Conferências - Títulos e resumos

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Conferências - Títulos e resumos
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CONFERÊNCIAS
Autora: Pérside Omena Ribeiro
Título: A VIA SACRA EM AZULEJOS DO ADRO DO CONJUNTO FRANCISCANO DE
JOÃO PESSOA, PARAÍBA – PROJETO DE RESTAURAÇÃO.
Resumo: O Convento de Santo Antônio da Paraíba é um conjunto religioso
franciscano composto por Cruzeiro, Adro, Igreja de Santo Antônio,
Convento de Santo Antônio, Capela da Ordem Terceira, Casa de Oração
(conhecida como Capela Dourada), Horto e Fonte de Santo Antônio. É
um dos mais importantes monumentos do Brasil. Sua construção, que
foi iniciada no século XVI e concluída no séc. XVIII, permite que seja
observado todo o desenvolvimento da chamada “escola franciscana”
tanto na arquitetura quanto na talha, na cantaria, na pintura e na
azulejaria.
No acesso a esse conjunto, encontra-se o Adro guarnecido por muros
com revestimento em área aproximada de 480m² de azulejos
portugueses da segunda metade do século XVIII, monocrômicos, brancos
e azuis, arrematados pelas cimeiras em cantaria de calcário, ornadas
com leões de fô, pináculos, mascarões, cartelas, volutas e outros
elementos em calcário, intercalando os seis frontões que encimam os
nichos que abrigam a Via Sacra representada por seis painéis em
azulejos figurativos em tons azuis sobre fundo branco, de provável
autoria do artista português Policarpo de Oliveira Bernardes.
Esse importante acervo é objeto do projeto de restauração realizado
pela Grifo Diagnóstico e Preservação de Bens Culturais, juntamente
com Antônio Fernando Batista dos Santos, por meio de contrato firmado
com a Grillo e Werneck Projetos e Consultoria Ltda., Empresa
responsável pelo projeto completo de restauração do conjunto.
Para a realização da proposta de intervenção, exposta neste artigo,
foram necessários levantamento com estudo detalhado sobre cada
elemento e identificação dos materiais componentes, além da
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verificação do comportamento entre eles e da ação dos agentes de
deteriorações naturais e artificiais, intrínsecos e extrínsecos, para a
definição de um diagnóstico quanto ao estado de conservação dos bens,
isoladamente. Após conclusão do diagnóstico, foi possível definir a
proposta de tratamento em relação a cada um dos objetos do acervo,
com a especificação de técnicas e materiais compatíveis com os
primitivos, possibilitando, deste modo, resgatar a integridade física e
estética de tais bens, assim como a leitura do conjunto, de forma mais
harmoniosa.
Autora: Dra. Aldilene Matinho César Almeida Diniz
Título: CIRCULAÇÃO DE GRAVURAS FLAMENGAS E AS ORIGENS
ICONOGRÁFICAS DOS AZULEJOS DA VIDA DE FRANCISCO DE ASSIS NA
AMÉRICA PORTUGUESA.
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo discutir sobre a circulação de
gravuras flamengas e suas relações com as origens iconográficas dos
azulejos da vida de Francisco de Assis (c. 1181-1226) produzidos para a
América Portuguesa. Considerando-se, ainda, o risco de perda de parte
do acervo azulejar encontrado no Brasil, pretende-se apresentar alguns
exemplos de painéis que, atualmente, encontram-se deteriorados e
promover uma comparação desses azulejos com seus modelos gravados,
modelos esses localizados por meio da pesquisa de doutorado da
autora. Para isso, serão discutidas questões em torno dos conjuntos
azulejares estudados, presentes nos estados de Pernambuco e da Bahia.
Autor: Francisco Tomás
Título: SANT'ANNA - FAIANÇAS E AZULEJOS DESDE 1741 - A HISTÓRIA DA
FÁBRICA SANT'ANNA FUNDADA EM 1741 E OS SEUS QUASE 3 SÉCULOS
DE PRODUÇÃO AZULEJAR EM PORTUGAL E NO MUNDO.
Resumo:
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Autora: Dora Alcântara
Título: O PATRIMÔNIO AZULEJAR NO RIO DE JANEIRO.
Resumo: Dos azulejos seiscentistas enviados para o Brasil, poucos são os
exemplares encontrados no Rio de Janeiro. Tal como aconteceu nas
cidades situadas fora da área de produção açucareira, onde somente
algumas encomendas de ordens religiosas proporcionaram o
revestimento de paredes com os tapetes cerâmicos, característicos
daquela época, no Rio de Janeiro, apenas o Mosteiro de São Bento e o
Convento de Santo Antônio possuem exemplares do século XVII.
