Artigo - Energia sem risco
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Artigo - Energia sem risco
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UniCEUB Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia - FAET Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Disciplina: Segurança e Auditoria de Sistemas Professor: Maurício Rocha Lyra ENERGIA SEM RISCO Risk Report, ano 1 número 2 Patrícia Lisboa - 09/10/2007 Integração de processos, solução tecnológica e conscientização de usuários alinha Segurança da Informação, Gerenciamento de Riscos e Planejamento Estratégico na Duke Energy Geração Paranapanema. O resultado? Um ambiente de rede mais seguro e funcionários cientes dos desafios e metas corporativas. Alinhar estratégia, objetivo, planejamento, gestão de risco e ações corporativas entre as áreas da empresa e incluir, efetivamente, os funcionários na política de gerenciamento do negócio. Esses foram os desafios iniciais da Duke Energy Geração Paranapanema, ao implementar um conjunto de iniciativas que visam a integração de interesses e processos na companhia. A Duke Energy é a maior subsidiária fora do território norteamericano. A empresa, que iniciou suas operações no País em 1999, com a aquisição da Companhia de Geração de Energia Elétrica Paranapanema já é responsável por 3% de toda energia produzida no Brasil, percebeu, nessa ocasião, a necessidade de um modelo efetivo para seu planejamento estratégico e gestão de riscos operacionais. Novo modelo de gestão Depois de certo tempo de maturação do negócio e adaptação de processos para o mercado brasileiro, a companhia concebeu, em 2003, o que seria um novo modelo de gestão. A criação de um Comitê de Governança, formado pelos gestores de cada segmento da organização e a adoção de um Balance Score Card, metodologia de acompanhamento estratégico, foram os caminhos adotados. Entretanto, a partir de 2004, novas normas governamentais deram início a um movimento de mudança no modelo de negócio do setor elétrico. A alteração de regras às quais todas as companhias estavam habituadas se tornou um ‘agente de atraso’ da implementação dos novos projetos desenvolvidos pela Duke Energy. Desde o começo das atividades da empresa em território nacio-nal, foram muitas as dificuldades encontradas nas tentativas de concretizar metas definidas pelo plano estratégico da companhia. “Os objetivos eram traçados corretamente, mas diante das diversas variáveis durante o caminho, para materializá-los e transformá-los em ações efetivas, os processos eram perdidos e ficavam sem o final desejado pelas lideranças corporativas”, explica Mário Augusto, diretor de Planejamento Estratégico da empresa e diretor Administrativo, Financeiro e de TI na ocasião citada. Mesmo diante de tantas dificuldades, o desafio foi vencido. Com a conclusão dos processos de implementação do Comitê de Governança e do Business Score Card e por meio da reestruturação que envolveu desde o alto comando da companhia até os funcionários das áreas executiva e técnica – aproximadamente 300 – a Duke Energy Geração Paranapanema tem, hoje, um modelo integrado de gestão. Fatores de sucesso A estrutura hierárquica da Duke Energy Geração Paranapanema é fator determinante na política corporativa e no papel que a área de Tecnologia da Informação assume na estratégia do negócio. “Nossa estrutura de Governança contempla o gerenciamento de risco e o segmento de TI com papel fundamental nesse processo. Todas as áreas da corporação dependem da tecnologia, não há como não considerá-la peça fundamental de nossa estratégia”, afirma Osvaldo Esteban, diretor geral de Informática e Telecomunicação da organização. Contando com equipes focadas nas metas de negócio, todo o planejamento é desenvolvido de acordo com as necessidades apresentadas por elas. “Atualmente, o planejamento estratégico, que inclui gerenciamento de riscos e compliance, é alinhado à área de Tecnologia de forma transparente e com o custo apropriado”, conta Augusto. Além disso, a criação de uma diretoria de Planejamento Estratégico e o deslocamento do responsável pela área de TI para seu comando reiterou ainda mais o compromisso da companhia em garantir que a Segurança da Informação esteja presente em todos os segmentos e deixe de ser mais um “incômodo” para os funcionários e passe a ser uma das maneiras para que eles atinjam suas metas e resultados esperados para a corporação. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UniCEUB Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia - FAET Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Disciplina: Segurança e Auditoria de Sistemas Professor: Maurício Rocha Lyra O risco de TI, hoje, pode ser considerado uma das maiores ameaças a uma organização. Uma falha de disponibilidade ou um dado roubado ou, simplesmente, transmitido a um destinatário errado pode causar danos financeiros, operacionais e de imagem às empresas. Além de cumprir e estar em conformidade com normas internacionais como a Sarbanes-Oxley e outras, a Duke Energy Geração Paranapanema investe na segurança lógica de sistemas, acesso e manipulações de informações. “Estar seguro é fundamental para atingirmos nossos objetivos. Para tanto, precisamos investir sempre nas melhores ferramentas tecnológicas e continuar nosso trabalho com os usuários, que, para nós, ao contrário da maioria das empresas, se tornaram o elo forte da cadeia”, conta Augusto. Como tudo aconteceu É claro que o processo de criação dos modelos e capacitação de empregados para colocar a gestão integrada em prática não foi uma tarefa simples. O modelo adotado se baseou, primeiro, no seguinte tripé: mapeamento de indicadores, definição de estratégia e avaliação de planos de ação. Para realizar essa trajetória, representantes de todas as áreas da corporação fazem parte das reuniões executivas para análise de cenário com acionistas, concorrentes e mercado. “Uma vez decidido o que deve ser feito, é preciso materializar essa intenção e isso é o que nove em cada dez empresas não consegue fazer”, diz Augusto. Com a participação de toda a empresa e a conscientização de funcionários sobre metas e mudanças na corporação, a Duke Energy Geração Paranapanema observa, hoje, aumento no envolvimento dos empregados com o negócio e melhoria no clima organizacional. E as mudanças não param por aí. “A partir do momento em que todos estão realmente envolvidos na operação da empresa, torna-se muito mais simples implementar outras políticas. Além disso, quando todos sabem as reais condições da companhia e o que podem fazer para melhorá-la, passam a mostrar maior comprometimento com o negócio”, conclui Esteban. Quem é quem Duke Energy Corporation A Duke Energy Corp., que atua nos Estados Unidos, fornece energia elétrica a aproximadamente 3,9 milhões de consumidores norte-americanos. A empresa tem cerca de 28.500 MW de capacidade geradora no Meio Oeste e na Carolina do Norte e do Sul, assim como serviços de distribuição de gás natural em Ohio e Kentucky. Além disso, possui capacidade de geração de, aproximadamente, 4.000 MW na América Latina e faz parte de uma joint venture no ramo imobiliário nos Estados Unidos. Duke Energy Geração Paranapanema A Duke Energy Geração Paranapanema, maior investimento da Duke Energy fora do território norte-americano – adquirida em 28 de julho de 1999 por um bilhão, duzentos e sessenta milhões de reais – conta hoje com ativos de geração de energia num total de 2.237 MW, compostos de oito usinas hidrelétricas situadas ao longo do rio Paranapanema, na divisa entre os Estados de São Paulo e Paraná. As usinas Jurumirim, Chavantes, Salto Grande, Canoas I e II, Capivara, Taquaruçu e Rosana, juntas, são responsáveis por cerca de 3% de toda a energia produzida no país. A atuação da empresa no Brasil baseia-se em duas frentes de negócios: geração e comercialização de energia elétrica. Desde a aquisição até o momento, os investimentos da empresa no país ultrapassam US$ 1,5 bilhão.