistado
“O botão de ‘undo’”. Essa é, para Ricardo, a maior vantagem de trabalhar em suporte digital. Para ele, que já
trabalha “há algum tempo” em conjunto com a eletrónica para produzir BD’s fantásticas, trata-se apenas de “esquecer o papel e fazer tudo em digital”.
Um smartphone, uma história, quatro personagens,
muitos quadradinhos e toneladas de talento. Chama-se
“Caso Doca 21”, é uma aventura em Banda Desenhada
que nasceu longe do lápis de carvão e que vem mostrar
as potencialidades de um smartphone no dia-a-dia das
nossas vidas. Tudo porque foi criada recorrendo apenas
ao ecrã de um Samsung Galaxy Note 3 e à respetiva
caneta, e isto significa que cada quadradinho desta
história merece que o contemplemos com admiração.
E se no desenho esta BD tem, à vista de todos, um
grande artista, nas próprias personagens podemos
também encontrar uma cara (e uma voz) bem conhecidas. Nuno Markl é o Agente Mendonça – um dos
intervenientes no Caso Doca 21 – e acrescenta ainda
mais interesse e curiosidade a esta história, ele que é
também reconhecido pelos seus dotes no desenho. E
entre talentos do traço a lápis, a opinião de Markl sobre
o autor destas ilustrações resume-se em duas palavras:
“imoralmente talentoso”.
O ilustrador
Ricardo Cabral é lisboeta e sempre mostrou jeito
para o desenho. Ilustrador freelancer para jornais, revistas e campanhas publicitárias, de livros
de autores como José Jorge Letria, João Miguel
Tavares e Alice Vieira, e autor de “Evereste”, “Israel Sketchbook”, “Newborn – 10 dias no Kosovo”.
“Comic-Transfer” e “Pontas Soltas”, este último
premiado em Portugal e no Brasil, Ricardo Cabral
é um dos grandes do desenho em Portugal, em
lápis ou smartphone.
A história
Bárbara é uma jovem repórter fotográfica com um olho jornalístico treinado para detetar motivos de investigação. Quando um
pombo bate contra a janela e lhe deixa uma mensagem estranha, ela lança-se à descoberta através do lado obscuro das obras
de arte. O mistério e as personagens envolvidas vão tornar tudo
ainda mais indecifrável, e Bárbara vai perceber que nem tudo é o
que parece.
Podes ler o “Caso Doca 21” na íntegra através da página de Facebook da Samsung Portugal, em
https://apps.facebook.com/caso-doca-vinteum/.
E para veres um pequeno ‘making of’, vai a
http://www.youtube.com/watch?v=EDGcHtnqETA.
As personagens
Bárbara
Tem 24 anos, nasceu no Porto mas está em Lisboa a estagiar como
repórter fotográfica num jornal.
É filha única mas dispensa a proteção dos pais: aventureira, diz ter
uma imaginação muito fértil e gosta de seguir os seus instintos,
nunca esquecendo a alegria e o espírito positivo.
Sebastião
É um intelectual de 28 anos que estuda literatura e trabalha num bar
em part-time. Tem uma maneira de ser que desperta fascínio nos
outros, é observador, pensador e imaginativo. Tem um coração frio,
exceto para com a Bárbara, amiga desde a infância.
Sr. Matias
Tem 62 anos, vive sozinho numa pequena localidade isolada, não
recebe visitas nem sai com frequência. É misterioso, não dá grandes
confianças e vive para as suas pombas. Sra. Camila
Em Alfama a vida toda, tem hoje muitas rugas que lhe conferem um
rosto complexo e intrigante. É pintora, independente e sonhadora,
mas muito reservada.
