lagoa da conceição

Transcrição

lagoa da conceição
paraná
santa catarina
rio gr. do sul
hERCíLIO LUz
A polêmica ponte que todo mundo ama
edição nº 47 | março 2014 | r$ 8,90
Lagoa da ConCeição
O Mar de dentrO de FlOripa
REMÉDIOS
CONTRA ENJOO
O que você
pode fazer para
(tentar) evitar
MEU PRIMEIRO
BARCO
12 dúvidas
na hora de
escolher e comprar
ESTALEIRO EM
CRESCIMENTO
A nova fase da
Sessa em Santa
Catarina
Já imaginou
viver em um
apartamento e
ter seu barco a
poucos andares
de você?
Agora você pode, no Marina Beach Towers.
DO ELEVADOR,
DIRETO
PARA
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SEU
BARCO.
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Aconteceu...
Embaixada FErrEtti Em
JurErê intErnacional
jorge de souza
A Ferretti elegeu a praia mais famosa
de Santa Catarina para receber
convidados e mostrar o seu novo barco
“
O Simple
on the Beach
foi o local
escolhido
para virar
“embaixada”
de praia da
marca no país
“
novo evento
No quente
verão de Jurerê
Internacional,
Romain Jousselin,
Helô e Jaimes
de Almeida, Cris
Tedesco, Eduardo
Gutierrez, Lisa
Reidt e Ricardo
Kurtz brindaram
com Marcio
Christiansen,
dono do estaleiro
(abaixo)
fotos divulgação/adriel douglas
A nova Ferretti foi apresentada pela
primeira vez no Brasil nas águas de Jurerê
náutica Sul
11
www.tritonboats.com.br
Aconteceu...
JEt-paSSEio
Em balnEário
camboriú
LATITUDE,
LONGITUDE
E O MAIS
IMPORTANTE:
PLENITUDE.
O passeio foi
“organizado
pela
revenda Jetpoint
e levou os jets até
Porto Belo
fotos divulgação
Praias de Santa Catarina abriram a
temporada nacional de passeios Sea Doo
muitos jets
O dia bonito
contribuiu para
que muitos donos
de jets aderissem
ao passeio, que
incluiu várias
praias da região e
animou bastante
a turma
volta na ilha
Perto de 100 jets participaram do mais famoso passeio
náutico de Floripa: a volta na Ilha de Santa Catarina
horas e foi
organizado
pela loja
Mega Jet
Dar a volta
“nade qualquer
ilha é o sonho
horas de mar
Durante a longa
travessia, os
participantes
fizeram uma
parada para
reabastecimento
e outra na Ilha do
Campeche, para
voltar a reunir
o grupo
fotos divulgação
O
“passeio
durou cinco
LANÇAMENTO
TRITON 325
De 09 a 15 de Abril,
no Rio Boat Show 2014.
dono de jet
12
náutica Sul
SUA VIDA A BORDO
DE NOVAS SENSAÇÕES.
Aconteceu...
GRANDIOSOæ NOæ PROJETO.æ
MINUCIOSOæ NOSæ DETALHES.æ
PRECIOSOæ NAæ LOCALIZAâ í O.
vElaS latinoamErica
“
Mais de 25 000 pessoas visitaram os
grandes veleiros, de seis países diferentes
Grandes e
coloridos
Na regata, só
participam
grandes barcos das
marinhas de países
latino-americanos
e, em cada porto,
eles são abertos
para visitação. Em
Itajaí, o público
compareceu em
massa
divulgação/nelson robledo
Itajaí sediou a
única escala
brasileira da
regata dos barcos
mais bonitos da
América do Sul
3 ou 4 SUÍTES
ALAMEDAæ
D. PEDRO II, 825
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Todas as imagens utilizadas neste material são meramente ilustrativas. Possíveis alterações de projeto serão executadas de acordo com o memorial descritivo do empreendimento.
Incorporação Registrada sob o R2 da matrícula nº 102.570 do Livro nº 2 – Registro Geral do Ofício de Registro de Imóveis da 6ª Circunscrição da Comarca de Curitiba-PR. Efetivado em 18/06/2013.
Aconteceu...
Ana Paula da Silva, prefeita de
Bombinhas, é a nova presidente da Associação
dos Municípios da Foz do Rio Itajaí
criaÇÃo
do Grupo
náutico
Governo catarinense
cria Grupo de Trabalho
para estimular as ações
náuticas no estado
bruna passos
Dez municípios fazem
“parte
da associação, que visa
melhorar toda a região
fotos divulgação
a Primeira
e o seGundo
A nova
presidente da
entidade e o
segundo vice,
o prefeito de
Ilhota, Daniel
Bosi
lEGaliZaÇÃo
dE marinaS
Através da Acatmar, oito marinas de
Santa Catarina foram regulamentadas
juntos é
mais fácil
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O MELHOR
CUSTO
BENEFÍCIO
Força dupla
Ao contrário da grande
maioria dos estaleiros
brasileiros, a Intech Boating,
de Santa Catarina, vai bem,
obrigado, como garante o
empresário José Neto, que,
no ano passado, incorporou
a Sessa Brasil, mas manteve
Massimo Radice na casa
www.shedbar.com.br
por jorge de souza
jorge de souza
barcos a
quatro mãos
José Galízio Neto
e Massimo Radice
agora mais juntos
do que nunca e
com o objetivo
de transformar
a Sessa em líder
na sua faixa de
mercado
C
inco anos atrás, o estaleiro italiano Sessa Marine desembarcou no país, atraído pelo então estupendo
crescimento do mercado brasileiro de barcos. Seu objetivo era exportar alguns de seus barcos para cá e fabricar outros modelos aqui – razão pela qual já chegou procurando um parceiro local, que os produzisse no Brasil. Cinco
anos depois, o mercado mudou e os planos da Sessa, também
– mas ela continua no país e, agora, mais firme do que nunca.
No final do ano passado, a Sessa Brasil foi incorporada pela Intech Boating, de Santa Catarina, em cujas instalações já eram produzidos os barcos da marca italiana no Brasil. E a incorporação está
dando um excepcional empurrão à marca no país, como contam,
nas páginas seguintes, os dois responsáveis pela nova fase da Sessa, o
empresário José Antônio Galizio Neto, dono da Intech, e Massimo
Radice, diretor de produção dos barcos no Brasil.
Náutica Sul
21
C
onstruir barcos de passeios já estava nos planos do paulistano, radicado há mais de 30 anos em Santa Catarina, José Neto, quando ele fundou a Intech Boating, inicialmente para produzir apenas barcos de serviço. Mas ele não queria fazer isso sozinho e
imaginou que, um dia, poderia se associar a alguma marca estrangeira.
Não poderia ter havido situação mais perfeita do que quando ele conheceu o italiano (hoje mais apaixonado por Florianópolis do que muito manezinho da ilha) Massimo Radice, que buscava justamente aquilo: um estaleiro parceiro brasileiro. Há três anos, a Intech começou a produzir os
barcos brasileiros da Sessa na sua antiga fábrica, em São José, na Grande Floripa. E, no ano passado, incorporou de vez a marca, depois de um
acordo entre Neto e Massimo — o primeiro ficou dono do negócio e o
outro passou a cuidar diretamente da produção dos barcos, na nova e bonita fábrica em Palhoça, também nos arredores de Florianópolis. “Duas
cabeças pensam melhor do que uma e quatro mãos fazem mais do que
duas”, brincam os dois empreendedores, agora mais do que nunca unidos no objetivo de fazer a marca Sessa, que já vendeu quase 100 barcos no
país, ser uma das maiores do segmento das lanchas de médio porte no Brasil nos próximos cinco anos, como contam nesta dupla entrevista a seguir.
fotos jorge de souza
SeSSa
nova
fábrica
Na moderna
nova sede da
Intech Boating,
em Palhoça,
o galpão está
repleto de
lanchas sendo
construídas e
não há sinais
de crise
“Para nós, está bom”
O que mudou com a incorporação da Sessa Brasil pela
Intech?
(José Neto) Na teoria, Sessa e
Key Largo passaram a ser linhas
de barcos da Intech Boating,
que também continuará produzindo os barcos de serviço da
marca Intech. Mas, na prática,
nada mudou, porque a Intech já
vinha produzindo, desde o princípio, todos os barcos da Sessa
Marine no Brasil. A diferença
é que, antes, a Sessa era cliente da Intech e hoje é parte integrante dela, digamos assim. De
novidade mesmo, só há a nossa
nova fábrica, que já foi construída pensando nesta incorporação
22
Náutica Sul
e no crescimento da produção.
Tanto que ela é bem maior do
que a anterior.
Como está o mercado náutico brasileiro no momento?
(José Neto) Não posso falar
por todos, mas, para nós, está
bom. Estamos produzindo quatro barcos por mês, entre as linhas Key Largo e Sessa e temos
a nossa produção já vendida
pelos próximos quatro meses,
podendo chegar a seis barcos
mensais. Claro que a situação
do mercado já esteve melhor
tempos atrás, que ele está mais
competitivo do que aquecido,
e que, a cada dia, fica mais ár-
duo o trabalho de conquistar
novos clientes, porque o comprador agora é bem mais exigente. Além disso, a oferta aumentou bastante e, felizmente,
por conta da chegada dos importados, a qualidade dos barcos nacionais também. Mas
penso que os fabricantes em geral precisam se acostumar a trabalhar com margens de lucro
bem menores do que no passado, porque esta é a nova realidade. Não existe mais margens
de lucro de 30 ou 40%, como
era antigamente. Hoje, 10 a 12%
tem que ser o objetivo e, neste momento, 5 ou 6% é o que
está dando para atingir. Nós estamos sacrificando a nossa margem, mas fazemos isso com os
dois pés no chão, porque faz
parte da nossa estratégia para
conquistar mercados. Está, sem
dúvida, pior para quem produz,
mas bem melhor para quem
quer comprar ou trocar de barco, porque a oferta aumentou,
a qualidade também, mas não
os preços. De maneira geral, os
estaleiros precisam reaprender
o próprio negócio deles.
Dê um exemplo disso...
(José Neto) A questão dos fornecedores de equipamentos
para os barcos, por exemplo.
A maioria dos estaleiros sufoca os seus fornecedores, porque
não permite que eles trabalhem
para outras marcas. Todos querem “exclusividade”, porque temem que eles ajudem a melhorar os concorrentes. Isso é
uma maldade com os coitados,
que não fazem parte do estaleiro, mas, se ele for mal e fechar
as portas, eles quebram também. Fornecedor que fica preso a apenas um estaleiro não
cresce, porque depende só da
produção dele, e, se o fornecedor não crescer, também não
terá como investir nem, consequentemente, como melhorar a qualidade do que produz.
Mas, infelizmente, poucos estaleiros pensam – e agem – como
nós, que tratamos muito bem os
nossos fornecedores.
“
José Neto
é algo fácil, especialmente nestes tempos, mas temos um plano
bem realista para atingir isso. Nos
próximos anos, vamos lançar mais
três ou quatro novos modelos de
barcos, mas todos dentro da faixa que elegemos para ser a nossa
praia: a das lanchas entre 30 e 50
pés de comprimento. É nela que
queremos ser líder de mercado.
Ou, pelo menos, estar bem perto
disso daqui a cinco anos.
A Sessa veio para o Brasil
cinco anos atrás. Onde ela
pretende estar daqui a cinco anos?
(MassiMo Radice) Nossa meta
é crescer entre 10 a 15% por ano,
tanto em produção quanto em
faturamento. Sabemos que não
Vocês, então, veem o mercado com otimismo...
(José Neto) Eu diria que nós
confiamos bastante, tanto no
potencial do mercado brasileiro
de barcos de lazer, que, a bem
da verdade, ainda é tão pequeno que só tende a crescer, quanto na qualidade dos barcos que
produzimos frente à nossa concorrência. Tenho ouvido bastan-
Estamos
produzindo quatro
barcos por mês e
nossa produção
de quatro meses já
está vendida”
Náutica Sul
23
SeSSa
Muitos estaleiros têm optado por lançar barcos cada
vez maiores como forma de
aumentar o lucro nas unidades vendidas e ainda ganhar
prestígio com isso. A Sessa,
que produz lanchas de até 68
pés fora do país, não pensa
em fazer o mesmo aqui?
(MassiMo Radice) Por enquanto, não. Claro que sabemos
construir lanchas maiores e temos todos os recursos para isso,
tanto de mão de obra nacional quanto de engenharia italiana naval. Mas nosso plano,
por hora, é ficar mesmo na faixa dos barcos de 30 a 50 pés.
Não queremos abraçar todo o
mercado de uma só vez, produzindo barcos de 18 a 90 ou
100 pés, porque isso não dá certo. Os compradores desses tipos de barcos são bem distintos entre si e isso implica em
operações distintas para vender e, principalmente, atendêlos. Não dá para misturar tudo
nem querer ser líder em todos
os segmentos. São quase como
marcas diferentes. Temos ple24
Náutica Sul
linha sessa
Em breve, o
modelo F42
(acima) ganhará
uma versão sem
flybridge e a linha
C (ao lado) terá
mais barcos no
cardápio, garante
a dupla
fotos divulgação
te os outros fabricantes falarem
em “crise no setor”, mas altos e
baixos fazem parte de qualquer
atividade. Se, neste instante, não
se está vendendo tantos barcos
quanto há três anos é porque a
realidade mudou e é preciso se
ajustar a isso. Mas gente interessada em ter um barco para passear nos fins de semana continua
existindo. Cada vez mais, por sinal. Cabe aos estaleiros conseguir meios de chegar até eles.
“
Os estaleiros
precisam aprender
a trabalhar com
margens de lucro
menores. Acabou a
era dos 30%”
José Neto
na consciência disso e optamos
por crescer dentro de uma faixa
apenas. Por enquanto.
Mas nesta faixa a concorrência é bem forte, não?
