fevereiro de 2012
Transcrição
fevereiro de 2012
Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 - Ano XXIII N. 516 Iniciação científica PUC estimula pesquisa entre acadêmicos e docentes A participação em programas de iniciação científica e tecnológica é a primeira oportunidade para que futuros pesquisadores possam vivenciar a prática investigativa. Com o intuito de orientar e informar acadêmicos e docentes, a Pró-Reitoria de Pós-Graudação e Pesquisa (Pro- pe) preparou um workshop sobre o assunto, que visa a preparação para abertura de editais para bolsas em março. Em entrevista, a coordenadora de Pesquisa da universidade, profa. Maria José Viana, fala sobre atitude científica e articulação com as várias áreas. Páginas 6 e 7 Acadêmicos aprovam assistência estudantil Pesquisa realizada pela Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE) da PUC Goiás, unidade ligada à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) revela que 92,3% dos estudantes consideram que os programas oferecidos contribuem para o acesso à universidade. Confira os programas desenvolvidos pelo setor na PUC. Página 9 Fraternidade e Saúde Pública na PUC Goiás Memorial do Cerrado O lugar onde a cultura e o lazer se encontram na PUC Com vários ambientes de visitação, museus, réplicas de vila, fazenda e quilombo, o Memorial do Cerrado (foto) é o lugar ideal para quem quer conhecer um pouco mais da história da relação entre homem e natureza, em momentos de lazer. Página 12 Com o objetivo de discutir a saúde pública no Brasil, foi lançada, no dia 22, na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (foto), e no dia 23, na PUC, a Campanha da Fraternidade 2012 com o tema Fraternidade e Saúde Pública, tendo como lema “Que a saúdese difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). Página 10 PUC participa do lançamento de novos editais de pesquisa. (Página 4) Reitor profere palestra em Araçatuba (Página 4) Artigo do prof. Altair Sales Barbosa. (Página 8) Prof. Bertazzo é personagem do Família PUC. (Página 10) Confira a programação de atividades e eventos. (Página 11) Escola de Circo vivencia a magia do Cirque du Soleil Crianças e educadores da Escola de Circo Dom Fernando assitiram, em Brasília, a pré-estreia do espetáculo Varekai, do Cirque du Soleil (foto). A Escola de Circo da PUC Goiás e o Circo Laheto, que também conferiu o espetáculo, ganharam, cada uma, 100 ingressos para a sessão do dia 16 de março. Página 3 Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Carta do Reitor Leitura e aprendizado Recentemente foi apresentado à imprensa dados preocupantes quanto à formação dos estudantes do ensino médio em Goiás, segundo pesquisa realizada em 2009: 8,9% apresentaram aprendizagem mínima esperada para a disciplina de Matemática e 27% para Língua Portuguesa. Esses dados foram obtidos com o cruzamento de informações coletadas pelo sistema de avaliação do ensino médio: Prova ABC, Prova Brasil e Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Tais dados foram incluídos no Relatório do movimento Todos pela Educação. Educadores-pesquisadores, como Arouca e Pellegrini no Brasil, mas também outros em território norte-americano, como Chamblee e Huffman, demonstraram que os alunos com maiores dificuldades são aqueles que tiveram pouca ou nenhuma experiência agradável no campo da leitura ou que a encararam de modo relutante. Não haverá conhecimento verdadeiramente sedimentado sem o esforço diuturno e prazeroso da leitura e o treino da redação própria. Aqui, na PUC Goiás, pelo projeto educativo que realizamos nos nossos cursos, vamos valorizar sempre mais a profunda e direta comunicação com o estudante, uma relação de proximidade educativa entre professor e aluno, sobretudo com aqueles que revelam maiores carências de formação básica. Além de todo o acompanhamento individual que já se consegue realizar nos nossos cursos, com o esforço da grande maioria dos professores, que deve ser potencializado e acrescido de novas iniciativas, destacamos que o Programa de Acompanhamento Acadêmico (Proa), em fase de implantação operacional, com certeza poderá se tornar, num futuro breve, um espaço decisivo de efetivo acompanhamento e de presença ainda mais consequente no processo educativo e no desenvolvimento pessoal de cada acadêmico e acadêmica. O teor do programa foi apresentado, durante a 30ª Semana de Integração Pedagógica e Planejamento, no documento Acompanhamento Pessoal ao Aluno: práticas pedagógicas inovadoras na PUC Goiás. Desejamos que esta edição do Folha PUC, que está em suas mãos, possa contribuir para estimular sua disposição à leitura da realidade em que você está inserido (a), de forma a conhecer melhor esta grande comunidade acadêmica, que acompanha com carinho e atenção seus passos rumo ao desenvolvimento pleno de suas grandes potencialidades. Professor Wolmir Amado Reitor da PUC Goiás Expediente Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Folha PUC 516 - 2 Instituição juridicamente mantida pela Sociedade Goiana de Cultura - SGC Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010 Diretora: Eliane Borges Silva Pereira (GO n. 00370 JP) Redação: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP), Carla Lacerda (DF n. 3501 JP) e Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP) Edição: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP) Diagramação: Adriano Abreu Reportagem Fotográfica: Wagmar Alves e Weslley Cruz Impressão: Gráfica da PUC Goiás Aconteceu na PUC Goiás Escola de Circo Diretor de teatro mexicano ministra oficina de mímica na CAC Uma viagem mágica pelo mundo do Cirque du Soleil Folha PUC 516 - 3 “ Do começo ao fim foi maravilhoso e o que marcou foi o trabalho em equipe. O circo social traz a proposta de um trabalho coletivo e queremos sensibilizar nossas crianças para isso. O circo é colorido, mas, como na vida, às vezes é preto e branco, pois os artistas erram. Erram, mas não desistem. Um ajuda o outro e, assim, continua o espetáculo. Isso nos torna pessoas bem melhores”. Ricardo Leal Velasco falou sobre influências das artes na Mima Corporal Mima Corporal foi o tema da oficina ministrada pelo renomado diretor de teatro mexicano, Ricardo Leal Velasco, entre os dias 13 e 15 de fevereiro, na sala de teatro da Coordenação de Arte e Cultura, ligada à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil da PUC Goiás. A oficina Mima Corporal, oferecida gratuitamente, é fruto de uma parceria com a Universidade de Querétaro, do México, da qual Ricardo é professor. Ele veio a Goiânia a convite do ator Bruno Peixoto e do Teatro GTI, para dirigir o espetáculo Reticências, baseado na obra Longa Jornada Noite Adentro, de Eugênio O’Neill, com patrocínio da Belcar Caminhões e Lei Goyases do Governo Estadual. O diretor assinala que a Mima corporal recebe influência de todas as artes, mas duas delas combinam melhor as referências do tempo e do espaço, a dança do corpo com a música e a mimética do corpo com as palavras, a literatura, em especial a dramática. “O gênero mimético é um estudo do uso do corpo articulado pelo efeito interno e externo das palavras, do pensamento que leva à ação”, explicou. Estudantes são acolhidos com missa no início do semestre Duas celebrações, realizadas no domingo, 12, acolheram os antigos e novos estudantes neste início de semestre. A Paróquia Universitária São João Evangelista, localizada na Área 2 da PUC Goiás, realizou missa, presidida pelo bispo auxiliar de Goiânia, dom Waldemar Passini Dalbello, para receber os estudantes da PUC e seus familiares. No mesmo dia, na Catedral Metropolitana, dom Washington Cruz, arcebispo metropolitano, Fábio Nunes, arte-educador da Escola de Circo Dom Fernando presisidiu celebração para marcar o início do ano letivo a todos os estudantes. Todos foram convidados a levar seus materiais escolares, pedido atendido por dezenas de estudantes de todas as idades, principalmente crianças, que compareceram uniformizadas. Ao final da missa, dom Washington Cruz concedeu a já tradicional Benção das Mochilas, como ocorre a cada início de semestre letivo. ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS GRÃO-CHANCELER: PRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Dom Washington Cruz, CP Profa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira Neto REITOR PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Wolmir Therezio Amado Prof. Daniel Rodrigues Barbosa VICE-REITORA PRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO Profa. Olga Izilda Ronchi Prof. Eduardo Rodrigues da Silva PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO PRÓ-REITOR DE SAÚDE Profa. Sônia Margarida Gomes Sousa Prof. Sérgio Antônio Machado PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTIL Profa. Márcia de Alencar Santana CHEFE DE GABINETE PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Prof. Lorenzo Lago Profa. Sandra de Faria Trechos do espetáculo Varekai Arte-educador da Escola de Circo do IDF Artistas em acrobacia “Lá a gente ensina a ser um pelo outro. Nossa preocupação não é formar palhaço, mas cidadãos”. Alunos da Escola de Circo Dom Fernando que viajaram a Brasília Brasília, madrugada de quinta-feira, 23, fim de espetáculo. Olhinhos brilhantes, comentários empolgados e alegria por toda parte apesar dos quilômetros que viriam pela frente no retorno à Goiânia. A delegação de 190 pessoas, incluindo crianças, arte-educadores e funcionários da Escola de Circo Dom Fernando, vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) da PUC Goiás, estava em festa. Empolgação era eufemismo. E, assim, um sonho coletivo foi realizado: as crianças assistiram, gratuitamente (ao vivo em cores, com direito à refrigerante e muita pipoca), o espetáculo Varekai, do Cirque Du Solei, que realiza turnê na capital federal. Momentos que serão lembrados pelos pequenos e pelos grandes que, durante mais de duas horas de espetáculo, se depararam com um mundo mágico no qual o lúdico era uma ferramenta pra fazer da alegria um elo de cooperação entre os seres humanos. Havia duas mil pessoas na plateia: crianças, jovens, adultos e arte-educadores de várias instituições. Entre elas estavam a Escola de Circo Dom Fernando e o Circo Lahetô, de Goiânia. As crianças de ambas as escolas, além de terem assistido ao espetáculo gratuitamente, também ganharam mais dois presentes: receberam uma cota de 100 ingressos para venda do espetáculo Varekai, para sessão do dia 16 de março, em Brasília. Do montante, 70% dos recursos arrecadados serão destinados às escolas e 30% para a Rede Circo Mundo-Brasil, da qual o Cirque du Soleil é associado. E, com a colaboração dos artistas goianos Ebert Calaça, Mateus Dutra e Ronan Marcelino, pintaram um painel de grafite, composto por três telas, que ficará exposto durante toda a turnê do Cirque du Soleil, na capital federal, e depois será leiloado, com a renda também destinada às escolas. “O Cirque du Soleil trabalha na requalificação da arte circense no mundo. O circo é qualifi- Keillia Maria, estagiária do curso de Serviço Social da PUC Goiás cado como um instrumento de inserção social e isso coincide com a missão da Escola de Circo Dom Fernando: o circo é mais do que um espaço lúdico e de aprendizagem, é uma forma de se exercer a cidadania”, pontuou a pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil, Márcia de Alencar Santana. “É a primeira vez que a Escola de Circo é contemplada com um projeto dessa magnitude e é um momento be- líssimo que encanta, enriquece e traz, para essas crianças, novas possibilidades de criação”, complementou o diretor do Instituto Dom Fernando, Valterci Vieira. E como adiantou a coordenadora da Escola, Marize Domiciano Almeida Braga (chamada carinhosamente de Tia Marize pelas crianças), um sonho coletivo estava prestes a ser realizado. Não só dos pequenos, mas dos grandinhos também. E a alegria se fez presente... Empolgação foi o que não faltou à meninada na ida e na volta da viagem a Brasília. A expectativa na ida e a satisfação na volta, não importa. As crianças queriam falar, muitas com bastante disposição para dar depoimentos. Gustavo Bento, 10 anos - Tia, você quer me entrevistar? - Mas é claro, o que você achou do espetáculo, mocinho? -Ah, bom demais da conta, eu fiquei bem alegre! Talita Alves, 12 anos - O que mais te emocionou no espetáculo, Talita? - A alegria dos artistas em compartilhar alegria conosco, tia. Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Folha PUC 516 - 4 Fomento à pesquisa PUC participa de lançamento de novos editais distintos dividiram a atenção dos presentes no auditório Mauro Borges: o anúncio de mais dois editais pela Fapeg – o de Bolsas de Mestrado e Doutorado e o do Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR); a entrega dos contratos e da subvenção econômica aos 45 empresários contemplados no Pappe-Integração; a disponibilização dos cartões bancários BB Governador Marconi Perillo cumprimenta reitor em lançamentos de editais de pesquisa Pesquisa a todos os beneficiados nos diO reitor Wolmir Amado, a ção de Amparo à Pesquisa do ferentes programas executados pró-reitora de Pós-Graduação Estado de Goiás (Fapeg), no em 2011; e o lançamento do Mae Pesquisa, Sandra de Faria, a Palácio Pedro Ludovico Teixei- nual de Aplicação de Recursos e coordenadora do Programa de ra, no dia 7 de fevereiro, para Prestação de Contas, destinado a Pós-Graduação Stricto Sensu, o lançamento de novos editais pesquisadores e instituições de Ana Christina Sanches, além de fomento à pesquisa em Goi- pesquisa. de vários professores da PUC ás, em evento presidido pelo “Participamos hoje de um Goiás, participaram de soleni- governador Marconi Perillo. momento histórico para a pesdade promovida pela FundaPelo menos quatro momentos quisa, ciência e tecnologia do Reitor profere palestra em Araçatuba No dia 4 de fedigmas das univervereiro, o reitor sidades na história; Wolmir Amado a Educação Supeproferiu a palestra rior e as gerações Educação Superior x, y e z; Pluralismo no Brasil: avanços, das instituições de desafios e persEnsino Superior pectivas, no Cenno Brasil e Avaliatro Universitário ção da Educação Católico Salesiano Superior (Sinaes). Auxilium (UnisaNa ocasião, o reitor Reitor Wolmir com padre lesiano), no munifoi recepcionado e Luigi Favero, da Unisalesiano cípio de Araçatuba presenteado pelo (SP). O reitor abordou diversos diretor do Unisalesiano, padre temas, entre eles, Matrizes e Para- Luigi Favero. Prope reúne coordenadores e vices da Stricto Sensu letivo; o calendário de coleta da Capes; editais da Fapeg, Capes e CNPq; programas de iniciação científica, entre outros informes. A reunião, presidida pela pró-reitora da Reunião discutiu planejamento do semestre Prope, professora A Pró-Reitoria de