Ainda que, no seguinte, como porto de exportação do ouro das Gerais,
a importância da cidade crescesse, os exemplares encontrados
continuam em igrejas, conventuais ou de irmandades. Podem ser vistos
na sacristia do Convento de Santo Antônio, na portaria do Convento de
Santa Teresa, e nas igrejas de irmandades de Nossa Senhora da Glória,
de Nossa Senhora da Saúde, e de Nossa Senhora da Pena.
Algumas residências nobres, muito provavelmente, terão tido painéis
do período de D. José I, mais referido como pombalino, e do período/
estilo seguinte, Dª Maria I, alguns registrados em gravuras ou aquarelas
da época.
Com o Movimento Neocolonial, junto à valorização da arquitetura,
surgiu o interesse pelo azulejo.
Colecionadores possuem os mais
diversos exemplares dos que encontraram em nossas demolições ou
reformas, mas também trazidos de outros pontos do País ou do
estrangeiro.
A coleção de Raymundo Ottoni de Castro Maia, tornada pública no
Museu do Açude, complementa a série de exemplares, segundo sua
cronologia.
A capital do Brasil independente coloriu suas ruas e atribuiu-lhes um
brilho discreto, por meio dos azulejos que importou de Portugal e de
vários centros europeus de produção, revestindo as fachadas de suas
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casas e sobrados com os azulejos. Aos poucos, finais do XIX e princípios
do XX, o gosto foi mudando e os revestimentos cerâmicos fixaram-se
nas varandas laterais das casas de porão alto, ou no interior das
edificações.
Durante o Movimento Neocolonial, acima referido, alguns artistas
pintaram cenas históricas em painéis de azulejos; os mais notáveis
deste gênero encontram-se em São Paulo. O Modernismo, porém, já
começava a revolucionar as propostas arquitetônicas e os painéis de
Cândido Portinari refletiram, no então revolucionário Ministério da
Educação e Saúde, a nova linguagem pictórica correspondente.
Alguns de nossos melhores pintores seguiram a linha traçada por
Portinari.
Outras experiências marcam a contemporaneidade do
azulejo. E, se estes atualizaram os painéis figurativos, Athos Bulcão o
fez em relação aos azulejos de tapete. A maior parte de sua obra
encontra-se em Brasília, mas temos exemplares no Rio de Janeiro,
deles sendo mais conhecidos os do Sambódromo.
Autor: Dr. Magno Moraes Mello
Título: A EXPERIÊNCIA DO ENGANO ARQUITETÔNICO NA AZULEJARIA
SETECENTISTA PORTUGFUESA.
Resumo: A arte portuguesa de setecentos encontra na pintura barroca um
momento de grande expressão, da qual destacamos o quadraturismo,
considerado o episódio de maior relevo na história da perspectiva. É
nesse sentido que podemos pensar na pintura de falsa arquitetura
apenas como mais um gênero pictórico. Lembre-se que esta forma (a
quadratura) se insere tanto no universo do arquiteto, como no da
pintura. Há de lembrar que este gênero pictórico constituiu por si só
uma diversidade na pintura e no sentido tradicional do decorativismo.
Para além de uma certa individualidade e de uma especificidade das
suas próprias formas, o quadraturismo tem a capacidade de unificar
pintura e arquitetura, de modo que uma e outra perdem-se nos seus
verdadeiros limites. É o exemplo da liberdade interpretativa
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proveniente de uma ausência de vínculos estruturais. Será devido a
essa dinâmica do espetacular que o quadraturismo não pode ser
considerado apenas um gênero pictórico, mas um modelo de forma
pictórica capaz de atuar com o ambiente construído num primeiro
momento, mas também capaz de criar a sua própria arquitetura
continuando a dimensão espacial (real) de qualquer templo. As
chamadas arquiteturas fingidas que formavam o fecho natural das
estruturas reais dando o complemento alegórico de visões de espaço
em céu aberto e aparições, constituirá no sonho que se tornava
realidade.
É neste sentido que a pintura de perspectiva arquitetônica portuguesa
do período barroco se estrutura em focos de destaque num mesmo
sistema nacional. É a constituição de uma ordem específica de
situações e de realidades locais com seus pequenos centros dominados
pela corte e condicionado pela esfera intelectual. Estas esferas
artísticas com seus pequenos centros possibilitam a criação de um
grande eixo com suas específicas ramificações.
Assim, a pintura sobre paredes, cúpulas e abóbadas constroem espaços
entre dois mundos. A esta categoria insere-se a decoração azulejar ao
longo de todo o século XVIII variando apenas em seus cromatismos, mas
possibilitando as mesmas aberturas perspécticas que o fresco ou a
pintura a óleo proporcionava. O quadraturismo enfrentará a dificuldade
técnica do azulejo, mas permanecerá em sua essência com a mesma
disposição geométrica e perspectiva arrombando espaços métricos: seja
em paredes ou em coberturas curvas.
Os motivos perspécticos aparecem corretamente dispostos em painéis
que abrem espaços no sentido interno das paredes como rombos
cenográficos em abundantes cenas povoadas de figurações, como
também a presença de formas arquitetônicas simulando espacialidades.
