fevereiro de 2012

Transcrição

fevereiro de 2012
Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 - Ano XXIII N. 516
Iniciação científica
PUC estimula pesquisa entre
acadêmicos e docentes
A participação em programas de iniciação
científica e tecnológica é a primeira oportunidade para que futuros pesquisadores possam
vivenciar a prática investigativa. Com o intuito
de orientar e informar acadêmicos e docentes, a
Pró-Reitoria de Pós-Graudação e Pesquisa (Pro-
pe) preparou um workshop sobre o assunto,
que visa a preparação para abertura de editais
para bolsas em março. Em entrevista, a coordenadora de Pesquisa da universidade, profa.
Maria José Viana, fala sobre atitude científica e
articulação com as várias áreas. Páginas 6 e 7
Acadêmicos aprovam
assistência estudantil
Pesquisa realizada pela Coordenação de Assuntos Estudantis
(CAE) da PUC Goiás, unidade ligada à Pró-Reitoria de Extensão
e Apoio Estudantil (Proex) revela
que 92,3% dos estudantes consideram que os programas oferecidos contribuem para o acesso à
universidade. Confira os programas desenvolvidos pelo setor na
PUC. Página 9
Fraternidade e Saúde
Pública na PUC Goiás
Memorial do Cerrado
O lugar onde a cultura e o
lazer se encontram na PUC
Com vários ambientes de visitação, museus, réplicas de vila, fazenda e quilombo, o
Memorial do Cerrado (foto) é o lugar ideal
para quem quer conhecer um pouco mais
da história da relação entre homem e natureza, em momentos de lazer. Página 12
Com o objetivo de discutir a
saúde pública no Brasil, foi lançada, no dia 22, na Santa Casa de
Misericórdia de Goiânia (foto), e
no dia 23, na PUC, a Campanha
da Fraternidade 2012 com o tema
Fraternidade e Saúde Pública,
tendo como lema “Que a saúdese difunda sobre a terra” (cf. Eclo
38,8). Página 10
PUC participa do lançamento de
novos editais de pesquisa. (Página 4)
Reitor profere palestra em Araçatuba (Página 4)
Artigo do prof. Altair Sales Barbosa. (Página 8)
Prof. Bertazzo é personagem do Família PUC. (Página 10)
Confira a programação de atividades e eventos. (Página 11)
Escola de Circo vivencia a magia do Cirque du Soleil
Crianças e educadores da Escola de
Circo Dom Fernando
assitiram, em Brasília, a pré-estreia do
espetáculo Varekai,
do Cirque du Soleil
(foto). A Escola de
Circo da PUC Goiás
e o Circo Laheto, que
também conferiu o
espetáculo, ganharam, cada uma, 100
ingressos para a
sessão do dia 16 de
março. Página 3
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Carta do Reitor
Leitura e aprendizado
Recentemente foi apresentado
à imprensa dados preocupantes
quanto à formação dos estudantes
do ensino médio em Goiás, segundo pesquisa realizada em 2009: 8,9%
apresentaram aprendizagem mínima
esperada para a disciplina de Matemática e 27% para Língua Portuguesa. Esses dados foram obtidos com
o cruzamento de informações coletadas pelo sistema de avaliação do
ensino médio: Prova ABC, Prova Brasil e Saeb (Sistema de
Avaliação da Educação Básica). Tais dados foram incluídos
no Relatório do movimento Todos pela Educação.
Educadores-pesquisadores, como Arouca e Pellegrini
no Brasil, mas também outros em território norte-americano, como Chamblee e Huffman, demonstraram que os
alunos com maiores dificuldades são aqueles que tiveram
pouca ou nenhuma experiência agradável no campo da leitura ou que a encararam de modo relutante. Não haverá
conhecimento verdadeiramente sedimentado sem o esforço diuturno e prazeroso da leitura e o treino da redação
própria.
Aqui, na PUC Goiás, pelo projeto educativo que realizamos nos nossos cursos, vamos valorizar sempre mais a
profunda e direta comunicação com o estudante, uma relação de proximidade educativa entre professor e aluno,
sobretudo com aqueles que revelam maiores carências de
formação básica.
Além de todo o acompanhamento individual que já
se consegue realizar nos nossos cursos, com o esforço da
grande maioria dos professores, que deve ser potencializado e acrescido de novas iniciativas, destacamos que o
Programa de Acompanhamento Acadêmico (Proa), em
fase de implantação operacional, com certeza poderá se
tornar, num futuro breve, um espaço decisivo de efetivo
acompanhamento e de presença ainda mais consequente
no processo educativo e no desenvolvimento pessoal de
cada acadêmico e acadêmica. O teor do programa foi apresentado, durante a 30ª Semana de Integração Pedagógica
e Planejamento, no documento Acompanhamento Pessoal
ao Aluno: práticas pedagógicas inovadoras na PUC Goiás.
Desejamos que esta edição do Folha PUC, que está em
suas mãos, possa contribuir para estimular sua disposição
à leitura da realidade em que você está inserido (a), de
forma a conhecer melhor esta grande comunidade acadêmica, que acompanha com carinho e atenção seus passos
rumo ao desenvolvimento pleno de suas grandes potencialidades.
Professor Wolmir Amado
Reitor da PUC Goiás
Expediente
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Folha PUC 516 - 2
Instituição juridicamente mantida
pela Sociedade Goiana de Cultura - SGC
Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010
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Redação: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP), Carla Lacerda (DF n. 3501 JP)
e Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP)
Edição: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP)
Diagramação: Adriano Abreu
Reportagem Fotográfica: Wagmar Alves e Weslley Cruz
Impressão: Gráfica da PUC Goiás
Aconteceu na PUC Goiás
Escola de Circo
Diretor de teatro mexicano ministra
oficina de mímica na CAC
Uma viagem mágica pelo
mundo do Cirque du Soleil
Folha PUC 516 - 3
“ Do começo ao fim foi maravilhoso e o que
marcou foi o trabalho em equipe. O circo social traz a proposta de um trabalho coletivo
e queremos sensibilizar nossas crianças para
isso. O circo é colorido, mas, como na vida,
às vezes é preto e branco, pois os artistas
erram. Erram, mas não desistem. Um ajuda
o outro e, assim, continua o espetáculo. Isso
nos torna pessoas bem melhores”.
Ricardo Leal Velasco falou sobre influências das artes na Mima Corporal
Mima Corporal foi o tema da
oficina ministrada pelo renomado
diretor de teatro mexicano, Ricardo Leal Velasco, entre os dias 13 e
15 de fevereiro, na sala de teatro
da Coordenação de Arte e Cultura, ligada à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil da PUC
Goiás. A oficina Mima Corporal,
oferecida gratuitamente, é fruto
de uma parceria com a Universidade de Querétaro, do México, da
qual Ricardo é professor.
Ele veio a Goiânia a convite
do ator Bruno Peixoto e do Teatro
GTI, para dirigir o espetáculo Reticências, baseado na obra Longa
Jornada Noite Adentro, de Eugênio O’Neill, com patrocínio da
Belcar Caminhões e Lei Goyases
do Governo Estadual.
O diretor assinala que a Mima
corporal recebe influência de todas as artes, mas duas delas combinam melhor as referências do
tempo e do espaço, a dança do
corpo com a música e a mimética
do corpo com as palavras, a literatura, em especial a dramática. “O
gênero mimético é um estudo do
uso do corpo articulado pelo efeito interno e externo das palavras,
do pensamento que leva à ação”,
explicou.
Estudantes são acolhidos
com missa no início do semestre
Duas celebrações, realizadas
no domingo, 12, acolheram os
antigos e novos estudantes neste início de semestre. A Paróquia
Universitária São João Evangelista, localizada na Área 2 da PUC
Goiás, realizou missa, presidida
pelo bispo auxiliar de Goiânia,
dom Waldemar Passini Dalbello,
para receber os estudantes da
PUC e seus familiares.