março 2014 . MaisSuperior | 5 |
ttake
ak e 1
Melhor Ator Principal
Matthew McConaughey
ria
cundá
Melhor Realizador
Melhor Filme
“12 Anos de Escravo” Steve McQueen
Melhor Ator Secundário
Melhor Atriz Secundária
A corrida para Melhor Atriz
Secundária está entre a oscarizada
Jennifer Lawrence, por “Golpada
Americana” e Lupita Nyong’o, por
“12 Anos Escravo”. Aos 23 anos, o
carisma de Lawrence pode não
ser suficiente para vencer – e
pelo segundo ano consecutivo
– a estatueta, sendo quase certo
que nem Sally Hawkins (“Blue Jasmine”), Julia Roberts (“Um Quente
Agosto”) ou June Squibb
(“Nebraska”) sairão vencedoras.
| 6 | MaisSuperior . março 2014
Melhor Atriz Principal
Cate Blanchett
Está a chegar a noite mais especial
para todos os amantes de cinema, e
para quem tem a hipótese de levar
para casa a mais cobiçada das estatuetas. Os Óscares 2014 realizam-se
no próximo dia 02 de março no Dolby
Theatre em Hollywood, e os nomeados
já dividem os corações da audiência.
E tu, já fizeste as tuas apostas?
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Melhor Ator Principal
Leonardo DiCaprio
Juntamente com o de Melhor Atriz
Principal, o prémio nesta categoria
parece-nos estar mais que entregue.
Jared Leto venceu praticamente
todos os prémios até agora,
graças ao seu papel em “O Clube
de Dallas”, e é provável que vença
também o seu primeiro Óscar. Ainda assim, Michael Fassbender por
“12 Anos Escravo” pode oferecer
alguma concorrência, bem como
os nomeados pela segunda vez
Bradley Cooper (“Golpada Americana”) e Jonah Hill (“O Lobo de
Wall Street”). Certo mesmo é que
o estreante absoluto Barkhad Abdim,
por “Capitão Phillips”, deverá
ficar-se pela nomeação.
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Jennifer Lawrence
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Melhor Atriz Principal
Esta é a categoria que menos
dúvidas suscita. Amy Adams, por
“Golpada Americana”, pode até
dividir os votos da Academia, mas
é quase certo que será Cate
Blanchett, que já ganhou o prémio
secundário por “O Aviador” a levar
o Óscar para casa, graças à sua interpretação em “Blue Jasmine”, de
Woody Allen. As restantes nomeadas são Sandra Bullock, pelo
filme de ficção científica “Gravidade”, a veterana Judi Dench por
“Filomena”, e Meryl Streep por
“Um Quente Agosto”.
Ao contrário do principal prémio
feminino, 2013 foi um ano muito
forte para interpretações masculinas. A própria lista de nomeados
poderia ser muito diferente, mas
com Robert Redford, Tom Hanks,
Oscar Isaac, Forest Whitaker e
Joaquin Phoenix de fora da
corrida, o ‘roster’ final inclui Christian Bale por “Golpada Americana”, Bruce Dern por “Nebraska”,
Leonardo DiCaprio por “O Lobo
de Wall Street”, o britânico
Chiwetel Ejiofor por “12 Anos Escravo”, e Matthew McConaughey,
num papel diferente daquilo a
que nos habituou, por “O Clube de
Dallas”.
Apesar dos muitos pedidos do
público para que este seja o ano
da vitória para DiCaprio – que, com
esta, conta já cinco nomeações
– é mais provável que seja
McConaughey, a grande surpresa
do ano, a estrear-se como vencedor, sendo que Ejiofor pode também ter uma hipótese, caso “12
Anos Escravo” seja bem recebido.
Melhor Realizador
Para melhor realizador, Alfonso
Cuarón (“Gravidade”) apresenta-se
como o mais provável candidato
a vencer a estatueta. O realizador
mexicano já venceu o Globo de
Ouro e , dada a pouca probabilidade de “Gravidade” vencer na
categoria de Melhor Filme, esta
pode ser a forma encontrada pela
Academia para o compensar. O
resto dos nomeados são David O.