Pós-Gradu- Sandra de Faria e pela coordeação e Pesquisa da PUC Goiás nadora do PGSS, professora Ana (Prope) reuniu, no dia 8 de feve- Christina Sanches, contou com reiro, os coordenadores e vice-co- a participação de representantes ordenadores da Pós-Graduação da Câmara de Pós-Graduação Stricto Sensu (PGSS) para discu- e Pesquisa e coordenadores da tir o planejamento do semestre Stricto Sensu. nosso Estado, e também para a consolidação da Fapeg”, ressaltou o reitor Wolmir Amado, que compôs a mesa de autoridades no evento e ainda foi convidado pelo governador a entregar o cartão BB Pesquisa a um dos contemplados. Cerca de 25 professores da universidade receberam os cartões, referentes a cinco editais. Na solenidade, foi lançado o edital de Bolsas de Mestrado e Doutorado, que prevê investimentos de R$ 4,5 milhões até 2014. Com 13 programas na instituição, a PUC Goiás poderá concorrer a 52 bolsas. “Esta é uma iniciativa que fortalece a formação do pesquisador e a produção do conhecimento científico no nosso Estado”, pontuou a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Sandra de Faria. O outro edital lançado na solenidade foi o do Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), que soma investimentos de R$ 1,2 milhão, também até 2014. PUC empossa novos coordenadores de núcleos e centros de pesquisa Folha PUC 516 - 5 Pesquisa Fotos: Ruy Bozza Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 O quê que o pequi tem? nutricionais dos frutos nativos e desenvolver alternativas alimentares que pudessem introduzir e enriquecer seus sabores característicos e altos valores nutricionais da culinária tradicional urbana, como estratégia para valorizar o Cerrado”, explica. A professora destaca que o aproveitamento alimentar é importante “porque enriquece a culinária urbana e rural, mantém os costumes e apresenta formas de nutrir-se com o fruto”. Uma das principais vantagens de acrescentar o fruto em preparos já conhecidos é atingir crianças e adultos que não são muito adeptos. “Quando a polpa é introduzida em pães, bolos e outros (32 novas alternativas com o pequi), ele perde aquela condição de “ficar na memória” e as pessoas podem degustá-lo com mais frequência”, assinala. Um dos frutos regionais mais populares do Cerrado, o pequi é conhecido da culinária regional, pelo sabor e variedade de usos. Recentemente, suas propriedades nutricionais ganharam maior destaque, a partir da divulgação da pesquisa da professora Aparecida de Fátima Oliveira Bozza, do Instituto do Trópico Subúmido da PUC Goiás, sobre alternativas de aproveitamento alimentar de frutos nativos do nosso bioma. O assunto já ganhou projeção em rede nacional em reportagem produzida para o programa Bem Estar, da Rede Globo, posteriormente retransmitida pela TV Anhanguera, afiliada da emissora carioca; e da rádio CBN, de Goiânia. A pesquisa, Alternativas de Aproveitamento Alimentar com os Frutos Nativos do Cerrado, tem como estratégia mostrar alternativas de utilização dos frutos nativos do bioma, demonstrar o potencial alimentar, seus valores nutricionais, sua importância na manutenção da vida e na segurança alimentar dos povos nativos, do homem do campo, urbano e migrantes. Atualmente, o projeto conta com 226 alternativas de aproveitamento alimentar com os frutos nativos do Cerrado e aprovadas pela comunidade local. De acordo com a professora, a ideia de desenvolver a pesquisa surgiu em Jataí, logo após sua chegada ao município, em 1986, quando teve contato com a Sociedade Ecológica do local e passou a conhecer mais sobre o Cerrado. Naquela época, a pesquisadora conta que percebeu a necessidade de preservar o bioma. “Decidi pesquisar os valores Entrevista Aparecida de Fátima Oliveira Bozza Petiscos com pequi Ingredientes 1 vidro de 720ml de polpa de pequi em tiras em conserva 100 g de queijo fresco ralado 2 ovos inteiros 1 litro de óleo Modo de fazer Escorra o pequi e lave em água corrente para retirar os ingredientes conservantes. Bata os ovos. Coloque o óleo numa frigideira e ligue o fogo alto para aquecê-lo. Passe as tiras de pequi uma a uma no ovo batido, em seguida no queijo ralado e coloque no óleo quente para fritar. Quando dourar, estará crocante e cozido internamente. Retire, escorrendo bem o óleo, e sirva. Alternativas alimentares com frutos nativos do Cerrado Novos coordenadores de Núcleos e Centros de Pesquisas da PUC Goiás Vinte e um professores da PUC Goiás receberam, no dia 9 de fevereiro, Atos Próprios Designatórios para a Coordenação de Núcleos e Centros de Pesquisa da universidade. A cerimônia, realizada no Plenário da Reitoria, foi conduzida pela pró-reito- ra de Pós-Graduação e Pesquisa, Sandra de Faria, e contou ainda com as participações na mesa da pró-reitora de Graduação, Sônia Margarida Sousa, e da coordenadora de Pesquisa da PUC, professora Maria José de Faria Viana. Serviço Social foca parcerias internacionais Empossada diretora do Departamento de Serviço Social, no último dia 15 de fevereiro, em solenidade presidida pelo reitor Wolmir Amado, no Plenário da Reitoria, a professora Maria da Conceição Padial Machado estabeleceu, como uma das principais metas para sua gestão, o investimento na internacionalização do curso, a partir de parcerias com instituições de ensino superior de outros países. A cerimônia contou com as presenças da vice-reitora Olga Ronchi, pró-reitores Daniel Barbosa (Administração), Sandra de Faria (Pós-Graduação e Pesquisa), Helenisa Maria Gomes de Oliveira Neto (Desenvolvimento Institucional), e SôniaMargarida Sousa (Graduação), além de professores, alunos e funcionários da universidade. O pequi é um dos frutos regionais do Cerrado mais conhecidos e com uso difundido na culinária. Mas vários outros frutos típicos da região também já caíram no gosto popular, são objeto de estudo e começam a ser utilizados com alternativa de alimenta- ção, principalmente entre os goianos. É o caso do jatobá, cagaita, mangaba, araticum, buriti, coquinho jataí e baru, que também fazer parte da pesquisa da professora Aparecida de Fátima Oliveira Bozza. O pequi é bem típico do Cerrado e bem comum na culinária goiana. Qual o seu valor nutritivo e como as pessoas podem fazer receitas saudáveis? Os frutos do Cerrado, que já ganharam mercado, como é o caso do pequi, não são baratos. São sazonais e como alguns proprietários de fazendas ainda não conseguiram agregar valores a eles, muito se perde no campo. Assim segue-se a lei da oferta e procura: pouco produto gera preço alto. O pequi é riquíssimo em nutrientes, sendo que 100 gramas de pequi são capazes de nutrir uma criança em fase de crescimento por um dia. A amêndoa do pequi também é riquíssima em nutrientes, muito saborosa e, no entanto, muito pouco utilizada como alternativa alimentar, assim como as outras amêndoas, ela pode ser utilizada no nosso dia a dia e ser introduzida para enriquecer os alimentos. Quais outros frutos do Cerrado também têm alto valor nutricional e podem ser incorporados no dia a dia do goiano? Todos os frutos nativos dos Cerrados são muito nutritivos. São riquíssimos principalmente em sais minerais como o potássio e zinco. As pesquisas estão crescendo e os resultados estão surgindo em publicações científicas e até mesmo na mídia em geral. Somente alguns frutos já estão muito pesquisados, como pequi, o jatobá, a cagaita, a mangaba, o araticum, o buriti, o coquinho jataí e o baru. No entanto, mesmo diante de todos os valores nutricionais que agregam, ainda não existe um mercado formal para eles. São sazonais e no dia a dia, fica muito complicado adquiri-los. Ensine alguma receita fácil e rápida que tenha como ingrediente o pequi. Não existe receita, mas sim alternativa. É aquele bolo tradicional que você já faz, mas que agora tem o sabor e os valores nutricionais do fruto. Ou o pão de queijo, que agora tem o sabor do fruto e outras mais, em que o fruto foi introduzido e o produto final é mais nutritivo e saboroso, pois tem todos os valores nutricionais dos produtos tradicionais e ainda os do fruto nativo. Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Folha PUC 516 - 6 Iniciação científica Entrevista Maria José Viana / Coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás Pesquisa qualifica docente, aluno e universidade Pró-reitora Sandra de Faria A participação em programas de iniciação científica e tecnológica é a primeira oportunidade para que futuros pesquisadores possam vivenciar a prática investigativa. Além de ampliar horizontes e gerar possibilidades, a pesquisa qualifica a prática docente, discente e a própria universidade. No próximo dia 28, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (Prope) realiza um workshop, cujo principal objetivo é orientar e informar os acadêmicos sobre os editais de bolsas de iniciação científica e tecnológica, que serão abertos a partir de 1º de março. Os editais para seleção dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica, referentes ao período 08/2012 a 07/2013, serão disponibilizados na página da PUC Goiás (www.pucgoias. edu.br/pesquisa). As inscrições estão previstas para o período de 1º a 31 de março de 2012. A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC, professora doutora Sandra de Faria, convida a todos, discentes e docentes, a participar do processo seletivo para a iniciação científica, desenvolvido pela PUC em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Nosso principal objetivo é qualificar a pesquisa na graduação e promover a iniciação dos nossos estudantes nessa tão exigente e necessária tarefa de apoiar o desenvolvimento econômico, social, cultural e tecnológico de um País”, frisa a pró-reitora. Modalidades de seleção w w w w w Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/CNPq) Programa Institucional de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti/CNPq) Programa Interno de Bolsas de Iniciação Científica BIC-Prope/PUC Goiás Programa Institucional de Contrapartida em Atividades de Iniciação Científica – BIC/OVG Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica Exigências em relação ao projeto de pesquisa do docente w w w w Estar cadastrado e em andamento no SIGEP/PUC Goiás Ter data de encerramento posterior a 31/07/2013 Adotar uma metodologia cujo objeto incorpore o Plano de Trabalho do aluno Se foi submetido ao CEP, deve estar com aprovação emitida pelo Comitê de Ética em Pesquisa Prazo para entrega do Siregis foi prorrogado até 12 de março A Coordenação de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (Prope) prorrogou, até 12 de março, o prazo para a devolução do Sistema de Registro das Unidades de Pesquisa da PUC Goiás (Siregis), com preenchimento dos dados e informações específicas, pelas Unidades de Pesquisa da universidade. Professor italiano ministra curso na PUC Goiás O Núcleo de Estudos Avançados em Religião e Globalização (Nearg) e o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Goiás promovem, entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março, a partir das 8h30, o curso intensivo Sociologia do Islã, a ser ministrado pelo professor Enzo Pace, da Universidade de Pádua, Itália. O local será o Auditório do Básico, na Área 2, ao lado da Paróquia Universitária. Inscrições e informações pelo e-mail [email protected] e telefones 3946-1673 e 3946-1642. Workshop esclarece dúvidas sobre iniciação científica Com o objetivo de esclarecer as dúvidas dos acadêmicos sobre funcionamento e inscrições nos programas de iniciação científica e tecnológica, a Prope realiza, no dia 28 de fevereiro, no Auditório da Área 4, nos turnos matutino e noturno, o Workshop – Como Participar? Especializações com inscrições abertas A PUC Goiás está com oito cursos de especialização com inscrições abertas, são eles: Citopatologia Ginecológica, Comunicação e Multimídia, Direito Civil e Processo Civil, Direito e Consultoria Empresarial, Direito e Processo Tributário, Educação Matemática, Reprodução Humana e Sociologia e Letramento. Mais informações: 3946-1901/1902. Folha PUC 516 - 7 Atitude Científica e articulação ensino, pesquisa e extensão nos processos investigativos Em entrevista ao Folha PUC, a coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás, professora doutora Maria José Viana, fala sobre a importância da pesquisa para formação do aluno e desenvolvimento do professor e dos programas de iniciação científica e tecnológica disponíveis. Maria José Viana, Coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás Como a Coordenação de Pesquisa avalia a inserção da PUC Goiás nos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica? Essa inserção é extremamente relevante uma vez que, do ponto de vista pedagógico, os programas de Iniciação Científica e Tecnológica criam as condições reais e objetivas para os estudantes vivenciarem sua primeira experiência como futuros pesquisadores. Outro aspecto importante a destacar é que, para a grande maioria, essa experiência ocorre por meio de processos investigativos de natureza interdisciplinar, cuja produção é conduzida de forma colegiada. Nesse processo, ganha real significado para o aluno a articulação entre pesquisa, ensino (graduação e pós-graduação) e extensão, considerando, que os programas de Iniciação Científica e Tecnológica respondem por uma política de valorização da pesquisa na graduação de forma substantiva. A pesquisa desenvolvida por meio dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica, além de oportunizar uma competência própria e uma habilitação específica, produz demanda qualificada para a pós-graduação (lato e stricto sensu). Também imprime caráter peculiar à produção do conhecimento e à formação integral dos alunos, ao possibilitar sua primeira interação e articulação com as agências reguladoras e /ou com os órgãos de fomento à pesquisa (Capes/MEC, CNPq/MCT, e outros), além de dinamizar sua relação com as distintas áreas do conhecimento. Como é feito o acompanhamento dos participantes desse tipo de programa? Do ponto de vista institucional, no decorrer da vivência dessa experiência (execução do Plano de Trabalho em 12 meses), a Coordenação de Pesquisa/Prope acompanha a mobilidade de alguns alunos, resultante de contingências de sua vida acadêmica (inserção no mercado de trabalho, e outras). Conta, ainda, com a assessoria dos Comitês Internos da PUC Goiás: Comitê de Apoio à Pesquisa (COAP), Comitê de Iniciação Científica e Tecnológica, como também do Comitê Externo (ad hoc). Esses comitês analisam e classificam a pertinência e relevância dos Planos de Trabalho, com rigor e cientificidade. Importante ressaltar que “...solicitamos o apoio e o empenho de todos e todas no sentido de ressignificar a ação investigadora, refletindo sobre o papel da pesquisa na formação integral de nossos alunos e alunas.” a