Eletrosul Agora n

Transcrição

Eletrosul Agora n
Setembro 2013 | Ano XIX | Nº122
Um jornal para novos tempos
Hidrelétricas em
plena operação
Empresa se
consolida como
geradora
Págs. 6 e 7
Avicultura orgânica
Livro técnico
Reflorestamento
parceria
Associados
incrementam
produção
Publicação
retrata
eólica
Começa
plantio de
mudas em APP
Rede de
telecom será
expandida
Pág. 8
Pág. 11
Pág. 9
Pág. 3
2 editorial
Uma empresa
de geração
A Eletrosul comemorou, em agosto,
mais um importante avanço na recomposição de seus ativos de geração:
a operação plena e simultânea das 14
turbinas de suas usinas hidrelétricas,
que somam mais de 520 megawatts de
capacidade instalada. Sem dúvida, um
marco para a empresa e seus empregados, especialmente para aqueles que
acompanharam a privatização de seu
parque gerador no final da década de
90. Esse fato, retratado na matéria principal desta edição, atesta a capacidade
técnica e empreendedora da Eletrosul,
que já se estabeleceu como uma das
melhores transmissoras do País e agora
se consolida como empresa geradora.
Boa leitura!
EXPEDIENTE
Diretoria Executiva
Diretor-Presidente
Eurides Luiz Mescolotto
Diretor de Engenharia e Operação
Ronaldo dos Santos Custódio
Diretor Financeiro
Antonio Waldir Vituri
Setembro 2013 | Ano XIX | Nº122
Um jornal para novos tempos
Diretor Administrativo
Paulo Afonso Evangelista Vieira
Conselho Editorial
Hidrelétricas em
plena operação
Empresa se
consolida como
geradora
Págs. 6 e 7
AVICULTURA ORGÂNICA
LIVRO TÉCNICO
REFLORESTAMENTO
PARCERIA
Associados
incrementam
produção
Publicação
retrata
eólica
Começa
plantio de
mudas em APP
Rede de
telecom será
expandida
Pág. 8
Pág. 11
Pág. 9
Pág. 3
Cleiton Luis Rezende Cabral
Laércio Faria
Luiz Ricardo Machado
Ronaldo Bauer Lessa
Rubem Abrahão Gonçalves Filho
Gerente ACS
Sandra da Silva Peres
[email protected]
Coordenação
Jonatas Andrade
[email protected]
Edição
Andréa Lombardo
[email protected]
Jonatas Andrade
[email protected]
Textos
Anahi Gurgel
Andréa Lombardo
Cleusa Frese
Gilberto Del Pozzo
Jonatas Andrade
Tatiana Lima
Vivianne Nunes
Edição de Fotografia
Hermínio Nunes
Fotos
Agostinho Coan
André Renato/Secom
Anísio Borges
Arquivo Apex Brasil
Arquivo DROE
Arquivo Energia Sustentável do Brasil
Arquivo Companhia Hidrelétrica Teles Pires
Arquivo TSBE
Arquivo TSLE
Arquivo UFSC
Augusto Ribeiro Isara
Herivelto Batista/MC
Hermínio Nunes
Nélio Pinto
Rafael Eid Shibayama
Projeto Gráfico
Agenciamob
Conteúdo e Projeto Editorial
Giusti Comunicação Integrada
As instalações do Setor de
Manutenção de Xanxerê
(SC) foram ampliadas para
receber a nova estrutura da
Regional Oeste, que foi criada
em 2003. As fotos retratam
a fase final das obras, em
junho de 2004.
Tiragem
4.500 mil exemplares
Periódico editado pela ACS – Assessoria
de Comunicação Social e Marketing
Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, Pantanal
Florianópolis/SC
CEP 88040901
Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075
www.eletrosul.gov.br
responsabilidade social 3
Eletrosul agora - Setembro de 2013
Empreendedorismo
Aposta na
avicultura
orgânica
Agricultores familiares de Santa Catarina, que tiveram
apoio da Eletrosul para agregar valor a seus produtos,
conquistam mercado sulista
Atentos à tendência de crescimento no
consumo de produtos livres de agrotóxicos, pequenos agricultores catarinenses
têm investido na avicultura orgânica. O
segmento já representa mais de 25% da
movimentação da Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra
Geral (Agreco), que tem sede em Santa
Rosa de Lima (SC). Mensalmente, são
produzidas 12 mil toneladas de cortes de
frango, que abastecem as principais redes de supermercados do Litoral de Santa
Catarina e da Grande Porto Alegre (RS).
