Slides do Capitulo 03
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UFABC - NH2902 - Mecânica Estatística Curso 2016.1 Prof. Germán Lugones CAPÍTULO 3 Ensemble Microcanônico emble Microcanônico Descrição Microscópica Vamos analisar um sistema de N partículas e volume V , com N muito grande. Consideremos que o sistema está isolado, ou seja, a sua nsembles estacionários energia total E é uma constante de movimento; i.e. H(q,p) = E, onde lisar um sistema macroscópico de N partículas V , com N muito gran H(q,p) é o Hamiltoniano clássico do sistemae volume de N partículas. possível seria considerar que o sistema está perfeitamente isolado, ou seja, a sua uma constante de movimento; i.e. H(q, p) = E, onde H(q, p) é o Hamiltoniano Na prática, para facilitar a análise, podemos estudar esse sistema de N partículas. Porém, para levar em consideração o fato de que o isolamen considerando queE ele a sua energia odentro um co eito, ou ainda, de que podepode mudarvariar por causa de medirmos sistema,de vamos pequeno maintervalo pode termuito flutuações de energia dentro de um certo limite: E 1 2 < H(q, p) < E + 1 . 2 E. onde Δ≪E. Após a análise do sistema podemos fazer Δ→0, se ção microscópica: O estado microscópico clássico do sistema é descrito por 3N enecessário. 3N momentos {pi }. O estado do sistema pode ser visualizado no espaço d (veja Figura 3.1). Nesse espaço, o sistema é representado por apenas um p de 6N dimensões. À medida que o tempo transcorre, esse ponto se movimenta 1 1 e E + 2 2 . A curva é bastante irregular já que as colisões mudam permanen Espaço das fases Γ: O estado microscópico clássico do sistema é descrito por 3N coordenadas {qi} e 3N momentos {pi}. O estado do sistema pode ser visualizado no espaço das fases, ou espaço Γ: Nesse espaço, o sistema é representado por apenas um ponto em um aço das fases O estado microscópico do sistema é representado por u espaço de 6N. dimensões. À medida que o tempo transcorre, esse ueponto o tempo passa, realiza um caminho aleatório dentro Γ, da e.g. região determin se movimenta na região permitida do espaço entre as 1 < H(q, p) < E + . curvas E − ½∆ e E2+ ½∆. ão microscópica: O estado microscópico clássico do sistema é descrito por é bastante irregular já que assercolisões mudam eA3Ncurva momentos {pi }. O estado do sistema pode visualizado no espaç permanentemente a direção dasopartículas consequentemente, (veja Figura 3.1). Nesse espaço, sistema é e, representado por apenasa um no espaço Γ. Portanto, random esse walkponto no espaço Γ. detrajetória 6N dimensões. À medida que otemos tempoum transcorre, se movime 1 1 e E + 2 2 . A curva é bastante irregular já que as colisões mudam perma asOpartículas e, consequentemente, trajetóriado nosistema espaço no(temos rand movimento das partículas, e aaevolução espaçoum das Ofases, movimento das partículas, e a evolução do sistema no espaço das fases, s são descritos pelas equações de Hamilton, ões de Hamilton, @H @H q̇i = , ṗi = , @pi @qi haver sobre as coordenadas momentos. Por exemplo, a co ondecertas poderestrições haver certas restrições sobre ase coordenadas e momentos. os valores das coordenadas qi dentro de certos valores, e a condição E 12 ita as trajetórias dento de uma “hiper-casca” no espaço das fases. Por exemplo, e estatístico: O estado microscópico do sistema é completamente caracte a condição de V finito limita os valores das coordenadas qi dentro de 6N coordenadas e momentos {qi , pi }. O estado macroscópico é caracteriz certos valores. eis N , V , e a energia total dentro do intervalo definido pela Eq. (3.1). Claram a condição E −½Δ < H(q, p) < E +½Δ limita as trajetórias dento de uma muito grande de estados microscópicos que correspondem a um estado m “hiper-casca” no espaço das fases. emos considerar um conjunto de cópias mentais do sistema de forma qu a condição H(q, p) = E limita as trajetórias dento de uma “hiperam ao mesmo estado macroscópico definido anteriormente. Este conjunto infi superfície” no espaço das fases. Ensemble estatístico O estado microscópico do sistema é completamente caracterizado pelo conjunto de 6N coordenadas e momentos {qi,pi}. O estado macroscópico é caracterizado apenas pelas variáveis N, V, E, ou alternativamente por N, V e energia total no intervalo E ± ½∆. Claramente, existe um número muito grande de estados microscópicos que correspondem a um estado macroscópico dado. Podemos