Teresa Maria Teigão Peres Martins Almeida Toscano Curriculum
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Teresa Maria Teigão Peres Martins Almeida Toscano Curriculum
Teresa Maria Teigão Peres Martins Almeida Toscano Curriculum Vitæ 2009/2010 0. INDICE 1. IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................ 3 2. FORMAÇÃO ACADÉMICA E PROFISSIONAL ................................................. 4 3. ACTIVIDADE PROFISSIONAL ..................................................................... 5 4. ACTIVIDADE DE PESQUISA E INOVAÇÃO (I&D) ......................................... 6 5. PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES CIENTÍFICAS ............................................. 7 6. REALIZAÇÃO DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E DE ESPECIALIZAÇÃO .... 10 7. PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS E PEDAGÓGICAS ........................................... 14 8. SOCIEDADES CIENTÍFICAS ....................................................................... 27 9. ORGANIZAÇÃO DE REUNIÕES CIENTÍFICAS ............................................. 28 10. OUTRAS .................................................................................................. 28 2 1. IDENTIFICAÇÃO Nome completo: Teresa Maria Teigão Peres Martins Nacionalidade: Portuguesa Naturalidade: Freguesia de S. Jorge de Arroios, Lisboa Data de nascimento: 20 de Junho de 1972 Filiação: António Martins Peres e Ilda Maria Teigão Martins Peres Estado civil: casada Residência: Av. Dr. Eliseo de Moura 367 13º A 3030 183 Coimbra Telefone residência: +351239714354 Telemóvel: +964069040 Correio electrónico: [email protected]; [email protected]. Bilhete de Identidade: 9791732 emitido pelo arquivo de identificação de Coimbra a 16 de Agosto de 2007 Cédula profissional: Ordem dos Médicos Veterinários n.º 1936 3 2. FORMAÇÃO ACADÉMICA E PROFISSIONAL Frequentou o ensino primário de 1978 a 1982 na Escola Primária Nº 1 de Tomar. Ingressou no ensino preparatório na Escola Preparatória Gualdim Pais e, dois anos mais tarde, no ensino secundário na Escola Secundária Jacome Ratton, que frequentou até 1986. Transitou então para a Escola Secundária Santa Maria do Olival para frequentar o 9º ano da opção de Saúde e o 10º e 11º da área de Quimicotecnia. Concluiu o 12º ano em 1990 com a classificação final de dezoito valores. Ingressou no Curso de Medicina Veterinária em Outubro de 1990, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Terminou a componente curricular em 16 de Novembro de 1995. Em Janeiro de 1996 ingressou como estagiária no Serviço de Ecografia da Faculdade de Veterinária da Universidade Complutense de Madrid, tendo como orientadora científica a Professora Doutora Natália Diez Bru e como orientador académico o Professor Doutor José Alberto Caeiro Potes. A duração do estágio foi de seis meses. A classificação final do relatório de estágio foi de dezoito valores. Licenciou-se em Medicina Veterinária no dia 18 de Dezembro de 1996. A 27 de Fevereiro de 1997 inscreveu-se no III Mestrado em Experimentação Animal da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra tendo concluido a parte escolar do mesmo em 1998 com média de 16 valores. Desenvolveu uma tese intitulada “Estudo da Acção de um Extracto de Carne e de um Extracto de Vinho Desalcoolizado sobre o Intestino Grosso”. Prestou provas de mestrado no dia 22 Julho de 2002 tendo-lhe sido concedida a classificação de “bom com distinção” e assim auferido o grau de mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. 4 3. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Em Julho de 1997 assinou o contrato de 23/97 com a Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral para exercer funções de Inspectora Sanitária de Carnes em estabelecimentos industriais de abate e transformação de carne do Distrito de Coimbra as quais manteve até 31 de Março de 2003. Desde o segundo semestre lectivo de 2001 exerce funções de Assistente na Licenciatura em Medicina Dentária do Pólo de Viseu do Centro Regional das Beiras da Universidade Católica Portuguesa. Passou à qualidade de contratada a 1 de Setembro de 2003. Nestas funções leccionou as seguintes disciplinas: Higiene Alimentar (2001 a 2006); Histologia e Embriologia I (2002 a 2006); Histologia e Embriologia II (2002 a 2006), Introdução à Investigação (2003 a 2006) e Parasitologia Médica (2005 a 2006). Colaborou ainda nas seguintes disciplinas leccionando apenas alguns temas: Biomatemática e Informática onde leccionou alguns programas multimédia, Anatomia onde leccionou um módulo de histologia do dente e da cavidade oral e Medicina Regenerativa (UCLXXVIII). Actualmente lecciona nas unidades de UBM I (módulos de Histologia e Embriologia), UBM II (módulos de Histologia, Embriologia e Fisiologia), UBM IV (módulo de Histologia da Cavidade Oral). Exerceu clínica de pequenos animais, particularmente na área da ecografia em algumas clínicas veterinárias de renome na zona Centro. É sócia fundadora de um Hospital Veterinário na Figueira da Foz no qual exerce funções clínicas. Leccionou algumas aulas das disciplinas de Histopatologia Geral e Oncologia Experimental no ano lectivo de 1999/2000 e de Bioteria no ano lectivo de 2006/2007 ao Mestrado em Patologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Leccionou por convite uma aula de Histologia Oral (2 horas) ao 5º ano do curso de medicina veterinária da UTAD na cadeira optativa de Odontologia Veterinária e contribuiu com uma aula sobre cultura celular (2 horas) na cadeira de Engenharia de Tecidos dos Mestrados Integrados de Engenharia Biomédica e Engenharia de Tecidos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. 5 4. ACTIVIDADE DE PESQUISA E INOVAÇÃO (I&D) Encontra-se inserida num projecto de I&D encabeçado pelo Professor Doutor Carlos Alberto Antunes Viegas e co-coordenado pelo Professor Doutor Rui Reis. Este projecto decorre na UTAD e na Universidade do Minho. No âmbito deste trabalho ambiciona obter o grau de Doutor em Ciências Veterinárias. O seu projecto de Doutoramento foi aprovado em conselho científico da UTAD em Junho de 2008. 6 5. PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES CIENTÍFICAS 5.1. COMUNICAÇÕES ORAIS POR CONVITE • Engenharia de tecidos na regeneração periodontal: células e factores de crescimento e diferenciação. Teigão, T. Martins, A. Neves, N. M. Reis, R. Viegas C.A.A. Comunicação apresentada no VI Congresso Anual da SEOVE/I Congresso da Sociedade Portuguesa de Medicina Estomatológico-dentária Veterinária realizado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal de 04 a 06 de Dezembro 2010 • The Nearest Future in the periodontal Regeneration Field. Teigão, T. Martins, A. Neves, N. M. Reis, R. Viegas C.A.A. Comunicação apresentada no 17th European Congress of Veterinary Dentistry realizado em Uppsala em Setembro de 2008. • Platelet Rich Plasma: a useful, economic and safe add-in in dentistry. Martins, T.T., Viegas, C.A.A, Dias, M.I.R., Cabrita, A.M.S. Comunicação livre apresentada nas II Jornadas de Medicina Dentária de Viseu realizadas em Viseu a 11 e 12 de Maio 2007. • “Convivência animal e sua importância para o equilíbrio emocional” Comunicação livre apresentada nas V Jornadas sobre Comportamentos Suicidários patrocinadas pela Sociedade Portuguesa de Suicidologia e realizadas no Luso de 3º de Setembro a 2 de Outubro de 2004. • “Os animais suicidam-se? Perspectiva etológica de uma problemática Humana” Comunicação livre apresentada nas IV Jornadas sobre Comportamentos Suicidários patrocinadas pela Sociedade Portuguesa de Suicidologia e realizadas no Luso de 3 a 5 de Outubro de 2002. • “Necropsy in Animal Research” comunicação em co-autoria com o Sr. Professor António Manuel Silvério Cabrita apresentada no 1 st International Symposium on Laboratory Animals organizado pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra realizado em Coimbra de 27 a 29 de Novembro de 2000. 