proximidade da Universidade com a pesquisa começou com sua adesão aos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica nos anos 1990, quando se iniciou sua interlocução com os órgãos de fomento à pesquisa. Atualmente o conjunto de ações, procedimentos e estratégias de aperfeiçoamento implementados têm possibilitado maior incremento à gestão dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica, mudando, o cenário da pesquisa na PUC Goiás ao marcar, gradativamente, sua identidade como comunidade científica. O que é essencial na relação aluno/professor e qual tem sido o maior desafio? Atualmente, um dos desafios na condução dos processos de Iniciação Científica e Tecnológica (inscrição, seleção e classificação dos Planos de Trabalho) tem sido o necessário aperfeiçoamento das distintas metodologias que orientam as investigações científicas na PUC Goiás, de forma contínua, em razão da diversidade de objetos e temáticas abordados por distintas áreas do conhecimento. Compete à comunidade científica indagar: quais indicadores promovem, de fato, a formação científica de futuros pesquisadores, de forma a produzir no educando atitude científica de compromisso com a Ciência. Outro desafio está na implementação de ações que de fato promovam avanços no campo da economia do conhecimento científico. A Prope/CP entende que a efetiva participação do professor e do aluno nas etapas desse processo deve ocorrer mediante o estabelecimento de uma relação dialógica e de reciprocidade o que, certamente, imprime rigor, visibilidade e transparência à investigação, tornando-a diferenciada, além de qualificar os níveis de produtividade do professor, do aluno e da PUC Goiás. A seu ver, em que bases deve ocorrer essa relação de reciprocidade entre professor e aluno nos processos de iniciação científica e tecnológica? Sabe-se que, como educador, compete especialmente ao pesquisador despertar o espírito investigativo em seus educandos incentivando-os a produzir um conhecimento teórico-prático, validado empiricamente, conforme as exigências e especificidades de cada área do conhecimento. Da orientação individual, realizada pelo docente, espera-se a sistematização e organização de um conhecimento (que está disperso), de forma científica e estruturada. Como educando, compete ao aluno a administração e valorização de sua formação pessoal e profissional, cuidando de sua vida acadêmica nesse curto tempo que passa pela universidade. Torna-se mister no desenvolvimento de competências e de habilidades específicas na vivência de uma cultura acadêmica da forma, mais abrangente e qualificada possível. Alguma consideração a mais nesse início de semestre letivo? Nesse início de semestre letivo (2012/1), no contexto de mobilização e sensibilização docente e discente em relação aos alunos processos de Iniciação Científica e Tecnológica, a Prope/CP solicita o apoio e o empenho de todos e todas no sentido de ressignificar a ação investigadora, refletindo sobre o papel da pesquisa na formação integral de nossos alunos e alunas. Há que se acreditar na possibilidade de adoção de uma sistemática de acompanhamento pessoal que promova competências inovadoras, de forma colegiada e interdisciplinar, articulando a pesquisa ao ensino e à extensão. Na PUC Goiás, a legitimidade da produção de conhecimento por meio da prática da pesquisa tem ganho, gradativamente, e de forma quanti-qualitativa, a adesão e o reconhecimento dos atores institucionais diretamente envolvidos. Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Folha PUC 516 - 8 Assistência Estudantil Artigo Peregrinos do alvorecer Se nós, conhecidos como a parte indígena do povo brasileiro e que já ocupamos densamente o Centro-Oeste deste País, fôssemos narrar nossa história, provavelmente faríamos de uma forma semelhante a esta que se segue: Somos os Peregrinos do Alvorecer, os primeiros seres humanos a chegarem ao centro desta nação, hoje conhecida como Brasil. Chegamos aqui por volta de 12 mil anos atrás. O lugar era tão bonito que se assemelhava a um paraíso, por isso, o denominamos Jardins das Plantas Tortas. Diz uma lenda do nosso povo que nestas terras viveríamos felizes por muitas e incontáveis luas, por muitos e incontáveis sóis e que vivenciaríamos tantos períodos chuvosos, que nossas pedrinhas de contar seriam quase que insuficientes, até o dia em que os nossos descendentes ouviriam o canto da Juriti Pepena, vindo direto de uma touceira de tajás, uma ave invisível que ao piar traria má sorte e desgraça para todos nós e poderia acabar com a nossa felicidade. Isto já aconteceu, Juriti Pepena piou. E, foi há bem pouco tempo! Hoje, flutuamos sem rumo numa terra muito estranha. Ainda ontem, chegou até nós uma notícia triste. Diz esta que Djahí, um jovem guerreiro, cuja aldeia se situa nas cabeceiras do rio Jamari, teve um pesadelo que acordou todo o seu povo. Indagado sobre o que sonhara, disse que no meio da noite por três vezes, ouviu o piar da Juriti Pepena. Esperamos que seja apenas um sonho! Os primeiros capítulos da nossa história, felizmente, estão sendo escritos pelos antropólogos. Estes profissionais descrevem como era o Jardim das Plantas Tortas, e como nele vivíamos, no tempo em que nossos ancestrais chegaram por aqui. É claro que para esta função, baseiam naquilo que chamam evidências. Na visão, dos antropólogos evolucionistas, o final da historia já se esboça, mas ainda não se sabe onde a estrada do tempo e da evolução a conduzirá. Como os próprios evolucionistas afirmam, a evolução de vez em quando reserva surpresas. Um pouco da narrativa antropológica Esta é uma faceta da história do povoamento humano no centro da América do Sul tem início por volta de 12 mil anos antes do presente. Naquele tempo, muitas paisagens, que hoje caracterizam o continente Americano e a América do Sul em particular, ainda não existiam da forma como se nos apresenta atualmente. O Planeta Terra estava vivendo o final da glaciação Pleistocênica. Havia muita turbulência, as correntes oceânicas possuíam outros limites de abrangência, que refletiam de forma decisiva nas correntes atmosféricas, que aos poucos foram mo- Folha PUC 516 - 9 Uma reflexão entre o êmico e o ético para a Antropologia começar o semestre delando as paisagens continentais, distribuindo modelos climáticos pelos cantos do continente, consolidando alguns biomas e modificando drasticamente outros. Era a aurora de uma nova época geológica, conhecida atualmente como Holoceno. O Planeta estava se aquecendo, em relação ao Pleistoceno. As geleiras do Ártico despencavam em blocos, sobre o mar ou provocavam imensas erosões, no interior dos continentes, pelas correntes das águas derretidas. O nível do mar estava subindo e tomando lentamente as partes expostas das áreas que hoje constituem uma parcela da plataforma continental. A lenta subida do nível das águas oceânicas trazia como uma das consequências o represamento dos cursos d’águas interiores. Com isto, a mecânica dos rios foi mudando, transformando os cursos d’águas para menos velozes e mais largos, brindando oportunidades para a formação de planícies de inundação e lagoas laterais. A temperatura era mais baixa que os padrões atuais e os ventos de junho e julho provocariam as friagens nos vales enfurnados, um fenômeno tão forte que trazia muitas mudanças de comportamento da fauna nativa. Por falar em fauna