considerar um conjunto de cópias mentais do sistema de forma que todos eles correspondam ao mesmo estado macroscópico definido anteriormente. Este conjunto infinito recebe o nome de ensemble estatístico. Em geral, o conjunto será infinito porque cada coordenada e cada momento pode adotar infinitos valores. No espaço das fases o ensemble estatístico ocupa uma região, que pode ser por exemplo uma “hipercasca" (hypershell) cuja localização depende de V , N e E ± ½∆. E particular, se ∆=0, i.e. se o sistema possui exatamente a energia E, os elementos do ensemble estarão localizados sobre uma hipersuperfície no espaço das fases. Essa hipersuperfície é definida pela equação H(q,p) = E. Os elementos do ensemble formam um “enxame” ou “nuvem” de pontos que se movem continuamente na região permitida do espaço das fases, i.e na hipercasca ou na hipersuperfície. Função densidade: Podemos definir a função de distribuição no espaço das fases ou função densidade de estados ρ(q, p, t) da seguinte maneira: ρ(q, p, t) d3Nq d3Np ≡ número de pontos representativos no volume d3Nq d3Np localizado em (q, p) no instante t. A integral de ρ(q, p, t) na região permitida do espaço Γ fornece o número total de estados microscópicos (ou número total de pontos representativos) compatíveis com o estado microscópico considerado: Z ⇢(q, p, t)d3N qd3N p Se dividimos ρ(q, p, t) pela integral de ρ(q, p, t) no espaço das fases, obtemos uma grandeza P (0< P < 1) tal que Pd 3N qd 3N p= R ⇢(q, p, t) 3N 3N d qd p 3N 3N ⇢(q, p, t)d qd p onde Pd3Nqd3Np representa a probabilidade de encontrar um elemento do ensemble no volume d3Nq d3Np localizado em (q,p) no instante t. A média no ensemble de qualquer grandeza física f(q,p), é dada por: hf iens = = Z R f (q, p)P (q, p, t)d3N qd3N p f (q, p)⇢(q, p, t)d3N qd3N p R ⇢(q, p, t)d3N qd3N p onde as integrais devem ser realizadas ao longo de toda a região do espaço das fases ocupada pelo ensemble estatístico (e.g. ao longo da hipercasca ou da hipersuperfície). Em geral, ⟨f⟩ens pode depender do tempo. devem aoao longo dede toda a região dodo espaço dasd devemserserrealizadas realizadas longo toda a região espaço Teorema de Liouville oico(e.g. dada hipercasca). Em geral, hf ihf pode depen ens (e.g.aoaolongo longo hipercasca). Em geral, iens pode dep ouville: Este teorema estabelece que afunção evolução dada função d Este teorema estabelece que a evolução da densidade ρ(q,p,t) Liouville: Este teorema estabelece que a evolução função é descrita por: @⇢@⇢ ++ [⇢,[⇢, H]H] == 0, 0, @t@t H]H] é definido por: dePoisson Poisson[⇢,[⇢, é definido por: onde o colchete de Poisson [ρ,H] é definido por: ◆◆ 3N ✓ ✓ X 3N @⇢ @H @⇢ @H X @⇢ @H @⇢ @H . [⇢,[⇢, H]H] ⌘⌘ . @q@q @p@p @p@p @q@q i i i i i=1 i i i i i=1 ionário: Um ensemble éaula. estacionário se a função densidade n Demonstração: ver sala de Consultar Pathria & Beale, Sec. 2.2. acionário: Um ensemble é estacionário se a função densidade , i.e. ⇢ = ⇢(q, p); portanto: po, i.e. ⇢ = ⇢(q, p); portanto: @⇢ @⇢= 0, ou equivalentemente [⇢, H] = 0. ou equivalentemente [⇢, H] = 0. @t = 0, @t 3N X @⇢ @H @⇢ @H Ensemble estacionário [⇢, H] ⌘ @qi @pi @pi @qi . i=1 Um ensemble é estacionário se a função densidade não depende e estacionário: Um ensemble é estacionário se a função densidade nã explicitamente do tempo, i.e. ρ = ρ(q, p); portanto: tempo, i.e. ⇢ = ⇢(q, p); portanto: @⇢ = 0, @t ou equivalentemente [⇢, H] = 0. Veja que ⟨f⟩ens não depende do28tempo se o ensemble for estacionário. Assim, estes ensembles são apropriados para descrever sistemas termodinâmicos em equilíbrio, nos quais, as grandezas macroscópicas não mudam com o tempo. Para termos um ensemble estacionário podemos adotar: ρ = constante: Neste caso, os sistemas que compõem o ensemble sempre uniformemente distribuídos na região permitida do . estão (3.4) vemos claramente que hf iens não depende do tempo se o ensemble for estacion estes ensembles são apropriados paratemos descrever sistemas termodinâmicos em equilíbrio espaço das fases. Neste caso, igual probabilidade de encontrar asum grandezas macroscópicas não mudam com o tempo. ensemble estacio sistema do ensemble em qualquer partePara da termos regiãoum permitida do mos adotar: espaço 𝜞 (igual probabilidade a priori → ensemble microcanônico). ▶︎ ⇢ = constante: Neste caso, os sistemas que compõem o ensemble estão sempre uniformem distribuídos na região permitida do espaço das