DESAFIO JOVEM ENGENHEIRO
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DESAFIO JOVEM ENGENHEIRO
DESAFIO JOVEM ENGENHEIRO 2015 Criativando Fernando Bryan Frizzarin Luis Gustavo de Souza Matheus Marini de Francesco Pedro Victor Alves Ferreira 1.Introdução Nesse ultimo desafio tentamos mostrar ao máximo todo o conhecimento aprendido no Desafio Jovem Engenheiro e ao longo do Ensino Médio. Tentamos manter nosso pensamento de engenheiro, aprendido no desafio, para pesquisar sempre que possível e trabalhar com o máximo de hipóteses para sair da teoria e começar a prática. Esse desafio foi marcado pela grande dificuldade de desenvolver dispositivos que transformassem energias primárias em, muitas vezes, mecânica. Embora planejado o desafio nos propôs um dinâmica de tentativa e erro, no entanto, nossa equipe soube lidar bem com essa situação, já que persistimos em consertar nossas falhas. Nos atentamos na ideia de utilizar produtos domésticos e fazer o mais próximo de um experimento caseiro, no entanto, embora caseiro, sempre mantemos o conhecimento científico e tentamos provar através de cálculos nossa teoria. 2.Materiais Os materiais usados nessa etapa final foram, em muitas vezes, doados pelos membros da equipe e conhecidos. 2.1 Materiais comprados pela equipe Palitos de picolé - 50 uni. - R$ 2,90 qtde: 4 Palitos de churrasco - 100 uni. - R$ 4,10 qtde: 1 Refil de cola quente - R$ 1,20 qtde: 5 Bolinha de isopor - R$ 0,80 qtde: 2 Linha elástica - 2m - R$ 1,00 qtde: 1 2.2 Materiais doados pelos membros Colher plástica - 12 uni. Barbante Palitos de picolé - 50 uni. - qtde: 1 Palitos de churrasco - 100 uni. - qtde: 1 Parafusos - qtde: 4 Cabo de vassoura - qtde: 2 Latinha 269ml - qtde: 2 Latinha 250ml - qtde: 1 Garrafa de vidro 355ml - qtde: 1 Tampa de desodorante - qtde: 1 Elásticos - qtde: 4 Folha de fichário - qtde: 10 Roldanas de armário - qtde: 4 Cano PVC - 4m Cotovelo PVC - qtde: 2 Fita isolante - qtde: 1 Lata de leite em pó - qtde: 1 DUREPOX - qtde: 1 Pastilha de Peltier - qtde: 1 Pote de achocolatado em pó - qtde: 2 Tampa de desodorante - qtde: 1 2.3 Materiais doados pelo campus Caixas de papelão - qtde: 4 Bexiga - qtde: 6 Arame – 4m Driver de DVD quebrado 3.Dispositivos 3.1 Moinho de Água - Energia utilizada Nesse dispositivo utilizamos a energia potencial da água, portanto, simulamos uma represa que, em nosso caso, transformou a energia potencial da água em energia mecânica. - Funcionamento Esse dispositivo funciona em duas etapas. Na primeira a energia potencial da água faz com que um moinho gire, e então, enrola um barbante em seu eixo, que por sua vez exerce uma força em uma corda que por um sistema simulando uma polia fixa troca o sentido da força para nossa catapulta. Na segunda etapa a energia potencial do elástico faz com que a bolinha de isopor voe. -Mecanismo Moinho de Água Sua estrutura, feita de palitos de picolé e churrasco, é baseada em um hendecágono que possui 12 ângulos internos, onde, neles, estão presentes as colheres plásticas que servem para barrarem a água. Com a força das colheres move a estrutura a que por sua vez gira o eixo (cabo de vassoura) que traciona o fio. A estrutura b serve apenas para o apoio. Catapulta Sua base é feita apenas de palitos de picolé e uma tampa de desodorante ( para suporte da bolinha ), é para impulsionar a bolinha é usado um elástico. -Calculos A energia potencial é calculada por : m*g*h Onde : m – massa da água h – altura da água g – gravidade Adotaremos a gravidade sendo 9.8 m/s² , a altura como 2m (altura que a caixa de água se encontra da torneira) e a massa de água sendo 750kg (3/4 do reservatório de 1000L cheio). Logo, temos: EPG = 750 x 2 x 9.8 EPG = 14 700 J Com um teste simples calculamos qual é a vazão da água por minuto. Com uma garrafa PET de 2 litros e com um cronometro vimos quantos litros de água são fornecidos por segundo já que em 9.37 segundos enchemos a garrafa. 