Russell por “Golpada Americana”,
Alexander Payne por “Nebraska”,
Steve McQueen por “12 Anos Escravo” e Martin Scorsese por “O
Lobo de Wall Street”.
Melhor Filme
Por último, o Óscar mais cobiçado
da noite será disputado entre “12
Anos Escravo”, “Her – Uma História
de Amor”, “Golpada Americana”,
“Nebraska”, “Capitão Philips”, “O
Clube de Dallas”, “Gravidade”,
“Filomena” e “O Lobo de Wall
Street”.
Apesar das vitórias nos Globos
de Ouro de “12 Anos Escravo” e
“A Golpada Americana”, para melhor filme de drama e comédia,
respetivamente, “Gravidade” ou
até “Her – Uma História de Amor”
ainda podem surpreender, caso a
Academia decida ser mais ousada
nas suas escolhas.
Resta dizer-te que a cerimónia será
apresentada por Ellen DeGeneres,
e terá transmissão em direto na TVI.
Não percas!
TEXTO: revista Empire
FOTOS: cedidas pelos estúdios
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dá que falar
LEr para crer
Segundo o “Manual de Diagnóstico e
Estatística das Perturbações Mentais”, uma
“fobia” é uma perturbação da ansiedade
clinicamente significativa, provocada pela
exposição a uma situação ou objeto temido. A resposta mais habitual a situações
fóbicas é evitá-las ao máximo, mas nem
sempre conseguimos esconder-nos das
coisas que nos deixam apavorados. Quem é
que está constantemente alerta e à espera
da aparição súbita de vespas ‘assassinas’ ou
para um ‘ataque’ de milhares de formigas?
Quem é que consegue preparar-se para
uma visita aterrorizadora ao dentista sem
ficar a tremer como ‘varas verdes’?
TEXTO: Ana Teles Teixeira
FOTO: cedida pelo entrevistado
A ansiedade causada por estas situações pode levar a ataques de
pânico, com direito a falta de ar, palpitações, desconforto ou dor no
peito, sensações de sufoco e de medo de “enlouquecer” ou de perder
o controlo, enquanto és invadido por repulsa, nojo e até terror.
Parece-te familiar? Se dás por ti a fugir a sete pés de qualquer coisa
enquanto choras pela mãezinha, chegaste ao lugar certo. A Mais
Superior foi falar com o psicólogo clínico Tiago Lopes Lino que,
embora não prometa milagres, garante poder ajudar-te a perceber
melhor de onde vêm os teus medos.
A maioria das fobias são desenvolvidas a partir do um contacto ou
sensação muito desagradável com um objeto ou situação. Algumas
fobias têm origem na infância, como por exemplo o medo do
escuro (nictofobia), ou emergem na idade adulta após um episódio
traumático, como o medo de conduzir (amaxofobia).
A maior parte das fobias específicas não causam qualquer impedimento sério no nosso dia-a-dia, a não ser quando o indivíduo se
encontra perante o objeto ou situação fóbica ou imagina que existe
uma elevada probabilidade de confronto com eles. Efetivamente, as
pessoas aprendem a viver com as fobias de uma forma ansiosa e
agoniante.
Um ponto de partida para atenuar a fobia poderá ser assumir o controlo da própria ansiedade. Na maior parte dos casos, as pessoas têm
dificuldades em reaprender a controlar a sua ansiedade sozinhas, e
recorrer a um psicólogo ou psicoterapeuta é uma hipótese eficaz; o
relaxamento ou a dessensibilização também são técnicas bastante
eficientes no controlo da ansiedade e no tratamento da maior parte
das fobias.
Gostava de realçar que o facto de se ter medo ou receio de determinada situação, acontecimento ou objeto não é necessariamente
mau. O medo, emoção arcaica, protege o indivíduo de perigos e situações ameaçadoras que existem no ambiente que o rodeia. Vivermos
em harmonia; promover o bem-estar e atribuir qualidade no nosso
dia-a-dia não significa vivermos sem medo – pelo contrário, significa
sermos capazes de lidar com ele.
| 8 | MaisSuperior março 2014
Achas que és só tu que vive ensombrado por este
ou aquele medo? Estás enganado!
