“Que o teu alimento seja o teu medicamento”

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“Que o teu alimento seja o teu medicamento”
“Que o teu alimento seja o teu medicamento”
No mês de Maio, recuamos até ao ano de 460 a.c. para recordarmos a célebre frase dita por Hipócrates “Que o teu alimento seja o teu medicamento”, resumindo o papel fundamental que a alimentação desempenha na saúde e bem-­‐estar de todos nós. Como qualquer “medicação”, deveremos ter especial cuidado com o que comemos e em que quantidades, de modo a evitar escolhas e doses erradas, quer sejam por defeito ou por excesso. Assim, faremos uma revisão de A a Z abordando diversas vitaminas e minerais, quais as suas funções no nosso organismo e as suas fontes alimentares. •
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Vitamina A – intervém na visão, proteção da pele e mucosas; importante para o funcionamento do sistema imunitário, dos órgãos reprodutores, crescimento e desenvolvimento. Fontes alimentares: laticínios “gordos”, manteiga, ovo (gema), fígado, peixes “gordos”, óleo de fígado de bacalhau, produtos hortícolas de cor verde escura ou alaranjada (brócolos, couve, cenoura). Tiamina ou vitamina B – importante para disponibilizar a energia presente nos alimentos; juntamente com outras vitaminas do complexo B (B2, B5, B6, B12) assume um papel importante na transformação dos hidratos de carbono na sua forma mais simples – a glicose; conserva o apetite e ajuda no crescimento. Fontes alimentares: carne de porco, cereais integrais, leguminosas, nozes, peixe, hortícolas, frutos. Riboflavina ou vitamina B – Fontes alimentares: carne, ovos, queijo, leite, iogurte, Cálcio – essencial para a constituição de ossos e dentes. Fontes alimentares: leite, laticínios (queijo, iogurte), frutos secos, produtos hortícolas de folha verde-­‐escura (couve-­‐galega). Vitamina D – mantém o equilíbrio do cálcio e do fósforo no organismo, assumindo um papel importante pois regula a formação e reconstituição de ossos e dentes, ajudando na cicatrização de fraturas. Fontes alimentares: óleo de fígado de bacalhau, fígado, ovo (gema). Esta vitamina é produzida pelo organismo humano quando este está exposto à luz solar. Vitamina E – intervém na regulação da síntese da hemoglobina e atua na prevenção de lesões celulares. Fontes alimentares: cereais, caranguejo, funcho. Ferro – intervém no transporte de oxigénio pois faz parte de componentes do sangue; ação no sistema imunitário, ao nível das enzimas e hormonas. Fontes alimentares: gema de ovo, vísceras, carnes, leguminosas (feijão e lentilhas), pescado, nozes, sementes de girassol. Iodo – assume um importante papel na energia metabólica e é um dos constituintes das hormonas tiroideias. Fontes alimentares: sal marinho. •
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Vitamina K – importante na coagulação sanguínea e calcificação óssea. Fontes alimentares: chucrute, espinafres, brócolos, manteiga, queijo, fígado, batatas. Magnésio – desempenha um papel importante nos processos que permitem a atividade muscular e do sistema nervoso. Fontes alimentares: cereais, leguminosas (feijão, grão-­‐de-­‐bico), soja, frutos secos. •
Potássio – um dos minerais responsáveis pela manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico que permite a manutenção do potencial de membrana, fundamental para a transmissão de impulsos nervosos, contração muscular e, ainda, função cardíaca. Fontes alimentares: pistácio, amêndoa, avelã, amendoim, castanha, espinafres, banana, salsa. • Selénio – antioxidante, atua na função da tiroide e intervém no sistema imunitário. Fontes alimentares: vísceras, cereais, leite. • Zinco – essencial na produção de insulina e na formação do ADN, por isso, tem um papel importante no sistema endócrino e, ainda, no sistema imunitário. Fontes alimentares: ovos, vísceras, carne de porco, arenque, marisco (mexilhão, ostra), leguminosas (feijão). A “receita prescrita” para uma alimentação saudável inclui refeições de 3 em 3 horas, consumir sopa e produtos hortícolas no prato principal, comer pelo menos 3 peças de fruta ao dia, evitar produtos e bebidas açucaradas e, finalmente, uma ingestão diária de água entre 1,5L a 3L. De facto, só através de uma alimentação diversificada, conseguimos atingir o aporte de nutrientes necessários ao bom funcionamento do nosso organismo. Na paralisia cerebral, onde são frequentes problemas de mastigação e deglutição, a dieta torna-­‐se facilmente monótona, por isso é essencial variar, incluindo de tudo um pouco, de modo a que sejam evitadas carências ou excessos de determinados nutrientes. Estagiária de Nutrição: Carolina Almeida Sob orientação da Dra. Maria Antónia Campos 

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