educação emocional - Colégio Valsassina

Transcrição

educação emocional - Colégio Valsassina
dezembro 2015
número 60
EDUCAÇÃO EMOCIONAL:
APRENDER A SER PARA
APRENDER A FAZER
Vai acontecer...
índice
Janeiro
• Semana da Geografia
• Semana das Línguas
• Seminário Nacional Eco-Escolas
• Ações de intervenção no Parque Natural de Sintra-Cascais
• Concurso Nacional de Leitura
• Olimpíadas da Biologia
• Conferência do ciclo “Eu, a Ciência e a Sociedade”
• Sessão com um deputado no âmbito do Projeto Parlamento dos Jovens
Editorial 1
Aprendizagem sócio emocional: Um caminho para o sucesso 2
Aprender a ser para aprender a fazer 4
Educação emocional: pilar fundamental no modelo pedagógico do Jardim
de Infância do Colégio Valsassina 6
Investigando as emoções nas aulas de Filosofia 8
Competências Sócioemocionais no Jardim de Infância 10
Promoção da Consciência Fonológica no Jardim de Infância 12
Fevereiro
1º ciclo, 1º ano, 1º período 14
• Ações de intervenção no Parque Natural de Sintra-Cascais
Ver, mexer, pensar e descobrir Matemática 16
Opereta ligeira nos montes de viriato 18
Março
Educar para a leitura 19
• Semana da Educação Física
• Ações de intervenção no Parque Natural de Sintra-Cascais
• Viagem de finalistas 9º e 12º ano
Educar para a criatividade e para a escrita 20
Alunos do 10º ano do Valsassina realizaram experiência de contacto com o
mundo do trabalho 22
Os meus três meses em Portugal… 24
Desenho a três mãos, desenho partilhado 26
A experimentação no Jardim de Infância 28
Aprendizagem baseada na resolução de problemas: um percurso em investigação científica 30
Plants in the Ova da Buffalora Riverbed 31
Estudo do ecossistema sublítico e das propriedades físicas do solo de locais
da região de Sintra-Cascais e do Complexo Vulcânico Lisboa-Mafra 32
Diarios en español 33
Memórias imaginadas de uma guerra real 34
Projeto do trabalho no 1º ciclo, 2015/2016 36
Exames Nacionais 2015 37
Acesso ao Ensino Superior 2015 38
FICHA TÉCNICA
Fundadores Frederico Valsassina Heitor
Maria Alda Soares Silva e seus Alunos
Diretor João Valsassina Heitor
Diretor Editorial João Gomes
Paginação Diana Almeida
Impressão idg - Imagem Digital Gráfica
Propriedade Colégio Valsassina
Tiragem 1500 exemplares
Colégio Valsassina
Quinta das Teresinhas 1959-010 Lisboa
218 310 900
218 370 304 fax
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www.cvalsassina.pt
Blogues
do Valsassina
Acompanhe na blogosfera
algumas das atividades do
Colégio Valsassina
Arte na Escola
“Arte na escola” é um espaço onde se pretende divulgar e dar a conhecer as atividades
realizadas nas disciplinas de vertente artísticas no Colégio Valsassina, desde o 1º Ciclo até
ao Ensino Secundário: http://www.evtvalsassina.blogspot.pt
Educação Ambiental e Educação para o Desenvolvimento Sustentável
Atividades do projeto ecoValsassina: http://geracaoecovalsassina.blogspot.pt/
Quadro de Honra 40
Prémio Frederico Valsassina 44
Ciência, ensino experimental, projetos de investigação dos alunos
O Prémio de sensibilidade ambiental 46
http://biovalsassina.blogspot.pt/
A minha segunda casa 47
Discurso para a Cerimónia de Entrega do Prémio “Melhor Aluno do Ensino
Combater as alterações climáticas numa Low Carbon School
http://co2amais.blogspot.pt/
Secundário” 48
Colégio em ação 49
Cultura, literatura, escrita
Aconteceu… 50
http://15menosumquarto.blogspot.pt/
http://os20versosdavalsa.blogspot.pt/
Aconteceu no desporto… 52
Evocação do centenário da I Grande Guerra
http://omaiormuseudomundo.blogspot.pt/
“A edição da Gazeta Valsassina envolve o uso de um recurso natural que vem das árvores, o consumo de energia para produzir o papel, imprimi-lo e transportá-lo, liberta gases com
efeito de estufa responsáveis pelo aquecimento global. Assumindo-nos como uma Low Carbon
School compensamos as emissões que não conseguimos evitar.