Na redação da Mais Superior há fobias para todos os gostos,
e para que não te sintas só resolvemos dar-te a conhecer
alguns dos nossos mais bem guardados segredos.
de
“Escaldões. Há quem tenha amores
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verão, eu fico-me pelas
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de pele vermelho. Visitem a nossa reda
vão
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entre os mese
ver do que estou a falar.”
Tiago Belim
Diretor Editorial
“Tenho fobia a cobras. Não sei
porquê, mas vejo uma cobra
e desato a fugir na direção
oposta. Não há hipótese – não
sei se é por ter medo que me
ataquem, se é por causa do
movimento... É o bicho todo.
Em pequeno não conseguia
entrar no reptilário do jardim
zoológico... Hoje não me atrevo
a pensar nisso!” Ricardo Macedo
Web e multimédia
“Existem fobias de A a Z, que se caracterizam pelo objeto ou situação fóbic(a).
Estas podem ser classificadas segundo o
objeto, o animal, o estado emocional ou
a situação (espacial/social/cultural) que
causa ansiedade. As mais comuns não
são necessariamente as mais simples.”
“As fobias mais estranhas poderão ser todas cujo
objeto fóbico seria impensável recear. Apesar de
mais incomuns, estas fobias causam elevada ansiedade
ao que se acrescenta grande incompreensão por
parte de quem lida com as pessoas. Recordo-me
de um caso, bem diferente, de um cliente que tinha
pavor às embalagens das prateleiras da casa-debanho (perfume, creme, gel de banho e champô)
- era um suplício cada vez que tinha que ir à casade-banho.”
Aicmofobia – medo de agulhas/seringas
Cinofobia - medo de animais como de cães
Ofidiofobia – medo de cobras
Insectofobia – medo de insetos
Aracnofobia – medo de aranhas
Acrofobia - medo extremo de alturas
Coulrofobia - medo de palhaços
Odontofobia - medo do dentista
Agorafobia - medo de estar em espaços
abertos cheios de pessoas
Nictofobia - medo do escuro
Ana Teles Teixeira
Jornalista
“Aranhas, centopeias, melgas, escaravelhos, louva-a-deus… Tudo o que
tenha patinhas e perninhas deixa-me
completamente em pânico. Às vezes
nem consigo ter reação e força nas
pernas para fugir e encolho-me a
chorar feita criança. Sou o caso típico
de “Socooooorro! Não consigo matar
a aranha, ajudem-me!!!!”
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Patrícia Fern ca
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oroso! Mexe
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ser uma pess
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ente passad
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aquele saliv
, a imagem e
Odeio o som
!”
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todo que ex
Onfalofobia – medo de umbigos
Caetofobia – medo de pêlo ou cabelo
Filemafobia – medo de beijos
Eisoptrofobia – medo de espelhos e de se ver ao
espelho
Lachanofobia – medo de verduras e vegetais
Automatonofobia – medo de bonecos que imitam
humanos
Bromidrofobia – repulsa e medo de odores corporais
Alectorofobia – medo de galinhas
Botanofobia – aversão a plantas
Ergofobia – horror ao trabalho
para não parecer
“Só eu sei o esforço que faço
que esto u a
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sint
ndo
um ma luc o qua
a’. Ficar do lado
obr
man
de
aço
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sem
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de den tro de um
uecer, e pedir
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para
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pare
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ceruanto estou cer
uma bebida ao balcão enq
A fobia é tal
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bém
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mul
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cado por
parece que já me
que ainda não aconteceu e
!”
falta oxigénio
Tiago Gil
Repórter de imagem,
Mais Educativa TV
“Vespas. Odeio vespas.
de a cor viva, o condes
o:
tud
É
relo,
traste entre o preto e o ama
de
Só
..
has.