O primeiro investimento na ampliação
do abatedouro, feito em 2009, teve apoio
da Eletrosul. Até então, a produção era
mais modesta. Eram abatidos e vendidos
inteiros 300 frangos por semana. Além de
ampliar a capacidade de abate, a aquisição de equipamentos viabilizou ainda o
beneficiamento e a separação dos cortes
de frango, o que permitiu à Agreco agregar valor e melhorar o preço de venda dos
produtos, lembrou o coordenador financeiro da entidade, Adilson Lunardi.
Agora, a Agreco vai investir na constru-
ção de um novo e mais amplo frigorífico,
com capacidade de armazenar 15 toneladas. O atual comporta até cinco toneladas. “Isso vai facilitar o atendimento aos
nossos clientes e às famílias de avicultores, além de possibilitar o ingresso de outros produtores na associação”, adiantou
o coordenador de produção da Agreco,
José Lucas Schmidt.
O casal Adenei e Ivonete Silva trocou o
plantio de fumo pela produção de frango
orgânico e constitui uma das sete famílias ligadas à Agreco que se dedicam a
essa atividade. “Hoje, nós temos retorno
garantido. A saúde também melhorou.
Embora a gente trabalhe bastante, o desgaste é menor”, fala satisfeito Adenei, ao
lado da esposa e dos filhos Anderson, Samara e Michael.
Os principais diferenciais da produção
orgânica de frangos é que as aves são criadas soltas, alimentadas com ração orgânica
e tratadas com homeopatia. Os cortes de
frango comercializados pela Agreco têm
certificação de produto orgânico da Ecocert
Brasil, empresa creditada pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Renovação de parceria
A Eletrosul renovou o convênio com a
Prefeitura de Maringá para continuidade
do Programa Hortas Comunitárias no município. A parceria possibilita a aquisição
de insumos, equipamentos e outros materiais utilizados no plantio e manutenção
dos canteiros. Atualmente, cerca de 90 famílias cultivam hortaliças sob as linhas da
Eletrosul em quatro bairros - Cidade Alta,
Cidade Canção, Jardim Universo e Jardim
Itaipu - e chegam a ganhar um salário mínimo por mês com a produção excedente.
O convênio entre Eletrosul e prefeitura prevê ainda atividades de sensibilização, mobilização e engajamento social da comunidade,
palestras de orientação sobre segurança sob
linhas de transmissão e cursos de capacitação a exemplo do realizado, em agosto, com
integrantes do programa em Joinville (SC).
Com o curso de cultivo protegido ministra-
do pelo Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar), 14 moradores da zona rural
aprenderam técnicas de manejo de estufas,
controle de pragas e produção de mudas.
4 canteiro de obras
SETEMBRO de 2013
UHE JIRAU
3.750
MW
RO
Capacidade de
atendimento:
34.100.000
habitantes
N
Vista aérea da casa de força da margem esquerda, vertedouro e casa de força da margem direita (ao fundo). No detalhe, visão interna da unidade geradora 29, que está operando em teste.
COMPLEXO EÓLICO GERIBATU
PCH JOÃO BORGES
258
MW
RS
Capacidade de
atendimento:
1.600.000
habitantes
Chegaram as primeiras pás para os aeN
rogeradores do Parque X. As 14 bases
dos aerogeradores já estão concretadas
e a previsão é de que na segunda quinzena de setembro as torres comecem a ser erguidas.
19
MW
Capacidade de
atendimento:
156.000
habitantes
SC
Está em andamento a construção de uma
N
passagem em concreto à jusante da barragem principal, que ligará as duas margens do rio Caveiras, facilitando o acesso quando houver necessidade de manutenção.
canteiro de obras 5
Eletrosul agora - Setembro 2013
canteiro de obras
LT SUL BRASILEIRA
LT SUL LITORÂNEA
525
525
230
kV
kV
781 km de extensão:
RS
N
Obras de terraplenagem da Subestação Santa Vitória
RS
do Palmar 525/138 kV. A unidade está sendo construída para escoamento da energia gerada pelos parN
ques eólicos e distribuição de energia na região através das redes de transmissão 138 kV da Companhia
Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul.