No mesmo dia, na Catedral
Metropolitana, dom Washington
Cruz, arcebispo metropolitano,
Fábio Nunes, arte-educador da
Escola de Circo Dom Fernando
presisidiu celebração para marcar o início do ano letivo a todos
os estudantes. Todos foram convidados a levar seus materiais
escolares, pedido atendido por
dezenas de estudantes de todas
as idades, principalmente crianças, que compareceram uniformizadas.
Ao final da missa, dom Washington Cruz concedeu a já tradicional Benção das Mochilas,
como ocorre a cada início de semestre letivo.
ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS
GRÃO-CHANCELER:
PRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Dom Washington Cruz, CP
Profa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira Neto
REITOR
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
Prof. Wolmir Therezio Amado
Prof. Daniel Rodrigues Barbosa
VICE-REITORA
PRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO
Profa. Olga Izilda Ronchi
Prof. Eduardo Rodrigues da Silva
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO
PRÓ-REITOR DE SAÚDE
Profa. Sônia Margarida Gomes Sousa
Prof. Sérgio Antônio Machado
PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTIL
Profa. Márcia de Alencar Santana
CHEFE DE GABINETE
PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
Prof. Lorenzo Lago
Profa. Sandra de Faria
Trechos do espetáculo Varekai
Arte-educador da Escola de Circo do IDF
Artistas em acrobacia
“Lá a gente ensina a ser um pelo outro. Nossa
preocupação não é formar palhaço, mas cidadãos”.
Alunos da Escola de Circo Dom Fernando que viajaram a Brasília
Brasília, madrugada de quinta-feira, 23, fim de espetáculo.
Olhinhos brilhantes, comentários
empolgados e alegria por toda
parte apesar dos quilômetros
que viriam pela frente no retorno à Goiânia. A delegação de 190
pessoas, incluindo crianças, arte-educadores e funcionários da
Escola de Circo Dom Fernando,
vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex)
da PUC Goiás, estava em festa.
Empolgação era eufemismo. E,
assim, um sonho coletivo foi realizado: as crianças assistiram,
gratuitamente (ao vivo em cores,
com direito à refrigerante e muita
pipoca), o espetáculo Varekai, do
Cirque Du Solei, que realiza turnê
na capital federal.
Momentos que serão lembrados pelos pequenos e pelos grandes que, durante mais de duas
horas de espetáculo, se depararam com um mundo mágico no
qual o lúdico era uma ferramenta pra fazer da alegria um elo de
cooperação entre os seres humanos. Havia duas mil pessoas na
plateia: crianças, jovens, adultos
e arte-educadores de várias instituições. Entre elas estavam a Escola de Circo Dom Fernando e o
Circo Lahetô, de Goiânia.
As crianças de ambas as escolas, além de terem assistido ao espetáculo gratuitamente, também
ganharam mais dois presentes:
receberam uma cota de 100 ingressos para venda do espetáculo
Varekai, para sessão do dia 16 de
março, em Brasília. Do montante, 70% dos recursos arrecadados
serão destinados às escolas e 30%
para a Rede Circo Mundo-Brasil,
da qual o Cirque du Soleil é associado. E, com a colaboração
dos artistas goianos Ebert Calaça,
Mateus Dutra e Ronan Marcelino,
pintaram um painel de grafite,
composto por três telas, que ficará exposto durante toda a turnê
do Cirque du Soleil, na capital
federal, e depois será leiloado,
com a renda também destinada
às escolas.
“O Cirque du Soleil trabalha
na requalificação da arte circense no mundo. O circo é qualifi-
Keillia Maria, estagiária do curso de Serviço Social da PUC Goiás
cado como um instrumento de
inserção social e isso coincide
com a missão da Escola de Circo Dom Fernando: o circo é mais
do que um espaço lúdico e de
aprendizagem, é uma forma de
se exercer a cidadania”, pontuou a pró-reitora de Extensão
e Apoio Estudantil, Márcia de
Alencar Santana. “É a primeira
vez que a Escola de Circo é contemplada com um projeto dessa
magnitude e é um momento be-
líssimo que encanta, enriquece e
traz, para essas crianças, novas
possibilidades de criação”, complementou o diretor do Instituto
Dom Fernando, Valterci Vieira.
E como adiantou a coordenadora da Escola, Marize Domiciano
Almeida Braga (chamada carinhosamente de Tia Marize pelas
crianças), um sonho coletivo estava prestes a ser realizado. Não
só dos pequenos, mas dos grandinhos também.
E a alegria se fez presente...
Empolgação foi o que não faltou à meninada na ida e na volta da
viagem a Brasília. A expectativa na ida e a satisfação na volta, não importa. As crianças queriam falar, muitas com bastante disposição para
dar depoimentos.
Gustavo Bento, 10 anos
- Tia, você quer me entrevistar?
- Mas é claro, o que você achou do espetáculo, mocinho?
-Ah, bom demais da conta, eu fiquei bem alegre!
Talita Alves, 12 anos
- O que mais te emocionou no espetáculo, Talita?
- A alegria dos artistas em compartilhar alegria conosco, tia.
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Fomento à pesquisa
PUC participa de lançamento de novos editais
distintos dividiram a
atenção dos presentes
no auditório Mauro
Borges: o anúncio de
mais dois editais pela
Fapeg – o de Bolsas
de Mestrado e Doutorado e o do Programa
de Desenvolvimento
Científico
Regional
(DCR); a entrega dos
contratos e da subvenção
econômica
aos 45 empresários
contemplados
no
Pappe-Integração; a
disponibilização dos
cartões bancários BB
Governador Marconi Perillo cumprimenta reitor em lançamentos de editais de pesquisa
Pesquisa a todos os
beneficiados nos diO reitor Wolmir Amado, a ção de Amparo à Pesquisa do ferentes programas executados
pró-reitora de Pós-Graduação Estado de Goiás (Fapeg), no em 2011; e o lançamento do Mae Pesquisa, Sandra de Faria, a Palácio Pedro Ludovico Teixei- nual de Aplicação de Recursos e
coordenadora do Programa de ra, no dia 7 de fevereiro, para Prestação de Contas, destinado a
Pós-Graduação Stricto Sensu, o lançamento de novos editais pesquisadores e instituições de
Ana Christina Sanches, além de fomento à pesquisa em Goi- pesquisa.
de vários professores da PUC ás, em evento presidido pelo
“Participamos hoje de um
Goiás, participaram de soleni- governador Marconi Perillo.
momento histórico para a pesdade promovida pela FundaPelo menos quatro momentos quisa, ciência e tecnologia do
Reitor profere palestra em Araçatuba
No dia 4 de fedigmas das univervereiro, o reitor
sidades na história;
Wolmir
Amado
a Educação Supeproferiu a palestra
rior e as gerações
Educação Superior
x, y e z; Pluralismo
no Brasil: avanços,
das instituições de
desafios e persEnsino
Superior
pectivas, no Cenno Brasil e Avaliatro Universitário
ção da Educação
Católico Salesiano
Superior (Sinaes).
Auxilium (UnisaNa ocasião, o reitor
Reitor Wolmir com padre
lesiano), no munifoi recepcionado e
Luigi Favero, da Unisalesiano
cípio de Araçatuba
presenteado pelo
(SP). O reitor abordou diversos diretor do Unisalesiano, padre
temas, entre eles, Matrizes e Para- Luigi Favero.