fases. ⇢= p)): Neste caso, temos: ▶︎ ⇢(H(q, ρ = ρ(H(q, p)): Neste caso, temos: [⇢, H] ⌘ 3N ✓ X @⇢(H) @H i=1 @qi @pi @⇢(H) @H @pi @qi ◆ 3N ✓ X @⇢ @H @H = @H @qi @pi i=1 @⇢ @H @H @H @pi @qi ◆ = 0, .e., qualquer funçãofunção ⇢(H(q, p)) representa um ensemble particular, ver i.e., qualquer ρ(H(q,p)) representa umestacionário. ensemble Em estacionário. mais que ⇢(H(q, p)) / mais exp( adiante H(q, p)/(kT )) para o ensemble canônico. Emadiante particular, veremos que ρ(H(q,p)) ∝ exp(−H(q,p)/(kT)) para o ensemble canônico. Ensemble microcanônico Ensemble microcanônico Consideremos um sistema macroscópico de N partículas e volume V com energia total E. O ensemble microcanônico é definido de acordo com a hipótese de igual probabilidade a priori, segundo a qual todos os microestados compatíveis com o macroestado considerado, devem ter igual probabilidade. Portanto, a função densidade de estados no espaço das fases é: ( constante se H(q, p) = E ⇢(q, p) = 0 em qualquer outro caso De acordo com a discussão anterior, este ensemble é estacionário, e portanto, permite descrever sistemas termodinâmicos em equilíbrio. H] ⌘ = @qi @pi @pi @qi @H @qi @pi i=1 i=1 Uma forma alternativa de escrever a função densidade é @H @pi @qi ualquer função ⇢(H(q, p)) representa um ensemble estacionário. Em particu ⇢(q,/p)exp( = constante ⇥ )) (EparaH(q, p)) diante que ⇢(H(q, p)) H(q, p)/(kT o ensemble canônico. semble microcanônico Para facilitarum a análise, ser conveniente considerar que oVsistema Consideremos sistema pode macroscópico de N partículas e volume com ene 1 por< N, V e1 energia total no intervalo E ± ½∆, sendo Eé caracterizado < H(q, p) E + 2 2 . O ensemble microcanônico é definido de ≪ E.probabilidade a priori, segundo a qual todos os microestados com de ∆igual do considerado, devem ter igual probabilidade. Portanto, a densidade d ases é: caso, o ensemble microcanônico é definido de acordo com Neste ( constante se E 12 < H(q, p) < E + 12 ⇢(q, p) = 0 em qualquer outro caso com a discussão anterior, este ensemble é estacionário, e portanto, perm modinâmicos em equilíbrio. ergódico: Para estabelecer a conexão entre o ensemble microcanônico e a Hipótese ergódica Para estabelecer a conexão entre o ensemble microcanônico e a termodinâmica, consideremos novamente uma grandeza física f(q,p). Quando analisamos um sistema físico real, podemos pensar que lidamos apenas com um certo membro do ensemble estatístico. O estado microscópico do sistema real muda rapidamente, e, ao medirmos as suas propriedades macroscópicas, estamos em geral realizando uma média temporal da grandeza f(q,p). Exemplo: a pressão exercida por um gás nas paredes de um recipiente tem a sua origem microscópica no impacto das partículas nas paredes. O número, posição e momento das partículas que colidem muda rapidamente com o tempo e a pressão do gás reflete a taxa média de transferência de momento das partículas às paredes durante um certo tempo. paredes. O número, posição e momento das partículas que colidem mud temporal f(q,p)de para um dado sistema éda aAssim, pressãoadomédia gás reflete a taxademédia transferência de momento o valor experimental dessa grandeza: e essencialmente um certo tempo. Assim, a média temporal de f para um dado siste experimental dessa grandeza: Z ⌧ 1 hf it = lim f (q(t), p(t))dt ⌧ !1 ⌧ 0 ódica conjectura que a média temporal de uma grandeza f (q, p) é A hipótese ergódica conjectura que a média temporal de uma semble. De acordo com esta hipótese, se considerarmos um tempo lon grandeza f(q,p) é igual à media realizada no ensemble. De acordo com esta hipótese, se considerarmos um tempo longo o suficiente, o 29 sistema passaria por todos os estados microscópicos possíveis, i.e. passaria por todos os estados que constituem o ensemble estatístico. Logo, ⟨f⟩t = ⟨f⟩ens (Hipótese ergódica) onde ⟨f⟩ens já foi definida anteriormente como: hf iens = R f (q, p)⇢(q, p)d3N qd3N p R ⇢(q, p)d3N qd3N p Como a média temporal está associada à média experimental, a hipótese ergódica fornece o fundamento para utilizar os ensembles estatísticos na descrição de sistemas físicos reais. stituem o ensemble estatístico. Logo, Conexão entre o ensemble microcanônico e a termodinâmica hf it = hf iens , A conexão entre o ensemble microcanônico e a termodinâmica é it obtida é dada apela Eq.da(3.10) e hf iens dada pela Eq. (3.4). a média temp partir definição de éentropia S. Para definirComo