9.37 s = 2000 ml 1s =X X = 213ml Identificamos então que tínhamos 213ml em um segundo, e então, constatamos em quantos segundos eram necessários para se dar uma volta. Para ver isso, usamos de um barbante de um metro preso no eixo do moinho e então ao coloca-lo em prática vimos que demoramos X segundos para ter um metro enrolado. O raio do eixo é de 1cm ou seja, sua circunferência (2 x PI x 0,01m) é de 0,06m. Nesse teste demos 16 e 2/3 de voltas(desconsideraremos os 2/3) em 11 segundos, logo: 11s = 16v 1s = Xv Xv = 1,45 1,45*60 =87 rpm Temos então que seu rpm é de 87 voltas por minuto. Cálculos das forças de nossa catapulta Com a equação da força elástica calculamos a constante de nosso elástico. A equação é: Eelastica = (k*x²)/2 Onde: K – constante elástica X – deformação do elástico Para obter o valor de k que é N/m fizemos um experimento simples. Medimos o elástico sem aplicar força alguma e tinha 7cm. Logo depois colocamos um objeto de massa conhecida (237g) amarrado no elástico e obtivemos uma deformação de 3,5 cm. Entao: K = (0.237*9.8) / 0.035 K = 66,36N/m Com este resultado sabíamos a constante k. Então nos bastou apenas a usar na equação na Energia elástica para saber quanto de energia seria fornecido para a bolinha. O x da equação foi calculado pela deformação máxima possível em nossa catapulta que foi de 6cm. A energia necessária para ter a catapulta carregada no máximo: Eelas = (66,3 * 0,06²) / 2 Eelas = 0,11J E a força necessária para puxar tudo isso era de: Felas = (66,3 * 0,06) / 2 Felas = 1.9N -Problemas enfrentados Nesse primeiro dispositivo os problemas foram muitos. Apenas tivemos que reforçar a base e também reforçar sua ponta de apoio, pois ao testar percebemos que seu peso onde água batia fazia com que a mesma tombasse. Então com apenas alguns pedaços de palitos de picolés resolvemos o problema. Um outro grande problema foi nosso sistemas de roldanas que não foi usado no desafio por apresentar problemas na hora de puxar. O sistema era simples pois havia apenas 2 roldanas fixas e uma móvel. A ideia era fazer com que nosso moinho precisasse de apenas metade da força para puxar a catapulta, no entanto essa ideia não foi concretizada. No entanto nosso principal problema foi foi utilizar cola quente para fixa-la e quando a molhou os palitos absorveram água e soltaram a cola, então, foi só uma questão de tempo até que tudo fosse ao chão. 3.2 Catavento - Energia utilizada Em nosso terceiro dispositivo utilizamos a energia eólica que foi transformada para mecânica. Transformamos então energia limpa em energia útil. - Funcionamento Esse dispositivo funciona de forma simples. Primeiro uma série de 4 hélices faz com que um eixo (cabo de vassoura) gire e assim tracione um fio, fazendo-o se desenrolar em um lado e enrolar em outro, assim assim locomovendo uma espécie de teleférico onde a bolinha se encontra. -Mecanismo Este mecanismo, embora simples, traz uma estrutura complexa para o compensamento de peso. A parte b é a parte de sustentação do eixo solto que serve apenas para comportar e segurar o outro lado do teleférico. Já a parte a é a parte onde contém o cata-vento e seu eixo que puxa a corda a seu favor. Nessa parte que se encontra a maior parte deste experimento pois é nela que há a troca de energias de energia primária eólica para energia mecânica. -Cálculos Para iniciarmos os cálculos, começaremos com o calculo de quantos rpm no cata-vento faz. Para o esse teste faremos semelhante ao teste aplicado no moinho de água. Com uma circunferência de 0,06m fizemos o teste com uma linha de 0,3m que isso representava 5 voltas no eixo. Com 2.41 s foram dadas as 5 voltas ou seja, em um minuto seriam dadas 124 voltas (rpm). Para que a bolinha ande seus 50 cm é necessário apenas 10 voltas, ou seja, 5segundos é o tempo ( em condições iguais aos dos testes) para a bolinha atravessar de um lado para o outro do cata-vento. -Problemas enfrentados Nesta etapa enfrentamos alguns problemas. O esperado era que, ao invés de um teleférico, fizéssemos uma esteira que pela qual a bolinha seguiria mesma finalidade chegaria ao outro lado. No entanto, ao começar os primeiros testes foi visto que o nosso catavento não possuía força suficiente para rodar a esteira feita de folha de fichário. Em uma