PLANO DE CORTE PARA A SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO EXÓTICA

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PLANO DE CORTE PARA A SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO EXÓTICA
PLANO DE CORTE PARA A SUPRESSÃO DE
VEGETAÇÃO EXÓTICA
ABRIL DE 2014
Sapiens Parque - Florianópolis - Santa Catarina – Brasil
www.sapiensparque.com.br
PLANO DE CORTE PARA A SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO EXÓTICA FASE 1
Para a implantação e desenvolvimento do Sapiens Parque é necessária a
realização de várias ações como obras de infraestrutura básica, oferta de novas
unidades, entre outras atividades. Com isso, se torna imprescindível para o
desenvolvimento a realização de corte e supressão de vegetação em algumas áreas
estratégicas do empreendimento.
Foi realizado o Inventário Florestal da Fase 1 (anexo I) no qual foi identificada
uma grande área compreendendo vegetação exótica, especificamente as espécies
Eucalyptus sp. e Pinus elliottii. A área total a ser suprimida é de 30,09 ha de vegetação
exótica e irá gerar um volume de 5.592,74 m³, no qual são estimados 54,173 indivíduos
a serem suprimidos. Devido a esta atividade gerar um impacto esta sendo proposto no
PBA – Plano Básico Ambiental (em elaboração) ações que visem prevenir e minimizar
os impactos resultantes da ação.
A área total foi dividida em 14 áreas (mapa em anexo – Delimitação Vegetação),
e seguindo a estratégia do empreendimento as áreas a serem suprimidas irão seguir uma
sequência lógica:
6
5
4
3
11
7
8
2
1
9
12
14
10
A princípio, a supressão irá seguir o cronograma proposto no Quadro 01 e as
seguintes etapas:
1. Planejamento: antecede o inicio das atividades de supressão. Após a
Autorização de supressão será contratada a empresa para a execução e as
equipes serão mobilizadas;
2. Limpeza prévia do sub-bosque com foices, quando necessário em
sinergia ocorre o afugentamento e resgate brando de fauna silvestre;
3. Derrubada direcional das árvores para as áreas mais abertas;
4. Supressão da Vegetação arbórea: realização de corte parcial e raso;
empilhamento de lenha das galhadas e a remoção do material lenhoso;
5. Desdobramento de madeira produzida e limpeza da área de extração;
6. Retirada, transporte e estocagem da madeira; Elaboração de laudo de
conclusão.
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Quadro 01: Cronograma para a execução da supressão da vegetação.
Cronograma de supressão da vegetação
1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês
Planejamento
Limpeza prévia do sub-bosque
Supressão da vegetação arbórea
Empilhamento de lenhadas galhadas
Remoção do material lenhoso
Limpeza da área de extração
Transporte do material lenhoso
Elaboração de laudo de conclusão
Descrição das atividades*:
Quando necessário, será feita a construção dos acessos às áreas onde será
executado o corte da vegetação florestal. Será priorizado no empreendimento, o uso dos
acessos já existentes e acessos temporários estratégicos, a fim de minimizar os impactos
sobre a vegetação local.
Irá ser trabalhado em sinergia o afugentamento brando da fauna, de maneira a
evitar o contato direto com qualquer espécime encontrado. Nos casos onde os
indivíduos apresentem dificuldades de remoção deverá ser feito resgate e soltura, de
acordo com as especificações apontadas no Plano Básico Ambiental – PBA (em
elaboração). Tais atividades ocorrem antes e em conjunto com a limpeza do sub-bosque.
A limpeza de sub-bosque consiste na remoção de indivíduos de porte herbáceo,
arbustivos, árvores com Diâmetro a Altura do Peito – DAP (1,30 m do solo) menor que
8 cm, lianas e cipós. Trata-se de um trabalho manual, feito à base de facão e foice,
através do qual toda a regeneração natural, cipós e bambus que interferem na instalação
do empreendimento são abatidos e deixados no próprio local.
As bases das árvores maiores deverão ser desobstruídas, evitando-se o
entrelaçamento das árvores em cipós no momento da supressão, pois a incidência de
cipós e arbustos dificulta a fuga do operador de motosserra no momento da queda da
árvore.
* Adaptado do Plano Básico Ambiental (em elaboração).