nativa, naquela época ainda existiam nos chapadões centrais da América do Sul os elefantes, conhecidos como Haplomastodon, preguiças gigantes, conhecidas como Eremotherium, tatus gigantes, conhecidos como Gliptodontes e tantos outros gigantes que compunham a mega-fauna da América do Sul. Perseguindo estes animais, havia um grande predador, oriundo da América do Norte, conhecido pelo nome popular de Tigre-Dentes-de-Sabre, grande felino do gênero Smilodon. Ao lado desses animais uma fauna variada de médio e pequeno porte, partilhava seus nichos e ecossistemas. Alguns destes animais conseguiram sobreviver até os dias atuais. O Cerrado com os seus diversos ambientes, também já existia em toda sua plenitude e servia de acolhida, como uma manjedoura de palha, para toda diversidade de fauna, desde os mamíferos até os pequenos insetos polinizadores. Foi neste cenário, que os primeiros seres humanos chegaram ao interior da América do Sul. Tratava-se de um grupo pequeno, composto de quatro a cinco famílias nucleares, tendo ao todo dezoito a vinte pessoas, incluindo crianças. Pelo que se conhece a cerca do comportamento de grupos caçadores e coletores, essa população chegou ao alvorecer, certamente veio verediando pelo alcantilado de alguma serra, atraídos pelo aroma adocicado dos cajuis. A época corresponderia ao calendário atual, o que deveria ser final de setembro. Quando a luminosidade do sol descortinou um longínquo horizonte, a visão de uma interminável campinarana deve ter extasiado todo grupo. À medida que o clarear se intensificava, as gotículas de orvalho nas folhas dos capins nativos imitavam o faiscar de diamantes brutos no fundo da bateia. O sol escalava rápido aquele céu azulado e uma brisa temperada, tal qual um manto de algodão, cobria de calor aqueles corpos maquiados com cinzas. Enquanto o dia avançava, aquela gente pôde enxergar um pequeno córrego de águas limpas, ao longe, se descortinavam as brumas brancas de uma pequena cachoeira, bem próximo, uma lagoa e mais distante um rio de águas correntes pareciam indicar que ainda existiam caminhos. A claridade foi-se evidenciando e, à medida que o fato se concretizava, animais de hábitos herbívoros se aglomeravam para deliciarem o gosto meio adocicado dos brotos novos das gramíneas que surgiam como um tapete esverdeado no solo escuro, ainda chamus- cado pela última queimada. Ali também estavam animais insetívoros que se banqueteavam ao redor dos cupinzeiros. Ao largo, na espreita, estavam camuflados os carnívoros, esperando um vacilo da presa predileta. Aqueles humanos estavam deslumbrados diante de tal abundância. Ao estenderem os olhares para mais adiante, avistaram a testa esbranquiçada de um paredão de arenito. A intuição os conduziu ao local. Ali encontraram vários abrigos naturais, nos taludes destes, sempre havia uma mina d’água. Talvez, o sonho do Paraíso estivesse naquele momento se realizando. A tarde trouxe uma revoada de mariposas e tanajuras, para a festa de muitas aves. Os homens daquele grupo acamparam no abrigo, providenciaram uma fogueira, reconheceram melhor o ambiente, escolheram locais mais protegidos para as crianças e se distribuíram por locais, conforme suas conveniências. Ali permaneceram por séculos. Nos campos havia abundância de caça, ora mais, ora menos concentrada, de acordo com a época do ano. Nos ribeirões, e nas lagoas, havia muitos peixes. Nas vastidões dos campos, cerrados e cerradões havia em cada época específica, uma variedade de frutos comestíveis. Também existia uma profusão de meliponíneas, abelhas nativas, sem ferrão, que recheavam as cavidades dos paredões de rochas, das árvores ou do solo, com seus deliciosos potes de mel. Assim, esses povoadores pioneiros tinham à sua disposição proteínas animais, vitaminas diversas, oriundas dos variados frutos e açúcares provenientes da coleta do mel silvestre. Sua dieta ainda era complementada pela cata de ovos e consumo de alguns insetos, ou larvas destes. A fertilidade da sobrevivência era complementada com espécies lenhosas para as fogueiras e com uma variedade de matéria prima mineral, que utilizavam para fabricarem instrumentos. Não se sabe ao certo, se esses Peregrinos usavam algum tipo de vestimenta. Entretanto, como naquela época, o clima era ligeiramente mais frio que o atual, é de se supor que algum agasalho confeccionado a partir de couro de cervídeos, servia-lhe de proteção contra as friagens. Além do mais, no seu grande arsenal de ferramentas de pedras mais bem trabalhadas, ressalta a presença maciça de raspadores, encontrados com marcas de sangue, sugerindo uma associação com o preparo do couro, além de furadores e agulhas de ossos. O ambiente, embora apresentasse temperaturas um pouco mais baixas que os padrões atuais, não se caracterizava por excessos, nem frio, nem calor muito intensos, a não ser em poucos dias do ano. As chuvas se distribuíam dentro dos parâmetros atuais. Os estudos da estratigrafia em abrigos e fora destes revelam uma estação seca outra chuvosa. O que se pode concluir dessas inúmeras observações, é que os efeitos do final da era glacial, tão marcante noutras partes do planeta, não chegaram a causar modificações bruscas nos chapadões do centro da América do Sul, ocupados pelas vastidões de variedades de cerrados. Assim era no princípio! Dr. Altair Sales Barbosa, professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Acadêmicos aprovam iniciativas “Avalio como sendo uma boa política, que atende bem as necessidades dos alunos. Em minha opinião, a CAE, após a reforma estrutural, voltou melhor ainda, tanto na prestação de serviços como na comodidade oferecida aos alunos”. Engenharia Civil, 4º período Atendimento a estudante, na CAE Provas foram aplicadas em dezembro de 2011 A Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) da PUC Goiás, por meio da Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE), realizou uma pesquisa de satisfação com os alunos que usufruem dos 16 programas de assistência estudantil oferecidos pela universidade. Eles responderam um questionário enviado por email que buscava avaliar a estrutura, atendimento e acompanhamento oferecidos pela CAE. Apenas em 2011, 10.172 acadêmicos foram contemplados com algum tipo de benefício (ver quadro). De acordo com o coordenador de Assuntos Estudantis, professor Maurílio Félix, o balanço foi bastante positivo. “A CAE tem conseguido agendar reuniões para discutir e encontrar soluções para os desafios que se fazem constantemente frequentes. Todas as unidades acadêmico-administrativas são envolvidas e contribuem de forma direta ou indireta para a concretização dos objetivos comuns e essa parceria tem se dado de forma tranquila”, avalia. Um dos aspectos levantados pelos acadêmicos refere-se à reforma e readequação do espaço físico da CAE, fato que possibilitou melhoria no atendimento e conforto aos estudantes. A Coordenação mantém diversos programas de bolsas e financiamentos que objetivam contribuir para o acesso e permanência dos estudantes, bem como a qualificação da vida acadêmica e formação integral. Os programas fazem intervenção direta com as comunidades discente, docente, administrativa e organismos externos, tanto governamentais como não governamentais. Novas metas também foram traçadas a partir dos comentários e avaliações feitas pelos alunos, entre elas: aprimorar o acompanhamento acadêmico dos bolsistas do Vestibular Social, OVG e Fies; promover encontros e reuniões semestrais com as unidades acadêmico-administrativas que fazem interface com os programas desenvolvidos pela CAE; promover maior aproximação e inserção do Programa de Qualidade de Vida Acadêmica com os Programas de Apoio Estudantil desenvolvidos pela Pró-Reitoria de Graduação, como acessibilidade, cursos online e Programa de Orientação ao Aluno. Inscrições para oficinas da CAC continuam abertas Profa. Sandra representa a PUC na Conferência Regional de Meio Ambiente Estão abertas, até 2 de março, as inscrições para oficinas oferecidas pela Coordenação de Arte e Cultura da PUC Goiás (CAC/ Proex), nas áreas de fotografia, cinema, arte aplicada, desenho e pintura, dança, coral e teatro. A taxa de inscrição é de R$ 20,00 e os cursos têm duração de um semestre. Informações: 39461619/3946-1620. 