segunda tentativa, fizemos essa esteira mais leve e menor (usando metade das folhas) no entanto enfrentamos mais um problema pois o eixo começou a girar em falso. Então colocamos elásticos no eixo para assim aumentar o atrito e girar a esteira, mas novamente falhamos, pois após alguns segundos de uso percebemos que o mesmo enroscava. Retiramos os elásticos e tentamos por sua vez, fazer uma espécie de sistemas de engrenagens, onde na parte de baixo da esteira havia pedações de palitos de churrascos e no eixo também, assim os dois se atracavam e um puxava o outro. Dessa maneira tudo funcionou bem, a não ser o meio da esteira que pendia ao chão com tanto peso dos palitos. Então, nossa equipe decidiu fazer o teleférico por com um sistema fácil de deslocamento e sendo leve fez com que logo nos primeiros testes já fosse decidido que o usaríamos. -OBS Esse foi o nosso melhor de dispositivo pois foi nele em que obtivemos nosso melhor desempenho. 3.3 Motor Stirling - Energia utilizada No ultimo dispositivo utilizamos a energia biomassa. - Funcionamento Um pistão feito de palha de aço se move por dentro de meia lata de alumínio com o calor da fonte de calor. Ao se deslocar para cima o mesmo gira um eixo que pressiona o arda bexiga para baixo, assim, o ar frio vai para o pistão novamente fazendo com que o mesmo esfrie e vá para baixo assim recomeçando o processo. Ao fazer este processo o movimento feito pelo arame faz com que gire um CD, que por sua vez, roda um linha que faz com que um carrinho se desloque com a bolinha. -Mecanismo O mecanismo é feito com duas latas de alumínio (550 ml), com um cotovelo de pvc, durepox, arame e uma bexiga. -Problemas enfrentados Com certeza esse foi nosso dispositivo de maior dificuldade. Ao todo foram feitos 3 motores stirling. Gastamos mais de 8 dias para a a confecção do mesmo, e quando fizemos, o motor não rendeu o esperado e permaneceu rodando por apenas 5 voltas. Queríamos por ele, mostrar os conhecimentos aprendidos em nossa jornada DJE no entretanto nossa falta de noçoes mecânicas nos dificultou a terminar esse dispositivo. 3.4 Gerador de Peltier - Energia utilizada No ultimo dispositivo utilizamos a energia biomassa, representado pelo água quente da lata. - Funcionamento Duas latas de azeite são acopladas uma a outra e entao a pastilha de peltier é posta ao meio. Em uma lata colocamos água fria, e em outra água quente. Utilizamos do processo inverso da pastilha e tornamos energia térmica em energia elétrica. Assim, com a energia feita, ligamos em uma motor de driver de DVD onde ele se movimenta. -Mecanismo O mecanismo é dividido em duas partes : latas com água e motorzinho. Latas com água As latas de azeite foram coladas face a face para assim podermos colocar a pastilha entre as duas e então obter o processo inverso. Motorzinho Com um motor de dvd fizemos um tipo de roda gigante onde leva a bolinha de um lado até o outro sem nenhum problema. -Cálculos Para essa etapa calculamos tudo de forma simples. Como o motorzinho de dvd precisa deslocar a bolinha por, no mínimo, 50cm, fizemos uma conta simples. Se utilizamos apenas os primeiros 180 graus para deslocar a bolinha o raio da roda gigante deveria ser: 50cm = PI * r 15,9 = r Com apenas palitos de churrasco fizemos nossa roda gigante. -OBS Esse foi considerado pela nossa equipe o dispositivo mais encantador de se trabalhar. O fato dele transformar calor em energia elétrica foi algo que nos surpreendeu 3.5 Gêiser enlatado - Energia utilizada No ultimo dispositivo utilizamos a energia geotérmica, representado pelo vapor que sai da lata, uma energia tão limpa quanto a eólica mas em situações reais muitas vezes de difícil acesso. - Funcionamento As duas partes desse ultimo desafio são: a parte onde a bolinha anda (barquinho) e a parte onde gera a energia (latinha). Colocamos a latinha com mais ou menos 100ml de água em cima de uma fonte de calor onde ela atinge 100ºC e começa sua ebulição. Quando o vapor começa a sair pelo furo a uma forca, esse vapor leva um barquinho a navegar sobre a água por 50cm. -Mecanismo Nessa ultima etapa o mecanismo