(José Neto) Sim, mas isso não
é de todo ruim para nós. Eu até
diria que é bom, porque, como
sabemos que produzimos barcos de qualidade, a comparação
C
M
é algo favorável para nós. Adoramos quando alguém pede para
testar nosso barco e sentir como
ele navega. Somos os primeiros
a estimular isso, porque temos
certeza de que, depois de sentir a extrema tranquilidade da
navegação das nossas lanchas, a
pessoa irá pensar duas vezes antes de optar por outro barco. E,
se optar, ficará com aquela sensação gravada na mente e isso,
um dia, a levará a ter uma Sessa ou Key Largo, dependendo
do estilo de barco que ela prefira. Outro dia, fui apresentado a
um rapaz que tem barco de outra marca, mas que já navegou
no nosso. Ao saber que eu era da
Sessa, ele disse: “É o meu sonho
de consumo; um dia eu terei
uma!”. É nisso que acreditamos:
na qualificação cada vez maior
dos donos de barcos, que já não
são bobos e sentem a diferença
entre um barco e outro. Quanto mais pessoas experimenta-
Y
CM
MY
CY
CMY
K
SeSSa
Qual, na opinião de vocês,
é o maior problema do setor náutico do Brasil atualmente?
(José Neto) A falta de vontade
política de fazer o setor crescer.
Como a questão das marinas,
por exemplo, que talvez seja o
maior gargalo do setor atualmente. Canso de ver gente que
não tem onde guardar o barco
que comprou ou, se já tem um
barco, não pode trocá-lo por outro maior, porque a sua marina não comportaria isso. Clientes nossos já deixaram de trocar
a Sessa C36 pela C40 porque os
equipamentos da marina não suportariam o maior peso do modelo maior. É o mesmo que o
sujeito não poder trocar de carro, mesmo tendo recursos para
isso, porque na vaga que ele tem
no estacionamento só cabe carro pequeno. A carência de marinas, causada, em boa parte, pelas dificuldades em conseguir
todas as licenças ambientais
para construí-las, e a precariedade da grande maioria das já existentes, que não conseguem ampliar pelo mesmo motivo, são,
na minha opinião, os dois grandes entraves práticos do setor no
momento. Mas há outros.
Quais?
Xi, a lista é enorme... E não atinge só os que produzem barcos, mas também
os que os usam, ou seja, os donos de barcos também sofrem
(José Neto)
26
Náutica Sul
divulgação
rem os nossos barcos, melhor –
tanto para eles quanto para nós.
um bocado. Eles sofrem no bolso, na marina, na burocracia e,
principalmente, na manutenção da embarcação. Barco, no
Brasil, é pouco usado e, quanto menos você usar um barco,
mais ele precisará de manutenção, para estar realmente pronto
quando você for usá-lo. Quem
não cuida da manutenção ou
não tem um barco de qualidade
excepcional que exige um pouco menos disso, corre o sério risco de não poder usá-lo quando,
finalmente, surgir a oportunidade. O cara chega na marina sábado de manhã, todo entusiasmado, e descobre que a bateria
está arriada ou a fiação em curto. Por isso, também é tão importante que o barco seja bem
construído. Barco de qualidade
exige menos manutenção, mas,
ainda assim, precisa dela — e é
aí que as marinas muitas vezes
“
projetos
com cautela
Por enquanto, a
empresa ficará na
faixa dos barcos
de 30 a 50 pés
de comprimento,
embora o
escritório
da Sessa na
Itália já tenha
lanchas maiores
projetadas
Vamos lançar
mais três ou
quatro barcos,
mas todos na faixa
entre 30 e 50 pés
de comprimento”
MassiMo Radice
falham. Por isso, nas nossas pesquisas, dedicamos mais atenção
ao tipo de uso que o cliente faz
com o barco do que ao tipo de
barco que ele prefere. Daí, por
exemplo, as churrasqueiras, que
não existem nas Sessas italianas.
Brasileiro gosta de fazer churrasco no barco e, portanto, todo
barco tem que ter churrasqueira.
Isso é adequar um barco ao uso
que dele se espera.
A decisão da Sessa Brasil de
se estabelecer em Sant a Catarina foi acertada?
(José Neto) Não conheço outro estado melhor para uma fábrica de barcos. Atualmente, o
Rio de Janeiro até oferece mais
vantagens fiscais, mas, em Santa
Catarina, o governo entende os
problemas do setor e tenta ajudar os empresários da área náutica, embora ainda exista muito
a ser feito, como no caso das marinas, por exemplo. Mas, pelo
menos, existe boa vontade e capacidade de ouvir o que o setor
precisa. O estado quer realmente crescer e já tem uma cultura
industrial arraigada. Além disso,
tem o benefício da rede de fornecedores náuticos já estabelecida e da mão de obra bem qualificada, além de trabalhadora.
O fato de possuir estaleiros do
gênero há muito tempo, como
a Schaefer, a quem atribuo muitos méritos por isso, contribuiu
para formar gente especializada,
SeSSa
que sabe – e gosta – de construir
barcos. Santa Catarina é, hoje, o
melhor porto para qualquer estaleiro de barco de passeio.
divulgação
Mas quando a Sessa chegou
ao Brasil, pensava, também,
em importar barcos da Itália,
além de produzir alguns modelos aqui. Isso continua?
(MassiMo Radice) Sim, mas não
é mais o nosso objetivo. Hoje somos uma fábrica brasileira, que
produz barcos projetados na Itália e que, se ainda usam alguns
componentes importados, é para
melhora de qualidade, como,
por exemplo, os tecidos dos estofados. As importações de barcos inteiros, embora possíveis de
serem feitas e que faziam parte
do plano inicial da Sessa, foram
penalizadas pela alta do dólar e
pelo injusto aumento nas taxas
de importação, que praticamente inviabilizaram essas operações. No começo, usamos também os barcos importados para
“testar” o mercado brasileiro e
avaliar a aceitação que os nossos
modelos teriam aqui. Quando o
“
Adoramos
quando alguém
pede para testar
nossos barcos
e sentir como
eles navegam”
José Neto
sucesso ficou claro, passamos a
produzi-los no país, o que já estamos fazendo há três anos. E estamos tão empenhados nisso que
praticamente demos um tempo
na produção dos barcos de serviço da Intech, para concentrar
esforços na produção das linhas
Sessa e Key Largo. Neste momento, há seis unidades sendo
construídas ao mesmo tempo, o
que ocupa a fábrica inteira.
Ao que vocês atribuem o sucesso da marca no Brasil?
outra linha
Além da linha
Sessa, a marca
também possui
a série Key
Largo, de lanchas
abertas, que
também são
produzidas no
Brasil pela Intech
(MassiMo Radice) A alguns fatores, como o bom tripé de sustentação que temos: a forte marca
Sessa, a experiência e recursos
para construir bons barcos da
Intech e a penetração e força de
venda – e pós-venda – das lojas
Regatta, que são nosso maior representante no Brasil. Já no que
diz respeito aos barcos, um deles, certamente, é o design moderno, algo também muito valorizado pelos brasileiros. Mesmo
na Itália, país com larga tradição em design, nossos barcos
sempre foram muito elogiados
pelo estilo, cuja inspiração, muitas vezes, veio dos automóveis
– e os brasileiros também adoram carros. Outro ponto forte é
a qualidade dos barcos, tanto na
construção quanto na navegação. Eles são seguros, têm navegação excepcional e baixíssima
depreciação no mercado, coisa
de apenas 15% em dois ou três
anos de uso, o que não se vê por
aí. Também navegam bem e rápido. Tanto que fazemos questão de colocar os números de
performance nas fichas técnicas, como garantia de que serão atingidos. E ainda praticamos preços justos, idênticos para
qualquer cliente e na média das
faixas, embora nossos barcos estejam bem acima disso. Ou seja,
para o que eles oferecem, são
ótimos negócios, porque têm excelente valor agregado. E falo
isso com absoluta tranquilidade, porque sei que não serei desmentido pelos fatos.
(José Neto) E eu assino embaixo.
28
Náutica Sul
patrick rodrigues
texto e fotos jorge de souza
a lagoa da IlHa
Com praias, água salgada e
muito espaço para navegar,
uma que
são duas
Um caprichoso
filete de água,
sobre o qual passa
a única ponte que
atravessa a Lagoa
da Conceição, a
divide em duas: a
Lagoa de Dentro
e a de Fora. Mas a
beleza não muda
a LAGOA DA CONCEIÇÃO,
em Floripa, é quase um mar
do lado de dentro da ilha
lagoa da conceição
A
Lagoa da Conceição
não é apenas um dos car-
tões-postais da ilha que abriga
Florianópolis, ao lado das suas
lindas praias e da Ponte Hercílio Luz
(tema de outra reportagem desta edição).
Também não é apenas o local mais venerado pelos moradores da ilha, que, com raras
exceções, adorariam viver ou ter uma casa nas suas
margens. Tampouco é um mero acidente geográfico no centro da grande Ilha de Santa Catarina, rodeado de
morros e cheio d´água. A maior lagoa de Floripa e tudo o que
a rodeia formam uma espécie de ilha dentro da outra, com vida,
moradores e costumes próprios — a começar pelo saudável hábito de
usar a própria lagoa como meio de sustento, locomoção e lazer. É quase outra ilha. Ou uma ilha do avesso (um punhado de água cercado de terra por todos os lados e não o contrário), na qual muitos dos seus moradores não
sentem a menor falta do restante da cidade para viver bem. A Lagoa da Conceição é um mundo à parte, dentro do universo de belezas e virtudes de Florianópolis.
34
Náutica Sul
só de barco
Os restaurantes
da Costa da Lagoa
(acima) e a praia
do Saquinho (ao
lado), no extremo
norte da lagoa. Para
chegar a estes dois
lugares, só mesmo
pela água
Náutica Sul
35
lagoa da conceição
“
tudo
na água
Bonitas pedras
dentro d´água
ajudam a tornar a
paisagem da lagoa
ainda mais bonita
para quem sai em
passeios de barco.
Que, aliás,
é o que mais se
faz por lá
36
Náutica Sul
Na água, a
areia cria linhas
ntes mais nada,
bem definidas
é bom saber que
a Lagoa da Conentre o fundo
ceição é grande.
bem
e o raso. Que maior do que costumamNosermínimo,
as lagoas uré bem raso banas, aquelas que foram engolidas
pelas
cidades, como a da Pampulha, em Belo Homesmo
rizonte, e Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.
A
De uma ponta a outra são cerca de 15 quilômetros
de extensão, o que significa um bom tempo de navegação nos barquinhos de transporte de passageiros,
que ali servem de ônibus para os moradores das comunidades que se espalham ao longo da lagoa. É tão ampla que,
informalmente, é dividida em duas: a Lagoa de Dentro e a de
Fora, separadas apenas por uma caprichosa passagem bem estreita de água, sobre a qual passa uma ponte (igualmente acanhada)
na principal (na verdade, única) rua que cruza e margeia a parte central da lagoa. Água é o que não lhe falta.
Por isso mesmo, para os donos de barcos e amantes dos esportes náuticos, a lagoa é como um parque natural de diversões. Suas águas, abrigadas e
sem ondas, como as de toda lagoa, são suficientemente seguras mesmo para os
Divisão das águas
Na lagoa, a profundidade está na cara
E
mbora receba todas as águas que
escorrem dos morros ao seu redor, tanto
das chuvas quanto das nascentes, e tenha
uma única — e estreita — entrada e saída
para o mar, a Lagoa da Conceição é 100%
salgada ou, quando muito, bem salobra. É,
portanto, uma lagoa feita de água do mar
— ou um naco do mar em forma de lagoa, o
que é ainda mais curioso. É, também, bem
rasa em certas partes, como nitidamente
denuncia a diferença na cor da sua água. Ela
é bem escura nos trechos mais profundos,
mas verdinha e clarinha nas margens, onde
deixa ver a areia do fundo. Como nesta
grande área da sua margem nordeste, onde
a profundidade não passa de meio metro,
mesmo na maré alta — algo proibitivo para os
barcos, mas uma delícia para banhos de mar.
Quer dizer, de lagoa.
lagoa da conceição
“
A lagoa é um
centro náutico
pilotos e velejadores menos experientes, e os ventos que a brindam (espepor natureza.
cialmente à tarde) têm a intensidade cerMas a altura das
ta para as manobras de windsurf e kitesurf,
que sempre tiveram a lagoa como uma espépontes limita
cie de templo sagrado – mas, de tempos para
cá, também tiveram que dividir a água com as
o tamanho
pranchas de stand up padlle, a exemplo de um fenômeno que hoje acontece em qualquer canto.
dos barcos
quem não
tem barco,
embarca
Pequenas escunas
fazem passeios
pela área central
da lagoa. Mas
para conhecê-la
direito, o melhor é
alugar um barco
ou embarcar no
programa Floripa
by Boat, que leva
os visitantes para
um tour pela
lagoa
38
Náutica Sul
D
adas as suas proporções, a lagoa é quase
como um mar de dentro, já que até a sua
água é salgada. Quando muito (bem) salobra,
já que sua única ligação com o mar acontece
através de um estreito, sinuoso e pitoresco canal,
por onde entram e saem todos os barcos. Quer dizer, nem todos,
porque a maioria dos proprietários prefere usá-los lá mesmo e nem
sente falta ou necessidade de sair para o mar. E ainda ficam a salvo dos
humores do tempo, porque toda a lagoa é abrigada dos ventos. “Aqui, dá
para usar o barco todos os dias, o ano inteiro”, garante e comemora Alfredo Jorge, que ninguém conhece pelo nome mas sim pelo apelido “Frango”,
dono da maior marina da lagoa, a homônima Marina Lagoa da Conceição,
que sabe bem o que diz porque faz isso diariamente – seja a serviço ou a passeio,
já que quem vive na beira da lagoa dificilmente resiste aos seus apelos.
vela e pesca
Embora seja
brindada com
bons ventos,
há poucos
veleiros na lagoa,
por causa da
profundidade
e da altura dos
mastros, que
não passam sob
as pontes. Já os
barcos de pesca
são abundantes
no canal da Barra
da Lagoa, onde
os manezinhos
da ilha ainda
falam um idioma
quase próprio,
expresso nos
próprios barcos
Náutica Sul
39
lagoa da conceição
O outro lado da lagoa
Na Costa da Lagoa, só se chega de barco, o que a torna melhor ainda
V
ocê pode já ter ido uma dúzia de vezes a Florianópolis. Mas, se
não tiver um amigo bem informado na cidade ou, melhor ainda,
um amigo com um barco na Lagoa da Conceição, muito provavelmente
jamais ouviu falar deste lugar — que, no entanto, é um dos recantos
mais peculiares da ilha e um programão para quem quer almoçar bem
e ainda visitar um local aonde poucos turistas vão. A Costa da Lagoa,
um povoado de pequenas casas, uma igrejinha e cerca de uma dúzia de
rústicos restaurantes à beira d´água, é a mais isolada comunidade da
Lagoa da Conceição e só se chega lá a pé (ao cabo de mais de uma hora
de caminhada) ou de barco — particular ou nos que fazem a travessia do
centrinho da lagoa ou da margem do Rio Vermelho até lá. É um passeio
bem gostoso (no duplo sentido, porque os frutos do mar servidos nos
restaurantes são bem saborosos), diferente (só a travessia da lagoa já
diverte bastante) e que mostra um lado bem pouco conhecido da ilha —
aquele que o turismo de massa ainda não revelou para o país inteiro.
