Keith Haring para maiores e menores À Nina (e a todas as crianças)
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Keith Haring para maiores e menores À Nina (e a todas as crianças)
ARTE | Keith Haring para maiores e menores Talvez você não ligue o nome à pessoa, ou melhor, à obra. Mas certamente as figuras coloridas e suingadas acima lhe são bastante familiares. Elas são trabalhos do artista plástico americano Keith Haring, morto há 20 anos em consequência de aids. Para lembrar a data, a Fundação Keith Haring traz ao Brasil uma mostra com 94 obras – incluindo gravuras, litografias e desenhos – que serão expostas nas galerias da Caixa Cultural (www.caixacultural. com.br). A exposição começa a percorrer o país por São Paulo (de 31/7 a 4/9), segue para o Rio de Janeiro (27/9 a 27/10) e depois deve chegar a Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília, em datas a serem confirmadas. Paralelamente, haverá oficinas de arte específicas para crianças (com a participação de artistas amigos de Haring), além de palestras, vídeos e animações sobre prevenção da aids dirigidos também a jovens e adultos. Arte com preocupação social era uma das bandeiras do artista, que morreu aos 31 anos. Ele sempre fez questão de levar suas obras às ruas – sua fama começou a crescer com os desenhos a giz feitos no metrô de Nova York nos anos 1980. As figuras deixadas por ele no Muro de Berlim, assim como um painel na Avenida Sumaré, em São Paulo, não existem mais. À Nina (e a todas as crianças) Keith Haring era um artista que valorizava um público em especial: o infantil. Em 1988, ele presentou sua amiguinha Nina Clemente – a filha de sete anos do pintor italiano Francesco Clemente – com um livro escrito e ilustrado por ele. O Livro da Nina Para Guardar Pequenas Coisas seria lançado nos Estados Unidos quatro anos mais tarde. A ideia da obra era tornarse um objeto pessoal de Nina, para desenhar, pintar, colar adesivos, fotos dos amigos, lembranças de um dia no circo e até pensamentos – desde que fossem pequenas coisas. O livro ganhou uma tradução brasileira da editora Cosac Naify, que lançou também “Ah, se a gente não precisasse dormir”, uma introdução da obra de Haring para as crianças. 38 Revista Herbarium| Agosto 2010
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