Energia elétrica solar

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Energia elétrica solar
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Energia elétrica solar
Por Paulo José Braz Rosas
Da irradiação que o Planeta Terra
recebe do Sol pode-se gerar uma energia, renovável, inesgotável e gratuita, na
forma de calor (Térmica) ou de eletricidade (Fotovoltaica), com potencial para
suprir parte das necessidades energéticas da humanidade.
A luz e o calor do Sol são essenciais para a manutenção da vida na
Terra. A energia radiante do sol provoca
a fotossíntese das plantas e a evaporação das águas que originam as nuvens e
depois a chuva. A cada ano, o Sol envia
à Terra uma quantidade de energia superior à produzida pelo planeta inteiro.
No panorama atual das energias
renováveis, a geração de eletricidade
solar fotovoltaica assume particular relevo. Esta energia é obtida através da
conversão direta da luz solar em eletricidade e é hoje uma das alternativas
energéticas mais promissoras deste
milênio. A produção de energia elétrica
fotovoltaica é considerada tecnologia
limpa e sustentável, que se baseia em
uma fonte de energia abundante e amplamente disponível no nosso planeta.
Fotovoltaica é a junção do termo
foto que significa luz (do grego phos)
com o termo voltaico em homenagem
a Alessandro Volta, pioneiro no estudo
da eletricidade. O efeito fotovoltaico,
relatado por Edmond Becquerel em
1839, é o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de
uma estrutura de material semicon-
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dutor, produzida pela absorção da luz
solar. A célula fotovoltaica é a unidade
fundamental no processo de conversão
em energia elétrica. A energia elétrica
fotovoltaica é produzida em corrente
contínua, podendo ser convertida em
corrente alternada através de um inversor.
A eficiência de conversão das células solares é medida pela proporção
da radiação solar incidente sobre a superfície da célula que é convertida em
energia elétrica. Hoje a eficiência máxima atingida por uma célula solar de
silício é de 25%. A primeira célula solar de silício apareceu no mercado em
1954, através da Hoffman Electron, e
foi considerada o início da era moderna
do fotovoltaico.
Em 1959, a NASA utilizou esta
tecnologia nos módulos solares para
fornecer energia para o satélite Vanguard. Em 1963, a Sharp Corporation
desenvolveu o primeiro módulo fotovoltaico comercial, que foi instalado
num farol japonês com 240 watts de
potência. Em 1982, foi construído na
California (EUA) o maior parque fotovoltaico do mundo, com capacidade de
gerar 500 megawatts e empregando 4
milhões de painéis solares.
Depois da energia hidráulica e
eólica, a energia solar é hoje considerada a terceira mais importante fonte
de energia elétrica em termos de capacidade instalada a nível mundial.
Mais de 100 países utilizam este tipo
de energia solar fotovoltaica. A China,
Japão e EUA são países onde a energia
elétrica solar mais cresce, enquanto a
Alemanha continua sendo a maior produtora do mundo deste tipo de energia,
contribuindo com cerca de 6% de sua
demanda de eletricidade.
A produção de energia elétrica
fotovoltaica vem crescendo exponencialmente e tende, em breve, a ser
responsável por 10% do consumo energético mundial. O potencial brasileiro
de energia solar é enorme, mas infelizmente temos utilizado a energia solar
mais como aquecimento residencial e
muito pouco na produção de energia
elétrica, apesar do país estar recebendo mais de 2.200 horas por ano de
insolação. Embora a evolução da tecnologia fotovoltaica tenha sido notável,
o grande inconveniente continua sendo
o seu investimento muito alto, quando
comparado com as outras tecnologias
mais usadas na produção de eletricidade. Impulsionado pelos avanços da
tecnologia e o aumento da escala de
produção, grande parte de toda a energia de que o mundo necessita poderia
ser extraído desta importante fonte de
energia solar limpa e inesgotável.
O uso da energia solar é um passo importante
para o desenvolvimento sustentável.
Paulo José Braz Rosas, Engenheiro, Diretor da AENAI.
Naturale
maio/junho - 2015