O ilusionismo arquitetônico português não está condicionado ao modelo
pictórico sobre o muro, assiste-se plenamente o azulejo com sua forma
reticulada criando dimensões perspécticas de grande valor tectônico.
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Autora: Dra. Niura Legramante Ribeiro
Título: OSIRARTE: UM MARCO NA AZULEJARIA MODERNA NO BRASIL.
Resumo: A Osirarte (1940-1959) foi um ateliê de azulejos artísticos pintados à
mão que, com a colaboração de artistas modernos, como Cândido
Portinari, Alfredo Volpi, Mário Zanini e Burle Marx, entre outros
realizou, primeiramente, grandes murais de azulejos monocromáticos
para espaços modernos arquitetônicos: Palácio Capanema, Conjunto
Residencial Pedregulho, Instituto Oswaldo Cruz, Clube de Regatas Vasco
da Gama, todos no Rio de Janeiro e Igreja da Pampulha, em Belo
Horizonte; posteriormente,
executou composições de azulejos em
policromias para funções diversificadas e para um público privado.
Entre os motivos das temáticas utilizadas, estão o mar, a vida de São
Francisco e cenas da cultura popular brasileira. A palestra enfocará
todo o processo de tratativas, as expectativas de Paulo Rossi Osir em
obter a encomenda dos azulejos para o Palácio Capanema, as pesquisas
realizadas para conseguir o processo técnico em relação ao azul, por
meio do acompanhamento de cartas trocadas com Portinari; e ainda,
serão abordadas os demais trabalhos como os azulejos da Pampulha e
as policromias vendidas a particulares, após a realização das grandes
encomendas.
Autor: Dr. Antônio Tomás
Título: A PRODUÇÃO DE AZULEJOS ARTESANAIS NO SÉC. XXI: UMA VISITA A
TODO O PROCESSO PRODUTIVO E CRIATIVO DE UM AZULEJO E DE UMA
PEÇA DE FAIANÇA NA SANT'ANNA E OS FATORES DE SUCESSO QUE AS
TORNAM ÚNICAS E APRECIADAS EM TODO O MUNDO.
Resumo:
Autora: Letícia de Maria Paixão Martins de Castro
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Título: PATRIMÔNIO AZULEJAR MARANHENSE.
Resumo: São Luís, capital do Estado do Maranhão, possui conjunto
arquitetônico de valor histórico, artístico e paisagístico. Seu Centro
Histórico, composto de arquitetura civil e religiosa, onde se concentra
maior número de azulejos dos séculos XVIII, XIX e meados do século XX.
A cidade foi tombada pelo Patrimônio Estadual em 1986, pelo
Patrimônio Federal em 1974 e incluído em dezembro de 1997, na Lista
do Patrimônio Mundial da UNESCO. Edificações de diferentes tipologias
receberam revestimento azulejar interna ou externamente, a maioria
de procedência portuguesa. No Centro Histórico, fachadas azulejadas,
praças, escadarias e mirantes se misturam às sacadas, alamedas,
museus, igrejas, remonta ao período colonial. O Inventário do
Patrimônio Azulejar do Maranhão é um conjunto de informações,
mapas, documentos, formulários, fotografias, relatórios e CD-ROM que
fazem parte de um projeto mais abrangente e ambicioso elaborado em
2001, pelos técnicos da Oficina de Azulejaria do Centro de
Criatividade” Odylo Costa, filho”, órgão da Secretaria de Estado da
Cultura do Maranhão – Brasil, para identificar e documentar todo
patrimônio azulejar existente no Estado do Maranhão. No trabalho
realizado em 2004, 2005 e 2006, aproximadamente 5.600 edificações
estão na área de tombamento estadual, destas 423 com fachadas
azulejadas em diferentes formas de aplicações, padrões e técnicas de
decoração. Este espólio fotográfico e documental está, desde 2004,
digitalizado e disponível, com a publicação dos Catálogos dos Azulejos
do Maranhão, documento histórico que tem como propósito promover a
conscientização do valor do nosso patrimônio, ante a importância da
memória documental desta coleção existente no estado.
Autora: Fernanda Gamboa
Título: O DESENVOLVIMENTO DO AZULEJO NO MÉXICO DA COLÔNIA AOS
NOSSOS DIAS. – (VIDEOCONFERÊNCIA).
Resumo:
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Autora: Zeila Maria de Oliveira Machado
Título: EMBRECHADOS DE EDIFÍCIOS RELIGIOSOS E CIVIS EM SALVADOR.