não é difícil de entender. Ele está separado em duas etapas: lata com água e barquinho. Lata com água Uma lata de refrigerante de 250ml com 100ml de água (a) é colocada em cima de uma fonte de calor a partir de um suporte c.O local onde a fonte de calor é acessa é a base de uma lata de alumínio de 550ml (c) onde o combustível posto. Seu suporte foi feito com 4 parafusos, dois pedaçes de 12cm de cabo de vassoura e com mais ou menos 50cm de arame (b). Barquinho Como o barquinho não é nosso principal alvo nessa etapa fizemos ele de maneira simples apenas utilizando papel e alguns palitos de churrasco. -Cálculos Os cálculos que fizemos nesse experimento foi a da quantidade de calor necessária e o tempo necessário partindo da nossa fonte de calor. Para sabermos a quantidade de calor necessária para esquentar a água e depois evapora-la adotamos algumas condições do dia do experimento. Considerando que a água estava a 22ºC inicialmente primeiro precisávamos calcular quanto de energia era necessário para chegar ao seu ponto de ebulição. Usamos desta equeção: Q = m * c * Δθ Onde: Q – quantidade de calor senível m- massa do corpo Δθ – variação de temperatura C - calor específico da substância que constitui o corpo Já que usamos apenas 100ml de água em nossa lata, faremos os cálculos. Q = 100 * 1 * (100 – 22) Q = 7 800 cal Passando para jaules: 1 cal = 4,186 J 7 800 cal = X X = 32 650,8J Então apenas para deixar a água a 100ºC foi preciso 32kJ. Então calculamos quanto seria preciso para transformar a água em vapor pela equação: Q =m*l Onde: Q – quantidade de calor M – massa l – calor latente ( buscado na internet) Com nossos dados fica: Q = 100 * 540 Q = 54 000cal Passando para jaules: 1 cal = 4,186 J 58 000 cal = X X = 242 788J Então a total energia necessária para transformar a água em vapor era de 275 438,8J. Com os conceitos aprendidos no desafio 2 para calcular a partir da fonte de calor: q = m * PCI Onde: Q – quantidade de calor M – massa queimada PCI - poder calorífico inferior do combustível Nossa fonte de calor era álcool que tem PCI igual a 5 500 Kc/L. Então para sabermos quanto de alccol seria necessário para evaporar toda a água, fizemos: 90 650,8cal = m * 5500 M = 0,16kg Constatamos que seria preciso 0,16kg de álcool para água entrar em ebulição. (isso em um sistema ideal onde a queima é de 100%). Como nosso sistema tinha rendimento de 40% então precisaríamos de 400 g para fazer a ebulição da água. -Problemas enfrentados O ultimo dispositivo foi resolvido sem muitos problemas. O único problema enfrentado foi a falta de energia da fonte de calor, pois antes era feito com uma fogueira e a mesma não conseguia fornecer o calor necessário para tão transformação. 4.Conclusão Concluímos que: não só nesse desafio, mas com todo o DJE, que engenharia não é apenas teoria e sim uma prática muitas vezes não tão exata. Fomos posto a prova de todos os conhecimentos adquiridos ao longo do nosso ensino médio e vimos que realmente sair das quatro paredes da teoria escolar pode ser muito bom. O que nos marcou nessa jornada foi a amplitude das áreas da engenharia e isso fez com que nossos olhos fossem abertos e descobríssemos essa maravilhoso mundo exato. Compreendemos que ser engenheiro pode ser algo muito trabalhoso entretanto é algo muito gratificante também e pela primeira vez, em nosso mundo acadêmico, tivemos que utilizar nossos conhecimentos aprendidos em 3 anos em um único desafio e isso foi realmente incrível. Infelizmente o fato de nossos membros serem de cidades diferentes fez com que tivéssemos um total problema para gravar o vídeo final e é com muita tristeza que o entregamos assim e embora não tivemos êxito em terminar por completo o ultimo desafio, nosso objetivo foi atingido pois desde de a primeira atividade queríamos apenas aprender mais sobre engenharia. Gostaríamos de deixar claro também que não conseguimos entregar o vídeo não por falta de tempo da tarefa e sim por falta de tempo de nós, alunos. Nos dedicamos muito para essa final e tentamos muito fazer com que o DJE fosse uma marca em nossa vida academica.