7 • “Ecografia Abdominal em Pequenos Animais”, Seminário de Pesquisa da Casa do Brasil realizado na Casa do Brasil em Madrid, de 5 a 7 de Junho de 1996. 5.2. COMUNICAÇÕES EM PAINEL • “Pine processionary poisoning – a 5-years retrospective study”. Autores: Sousa C, Albuquerque C, Requicha J, Teigão T, Dias I, Viegas C. European Congress of Veterinary Internal Medicine – Companion Animals (Porto, Portugal; 8-10 de Setembro de 2009) • “Pine processionary - more than a pest of pine trees.” Autores: Viegas CA, Albuquerque CM, Requicha JF, Sousa CM, Teigão TM, Dias MI. XVIII European Congress of Veterinary Dentistry (Zurique, Suiça; 10-12 Setembro de 2009) • “Dogs Oral Cavity Neoplasias – an eleven years descriptive study” Requicha, J.L., Teigão, T., Dias, M. I., Pires, M. A. and Viegas, C. A. 17th European congress of veterinary dentistry, Uppsala 2008 • “Alterações Morfológicas do Intestino Grosso na Administração de um extracto de carne e de um extracto de vinho desalcoolizado” T.T. Martins, Miguel carvalho, E. Cabecinhas, E. Ferreira e A.M. Silvério Cabrita. II Congresso de Investigação em Medicina, Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, FMUC de 9 a 11 de Novembro de 2000 • ”Bowel Morphologic Changes in Experimental Administration of a Meat Extract plus a De-alcoholised Red Wine Extract” Experimental Biology 2000 que se realizou em San Diego de 15 a 18 de Abril de 2000. • Evaluation of a Chemoprevention Model Using a Dealcoholized Wine Extract at Low Doses” Experimental Biology 99 realizado em Washington, D.C. de 17 a 21 de Abril de 1999; • “Morphologic Changes in Experimental Administration of a Meat Extract plus an Extract of Dealcoholized Red Wine” IV Simpósio Internacional Sobre Técnicas Experimentais realizado em Aveiro a 29 e 30 de Janeiro de 1999; 8 9 6. REALIZAÇÃO DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E DE ESPECIALIZAÇÃO 6.1. CURSOS • Curso do ICVS: “Stem Cells: Pitfalls and Successes”, Braga, Portugal, Outubro 2006 • Curso Teórico-Prático de Ecografia e Ecocardiografia em Pequenos Animais, promovido pela Escola Veterinária Vasco da Gama e realizado em Coimbra a 5 e 6 de Fevereiro de 2005. • Curso de Dermatologia em Pequenos Animais, promovido pela revista “O Médico Veterinário” e realizado na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa de 19 a 21 de Março de 2004. • III Curso Teórico-Prático de Citologia, promovido pela UTAD e pela Telecárdio e realizado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro a 18 e 19 de Maio de 2003. • Curso de Formação Profissional de HACCP Aplicado à Indústria de Transformação de Carnes, financiado pelo Fundo Social Europeu e pelo Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas que decorreu no Centro de Formação da Venda Nova de 08 a 12 de Abril de 2002, com a duração total de 35 horas. • Curso Teórico-Prático de Ecografia e Ecocardiografia, promovido pela revista “O Médico Veterinário” e realizado em Lisboa a 1, 2 e 3 de Fevereiro de 2002. • Curso Teórico e Prático de Radiologia em Pequenos Animais, promovido pela revista “O Médico Veterinário”e realizado em Lisboa a 27 e 28 de Fevereiro de 1999. • Curso de Actualização de Inspectores Sanitários de Carnes, realizado no Centro de Estágio da Venda-nova de 06 a 24 de Outubro de 1997. • Curso Teórico-Prático de Odontologia Veterinária em Pequenos Animais, promovido pela revista “O Médico Veterinário” e realizado em Lisboa de 18 a 19 de Fevereiro de 1995. 10 6.2. SEMINÁRIOS • Seminário sobre Bem-estar Animal, realizado no centro de Estágio da Venda-nova a 28e 29 de Outubro de 1998. 6.3. ENCONTROS • II Encontro da Secção Regional Norte da Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia sobre Neurologia e Neurocirurgia, que se realizou em Vila Real a 5 de Março de. • 1º Encontro de Educação Contínua FECAVA/APMVEAC e 10º Encontro de Educação Contínua da APMVEAC subordinado ao tema “Reprodução”, realizado em Lisboa a 27 e 28 de Novembro de 1999. 