Resumo: O embrechado foi um revestimento muito utilizado na Europa, em
grutas de jardins e, em Portugal, passou a compor também os muros de
jardins, além das grutas. No Brasil, essa arte foi aplicada em torres e
frontões de igrejas, em capelas, no interior das igrejas, e também em
muros de jardins de residências. De expressão ingênua e decorativa, o
embrechado foi uma técnica concebida em função dos contrastes e da
capacidade expressiva dos materiais utilizados (conchas, pedras,
fragmentos de vidro, fragmentos de porcelana e porcelanas inteiras) e
da sua ligação com as formas e espaços arquitetônicos. Os primeiros
exemplares da técnica do embrechado surgiram na Itália, no século
XVI, e foi introduzida no Brasil no final do século XVIII, sendo o
Nordeste com destaque relevante e na Bahia é onde encontramos maior
número de composições, quer seja em torres de igrejas, capelas e
jardins de residências e na cidade de Salvador contamos com belas
composições de embrechados nas principais igrejas e jardins
residências.
Autor: Dr. Olímpio José Pinheiro
Título: AZULEJARIA LUSO-BRASILEIRA: IDENTIDADE, METAMORFOSE E
CONTEMPORANEIDADE.
Resumo: O tapete cerâmico de padrão, século XVII, e o painel istoriato, século
XVIII, da azulejaria colonial luso-brasileira, constituem um meio de
comunicação, inter e pluri-sensorial, talvez o mais poderoso do seu
tempo, uma vez que incorpora e inter-relaciona, dinamicamente,
linguagens artísticas e técnicas de diferentes gêneros.
Pela simulação da linguagem da arquitetura (cercaduras, molduras,
vãos falsos, e outros), expressa-se como uma meta-arquitetura. Pelo
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projeto de design de superfície e reprodutibilidade seriada, constitui
um objeto de design histórico.
Pela incorporação de linguagens e técnicas, conecta um sistema de
comunicação técnico e artístico. De um lado, pelo pseudo-mosaic
europeu e, de outro, pelo mosaico alicatado árabe. Passa,
posteriormente, a revelar-se como azulejo, em cuerda seca e cuenca.
Finalmente, realizando-se plenamente através da maiolica da
renascença italiana, incorpora técnicas e temas da pintura.
Evolui, articulando-se com a linguagem da gravura em termos de
projeto, reprodutibilidade e mobilidade. E, deste modo, agencia um
poderoso sistema, em rede, de tele-comunicação, uma vez que irradia
sua mensagem imagética à dimensão e escala terrestre (Portugal,
Açores, Madeira, Brasil, e, parcimoniosamente, até Angola e Índia).
Como um fenômeno de natureza híbrida, constitui e incorpora
diferentes linguagens, constrói identidades, metamorfoseia-se e desafia
a criatividade de arquitetos, designers e artistas contemporâneos.
Autor: Dr. Carlos Linhares de Albuquerque
Título: NEM TUDO ESTÁ AZUL NO CLAUSTRO DO CONVENTO DE SÃO
FRANCISCO DE SALVADOR.
Resumo: O que se perde, em termos de memória e registro da cultura, quando
se deixa um legado de 55 mil azulejos, dos séculos 17 e 18 se
deteriorar? O complexo do convento de São Francisco, em Salvador da
Bahia, reune muitos tesouros da arte barroca e uma riqueza
extraordinária em termos de arquitetura e arte sacra. Em meio tanto
esplendor, uma coleção de painéis compostos em azulejos se destaca. É
um tratado de ética e de elogio da boa conduta cristã, denominado de
Sermão dos Azulejos. É baseado na Emblemática Horaciana e consiste
em um verdadeiro Teatro Mitológico, muito de acordo com a didática
da Contrarreforma católica. O Theatro Moral da Vida Humana e Toda a
Filosofia dos Antigos e Modernos, no ritmo da Renascença, retoma
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valores romandos e os cristianiza, os painéis nada tem de bíblico, nem
do Antigo nem do Novo Testamento, sua “doutrina contém a tônica no
temor de Deus e no conhecimento de si mesmo”. É filosofia pagã
cristianizada. A concepção da obra chamada Sermão de Azulejos é de
Otto Vaenius, holandês da Antuérpia, católico, com os painéis contendo
os Emblemas de Horácio. Mas poderia ser Ovídio, Virgílio, Sêneca,
Plutarco e Horácio. É uma jóia rara que liga a Bahia lusitana à cultura
européia em uma época de retomada e renascimento das matrizes
greco-latinas. Os painéis foram instalados aqui no guardianato de frei
Boaventura de São José no ano de 1746-1748, segundo os Livros dos
Guardiães e registram quem "foram azulejadas as 4 quadras do
claustro". Os painéis estão largados à própria sorte e avançado estado
de deterioração. Há muitos deles com peças se soltando e a infiltração
está matando o azul. Lembram as araras azuis, no rumo da extinção.
Um crime. É preciso estancar esta ameaça. Como o olhar da psicologia
social e da antropologia, vamos comprovar que a perda da memória e
dos seus registros materiais ameaça a noção de identidade e imagem
social.