S, introduzimos da à média experimental, a hipótese ergódica fornece o fundamento para utilizar os e antes algumas grandezas no espaço das fases: Γ(E) , 𝛴(E) e 𝜔(E) cos na descrição de sistemas físicos reais. Conexão entre o ensemble microcanônico e a termodinâ Número total Γ(E) de estados microscópicos compatíveis com N, V e energia total no intervalo E ±e ½∆. Para obter Γ(E) devemos: xão entre o ensemble microcanônico a termodinâmica é obtida a partir da defi a S. Para definir S, vamos introduzir alguns no espacio dastodos fases. o volume do antes espaço das volumes fases ocupado por 1. Determinar os possíveis estados microscópicos do sistema. Número de estados espaçoocupado das fasesocupado por um estado pelo no volume 2. Dividir no espaço das fases.das fases compatíveis com um núm o númeromicroscópico de estados microscópicos no espaço as, volume V , e energia definida no intervalo E 12 < H(q, p) < E + Z 1 (E) ⌘ 3N d3N q d3N p, h E 1 <H(q,p)<E+ 1 2 depende também de N , também V e . de N, V e ∆. onde Γ(E) depende 2 1 2 ; i.e. A constante h3N representa o volume do espaço das fases ocupado por um sistema do ensemble, e tem unidades de momento angular elevado à potência 3N. • Sackur (1911) e Tetrode (1912) determinaram experimentalmente a entropia de um gás ideal monoatômico e mostraram que essa constante é de fato a constante de Planck. • Em 1922, Bose chegou a uma conclusão similar analisando o gás de fótons. • Também podemos utilizar o argumento de que o volume ocupado por uma partícula no espaço das fases não pode ser menor que o limite estabelecido pelo principio de incerteza. odemos utilizar o argumento de que o volume ocupado por uma partícula no Z Vamos o númeropelo de estados no3Nespaço das fases ode ser menordefinir que o também limite principio incerteza. 1 estabelecido 3N de (E) ⌘ 3N d q d p, definir também o menor número de E estados no espaço1 das fases com energia menor com energia E: 1 <H(q,p)<E+ h que 2 2 Z 1 3N 3N nde também de N , V ⌃(E) e .= d q d p. 3N h dasH(q,p)<E l determina o volume do espaço fases ocupado por todos os estados. A ta o volume do espaço das fases ocupado por um sistema do ensemble, e tem temos: angular elevado à potencia 3N . Sackur (1911) e Tetrode @⌃ (1912) determina podemos 𝛴(E), forma (E) gás =escrever ⌃(E /2) na⌃(E /2) ⇡ . essa constante te Também a entropia de um ideal+monoatômico e equivalente: mostraram que @E de Planck. Em 1922, Bose chegou a uma conclusão similar analisando o gás nte, definimos !(E) como: Z demos utilizar o argumento ocupado por uma partícula no e 1 de que o volume @⌃ 3N 3N ⌃(E) = 3Nestabelecido ⇥(E H(q, p)) d q d dep.incerteza. !(E) = . de ser menor que o limite pelo principio h @E efinir também o número de estados no espaço das fases com energia menor q o, (E) = !(E) . Z 1 ⌃(E) = 3N d3N q d3N p. h H(q,p)<E Relação entre 𝛴(E) e Γ(E): se ∆ ≪ E temos mos: @⌃ (E) = ⌃(E + /2) ⌃(E /2) ⇡ . @E 30 te, definimos !(E) como: (E) = ⌃(E + /2) ⌃(E Finalmente, definimos 𝜔(E) como: , definimos !(E) como: /2) ⇡ @E . @⌃ !(E) = . @E (E) = !(E) . Note-se que 𝜔(E) representa o número de estados localizados na hipersuperfície que envolve o volume 𝛴(E), i.e. o número de estados localizados na hipersuperfície com H(q,p) = E. Portanto podemos escrever 𝜔(E) na forma: !(E) = 1 h3N Relação entre 𝜔(E) e Γ(E): Z (E 30 H(p, q))d3N qd3N p do slide anterior, obtemos Γ(E) ≈ 𝜔(E) ∆. A conexão entre o ensemble microcanônico e a termodinâmica, é obtida quando estabelecemos uma relação entre a entropia e alguma das grandezas definidas anteriormente. São possíveis varias definições, e de fato existem na literatura diferentes escolhas, e.g. S(E, V, N ) = k ln( (E, V, N )), S(E, V, N ) = k ln(⌃(E, V, N )), S(E, V, N ) = k ln(!(E, V, N )). Se identificamos a energia total do sistema como sendo a energia interna U (i.e E=U), as relações anteriores permitem obter a equação fundamental da termodinâmica a partir do calculo de um "volume" ou "superfície" no espaço das fases. As diferenças entre essas definições, são desprezíveis para a maioria dos sistemas macroscópicos, já que diferem por uma constante de ordem ln(N), enquanto a entropia é proporcional a N (ver problema da lista de exercícios). Em particular, as definições mais utilizadas, são: entropia de Boltzmann SB SB = k ln [!