Prope reúne coordenadores
e vices da Stricto Sensu
letivo; o calendário
de coleta da Capes;
editais da Fapeg,
Capes e CNPq; programas de iniciação científica, entre
outros informes. A
reunião, presidida
pela pró-reitora da
Reunião discutiu planejamento do semestre
Prope, professora
A Pró-Reitoria de Pós-Gradu- Sandra de Faria e pela coordeação e Pesquisa da PUC Goiás nadora do PGSS, professora Ana
(Prope) reuniu, no dia 8 de feve- Christina Sanches, contou com
reiro, os coordenadores e vice-co- a participação de representantes
ordenadores da Pós-Graduação da Câmara de Pós-Graduação
Stricto Sensu (PGSS) para discu- e Pesquisa e coordenadores da
tir o planejamento do semestre Stricto Sensu.
nosso Estado, e também para a
consolidação da Fapeg”, ressaltou o reitor Wolmir Amado, que
compôs a mesa de autoridades
no evento e ainda foi convidado pelo governador a entregar
o cartão BB Pesquisa a um dos
contemplados. Cerca de 25 professores da universidade receberam os cartões, referentes a cinco
editais. Na solenidade, foi lançado o edital de Bolsas de Mestrado e Doutorado, que prevê
investimentos de R$ 4,5 milhões
até 2014. Com 13 programas na
instituição, a PUC Goiás poderá
concorrer a 52 bolsas.
“Esta é uma iniciativa que
fortalece a formação do pesquisador e a produção do conhecimento científico no nosso
Estado”, pontuou a pró-reitora
de Pós-Graduação e Pesquisa,
Sandra de Faria. O outro edital
lançado na solenidade foi o do
Programa de Desenvolvimento
Científico Regional (DCR), que
soma investimentos de R$ 1,2
milhão, também até 2014.
PUC empossa novos coordenadores
de núcleos e centros de pesquisa
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Pesquisa
Fotos: Ruy Bozza
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
O quê que o pequi tem?
nutricionais dos frutos nativos e
desenvolver alternativas alimentares que pudessem introduzir e
enriquecer seus sabores característicos e altos valores nutricionais da culinária tradicional urbana, como estratégia para valorizar
o Cerrado”, explica.
A professora destaca que o
aproveitamento alimentar é importante “porque enriquece a culinária urbana e rural, mantém os
costumes e apresenta formas de
nutrir-se com o fruto”. Uma das
principais vantagens de acrescentar o fruto em preparos já conhecidos é atingir crianças e adultos que
não são muito adeptos. “Quando
a polpa é introduzida em pães,
bolos e outros (32 novas alternativas com o pequi), ele perde aquela
condição de “ficar na memória” e
as pessoas podem degustá-lo com
mais frequência”, assinala.
Um dos frutos regionais mais
populares do Cerrado, o pequi é
conhecido da culinária regional,
pelo sabor e variedade de usos.
Recentemente, suas propriedades nutricionais ganharam maior
destaque, a partir da divulgação
da pesquisa da professora Aparecida de Fátima Oliveira Bozza, do
Instituto do Trópico Subúmido
da PUC Goiás, sobre alternativas
de aproveitamento alimentar de
frutos nativos do nosso bioma.
O assunto já ganhou projeção
em rede nacional em reportagem produzida para o programa Bem Estar, da Rede Globo,
posteriormente
retransmitida
pela TV Anhanguera, afiliada
da emissora carioca; e da rádio
CBN, de Goiânia. A pesquisa,
Alternativas de Aproveitamento
Alimentar com os Frutos Nativos
do Cerrado, tem como estratégia
mostrar alternativas de utilização
dos frutos nativos do bioma, demonstrar o potencial alimentar,
seus valores nutricionais, sua importância na manutenção da vida
e na segurança alimentar dos povos nativos, do homem do campo, urbano e migrantes.
Atualmente, o projeto conta
com 226 alternativas de aproveitamento alimentar com os frutos
nativos do Cerrado e aprovadas
pela comunidade local. De acordo com a professora, a ideia de
desenvolver a pesquisa surgiu
em Jataí, logo após sua chegada
ao município, em 1986, quando
teve contato com a Sociedade
Ecológica do local e passou a conhecer mais sobre o Cerrado.
Naquela época, a pesquisadora conta que percebeu a necessidade de preservar o bioma.
“Decidi pesquisar os valores
Entrevista
Aparecida de Fátima Oliveira Bozza
Petiscos com pequi
Ingredientes
1 vidro de 720ml de polpa de
pequi em tiras em conserva
100 g de queijo fresco ralado
2 ovos inteiros
1 litro de óleo
Modo de fazer
Escorra o pequi e lave em
água corrente para retirar os ingredientes conservantes. Bata
os ovos. Coloque o óleo numa
frigideira e ligue o fogo alto para
aquecê-lo. Passe as tiras de pequi uma a uma no ovo batido, em
seguida no queijo ralado e coloque no óleo quente para fritar.
Quando dourar, estará crocante e cozido internamente.
Retire, escorrendo bem o óleo,
e sirva.
Alternativas alimentares com frutos nativos do Cerrado
Novos coordenadores de Núcleos e Centros de Pesquisas da PUC Goiás
Vinte e um professores da
PUC Goiás receberam, no dia 9
de fevereiro, Atos Próprios Designatórios para a Coordenação
de Núcleos e Centros de Pesquisa da universidade. A cerimônia,
realizada no Plenário da Reitoria, foi conduzida pela pró-reito-
ra de Pós-Graduação e Pesquisa,
Sandra de Faria, e contou ainda
com as participações na mesa da
pró-reitora de Graduação, Sônia Margarida Sousa, e da coordenadora de Pesquisa da PUC,
professora Maria José de Faria
Viana.
Serviço Social foca parcerias internacionais
Empossada diretora do Departamento de Serviço Social, no
último dia 15 de fevereiro, em
solenidade presidida pelo reitor
Wolmir Amado, no Plenário da
Reitoria, a professora Maria da
Conceição Padial Machado estabeleceu, como uma das principais
metas para sua gestão, o investimento na internacionalização do
curso, a partir de parcerias com
instituições de ensino superior de
outros países.
A cerimônia contou com as
presenças da vice-reitora Olga
Ronchi, pró-reitores Daniel Barbosa (Administração), Sandra de
Faria (Pós-Graduação e Pesquisa), Helenisa Maria Gomes de
Oliveira Neto (Desenvolvimento
Institucional), e SôniaMargarida
Sousa (Graduação), além de professores, alunos e funcionários da
universidade.
O pequi é um dos frutos regionais do Cerrado mais conhecidos
e com uso difundido na culinária. Mas vários outros frutos típicos da região também já caíram no gosto popular, são objeto de
estudo e começam a ser utilizados com alternativa de alimenta-
ção, principalmente entre os goianos. É o caso do jatobá, cagaita,
mangaba, araticum, buriti, coquinho jataí e baru, que também
fazer parte da pesquisa da professora Aparecida de Fátima Oliveira Bozza.
O pequi é bem típico do Cerrado e bem comum na culinária goiana. Qual o seu valor nutritivo e como as pessoas podem fazer receitas
saudáveis?
Os frutos do Cerrado, que já ganharam mercado, como é o caso do
pequi, não são baratos. São sazonais e como alguns proprietários de
fazendas ainda não conseguiram agregar valores a eles, muito se perde
no campo. Assim segue-se a lei da oferta e procura: pouco produto gera
preço alto. O pequi é riquíssimo em nutrientes, sendo que 100 gramas
de pequi são capazes de nutrir uma criança em fase de crescimento
por um dia. A amêndoa do pequi também é riquíssima em nutrientes,
muito saborosa e, no entanto, muito pouco utilizada como alternativa
alimentar, assim como as outras amêndoas, ela pode ser utilizada no
nosso dia a dia e ser introduzida para enriquecer os alimentos.
Quais outros frutos do Cerrado também têm alto valor nutricional e podem ser incorporados no dia a dia do goiano?