494 km em 525kV
287 km em 230 kV
Montagem manual de torre estaiada no trecho Rio das Antas (SC) até
Itá (SC).
kV
Extensão:
487 km
UHE TELES PIRES
LINHãO DO MADEIRA
600
kV
N
Maior LT de 600
kV do mundo,
com 2.412 Km de
extensão
1.820
MW
Lançamentos de cabos entre as torres 2359/1 e
2359/2, no município de Meridiano (SP).
PA
MT
Capacidade de
atendimento:
6.500.000
habitantes
Vista do canal de entrada e das obras
civis nas estruturas de controle dos
túneis de desvio.
N
AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO EÓLICO CERRO CHATO
78
MW
RS
Com o Parque Eólico Cerro dos Trindade concluído, os trabalhos de montagem dos aerogeradores se concentram no Parque Cerro Chato IV.
N
Capacidade de
atendimento:
447.000
habitantes
6 ESPECIAL
Operação plena de usinas
Empresa se
consolida na
geração
Capacidade instalada das hidrelétricas atende consumo de
mais de 4 milhões de brasileiros
No mês de agosto, a Eletrosul registrou a
Rio Grande do Sul, e mais duas na Hidrelétriplena operação comercial de cinco usinas
ca São Domingos (48 MW), no Mato Grosso
hidrelétricas – fato que consolida o retorno
do Sul. Nas PCHs catarinenses Barra do Rio
da empresa ao segmento de geração, 15 anos
Chapéu (15,15 MW) e João Borges (19 MW)
após a privatização de seu parque gerador. Os
são duas e três unidades geradoras, respectiempreendimentos, próprios
vamente. Outros cinco
e em parcerias, começaram
conjuntos geradores
a ser construídos a partir de
integram a HidreléÉ uma conquista
2008 e totalizam 14 unidades
trica Mauá (363 MW),
que marca o início
geradoras com potência insimplantada no Paraná
de uma nova
talada de 522,15 megawatpela Eletrosul em partrajetória para a
ts (MW), capaz de atender a
ceria com a Copel.
empresa
mais de 4 milhões de pessoas.
Para o diretor de EnEurides Mescolotto
“A operação dessas usigenharia e Operação
nas reposiciona a Eletrosul
da Eletrosul, Ronaldo
como geradora e, principalmente, como
dos Santos Custódio, na privatização, além
empresa de engenharia associada à gedos ativos, a Eletrosul perdeu praticamente
ração hidrelétrica. É uma conquista que
todo o conhecimento adquirido em décadas
marca o início de uma nova trajetória
de investimentos. “Reconstruímos um parpara a empresa”, ressaltou o presidente da
que gerador e remontamos uma estrutura
empresa, Eurides Mescolotto.
de engenharia e operação, que enfrentou
Em empreendimentos próprios, estão
obstáculos técnicos e comerciais, formou-se
em operação comercial duas turbinas na
e resultou na implantação dessas usinas”,
Hidrelétrica Passo São João (77 MW), no
lembrou o executivo.
Hidrelétricas em
Operação Comercial
Hidrelétrica Passo São João
Local: Roque Gonzalez e Dezesseis de Novembro (RS)
Capacidade instalada: 77 MW (2 unidades geradoras)
Atendimento: 580 mil habitantes
Início da operação*: março de 2012
UHE Passo São João
PCH Barra do Rio Chapéu
Hidrelétrica Mauá
Local: Telêmaco Borba e Ortigueira (PR)
Composição: Consórcio Energético Cruzeiro do Sul –
Copel (51%) / Eletrosul (49%)
Capacidade instalada: 363 MW (5 unidades geradoras)
Atendimento: 3 milhão de habitantes
Início da operação*: novembro de 2012
PCH Barra do Rio Chapéu
Local: Santa Rosa de Lima e Rio
Capacidade instalada: 15,15 M
Atendimento: 128 mil habitan
Início da operação*: fevereiro
especial 7
Eletrosul agora - Setembro de 2013
Capacidade
instalada
atingirá 1,8 GW
A Eletrosul está investindo cerca de R$ 8 bilhões em obras de geração de energia, incluindo a participação em projetos estruturantes
para o País, como a Hidrelétrica Jirau (3.750
MW), em Rondônia, e a Hidrelétrica Teles Pires
(1.820 MW), entre o Pará e Mato Grosso.
Entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, a
Eletrosul inaugurou as usinas hidrelétricas Passo São João, Mauá e a PCH Barra do Rio Chapéu.
A previsão é de que a usina São Domingos e a
PCH João Borges sejam inauguradas nos próximos meses, assim como a usina fotovoltaica
Megawatt Solar (1 MW), em implantação na
sede da empresa, em Florianópolis.
Está previsto ainda o início da operação de
mais cinco parques eólicos, com 78 MW, junto
ao Complexo Cerro Chato, no Rio Grande do
Sul, que já tem 90 MW de capacidade instalada e começou a operar gradativamente a
partir de junho de 2011. Em 2014, entrarão
em operação outros dois complexos eólicos –
Geribatu (258 MW) e Chuí (144 MW), no extremo Sul gaúcho. Juntos, os parques eólicos
vão gerar 570 MW.
Até 2015, prazo máximo para a entrada em
operação dos empreendimentos de geração
hidrelétrica, eólica e solar, a Eletrosul estará
gerando 1,8 gigawatts (GW), considerando
apenas a parte que lhe cabe nos empreendimentos. Essa potência é mais que o dobro da
atual capacidade em operação.
Ao todo, as usinas vão gerar 6,6 GW e atender
a cerca de 43 milhões de brasileiros. Até a privatização, em 1998, os ativos de geração da Eletrosul somavam 3,7 GW em operação e outros 2,8
GW em construção. A Eletrosul foi autorizada
pelo Governo Federal a retomar os investimentos em geração e transmissão, em 2004.
UHE Mauá
PHC João Borges
UHE São Domingos
u
Usina Hidrelétrica São Domingos
PCH João Borges
o Fortuna (SC)
MW (2 unidades geradoras)
ntes
de 2013
Local: Ribas do Rio Pardo e Água Clara (MS)
Capacidade instalada: 48 MW (2 unidades geradoras)
Atendimento: 550 mil habitantes
Início da operação*: junho de 2013
Local: São José do Cerrito e Campo Belo do Sul (SC)
Capacidade instalada: 19 MW (3 unidades geradoras)
Atendimento: 151 mil habitantes
Início da operação*: julho de 2013
*início da operação comercial da primeira unidade geradora
8 geral
Contribuição técnica
Publicação retrata
geração eólica
Livro que se tornou referência
no meio acadêmico e no
setor elétrico é lançado em
segunda edição
A publicação que, há quatro anos,
ajudou a suprir a carência do meio acadêmico e técnico de referências bibliográficas sobre geração eólica no Brasil,
acabou de ser lançada em uma segunda
edição. O livro “Energia Eólica para Produção de Energia Elétrica” é de autoria
do engenheiro eletricista Ronaldo dos
Santos Custódio, diretor de Engenharia
e Operação da Eletrosul. O estudioso do
tema se tornou executivo e pôde concretizar o conhecimento acumulado ao
longo de quase 15 anos ao coordenar o
projeto e a implantação de três complexos eólicos da empresa.
O lançamento aconteceu em Brasília
(DF), durante evento promovido pela
Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e Associação Brasileira
de Geração de Energia Limpa (Abragel),
com as presenças do ministro de Minas
e Energia, Edison Lobão, e da ministra de
Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A pri-
parque eólico e a dismeira edição havia
sido produzida com
tância entre as máHoje, tendo um
apoio da Eletrobras,
quinas para maior
mercado consolidado,
cuja tiragem de 5 mil
eficiência da usina,
a percepção de custo
exemplares foi distritipos de equipamene de logística é muito
buída entre universitos, custos, além de
mais precisa
estudos de conexão
dades e empresas do
Ronaldo Custódio
à rede.
setor elétrico.