asin
das
lho
o baru
ouvir o zumbido fico logo com
é
nervos. O meu pior pesadelo
ter de estar no mesmo espaço
que um monte delas, e sem
poder fugir..”
dá que falar
e
ho
a de
ha de
om
dação
e vão
LEr para crer
Pedro Amaro
Apresentador e diretor de
conteúdos, Mais Educativa TV
“Os caracóis! Eu sei é
estúpido porque são
seres inofensivos, mas sou
menina para ter um colapso
quando algum se esborracha debaixo dos meus
pés e faço os possíveis
para não os pisar. Não os
como, não mexo e já gritei
“mãeeeeeeeee” quando o
meu irmão veio atrás de
mim com um na mão.”
Susana Vítor
Comunicação
“Suor nas mãos, cara vermelha, lágrimas
silenciosas e descontroladas, completo estado de alerta para ver se está tudo ‘ok’ e um
coração que palpita cada vez mais depressa.
Sinto que sou a única pessoa que sabe do
nosso destino fatídico, e prometo sempre
que, se sair viva lá de dentro, nunca mais
entro num avião... Até à próxima viagem.”
Ruben Correia
Comunicação
Joana Silva
Comunicação
“Sabem quando estão parados
na estação de comboios e, de
repente, vindo do nada, passa
um comboio sem paragem
mesmo à vossa frente? Quando
vejo aquele monstro maciço de
várias toneladas e com uma
velocidade estonteante a passar
mesmo pelo meu nariz só me dá
vontade de fugir para casa e
passar lá o resto do dia em
brulhado nos lençóis.”
março 2014 . MaisSuperior | 9 |
Manual de instruções
Tenho medo
do meu
dinheiro.
E agora?
Para algumas pessoas a gestão do seu dinheiro é uma tarefa simples, que não levanta
qualquer dificuldade. Para outras, pode causar ansiedade, aborrecimento, culpa ou
descontrolo na gestão do orçamento, levando até a uma fobia: a fobia financeira. Em
estados mais avançados, e segundo um estudo conduzido pela Universidade de
Cambridge, as pessoas que sofrem desta fobia chegam mesmo a revelar sintomas
físicos como alterações do ritmo cardíaco, mal-estar e tonturas. A maioria das pessoas
que sofre de fobia financeira apresenta comportamentos comuns, nomeadamente, o
não abrir as cartas ou os emails com os extratos bancários, não consultar saldos de
conta e evitar pensar e falar em dinheiro.
Contudo, evitar gerir o dinheiro, fazer contas e, no limite, não querer saber nada sobre
dinheiro a não ser gastar, não significa ser menos inteligente, irresponsável, gastador
ou mal sucedido na vida.
Se tens algum deste tipo de comportamento, é fundamental que comeces por reconhecer que o dinheiro é apenas um recurso mas que, como qualquer outro recurso
material, é finito, ou seja, se não o gerirmos bem, se não lhe dermos atenção, pode
mesmo acabar.
Vale a pena começar a olhar para a forma como geres o teu dinheiro, para seres tu a
controlá-lo a ele e não o contrário. Elenca todas as despesas e rendimentos numa folha
de orçamento. Esse documento é uma fotografia das tuas finanças, pelo que, quanto
mais pormenorizado, mais fiável é. Fala com amigos e familiares sobre questões
relacionadas com o dinheiro e, se for o caso, pede ajuda para o teu primeiro orçamento.
Irás sentir-te mais à vontade e podes recolher dicas fundamentais para o teu dia-adia. Está atento e vai seguindo o teu dinheiro. Monitoriza todos os movimentos da
tua conta bancária e, sempre que não entenderes algum movimento, fala com o teu
gestor de conta e pede-lhe que te explique. Quanto mais informação tiveres, quer seja
sobre o destino do dinheiro ou sobre produtos financeiros, mais confiante te sentirás
na tomada de decisões.
| 10 | MaisSuperior . março 2014
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DÁ-TE AO TRABALHO
TEXTO: Tiago Belim
FOTOS: beActive e Oficina do Livro
Partilham uma relação próxima
com a aventura, daquelas que
contagiam e te fazem querer,
por momentos, vestir a pele de
um verdadeiro caçador de histórias.
