Videogame e cocaina

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Videogame e cocaina
Videogame e cocaína. Qual a relação?
Fonte: http://www.ipco.org.br/home/noticias/videogame-e-cocaina-qual-a-relacao?
10, outubro, 2011 Deixar um comentário Ir para os comentários
NÃO VÁ EMBORA ANTES DE VER O VÍDEO NO FINAL DESTE ARTIGO!
Luís Felipe Escocard
A
lguns meses atrás escrevi sobre a família Maushart
(http://www.ipco.org.br/home/noticias/seis-meses-de-liberdade), que decidiu viver seis
meses sem televisão, computador, internet, videogame, etc. A Sra.Maushart tinha
percebido que estavam inteiramente dependentes de uma série de parafernálias
eletrônicas. O resultado desse “desligamento” foi que passaram a conviver mais, uma
filha teve uma melhora significativa no colégio e o filho descobriu uma vocação
musical.
Ao procurar uma foto para ilustrar o artigo, vi uma que me deixou perplexo: um grupo
de jovens com os olhos vidrados num jogo de videogame. E uma notícia também
terrível: uma pesquisa do website Divorce Online apontou que 15% dos divórcios
ocorridos nos EUA foram causados por vício em videogames por um dos cônjuges.
A dependência está ficando cada vez mais precoce
O Sr., pai de família, que fica preocupado ao ver seus filhos por horas infindáveis na
frente de um jogo eletrônico, tem toda razão para se preocupar.
Psiquiatras e psicólogos já colocam o vício em videogames no rol de dependências
comportamentais e a idade média de viciados vem caindo.
“Aquele que foi identificado como dependente, que está perdendo a liberdade, que está
se prejudicando por causa do videogame, precisa ser tratado. Torna-se indispensável
um processo de psicoterapia que ajude essa pessoa a compreender de que forma seu
comportamento foi adquirindo tais características.” É o que afirma o Psiquiatra Vieira
Júnior, responsável pelo Ambulatório de Dependências Não-químicas do Proad
(Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, da Universidade Federal de
São Paulo). “Com o tempo, ela vai abandonando atividades como estudar, dormir e,
em casos extremos, alimentar-se”, continua.
Os jovens estão perdendo a noção do real
Afirma a revista Galileu que de acordo com estudo da Universidade de Estocolmo, os
viciados podem atuar na vida real como se estivessem dentro de um jogo eletrônico,
algo chamado de “Fenômeno de Transferência de Jogo”. Alguns entrevistados apertam
botões imaginários e vêem “caixas de energia” na cabeça das pessoas. E a metade deles
afirmam que tentam utilizar mecanismos de jogos na solução de problemas.
Já o pesquisador inglês Steve Pope afirma que “gastar duas horas diárias em um jogo é
o mesmo que cheirar cocaína no ápice de sua produção. Esse tipo de vício é que mais
rapidamente cresce no nosso país e está afetando os mais jovens mentalmente.”
E a Veja mostra um estudo realizado em Singapura, onde 9% dos adolescentes foram
considerados jogadores patológicos, com mais de 30 horas de jogos por semana. Um
dos pesquisadores, Douglas Gentile, afirma que os viciados têm maiores possibilidades
de terem depressão, fobias sociais e ansiedade.
Na Coréia um homem morreu após jogar mais de 50 horas
Em 2005 um sul-coreano de 28 anos morreu de parada cardíaca por exaustão, ao ficar
mais de 50 horas jogando. Ele tinha inclusive abandonado o emprego para poder jogar
mais.
No mundo já existem diversas clínicas especializadas nesse vício. No Brasil há um setor
da Santa Casa (RJ) e do Hospital das Clínicas (SP) que tratam dos dependentes.
O caro leitor talvez pensa que eu esteja exagerando? Um dos artigos que consultei
indicava um link para um vídeo de um menino viciado que foi impedido de jogar. Veja
sua reação! E tire suas conlusões…