Autora: Eliana Mello
Título: UDO KNOFFE E A FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO AZULEJAR
CONTEMPORÂNEO NA BAHIA
Resumo: Em 1936, a arte azulejar ganha uma feição genuinamente nacional
ao ser inscrita nas monumentais fachadas de um marco da arquitetura
moderna, o edifício sede do Ministério de Educação e Saúde, no Rio de
Janeiro. Atualizando uma referência estreitamente ligada à nossa
tradição cultural, a azulejaria portuguesa, os azulejos do MES
inauguraram um período no qual, importantes artistas do cenário
brasileiro fizeram do azulejo um suporte de expressão criativa,
influenciando por algumas décadas as proposições de integração entre
arte e arquitetura.
Se na Região Sudeste o Atelier Osirarte, sob comando do artista Paulo
Rossi Osir, em São Paulo, foi o centro produtor indissociável de
praticamente todo o patrimônio azulejar formado entre as décadas de
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1940 e 1950, na Região Nordeste, o polo de maior destaque foi, sem
dúvidas, liderado por Udo Knoff, em Salvador.
Para conhecer a obra deste ceramista é preciso abordar duas vertentes.
A primeira envolve seu trabalho na execução das composições
idealizadas por Jenner Augusto, Carybé, Raimundo de Oliveira, Floriano
Teixeira, Lênio Braga e Juracy Dórea, artistas ligados ao Movimento
Modernista na Bahia. A segunda é sua produção autoral, de temáticas
figurativas e, também, de padrões, para revestimento de fachadas.
Nesta comunicação apresentamos o legado deste artista húngaro, seu
papel na transmissão do conhecimento sobre a arte azulejar e sua
relevante contribuição na formação do patrimônio cerâmico
contemporâneo brasileiro.
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COMUNICAÇÕES
Autor: Ana Maria Villar Leite
Título: O RESTAURO DO MURAL DE AZULEJOS MODERNISTAS DE LÊNIO
BRAGA DA RODOVIÁRIA DE FEIRA DE SANTANA
Resumo: Lênio Braga Nasceu no Paraná em 1931 e faleceu no Rio de Janeiro
em 1973. Começou sua vida artística em São Paulo, onde foi aluno de
Lívio Abramo, em 1955 transfere-se para Salvador, fazendo parte da
intelectualidade artística da Bahia. Em 1961 foi contratado pelo CEAO
(Centro de Estudos Afro-Oriental) da UFBA em 1965 participa com
Premiação da I Bienal de Artes Plásticas de Salvador, no Convento do
Carmo. Por questões políticas migra para o interior, como Jequié,
Itapetinga e Feira de Santana, razão pela qual hoje a nossa palestra
sobre a restauração de um grande mural com 120m², localizada na
Rodoviária de Feira de Santana, obra hoje tombada pelo IPAC após a
nossa intervenção de Restauro e de várias divulgações sobre este Artista
tão importante para a História da Arte baiana e Brasileira.
Autora: Belinda Maria de Almeida Neves
Título: OS PADRÕES DA AZULEJARIA DE FIGURA AVULSA NAS IGREJAS DE
SALVADOR
Resumo: Os azulejos de figura avulsa foram amplamente utilizados nos
programas decorativos dos templos religiosos no século XVIII, em
Portugal e nas colônias lusitanas. A cidade de Salvador possui um
significativo contingente desses exemplares nas igrejas do antigo
Convento de Santa Teresa - Museu de Arte Sacra da Universidade
Federal da Bahia -, Ordem Terceira de São Francisco, Convento de
Santa Clara do Desterro, Convento de Nossa Senhora do Carmo e Santa
Casa de Misericórdia. Em nosso estudo identificamos onde se encontram
esses exemplares, quantificamos esse contingente e o classificamos em
cinco grandes grupos: antropomorfos, zoomorfos, fitomorfos,
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embarcações, torres e castelos. Nos espaços religiosos é evidente a
preferência pelos motivos florais, seguido dos motivos zoomorfos, que
constituem um rico e diversificado bestiário, com exemplares únicos e
com características específicas em cada recinto. A presente
comunicação visa apresentar à comunidade o resultado desse inventário
e ressaltar a importância da azulejaria de figura avulsa nos templos de
Salvador.
Autora: Andreza Veronica dos Santos Baptista
Título: O DEPARTAMENTO DE PATRIMONIO HISTORICO E A PRESERVAÇÃO DOS
PAINEIS DE AZULEJOS DE BURLE MARX DO PAVILHÃO DE CURSOS E O
DE PAULO ROSSI OSIR DO RESTAURANTE CENTRAL DA FIOCRUZ.