Enquanto Portugal mergulha na
descrença, eles descobrem vidas
inspiradoras que provam
existir
esperança
na alma de
quem
caminha
n’
“A Estrada
da
Revolução”.
Três portugueses, quatro meses de comboio,
autocarro, táxi e barco, dez países do Médio
Oriente e do Magrebe. Pelo meio, centenas
de horas de imagens, compiladas em noventa
minutos de um documentário que ainda
poderás encontrar, por estes dias, em salas de
cinema selecionadas. Chama-se “A Estrada da
Revolução” e é a segunda aventura de Tiago
Carrasco, João Fontes e João Henriques com
partida de Lisboa e chegada nas histórias que,
por esse mundo fora, estão à espera de serem
contadas.
E é isso que leva, verdadeiramente, um jornalista, um
operador de câmara e um fotógrafo a abandonarem a sua zona de conforto para se lançarem à aventura nos conflitos do Médio Oriente e dos países do Magrebe. Turquia, Síria,
Líbano, Jordânia, Israel, Egipto, Líbia, Tunísia,
Argélia e Marrocos foram os anfiteatros que,
entre 2011 e 2012, acolheram os atores de um
conjunto de revoluções que ficaram para a
história como a Primavera Árabe.
Na voz de rebeldes, de revolucionários ou de
defensores dos regimes, o documentário dá-te
a conhecer estilos de vida, os conflitos étnicos,
religiosos e políticos, e as causas do descontentamento das populações sedentas de
mudança. Talvez mais importante que isso,
perceberás as expetativas das gerações mais
jovens e a procura – por parte dos jornalistas –
de um sentimento de esperança que, em Portugal, é cada vez mais reduzido.
E, no centro de tudo, as histórias pessoais que
dão corpo à viagem, cheias em peripécias, de
sobressaltos e de curiosidades. É a viagem
perfeita para entenderes o que está para lá
das imagens que, por diversas vezes, viste na
televisão em forma de campo de batalha. São
manifestantes e exércitos, mas também
| 12 | MaisSuperior . março 2014
pessoas de carne e osso, com sentimentos,
ambições e sonhos iguais aos teus.
A propósito da estreia em cinema de “A Estrada
da Revolução”, Tiago Carrasco – jornalista e
mentor da iniciativa – sentou-se à conversa
com a Mais Superior dias antes de se lançar
em nova aventura, com os companheiros do
costume, por terras indianas.
Quando vos passou pela cabeça lançaremse na vossa primeira aventura, qual foi o
momento em que vos deu aquele ‘click’
decisivo?
Foi uma ideia que fomos amadurecendo, mas
que soubemos desde o primeiro momento
que queríamos concretizar. Lembro-me que,
já depois de termos regressado da nossa
primeira experiência na África do Sul, nos sentimos frustrados e impotentes por não podermos acompanhar no terreno um momento
histórico tão importante. E, afinal de contas, és
jornalista para quê? Para contar histórias! E em
relação à Primavera Árabe, sentimos sempre
que às notícias que chegavam ao Ocidente
faltava o lado humano, das ruas e das pessoas.
Por isso, decidimos voltar a juntar-nos para
preparar um projeto que nos levasse a todos
os países tocados pela Primavera Árabe.
Para se conseguir levar a cabo um projeto
desta dimensão, certamente que antes
tudo o que surge de imprevisto, tem de
haver muita planificação...
Sim, começámos por traçar um plano dos
sítios por onde vamos passar, e tentar perceber
que pessoas por lá teremos com histórias
interessantes que mereçam ser contadas.
Depois preparamos esses contactos o melhor
que conseguimos e partimos à aventura.
E em relação aos meios financeiros, acredito
que também não seja nada fácil...