(E)] Z 1 = k ln 3N h (E H(p, q))d3N qd3N p SG = k ln [⌃(E)] Z 1 = k ln 3N ⇥(E h H(p, q)) d3N qd3N p entropia de Gibbs SG Interlúdio matemático: volume de uma esfera em n dimensões Para calcular a entropia no ensemble microcanônico, é necessário antes obter o volume 𝛴(E) ou a hipersuperfície 𝜔(E). Vamos começar calculando o volume de uma esfera de raio R em um espaço de n dimensões. O volume Vn(R) é proporcional a Rn Vn (R) ⌘ Z dVn ⌘ = [yi =xi /R] ⌘ R n Cn Rn Z Pn Z i=1 Pn i=1 x2i <R2 yi2 <1 dx1 · · · dxn dy1 · · · dyn onde o coeficiente Cn depende apenas da dimensão do espaço. Para determinar o coeficiente Cn usaremos o artifício seguinte. Calcularemos uma integral gaussiana em n dimensões I⌘ Z +1 2 (y12 +···+yn ) e 1 dy1 · · · dyn tanto em coordenadas cartesianas quanto em coordenadas esféricas. Em coordenadas cartesianas temos um produto de n integrais gaussianas I= ✓Z +1 e 1 y2 dy ◆n p = ( ⇡)n I= 1 e dy = ( ⇡) . Em coordenadas esféricas,1 usamos R2 = y12 + · · · + yn2 : 2: 2 =y ordenadas esféricas, usamos + ·· ····++yn2y:n s esféricas, usamos R2R= y1212+ Z 1 Z 1 n Z 1 Z 1 R2 dVn ZZ 1 R2 d(Cn R ) n R2 1n 1 dV d(C R ) 2 2 I = e dR = e dR = nC e R dR n n R R dR n R2 n dR = e 0 Z dR = 0 e dR = nC e R 0 n 1 dR dR 0 0 t n/2 1 0 1Z 1 n = nC e t dt = nC ( ) n n 1 2 2 2 = =R2 ] 2 [t=R 1 ] 2 nCn e t tn/2 0 1 dt = 12 nCn ( n2 ) do as Eqs. (3.55)0 e (3.56) obtemos Cn = ⇡ n/2 n (n/2) 2 e usando a Eq. (3.54) obtemos Igualando ambos resultados obtemos Cnn. O volume da esfera em n ⇡ n/2 n/2 qs. (3.55) e (3.56) obtemos Cn = ⇡n (n/2) e usando a Eq. (3.54) ob R dimensões fica: Vn (R) = n2 . 2 (n/2) ⇡ n/2 Rn Vn (R) = n . 2 (n/2) 37 m alguns casos. Em particular, T pode ficar negativa se 0 < C < k. m alguns casos. Em particular,BTB pode ficar negativa se 0 < C < k. Gás ideal clássico ás ideal clássico o ensemble s Utilizaremos ideal clássico microcanônico para obter as propriedades termodinâmicas de um gás ideal a partirpara do Hamiltoniano clássico de o vamos utilizar o ensemble microcanônico obter as propriedades term vamos utilizar o ensemble microcanônico para obter propriedades deal partir do clássico de um sistema de N as partículas um asistema deHamiltoniano N partículas não-interagentes. O Hamiltoniano é: não-in deal aé:partir do Hamiltoniano clássico de um sistema de N partículas niano N X iano é: p2i H(q, p) = N . 2 X 2m pi H(q, p) i=1 = 2m . o lugar, calcularemos o volume do espaço das i=1 fases com energia menor que E ✴Em primeiro lugar, calcularemos o numero de estados com energia Z o lugar, calcularemos o 1volume do espaço das fases com energia menor 3 3 3 3 menor que E: = ⌃(E) d q · · · d q d p · · · d pN 1 1 N Z h3N1 H(q,p)<E ⌃(E) = 3N d 3 q 1 · · · d 3 q N d 3 p 1 · · · d 3 pN h dentro H(q,p)<E tículas do gás se encontram de um recipiente de volume V , as integrais adas q resultam em um fator V N . Temos então, tículas se encontram de um recipiente V , as Se as do N gás partículas do gás dentro se encontram dentro de de umvolume recipiente deint Z p em um das q resultam em fator V N . Temos então,V N {q} resultam V N um em volume V, as integrais relação às coordenadas ⌃(E) = dp1 · · · dp3N = 3N ⇥ V3N ( 2mE), P 3N N 3N 2 h h fator V . N Z i=1 pi <2mE N V V p ⌃(E) = d q 1 · · · d q N d p 1 · · · d pN 3N h dentro H(q,p)<E tículas do então, gás se encontram de um recipiente de volume V , as integrais Temos das q resultam em um fator V N . Temos então, tículas do gás se encontram dentro de um recipiente de volume V , as integrais e Z fator V N . Temos então, N das q resultam em um p V VN ⌃(E) = dp1 · · · dp3N = 3N ⇥ V3N ( 2mE), P 3N Z 3N 2 h hN p i=1 pi <2mE VN V ⌃(E) = dp1 · · · dp3N = 3N ⇥ V3N ( 2mE), P 3N 3N 2 h h i=1 pde i <2mE é o volume de uma esfera raio R no espaço de n dimensões (ver Apêndi lo). Portanto, temos: Vn(R)deé o volume uma esfera dederaio R no espaço de n é onde o volume uma esfera dederaio R no espaço n dimensões (ver Apêndic dimensões. temos: lo). Portanto, Portanto, temos: VN ⇡ 3N/2 (2mE)3N/2 ⌃(E) = ⇥ . 3N 3 3N/2 3N N 3N/2 h (2N) V ⇡ 2 (2mE) ⌃(E) = ⇥ . 3N 3 h3N (2N) 2 32 3 N32 2 N ⇡ @⌃ V !(E) = = 3N @E h 3 3 N (2m) 2 E 2 N ( 32 N ) 1 ✴A conexão com a Termodinâmica é estabelecida através da relação S = k ln(𝛴(E)). Usaremos a entropia de Gibbs SG, mas é fácil mostrar comque a Termodinâmica estabelecida atravésa da Eq. (3.21): o resultado é oé mesmo se usamos entropia de Boltzmann SB " # da através da Eq. (3.21): V N (2⇡mE)3N/2 S com = kalnTermodinâmica [⌃(E)] = k ln é3N "A conexão # através da Eq. (3.21): 3N 3 h estabelecida ( N ) N 3N/2 2 2 V (2⇡mE) N " (3.30) # 3 3N 3 N (2⇡mE) 3N/2 V N 3 3 V ( N ) s dah3N Eq. (3.21): 2 k=ln[k ln( 2 N )] k ln( 2 N ). 