Nessa atualização
O livro, que foi a
do conteúdo do livro, Custódio buscou inprimeira publicação técnica na língua portuguesa sobre o tema, tem
serir informações sobre a nova realidade
340 páginas e está estruturado em
do mercado de energia eólica. No lança12 capítulos, que trazem parâmento da primeira edição, o segmento
ainda era incipiente no Brasil. “Hoje, tenmetros técnicos objetivos para a
implantação de parques eólicos.
do um mercado consolidado, a percepção
A publicação detalha aspecde custo e de logística é muito mais pretos a serem considerados nos
cisa. Os conceitos básicos não mudaram,
projetos como, por exemplo,
mas a tecnologia melhorou e as questões
a geografia do terreno e sua
ambientais e econômicas evoluíram basinfluência no vento, a dispotante. Tudo isso eu tentei reproduzir nessição dos aerogeradores no
sa segunda edição”, lembrou o executivo.
geral 9
Eletrosul agora - Setembro de 2013
Eletrosul e Telebras
Reforço nas
telecomunicações
Parceria vai expandir PNBL e
atender a demanda durante
a Copa do Mundo de 2014
A Eletrosul firmou no mês de agosto no
Ministério das Comunicações, em Brasília, um contrato técnico-operacional e comercial com a Telebras que vai expandir
a infraestrutura de telecomunicações de
ambas as empresas e acelerar a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) especialmente na Região Sul,
cujas redes atenderão a Copa do Mundo
de 2014. A parceria vai aumentar para
400 gigabits por segundo (Gbps) a capaci-
dade do sistema de comunicação óptica
de alta velocidade (DWDM) da Eletrosul,
que atualmente é de 80 Gbps.
Pelo acordo, a Telebras exercerá sua experiência na comercialização dos serviços
e no relacionamento com os diversos agentes do mercado, enquanto a Eletrosul entrará com sua infraestrutura de telecomunicações e seu know-how em manutenção e
operação de sistemas de telecomunicações.
“A implementação de melhorias no
sistema da Eletrosul, em contrapartida
à construção de um novo sistema de telecomunicações pela Telebras, vai proporcionar um ganho de escala grande,
permitindo a ampliação da capacidade
e alcance da rede para oferta de banda
larga a diversos municípios”, enfatizou o
presidente da Telebras, Caio Bonilha.
A rede própria de fibras ópticas da Eletrosul, que faz parte do acordo, tem 4,5
mil quilômetros de extensão, distribuídos por Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São
Paulo e Porto Velho (RO).
“Essa união vai otimizar os recursos para prestação conjunta de
serviços e reduzir custos com
equipamentos, servindo de
modelo a outras empresas
do setor elétrico”, frisou o
presidente da Eletrosul,
Eurides Mescolotto.
Capacitação para reassentados
Os reassentados rurais e urbanos da Hidrelétrica Jirau participaram de mais de
160 horas de capacitações no período de
um ano. Os cursos são organizados pela
Energia Sustentável do Brasil (ESBR), por
meio do Programa de Remanejamento das
Populações Atingidas da UHE Jirau, e têm
como objetivo aumentar as oportunidades
de renda e emprego dos moradores da região. As capacitações são focadas no empreendedorismo, novas oportunidades de
negócio e melhoria dos serviços prestados.
Aos reassentados rurais, foram promovidos cursos voltados para a produção de
salgados, de derivados do leite e de mandioca, e de doces, licores, balas e bombons
produzidos a partir de frutas
da época. Já os cursos aplicados aos reassentados urbanos
foram direcionados ao ramo
de panificação e confeitaria. As
capacitações são realizadas em
parceria com o Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (Senar).
“Os cursos são desenvolvidos especificamente para
aproveitar as potencialidades
da região e da comunidade. Ajudam ainda na formação de empreendedores e
no incremento da alimentação dos moradores. Nossa ideia é sempre desenvolver capacitações e projetos que possam
agregar conhecimento e garantir cada
vez mais uma melhor qualidade de vida
aos reassentados”, afirmou o coordenador de Meio Ambiente e Socioeconomia
da ESBR, Marco Canedo.
10 GERAL
Regional Oeste
10 anos de atuação
A primeira divisão fora das capitais é responsável por 25% das linhas de transmissão
Há dez anos, a Eletrosul implantou em
Xanxerê (SC) sua primeira Divisão Regional
fora das capitais, visando atender o Oeste de
Santa Catarina e parte dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. A empresa já estava
presente na região desde 1973, quando instalou a Subestação Xanxerê. A implantação
da Divisão Regional do Oeste (DROE) deu
mais agilidade ao atendimento aos serviços
de manutenção e apoio à operação, e representou um marco para a empresa, pois foi
uma das primeiras ações da estatal no novo
cenário do setor elétrico brasileiro.