Sim, nós nunca partimos para qualquer destes
projetos com dinheiro em caixa. Por isso,
apresentamos as nossas ideias às pessoas
e às empresas para conseguirmos um valor
mínimo que nos permita alimentar o sonho de
chegar ao fim da viagem. Para isso, tentamos
convencer os outros do valor e da pertinência
do nosso trabalho, e valemo-nos do facto de
sermos três pessoas com valências que se
complementam: Um escreve, outro filma e o
terceiro fotografa, e conseguimos assim
desenvolver um trabalho multimédia que
pode interessar tanto a jornais como a editoras,
a estações de televisão ou a produtoras, como
foi o caso da “Estrada”.
Num ambiente hostil, há muitas coisas
que imaginamos serem difíceis de lidar. E
depois há as outras das quais ninguém se
lembra...
Sim, há momentos de facto muito complicados.
A questão da língua é um problema, e se na
África do Sul acabou por ser mais ou menos
tranquilo porque nos entendíamos em Inglês,
Francês, Italiano ou Português, nos países
árabes foi mais difícil como deves imaginar... E
depois, claro, o facto de estarmos em zonas de
conflito iminente, chegámos a ser várias vezes
ameaçados e agredidos, com o equipamento
DÁ-TE AO TRABALHO
muitas vezes em perigo...
Já para não falar nas condições que tínhamos... Com um orçamento tão apertado não
fomos para hotéis nem nada que se pareça, e
vivemos muitos dias com poucos euros para
cada um.
Antes destes dois projetos, vocês eram
jovens à procura de estabilidade profissional. Sentes, no teu caso, que continuas
com essa ambição, ou que um emprego de
segunda a sexta já não é para ti?
Eu estava empregado antes de me mandar
para a África do Sul, mas o meu trabalho não
me realizava. Se valer a pena não fecho a porta
a voltar a ter um emprego de segunda a sexta,
mas tem de ser dinâmico e não me obrigar a
ficar fechado numa redação... Um jornalista
sentado ao computador torna-se um ser
amorfo.
África do Sul, Médio Oriente e Magrebe...
Em que zona do globo está o próximo
projeto?
Na Índia. É um projeto diferente dos outros.
Não há blogue, nem livro, é apenas um documentário para ser exibido em cinema e televisão. Vamos estar um mês a viver com um
grupo de adolescentes indianas que foram
vítimas de abusos sexuais e que formaram
uma brigada para lutar contra os violadores.
Da reportagem ao documentário
Num projeto desta envergadura, sobretudo quando é idealizado por 3 jovens,
os apoios são sempre essenciais. Prova disso é a sua primeira aventura, “Até lá
abaixo”: “Lançámo-nos para a África do Sul com menos meios”, explica Tiago Carrasco. “O jornal Sol pagou-nos reportagens regulares, bem como o Record, mas
não conseguimos até hoje produzir o documentário que pretendíamos, à semelhança do que fizemos desta vez. Com a Estrada da Revolução, tivemos o apoio da
beActive, que se associou desde logo ao projeto, e a quem fomos enviando as nossas imagens à medida que as recolhíamos, para que o documentário se tornasse
uma realidade mais rapidamente”.
A reportagem “Até lá abaixo”, entretanto editada também em livro, está neste momento em processo de angariação de fundos através do sistema de ‘crowdfunding’. Se quiseres contribuir, vai a http://ifundnews.com/pt/atelaabaixo.
Linguagem jornalística
A arte de contar boas histórias vive de uma perspetiva crítica e da capacidade de traduzir imagens em
palavras. Essa tarefa coube ao jornalista Tiago
Carrasco, que antes do lançamento da reportagem
em filme, editou em livro – através da Leya – esta
“Estrada da Revolução”. São as mesmas histórias
contadas através de um olhar necessariamente
diferente do registo cinematográfico do documentário, e mais próximo do carácter jornalístico da reportagem.
março 2014 . MaisSuperior | 13 |
notícias em curso
O mundo de hoje exige que te coloques
desde cedo em contacto com o que mais
importa à tua comunidade.