Resumo: A Casa de Oswaldo Cruz vem desde 1986 desenvolvendo diversas
ações que buscam preservar a memória das ciências e da saúde pública,
incluindo a arquitetura histórica do campus Fiocruz Manguinhos. O
Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) é um escritório
institucional especializado em preservação do Patrimônio Cultural e
possui como objetivo a salvaguarda das edificações tombadas e de
interesse para preservação da Fiocruz. O DPH atua na preservação dos
exemplares modernistas existentes na fundação, sendo duas destas
edificações o Pavilhão de Cursos e Restaurante Central, conhecidos
também como Pavilhão Arthur Neiva e Pavilhão Carlos Augusto da Silva,
respectivamente. As duas edificações são projetos do arquiteto Jorge
Ferreira e contam com painéis de azulejos, o Pavilhão de Cursos conta
com o painel desenvolvido por Roberto Burle Marx e o Pavilhão Central
com painel de Paulo Rossi Osir. Estas edificações são reconhecidas e
protegidas desde 2001 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
(INEPAC), órgão responsável pela preservação do patrimônio cultural do
estado do Rio de Janeiro. O painel de azulejos do Pavilhão de Cursos
também recebeu o reconhecimento e proteção, desde 2009, do
Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), órgão municipal que
protege e promove o patrimônio cultural do município do Rio de
Janeiro. Para entender a importância do trabalho desenvolvido pelo
!
departamento na preservação dos azulejos podemos destacar três
intervenções. Dois projetos de restauração dos painéis de azulejos do
Pavilhão de Cursos e do Refeitório Central foram desenvolvidos em 1994
e 2000. Em 2004 foi realizado o projeto de confecção e fornecimento
de azulejos artísticos para a recomposição do painel inferior do
Pavilhão de Cursos, este painel foi retirado e guardado na década de
1970. Com a análise destas intervenções podemos compreender a
atuação do DPH na preservação dos painéis de azulejos modernistas e a
importância que este elemento decorativo carrega, principalmente nas
edificações modernistas.
Autoras: Fabiana Comerlato; Caroline Pereira Teixeira, Aline Silva Marçal
Título: LADRILHOS HIDRÁULICOS DO RECÔNCAVO DA BAHIA: MAPEAMENTO E
ESTUDO DOS PADRÕES COMPOSITIVOS EM CACHOEIRA – BAHIA
Resumo: O ladrilho hidráulico é uma placa de cimento constituída de areia, pó
de mármore e pigmentos com superfície de textura lisa, sendo mais
utilizado como piso. Este pavimento chega ao Brasil no penúltimo
quartel do século XIX com os imigrantes italianos. O emprego do
ladrilho hidráulico está associado a novos padrões de moradia com a
importação de gostos europeizantes, sendo um símbolo de status.
A ideia inicial pesquisa surgiu em razão da recolha de ladrilhos
hidráulicos de demolições e reformas de edificações históricas da
cidade de Cachoeira, Recôncavo da Bahia. A pesquisa compôs dois
planos de trabalho: um relativo à necessidade de compreender as
técnicas de produção e sua cadeia operatória nos locais de produção –
oficinas tradicionais, bem como seus padrões compositivos; e o outro, a
realização do levantamento da existência e preservação de ladrilho
hidráulico nas edificações do centro da cidade.
Para os trabalhos de campo, foram utilizadas duas fichas de registro:
uma de levantamento de imóveis e outra de padrões compositivos. O
perímetro percorrido abrangeu 28 logradouros (ruas, praças, travessas,
ladeiras) do centro de Cachoeira, sendo encontrados 32 imóveis com
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ladrilhos hidráulicos. O mapeamento trouxe dados relevantes, a maior
ocorrência deste pavimento em edificações com uso comercial e a
existência de grandes tapetes com mais de 1.000 peças. O hall de
entrada é o lugar da edificação que o ladrilho se mantém mais
presente. Nestes 32 imóveis, foram identificados 80 tapetes, sendo
identificados 28 padrões diferentes. Os pisos encontrados são simples,
sem desenhos rebuscados e com poucas cores. Os padrões compositivos
encontrados na cidade foram: os geométricos, os florais geométricos e
os florais orgânicos. Esses padrões têm muitos desenhos inspirados nas
formas elementares da geometria, tais como: quadrado, retângulo,
losango, hexágono, octógono, círculo e cubo. Foram encontrados
também padrões com figuras avulsas (flor de Liz), cubox, cubo médio e
cubinho. As cores dos ladrilhos que mais apareceram foram: o
vermelho, o vinho, o amarelo, o laranja e o rosa. Na cidade de
Cachoeira existe uma grande ocorrência desses desenhos compositivos,
sendo apresentados tanto em unidades de ladrilhos, como em frisos e
cantoneiras.
A pesquisa além de trazer o registro e análise dos ladrilhos nas
edificações de Cachoeira, buscou sensibilizar seus moradores para a
manutenção e preservação destes pisos artísticos.