40
Náutica Sul
para ver
e comer
A Costa da Lagoa é
uma comunidade
bem típica, com
uma dúzia de
restaurantes à beira
d´água, que servem
basicamente frutos
do mar — até nos
recheios dos pastéis.
Barquinhos da
cooperativa dos
barqueiros levam os
visitantes até lá
“
A Costa da Lagoa
fica tão isolada que não
tem ruas nem carros
Náutica Sul
41
lagoa da conceição
U
m dos apelos mais irresistíveis da lagoa é a própria beleza do seu entorno. Como ela
fica encravada entre morros e boa
parte da região é área de preservação ambiental, predomina o verde na paisagem,
quebrado, aqui e acolá, por prainhas de areia amarelada e grandes pedras roliças e claras, que mais parecem esculturas da natureza. Além disso, num certo trecho, ela é margeada (ou quase isso, já que existe uma rua
no meio) pelo mar de dunas brancas que avança até a vizinha praia da Joaquina. Quem subir até um dos mirantes da
lagoa (como os que há nos restaurantes Mar Massas e Kampai,
embora a vista que se tem do alto da rampa de parapente ainda
seja a melhor de todas), verá ainda nítidos desenhos na água — tão
nítidos que parece que foram pintados. Eles ilustram de maneira clara (nos dois sentidos...), as bruscas mudanças de profundidade, outra característica da lagoa, que, nas partes rasas, é rasa mesmo. É, talvez, o único cuidado que os donos de barcos devem ter. De resto, é só prazer.
“
Na lagoa, os
pescadores não
reclamam. Saem
de manhã para
buscar o almoço
Peixe é o
que não falta
tudo
na água
Pelo canal da Barra
da Lagoa (abaixo)
entra e sai toda
a água da lagoa.
E junto com ela,
muitos peixes, que
enchem as tarrafas
dos pescadores
Com menos gente
pescando, sobram mais peixes
para os que continuam
alberto sodré
A
42
Náutica Sul
Lagoa da Conceição talvez seja
o único lugar do mundo onde a
quantidade de peixes vem aumentando
e não diminuindo para os pescadores.
Quem garante isso é um deles, morador
da Costa da Lagoa, que se baseia
em dois fatos para contradizer as
evidências contrárias mundo afora. A
primeira: todos os dias, ele sai de casa
para garantir o almoço, ali mesmo, na
lagoa, e jamais volt de mãos vazias — ao
contrário, sempre retorna com peixes de
sobra. E a segunda, bem mais reveladora
do porquê disso: como, atualmente,
há bem menos gente pescando na
comunidade, porque muitos foram
embora, trabalhar na cidade, sobram
mais peixes para os que ficaram... É uma
teoria que faz sentido, como atestam
as tainhas que vivem saltando fora
d´água com a passagem dos barcos e
as tarrafadas que, quase sempre, não
decepcionam os pescadores.
Náutica Sul
43
Litoral?
Não. Lagoa
Nas margens, surgem prainhas
como as de ilhas desertas
A
Praia do Saquinho, também
conhecida como Praia dos
Macacos (ou vice-versa, já que ela não
tem nome oficial, só apelidos), é a praia
mais afastada (fica no extremo norte
da lagoa, nos limites de uma área de
preservação ambiental) e, por isso
mesmo, a mais preservada da lagoa
(tem mata nativa dos dois lados, daí os
tais “macacos”, que ali existem de fato).
É, também, a mais procurada pelos
donos de barcos quando buscam
sossego e tranquilidade, além de um
visual de praia de ilha deserta (veja
a foto maior e diga se não parece?).
Mas está longe de ser o único reduto
do gênero na lagoa. A margem que
antecede a ponte do canal da barra
é repleta de outras prainhas, todas
pequenas, sem nenhuma marolinha
e ornamentadas com grandes pedras
dentro d´água. São as preferidas das
escunas que fazem passeios e dos
donos de barcos que preferem ficar
meio a bordo, meio na praia, já que
as lanchas chegam até a areia. E a
cerveja fica sempre gelada. Mesmo
depois de horas de praia.
44
Náutica Sul
ricardo wilges
lagoa da conceição
praia e mata
O verde domina
a paisagem, só
quebrado pelas
prainhas, como a
do Saquinho
(ao lado), onde só
se chega de barco.
E eles chegam
até a areia, para
garantir a cerveja
sempre gelada
“
Nas prainhas,
os barcos param
na areia, o que
air de barco para comer é um
só aumenta
dos maiores prazeres na lagoa.
Suas comunidades têm tradição
o prazer dos
no preparo de frutos do mar, que
ali vão além da habitual sequência
passeios
de camarão — que, no entanto, goza, também,
S
da fama de ser a melhor da ilha. A Costa da Lagoa, por exemplo, a mais isolada comunidade da
lagoa, só acessível de barco, é quase um polo rústico-gastronômico, com cerca de uma dúzia de restaurantes à beira d´água, onde são servidos peixes, siris
e camarões que não raro foram tirados horas antes das
águas da própria lagoa — que, a despeito da crescente poluição em certos trechos, ainda tem bastante peixe.
Além de almoços e petiscos, a Costa da Lagoa ainda
tem outro atrativo para oferecer: a sua própria comunidade,
uma das mais preservadas da ilha, até por conta do próprio isolamento geográfico. Lá, as tradições ainda são seguidas à risca, a pesca segue orientando a vida, a conversa com quem chega rola fácil, apesar do sotaque manezinho ainda mais carregado,
e as benzedeiras costumam ser mais procuradas do que os médicos
do centro de Florianópolis. É um pedaço da ilha como ela era antigamente, a começar pelo detalhe curioso de que não há nenhum carro na Costa da Lagoa, porque sequer há ruas. Mas, pensando bem, pra
que ruas, se só se chega lá a pé ou de barco?
Também nas demais comunidades da lagoa, em certos aspectos, os moradores mais antigos continuam vivendo do mesmo jeito que seus antepassados – apeNáutica Sul
45
lagoa da conceição
“
A água da
lagoa é salgada.
Porque o mar
a invade pelo
canal da Barra
O entra e sai da lagoa
o canal da Barra da Lagoa é a única ligação da
lagoa com o mar e onde ela é mais peculiar
46
Náutica Sul
estreito e sinuoso canal de águas verdes que você vê
nestas fotos é o único elo entre o mar e a Lagoa da
Conceição. Dada as proporções quase oceânicas da lagoa, é
quase como se fosse um riacho por onde entrasse e escoasse
o Rio Amazonas. Ok, ok, não chega a tanto, claro, mas é
igualmente curioso que este fiapo de água, que mal se vê nos
mapas, alimente uma lagoa inteira, que, de tão grande, é a
primeira coisa que se vê em qualquer imagem aérea da ilha
onde fica Floripa. Curioso, também, é saber que, antigamente,
nem existia um canal e sim um mero braço de água, que só
nas marés mais violentas passava por cima da areia da praia e
permitia sair da lagoa e entrar no mar — ou vice-versa. Mas a
construção de um molhe de pedras na praia e o alargamento
do seu pequeno curso, até a lagoa, mudou a cara da região.
Hoje, a Barra da Lagoa abriga alguns simpáticos restaurantes
onde a maior distração é ver os barcos passar quase rente
às mesas, e uma peculiar mistura de modernidade com as
tradições dos velhos moradores. Ou seja, lanchas reluzentes ao
lado de barcos pesqueiros, mansões de fim de semana coladas
a casinhas de madeira e visitantes milionários papeando com
pescadores manezinhos, cujas famílias vivem ali desde o tempo
em que nem existia o canal. Pelo menos, não com este formato.
tudo passa
pelo canal
O sinuoso e
pitoresco canal
da Barra, que
os moradores
ainda atravessam
de canoa,
desemboca na
praia e tem alguns
restaurantes nas
margens, onde a
diversão é ver os
barcos passar
mozart latorre
Jorge de souza
O
Náutica Sul
47
lagoa da conceição
preservando
as tradições
A procissão de
Nossa Senhora
dos Navegantes e
as casinhas com
barco na porta
fazem parte da
história da região,
que também é
contada pelos
voluntários do
Projeto Barca dos
Livros (abaixo),
num barco, no
meio da lagoa
“
A lagoa é como
um mar de dentro.
Ou uma ilha do
sar do progresso desenfreado da cidade
avesso, cercada
e da especulação imobiliária acelerada,
especialmente na faixa à beira d´água. A
de terra por
procissão em louvor de Nossa Senhora dos
Navegantes, padroeira da lagoa, que acontetodos os
ce uma vez por ano, há quase 70 anos, contilados
nua atraindo muitos barcos e fiéis emocionados,
mesmo após a morte do seu mais tradicional promotor, Seu Inacinho, no ano passado. E as casinhas de madeira com um barquinho na porta ainda
são tão frequentes na paisagem quanto as rendas de
bilro nas lojinhas da Avenida das Rendeiras – que, por
sinal, não tem esse nome por acaso.
M
uito mais do que um mero bairro-distrito de
Florianópolis, a Lagoa da Conceição é um
reduto de pessoas que amam a lagoa e, cada
um a sua maneira, tenta fazer algo para melhorá-la e torná-la ainda mais atraente a todos. É o
caso do projeto Barca dos Livros, uma espécie de biblioteca comunitária a bordo de um barco (pago, quase sempre, pelas próprias donas da ideia, as irmãs Tânia, Telma e Tanira Piacentini), que, uma
vez por mês, convida quem quiser a ouvir histórias no meio da lagoa.
Nada mais apropriado. Quando o barquinho desliga o motor, no meio
da lagoa, e uma das voluntárias do projeto começa a contar as histórias,
com o barulhinho da água batendo no casco e o vento suave massageando
o rosto, qualquer um entende por que a Lagoa da Conceição é muito mais
do que um simples cartão-postal de Floripa. É quase outra ilha.
48
Náutica Sul
Florianópolis
lagoa da conceição
Uma ilha
dentro da outra
A Lagoa da Conceição
é um bairro-distrito
de Florianópolis,
mas tem vida quase
própria e ocupa
boa parte da ilha.
De uma ponta a
outra, tem cerca de
15 quilômetros de
extensão e quase 20
km2 de água, bem
no centro da Ilha de
Santa Catarina. De tão
grande, em qualquer
mapa, é a primeira
coisa que aparece
prainhas e
trapiches
Nas margens,
sempre algo de
bom aguarda os
frequentadores
da lagoa. Como as
prainhas tranquilas
e sem ondas ou
os restaurantes
da Costa da Lagoa
(acima)
Náutica Sul
49
lagoa da conceição
“
Melhor que o mar
Na lagoa, não há vento nem mau
tempo que impeça de usar o barco
D
muita água
A lagoa é bem
maior do que se
possa imaginar.
Mas sempre há
um local para
desembarcar,
seja nas marinas,
nos restaurantes
ou nas casas
particulares,
algumas tão
grandes quanto
o tamanho dos
seus píers
(ao lado)
50
Náutica Sul
entro da Lagoa da Conceição há uma dezena
de pequenas marinas e uma frota estimada de
cerca de 500 barcos de passeio — todos, contudo,
de pequeno porte, porque a altura das duas velhas
pontes que cruzam a lagoa limitam o tamanho dos
cascos e os mastros dos veleiros. Será que passa?
é a pergunta que todos fazem ao quase raspar a
cabeça no teto da precária ponte que separa a lagoa
em duas partes — e que, por isso mesmo, limita o
uso de suas águas por mais barcos. Não fosse isso,
o movimento seria bem maior, porque, sob o ponto
de vista da navegação, só há vantagens na lagoa em
relação ao mar, que fica ao lado. A começar pelo fato
de que, por ser uma lagoa, não há vento nem mau
tempo que impeça alguém de sair para navegar. Na
lagoa, todo dia é dia de passear de barco.
O mar
fica ao lado.
Mas muitos
donos de
barco nem
saem da
lagoa, onde
sempre dá
para navegar
passeio
garantido
Nas águas
abrigadas e sem
ondas da lagoa,
todo dia é dia
de navegar. Não
importam o vento
nem as mudanças
no tempo. Por isso,
muita gente nem
sai de lá
para o mar
Náutica Sul
51
lagoa da conceição
isso ou
aquilo?