Ideias, projetos, mudanças, e
tudo o que nos vai transportar
para um futuro melhor precisam
do teu contributo.
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O
lugar na
história
Nesse sentido, que importância atribui a iniciativas como o
Projeto 80 e o Roteiro do Associativismo?
O Projeto 80 é uma tentativa de estimular os jovens a terem uma
cidadania plena. Donos dos seus destinos e dos seus projetos,
empenhados na junção de esforços, na aprendizagem da diferença,
na vivência diversificada, na dinâmica dos grupos e na tolerância. São
estas as realidades a estimular, sem perder de vista a inovação, o
empreendedorismo e a finalidade de desenvolver projetos que
promovam o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Com o Roteiro do Associativismo pretendemos dar visibilidade às
boas práticas, aos bons exemplos do associativismo juvenil que se
desenvolve por todo o país. Ao mesmo tempo, queremos também
ajudar a atrair cada vez mais jovens para esta forma privilegiada de
participação na sociedade e de aquisição de novas competências.
O Roteiro do Associativismo é, ao fim ao cabo, onde se cruzam os
políticos e as pessoas que concretizam projetos e dão forma ao dia-adia dos jovens e das populações.
Quais os planos da Secretaria de Estado do Desporto e Juventude
para 2014, tendo em vista a promoção do associativismo juvenil?
Continua a ser uma das nossas prioridades em 2014, traduzida
em exemplos e iniciativas muito práticos, como o Roteiro do Associativismo, que vai chegar a todos os distritos do país pelos quais ainda não
passámos. Ao mesmo tempo, vamos manter os volumes financeiros de
apoio ao associativismo juvenil e estudantil através do PAAJ (Programa
de Apoio a Associações Juvenis) e do PAAE (Programa de Apoio a
Associações de Estudantes), e aumentar em cerca de 32% a globalidade
dos programas de juventude, como o “Férias em Movimento”, o
“Ocupação de Tempos Livres”, o “Programa Formar”, o “Programa de
Incentivo ao Desenvolvimento Associativo”, entre outros.
Vamos ainda retomar o PAI (Programa de Apoio às Infraestruturas),
lançar um programa novo de apoio ao Voluntariado Associativo, e teremos
o novo programa Erasmus + para promover a mobilidade juvenil.
O total de investimento para a área da Juventude e do Desporto em
2014 estará na ordem dos 7 milhões de euros.
| 14 | MaisSuperior . março 2014
Falámos com Emídio Guerreiro, Secretário
de Estado do Desporto e Juventude, para
p e rce be rmo s m e lh o r o que te traz o
associativismo jovem.
Entrevista: Tiago Belim
Foto: GCI
Qual é a relação dos jovens de hoje com o
associativismo? A participação tem aumentado
nos últimos anos?
Podemos dizer que há uma constante, que nos é
dada pelo número de associações que se inscrevem
no RNAJ – Registo Nacional do Associativismo
Jovem. O número de associações inscritas é de
cerca de mil, em cada um dos últimos 3 anos, e no
total contamos com 600 mil jovens que participam
ativamente nas suas associações.
Estas associações de jovens estão inseridas na
sociedade portuguesa, mais no norte que no sul do
país e são muito importantes enquanto expressão
de cidadania, inovação e intervenção junto das
comunidades locais.
D iz-se muito que são p o u cos os jove ns a
associarem-se a iniciativas deste género. Há
alguma explicação lógica? É cultural, é geracional,
ou manifesta falta de integração na comunidade?
Não sei se há poucos jovens a associarem-se,
depende das iniciativas e do interesse que essas
iniciativas têm para os diferentes públicos de jovens.
Não estamos a falar de uma juventude una, há diferentes
juventudes e o que mobiliza os jovens também está
segmentado pelos interesses de cada um.
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