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- Corte raso e remoção dos indivíduos
Após a limpeza do sub-bosque será feito o corte e supressão da vegetação
lenhosa utilizando motosserra com capacidade para derrubar, desgalhar e traçar,
podendo ter auxílio de foices, cordas ou cabos de aço. A supressão de vegetação dos
acessos deverá ser executada com a largura suficiente para permitir o deslocamento e
manobra dos veículos. Ressalta-se que não serão ser utilizados herbicidas para a
supressão ou controle da rebrota da vegetação.
Os galhos deverão ser traçados, retirados e empilhados na lateral das áreas de
acesso e de supressão como lenha. O traçamento do fuste deverá estar de acordo com o
possível uso da tora na indústria, ou conforme orientação do Sapiens Parque.
A derrubada direcionada é um dos pontos mais importantes da supressão, pois
minimiza os danos físicos ao fuste, facilita o arraste, minimiza as interferências em
outras árvores do entorno e principalmente proporciona mais segurança para o operador.
Uma derrubada feita com habilidade facilita as operações posteriores. As cordas e os
cabos de aço devem ser utilizados quando for necessário induzir a direção de queda das
árvores, visando diminuir o impacto sobre o entorno.
Para atender o cronograma a atividade deverá ser executada por uma equipe
(empresa a ser contratada) composta por operadores de máquinas, operadores de
motosserra (04 – quatro), ajudantes, técnico de segurança no trabalho, etc.
Considerando o rendimento do trabalho de cerca de 0,50 hectares por dia, considerando
condições ótimas de trabalho, e sendo a área total a ser suprimida de 30,09 ha, serão
necessários no mínimo 60 dias de trabalho. No corte de árvores com o emprego de
motosserra, os seguintes passos deverão ser seguidos pelo operador de motosserra, para
que o corte ocorra de forma correta e com segurança:
–
Limpar a área ao redor da árvore;
–
Observar a presença de galhos secos e defeitos (condições da árvore e
verificar a presença de árvores perigosas nas proximidades);
–
Determinar a inclinação natural da árvore, quando for o caso;
–
Determinar e preparar os caminhos de fuga;
–
Antes de utilizar a motosserra, aquecê-la e testar a lubrificação da corrente;
Esta atividade também contribui para o afugentamento da fauna local;
–
Somente iniciar o corte com a corrente em funcionamento;
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–
Fazer o entalhe direcional para buscar direcionar a queda das árvores;
–
Deverão ser utilizadas motosserras equipadas com travas de segurança
motosserras utilizadas nos serviços junto com o equipamento, sendo também
cumpridas as recomendações constantes na NR-12 da ABNT.
Os dispositivos de segurança da máquina refletem na segurança do operador,
aliado a isto é fundamental a utilização dos equipamentos de proteção individual - EPI
recomendados para esta operação, por exemplo, calças especiais e blusa com mangas,
perneira, luvas, capacete, viseira, protetores auriculares e óculos.
As áreas determinadas devem ser suprimidas de forma consecutiva, visando
evitar a formação de ilhas de vegetação, bem como a compatibilização das atividades de
supressão com os trabalhos de afugentamento e resgate de fauna.
Os operadores de motosserras serão distribuídos de forma que uma motosserra
nunca fique posicionada ao lado da outra, garantindo-se a segurança na operação. Caso
seja necessária mais de uma equipe, as mesmas deverão manter uma distância mínima
de duas vezes e meia a altura média das árvores (Figura 01), visando garantir a
segurança e evitar possíveis acidentes com a queda das árvores.
Figura 01. Distância mínima entre 02 (dois) operadores de motosserra
Para garantir a segurança da equipe de supressão de vegetação, deverão ser
tomadas algumas medidas obrigatórias, como a definição de caminhos de fuga, com 45º
entre eles, os quais devem ficar ao redor da árvore no sentido contrário da direção de
queda natural (Figura 02).
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Figura 02. Caminhos de fuga e direção de queda.
Primeiramente, é realizado um corte horizontal até 1/3 do tronco, em seguida
vem o corte inclinado que forma 45º com o corte horizontal. O último corte de abate é
feito no lado contrário ao da boca. Ele se inicia a 10 cm acima do entalho direcional, ou
boca. A profundidade deve alcançar a metade do tronco, a parte que sobra do miolo do
tronco é chamada de "filete de segurança" ou "dobradiça” conforme Figura 03.