A Gazeta Valsassina é carbonfree – livre de emissões de carbono.”
editorial
João Valsassina Heitor Diretor pedagógico
Neste número da Gazeta é dado especial atenção à renovação do
Modelo Pedagógico do Jardim de Infância. Numa altura em que se
fala de uma progressiva universalização, e até obrigatoriedade de
frequência, da escola a partir dos 3 anos devemos dar uma especial
atenção às necessidades das crianças entre os 3 e os 6 anos, de forma a podermos oferecer um projeto educativo que esteja adaptado,
quer aos seus interesses quer, muito em concreto, à vida quotidiana
das famílias, neste final da segunda década do sec. XXI: vidas profissionais de ambos os Pais mais intensas, com horários prolongados,
que não permitem, em muitos casos, ter o tempo necessário para
um acompanhamento familiar, nos primeiros anos de vida, mais
perto dos filhos. Por isso compete à escola enquanto colaborador
na educação e formação das crianças, dar o apoio complementar
necessário a um crescimento equilibrado, saudável e feliz das crianças.
Os pressupostos que atrás mencionei são determinantes na escolha do modelo pedagógico a desenvolver no Jardim de infância.
Ou se opta por um modelo que privilegia as componentes cognitivas, através de uma aprendizagem precoce da escrita, da leitura e da
matemática, antecipando a entrada no ensino básico, modelo este
claramente rejeitado por muitos dos países que melhores resultados têm e que são apontados como referências de bons sistemas educativos, como é o caso da Finlândia onde as aprendizagens formais
apenas têm o seu início aos 7 anos de idade ou em, contrapartida,
desenvolvemos um modelo mais centrado no crescimento sócio
emocional das crianças, estimulando a observação e o gosto pela
descoberta ao mesmo tempo que se vai desenvolvendo, de forma
criteriosa e ajustada à idade, a sua Inteligência global, trabalhando
os vários fatores da inteligência sem entrar de forma precoce em
aprendizagens que deverão fazer a partir da entrada no 1º ano do
ensino básico já com outra maturidade e outra capacidade de aprenderem de forma mais formal. É esta o nossa opção.
Temos de estar conscientes que as crianças deste século necessitam que a escola também ajude os Pais, e complemente a sua
ação, dando-lhes “mimo”, “colo”, que os deixe correr e brincar, que
os deixe descobrir os cheiros da quinta e subir às árvores, que tenham tempo para cuidar da horta e ver crescer os alimentos, que
se habituem a experimentar e a descobrir o porquê das coisas. No
fundo, que crie todas as condições para que sejam FELIZES.
Como diz o Prof. Tal Bem-Shahar, Ph.D, ” In ,” Aprenda a ser mais
feliz”
“ Os professores precisam de criar na escola as condições que
permitam aos alunos divertirem-se com a aprendizagem, com o crescimento, com a própria vida.”
E nós Pais, também temos esse dever.
1
em destaque Aprendizagem sócio emocional: Um
caminho para o sucesso
Karla Sandy de Leça Correia
“As emoções controlam a atenção
dos alunos, influenciam a sua
motivação para
aprender, modificam a escolha
das estratégias
de aprendizagem,
e afetam a autorregulação da
aprendizagem.”
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
2
Pekrun, 2014
O que determina o sucesso pessoal e profissional? Facilmente
podemos responder a esta questão com alusão ao nível de inteligência
ou ao resultado académico como valor absoluto indicador de sucesso.
Contudo, se pararmos para refletir conseguimos também facilmente
encontrar exemplos que não corroboram esta simples resposta. Vêm
à memória as lembranças de colegas academicamente brilhantes que
não se assumem de forma tão eficaz no mercado de trabalho, e de
outros, que em contrapartida, conseguem destacar-se profissionalmente embora os resultados ao longo do percurso escolar não fizessem
assim antever este desfecho. E sim, também há quem tenha sucesso
profissional, e ainda assim não se sinta satisfeito e de bem com a vida.
O conhecimento é sem dúvida relevante, mas por si só insuficiente.
Temos que saber fazer uso do conhecimento e partilha-lo com os outros
porque somos seres inerentemente sociais. Temos que saber comunicar, cooperar, ser capazes de gerir conflitos associados ao confronto
com uma perspetiva diferente da nossa. Para tal, temos de conseguir
despir a nossa pele e encarar a perspetiva do outro diferente de nós
- com pensamentos, sentimentos, expectativas e crenças diferentes.
Saber prestar ajuda e saber pedi-la ou recebê-la, saber aceitar as limitações inerentes à nossa condição humana, sem que isso nos faça desistir
da vontade de crescer pela vida fora. Gerir relações implica reconhecer
emoções em nós e nos outros, saber ler expressões e entender situações, utilizando as emoções como um facilitador do pensamento. Em
suma, temos de ser social e emocionalmente competentes.