O mar é tão
verde quanto
a vegetação
que emoldura a
praia e contrasta
violentamente
com o branco
da areia. Mas
quase ninguém
desembarca,
Os ônibus d’ água
Para chegar às comunidades mais
afastadas da lagoa, só mesmo de barco
A
Lagoa da Conceição não fica em Veneza,
mas nela, tal qual na cidade mais aquática
do mundo, até os ônibus são barcos. Linhas
regulares partem do centrinho da lagoa com
intensa frequência para as comunidades ao
longo das margens e vão parando em “pontos”
instalados em trapiches cobertos e organizados
— tal qual na famosa cidade italiana. “A diferença
dos nossos ‘ônibus’ é que eles têm casco em vez
de rodas”, brinca o condutor de um dos barcos,
que, como todos os demais colegas de profissão,
faz parte da própria comunidade local. Na Costa
da Lagoa, aonde só se chega a pé ou de barco,
os moradores foram ainda mais longe e criaram
sua própria cooperativa de transporte até o
outro lado da lagoa, para atender os moradores
e clientes dos restaurantes do vilarejo. Para
tanto, usaram os mesmos cascos adaptados das
antigas baleeiras nas quais seus antecedentes
pescavam, muitas delas com mais de 100 anos
de mar. Isso, nem Veneza tem.
52
Náutica Sul
“
Num certo trecho, a
lagoa encontra as dunas.
E fica ainda mais bonita
transporte
típico
Cooperativas da
lagoa cuidam do
transporte das
pessoas de uma
comunidade
a outra. O
serviço é bem
organizado, farto
e transforma
trapiches em
“pontos de
ônibus”. Só que
os da lagoa tem
casco em vez
de rodas
Do barco para a mesa
o Cabral é o restaurante preferido dos donos de
barcos na Costa da Lagoa e por bons motivos
A
cabral
Boa cozinha,
e barco junto
à mesa
Costa da Lagoa tem quase 15 restaurantes à beira d´água, um ao lado
do outro, com mesas em grandes trapiches, onde, ali mesmo, param
os barcos que levam os clientes para almoçar — de segunda a segunda,
já que alguns deles nunca fecham. Todos oferecem, basicamente, os
mesmos pratos: muito peixe, siri e camarão no cardápio. Mas, no universo
rústico-gastronômico da Costa da Lagoa, um restaurante se destaca e,
não por acaso, é o preferido dos donos de barcos: este aqui, o Cabral, que
serve um refogado de siri que faz muita gente pôr o barco na água só
para ir até lá almoçar. Ele tem píer próprio, que permite parar, literalmente,
ao lado da mesa. Além disso, seu espaço e conforto são maiores, o que
torna qualquer prato ou petisco na beira da lagoa ainda mais prazeroso.
E NJOO
Como conviver bem com
C
M
O MAL DO MAR
Y
CM
MY
CY
CMY
Dependendo da situação, a grande maioria das pessoas enjoa
no mar. E o maior problema é que, depois que o mal-estar começa,
não há remédio que dê jeito. Mas prevenir é possível. Veja como
K
POR REGINA HATAKEYAMA
S
ó quem já sentiu na própria pele — ou,
melhor dizendo, no estômago, embora
o principal causador não seja ele — o
desconforto causado pelo balanço intermitente de um barco na água, sabe o quanto o
enjoo incomoda. E raros são os que nunca sentiram isso, já que a grande maioria das pessoas
enjoa no mar. Mas só mesmo quem já teve vontade de se atirar na água e voltar nadando em
busca de alívio imediato sabe, de fato, o quanto
o enjoo no mar pode perturbar — bem mais do
que apenas “incomodar”. Quando isso acontece, tudo o que se quer é sair dali. E uma pergun-
ta fica martelando na cabeça: por que eu vim?
Geralmente, o enjoo começa com um ou
outro bocejo, acompanhado de uma leve tontura. Em seguida, o rosto vai ficando pálido e o corpo, pesado, como se estivesse fatigado. Logo depois, vêm as náuseas — que tanto podem ser leves
quanto evoluírem para o vômito, dependendo do
organismo de cada pessoa. E o pior é que vomitar nem sempre traz alívio imediato. Muitas vezes, não traz alívio algum e ainda faz com que as
outras pessoas também fiquem enjoadas. Ou seja,
acaba o passeio de todo mundo e não apenas de
quem está mareado. É um transtorno só.
NÁUTICA SUL 57
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27/02/14 15:11
ENJOO
Além disso, surge uma sensação de cansaço,
tão insuportável que tira a disposição até mesmo
para conversar. Por isso, a pessoa enjoada quase sempre fica calada e recolhida num canto do
barco (muitas vezes na cabine, o que é pior ainda, porque a falta de ventilação só agrava o malestar), na esperança de que o enjoo vá embora
sozinho. Até porque a “vergonha” de estar naquela situação constrangedora, enquanto todos
os outros a bordo se divertem, é ainda mais humilhante. Nessas horas, tudo o que se quer é chegar logo onde quer que seja ou tentar dormir, sonhando em acordar como quem desperta de um
pesadelo.
E
xagero? Quem costuma sofrer deste
mal, que os médicos chamam de “cinetose” ou “enjoo do movimento”, sabe
muito bem que não existe exagero algum nisso. E quem já testemunhou alguém profundamente mareado a bordo sabe o quanto os
outros passageiros sofrem junto. Seja pela preocupação com a vítima (que pode até desidratar
seriamente, se não parar de vomitar, especialmente se for criança) ou porque o próprio passeio pode terminar mais cedo, justamente por
causa disso — já que, às vezes, a única saída é
retornar ao porto e desembarcar a pessoa. Mas,
uma vez em terra firme, tudo passa em questão
de minutos.
Porém, nem todo mundo enjoa da mesma
maneira. Há os que sentem apenas uma leve
58
NÁUTICA SUL
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zonzeira, enquanto outros desabam logo nos primeiros balanços do barco. Estes, em geral, padecem do mal desde a infância, quando até as curvas de uma estrada sinuosa ou certos brinquedos
de ação do parquinho de diversões transformavam-se em pesadelos instantâneos.
A
diferença é que, naqueles casos, bastava parar e descer. Já num barco fica
mais difícil e, por isso, é preciso estar
preparado para lidar com a própria propensão a enjoar. Antes de mais nada, é preciso
saber que dormir pouco, beber muito ou comer
exageradamente antes ou durante a saída de barco são um atalho certeiro para a indisposição.
Além disso, recomenda-se evitar fumar, comer
doces, tomar café ou qualquer outra bebida à
base de cafeína, como a Coca-Cola, que, inclusive, erroneamente costuma ser sugerida como antídoto para os desarranjos estomacais. Nada poderia ser mais bombástico para um mareado…
O
correto é: quem costuma marear deve
procurar um médico, que, muito provavelmente irá receitar um antiemético, nome que se dá aos medicamentos
contra enjoo. Ele deve ser tomado bem antes de
embarcar no barco, de preferência já no dia anterior, porque depois que o enjoo começa os remédios são de pouca serventia. O enjoo é o típico
caso em que prevenir é mesmo o único remédio.
Deve-se, também, ficar sempre fora da cabine e onde o balanço do barco seja menos perceptível, como na popa e jamais na proa. Mas
é necessário fugir de cheiros fortes, como o de
combustível ou comida, e tentar olhar só para o
horizonte, evitando movimentar a cabeça. Outro cuidado importante é sentar-se perto da borda de sotavento (ou seja, por onde o vento “sai”
do barco), para, caso precise vomitar, o vento levar tudo para a água — e não para dentro do barco, o que fatalmente fará com que os outros passageiros enjoem e até vomitem também.
Entrar na cabine, ficar olhando para baixo
ou tentar ler é tudo o que não se deve fazer. Pro-
MONICA SOBRAL
“
Quando alguém
no barco enjoa, todo
mundo sofre. Ou, pior
ainda, enjoa junto
NÁUTICA SUL 59
27/02/14 15:11
ENJOO
“
O que causa o
enjoo é o desencontro de
informações entre o que os
olhos veem e os labirintos
dos ouvidos sentem
cedimentos assim funcionam como um gatilho
para o enjoo e levam, inevitavelmente, ao malestar estomacal, embora não exista nada de errado com o estômago e sim com o cérebro, porque
é ele que está recebendo informações contraditórias, principalmente dos olhos e do labirinto,
uma parte do ouvido responsável pelo equilíbrio
do corpo. Assim, enquanto o labirinto informa ao
cérebro que a cabeça está se movendo, os olhos
mostram que tudo está parado. E é este conflito que embaralha o sistema nervoso central, que
tem como uma de suas funções comandar os
movimentos e a postura do corpo.
O resultado dessa confusão é uma espécie
de pane de comandos e uma série de alterações
orgânicas, como contração do estômago, secreção de sucos gástricos, tontura, suor frio, mal-estar, vômitos, fraqueza e palidez — que podem
piorar muito se o enjoo for prolongado e o mareado acabar ficando desidratado. Daí a recomendação de, após seguidos vômitos, servir água para
a pessoa mareada.
“A
causa mais comum do enjoo do
movimento é a hipersensibilidade do labirinto, mas o problema
pode, também, ser provocado
por uma labirintopatia, aquilo que de maneira geral chamamos de labirintite”, explica Fernando Ganança, especialista em otoneurologia,
ciência que estuda a audição e o equilíbrio do
corpo. “Mas este problema só é encarado como
doença quando traz limitações sérias ao cotidiano da pessoa, como quando uma criança não
consegue sequer ir para a escola sem ficar enjoada no carro”.
Remédios: para prevenir, não para remediar
S
e você sabe ou suspeita
que pode ficar mareado,
deve tomar algum remédio
contra enjoo um bom tempo
antes mesmo de embarcar. A
tontura, náusea, suores frios,
palidez e outros sintomas
ligados ao enjoo do movimento
são causados pelo aumento
de uma ou mais substâncias
no organismo, chamadas
receptores neurais, como a
dopamina, histamina, serotonina
e acetilcolina, que afetam as
estruturas relacionadas ao
vômito e ao equilíbrio. São
nestes receptores neurais que
agem os medicamentos — boa
60
parte deles vendidos livremente
nas farmácias, embora com um ou
outro efeito colateral.
Por isso, o correto é sempre
consultar previamente um
médico, para que ele indique
o medicamento mais eficaz e
o modo mais seguro de usálo. Esta regra se aplica, também,
aos medicamentos fitoterápicos
e homeopáticos. Os primeiros
podem provocar efeitos
tóxicos, se não administrados
corretamente. Já os homeopáticos
podem simplesmente não surtir
efeito algum — mas, em situações
de emergência, podem ser
tomados em conjunto com os
convencionais, pois não ‘brigam’
com eles.
De todos os medicamentos
do gênero, o mais popular é
o Dramin, que é considerado
seguro, mas com o inconveniente
de provocar sonolência, o que
pode acabar com a graça dos
passeios. Mas também são
bastante usados o Dramamine,
Plasil, Meclin, Stugeron e até
Buscopan e Racutan. As reações
(boas ou ruins) aos fármacos,
contudo, variam de uma pessoa
para outra. Por isso, algumas
preferem alternativas como
os adesivos de escopolamina,
que liberam o medicamento
gradualmente por até três dias,
ou, ainda, acupuntura e outros
métodos naturais.
Certo mesmo é que não
adianta tomar o remédio que for
quando o enjoo já começou. O
correto é tomá-lo sempre antes,
bem antes, de embarcar, para dar
tempo de fazer efeito.
NÁUTICA SUL
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27/02/14 15:11
ENJOO
“
Para os que enjoam,
uma boa notícia: já
existem exercícios que
“acostumam” o corpo aos
balanços de um barco
Portanto, relaxe: não há nada de errado
com o fato de você, eventualmente, ficar enjoado. Mesmo quem vive na água está sujeito ao “mal do mar”. Se serve de consolo, grandes navegadores também enjoam. Amyr Klink,
por exemplo.
Mas também é verdade que, com o tempo,
o corpo se “acostuma” aos movimentos do barco
e a pessoa passa a enjoar cada vez menos. Tanto que já existe até um tipo de treinamento para
isso, chamado “reabilitação vestibular”.
T
rata-se de uma forma de terapia ainda pouco conhecida, baseada em exercícios frequentes para os olhos, cabeça e corpo, que
estimulam a parte do labirinto que responde pelo equilíbrio — como uma espécie de simulação do balanço do mar. “Normalmente, são necessárias cerca de oito a doze sessões no consultório de
um otoneurologista para surgirem os primeiros resultados”, diz Fernando Ganança. “Depois disso, o paciente aprende os exercícios e pode fazê-los em casa
mesmo”. “Com a reabilitação vestibular, o organismo da pessoa se acostuma de tal forma com a movimentação que o balanço do barco vira apenas mais
um deles e o corpo nem sente”, completa a otorrinolaringologista Maria Cristina Cury, professora da
Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto.
É um sopro de esperança para quem vive dependente de medicamentos contra enjoos (Dramin, adesivos de escopolamina, etc., etc.), que
por atuarem no sistema nervoso quase sempre
causam sonolência. E sonolência, tal qual o próprio enjoo, também tira a graça de qualquer passeio no mar. Portanto, o negócio é prevenir, porque, depois que o enjoo começa, nem remédio
ajuda. Só mesmo voltar para terra firme.
Enjoo: o que é mito e o que é verdade?
Embarcar de estômago
vazio evita o enjoo.
MITO O certo é alimentarse normalmente antes, mas
apenas com refeições leves.
Fechar os olhos diminui o
desconforto causado pelo
enjoo.
VERDADE porque
cessa o conflito entre as
informações vindas
da visão e do labirinto.
Beber refrigerante alivia
a náusea, já que provoca
arrotos.
MITO As bebidas gasosas
aumentam a sensação
de estômago cheio e, por
62
isso, fazem o enjoo piorar.
É possível habituar-se ao
balanço dos barcos.
VERDADE porque, com
o tempo e as saídas
frequentes de barco, o
organismo se adapta aos
estímulos que provocam o
enjoo do movimento.
Os medicamentos são
inúteis depois que o enjoo
já começou.
VERDADE Eles devem ser
tomados preventivamente
antes dos estímulos
conflitantes que
desencadeiam o enjoo.
Depois, pode ser difícil até
reter o medicamento no
estômago.