Todos os frutos nativos dos Cerrados são muito
nutritivos. São riquíssimos principalmente em sais
minerais como o potássio e zinco. As pesquisas
estão crescendo e os resultados estão surgindo
em publicações científicas e até mesmo na mídia em geral. Somente alguns frutos já estão
muito pesquisados, como pequi, o jatobá, a
cagaita, a mangaba, o araticum, o buriti, o
coquinho jataí e o baru. No entanto, mesmo diante de todos os valores nutricionais que agregam, ainda não existe
um mercado formal para eles.
São sazonais e no dia a dia,
fica muito complicado
adquiri-los.
Ensine alguma receita fácil e rápida que tenha como ingrediente
o pequi.
Não existe receita, mas sim alternativa. É aquele bolo tradicional
que você já faz, mas que agora tem o sabor e os valores nutricionais do
fruto. Ou o pão de queijo, que agora tem o sabor do fruto e outras mais,
em que o fruto foi introduzido e o produto final é mais nutritivo e saboroso, pois tem todos os valores nutricionais dos produtos tradicionais e
ainda os do fruto nativo.
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Folha PUC 516 - 6
Iniciação científica
Entrevista
Maria José Viana / Coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás
Pesquisa qualifica docente, aluno e universidade
Pró-reitora Sandra de Faria
A participação em programas de iniciação científica e tecnológica é a primeira
oportunidade para que futuros pesquisadores possam vivenciar a prática investigativa.
Além de ampliar horizontes e gerar possibilidades, a pesquisa qualifica a prática docente, discente e a própria universidade.
No próximo dia 28, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (Prope) realiza um
workshop, cujo principal objetivo é orientar
e informar os acadêmicos sobre os editais de
bolsas de iniciação científica e tecnológica,
que serão abertos a partir de 1º de março.
Os editais para seleção dos Programas
Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica, referentes ao período
08/2012 a 07/2013, serão disponibilizados
na página da PUC Goiás (www.pucgoias.
edu.br/pesquisa). As inscrições estão previstas para o período de 1º a 31 de março
de 2012.
A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC, professora doutora Sandra
de Faria, convida a todos, discentes e docentes, a participar do processo seletivo para a
iniciação científica, desenvolvido pela PUC
em parceria com o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) e com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Nosso principal objetivo é qualificar a
pesquisa na graduação e promover a iniciação dos nossos estudantes nessa tão exigente e necessária tarefa de apoiar o desenvolvimento econômico, social, cultural e
tecnológico de um País”, frisa a pró-reitora.
Modalidades de seleção
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Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/CNPq)
Programa Institucional de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti/CNPq)
Programa Interno de Bolsas de Iniciação Científica BIC-Prope/PUC Goiás
Programa Institucional de Contrapartida em Atividades de Iniciação Científica – BIC/OVG
Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica
Exigências em relação ao projeto de pesquisa do docente
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Estar cadastrado e em andamento no SIGEP/PUC Goiás
Ter data de encerramento posterior a 31/07/2013
Adotar uma metodologia cujo objeto incorpore o Plano de Trabalho do aluno
Se foi submetido ao CEP, deve estar com aprovação emitida pelo Comitê de Ética em Pesquisa
Prazo para entrega
do Siregis foi prorrogado
até 12 de março
A Coordenação de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
(Prope) prorrogou, até 12 de março, o
prazo para a devolução do Sistema de
Registro das Unidades de Pesquisa da
PUC Goiás (Siregis), com preenchimento dos dados e informações específicas, pelas Unidades de Pesquisa da
universidade.
Professor italiano ministra
curso na PUC Goiás
O Núcleo de Estudos Avançados em Religião e Globalização (Nearg) e o Programa
de Pós-Graduação em Ciências da Religião
da PUC Goiás promovem, entre os dias 29 de
fevereiro e 2 de março, a partir das 8h30, o
curso intensivo Sociologia do Islã, a ser ministrado pelo professor Enzo Pace, da Universidade de Pádua, Itália. O local será o
Auditório do Básico, na Área 2, ao lado da
Paróquia Universitária. Inscrições e informações pelo e-mail [email protected] e telefones 3946-1673 e 3946-1642.
Workshop esclarece dúvidas
sobre iniciação científica
Com o objetivo de esclarecer as dúvidas dos acadêmicos sobre funcionamento
e inscrições nos programas de iniciação
científica e tecnológica, a Prope realiza,
no dia 28 de fevereiro, no Auditório da
Área 4, nos turnos matutino e noturno, o
Workshop – Como Participar?
Especializações com
inscrições abertas
A PUC Goiás está com oito cursos de especialização com inscrições
abertas, são eles: Citopatologia Ginecológica, Comunicação e Multimídia,
Direito Civil e Processo Civil, Direito
e Consultoria Empresarial, Direito e
Processo Tributário, Educação Matemática, Reprodução Humana e Sociologia e Letramento. Mais informações:
3946-1901/1902.
Folha PUC 516 - 7
Atitude Científica e articulação
ensino, pesquisa e extensão
nos processos investigativos
Em entrevista ao Folha PUC, a coordenadora de Pesquisa
da PUC Goiás, professora doutora Maria José Viana, fala
sobre a importância da pesquisa para formação do aluno e
desenvolvimento do professor e dos programas de iniciação
científica e tecnológica disponíveis.
Maria José Viana, Coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás
Como a Coordenação de Pesquisa avalia a
inserção da PUC Goiás nos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica?
Essa inserção é extremamente relevante
uma vez que, do ponto de vista pedagógico, os
programas de Iniciação Científica e Tecnológica criam as condições reais e objetivas para os
estudantes vivenciarem sua primeira experiência como futuros pesquisadores. Outro aspecto importante a destacar é que, para a grande
maioria, essa experiência ocorre por meio de
processos investigativos de natureza interdisciplinar, cuja produção é conduzida de forma colegiada. Nesse processo, ganha real significado
para o aluno a articulação entre pesquisa, ensino (graduação e pós-graduação) e extensão,
considerando, que os programas de Iniciação
Científica e Tecnológica respondem por uma
política de valorização da pesquisa na graduação de forma substantiva.
A pesquisa desenvolvida por meio dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica,
além de oportunizar uma competência própria
e uma habilitação específica, produz demanda
qualificada para a pós-graduação (lato e stricto sensu). Também imprime caráter peculiar à
produção do conhecimento e à formação integral dos alunos, ao possibilitar sua primeira interação e articulação com as agências reguladoras e /ou com os órgãos de fomento à pesquisa
(Capes/MEC, CNPq/MCT, e outros), além de
dinamizar sua relação com as distintas áreas do
conhecimento.
Como é feito o acompanhamento dos participantes desse tipo de programa?
Do ponto de vista institucional, no decorrer da vivência dessa experiência (execução do
Plano de Trabalho em 12 meses), a Coordenação de Pesquisa/Prope acompanha a mobilidade de alguns alunos, resultante de contingências de sua vida acadêmica (inserção no
mercado de trabalho, e outras). Conta, ainda,
com a assessoria dos Comitês Internos da PUC
Goiás: Comitê de Apoio à Pesquisa (COAP),
Comitê de Iniciação Científica e Tecnológica,
como também do Comitê Externo (ad hoc). Esses comitês analisam e classificam a pertinência e relevância dos Planos de Trabalho, com
rigor e cientificidade. Importante ressaltar que
“...solicitamos o apoio
e o empenho de todos e
todas no sentido de
ressignificar a ação
investigadora, refletindo
sobre o papel da pesquisa
na formação integral de
nossos alunos e alunas.”
a proximidade da Universidade com a pesquisa começou com sua adesão aos Programas
de Iniciação Científica e Tecnológica nos anos
1990, quando se iniciou sua interlocução com
os órgãos de fomento à pesquisa. Atualmente o
conjunto de ações, procedimentos e estratégias
de aperfeiçoamento implementados têm possibilitado maior incremento à gestão dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica, mudando, o cenário da pesquisa na PUC Goiás ao
marcar, gradativamente, sua identidade como
comunidade científica.