6.4. JORNADAS • VI Jornadas Veterinárias do Norte, promovidas pelo Hospital Veterinário do Porto e pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas no Porto de 17 a 19 de Novembro de 2000. • IV Jornadas Internacionais de Clínica de Pequenos Animais, promovidas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e pelo IVSA e realizadas em Vila Real de 27 a 29 de Outubro de 2000. • V Jornadas Veterinárias do Norte - Curso de Exóticos, Selvagens e de Zoo, promovidas pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas no Porto a 5, 6 e 7 de Novembro de 1999. • Jornadas de Actualização em Medicina Veterinária subordinadas ao tema “Acupunctura Veterinária”, promovidas pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas em Lisboa a 7 de Dezembro de 1997. • Jornadas Internacionais de Medicina Veterinária subordinadas ao tema “Cirurgia de Tecidos Moles em Pequenos Animais, Dermatologia e Endocrinologia, promovidas pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas em Lisboa em Novembro de 1997. • VII Jornadas Ibéricas de Medicina Veterinária subordinadas ao tema “Geriatria em Animais de Companhia”, promovidas pela 11 revista “O Médico Veterinário” e realizadas em Lisboa nos dias 26 e 27 de Abril de 1997. • Jornadas Internacionais de Medicina Veterinária subordinadas ao tema “Homeopatia Veterinária”, promovidas pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas em Lisboa a 30 de Novembro de 1996. • Jornadas Internacionais de Medicina Veterinária subordinadas ao tema “Animais de Companhia”, promovidas pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas em Lisboa de 15 a 17 de Novembro de 1996. • 1as Jornadas de Alimentacion, Manejo Medico y Dietetico de las Enfermidades del Perro, realizadas na Faculdade de Veterinária da Universidade Complutense de Madrid a 11 e 12 de Maio de 1996. • Jornadas de Medicina e Cirurgia de Grandes Animais, promovidas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e realizadas em Vila Real de 29 a 30 de Outubro de 1994. • III Jornadas Veterinárias do Norte, promovidas pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas no Porto de 19 a 20 de Março de 1994. • I Jornadas de Medicina de Pequenos Animais, promovidas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e realizadas em Vila Real de 28 a 30 de Maio de 1993. • VII Jornadas Internacionais de Medicina Veterinária, promovidas pela revista “O Médico Veterinário” e realizadas em Lisboa de 30 de Outubro a 1 de Novembro de 1993. 6.5. OUTROS • 21st Annual Congress of the European Society of Veterinary Dermatology and the European College of Veterinary Dermatology realizado em Lisboa de 7 a 9 de Setembro de 2006 • 13º Congresso Nacional da APMVEAC e Workshop de Ecografia, promovidos pela Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia realizados no Estoril de 4 a 6 de Junho de 2004. 12 • Simpósio “Medicamentos de Uso Veterinário”, promovida pela Ordem dos Farmacêuticos e realizado no pólo Universitário do alto da Ajuda a 4 de Junho de 2003 • V Experimental Symposium on Experimental Techniques-Life and Health Sciences, promovidas pela Universidade de Évora e realizado em Évora a 7 e 8 de Outubro de 1999. • VI Acção de Formação Contínua sobre Radiologia e Ecografia, promovida pela APMVEAC e realizada em Lisboa de 11 a 12 de Novembro de 1995. • Colóquio “Inspecção e Controlo Sanitário das Carnes - Perspectivas Profissionais do Médico Veterinário”, promovido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e realizado em Vila Real a 18 de Março de 1994. • IV Congresso de Zootécnia, promovido pela Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro e realizado em Vila Real de 3 a 5 de Março de 1994. 