Bebês não sofrem de enjoo
causado pelo movimento.
VERDADE Crianças
recém-nascidas não
têm, ainda, o sentido da
visão completamente
desenvolvido e, por
isso, não sofrem com o
“equívoco” das informações.
Conversar evita enjoar.
MITO Conversar apenas
distrai. Mas pode atenuar
o desconforto se a pessoa
ficar olhando para fora do
barco e não para a outra
pessoa diretamente.
Pilotar o barco é bom para
combater o enjoo.
VERDADE porque o
piloto tem o controle
parcial da situação e isso
ajuda a diminuir o
conflito de informações
que gera o enjoo.
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O que pode
e o que
não pode!
OS EXERCÍCIOS QUE
AJUDAM UM BOCADO
O que você pode praticar, em casa, para não sofrer no barco
As comidinhas e bebidas
que fazem bem — ou bem
mal — para os mareados
PODE
NÃO PODE
Pão
Salgadinhos
Bolacha água e sal
Biscoitos em geral
Banana
Doces em geral
Melão
Carne
Granola
Maionese
Arroz
Camarão
Água sem gás
Cerveja
Suco de fruta
Refrigerante
Água de coco
Bebidas destiladas
1
Com a cabeça
fixa, movimente
seguidamente, por
dez vezes, os olhos
para a direita e a
esquerda. Depois,
repita o exercício
erguendo os olhos
para cima e para
baixo.
2
Com um dos braços
estendido, aproxime
e afaste o dedo
indicador do nariz,
acompanhando o
movimento com os
olhos. Faça isso até
que sinta um ligeiro
desconforto, ou seja,
quando seu braço
começar a perder
força e coordenação.
3
1
15
64
NÁUTICA SUL
pag_56-65-Enjoo_v2_WEB.indd 64-65
Tome remédio
contra enjoo no
mínimo uma hora
antes de embarcar,
para dar tempo de
fazer efeito, já que
os medicamentos
são preventivos, não
corretivos.
truques
2
para (tentar)
não enjoar
Durma
bastante e
bem no dia anterior
e não tome nenhum
tipo de bebida
alcoólica na véspera.
Cansaço e ressaca
não combinam com
Movimente a cabeça
alternadamente para
a direita e para a
esquerda, para cima e
para baixo. Faça isso
o mais rápido que
conseguir.
4
o balanço do mar.
3
Alimente-se
normalmente
antes do passeio,
mas sem exageros.
Estômago cheio
provoca enjoo. Vazio
demais, também.
4
A bordo,
evite
gorduras,
temperos, coisas
demasiadamente
salgadas ou bebidas
com cafeína, como,
por exemplo,
Dando uma de
malabarista, jogue
uma pequena bola
de uma mão para a
outra, fazendo-a passar
por cima da cabeça.
O mais importante
é acompanhar os
movimentos da bola
com os olhos.
Coca-Cola. Fumar
também pode.
5
Evite entrar
na cabine
ou olhar para baixo.
Pode dar tontura na
hora. Se for sair para
pescar, apronte todo
o material antes de
subir no barco.
6
Se tiver que
entrar na
cabine, evite fazê-lo
no início do passeio,
a fim de permitir
que seu organismo,
5
Com um dos braços
estendidos, acompanhe
com os olhos e a cabeça
fixa, o dedo indicador
em um movimento que
descreva um grande
círculo, nos sentidos
horário e anti-horário.
6
Sentado, jogue uma
bolinha para cima,
pegando-a com a mesma
mão. Acompanhe o
movimento com os olhos.
Faça isso 20 vezes. E
repita o processo em pé.
pelo menos, se
acostume um
pouco com o
balanço do corpo.
7
Nem tente
ler, fotografar,
cozinhar, olhar
pelo binóculo e
ficar mandando
mensagens pelo
celular, porque
tudo isso acentua
o mal-estar.
8
Escolha
um lugar
confortável e
ILUSTRAÇÕES ANDRE VALENTE
ENJOO
7
Novamente de pé, jogue
a bolinha na parede e
pegue-a de volta, sem
desgrudar os olhos dela.
9
8
É o exercício mais
simples — e o mais
cansativo. Sente e
levante de uma cadeira
por dez vezes seguidas.
bem ventilado
do convés para
ficar. Mas sempre
do lado de fora!
É melhor sentir
frio do que ficar
zonzo dentro do
aconchego da
cabine.
9
Mantenha
o olhar
fixo no horizonte,
quando o barco
estiver em
movimento, sem
ficar olhando para
a água, e tente não
Fique descalço e
ande em linha reta,
tomando o cuidado
de manter a cabeça
erguida e olhando
sempre para a frente,
como uma modelo
na passarela. Faça
isso entre três e cinco
minutos.
pensar em nada.
10
Não
tente
ficar compensando
o balanço natural
do barco com o
seu corpo. Faça
como se estivesse
montado num
cavalo: suba e
desça com o
movimento dele.
11
Fique
na popa,
onde balança
menos nos barcos
10
Em seguida,
sem parar, ande
por mais alguns
minutos em linha
reta, olhando
para os lados,
alternadamente
para a direita e a
esquerda.
pequenos, mas
bem longe de
qualquer tipo de
fumaça de motor,
o que, infelizmente,
é frequente nas
lanchas.
12
12
Só coma
alimentos
fáceis de digerir
e em pequenas
porções de cada
vez, durante o
passeio. E beba
bastante água.
Ficar sem
ingerir nada
11
Continue andando
em linha reta,
só que agora
olhando para
cima e para baixo,
alternadamente.
deixa a pessoa
debilitada.
13
Deitar
logo
após comer pode
provocar náusea
intensa. Dê um
tempo após cada
lanche. Mas,
se o enjoo apertar,
deite e fique de
olhos fechados.
14
Se
enjoar,
tente dormir.
O sono ajuda
De pé, levante
um dos joelhos
e passe uma
bolinha por baixo
da coxa. Repita o
movimento, com
o lado oposto.
a recuperar as
forças, faz passar
o tempo e permite
conviver melhor
com o mal-estar.
15
Se
resolver
dar um mergulho
no mar, evite
beber água
salgada, porque ela
costuma provocar
enjoo imediato —
apesar de
muitas pessoas
dizerem
o contrário.
NÁUTICA SUL 65
27/02/14 15:11
ele e a ponte
O visual da
ponte-símbolo
de Florianópolis
sempre fez parte
da vida de Joel
Pacheco, que, ao
virar fotógrafo,
passou a
documentá-la nos
mais diferentes
ângulos e
horas do dia
o arquiteto
e fotógrafo
joel pacheco
cresceu vendo a
ponte hercílio
luz do quintal
de sua casa. Para
homenageá-la, criou
FOTOS ROGER SANTOS
uma linda exPosição
68
fotográfica
Náutica Sul
E
ra uma vez um garoto que cresceu ven-
FOTOS jOEl pAchEcO
a ponte
que o
encanta
Se, para qualquer catarinense, a quase cen-
do esta paisagem no quintal de sua
tenária Hercílio Luz é um símbolo do próprio es-
casa — que ficava praticamente debai-
tado e uma imagem que ninguém se cansa de
xo da ponte. Muitos anos depois, já cres-
admirar (apoie-se ou não a milionária novela na
cido e formado em arquitetura (não poderia ter ha-
qual se transformou a sua reforma, que, por si-
vido inspiração maior...), ele descobriu o prazer da
nal, ninguém aposta um centavo de que vá ficar
fotografia. E passou a registrar, sob os mais diferen-
pronta no final deste ano, como prometido pe-
tes ângulos e horas do dia, a ponte que frequentava
las autoridades), para o florianopolitano — e or-
suas mais tenras lembranças da infância, quando
gulhoso manezinho da ilha — Joel Pacheco, ela
lançava barquinhos de papel nas águas do Estreito,
é bem mais do que isso. É uma velha amiga des-
entre a ilha e o continente, só para vê-los passar por
de os tempos de criança, que ele recentemente
debaixo da ponte magnífica, que tanto orgulhava
homenageou com uma linda exposição fotográ-
os moradores de Florianópolis.
fica, aqui reproduzida em parte.
“
De qualquer ângulo que se olhe, ela enche
os olhos. ‘É a nossa Golden Gate’, diz o fotógrafo
70
Náutica Sul
dois símbolos
da ilha
Duas paixões de
Joel, juntas, no
mesmo cenário:
a ponte quase
centenária e
uma típica canoa
baleeira, outro
símbolo de Floripa
FOTOS jOEl pAchEcO
hercílio luz
Náutica Sul
71
hercílio luz
72
Náutica Sul
A
lém de arquiteto, fotógrafo
rianópolis e Açores, foi lançado no final
e programador visual, Joel
do ano passado e, como não podia dei-
Pacheco também é um pro-
xar de ser, no caso de um competente
fícuo pesquisador da cultu-
fotógrafo, com lindas imagens.
ra da ilha de Santa Catarina e sua es-
Sobre a ponte Hercílio Luz, ele diz. “É
treita ligação com os Açores, de onde
uma obra belíssima e de uma fotogenia
vieram muitos dos seus primeiros habi-
que enche os olhos de qualquer fotógra-
tantes. Tanto que já produziu três livros
fo. Para quem, como eu, se acostumou a
do gênero, sendo um deles dedica-
vê-la todos os dias, desde os tempos de
do apenas às baleeiras, barcos-íco-
garoto, seria de se esperar certa indife-
nes tanto em Florianópolis quanto nas
rença, com o passar dos anos. Mas isso
suas irmãs portuguesas. O mais recen-
jamais aconteceu. Nunca me cansei de
te deles, Arquitetura e Paisagem — Flo-
admirá-la. É a nossa Golden Gate”.
“
Quando
criança, ele fazia
barquinhos
de papel e os
lançava sob a
ponte, que fica
sobre o quintal
de sua antiga
casa
FOTOS jOEl pAchEcO
dia e noite
Sempre que
surge um novo
ângulo, luz
ou inspiração,
Joel sai para
fotografar a
ponte, que fica
praticamente
sobre sua
antiga casa, ao
lado do forte
(no detalhe)
hercílio luz
“
Ninguém acredita que a reforma
da ponte fique pronta este ano.
Nem o engenheiro que fiscaliza a obra
visual que
não cansa
Joel é apenas
mais um que não
cansa de olhar
para a ponte,
mas transformou
este gosto em
belas imagens,
que continuam
sendo
produzidas.
Como as
obras da sua
interminável
reforma (acima),
que ele também
critica
Será que agora vai?
A polêmica
reforma
da pontesímbolo de
Santa Catarina
continua
dando o
que falar.
E reclamar
uma unanimidade na cidade,
tanto quanto a que a coloca
como símbolo maior da ilha
e do próprio estado: com a
dinheirama que já foi gasta nas
ações de reforma da Hercílio
Luz (nenhuma delas concluídas
na sua integralidade), daria para
construir várias pontes como ela.
Dez em cada dez moradores de
Floripa garantem isso e revoltamse com a “roubalheira” que,
segundo eles, sempre norteou a
tão falada reforma da ponte, uma
novela que se arrasta desde 1982
e que, agora, está tendo mais
um capítulo — aparentemente,
o mais sério de todos, embora
ainda esteja longe de um final
feliz. Mas há quem discorde.
Para o engenheiro Wenceslau
Diotallévy, responsável pela
fiscalização dos trabalhos de
reforma da ponte, com os
estimados R$ 200 milhões que
devem custar a reforma da Hercílio
Luz (talvez, um pouco mais...), não
se construiria nem metade dela.
Ou, melhor dizendo, isso sequer
seria feito, porque não existem
mais pontes iguais a ela, que usa
um sistema hoje único no mundo,
de barras de aço com olhais em
vez de cabos. “A reforma da ponte
é uma obra bem mais complexa
do que as pessoas imaginam”, diz.
“Mas o pior já passou”.
Por “pior” entenda-se a
construção de uma base (meio
submarina, meio fora d´água, que,
na concepção, é quase outra ponte
em si), sobre a qual será apoiado
o vão central da Hercílio Luz, para
que ela possa, enfim, ser reformada.
Ou seja, na ponte mesmo, nada
ainda foi feito. Até agora, todo
o trabalho (“que ninguém via,
porque era feito debaixo d´água”,
defende-se o engenheiro) foi de
infraestrutura para permitir a
reforma, o que deixa antever que
o prazo estipulado pelo governo,
mais uma vez, não será cumprido.
“Acho bem difícil a ponte ficar
pronta até o final deste ano, como
prometido, mas talvez só atrase
alguns meses”, diz o engenheiro,
que, no entanto, garante que, se ela
não fosse reformada, não duraria
muito tempo mais. “Do jeito que
a sua estrutura está deteriorada,
eu não daria mais do que uma ou
duas décadas para ela vir abaixo
e, aí sim, seria uma tragédia para
todos os catarinenses, porque seria
como se o Rio de Janeiro perdesse
o seu Cristo Redentor.” Wenceslau
é outro apaixonado pela ponte que
simboliza o seu estado.
74
Náutica Sul
REpROduçõES
FOTOS jOEl pAchEcO
uma ponte
em quatro
tempos
O Estreito
antes da ponte
(abaixo) e
ela sendo
construída, até
ficar pronta, em
1926. Em 1982,
começaram
os problemas
e a novela da
reforma, que se
arrasta até hoje
É
Náutica Sul
75
por giselle gAmbiAzi
Em Balneário Camboriú, o Acquática, um curioso parque inflável
que diverte crianças e adultos em plena praia, está com os dias contados
— porque está terminando mais uma temporada. Mas ainda dá tempo!