O que é essencial na relação aluno/professor e qual tem sido o maior desafio?
Atualmente, um dos desafios na condução
dos processos de Iniciação Científica e Tecnológica (inscrição, seleção e classificação dos
Planos de Trabalho) tem sido o necessário
aperfeiçoamento das distintas metodologias
que orientam as investigações científicas na
PUC Goiás, de forma contínua, em razão da
diversidade de objetos e temáticas abordados
por distintas áreas do conhecimento. Compete
à comunidade científica indagar: quais indicadores promovem, de fato, a formação científica
de futuros pesquisadores, de forma a produzir
no educando atitude científica de compromisso
com a Ciência.
Outro desafio está na implementação de
ações que de fato promovam avanços no campo da economia do conhecimento científico. A
Prope/CP entende que a efetiva participação
do professor e do aluno nas etapas desse processo deve ocorrer mediante o estabelecimento
de uma relação dialógica e de reciprocidade o
que, certamente, imprime rigor, visibilidade e
transparência à investigação, tornando-a diferenciada, além de qualificar os níveis de produtividade do professor, do aluno e da PUC
Goiás.
A seu ver, em que bases deve ocorrer essa
relação de reciprocidade entre professor e aluno nos processos de iniciação científica e tecnológica?
Sabe-se que, como educador, compete especialmente ao pesquisador despertar o espírito
investigativo em seus educandos incentivando-os a produzir um conhecimento teórico-prático, validado empiricamente, conforme as
exigências e especificidades de cada área do
conhecimento. Da orientação individual, realizada pelo docente, espera-se a sistematização
e organização de um conhecimento (que está
disperso), de forma científica e estruturada.
Como educando, compete ao aluno a administração e valorização de sua formação pessoal e
profissional, cuidando de sua vida acadêmica
nesse curto tempo que passa pela universidade. Torna-se mister no desenvolvimento de
competências e de habilidades específicas na
vivência de uma cultura acadêmica da forma,
mais abrangente e qualificada possível.
Alguma consideração a mais nesse início
de semestre letivo?
Nesse início de semestre letivo (2012/1),
no contexto de mobilização e sensibilização
docente e discente em relação aos alunos processos de Iniciação Científica e Tecnológica, a
Prope/CP solicita o apoio e o empenho de todos e todas no sentido de ressignificar a ação
investigadora, refletindo sobre o papel da pesquisa na formação integral de nossos alunos
e alunas. Há que se acreditar na possibilidade
de adoção de uma sistemática de acompanhamento pessoal que promova competências inovadoras, de forma colegiada e interdisciplinar,
articulando a pesquisa ao ensino e à extensão.
Na PUC Goiás, a legitimidade da produção de
conhecimento por meio da prática da pesquisa
tem ganho, gradativamente, e de forma quanti-qualitativa, a adesão e o reconhecimento dos
atores institucionais diretamente envolvidos.
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Folha PUC 516 - 8
Assistência Estudantil
Artigo
Peregrinos do alvorecer
Se nós, conhecidos como a parte indígena do
povo brasileiro e que já ocupamos densamente o
Centro-Oeste deste País, fôssemos narrar nossa história, provavelmente faríamos de uma forma semelhante a esta que se segue:
Somos os Peregrinos do Alvorecer, os primeiros seres humanos a chegarem ao centro desta nação, hoje conhecida como Brasil.
Chegamos aqui por volta de 12 mil anos atrás.
O lugar era tão bonito que se assemelhava a um paraíso, por isso, o denominamos Jardins das Plantas
Tortas.
Diz uma lenda do nosso povo que nestas terras
viveríamos felizes por muitas e incontáveis luas,
por muitos e incontáveis sóis e que vivenciaríamos
tantos períodos chuvosos, que nossas pedrinhas
de contar seriam quase que insuficientes, até o dia
em que os nossos descendentes ouviriam o canto
da Juriti Pepena, vindo direto de uma touceira de
tajás, uma ave invisível que ao piar traria má sorte
e desgraça para todos nós e poderia acabar com a
nossa felicidade.
Isto já aconteceu, Juriti Pepena piou. E, foi há
bem pouco tempo!
Hoje, flutuamos sem rumo numa terra muito
estranha.
Ainda ontem, chegou até nós uma notícia triste.
Diz esta que Djahí, um jovem guerreiro, cuja aldeia
se situa nas cabeceiras do rio Jamari, teve um pesadelo que acordou todo o seu povo. Indagado sobre
o que sonhara, disse que no meio da noite por três
vezes, ouviu o piar da Juriti Pepena.
Esperamos que seja apenas um sonho!
Os primeiros capítulos da nossa história, felizmente, estão sendo escritos pelos antropólogos. Estes profissionais descrevem como era o Jardim das
Plantas Tortas, e como nele vivíamos, no tempo em
que nossos ancestrais chegaram por aqui. É claro
que para esta função, baseiam naquilo que chamam evidências.
Na visão, dos antropólogos evolucionistas, o final da historia já se esboça, mas ainda não se sabe
onde a estrada do tempo e da evolução a conduzirá. Como os próprios evolucionistas afirmam, a
evolução de vez em quando reserva surpresas.
Um pouco da narrativa antropológica
Esta é uma faceta da história do povoamento
humano no centro da América do Sul tem início
por volta de 12 mil anos antes do presente.
Naquele tempo, muitas paisagens, que hoje
caracterizam o continente Americano e a América
do Sul em particular, ainda não existiam da forma
como se nos apresenta atualmente.
O Planeta Terra estava vivendo o final da glaciação Pleistocênica. Havia muita turbulência, as
correntes oceânicas possuíam outros limites de
abrangência, que refletiam de forma decisiva nas
correntes atmosféricas, que aos poucos foram mo-
Folha PUC 516 - 9
Uma reflexão entre o êmico e o
ético para a Antropologia
começar o semestre
delando as paisagens continentais, distribuindo
modelos climáticos pelos cantos do continente,
consolidando alguns biomas e modificando drasticamente outros. Era a aurora de uma nova época
geológica, conhecida atualmente como Holoceno.
O Planeta estava se aquecendo, em relação ao Pleistoceno. As geleiras do Ártico despencavam em blocos, sobre o mar ou provocavam imensas erosões,
no interior dos continentes, pelas correntes das
águas derretidas. O nível do mar estava subindo e
tomando lentamente as partes expostas das áreas
que hoje constituem uma parcela da plataforma
continental. A lenta subida do nível das águas oceânicas trazia como uma das consequências o represamento dos cursos d’águas interiores. Com isto, a
mecânica dos rios foi mudando, transformando os
cursos d’águas para menos velozes e mais largos,
brindando oportunidades para a formação de planícies de inundação e lagoas laterais. A temperatura era mais baixa que os padrões atuais e os ventos
de junho e julho provocariam as friagens nos vales
enfurnados, um fenômeno tão forte que trazia muitas mudanças de comportamento da fauna nativa.
Por falar em fauna nativa, naquela época ainda existiam nos chapadões centrais da América do
Sul os elefantes, conhecidos como Haplomastodon,
preguiças gigantes, conhecidas como Eremotherium, tatus gigantes, conhecidos como Gliptodontes e tantos outros gigantes que compunham a
mega-fauna da América do Sul. Perseguindo estes
animais, havia um grande predador, oriundo da
América do Norte, conhecido pelo nome popular
de Tigre-Dentes-de-Sabre, grande felino do gênero
Smilodon. Ao lado desses animais uma fauna variada de médio e pequeno porte, partilhava seus
nichos e ecossistemas. Alguns destes animais conseguiram sobreviver até os dias atuais. O Cerrado
com os seus diversos ambientes, também já existia
em toda sua plenitude e servia de acolhida, como
uma manjedoura de palha, para toda diversidade
de fauna, desde os mamíferos até os pequenos insetos polinizadores.