Figura 03. Esquematização do corte direcional.
Durante a queda a dobradiça serve para puxar a árvore na direção planejada. Na
medida em que a dobradiça for cortada a árvore perde a sustentação e acaba caindo na
direção do que sobrou da dobradiça. Essa sobra provoca uma torção que leva o tronco a
cair na direção de queda planejada.
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Para as árvores que racham com facilidade, as técnicas de corte são diferentes.
Neste caso o corte de boca recebe, na sua parte inferior, um entalho na forma de
escadinha segundo evidencia a Figura 04.
Figura 04. Esquematização do corte direcional em forma de escadinha.
– Processamento, empilhamento, cubagem e remoção de resíduos da supressão.
O processamento tem por objetivo limpar o fuste, retirando a copa e galhos, de
forma a obter-se uma tora roliça. Após a queda da árvore, dependendo do seu tamanho,
é necessário dividir o tronco em secções, de forma que venha facilitar a organização do
material suprimido e quando necessário o seu transporte, conforme é apresentado na
Figura 05.
Figura 05. Esquematização do traçamento e desgalhamento da árvore abatida.
Esta operação será feita logo após o abate, pelo mesmo motosserrista, que
deverá desgalhar. Os galhos com diâmetro superior a 8 cm serão traçados, retirados e
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empilhados como lenha. O fuste deverá ser deixado inteiro, sempre que possível, ou
estar de acordo com o uso previsto pelo proprietário.
Após a conclusão diária das atividades de supressão, deverá ser realizada a
limpeza dos locais de realização dos serviços, com remoção de todos os resíduos, os
quais serão devidamente acondicionados e destinados de acordo com o Programa de
Gestão de Resíduos (PBA – em elaboração). Todas as ações serão previamente
aprovadas pela fiscalização interna de campo, inclusive quanto à definição de locais de
deposição dos materiais oriundos da limpeza.
O material lenhoso será acondicionado nos limites físicos do Sapiens de forma
que não venha a atrapalhar as demais atividades de implantação e operação. Já a
galharia, esta será picotada e deixada rente ao solo para auxiliar na proteção do solo
exposto evitando o surgimento de processos erosivos ocasionados pela água das chuvas.
Após o empilhamento, será realizada a cubagem das toras e do material lenhoso
empilhado para fins de elaboração do relatório pós-corte e conclusivo.
Para o aproveitamento da matéria-prima florestal, o Sapiens Parque portando a
Autorização de Supressão da Vegetação – ASV, irá solicitar a Autorização de
Utilização de Matéria-Prima Florestal - AUMPF, seguindo as diretrizes e legislação
previstas de forma a executar o romaneio da referida matéria-prima. A AUMPF deverá
ser emitida em nome do Sapiens Parque, que poderá repassar a responsabilidade do
transporte da matéria-prima para terceiros no Sistema-DOF.
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ANEXO
DELIMITAÇÃO VEGETAÇÃO
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E=754.500
E=754.000
E=753.500
E=753.000
E=752.500
E=752.000
E=751.500
E=751.000
11
N=6.963.500
12
3
N=6.963.500
13
14
N
12
8
6
5
N=6.963.000
N=6.963.000
7
4
3
9
10
2
2
N=6.962.500
N=6.962.500
1
TOTAL
N=6.962.000
N=6.962.000
N=6.961.500
N=6.961.500
DATUM OFICIAL - SAD-69
DATUM VERTICAL: IMBITUBA - SC
E=754.500
CNPJ O8.709.956/0001-79 - CREA/SC 082060-0
Fones (0xx47) 3028 9929 - 9974.83.82
Rua: Ottokar Doerffel, 1723
Anita Garibaldi - Joinville - SC
E-mail: [email protected]
5
E=754.000
E=753.500
E=753.000
E=752.500
E=752.000
E=751.500
E=751.000
PINUS
FASE 1 DO SAPIENS PARQUE
FRAGMENTO NUMERADO
FOLHA:
EUCALIPTO
LOCAL:
Elizabeth Ouriques da Costa
58.094-03
0
03/12/2013
REV.
DATA
FOLHA:
ESCALA:
CNPJ: 05.563.063/0001-70
1:5000
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