S
eus filhos vão adorar. E
você também vai curtir. Mas é preciso correr,
porque o parque inflável
Acqualândia, o maior do gênero
na América Latina, montado dentro do mar da praia da Barra Sul,
em Balneário Camboriú, só ficará em atividade até o final deste
mês de março. Depois, só no verão do ano que vem. Mas vale a
pena tentar chegar lá a tempo de
colocar os pequenos (ou nem tão
pequenos assim, já que mesmo os
adultos podem se divertir, além
de serem acompanhantes obrigatórios no caso de crianças abaixo
76
Náutica Sul
dos oito anos de idade) para pular
nas camas elásticas, deslizar nos
escorregadores, escalar uma montanha de cinco metros de altura e
até ser ejetado por uma catapulta,
tudo inflável, à prova de machucados e dentro d´água, em plena
praia, a poucos metros da areia. É
uma grande folia. E ainda queima muitas calorias.
“A criançada pira com os
brinquedos e o pessoal que frequenta academia também curte adoidado o parque, porque ele
exercita o corpo inteiro”, diz o
dono da brincadeira, Thauan Barduzzi, que é surfista e sempre so-
nhou em trabalhar perto da água.
Um dia, pesquisando na internet,
ele descobriu uma empresa alemã que fabrica estes brinquedos
infláveis de grandes proporções,
para uso em piscinas, represas ou
águas abrigadas, e o transformou
num negócio, que só em Balneário já existe há cinco anos. “Hoje,
a praia é o meu escritório”, diverte-se ele, também, por sinal.
O Acqualândia ocupa uma
área de 900 metros quadrados no
trecho mais tranquilo da praia,
onde não há ondas e a profundidade, dependendo da maré e do
tipo de brinquedo, varia entre 80
coisa
de louco
O Iceberg
(ao lado), que
mistura escalada
com mergulhos
de cinco metros
de altura, é
o brinquedo
favorito da
temporada. E
não são só as
crianças que se
divertem nele
FOTOS DIVULGAÇÃO
Mar que vira parque
Grande área
de lazer
O Acquática
ocupa uma área
de 900 metros
quadrados na
beira da praia
e oferece um
“circuito” de
brinquedos que
diverte e exercita
qualquer pessoa
centímetros a dois metros. Não
há risco algum, apesar dos tombos e mergulhos que fazem parte
da própria brincadeira. Crianças
pequenas brincam acompanhadas por um adulto (que nem paga
para se divertir também) e, quando o mar fica de ressaca, os brinquedos são recolhidos e o parque
não abre – embora isso seja bem
raro naquele ponto da praia.
Gostou? Então, corra, porque estes são os últimos dias da
temporada deste ano do parque
aquático mais inusitado do país. E
que custa R$ 25 por uma hora ou
R$ 70 o dia inteiro.
Náutica Sul
77
Você e seu barco
7
Para usar com
a família ou sozinho?
Isso irá definir até o tamanho do próprio
barco e se ele precisa de cabine ou não. Se o
seu objetivo principal for, por exemplo, pescar,
dificilmente sua família irá junto nos passeios,
portanto, basta um barco menor e aberto.
Mas o ideal é ter um barco que contemple
as duas coisas, ou seja as saídas com muitas
ou poucas pessoas, dependendo do dia.
Detalhe importante: se o barco for para uso
da família inteira, envolva pelo menos a sua
esposa na escolha do modelo, para criar mais
“intimidade” do barco com todos de casa.
8
À vista ou parcelado?
12
Não empate todo o seu dinheiro na compra
de um barco novo. Até porque você irá
precisar gastar um pouco mais com
equipamentos. A maioria dos estaleiros já
oferece opção de parcelamento e alguns
bancos já financiam a compra de barcos. Mas
se for um barco usado, tente comprá-lo à vista,
já que, parcelado, os juros são mais altos.
9
Para dormir ou apenas passear?
fotos arquivo náutica
dúvidas
na hora
de escolher
e comprar 1
o primeiro
barco
Comprar antes ou
depois do verão?
Após o verão, os preços tendem a
diminuir um pouco — mas não muito.
Mas a maior vantagem de comprar um
barco após o verão é que, se ele for
novo, a entrega acontece mais rápido,
porque, com menos pedidos, os estaleiros
produzem os barcos em menos tempo.
Mas, a partir de setembro, o movimento
aumenta de novo.
O que é bom saber, para escolher
(bem) o barco certo para você
78
náutica sul
Se você quer um barco apenas para passear,
ou seja para sair e voltar horas depois, prefira
uma lancha aberta e com bons sofás, já que
todo mundo acabará ficando o tempo todo no
convés mesmo. Mas se o seu objetivo for dormir
uma noite ou outra a bordo, ou ter um lugar
para descansar durante os passeios, opte por
uma lancha com cabine ou, então, um veleiro.
2
Com broker
ou diretamente?
Os brokers têm conhecimento do mercado
náutico e podem apresentar boas opções,
além de dar orientação para a compra. Mas
se você preferir agir sozinho, frequente
clubes náuticos e converse bastante com
marinheiros e donos de barcos, para se
informar bem sobre os modelos.
10
Proa aberta ou fechada?
3
Barco grande ou pequeno?
Escolha o tamanho exato da sua
experiência e do seu bolso. Na dúvida,
comece com um barco pequeno, que
exige menos — menos manutenção, menos
experiência, menos dinheiro. Aqueles que
já começam com os maiores podem se
frustrar com as peculiaridades de uma
atividade que ainda não conhecem bem.
Deixe os grandões para depois.
4
Novo ou usado?
Se o barco for novo, você poderá montálo da maneira que quiser, escolhendo
o motor e os equipamentos. Também
terá a certeza da procedência, garantia e
ainda pode pagar a prazo. Já a principal
vantagem do barco usado é o preço
mais acessível, o que também diminui a
diferença a menos em dinheiro na hora
de vendê-lo.
5
A vela ou a motor?
Veleiros exigem muito mais
conhecimento, ou seja, será necessário
aprender a velejar razoavelmente bem
para manejá-lo. Mas são barcos que não
fazem ruídos, tornando a navegação
bem mais prazerosa. No entanto, são
bem mais lentos, embora tenham um
custo de uso de praticamente zero em
relação aos barcos a motor, já que o seu
combustível é o vento — que é grátis.
6
Para o mar
ou para a represa?
Esta é uma decisão importante, porque
barcos para uso no mar precisam ser
um pouco maiores, por questões de
segurança — ondas, por exemplo. Já
para uso em águas abrigadas, como
as de baías ou represas, qualquer
barquinho na faixa dos 18/20 pés serve.
A maioria das lanchas pequenas, de até 23
pés, tem a proa aberta, ou seja, com sofás
também na frente do barco. Com isso, cabem
até mais pessoas a bordo. Já nos barcos com
proa fechada, o que significa que tem cabine,
esta área coberta é bem útil para descansar ou
guardar objetos durante os passeios — além de,
eventualmente, permitir dormir a bordo.
11
Lancha com motor de popa ou
centro-rabeta?
O motor de popa é mais barato, deixa mais
espaço a bordo e tem manutenção mais fácil.
Já o motor de centro-rabeta tende a ser mais
silencioso, não ocupa espaço na plataforma
de popa e dá mais estabilidade ao casco,
porque distribui melhor o peso a bordo.
12
Motor a diesel ou a gasolina?
Se a lancha for usada para esquiar, por
exemplo, o motor deverá ser a gasolina, para
gerar arrancadas mais rápidas. Por outro lado,
o consumo e a autonomia são bem melhores
com motores a diesel. Na hora da compra, o
motor a gasolina leva vantagem, pois é mais
barato. Mas, na hora de vender, os motores a
diesel valorizam o barco.
náutica sul
79
Você e seu barco
Fogo
o risco maior na água
15 cuidados para evitar o inimigo número um dos barcos — que, não, não são os naufrágios!
E se o fogo
começar?
O ABC da emergência
A
B
C
Desligue imediatamente a
chave geral do barco
Corte a passagem de
combustível para o motor
Dispare o extintor e
feche o ambiente, para
abafar o fogo
80
náutica sul
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Antes de dar a partida no motor, respire fundo. Se sentir cheiro
de combustível a bordo, não ligue.
Se o barco tiver motor de centro, instale um exaustor no paiol, para
eliminar os vapores do combustível, principal risco de explosões.
Jamais guarde gasolina nos paióis, especialmente dentro de
embalagens plásticas, que nem de longe são apropriadas para isso.
Nada de gambiarras na parte elétrica do barco. Fios e conectores
são os principais gatilhos na maioria dos incêndios a bordo.
Curto-circuitos são a principal causa de incêndios em barcos. E os
maiores motivos, mau estado dos fios e sobrecarga de energia.
Todos os fios devem ser estanhados, para evitar a corrosão. E os
circuitos devem ser protegidos por disjuntor ou fusível.
O motor de arranque precisa ter fusível próprio, para que, em
caso de pane, não haja curto-circuito.
A bateria deve ficar longe do motor, bem presa e sempre acima da
linha d’água do casco. Bateria solta e molhada é risco na certa.
Álcool perto da churrasqueira e da cozinha é sempre um perigo.
Mantenha-o longe e prefira o gel em vez do líquido.
Botijões de gás, quando inevitáveis a bordo, devem ficar nas áreas
externas do barco, mas protegidos do sol.
Mantenha sempre um extintor perto do piloto. Nos barcos maiores,
o ideal são três: um com ele, outro na proa e um terceiro na popa.
Os tanques de gasolina devem ficar bem afastados do motor, a fim
de evitar o contato com o calor gerado por eles.
Prefira tanques de alumínio ou polietileno. Os de aço inox podem
causar vazamento nas soldas se as chapas forem finas demais.
Vistorie todas as braçadeiras das mangueiras por onde passa o
combustível a cada seis meses. E use duas em vez de apenas uma.
Se permitir que fumem a bordo, faça com que isso aconteça
apenas do lado de fora, jamais dentro da cabine.
Onde encontrar
PARANÁ
EstalEiros
• Bassboat
Tel. 41/3029-0512
www.bassboat.com.br
Lanchas para pesca
Curitiba
• Engetec
Tel. 41/3383-0182
www.engetecbrasil.com.br
Botes de alumínio, infláveis
e lanchas
São JoSé doS PinhaiS
• Vom Wasser
Tel. 41/3344-5806
www.evw.com.br
Lanchas
Curitiba
• Way Brasil
Tel. 41/3278-7433
www.waybrasil.com
Lanchas Triton e Quest
Curitiba
• Wind Náutica
Tel. 41/3383-1865
www.windnautica.com.br
Veleiros
Curitiba
MoTores e
eQuipaMenTos
• Britanite
Tel. 41/3671-8200
[email protected]
Material de salvatagem
Quatro barraS
• Fort Car
Tel. 41/3673-2386
www.fortcarreboques.
com.br
Fábrica de carretas
Curitiba
• Mar Sul
Tel. 41/3443-6024
www.marsulservicos.com.br
Motores Man
Guaratuba
• Nautimax
Tel. 41/3333-0410
www.nautimax.com.br
Motores Volvo penta
Curitiba
• Piqui Naval
Tel. 41/3472-1327
[email protected]
acessórios de aço inox
Guaratuba
82
Náutica Sul
• Retipar
Tel. 41/3016-0206
www.retipar.com.br
retífica, peças e acessórios
Curitiba
• Separ
Tel. 41/3324-7205
www.separ.com.br
Carregadores de bateria,
divisores e conversores
Curitiba
• Volvo Penta Brasil
www.volvopenta.com.br
Fabricante de motores
Curitiba
Lojas e serViços
• Bankoc/Almir
Capotas
Tel. 41/3282-4804
www.bankoc.com.br
Capotas e revestimentos
São JoSé doS PinhaiS
• Berneck
Tel. 41/2109-1513
www.berneck.com.br
painéis de madeira teca
arauCária
• Centro Náutico
Tel. 41/3366-7677
www.centronautico.net
Barcos, motores
e equipamentos
Curitiba
• Ciclonáutica
44/3425-1267
www.ciclonautica.