Autora: Darlene Silva Senhorinho
Título: AZULEJOS INSERIDOS NO TEMPLO DA ORDEM TERCEIRA DO CARMO
DE CACHOEIRA: HISTÓRIA E ICONOGRAFIA
Resumo: Com a chegada dos carmelitas à colônia brasileira, a sua instalação
em Pernambuco e o seu rápido avanço no território, o estabelecimento
das Ordens Terceiras se processou com certo imediatismo. Na Vila de
Cachoeira, onde também se deu a instalação da Ordem Carmelita, os
irmãos Terceiros logo se fizeram presentes, de modo organizado e
marcante. No contexto da igreja da Ordem Terceira do Carmo de
Cachoeira, é percebível que os irmãos terceiros, não satisfeitos com
toda a talha dourada, policromia, molduras e pisos elaborados,
encomendaram o revestimento das paredes com azulejos portugueses
!
do século XVIII, em tons de azul com fundo branco, composição típica
do período. Os elementos estilísticos informam que os painéis são de
transição do Barroco para o Rococó e as cenas bíblicas ali
representadas apontam ligações com o Antigo Testamento, tendo,
provavelmente, como referências ilustrações bíblicas circulantes no
início do século XVIII, as quais em muito contribuíram para o trabalho
de pintores de azulejos. Contudo, é desconhecida a data exata de
fixação dos azulejos no templo. Considerando os estilos dos
enquadramentos, próprios daqueles produzidos em oficinas lisboetas,
supomos que as peças tenham sido fixadas entre 1745 e 1750. Os
azulejos da nave em sua cabeceira têm a altura de quase 3m com vinte
e um azulejos, já na capela-mor tem a altura de 3,30m, com vinte e
três azulejos. A iconografia é algo particular a cada ordem religiosa,
servindo, muitas vezes, como elemento de identificação e
diferenciação entre os muitos grupos existentes. Os carmelitas, que
aqui nos interessam particularmente, possuem uma iconografia pautada
essencialmente nos personagens que participaram direta e
indiretamente da formação da Ordem e da história do Catolicismo,
incluindo aqueles associados ao plano divino. Nesse sentido, assume
grande relevância o “patrono” da Ordem: o profeta Elias, tido como o
primeiro exemplo de vida monástica, tendo seu rigoroso regulamento
perdurado por séculos. A madona da Ordem a Virgem Maria, bem como
seus santos reformadores, São Simão Stock e Santa Tereza D’Ávila.
Autora: Valflor Loureiro Oliveira
Título: OFICINA DE AZULEJARIA DE SÃO LUIZ DO MARANHÃO
Resumo: O presente estudo tem como objetivo apresentar a Oficina de
Azulejaria do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho (CCOCF),
localizado no Centro Histórico, da cidade de São Luís, capital do
Maranhão (MA), que destina-se à pesquisa, ao registro, à capacitação
de jovens e à manufatura de azulejo colonial. A metodologia de
trabalho utilizada na Oficina de Azulejaria consiste na conservação e no
restauro de azulejos com técnicas a frio, na produção de réplicas de
!
azulejos para reposição de fachadas e interiores de prédios coloniais, e
no preparo de jovens com formação técnicas/científicas para
reprodução da manufatura de azulejos com tecnologia antiga e
originais. Assim, a partir de noções teóricas e práticas de conservação e
restauro do patrimônio azulejar em São Luís, o trabalho realizado na
Oficina de Azulejaria torna-se viável, pois contribui para dirimir as
perdas do patrimônio histórico.
Autor: Francisco Portugal Guimarães
Título: PAINÉIS ANTIGOS EM SALVADOR COM PINTURA IMITATIVA DE
AZULEJOS.
Resumo: A azulejaria foi durante séculos empregada na decoração em
Portugal, por influência dos mosaicos árabes, para revestir e embelezar
as paredes nuas de seus edifícios com conjuntos preciosos de azulejos.
Essa arte foi largamente utilizada no Brasil entre os séculos XVII e XIX,
por influência portuguesa, nos interiores e exteriores de seus opulentos
solares e de suas instituições religiosas. A Bahia, particularmente
Salvador, uma das cidades mais ricas e importantes durante esses
séculos, teve suas edificações enriquecidas por esse tratamento
decorativo, que lhes conferia brilho e ostentação. Juntamente com a
arte azulejar, Portugal produziu outras formas de ornamentação,
especialmente em fachadas de residências, a exemplo da arte imitativa
de azulejos encontrada nas fachadas das casas da região da Bairrada,
em que os artistas produziram uma relação de complementaridade
entre a arquitetura e a arte. Essa técnica, também no Brasil, teve
aceitação, em especial, em Minas Gerais, que, na quase ausência de
azulejos, produziu silhares pintados sobre madeira, sugerindo azulejo,
sem criar ilusões de que, de fato, fossem painéis de azulejos. Em
Salvador, as pesquisas antigas e atuais não registram o emprego do
imitativo de azulejo como elemento decorativo nas edificações. Desse
modo, o propósito desta comunicação é trazer a público, em caráter
inédito, a existência de imitativos de azulejos em instituições religiosas
!
soteropolitanas. Esse achado instiga a pesquisa que deverá, entre
outros objetivos, identificar, em Salvador, os monumentos civis e
religiosos que utilizaram e ainda possuem esse tipo de decoração, o
período de produção e as razões por que foram assim produzidos e não
empregados os azulejos propriamente, e compará-los com similares
existentes e documentados em outros estados brasileiros e em
Portugal.