2 = 2 k ln S3N (2⇡mE) = k ln [⌃(E)] h 3 3N 3N h ( N) # 3 2 2 3 N 2 N 3N/2k ln[ ( 3 N )] mE) ) k ln( (3.31) 2 2 Na).fórmula 3 ssão pode ser simplificada usando de Stirling, lnde N !Stirling ⇡3 N ln N V (3.30) N usando a fórmula N Esta 3 expressão pode ser simplificada = k ln 3N (2⇡mE) 2 k ln[ ( 2 N )] k ln ( 2 N ) N é muito grande: partículas h a fórmula de Stirling, ln N ! ⇡ N3 ln N 3 3 3 3 N3, já que o 3 3 ln[= (ln[( )] k ln( N ). (3.31) )] N 1)!] ⇡ ( N 1) ln( N 1) ( N 1) ⇡ N ln( Nln )N Esta expressão pode ser simplificada usando a fórmula de Stirling, 2N 2 2 2 2 2 2 2 N 1 Stirling já que o número de partículas N égrande: muito grande: número de partículas N é muito 3Stirling, ln N3! ⇡ N ln N 3 , já que 3 o 3 N sde então: ln( N 1) ( N 1) ⇡ N ln( N ) 3 (3.32) 3 2 ln[ ( 3 N )] =2ln[( 3 N N1)!]1 2 ⇡ ( 32N 2 N. 1) ln( N 1) ( N 1) ⇡ 2 2 2 2 2 N Stirling V 3/2 3 3 3 3 S(E, V, N ) ⇡ kN ln 3 (2⇡mE) k ln( 2 N 2 N k ln( 2 N ) + 2 N k 3 3 3h 3 ) ( 2Obtemos N 1) ⇡ então:N ln(2 N ) 2 N. (3.32) N 1 2 V 3/2 3 3 3 N Stirling 3 então: Obtemos N )] = ln[( 1)!] ⇡ 2N temos então: Stirling mos então: S(E, V, N ) S(E, V, N ) ⇡ N 1 1) ln( 32 N 1) ( 32 N 1) ⇡ N 3 N 1 2 ln( 32 N ) 3 2 V 3/2 3 3 3 3 (2⇡mE) N k ln( N ) + N k k ln( N) 2 2 2 2 3 h VV 3/2 3 3 3 3+ 3 N k3 kN ln N ) k ln( N) kN ln 33(2⇡mE) (2⇡mE)3/2 (232N N k+ln( 1)k ln( N ) + N k 2 2 2 2 2 hh " ✓ ◆3/2 # VV 4⇡mE3/2 3 + 1)k ln( 3 N ) + 3 N k kN ( 32 N kNln ln h33(2⇡mE) + N k. 2 2 h 3N 2 " # kN ln ⇡= =⇡ ( 32 N 1 ✓ ◆ V 4⇡mE 3/2 3 kN lnde + N podemos deduzir aequação equação estado: i.e. temos a⇡ fundamental a partir dak.qual podemos obter 3 N 1 h 3N 2 todas as propriedades do sistema. Em particular, as 1 @S termodinâmicas 3kN 3 = = ) E = 2 N kT, equações dea estado demos deduzir equação de estado: T @Esão: 2E V,N kN 1 P =@S@S 3kN = = @V = V T E,N T @E V,N 2E ) ) PEV = = 3NNkT. kT, 2 P de @S kN esperado, a equação estado ficou Substituindo E = = = independente ) da constante P V = Nh.kT. T @V ação da entropia temos S =E,N kN ln[VV(2⇡mkT )3/2 /h3 ] + 3N k/2, ou V 3 perado, a equação de estado ficou h. Substituindo E S(E, V, N ) independente = kN ln 3 da+constante N k, 3/2 3 2 P @SV,N kN = = ) P V = N kT. PT @S kN @V E,N V = = ) P V = N kT. Substituindo E@V = 3/2 T V equação da entropia temos E,NNkT na a equação de estado ficou independente da constante h. Substituind a equação de estado ficou da3 ] constante entropia temos S = kN ln[Vindependente (2⇡mkT )3/2 /h + 3N k/2, h. ou Substituind tropia temos S = kN ln[V (2⇡mkT )3/2/h3 ] + 3N k/2, ou V 3 ou S(E, V, N ) = kN ln 3 + N k, V3 32 V S(E, V,S N + N k, =)kN=ln kN3 ln+ 3N k, 2 2 o comprimento de onda térmico: comprimento de oonda térmico: de onda térmico: onde definimos comprimento h =p . h = p 2⇡mkT. 2⇡mkT ra S apresentada na Eq. (3.38) não é extensiva, o qual está em cont S apresentada na Eq. (3.38) A não é extensiva, o qual está em cont observado em gases rarefeitos. solucão a este problema é apresenta Problema A expressão obtida S não extensiva !!!! é apresenta bservado em!! gases rarefeitos. Apara solucão a éeste problema O paradoxo de Gibbs A expressão para a entropia deduzida antes não é extensiva, i.e. S(αE,αV,αN) ≠ αS(E,V,N) sendo α uma constante arbitrária. O problema fica mais evidente se analisamos a mistura de dois gases ideais. Consideremos primeiramente a mistura de dois gases diferentes, A e B, à mesma temperatura T. Estado Inicial Estado final ressão para a entropia deduzida acima não é extensiva, i.e. S(↵E, ↵V, ↵N ) 6= ↵S(E ndo ↵ uma constante arbitrária. Isto representa umdiferentes, problema bastante importante Consideremos primeiramente a mistura de dois gases A e B, à mesma entropia do arbitrária. estado inicial uma configuração com tempe NA jáj ↵ Auma constante Isto corresponde representa umaproblema bastante importante 1. O p xtensividade é comprovada experimentalmente reais diluídos Figura 3.2).daAentropia entropia do estado inicial corresponde apara umagases configuração com N p 1 partículas ocupando o volume VA e NB partículas nogases volume ividade da entropia é comprovada experimentalmente para reaisVdiluídos . OApr B. ca maisoevidente a mistura de dois gases ideais. pando volume se VAanalisamos e NB partículas no volume VB . De acordo com a Eq. (3.38), temo aisConsideremos evidente