92,3% dos estudantes consideram que os benefícios oferecidos contribuem para o acesso à universidade. Programas de Assistência Estudantil oferecidos Programa de Bolsas - Bolsa de Incentivo à Cultura - Bolsa Monitoria - Bolsa Prouni - Bolsa Social - Bolsa Vestibular Social - Bolsa Empresa - Bolsa Prefeitura Municipal - Bolsa Universitária (OVG) Programa de Financiamentos - Crédito Educativo da PUC Goiás (Fundaplub) - Financiamento Estudantil (Fies) Programa de Egressos Programa Moradia Estudantil - Casa de Estudantes Universitários Programa Movimento Estudantil - Diretório Central dos Estudantes (DCE e Centros Acadêmicos) - Associações Atléticas Programa Qualidade de Vida Acadêmica - Grupos de Desenvolvimento de Habilidades Sociais - Oficinas Temáticas - Orientação e Apoio Psicológico Individual - Orientação aos Pais A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Goiás, Sandra de Faria, representou o reitor Wolmir Amado na solenidade de abertura (foto) da última Conferência Regional de Meio Ambiente, realizada na manhã do dia 9 de fevereiro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). O evento, que reuniu representantes de 20 municípios da Região Metropolitana de Goiânia, é fase preparatória para a 3ª Conferência Estadual de Meio Ambiente, que ocorre entre os dias 1º e 3 de março. Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Folha PUC 516 - 10 Extensão Fraternidade e Saúde Pública na PUC Goiás Programe-se Unati faz encontro preparatório para matrículas Alunos durante encontro informativo realizado em 2011 Comissão de Articulação da Campanha da Fraternidade 2012 na PUC Discutir a saúde pública. Com esse objetivo foi lançada oficialmente, no dia 22, na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, hospital-ensino da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, vinculado à Sociedade Goiana de Cultura (SGC), e no dia 23, na PUC, a Campanha da Fraternidade 2012 com o tema Fraternidade e Saúde Pública, tendo como lema “Que a saúdese difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). No lançamento da campanha na PUC Goiás, que mantém e desenvolve uma série de serviços voltados para a saúde pública, com atendimento nas áreas de fonoaudiologia, psicologia, análises clínicas, fisioterapia, em três clínicas-escolas, um laboratório e um serviço de atendimento médico, foi nomeada a Comissão de Articulação da Campanha da Fraternidade 2012, que reúne representantes de todos os cursos da área de saúde da universidade e terá, ainda, um representante da Paróquia Universitária São João Evangeslista. A solenidade foi presidida pelo reitor Wolmir Amado, na Sala de Reuniões do Gabinete da Reitoria, e contou com a participação dos pró-reitores Sérgio Machado (Saúde), Daniel Rodrigues Barbosa (Administração), Sônia Margarida Gomes Sousa (Graduação), Márcia de Alencar Santana (Extensão e Apoio Estudantil) e Eduardo Rodrigues da Silva (Comunicação), além de diretores de departamento e professores. O reitor destacou a importância do tema, por se tratar de uma prioridade nacional, apontada como desafio número um a ser enfrentado pela sociedade brasileira. “A universidade se insere nessa discussão de um modo muito direito, não só porque a comunidade universitária é usuária dos serviços de saúde, mas porque, enquanto universidade, é educadora e educa para a saúde, tendo relação direta com a saúde pública, com os gestores públicos e sendo, ela mesma, gestora de Lançamento oficial da Campanha realizado na Santa Casa Reitor apresenta o texto-base da Campanha unidades de saúde”, destaca. O pró-reitor de Saúde da PUC Goiás, professsor Sérgio Machado, lembra que a Igreja tem alcance em todo o país, podendo levar a mensagem e a discussão da saúde pública, visando à conscientização da população e, com isso, a cobrança de melhores serviços. Presidente da Comissão de Articulação da PUC, o professor Lorenzo Lago, chefe de Gabinete da Reitoria, acrescenta que o objetivo da comissão é promover a articulação da campanha, ao longo de todo o ano, com os eventos que a universidade realiza, relacionando-os ao tema Saúde Pública. A Comissão Prof. Lorenzo Lago (Filosofia e Teologia) Profa. Adriana Bernardes Pereira (Psicologia) Profa. Ana Maria Trindade (Serviço Social) José Rodrigues do Carmo Filho (Clínica-Escola Vida) Profa. Kátia Karina Verolli Oliveira de Moura (Ciências Biomédicas) Profa. Luciana Alves Antonio Machado (Fonoaudiologia) Prof. Renato Alves Sandoval (Enfermagem) Profa. Rita Francis Gonzalez y Rodrigues Branco (Medicina) Família PUC Goiás Prof. Bertazzo: uma vida inteira dedicada à educação e a arte Prof. Bertazzo com a esposa Na PUC Goiás desde 1985, a história do professor Giuseppe Bertazzo com a instituição é composta por várias etapas. Professor de várias disciplinas, no Departamento de Filosofia e Teologia (FIT) da universidade, onde também foi coordenador, assessor da Sociedade Goiana de Cultura (SGC), mantenedora da universidade, na década de 1990, e chefe de Gabinete da Reitoria no período de 2002 a 2010 foram algumas das atividades desempenhadas por ele ao longo de sua relação com a PUC. Graduado em Teologia, na Itália, onde nasceu, e em Direito pela hoje Unianhanguera, mestre em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), aos 67 anos, Giuseppe Bertazzo agora tem dedicado parte do seu tempo às artes plásticas. No último dia 16, abriu a exposição Gracias a la Vida, que reúne 26 peças que podem ser conferidas pelo público no hall da Biblioteca Central da PUC Goiás. A exposição, que permanece até 13 de março, abre a temporada 2012 do projeto Ga- leria a Vista. Utilizando galhos, troncos e raízes de árvores, o professor retrata animais, igrejas e presépios, em peças em que prevalece a liberdade de interpretação e que dá asas à imaginação de quem as aprecia. Casado com Maria Eudóxia Bertazzo, é com ela que o professor divide, além da vida, o gosto estético. A peça de abertura da exposição é uma homenagem à neta, que vive no Rio de Janeiro. Bertazzo tem dois filhos, Sérgio e Lúcia Bertazzo, e uma vida repleta de histórias para contar. Folha PUC 516 - 11 A Universidade Aberta a Terceira Idade (Unati), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil da PUC Goiás, realiza, no dia 27, Encontro Informativo com os alunos (novatos e veteranos), às 14 horas, no Auditório da Área 2. Na reunião, os alunos terão conhecimentos sobre a nova grade de oficinas, cronograma de aulas além de conhecer os professores e a coordenação da Unati. As