“No momento em que completamos
10 anos de implantação dessa Regional,
aproveitamos para renovar o nosso compromisso com a qualidade dos nossos serviços e agradecemos a todos os empregados e comunidade em geral por fazerem
parte dessa história”, declarou o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.
A DROE é responsável pela manutenção
e operação de cerca de 25% das linhas de
transmissão da Eletrosul. Também é de
sua responsabilidade a manutenção de
um grande sistema de comunicação de
dados, interligando o Sul do País. Entre os
empreendimentos de abrangência da regional, estão 15 subestações, a Usina Passo São João – primeiro empreendimento
de geração hídrica 100% da Eletrosul, após
a cisão da empresa em 1997 – e a PCH
João Borges. Possui Centros Regionais de
Manutenção e Apoio à Operação nas cidades de Laranjeiras do Sul (PR), Campos Novos e Xanxerê (SC), Erechim, Santo Ângelo
e Roque Gonzales (RS).
Finalistas de um concurso literário promovido pela Rádio Cultura de Xaxim (SC),
cujo tema foi “A Escassez da Água Potável”,
visitaram instalações da Eletrosul para
conhecer as práticas sustentáveis da empresa na racionalização do uso de recursos
naturais e priorização de fontes limpas de
geração de energia. Os 23 alunos de ensino médio, representantes de cada uma das
escolas estaduais participantes do concurso, estiveram no Setor de Manutenção de
Campos Novos (SC), que obteve a etiqueta
Nível A em Eficiência Energética, na fase
de projeto e de prédio construído, pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, e na PCH
João Borges, em São José do Cerrito (SC).
Na usina, além do vertedouro e da
casa de força, o grupo acompanhou
todo o processo de geração hídrica, desde a formação do reservatório, condução da água, funcionamento das turbinas e geradores, retorno da água para
o leito do rio e transmissão da energia.
O grupo recebeu ainda informações sobre
os diferentes projetos
ambientais desenvolvidos no entorno da
obra e ações de responsabilidade social e
ambiental da Eletrosul
na região.
“A atuação da Eletrosul, não apenas na
geração e transmissão de energia elétrica,
mas na responsabilidade e parceria com
as comunidades, é um exemplo muito
positivo”, declarou a gerente da emissora
que idealizou o concurso literário, Cleonice Nowaki.
De olho na sustentabilidade
MEIO AMBIENTE 11
Eletrosul agora - Setembro de 2013
APP da Usina São Domingos
Recompondo
o verde
Área reflorestada com
espécies nativas do cerrado
sul-mato-grossense tem
170 hectares
Mais de 50 mil mudas de jatobás, angicos, ipês, ingás, aroeiras, patas-de-vaca e outras espécies do cerrado sul-mato-grossense
foram plantadas na Área de Preservação
Permanente (APP) do lago formado na junção dos rios Verde e São Domingos, na Usina
Hidrelétrica São Domingos, entre os municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, ao
leste de Mato Grosso do Sul. O trabalho, que
faz parte do Plano Ambiental do empreendimento, durou cerca de 40 dias. Uma nova
etapa de plantio está prevista para o período
de outubro deste ano a março de 2014.
Segundo informações do engenheiro
ambiental responsável pela supervisão
do plantio, Rafael Eid Shibayama, no total,
170 hectares estão sendo reflorestados com
plantas nativas escolhidas a partir de inventário florestal, referências bibliográficas
da região e consultas populares. Parte das
espécies plantadas provém de campanhas
de coleta de sementes, que foram realizadas na área do reservatório e cultivadas em
dois viveiros de produção de mudas.
Paralelamente a esse trabalho, seguem
as campanhas de monitoramento da fauna local, das águas superficiais do lago.
Espécies
Árvores como as aroeiras são conhecidas por suas potencialidades medicinais
e chegam a medir 15 metros de altura. Já
os ipês podem chegar até dez metros de
altura e possuem dez tipos diferentes de
espécies com cores e tonalidades diversas,
bastante comuns no Mato Grosso do Sul e
enfeitam as paisagens entre os meses de
agosto e novembro.