se analisamos a mistura de dois gases ideais. primeiramente a mistura de dois gases diferentes, A e B, à mesma tempe nsideremos primeiramente a mistura de dois Aconfiguração e B,VB à mesma tempera Vcorresponde 3com Agases3diferentes, ver Figura entropia do estado inicial a uma NA p inicial3.2). A inicial inicial S = S + S = kN ln + N k + kN ln + N k. A A B B A igura 3.2). A entropia doBestado inicial corresponde a uma configuração com 3 A pa 2. De 2 Ntemos cupando o volume VA e N acordo com a 3Eq. (3.38), B partículas no volume VB ndo o volume VA e NB partículas no volume VB . De acordo com a Eq. (3.38), temos: estado final temos N partículas no volume V + V e N partículas VA + V 3 3 A B B VB no volume A A inicial inicial inicial S = SA + SB = kNA lnVA 3 3+ NA k + kNB lnVB 3 +3 NB k. inicial inicial inicial ivalentemente, N + N partículas no volume VAN2+ kVB ):kN No estado final temos N ocupando oBvolume VA+V e NB A B 2B A B k. S = SA + SB = kNpartículas + + ln + N A ln A 3 3 2 2 partículas no volume VA+VB (ou, alternativamente N + N partículas no A B +V V + V 3 V 3 o festado final temos N partículas no volume V + V e N partículas no volume VA + A B A B f inal f inal inal A A B B S = S + S = kN ln + N k + kN ln + N k. A A B AVA+VN volume ):B+partículas 3 VA +VV 3 volume2VAB+ V ado final temos N no volume partículas no BA A B quivalentemente, NB partículas no volume ): 2AB+eVN B lentemente, NA + NB partículas no volume VA + VB ): ariação de entropia após é:VA + VB 3 f inal f inal a mistura VA + VB + 3 N k. S f inal = SA + SB = kNAln + N k + kN ln B V + V3 VA + VB3 3 2 A 32 B A B f inal f inal inal = SA + SB = kNA ln +VA N + NB k. AVkB+ kNB ln + V + V 3 3 A B f inal inicial 2 0, S=S S = kNA ln 2 + kNB ln > variação de entropia após a após mistura é: VB A variação de entropia a mistura é: VA ação de entropia após a mistura é: ual é positiva já que foinal processo é irreversível. VA + VB VA + VB > 0, S=S S inicial = kNAlnV + V + kNB ln VA +VVBBcom a mesma d A B dois gases idênticos, O problema surge quando analisamos a mistura Vde A S = S f inal S inicial = kNA ln + kNB ln > 0, V partículas, NA /VA = NB /VB . A entropia doVestado inicial é dada pela Eq. (3.40). N A B é positiva já que o processo é irreversível. lqual temos NA + N B partículas no volume VA + VB e a variação de entropia fica igual a apositiva qual éjápositiva já queanalisamos oé processo é irreversível. problema surgeo quando a mistura de dois gases idênticos, com a mesma d éO que processo irreversível. tura de gases diferentes: eproblema partículas, NA /V do de estado inicialidênticos, é dada pela Eq. (3.40). den N surge quando a mistura dois gases com a mesma A = Nanalisamos B /VB . A entropia VA + VB 3 VA + VB 3 1. f inal f inal é comprovada nal sividade da entropia experimentalmente para gases reais diluídos = S + S = kN ln + N k + kN ln + N k. A A B B A B surge quando 3analisamos a mistura de3 dois gases O problema 2 gases ideais. 2 ais evidente se analisamos a mistura de dois idênticos,primeiramente com a mesma densidade degases partículas, NAA /VeAB, = àNmesma B/VB. tem onsideremos a mistura de dois diferentes, ação de entropia após a mistura é: Figura 3.2). A entropia do estado inicial corresponde a uma configuração com NA VAnovamente, + VVBB . De acordo VA + VB ndo o volume VfAinaleestado NB partículas te A entropia inicial dada, S = Sdo S inicial = kNéAno lnvolume + kNBpor: ln com a Eq.> (3.38), 0, VB VA VA 3 VB 3 inicial inicial inicial S = S + S = kN ln + N k + kN ln + NB k. A A B A o processo B é positiva já que é irreversível. 3 3 2 2 problema surge quando analisamos a mistura de dois gases idênticos, com a mesma den tículas, NAtemos /VA = estado é Bvolume dada pelaVEq.no (3.40). tado NNAB /V partículas VA +inicial VB no eN partículas volumeNo V B . A entropia Nofinal estado final temos NAno+volume Ndo B partículas A + VB e a A mos NA + NBNA partículas no volume a+ variação alentemente, + NB partículas noVvolume VB ): de entropia fica igual ao c A + VB eVA variação de entropia fica igual ao caso da mistura de gases diferentes: a de gases diferentes: VA + VB 3 VA + VB 3 f inal f inal inal = SA + SB = kNA ln VA + V3 B + NA k V +AkN ln + NB BB + V 3 2 S = kNA ln + kN2B ln > 0. VA VB iação de entropia após a mistura é: xtensividade da entropia é amplamente comprovada em um número imenso de sistemas físicos, mas extensivas da termodinâmica. que