13 7. PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS E PEDAGÓGICAS 7.1. Resumos 14 15 16 17 18 19 20 1st International Symposium on Laboratory Animals SESSION V NECROPSY IN ANIMAL RESEARCH Prof. Doutor A.M: Silvério Cabrita Dra. Teresa Martins Instituto de Anatomia Patológica Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra A investigação experimental in vivo é uma actividade fundamental para o desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico na área das Ciência da Saúde. Apesar do grande avanço que o nosso conhecimento e capacidade tecnológica sofreram n o século XX, não foi ainda possível produzir alternativas credíveis para abolir os estudos in vivo com os animais de laboratório. Tem sido possível, minimizar o uso de animais para fins experimentais, mas não estamos ainda em posição de prescindir completamente deste estudos.Um dos procedimentos básicos para minimizar o uso de animais para fins experimentais consiste em reduzir ao mínimo possível a dimensão da amostra e obter de cada indivíduo a maior quantidade possível de informação. Uma necrópsia bem programada e correctamente executada é uma necessidade em termos de projecto e como um elemento a contribuir para a redução do uso de animais para fins experimentais. Ao reflectirmos sobre a necrópsia em investigação experimental somos levados a considerar como primeiro ponto de abordagem a sua programação. A programação da necrópsia deverá incluir no mínimo os seguintes pontos: 1. Todos exames necrópsicos são previamente agendados, para o dia, hora e local; 2. no projecto é estabelecido o objectivo ou objectivos do estudo necrópsico; 3. em função dos objectivos é determinado o tipo de estudos morfológicos ou outros a efectuar, as colheitas e realizar e as condições a que devem respeitar as colheitas e eventuais manipulações prévias; 4. deverá ser feita uma escala de investigadores e/ou técnicos para realizar as necrópsias; 5. em cada dia só se executa a necrópsia de um grupo de animais. Cada necrópsia deverá ter sempre um registo individualizado e ser documentada por fotografias. O desenvolvimento do estudo necrópsico deve assentar sempre numa estrutura laboratorial devidamente equipada e com os recursos humanos adequados. Coimbra – Portugal 21 IV Jornadas sobre Comportamentos Suicidários Os animais suicidam-se? Perspectiva etológica de uma problemática humana Teresa Teigão Martins, M.V. Os animais fascinam o homem e exercem sobre ele uma influência determinante como fonte de mitos e parábolas sociais. Mitos cosmogónicos ancestrais baseiam-se em animais que se confundem com poderosas divindades personificando criação e destruição, masculinidade e feminilidade, clarividência e poder, etc. Desde sempre os comportamentos animais têm sido interpretados e inspiradores do ponto de vista humano o que certamente poderá ter gerado insidiosos equívocos sobre as verdadeiras compulsões animais que cumulativamente desbotaram o nosso ponto de vista. A ciência parece ter vindo colmatar alguma falta de objectividade ao pôr o comportamento animal sob sua lente. No entanto, quando entramos na zona limiar onde organismos altamente complexos raiam os nossos domínios psíquicos apresentando à medida que nos vamos aproximando padrões desconcertantemente “humanos” a ciência parece vacilar. O escorpião que se suicida quando ameaçado pelo fogo é quiçá um dos mais velhos e falsos mitos existentes sobre o suicídio animal. Este mito resulta da observação de que o escorpião quando cercado pelo fogo aparentemente se sacrifica com o próprio ferrão. Basta apenas um conhecimento fugaz deste animal para concluir a inutilidade deste comportamento uma vez que o escorpião obviamente é imune ao seu próprio veneno. O escorpião é um artrópode com um revestimento de quitina que é uma substância que se deforma com o calor assim, o escorpião parece desferir uma ferroada a si próprio quando está próximo das chamas porque o seu revestimento se deforma e não porque tenha intenção suicida. Este é um exemplo óbvio de uma má interpretação de um facto que nem sequer faz parte do padrão de comportamentos deste animal mas sim de uma característica morfológica. Os preconceitos acerca de comportamentos suicidários na era da informação também têm sido provocados algumas vezes pelas liberdades dos media que frequentemente divulgam situações romanticisadas de estoicismo animal ou mesmo de pretensos misteriosos