com.br
Lanchas Ventura
e rionáutica, jets
e motores Yamaha
Loanda
• Despachante
Marítimo JB
Tel. 41/3333-6660
Legalizações,
registros e
cursos náuticos
Curitiba
• Diprofiber
Tel. 41/3373-0057
www.diprofiber.com.br
Material para laminação
Curitiba
• First Yacht
Tel. 41/3333-0410
www.firstyacht.com.br
Lanchas azimut e atlantis
Curitiba
• Horst Transporte
Tel. 41/3275-7228
Transporte de barcos
Curitiba
• Interyachts
Tel. 41/4102-7362
www.interyachts.com.br
Lanchas intermarine
Curitiba
• Kapazi Tapetes
Tel. 41/3232-8282
www.kapazi.com.br
Tapetes náuticos
Curitiba
• Kapot Capotaria
Tel. 41/3333-7122
www.kapot.com.br
Fábrica de capotas
Curitiba
• Lakshmi
Tel. 41/3392-6002
www.moveislakshmi.com.br
Marcenaria com teca
CamPo LarGo
• Loba do Mar
Tel. 41/3027-7788
www.lobadomar.com.br
eletrônicos,
despachante, cursos
Curitiba
• Londrináutica
Tel. 43/3328-5858
www.londrinautica.com.br
Lanchas, jets e motores
Londrina
• Marine Service
Tel. 41/3665-9393
oficina, motores, elétrica
Curitiba
• MM Náutica
Tel. 41/3333-9011
www.mmnautica.com.br
Lanchas, motores,
equipamentos
Curitiba
• Náutica Gold Fish
Tel. 43/3347-1509
www.nauticagoldfish.com.br
Lanchas Mestra, Metal
Glass; motores evinrude;
jets sea Doo
Londrina
• Náutica Paraná
Tel. 43/3336-1900
www.nauticaparana.com.br
Lanchas Fs e Ventura; jets
e motores Mercury
Londrina
• Náutica Wilke
Tel. 41/3442-2519
www.nauticawilke.com.br
Manutenção e fabricação
de peças. representante
Fischer panda
Guaratuba
• Nautipar
Tel. 41/3016-0020
www.nautipar.com.br
representante Ferretti
Curitiba
• Paraná Boats Broker
Tel. 41/7819-1854
www.paranaboats.com.br
Lanchas singular
Curitiba
• Piçarras
Tel. 41/3472-1438
posto e equipamentos
Guaratuba
• Promar
Tel. 41/3254-1502
www.promar.com.br
Fábrica de tintas
Curitiba
• Rionáutica
Tel. 44/3262-6365
www.rionautica.com
Lanchas, jets e motores
evinrude
marinGá
• Sailing Shop Náutico
Tel. 41/3079-3040
www.shopnautico.com.br
Veleiros e acessórios
Curitiba
• Schneider Naval
Tel. 41/3283-5893
www.schneidernaval.com.br
peças de inox e madeira
Curitiba
• Separ
Tel. 41/3324-7205
www.separ.com.br
Lanchas singular
Curitiba
• SP Marine
Tel. 41/3233-3636
www.spmarine.com.br
Lanchas intermarine
Curitiba
• Sport Náutica Foz
Tel. 45/3573-3151
www.sportnauticafoz.com.br
Lanchas, jets e
motores Mercury
Foz do iGuaçu
• Vip Boat
Tel. 41/9841-3838
www.vipboat.com.br
Lanchas nacionais
e importadas
Curitiba
• Yamanáutica
Tel. 41/3333-3738
www.yamanautica.com.br
Lanchas, motores suzuki e
Yamaha e jets Yamaha
Curitiba
• Yacht Brasil
Tel. 41/3343-6800
www.yachtbrasil.com
Lanchas importadas azimut
Grande, Benetti, Cabo e
sea ray
Curitiba
SANTA
CATARINA
esTaLeiros
• Armada Yachts
Tel. 48/3242-9600
www.armada.com.br
Lanchas
PaLhoça
• Azimut Yachts
Tel. 47/3249-7700
www.azimutyachts.com.br
Lanchas
itaJaí
• BB Barcos
Tel. 48/3255-3590
www.bbbarcos.com Veleiros
e catamarãs
imbituba
• Blujoi Catamarãs
Tel. 47/4009-0341
www.blujoi.com.br
Trawlers e catamarãs
JoinviLLe
• Brasboats
Tel. 48/3242-4927
www.brasboats.com.br
Lanchas
PaLhoça
• Brunswick
Boat Group
Tel. 47/3025-4984
www.bayliner.com.br
Lanchas Bayliner e
sea ray
JoinviLLe
• Catarina Yachts
Tel. 47/3404-6801
www.catarinayachts.com
Lanchas e veleiros
naveGanteS
• Century Yachts
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www.centuryachts.com.br
Lanchas
itaJaí
• Dream Boats
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Canoas de madeira
JaraGuá do SuL
• Fibrafort
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Lanchas Focker
itaJaí
• FS Yachts
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Lanchas
biGuaçu
• Gamper Náutica
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infláveis
São FranCiSCo do SuL
• Império Yachts
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itaJaí
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Lanchas
São JoSé
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Lanchas e veleiros
itaJaí
• Krause Boats
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Lanchas
PaLhoça
• Lancer
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Lanchas
PaLhoça
• Mastro d’Ascia
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FLorianóPoLiS
• Ocean Life
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Lanchas evolve
biGuaçu
• Psari Boats
Tel. 47/3365-0906
www.psari.com.br
Lanchas
Camboriú
• Sail Master
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www.sail-master.com.br
infláveis
São JoSé
• Schaefer Yachts
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Lanchas phantom PaLhoça
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www.seacrest.com.br
Lanchas
São JoSé
• Sessa Marine
Brasil
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Lanchas
São JoSé
• Singular Boats
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Lanchas
PaLhoça
• Top Line Yachts
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Lanchas
biGuaçu
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Lanchas
PaLhoça
MoTores e
eQuipaMenTos
• Boa Vista Reboques
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Fábrica de reboques
itaJaí
• De Vento em Popa
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Mecânica de motores
Camboriú
• Elber
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Geladeiras e freezers
aGronômiCa
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www.formulaimport.
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Geradores, gaiutas, vigias,
condicionadores de ar e
equipamentos
hidráulicos
JoinviLLe
• Hoffmann
Tel. 47/3348-1069
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Fábrica de hélices
itaJaí
• Motor Marine
Tel. 47/3264-1439
assistência técnica
de motores
baLneário Camboriú
• Nautcar Carretas
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www.nautcar.com
Fabricante de carretas
FLorianóPoLiS
• Optolamp – HE
Tel. 47/3369-4184
www.optolamp.com
iluminação e sinalização
para barcos
Porto beLo
• Pirâmide Reboques
Tel. 47/3473-1078
www.piramidereboques.
com.br
Fábrica de reboques
JoinviLLe
• Real Marítima
Tel. 48/3348-7885
autorizada Volvo
FLorianóPoLiS
• Xexeumar
Tel. 48/3243-2726
www.xexeumar.com.br
Fábrica de peças de inox
biGuaçu
Lojas e serViços
• American Boat
Tel. 47/3427-2143
www.americanboat.com.br
Lanchas importadas Chris
Craft
JoinviLLe
• Acrilatec
Tel. 48/3257-1038
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peças em acrílico
São JoSé
• AJX
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Torres de abastecimento e
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fibra para marinas
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• Alenáutica
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Lanchas Ventura,
oficina e loja náutica
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• Armazém Naval
Tel. 48/3225-9370
www.armazemnaval.com.br
Loja Yanmar e Holt nautos;
oficina
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• Beneteau
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Lanchas e veleiros
biGuaçu
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Venda e reparo de jets
Camboriú
• Brisa Yachts
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• Calamar
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peças e serviços náuticos
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• Cleo Muller
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Lanchas sea Gold
JoinviLLe
• Cia. da Praia
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Barcos e equipamentos
FLorianóPoLiS
• Coltri Sub
Tel. 48/3348-2114
www.coltrisub.it
Compressores para recarga
de ar FLorianóPoLiS
• Estofatec
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revestimentos náuticos
São JoSé
• First Yacht
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FLorianóPoLiS e
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• Floripa Náutica
Tel. 48/3243-2232
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Lanchas e motores
biGuaçu
• Guaíba
Tel. 48/3304-7223
www.guaibanautica.
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Barcos e equipamentos
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• Gurupés Náutica
Tel. 47/3366-1410
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Veleiros Bramador
e catracas sea Winch
baLneário Camboriú
• Inter Coatings
Tel. 48/3349-9090
www.intercoatings.com.br
Tintas marítimas
itaJaí
• Interyachts
Tel. 48/3365-9570
www.interyachts.com.br
Lanchas intermarine
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• Jet Hause
Tel. 48/3232-5451
[email protected]
Venda e manutenção de
jets
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• Katavento Capas
Náuticas
Tel. 48/3225-7600
www.kataventocapas
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Capas e reparos de velas
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• Jet Point
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www.jetpoint.com.br
Venda e manutenção de
jets
Camboriú
• L.A. Infláveis
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www.lainflaveis.net
infláveis, serviços náuticos
Porto beLo
Náutica Sul
83
Onde encontrar
• Mar & Cia
Tel. 47/3423-3351
Loja, oficina e despachante
JoinviLLe e São
FranCiSCo do SuL
• Mar&Mar Náutica
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www.maremarnautica.
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Venda de barcos novos
e usados; aluguel
FLorianóPoLiS
• Marina da Conceição
Tel. 48/3232-0345
www.marinada conceicao.
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Venda de lanchas
FLorianóPoLiS
• Marine Express
Tel. 47/3367-7167
www.marinexpress.com.br
eletrônicos, geradores e
equipamentos
Camboriú
• Mega Jet & Boats
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www.megajet.net
revenda e assistência
técnica de jets, lanchas
e motores de popa
São JoSé
• Mídia Signs
Tel. 47/3367-2192
www.midiasigns.com.br
adesivos para barcos
Camboriú
• Moto Jeans
Tel. 49/3319-2480
www.motojeans.com.br
Lanchas Ventura, jets sea
Doo e motores envirude
ChaPeCó
• Náutica Mané Ferrari
Tel. 48/7811-8391
www.nauticamaneferrari.
com.br.
Lanchas, equipamentos,
transporte e serviços gerais
FLorianóPoLiS
• Náutica Tecnimar
• Nautipar
Tel. 47/3363-1336
www.nautipar.com.br
representante Ferretti
Camboriú
• Nautiservi
Tel. 47/3369-9001
www.nautiservi.com.br
84
Náutica Sul
• Pier 33
Tel. 48/3285-3333
www.pier33.com.br
revenda schaefer
biGuaçu
• Pino
www.pino.com.br
roupas, botas e
acessórios de neoprene
Porto beLo
• Paulo Marques
Tel. 48/9911-9488
www.pmoyd.wordpress.
com
projetos de barcos
FLorianóPoLiS
• Power News Baterias
Tel. 48/3241-0908
revenda de baterias
São JoSé
• Pro Náutica
Tel. 48/3232-1963
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Venda e manutenção
de jets; venda de lanchas;
roupas e equipamentos
para jet e wakeboard;
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• RC Náutica
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acessórios para lanchas
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• Real Class Sul
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JoinviLLe
• Rinaldi Yacht Design
Tel. 47/3348-1354
www.rinaldi-yd.com
projetos de barcos
itaJaí
• Sailing International
Tel. 47/3366-2753
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Loja náutica
Camboriú
• Rio Marine Service
Tel. 48/3236-2107
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Distribuidor de resina antiincrustante
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• Sanautica Joinville
Tel. 47/3028-0888
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Venda e assistência
Brp e Mercury;
lanchas
JoinviLLe
• SC Yachts
Tel. 48/3222-0052
www.scyachts.com.br
Lanchas sessa
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• Sea Doo-Mega Jet
Tel. 48/3246-4546
Venda e oficina de jets
São JoSé
• Só Náutica
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Venda e oficina
Camboriú
• SP Marine
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Lanchas intermarine
baLneário Camboriú
• Squadramarine
Tel. 48/3365-9613
www.squadramarine.
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Lanchas, veleiros,
manutenção e
administração de obras
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• Sul Yachts
Tel. 48/3012-1444
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Lanchas multi-marcas
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• Via Náutica
Tel. 48/3205-1212
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Lanchas Fs e Brasboats
e motores Mercury
São JoSé
• X-Float
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equipamentos
FLorianóPoLiS
• Yacht Brasil
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Lanchas importadas
baLneário Camboriú
RIO GRANDE
DO SUL
esTaLeiros
• Allfibras
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Lanchas Millenium
tramandaí
• Cia. Câmara
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Veleiros e trawlers
Porto aLeGre
• Trans Acácio
• Delta Yachts
• Transportadora
• Estaleiro Cimitarra
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Transporte de barcos
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Dois Irmãos
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Transporte de barcos,
máquinas e motores
Santo amaro
da imPeratriz
• Ultramar
International
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jets e componentes para
estaleiros
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Lanchas armada,
Cimitarra e ecomariner
baLneário Camboriú
• Velas Oceano
Tel. 48/3223-6051
Velas e capas
FLorianóPoLiS
Tel. 51/3431-3007
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Veleiros
Porto aLeGre
Tel. 51/3388-4444
www.cimitarra.com.br
Lanchas
Porto aLeGre
• HF Marine – Solara
Tel. 51/3718-1838
www.hfmarine.com.br
Lanchas
Porto aLeGre
• Ilha Sul
Tel. 51/3482-2010
www.ilhasulnauticas.
com.br
Cascos de alumínio
Porto aLeGre
• Müller
Tel. 51/9866-6755
www.estaleiromuller.com.br
Lanchas e veleiros
Santa Cruz do SuL
• Nautiflex
Tel. 51/3697-1544
www.nautiflex.com.br
Botes e balsas salva-vidas
broChier
• Ocean Boats
Tel. 51/3627-4399
www.seagoldlanchas.
com.br
Lanchas sea Gold
imbé
• Quality Marine
Tel. 51/3482-1697
www.qualitymarine.