podem ser bem descritos por formulações não Para mais detal V + V V + A B A inalNeste PROBLEMA caso ∆S deveria ser nula jáVBque tion to nonextensive statistical mechanics devariação C. Tsallis, Spinger 2009. S = S f!!! S inicial = akN ln + kN ln > os 0, A B VA VB de não estados inicial e final são iguais macroscopicamente. O fato 0 para aé irreversível. mistura 34 de gases idênticos, com a mesma éobtermos positiva já ∆S que = o processo problema surgede quando analisamos a mistura de dois paradoxo gases idênticos, com a mesm densidade partículas, constitui o chamado de Gibbs. rtículas, NA /VA = NB /VB . A entropia do estado inicial é dada pela Eq. (3.40). fato de não obtermos S = 0 para a mistura de gases idênticos, com a mesma Solução do paradoxo paradoxo: o fator de Gibbs N! ulas, constitui o chamado de Gibbs. Para resolver o paradoxo consideremos Solução do paradoxo: o fator de Gibbs Na ! seguinte configuração microscópica de um gás de N partículas: lver o paradoxo consideremos a seguinte configuração microscópica de um gás Partícula coordenada e momento 1: (q1 , p1 ) 2: (q2 , p2 ) 3: (q3 , p3 ) .... N: (qN , pN ) partículas são indistinguíveis a configuração anterior é idêntica às configuraçõe 1: (q2 , p2 ) 1: (q1 , p1 ) 2: (q1 , p1 ) 2: (q3 , p3 ) N: (qN , pN ) Como as partículas são indistinguíveis, a configuração anterior é idêntica às configurações seguintes artículas são indistinguíveis a configuração anterior é idêntica às configuraçõ 1: (q2 , p2 ) 1: (q1 , p1 ) 2: (q1 , p1 ) 2: (q3 , p3 ) 3: (q3 , p3 ) 3: (q2 , p2 ) .... N: (qN , pN ) , .... etc. .... N: (qN , pN ) Existem N! permutações dessas partículas que resultam em ! permutações dessas partículas que resultam em configurações microscópica configurações microscópicas idênticas. Essas N! configurações onfigurações correspondem a um único ponto no espaço das fases, e deveria deveriam contabilizadas apenas uma única vez.fator Isso Nsugere a apenas umaser única vez. Isso sugere a introdução de um ! na expre introdução estados ⌃(E):de um fator N! na expressão para o número de estados Γ(E) , 𝛴(E) ou 𝜔(E). Z 1 1 ⌃(E) = ⇥ 3N d 3 q 1 · · · d 3 q N d 3 p1 · · · d 3 pN . N! h H(q,p)<E 1 1 3 3 3 3 ⌃(E) = ⇥ anterior d q · · · d q d p · · · d pN . Utilizando a expressão podemos recalcular a mistura de 1 1 N 3N N! h H(q,p)<E gases. O fator N! em Σ(E) faz aparecer um termo −k ln N ! na equação ando expressão anterior podemos recalcular a mistura de gases. O fator N ! em da aentropia. um termo k ln N ! na equação (3.38): S(E, V, N ) = kN ln ' kN ln Stirling ✓ V ◆ 3 + N k k ln N ! 3 2 ! V 5 + N k. 3 2 N sãoA anterior é extensiva o argumento depende agora das g expressão anteriorjáéque extensiva já quedoologaritmo argumento do logaritmo s N/V e . A variação de entropia na mistura de gases diferentes leva a mesmo depende agora das grandezas intensivas N/V e 𝜆. 35 A variação de entropia na mistura de gases diferentes leva ao mesmo obtido antes: btido na Eq.resultado (3.42): btido na Eq. (3.42): ✓ ◆ ✓ ◆ ✓VA + VB ◆ 5 ✓A + VB ◆ 5 V VA + VB + N5B k S = kNA ln VA + VB + 5NA k + kNB ln 2+ NB k S = kNA ln NA 33 +2 NA k + kNB ln NB 3 3 ✓ NA ◆ ✓ 2 N◆B 2 ✓ VA ◆ 5 ✓VB ◆5 kNA ln N5B k = VA3 5NA k kNB ln V3B NA 2 NA k kNB ln NB 2 NB k = kNA ln NA 3 2 NB 3 2 VA + VB V A + VB = kNA ln VA + VB + kNB ln VVA + VB. V A B = kNA ln + kNB ln . VA VB Na mistura de gases idênticos, temos Na mistura de idênticos, gases idênticos, a mistura de gases temos ✓ temos ◆ V + V 5 A B S = k(NA + NB ) ln ✓ V + V 3 ◆ + (N A + NB )k A NB )B (NA + 25 S = k(NA + N + ✓(NA +◆NB )k ✓B ) ln ◆ 3 (N + N ) 2 VB A5 B VA 5 ✓ ◆ ✓ ◆ kNA ln N k kN ln NB k A B NAVA3 25 NB V3B 2 5 kNA ln N ✓ ◆ NA k kN ✓ B ln◆ ✓ ◆B k NA 3V 2 NB 3 V V2 ◆0 = (NA + NB ) ln ✓ 3 ◆ kNA ln ✓ 3 ◆ kNB ln ✓ 3 = NV N V N V = (NA + NB ) ln kNA ln kNB ln =0 3 3 3 N N N á que neste caso temos NA /VA = NB /VB = (NA + NB )/(VA + VB ) ⌘ N/V . O que fator neste de Gibbs N !Ntemos não deve N ser/V utilizado quando temos que distinguíveis que neste caso temos (N += NB(N )/(V +objetos N/V já caso Vsão A /VA =N AB B) ⌘ AB /V AB==N B/V A +A N BV)/(V A + B.) ≡ N/V . tomos localizados emNuma rede cristalina. O fator de Gibbs ! não deve ser utilizado quando temos objetos que são distinguí omos localizados em uma rede cristalina. Atenção!!! O fator de Gibbs N! não deve ser utilizado quando temos objetos que são distinguíveis, e.g. átomos localizados em uma rede cristalina.