suicídios em massa. Para aumentar a aceitação por parte do público era frequente recorrer-se a alguma “condimentação” nos documentários sobre vida selvagem. Esta situação é muito grave obviamente dado que a ciência toca a população através dos media. O “suicida” mais mediático do reino animal é provavelmente o lemingue que é um pequeno roedor da tundra que na década de setenta ganhou a sua estranha fama num documentário da insuspeita Disney. Anos depois concluiu-se que como os movimentos migratórios do lemingue talvez não tivessem a espectacularidade necessária foi decidido encenar um misterioso afogamento de proporções faraónicas explicado como a tentativa de controlo demográfico do lemingue. É verdade que nas suas migrações por vezes os lemingues perecem afogados; contudo isto acontece porque estes animais são incapazes de prever a dimensão do curso de água que decidem atravessar e frequentemente não resistem à travessia. Isto obviamente não significa que os lemingue se lancem à água com a intenção de morrer. Com os mamíferos sociais surge a necessidade não de preservar e passar à posteridade os próprios genes mas sim os de um grupo coeso a que se faz parte. Este simples conceito etológico é a base das directivas que condicionamos na nossa prole como se fossem a essência da humanidade e que na realidade são ancestrais. Neste sentido os comportamentos estóicos amiúde observados em mamíferos superiores os quais muitas vezes implicam comportamentos arriscados e até mortais não são mais do que o reflexo da compulsão para defender o seu património genético. Isto é válido inclusivamente para animais domésticos que se sacrificam pelos seus amos uma vez que obviamente estes nos consideram como pertencentes ao seu clã. Esta perspectiva retira algum mérito aos nossos amigos de quatro patas? Obviamente que não, apenas temos que passar a ver a situação não como um cão que se portou como um homem mas um cão que de portou como um cão. A humanização destas capacidades animais só pode ser vista como uma afronta aos mesmos uma vez que pressupõe que a observação de comportamentos estóicos seja um facto anedótico e invulgar muito mais próprio do Homem quando afinal estão bem arreigados na herança de todos os mamíferos. Existe contudo uma pièce de resistence que consiste na impossibilidade de provar predeterminação destes actos o que implica que estes não se considerem suicídio na verdadeira acessão da palavra. Será que de facto os animais estão impossibilitados de prever que a consequência do seu acto será potencialmente a morte? Este facto levanta outra dúvida que consiste em saber como é que os animais percepcionam a morte. Como pode a ciência avaliar objectivamente um conceito tão vago como a ideia (e a ideação) da morte sem o auxílio da linguagem? Quase todos os animais mostram um determinado grau de reconhecimento da morte e muitos mamíferos superiores têm um conceito surpreendentemente elaborado desta que pode incluir inclusivamente ritos fúnebres e comportamentos de luto. Luso 2002 22 V Jornadas sobre Comportamentos Suicidários CONVIVÊNCIA ANIMAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA O EQUILÍBRIO EMOCIONAL Teresa Teigão, M.V. “We don’t stop playing because we grow old; we grow old because we stop playing.” George Bernard Shaw Abstract Resumo In the dawn of humankind people looked up to animals aiming for their strength, hoping to reach the heights by wearing their feathers. Man and beast were kindred and the Human conscience was at its infancy. Like our prehistoric forefathers also our children believe they can turn to strong and fierce full lions just by imitating their growl. Throughout our lives we look back to the soft feeling of comfort we got from our teddy bear when we pet our dog or our cat. We search the innocence and the playfulness of our infancy in the time we spend with our pest. It’s the perfect retreat from our solitary dehumanised lives. In spite this we should not let our love of animals overcome our