matrículas serão realizadas nos dias 29 de fevereiro e 1 º de março, no Laboratório de Informática da Área 2 ou no site da PUC Goiás. Só poderão efetuar matrícula, os alunos que participarem do Encontro Informativo. Mais informações: 3946-1339. TED x PUC Goiás será dia 29 Curso sobre o Islã O Núcleo de Estudos Avançados em Religião e Globalização (Nearg) e o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Goiás promovem, entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março, o curso intensivo Sociologia do Islã, que será ministrado pelo professor Enzo Pace, da Universidade de Pádua, Itália. O evento será o Auditório do Básico, na Área 2, ao lado da Paróquia Universitária, a partir das 8h30. Inscrições e informações pelo e-mail [email protected] e telefones 3946-1673 e 3946-1642. Prof. Bertazzo expõe no Galeria a Vista O Projeto Galeria a Vista expõe os trabalhos do artista plástico, professor Giuseppe Bertazzo, até 13 de março, no hall da Biblioteca Central da PUC Goiás (Área 1, Setor Universitário), em exposição intitulada Gracias a la Vida. Para ficar por dentro de tudo o que acontece na PUC Goiás, acesse o PUC Notícias (www.pucgoias.edu.br). Serviço Social comemora 55 anos O curso de Serviço Social da PUC Goiás realiza aula inaugural e comemora seus 55 anos no dia 12 de março, às 19 horas, no Auditório da Área 1. Na ocasião serão lançados os livros Vivo pela Terra, não pela Guerra, de autoria da professora Liliana Patrícia Lemus Sepúlveda Pereira, e Serviço Social Previdenciário: uma construção histórica, da docente Olívia Maria Jácome Costas, ambas do Departamento de Serviço Social da universidade. Dissertações programadas A Coordenação de Pós-Graduação Stricto Sensu (CPGSS) da PUC Goiás programou, para os dias 28 e 29, a apresentação de duas dissertações, nos mestrados de Ecologia e Produção Sustentável e Ciências Ambiental e Saúde. Confira a programação: Ecologia e Produção Sustentável Dissertação: A cultura do açafrão e as mudanças socioeconômicas, tecnológicas e ambientais em Mara Rosa (GO) após a criação da cooperação, no período de 2003 a 2011 Orientanda: Eunice de Faria Data: 28 de fevereiro Horário: 9 horas Local: Mestrado em Ecologia e Produção Sustentável A PUC Goiás sedia, no dia 29, no Auditório da Área 4, o evento TED x PUC Goiás com curadoria do diretor executivo da Fundação Aroeira, professor Leonardo Guedes. O evento reunirá vários palestrantes, de diferentes áreas de atuação. As inscrições já podem ser feitas na página www.tedxpucgoias. com.br/tedxpucgoias/?p=62. A entrada é gratuita. Simpósio Internacional de Enfermagem O Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição (CEEN), que tem parceria da PUC Goiás na oferta de cursos de especialização, está com inscrições abertas para o II Simpósio Internacional, que será realizado nos dias 30 e 31 de março, com o apoio da universidade, no Teatro Madre Esperança Guarrido - Colégio Santo Agostinho (Avenida Contorno, n° 63, Setor Central). Informações e inscrições: www.ceen.com.br ou (62) 3501-3300 Ciênicas Ambientais e Saúde Dissertação: Condições de trabalho e saúde ocupacional em trabalhadores da limpeza urbana de morrinhos (GO) Orientanda: Margarida Martins Coelho Data: 29 de fevereiro Horário: 14 horas Local: Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde (Área 5) Editora da PUC Goiás Psicologia Transpessoal Psicologia Transpessoal, organizado por Nilton Geraldo Ferreira, reúne artigos de cinco autores sobre o tema título da obra. Publicado pelo Instituto Serra da Portaria (Paraúna/GO), editado pela Editora da PUC Goiás, o livro é o primeiro volume da coleção de Psicologia Transpessoal, que, como dito na apresentação, “pensa globalmente, para agir localmente”. Educação Apinayé A educação escolar Apinayé na perspectiva bilíngue e intercultural, de Francisco Edviges Albuquerque (organizador), é uma publicação da Editora da PUC Goiás em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT). Onde encontrar Os livros editados pela Editora da PUC Goiás estão disponíveis, para venda, na Livraria da PUC Goiás, que fica na Área 1 (frente com a Biblioteca Central Dom Fernando), 5ª Avenida, n. 722, Qd. 71, Setor Leste Universitário. Informações: 3946-1080 ou email [email protected]. Goiânia, 2ª quinzena de fevereiro de 2012 Folha PUC 516 - 12 Memorial do Cerrado Onde o lazer e a cultura se encontram Eleito o lugar mais bonito de Goiânia em 2008, o Memorial do Cerrado é uma excelente opção para quem deseja aliar lazer e cultura e conhecer diferentes formas de ocupação do bioma Cerrado, ao longo da história, bem como as relações entre homem e natureza. Localizado no Câmpus II da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, o Memorial, que é um projeto do Instituto do Trópico Subúmido (ITS), conta com um roteiro de visita, com passagem por cinco ambientes, que retratam essas diferentes formas de ocupação: Museu da História Natural, Vila Cenográfica de Santa Luzia, Fazenda, Quilombo e Aldeia Indígena Timbira. Há ainda um espaço para oficinas educativas e criativas e trilhas ecológicas, que totalizam dois quilômetros de extensão. O Memorial tem coordenação administrativa da Fundação Aroeira e, técnica, do ITS, coordenado pelo professor Altair Sales. Ao chegar ao local, o visitante recebe um folder para orientá-lo durante a visita. Grupos previamente agendados contam com auxílio de um guia. Para concluir o percurso, que pode ser feito individualmente ou em grupos (a partir de 15 pessoas é necessário agendar a visita com antecedência mínima de 15 dias), o visitante levará, em média, 1 hora. É recomendável o uso de calçado confortável. O Memorial do Cerrado dispõe de ampla infraestrutura, com lanchonete e restaurante. É proibida a entrada de animais e bebidas alcoólicas. São concedidos descontos, que variam de acordo com a categoria, para grupos de alunos de escolas públicas, entidades assistenciais ou vinculadas à Arquidiocese de Goiânia, associativas e religiosas e alunos e professores da PUC. O espaço também pode ser locado para eventos institucionais e fotografias e filmagens, para fins pessoais ou comerciais. Animais taxidermizados Aldeia dos Quilombos Museu da História Natural Lago do Memorial Peças arqueológicas Memorial João Paulo II reúne estátua e relíquias do papa Altar usado pelo papa foi restaurado para compor o Memorial O Câmpus II da PUC Goiás também sedia o Memorial João Paulo II, inaugurado em outubro de 2011, na data em que se comemoraram os 20 anos da visita do papa a Goiás, tornando-se um dos primeiros locais, no mundo, destinados à veneração do Bem-Aventurado João Paulo II, beatificado em maio do ano passado. O espaço, que fica ao lado do lago do Memorial do Cerrado, é composto pelo altar da celebração que o papa presidiu na capital, que foi totalmente restaurado e transferido para o Câmpus II da PUC, com o apoio do Governo de Goiás; uma estátua do beato, que foi esculpida na Itália, e sua cátedra, que ficam expostos à visitação pública. Serviço Horários de visitação Segunda a sábado 7h30 às 19h30 Domingos e feriados 8h às 12 horas e das 13h às 17 horas Ingressos R$ 12,00 (estudantes com carteirinha e idosos, acima de 60 anos, pagam meia-entrada). Crianças com idade até 6 anos, acompanhadas de um adulto, não pagam entrada. Endereço Avenida Engle s/n, Jardim Mariliza. Mais informações e agendamento de grupos: 3946-1723.