Espaço da
Gestão Ambiental
Inventário
de GEE
A edição 2012 do Inventário de
Emissões de Gases de Efeito Estufa
das Empresas Eletrobras, publicada
este ano, foi assegurada pela empresa KPMG Risk Advisory Services, uma
das mais conceituadas do mercado,
com o objetivo de atestar a qualidade e credibilidade dos dados, por uma
terceira parte independente. O processo de asseguração, além de melhorar a cotação da Eletrobras nos principais índices dos quais já participa,
poderá contribuir para seu ingresso
na Bolsa de Valores de Nova York
(DJSI), além de melhorar as práticas
de gestão dentro das subsidiárias e
aumentar a credibilidade das mesmas junto ao público externo.
A verificação das emissões ocorreu
em três fases distintas. A primeira
foi o conhecimento da metodologia
e ferramentas utilizadas para a obtenção dos dados e para o cálculo das
emissões. Nas outras duas etapas,
foram realizadas visitas às empresas
Amazonas Energia, Chesf, Furnas, Eletronorte e CGTEE (por amostragem e
relevância) e, por fim, checagem da
convergência das informações.
A cada edição, o conteúdo inventariado vem sendo ampliado, na medida em que novas fontes passam a ser
incorporadas. Neste ano, foram incluídas as emissões de gases de refrigeração e de estações de tratamento
de esgoto (ETEs), além de um relato
das iniciativas de reflorestamento.
Embora não entrem nos cálculos
desse inventário, essas ações são um
importante passo para a compensação das emissões de GEE das empresas Eletrobras.
O Inventário de Emissões de GEE
das Empresas Eletrobras e a Carta de
Asseguração dos Auditores Independentes podem ser acessados no site
www.eletrosul.gov.br.
12 especial
Barco solaR
Nova alternativa de
transporte na Amazônia
Iniciativa inédita da Universidade Federal de Santa
Catarina com apoio da Eletrobras poderá ser
estendida a outras regiões do País
Aplicar uma fonte de energia alternativa e com baixo custo de operação
no transporte escolar e nas atividades
produtivas é a proposta central do Projeto Barco Solar Amazônia, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), com apoio técnico da
Eletrobras. A embarcação foi construída para atender a comunidade Santa
Rosa, na Ilha das Onças, no município
de Barcarena, no Pará. Os testes finais
estão sendo feitos na Lagoa Rodrigo de
Freitas, no Rio de Janeiro, e a previsão
é de que o barco seja entregue aos ribeirinhos até o final do ano.
O barco solar tem capacidade para
transportar 22 pessoas e será utilizado, principalmente, no transporte escolar de crianças e adolescentes, feito
hoje em 40 pequenas embarcações a
diesel, que poluem os rios e estressam
os animais devido ao ruído. Como suporta meia tonelada de carga, o veículo
será aproveitado, também, para levar
suprimentos aos moradores de regiões
mais afastadas e para escoar a produção local, como pescado, açaí e outros
alimentos perecíveis, possibilitando a
geração de renda.
Adequado às condições climáticas e
geográficas da Amazônia, o catamarã (embarcação de dois cascos) de 12
metros de comprimento por 3 metros
de largura, possui 18 módulos solares
fotovoltaicos com potência instalada
de 4 quilowatts-pico (kWp), instalados
na cobertura, e banco de baterias para
armazenar a energia, com autonomia
para quatro horas de navegação. Conta
com dois conversores de energia e dois
motores elétricos responsáveis pelo
sistema de propulsão, com
sistema de refrigeração a água (30%
mais leves do que os
similares com refrigeração a ar).
Investimentos
Os investimentos no projeto totalizam
R$ 580 mil, incluindo uma oficina solar,
com 16 kWp, a ser construída no atracadouro da escola. Essa estrutura deve ser
concluída em 2014 e, além de abrigar
equipamentos elétricos para fabricação
de gelo e purificação de água, terá um
terminal para carregamento rápido das
baterias do barco.
“A intenção em desenvolver um transporte fluvial e alternativo é contribuir
socialmente com as comunidades amazônicas”, explica o coordenador do projeto pela UFSC, Ricardo Rüther. Segundo
ele, o objetivo é fabricar outros barcos
que poderão ser uma opção barata de
transporte em outras regiões do Brasil.
O projeto foi financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
e tem apoio institucional de instituições como a Universidade Federal do
Pará e Instituto Ideal.

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