love for humankind for that is the subversion of that perfect bond. Animals intervene in some human psychopathologies like phobic disorders, pathologic love of animals, zoophilie, sadism and masoquism and phantom animals. Animals are not the cause of any of these problems but they do have a role in their mechanism. Na alvorada da humanidade as pessoas admiravam os animais almejando a sua força esperando poder atingir as Alturas usando as penas das aves. O homem e o animal eram iguais e a consciência humana estava na sua infância. Tal como os nossos antepassados pré-históricos também as nossas crianças crêem que se podem transformar em poderosos e ferozes leões através da imitação do seu rugido. Através das nossas vidas revivemos a sensação de suave conforto dada pelo nosso ursinho de peluche de cada vez que fazemos festas ao nosso cão ou ao nosso gato. Procuramos a inocência e a ludicidade da nossa infância no tempo que passamos com os nossos animais de companhia. É o retiro perfeito das nossas vidas solitárias e desumanizadas. Apesar disto não deveremos deixar o nosso amor pelos animais ultrapassar o nosso apreço pela humanidade dado que esta seria a subversão desse elo magnífico. Os animais intervêm em algumas psicopatologias humanas como as desordens fóbicas, o amor patológico, a zoofilia, o sadismo e o masoquismo e os animais fantasma. Os animais não são a causa de nenhum destes problemas mas desempenham papéis nestes mecanismos. Luso 2004 23 Experimental Biology 99 Washington D.C. 1999 24 Experimental Biology 2000 San Diego 2000 25 II Congresso e Investigação em Medicina Coimbra 2000 26 7.2. Livros e Capítulos de Livros • Neoplasias da Cavidade Oral dos Carnívoros Domésticos. João Filipe Martins Freire Requicha, Maria Isabel R. Dias, Lisa Alexandra Pereira Mestrinho, Teresa Maria Teigão Peres Martins, et al. Vila Real: UTAD 2007 (Série Didáctica. Ciências Aplicadas; 295) ISBN: 978-972-669-803-6 • Complexo Gengivite-Estomatite-Faringite Felino. Carlos Alberto Antunes Viegas, Patrícia Gayan, Teresa Maria Teigão Peres Martins, Maria Isabel Ribeiro Dias, e tal. Vila Real: UTAD 2007 (Série Didáctica. Ciências Aplicadas; 295) ISBN: 978-972-669-776-X • Higiene da cavidade oral nos carnívoros domésticos. Parte I Cuidados Profissionais. Carlos Alberto Antunes Viegas, Maria Isabel R Dias, Teresa Maria Teigão Peres Martins, Filipe Costa Silva, Fidel San Román Ascazo. Vila Real: UTAD 2006. (Série Didáctica. Ciências Aplicadas; 295) ISBN: 972-669740-4; • Atlas Fotográfico de Patologia Aviária -Guia de Diagnóstico. Armando Peguinho, Carlos Guerra. Tradução para Inglês e Castelhano de Teresa Maria Teigão Peres Martins. Edição de autor. ISBN: 972-95785-1-6; • Teresa Maria Teigão Peres Martins. Estudo da Acção de um Extracto de Carne e de um Extracto de Vinho Desalcoolizado sobre o Intestino Grosso. Dissertação de Mestrado, FMUC 2002; • Teresa Maria Teigão Peres Martins. Ecografia Abdominal em Pequenos Animais. Tese de Licenciatura UTAD 1996. 8. SOCIEDADES CIENTÍFICAS • Membro fundador da Estomatológico-dentária Sociedade Veterinária Portuguesa desempenhando de Medicina actualmente funções de Secretário da Mesa da Assembleia • Associação Portuguesa de Patologia Experimental 27 • Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia que é um membro da Federation of European Companion Animal Veterinary Associations. 9. ORGANIZAÇÃO DE REUNIÕES CIENTÍFICAS • VI Congresso Anual da SEOVE/I Congresso da Sociedade Portuguesa de Medicina Estomatológico-dentária Veterinária realizado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal de 04 a 06 de Dezembro 2010 onde participou na qualidade de membro da comissão organizadora • III Simpósio Internacional Sobre Técnicas Experimentais realizado em Vila Real a 22 e 23 de Novembro onde participou na qualidade de membro da Comissão Organizadora. 10. OUTRAS Possui domínio da língua Castelhana e Inglesa falada e escrita e compreensão razoável da língua Francesa. Possui ainda rudimentos na língua Alemã. 28