Foi neste cenário, que os primeiros seres humanos chegaram ao interior da América do Sul.
Tratava-se de um grupo pequeno, composto de
quatro a cinco famílias nucleares, tendo ao todo dezoito a vinte pessoas, incluindo crianças. Pelo que
se conhece a cerca do comportamento de grupos
caçadores e coletores, essa população chegou ao alvorecer, certamente veio verediando pelo alcantilado de alguma serra, atraídos pelo aroma adocicado
dos cajuis. A época corresponderia ao calendário
atual, o que deveria ser final de setembro. Quando
a luminosidade do sol descortinou um longínquo
horizonte, a visão de uma interminável campinarana deve ter extasiado todo grupo. À medida que o
clarear se intensificava, as gotículas de orvalho nas
folhas dos capins nativos imitavam o faiscar de diamantes brutos no fundo da bateia.
O sol escalava rápido aquele céu azulado e uma
brisa temperada, tal qual um manto de algodão,
cobria de calor aqueles corpos maquiados com cinzas. Enquanto o dia avançava, aquela gente pôde
enxergar um pequeno córrego de águas limpas,
ao longe, se descortinavam as brumas brancas de
uma pequena cachoeira, bem próximo, uma lagoa
e mais distante um rio de águas correntes pareciam
indicar que ainda existiam caminhos. A claridade
foi-se evidenciando e, à medida que o fato se concretizava, animais de hábitos herbívoros se aglomeravam para deliciarem o gosto meio adocicado dos
brotos novos das gramíneas que surgiam como um
tapete esverdeado no solo escuro, ainda chamus-
cado pela última queimada. Ali também estavam
animais insetívoros que se banqueteavam ao redor
dos cupinzeiros. Ao largo, na espreita, estavam camuflados os carnívoros, esperando um vacilo da
presa predileta.
Aqueles humanos estavam deslumbrados diante de tal abundância. Ao estenderem os olhares
para mais adiante, avistaram a testa esbranquiçada
de um paredão de arenito. A intuição os conduziu
ao local. Ali encontraram vários abrigos naturais,
nos taludes destes, sempre havia uma mina d’água.
Talvez, o sonho do Paraíso estivesse naquele
momento se realizando.
A tarde trouxe uma revoada de mariposas e tanajuras, para a festa de muitas aves.
Os homens daquele grupo acamparam no abrigo, providenciaram uma fogueira, reconheceram
melhor o ambiente, escolheram locais mais protegidos para as crianças e se distribuíram por locais,
conforme suas conveniências. Ali permaneceram
por séculos.
Nos campos havia abundância de caça, ora
mais, ora menos concentrada, de acordo com a
época do ano.
Nos ribeirões, e nas lagoas, havia muitos peixes.
Nas vastidões dos campos, cerrados e cerradões
havia em cada época específica, uma variedade de
frutos comestíveis. Também existia uma profusão
de meliponíneas, abelhas nativas, sem ferrão, que
recheavam as cavidades dos paredões de rochas,
das árvores ou do solo, com seus deliciosos potes
de mel.
Assim, esses povoadores pioneiros tinham à
sua disposição proteínas animais, vitaminas diversas, oriundas dos variados frutos e açúcares provenientes da coleta do mel silvestre. Sua dieta ainda
era complementada pela cata de ovos e consumo
de alguns insetos, ou larvas destes.
A fertilidade da sobrevivência era complementada com espécies lenhosas para as fogueiras e com
uma variedade de matéria prima mineral, que utilizavam para fabricarem instrumentos.
Não se sabe ao certo, se esses Peregrinos usavam algum tipo de vestimenta. Entretanto, como
naquela época, o clima era ligeiramente mais frio
que o atual, é de se supor que algum agasalho confeccionado a partir de couro de cervídeos, servia-lhe de proteção contra as friagens. Além do mais,
no seu grande arsenal de ferramentas de pedras
mais bem trabalhadas, ressalta a presença maciça
de raspadores, encontrados com marcas de sangue,
sugerindo uma associação com o preparo do couro,
além de furadores e agulhas de ossos.
O ambiente, embora apresentasse temperaturas
um pouco mais baixas que os padrões atuais, não
se caracterizava por excessos, nem frio, nem calor
muito intensos, a não ser em poucos dias do ano.
As chuvas se distribuíam dentro dos parâmetros
atuais. Os estudos da estratigrafia em abrigos e fora
destes revelam uma estação seca outra chuvosa. O
que se pode concluir dessas inúmeras observações,
é que os efeitos do final da era glacial, tão marcante
noutras partes do planeta, não chegaram a causar
modificações bruscas nos chapadões do centro da
América do Sul, ocupados pelas vastidões de variedades de cerrados.
Assim era no princípio!
Dr. Altair Sales Barbosa,
professor titular da Pontifícia
Universidade Católica de Goiás
Acadêmicos aprovam iniciativas
“Avalio como sendo uma
boa política, que atende
bem as necessidades
dos alunos. Em minha
opinião, a CAE, após a
reforma estrutural, voltou
melhor ainda, tanto na
prestação de serviços
como na comodidade
oferecida aos alunos”.
Engenharia Civil, 4º período
Atendimento a estudante, na CAE
Provas foram aplicadas em dezembro de 2011
A Pró-Reitoria de Extensão e
Apoio Estudantil (Proex) da PUC
Goiás, por meio da Coordenação
de Assuntos Estudantis (CAE),
realizou uma pesquisa de satisfação com os alunos que usufruem
dos 16 programas de assistência
estudantil oferecidos pela universidade. Eles responderam um
questionário enviado por email
que buscava avaliar a estrutura,
atendimento e acompanhamento
oferecidos pela CAE.
Apenas em 2011, 10.172 acadêmicos foram contemplados
com algum tipo de benefício
(ver quadro). De acordo com o
coordenador de Assuntos Estudantis, professor Maurílio Félix,
o balanço foi bastante positivo.
“A CAE tem conseguido agendar reuniões para discutir e encontrar soluções para os desafios
que se fazem constantemente
frequentes. Todas as unidades
acadêmico-administrativas são
envolvidas e contribuem de forma direta ou indireta para a concretização dos objetivos comuns
e essa parceria tem se dado de
forma tranquila”, avalia.
Um dos aspectos levantados
pelos acadêmicos refere-se à reforma e readequação do espaço
físico da CAE, fato que possibilitou melhoria no atendimento e conforto aos estudantes. A
Coordenação mantém diversos
programas de bolsas e financiamentos que objetivam contribuir
para o acesso e permanência dos
estudantes, bem como a qualificação da vida acadêmica e formação integral. Os programas
fazem intervenção direta com as
comunidades discente, docente, administrativa e organismos
externos, tanto governamentais
como não governamentais.
Novas metas também foram
traçadas a partir dos comentários
e avaliações feitas pelos alunos,
entre elas: aprimorar o acompanhamento acadêmico dos bolsistas do Vestibular Social, OVG e
Fies; promover encontros e reuniões semestrais com as unidades acadêmico-administrativas
que fazem interface com os programas desenvolvidos pela CAE;
promover maior aproximação e
inserção do Programa de Qualidade de Vida Acadêmica com os
Programas de Apoio Estudantil
desenvolvidos pela Pró-Reitoria
de Graduação, como acessibilidade, cursos online e Programa
de Orientação ao Aluno.
Inscrições para oficinas da
CAC continuam abertas
Profa. Sandra representa a PUC na Conferência Regional de Meio Ambiente
Estão abertas, até 2 de março,
as inscrições para oficinas oferecidas pela Coordenação de Arte
e Cultura da PUC Goiás (CAC/
Proex), nas áreas de fotografia,
cinema, arte aplicada, desenho e
pintura, dança, coral e teatro. A
taxa de inscrição é de R$ 20,00
e os cursos têm duração de um
semestre. Informações: 39461619/3946-1620.