com.br
Veleiros e lanchas
barra do ribeiro
• Skipper
Tel. 51/3311-8476
www.skipper.com.br
Veleiros
Porto aLeGre
• Sunset Boats
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Lanchas intruder
CanoaS
• Vilas Boas Náutica
Tel. 53/3228-1383
www.vilasboasnautica.com.br
Barcos de aço
PeLotaS
MoTores e
eQuipaMenTos
• Farol Náutica
Lanchas e equipamentos
Porto aLeGre
Lojas
e serViços
• Kali Náutica
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Lanchas, motores
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• Aventura Brasil
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infláveis e alumínio
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• Marina das Flores
Tel. 51/3203-2002
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Lanchas solara
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• Bica Jet
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• Marítima
• Central Náutica
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• Emesul
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Lanchas, veleiros, e vistoria
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• Moto Sport
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jets e motores Yamaha
ereChim, PaSSo Fundo,
Sâo LuíS GonzaGa,
São borJa, Carazinho,
trêS PaSSoS,
FrederiCo WeStPhaLen e
PaLmeira daS miSSõeS
• Multináutica
tel. 54/3229-0405
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peças para estaleiros
CaxiaS do SuL
• Nautiescola
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Habilitação náutica
Porto aLeGre
• Nautipar
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• Nautisul
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•
ANI
Tel. 47/9146-2020
www.culturanautica.org.br
•
Marina do Galego
Tel. 47/3368-3474
• Marlim Azul Marina Clube
Tel. 41/3422-7238
• Marina Sete Mares
Tel. 41/3455-2177
• Marina Canto Grande
•
Tel. 47/3393-3227
• Iate Clube de Caiobá
CAMBORIÚ
Tel. 41/3452-1545
www.icc.org.br
Tel. 41/3473-5174/99742209
•
GUARATUBA
Porto Marina Oceania
Tel. 41/3423-1831
portomarinaoceania
@yahoo.com.br
Tel. 41/3455-2282
[email protected]
Tel. 41/3472-1624
•
Cond. Náutico
Ilhas do Sul
Tel. 41/3455-1380
• Iate Clube de Guaratuba
Tel. 41/3442-1535/3222-6813
www.iateguaratuba.com.br
• Iate Clube
Tel. 41/3455-1450
• Jet Point (só jets)
Tel. 47/3361-0294
www.jetpoint.com.br
Mares do Sul
Tel. 41/3455-1447
www.marinamaresdosul.com.br
• Marina Aragão
BIGUAçU
Tel. 41/3455-1392
Tel. 41/3442-1909
•
• Iate Clube de Paranaguá
Tel. 41/3422-5622
www.icpgua.com.br
86
Náutica Sul
•
Marina da Âncora
Tel. 48/3269-6356
•
Marina Barra da Lagoa
Tel. 48/3232-4657
•
Tel. 41/3455-2187
marinalagamar.com.br
• Marina Las Palmas
Tel. 41/3256-1709
Marina Blue Fox
Tel. 48/3369-0185
• Marina Marina
• Marina Pier 33
Tel. 48/3285-3333
Tel. 47/3366-8564
www.marinaoceano.com.br
• Marina Terra Firme
Tel. 48/3285-1524
www.marinaterrafirme.com.br
• Marina 3 Mares
Tel. 48/3243-1199
www.marina3mares.com.br
• Marina Off Shore
Tel. 47/3361-0765
• Marina Vip
Tel. 47/3361-9393
[email protected]
Marina da Croa
Tel. 48/3266-1980
www.marinadacroa.com.br
•
Marina Club
Tel. 48/3284-5080
•
Marina do Costão
Tel. 48/9972-2143
www.costaogolf.com.br
•
Marina Fortaleza
Tel. 48/3232-3296
CN Porto do Sol
Tel. 47/3427-2143
www.centronauticoportodosol.com.br
•
Iate Clube Boa Vista
Tel. 47/3433-4429
•
•
Marina Ponta da Areia
(Fedoca)
Tel. 48/3232-0759
www.cheffedoca.com
•
Marina Ponta Norte
Tel. 48/3284-1558
IC de Porto Belo
Tel. 47/3369-4333
•
Marina Atlântida
Tel. 47/3369-5665
•
Marina Costa Mansa
Tel. 47/3369-4760
[email protected]
•
Marina Porto Belo
Tel. 47/3369-4570
•
Marina Porto do Rio
Tel. 47/3369-4000
www.marinaportodorio.com.br
•
Marina Ribeirão da Ilha
Tel. 48/9925-9188
•
Marina Santo Antônio
Tel. 48/3233-0009
www.marinasantoantonio.com.br
•
•
Marina Sea Escape
Tel. 48/3248-3596
www.seaescape.com.br
Marina Verde Mar
Tel. 48/3232-7323
www.marinaverdemar.com.br
Joinville Iate Clube
Tel. 47/3434-1744
www.joinvilleiateclube.com.br
SÃO FRANCISCO DO SUL
• Marina das Garças
Tel. 47/3467-3801
www.marinadasgarcas.com.br
Marina Recanto da Lagoa
Tel. 48/3232-2260
Marina da Conceição
Tel. 48/3232-1297
• Marina Oceano
•
Tel. 48/3235-2418
www.marinamarina.com.br
•
• Marina Camboriú
•
• Marina Lagamar
Lagoa Iate Clube
Tel. 48/3232-0088
www.lic.org.br
Tel. 47/3366-3114
www.bydente.com.br
• Porto Estaleiro
PARANAGUÁ
Iate Clube de
Santa Catarina
Tel. 48/3225-7799
www.icsc.com.br
Tel. 47/3367-3699
Tel. 41/3455-1528
Tel. 41/3472-2609
www.portoestaleiro.com.br
•
•
• Marina Central Náutica
ITAPeMA
Pro Náutica
Tel. 48/3232-8457
[email protected]
• Marina By Dente (só jets)
Tel. 41/3472-3791
www.marinaguarapesca.com.br
• Marina Vela Mar
Tel. 48/3348-7084
• Iate Clube de Camboriú
SANTA
CATARINA
• Marina do Sol
• Marina Guarapesca
•
jOINvILLe
• Porto Marina
Pontal do Sul
Tel. 41/3455-1145/3264-1153
Tel. 41/3442-1178
[email protected]
CN Porto Belo
Tel. 47/3369-4361
[email protected].
br
• Marina da Lagoa/
Tel. 47/3367-0452
• Ponta do Poço
• Marina Itaguaçu
FLORIANÓPOLIS
• Cond. Náutico
Ilha do Mel
Tel. 41/3455-1580
Vila Maria Marina Clube
Tel. 47/3361-4721
[email protected]
• Marina Vale do Sol
PONTAL DO SUL
• Porto Marina Guaratuba
•
ITAjAí
CAIOBÁ
• Marina Bali
PORTO BeLO
GOv. CeLSO RAMOS
BOMBINHAS
•
Nass Mariner
Tel. 47/3427-4915
•
Sociedade
Recreativa Marbi
Tel. 47/3437-4124
LAGUNA
•
I.C. Laguna
Tel. 48/3644-0551
•
Capri Iate Clube
Tel. 47/3444-7247
www.capriiateclube.com.br
•
Clube Náutico
Cruzeiro do Sul
Tel. 47/3444-2493
•
Iperoba
Hangaragem Náutica
Tel. 47/9922-0070
•
Marina Nautilus
Tel. 47/3444-7172
www.marinanautilus.com.br
PIçARRAS
•
Marina Park
Tel. 47/3345-0338
www.marinaparksc.com.br
Náutica Sul
87
cruzadas náuticas
Marinas
RIO GRANDe
DO SUL
• Marina Vitória Régia
Tel. 51/3211-7938
• Nautiescola
OSÓRIO
• Iate Clube Guaíba
Tel. 51/3203-2177
www.nautiescola.com
Tel. 51/9971-1793
www.fazendapontal.com.br
• Lagoa da Pinguela
Iate Clube
Tel. 51/3203-1944
www.marinasul.com.br
• Marina da Conga
Tel. 51/9899-2894
www.marinadaconga.com.br
HORIZONTAIS
• Píer 340
Tel. 51/3264-6800
www.pier340.com.br
• Marina das Flores
Tel. 51/3203-2002
www.marinadasflores.com.br
1 Formação constituída de rochas cristalinas que avançam em relação ao mar e terminam de forma abrupta e escarpada
• 6 O maior afluente da margem esquerda do Amazonas • 8 enchova em conserva, muito usada em aperitivos e pizzas • 9 Cidade litorânea cearense
próxima à praia de jericoacoara • 12 A “cidade maravilhosa” • 14 Terreno pantanoso das margens de lagoas e desaguadores de rios; constitui a base
da cadeia alimentar dos oceanos • 15 vara de madeira que é colocada transversalmente em certa vela, para mantê-la aberta • 18 Qualquer peça ou
ressalto para cobrir outra peça • 20 Choque das ondas sobre a praia, banco, recife ou qualquer outro obstáculo • 22 O continente que é três vezes mais
extenso do que a europa • 24 Um combustível para barcos • 25 Um ingrediente da moqueca • 27 Prolongamento do costado da embarcação, acima do
convés descoberto • 28 Danificado, estragado • 29 Subordem de répteis, sinônimo de serpentes • 30 Famosa série de filmes estrelados por johnny Depp.
• Rio Grande
Yacht Club
Tel. 53/3232-7196
www.rgyc.com.br
SÃO LOUReNçO
PeLOTAS
• Porto Alegre Boat Club
Tel. 51/9956-1033
www.portoalegreboatclub.
com.br
• Iate Clube
• Veleiros Saldanha da
São Lourenço do Sul
Gama
PORTO ALeGRe
Você eNteNde de mar?
Tel. 51/3672-1209
www.nauticotapense.com.br
• Marina Sul
Tel. 51/3628-8080
www.pinguelaiateclube.com.br
Tel. 53/3225-5399
www.veleirossaldanhadagama.
com.br
• Clube Náutico Tapense
RIO GRANDe
Tel. 51/3268-0397
www.iateclubeguaiba.com.br
• Fazenda Pontal
TAPeS
Tel. 53/3251-3606
www.icsls.com.br
• Marina Datelli
Tel. 51/3018-1001
• Sava Clube
Tel. 51/3269-1984
www.savaclube.com.br
vIAMÃO
• Marina do Lessa
Tel. 51/9967-3036
Tel. 51/3268-0080
www.jangadeiros.com.br
Tel. 51/3211-7551
• Marina Porto 30
Tel. 51/3022-3217
• Veleiros do Sul
Tel. 51/3265-1733
www.vds.com.br
• Clube
Náutico Itapuã
Tel. 51/3494-1355
www.clubenauticoitapua.com.br
Nome deste local
V
E
R
T
I
C
A
I
S
1 A parte do casco do navio que fica abaixo da linha-d’água em plena carga (que fica submersa) • 2 Os apêndices encontrados em animais como o polvo,
usados na obtenção de alimento e movimentação • 3 O segundo maior curso d’água da América do Sul • 4 Piloto que conduz navios através de canais de
acesso, rios etc., onde a navegação requer conhecimento da área • 5 Conjunto de peças que constituem a armação estrutural do navio, que inclui cavernas,
longarinas, quilha, cadaste etc. • 7 Graduação mais inferior das praças da Armada • 9 Pequeno barco, movido a remo • 10 Reino africano cuja capital é
Rabat, banhado pelo Atlântico e pelo Mediterrâneo • 11 Um tipo de cata-vento usado em meteorologia • 13 violenta tempestade, com ventos em forma de
turbilhão e fortes chuvas • 15 Local com instalações apropriadas para a construção ou reparo de barcos • 16 Peixe semelhante à garoupa, vive nas águas
costeiras tropicais, geralmente sobre fundos rochosos ou arenosos • 17 Território autônomo do Caribe que pode se tornar um estado norte-americano
• 18 Conduzir uma embarcação a reboque ou puxar por meio de cabo, sirga, corda etc. • 19 Ter náuseas • 21 Um dos dois países sul-americanos que não são
banhados pelo mar • 23 vento típico das regiões marinhas, suave, fresco, agradável • 26 A letra I do Alfabeto Fonético Internacional..
Respostas na página 83
Náutica Sul
89
elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br
• Clube dos Jangadeiros
Claus Lehmann
• Marina Ilha Bela
arquivo pessoal
3 perguntas
“É hora de pescar em paranaguá”
Um dos maiores pescadores do país, o paranaense Roald Andretta
explica, sem nenhum bairrismo, por que as águas da mais famosa baía do Paraná estão
entre as melhores do Brasil para quem gosta de pescar. E já!
É
fácil encontrar o paranaense Roald Andretta, considerado um dos melhores pescadores esportivos do país.
Ou ele está no escritório da sua empresa, a Loba do
Mar, em Curitiba, que tanto ministra cursos náuticos quanto organiza torneios de pesca, ou pescando — só que, neste caso, o difícil é saber onde, já que ele viaja o país inteiro
em busca dos melhores troféus. Mas Roald nutre uma predileção especial pelas águas que, segundo ele próprio, fazem
1
Por que agora é hora
de ir pescar em
Paranaguá?
Porque estamos na época em que
as águas atingem a maior temperatura
e, com isso, a maioria das espécies entra
em intensa atividade. Só que, além disso,
há outro fator bem peculiar este ano: o
grande movimento de navios aguardando para entrar no porto de Paranaguá.
Alguns deles chegam a ficar semanas
próximos à barra, e ficam parados por
tanto tempo que, na prática, acabam se
transformando em “atratores artificiais”
para as espécies de curso, que se concentram ao redor dos navios, atraídos
pelos organismos que ficam grudados
nos cascos. Corricar perto deles é peixe
na certa. É uma pesca fácil e que rende
muitas sororocas, cavalas, xareletes, guaiviras e pequenos dourados.
RIO GR.
SANTA
DO SUL
CATARINA
Nº 47 |
E quais são os outros
bons pesqueiros,
dentro e fora da baía?
Os rios que vêm dos manguezais do
fundo da baía — e que são muitos! — são riquíssimos em robalos e ali é bem difícil alguém voltar para casa decepcionado. O
mesmo acontece entre a Ilha do Mel e a
Ilha das Palmas, já nas águas abertas da
baía, onde há muitas lajes de pedra, todas
marcadas nas cartas náuticas. São pesqueiros manjados, velhos conhecidos dos pescadores, mas que sempre rendem boas
pescarias, com pescadas, sargos, badejos
e garoupas em boa quantidade, além dos
próprios robalos. Em Paranaguá, não é preciso ir longe para se divertir bastante. Mas,
quem não quiser perder tempo e ir direto
ao ponto, o melhor sempre é contratar um
guia de pescaria. Aqui, eles estão todos os
dias na água e achar um disponível é fácil.
3
Na sua região, onde quase
ninguém costuma pescar,
mas deveria?
Em vez de dizer “onde” eu prefiro dizer “qual” é a modalidade de pesca menos praticada aqui, mas que gera muita
adrenalina para qualquer pescador. É a
pesca de arremesso com iscas artificiais,
especialmente nas águas fora da barra da baía — como, por exemplo, perto
dos navios, como expliquei antes. Quando você encontra um cardume ou vê as
aves mergulhando freneticamente sobre
as sardinhas, o melhor é parar o barco e
ficar arremessando as iscas artificiais na
água. Dá um prazer danado ver os peixes atacando os jigs e é uma pescaria
que rende bem mais exemplares. Mas a
verdade é que se dar bem nas águas de
Paranaguá não é difícil. Aqui tem peixe
pra todo mundo.
O LUZ
ama
mundo
HERCÍLI
que todo
a ponte
A polêmic
PARANÁ
EDIÇÃO
2
parte do “seu quintal”: as da baía de Paranaguá, que, sem nenhum bairrismo, ele elege como uma das mais piscosas do
país — “tanto dentro quanto fora da baía”, acrescenta. E ele
vai mais longe. “Neste momento, as águas da região de Paranaguá estão melhores ainda, por causa do intenso movimento de navios no porto...” — uma aparente contradição,
que ele explica abaixo por que isso é tão bom para os pescadores. Confira.
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