Autor: Bruno Pascal Guinard
Título: O REVESTIMENTO AZULEJAR E A IDENTIFICAÇÃO DO MIKVÉ DA CASA
DE Nº 18 DO LARGO DO CRUZEIRO DE SÃO FRANCISCO, ATUAL HOTEL
VILLA BAHIA.
Resumo: O hotel Villa Bahia, antigo solar de arquitetura portuguesa construído
em princípio do século XVIII, localizado no Centro Histórico de Salvador,
outrora área urbana ocupada pela elite colonial açucareira,
profissionais liberais, funcionários da Coroa e ricos mercadores que se
avizinhavam de pequenas lojas comerciais e das principais ordens
religiosas regulares e suas igrejas.
Durante o processo de restauração do casarão foi identificada um
conjunto azulejar numa pequena área, que levou a equipe acreditar
que seria uma construção similar a um mikvé, com isso formou-se uma
equipe composta pelo rabino Ariel Oliszewski, pelo Presidente da
Sociedade Israelita da Bahia, Dr. Maurício Szporer, e pela historiadora
Profa. Dra. Suzana Severs, a fim de investigar a origem e finalidade
deste equipamento doméstico colonial.
A possibilidade de descobrir um mikvé em um dos solares situado em
importante área urbana da capital da colônia portuguesa na América,
nos evidenciará um cotidiano religioso judaico singular para o período
em que foi construído. O fato do mikvé nunca ter sido mencionado na
documentação inquisitorial conhecida (única fonte que pode fornecer
informações sobre a presença dos descendentes dos judeus conversos
!
na América portuguesa), corroborará com as informações sobre uma
ativa vida criptojudaizante na Bahia.
Autor: Luiz Alberto Ribeiro Freire
Título: AZUL, BRANCO, OURO E NEGRO NA ORNAMENTAÇÃO DOS ESPAÇOS
SAGRADOS NO BRASIL ANTIGO.
Resumo: A associação entre os ornatos em madeira entalhada e dourada com
os azulejos em azul e branco é bastante observável na ornamentação
dos templos católicos em Portugal e nas colônias. Robert Smith
observou “o conceito da unidade, realizado na talha dourada dos
retábulos, alargou-se para abranger a capela-mor e, depois, o resto do
interior da igreja. Assim, altares, púlpitos, grades e vãos foram ligados
por meio de um revestimento de madeira dourada, com quadros
pintados, os azulejos, os relevos e mármores do templo. A igreja “toda
de ouro” que daí resultou, foi uma realização sem paralelo no passado
e um ideal nunca superado nos estilos sucessivos da arte lusitana. As
suas formosas harmonias de ouro com branco, azul e vermelho,
constituindo uma das mais belas expressões da arte do mundo
português, começaram a receber, já no princípio do século XVIII, os
mais variados elogios dos viajantes estrangeiros”. (SMITH, A talha em
Portugal, p. 79). A harmonização das variadas tonalidades atua em
consonância com a liturgia e com o programa simbólico da
ornamentação dos espaços sagrados. O dourado da talha que dignifica
os móveis nos quais se guardam e expõem para o culto as imagens
sagradas contrastam com painéis figurados, narrativos ou decorativos
em azulejos em azul e branco, por outro lado o negro das balaustradas
de jacarandá se impõe na ornamentação das igrejas no Brasil antigo,
cumprindo o importante papel de delimitar os espaços definindo e
qualificando o acesso dos fiéis. Essas associações e contrastes
cromáticos contavam também com elementos móveis, que assumiam
funções primordiais como as toalhas brancas dos altares que
acentuavam o caráter essencial do altar. Abordaremos os ambientes
sacros a partir das associações e contrastes cromáticos de elementos
fixos e móveis e suas funções litúrgicas.
!
Autor: Pablo Sotuyo Blanco
Título: ICONOGRAFIA MUSICAL NOS AZULEJOS DO CONVENTO DE SÃO
FRANCISCO EM SALVADOR (BAHIA)
Resumo: No âmbito da azulejaria presente nos diversos espaços do Convento
de São Francisco em Salvador, Bahia, discutiremos aqueles cujo
conteúdo se destaca não apenas por expor elementos musicais no
espaço conventual, mas também por serem testemunho da negociação
ideológica, estética e cultural, alicerçada na circulação de ideias e
programas visuais oriundos de locais ultramarinos diversos, acontecida
a partir do século XVII e assim “aclimatada” ao gosto monacal
franciscano soteropolitano.