92,3%
dos estudantes consideram que os benefícios oferecidos
contribuem para o acesso à universidade.
Programas de Assistência Estudantil oferecidos
Programa de Bolsas
- Bolsa de Incentivo à Cultura
- Bolsa Monitoria
- Bolsa Prouni
- Bolsa Social
- Bolsa Vestibular Social
- Bolsa Empresa
- Bolsa Prefeitura Municipal
- Bolsa Universitária (OVG)
Programa de Financiamentos
- Crédito Educativo da PUC Goiás (Fundaplub)
- Financiamento Estudantil (Fies)
Programa de Egressos
Programa Moradia Estudantil
- Casa de Estudantes Universitários
Programa Movimento Estudantil
- Diretório Central dos Estudantes (DCE e Centros Acadêmicos)
- Associações Atléticas
Programa Qualidade de Vida Acadêmica
- Grupos de Desenvolvimento de Habilidades Sociais
- Oficinas Temáticas
- Orientação e Apoio Psicológico Individual
- Orientação aos Pais
A pró-reitora de Pós-Graduação e
Pesquisa da PUC Goiás, Sandra de Faria,
representou o reitor Wolmir Amado na
solenidade de abertura (foto) da última
Conferência Regional de Meio Ambiente,
realizada na manhã do dia 9 de fevereiro,
na sede da Federação das Indústrias do
Estado de Goiás (Fieg). O evento, que reuniu representantes de 20 municípios da
Região Metropolitana de Goiânia, é fase
preparatória para a 3ª Conferência Estadual de Meio Ambiente, que ocorre entre
os dias 1º e 3 de março.
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Folha PUC 516 - 10
Extensão
Fraternidade e Saúde Pública na PUC Goiás
Programe-se
Unati faz encontro preparatório para matrículas
Alunos durante encontro informativo realizado em 2011
Comissão de Articulação da Campanha da Fraternidade 2012 na PUC
Discutir a saúde pública. Com
esse objetivo foi lançada oficialmente, no dia 22, na Santa Casa
de Misericórdia de Goiânia, hospital-ensino da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, vinculado à Sociedade Goiana de Cultura
(SGC), e no dia 23, na PUC, a
Campanha da Fraternidade 2012
com o tema Fraternidade e Saúde
Pública, tendo como lema “Que
a saúdese difunda sobre a terra”
(cf. Eclo 38,8).
No lançamento da campanha
na PUC Goiás, que mantém e desenvolve uma série de serviços
voltados para a saúde pública,
com atendimento nas áreas de
fonoaudiologia, psicologia, análises clínicas, fisioterapia, em três
clínicas-escolas, um laboratório e
um serviço de atendimento médico, foi nomeada a Comissão
de Articulação da Campanha da
Fraternidade 2012, que reúne representantes de todos os cursos
da área de saúde da universidade
e terá, ainda, um representante da
Paróquia Universitária São João
Evangeslista.
A solenidade foi presidida
pelo reitor Wolmir Amado, na
Sala de Reuniões do Gabinete da
Reitoria, e contou com a participação dos pró-reitores Sérgio Machado (Saúde), Daniel Rodrigues
Barbosa (Administração), Sônia
Margarida Gomes Sousa (Graduação), Márcia de Alencar Santana
(Extensão e Apoio Estudantil) e
Eduardo Rodrigues da Silva (Comunicação), além de diretores de
departamento e professores.
O reitor destacou a importância do tema, por se tratar de uma
prioridade nacional, apontada
como desafio número um a ser
enfrentado pela sociedade brasileira. “A universidade se insere nessa discussão de um modo
muito direito, não só porque a
comunidade universitária é usuária dos serviços de saúde, mas
porque, enquanto universidade, é
educadora e educa para a saúde,
tendo relação direta com a saúde
pública, com os gestores públicos
e sendo, ela mesma, gestora de
Lançamento oficial da Campanha realizado na Santa Casa
Reitor apresenta o texto-base da Campanha
unidades de saúde”, destaca.
O pró-reitor de Saúde da PUC
Goiás, professsor Sérgio Machado,
lembra que a Igreja tem alcance
em todo o país, podendo levar a
mensagem e a discussão da saúde
pública, visando à conscientização
da população e, com isso, a cobrança de melhores serviços.
Presidente da Comissão de Articulação da PUC, o professor Lorenzo Lago, chefe de Gabinete da
Reitoria, acrescenta que o objetivo
da comissão é promover a articulação da campanha, ao longo de
todo o ano, com os eventos que a
universidade realiza, relacionando-os ao tema Saúde Pública.
A Comissão
Prof. Lorenzo Lago (Filosofia e Teologia)
Profa. Adriana Bernardes Pereira (Psicologia)
Profa. Ana Maria Trindade (Serviço Social)
José Rodrigues do Carmo Filho (Clínica-Escola Vida)
Profa. Kátia Karina Verolli Oliveira de Moura (Ciências Biomédicas)
Profa. Luciana Alves Antonio Machado (Fonoaudiologia)
Prof. Renato Alves Sandoval (Enfermagem)
Profa. Rita Francis Gonzalez y Rodrigues Branco (Medicina)
Família PUC Goiás
Prof. Bertazzo: uma vida inteira dedicada à educação e a arte
Prof. Bertazzo com a esposa
Na PUC Goiás desde 1985,
a história do professor Giuseppe Bertazzo com a instituição
é composta por várias etapas.
Professor de várias disciplinas,
no Departamento de Filosofia e
Teologia (FIT) da universidade,
onde também foi coordenador,
assessor da Sociedade Goiana
de Cultura (SGC), mantenedora
da universidade, na década de
1990, e chefe de Gabinete da Reitoria no período de 2002 a 2010
foram algumas das atividades
desempenhadas por ele ao longo de sua relação com a PUC.
Graduado em Teologia, na
Itália, onde nasceu, e em Direito
pela hoje Unianhanguera, mestre em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), aos
67 anos, Giuseppe Bertazzo agora tem dedicado parte do seu
tempo às artes plásticas.
No último dia 16, abriu a
exposição Gracias a la Vida, que
reúne 26 peças que podem ser
conferidas pelo público no hall
da Biblioteca Central da PUC
Goiás. A exposição, que permanece até 13 de março, abre a
temporada 2012 do projeto Ga-
leria a Vista. Utilizando galhos,
troncos e raízes de árvores, o
professor retrata animais, igrejas e presépios, em peças em que
prevalece a liberdade de interpretação e que dá asas à imaginação de quem as aprecia.
Casado com Maria Eudóxia
Bertazzo, é com ela que o professor divide, além da vida, o gosto
estético. A peça de abertura da
exposição é uma homenagem à
neta, que vive no Rio de Janeiro.
Bertazzo tem dois filhos, Sérgio
e Lúcia Bertazzo, e uma vida repleta de histórias para contar.
Folha PUC 516 - 11
A Universidade Aberta a Terceira Idade (Unati), vinculada à
Pró-Reitoria de Extensão e Apoio
Estudantil da PUC Goiás, realiza,
no dia 27, Encontro Informativo
com os alunos (novatos e veteranos), às 14 horas, no Auditório
da Área 2. Na reunião, os alunos
terão conhecimentos sobre a nova
grade de oficinas, cronograma de
aulas além de conhecer os professores e a coordenação da Unati.
As matrículas serão realizadas
nos dias 29 de fevereiro e 1 º de
março, no Laboratório de Informática da Área 2 ou no site da
PUC Goiás. Só poderão efetuar
matrícula, os alunos que participarem do Encontro Informativo.
Mais informações: 3946-1339.
TED x PUC Goiás será dia 29
Curso sobre o Islã
O Núcleo de Estudos Avançados em Religião e Globalização (Nearg) e o Programa de
Pós-Graduação em Ciências
da Religião da PUC Goiás
promovem, entre os dias 29 de
fevereiro e 2 de março, o curso
intensivo Sociologia do Islã, que
será ministrado pelo professor
Enzo Pace, da Universidade de
Pádua, Itália. O evento será o
Auditório do Básico, na Área 2,
ao lado da Paróquia Universitária, a partir das 8h30. Inscrições
e informações pelo e-mail [email protected] e telefones
3946-1673 e 3946-1642.
Prof. Bertazzo expõe
no Galeria a Vista
O Projeto Galeria a Vista
expõe os trabalhos do artista
plástico, professor Giuseppe
Bertazzo, até 13 de março,
no hall da Biblioteca Central
da PUC Goiás (Área 1, Setor
Universitário), em exposição
intitulada Gracias a la Vida.
Para ficar por dentro de
tudo o que acontece na
PUC Goiás, acesse
o PUC Notícias
(www.pucgoias.edu.br).
Serviço Social
comemora 55 anos
O curso de Serviço Social da
PUC Goiás realiza aula inaugural e comemora seus 55 anos no
dia 12 de março, às 19 horas,
no Auditório da Área 1. Na
ocasião serão lançados os livros
Vivo pela Terra, não pela Guerra, de autoria da professora
Liliana Patrícia Lemus Sepúlveda Pereira, e Serviço Social
Previdenciário: uma construção
histórica, da docente Olívia
Maria Jácome Costas, ambas
do Departamento de Serviço
Social da universidade.
Dissertações programadas
A Coordenação de Pós-Graduação Stricto Sensu (CPGSS) da
PUC Goiás programou, para os dias 28 e 29, a apresentação de
duas dissertações, nos mestrados de Ecologia e Produção Sustentável e Ciências Ambiental e Saúde. Confira a programação:
Ecologia e Produção Sustentável
Dissertação: A cultura do açafrão e as mudanças socioeconômicas, tecnológicas e ambientais em Mara Rosa (GO) após a criação da cooperação, no período de 2003 a 2011
Orientanda: Eunice de Faria
Data: 28 de fevereiro
Horário: 9 horas
Local: Mestrado em Ecologia e Produção Sustentável
A PUC Goiás sedia, no dia 29, no Auditório da Área 4, o
evento TED x PUC Goiás com curadoria do diretor executivo
da Fundação Aroeira, professor Leonardo Guedes. O evento
reunirá vários palestrantes, de diferentes áreas de atuação. As
inscrições já podem ser feitas na página www.tedxpucgoias.
com.br/tedxpucgoias/?p=62. A entrada é gratuita.
Simpósio Internacional de Enfermagem
O Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição (CEEN), que
tem parceria da PUC Goiás na oferta de cursos de especialização, está com inscrições abertas para o II Simpósio Internacional,
que será realizado nos dias 30 e 31 de março, com o apoio da
universidade, no Teatro Madre Esperança Guarrido - Colégio
Santo Agostinho (Avenida Contorno, n° 63, Setor Central). Informações e inscrições: www.ceen.com.br ou (62) 3501-3300
Ciênicas Ambientais e Saúde
Dissertação: Condições de trabalho e saúde ocupacional em trabalhadores da limpeza urbana de morrinhos (GO)
Orientanda: Margarida Martins Coelho
Data: 29 de fevereiro
Horário: 14 horas
Local: Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde (Área 5)
Editora da PUC Goiás
Psicologia Transpessoal
Psicologia Transpessoal, organizado por Nilton Geraldo Ferreira,
reúne artigos de cinco autores
sobre o tema título da obra.
Publicado pelo Instituto Serra da
Portaria (Paraúna/GO), editado
pela Editora da PUC Goiás, o livro
é o primeiro volume da coleção de
Psicologia Transpessoal, que, como
dito na apresentação, “pensa globalmente, para agir localmente”.
Educação Apinayé
A educação escolar
Apinayé na perspectiva
bilíngue e intercultural,
de Francisco Edviges
Albuquerque (organizador), é uma
publicação da Editora
da PUC Goiás em
parceria com a Universidade Federal do
Tocantins (UFT).
Onde encontrar
Os livros editados pela
Editora da PUC Goiás estão
disponíveis, para venda, na
Livraria da PUC Goiás, que
fica na Área 1 (frente com a Biblioteca Central Dom Fernando), 5ª Avenida, n. 722, Qd. 71,
Setor Leste Universitário. Informações: 3946-1080 ou email
[email protected].
Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012
Folha PUC 516 - 12
Memorial do Cerrado
Onde o lazer e a cultura se encontram
Eleito o lugar mais bonito de
Goiânia em 2008, o Memorial do
Cerrado é uma excelente opção
para quem deseja aliar lazer e cultura e conhecer diferentes formas
de ocupação do bioma Cerrado,
ao longo da história, bem como as
relações entre homem e natureza.
Localizado no Câmpus II da
Pontifícia Universidade Católica
de Goiás, o Memorial, que é um
projeto do Instituto do Trópico
Subúmido (ITS), conta com um
roteiro de visita, com passagem
por cinco ambientes, que retratam essas diferentes formas de
ocupação: Museu da História Natural, Vila Cenográfica de Santa
Luzia, Fazenda, Quilombo e Aldeia Indígena Timbira. Há ainda
um espaço para oficinas educativas e criativas e trilhas ecológicas,
que totalizam dois quilômetros
de extensão. O Memorial tem
coordenação administrativa da
Fundação Aroeira e, técnica, do
ITS, coordenado pelo professor
Altair Sales.
Ao chegar ao local, o visitante
recebe um folder para orientá-lo
durante a visita. Grupos previamente agendados contam com
auxílio de um guia. Para concluir
o percurso, que pode ser feito individualmente ou em grupos (a
partir de 15 pessoas é necessário
agendar a visita com antecedência mínima de 15 dias), o visitante
levará, em média, 1 hora. É recomendável o uso de calçado confortável.
O Memorial do Cerrado dispõe de ampla infraestrutura, com
lanchonete e restaurante. É proibida a entrada de animais e bebidas
alcoólicas. São concedidos descontos, que variam de acordo com
a categoria, para grupos de alunos
de escolas públicas, entidades assistenciais ou vinculadas à Arquidiocese de Goiânia, associativas e
religiosas e alunos e professores
da PUC. O espaço também pode
ser locado para eventos institucionais e fotografias e filmagens,
para fins pessoais ou comerciais.
Animais taxidermizados
Aldeia dos Quilombos
Museu da História Natural
Lago do Memorial
Peças arqueológicas
Memorial João Paulo II reúne estátua e relíquias do papa
Altar usado pelo papa foi restaurado para compor o Memorial
O Câmpus II da PUC Goiás
também sedia o Memorial João
Paulo II, inaugurado em outubro
de 2011, na data em que se comemoraram os 20 anos da visita do
papa a Goiás, tornando-se um
dos primeiros locais, no mundo,
destinados à veneração do Bem-Aventurado João Paulo II, beatificado em maio do ano passado.
O espaço, que fica ao lado do
lago do Memorial do Cerrado, é
composto pelo altar da celebração que o papa presidiu na capital, que foi totalmente restaurado
e transferido para o Câmpus II
da PUC, com o apoio do Governo de Goiás; uma estátua do beato, que foi esculpida na Itália, e
sua cátedra, que ficam expostos à
visitação pública.
Serviço
Horários de visitação
Segunda a sábado
7h30 às 19h30
Domingos e feriados
8h às 12 horas e
das 13h às 17 horas
Ingressos
R$ 12,00 (estudantes com carteirinha e idosos, acima de 60 anos,
pagam meia-entrada). Crianças
com idade até 6 anos, acompanhadas de um adulto, não pagam
entrada.
Endereço
Avenida Engle s/n, Jardim Mariliza. Mais informações e agendamento de grupos: 3946-1723.