As emoções também fazem parte da aprendizagem: a curiosidade
ou o prazer em aprender, a ansiedade perante um teste, o orgulho no
sucesso ou a vergonha perante o insucesso, a surpresa perante uma
tarefa, a frustração perante obstáculos, a repugnância por determinado tópico da matéria, a empatia pela personagem principal da história,
o prazer e gosto pela pintura, a zanga com um colega e a simpatia
por outro, a admiração pelo professor… As emoções controlam a atenção dos alunos, influenciam a sua motivação para aprender, modificam
a escolha das estratégias de aprendizagem, e afetam a autorregulação
da aprendizagem (Pekrun, 2014), tendo por isso um papel fundamental. Entre os fatores que influenciam a aprendizagem, surgem entre as
primeiras onze categorias identificadas na literatura, vários associados
à aprendizagem sócio emocional (Wang, Haertel, & Walberg, 1993).
A importância do desenvolvimento social e emocional no sucesso
escolar desde a educação pré-escolar e do primeiro ciclo da educação
básica tem sido cada vez mais valorizada (Bowman et al., 2001; Camilli
et al., 2010), uma vez que determina quão bem “equipadas” estão as
crianças para fazer face às exigências da sala de aula (CASEL, 2012).
Alguns estudos têm demonstrado que as crianças com perfis mais
positivos de competência socio emocional, têm não só mais sucesso
no desenvolvimento de atitudes positivas em relação à escola e uma
adaptação inicial à escola bem-sucedida, mas também melhoraram os
resultados e aquisições escolares (e.g. Bierman, Torres, Domitrovich,
Welsh, & Gest, 2009; Caprara, Barbaranelli, Pastorelli, Bandura, & Zimbardo, 2000; Tentracosta & Izard, 2007).
Da mesma forma que os alunos aprendem competências académicas, também podem aprender, praticar e aplicar competências sociais e
emocionais através do seu envolvimento em atividades positivas dentro e fora da sala de aula (CASEL, 2003). A investigação tem demonstrado que a aprendizagem sócio emocional tem um impacto positivo no
ambiente escolar e promove uma série de benefícios sociais, emocionais
e académicos nos alunos. Uma meta-análise sobre a eficácia de programas de aprendizagem sócio emocional em contexto escolar indicam
que os alunos que beneficiam destes programas demonstram melhores
resultados escolares, melhoram as atitudes e comportamento, apresentam menos comportamentos negativos e menor distress emocional
(Durlak et al., 2011).
Cabe à família e a toda a comunidade educativa, proporcionar este
tipo de oportunidades para de uma forma informal e/ou formal aprender a pensar, utilizando as emoções como um facilitador a caminho do
sucesso – escolar, pessoal e profissional.
Bierman, K. L., Torres, M. M., Domitrovich, C. E., Welsh, J. A., & Gest, S.D. (2009.)
Behavioral and cognitive readiness for school: Cross-domain associations for children attending Head Start. Social Development, 18, 305-323. doi: 10.1111/j.14679507.2008.00490.x
Bowman, B., Donovan, M., & Burns, S. (Eds.) (2001). Eager to learn: Educating our preschoolers. Washington, DC: National Academy Press.
Camilli, G., Vargas, S., Ryan, S., & Barnett, W.S. (2010). Meta-analysis of the effects of
early education interventions on cognitive and social development. Teachers College Record. Retrieve from: http://www.tcrecord.org/Content.asp?Contentid=15440
Caprara, G., Barbaranelli, C., Pastorelli, C., Bandura, A., & Zimbardo, P. (2000). Prosocial
foundations of children’s academic achievement. Psychological Science, 11, 302-306.
doi: 10.1111/1467-9280.00260
Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (2003). Safe and sound:
An educational leader’s guide to evidence-based social and emotional learning (SEL)
programs. Retrieved from CASEL website: http://casel.org/publications/safe-andsound-an-educational-leaders-guide-to-evidence-based-sel-programs/
Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (2012). Effective social
and emotional learning programs: Preschool and elementary school edition. Retrieved
from CASEL website: http://casel.org/guide/download-the-2013-guide/
Durlak, J., Weissberg, R., Dyminicki, A., Taylor, R., & Schellinger, K. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning: A meta-analysis of schoolbased universal interventions. Child Development, 82, 405-432. doi:10.1111/j.14678624.2010.01564.x
Trentacosta, C. J., & Izard, C. E. (2007). Kindergarten children’s emotion competence
as a predictor of their academic competence in first grade. Emotion, 7, 77-88. doi:
10.1037/1528-3542.7.1.77
Wang, M. C., Haertel, G. D., & Walberg, H. J. (1993). What helps students learn?. Educational Leadership, 51(4), 74–79.
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Referências Bibliográficas
em destaque Aprender a ser para aprender a fazer
Teresa Grilo. Coordenadora do Jardim de Infância
Competências emocionais:
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• Consciência emocional: capacidade de ter consciência das próprias emoções e das dos outros;
• Controlo emocional: capacidade
de gerir as emoções de forma
adequada;
• Autonomia emocional: capacidade de produzir as emoções apropriadas num determinado momento. Isto inclui uma boa autoestima,
atitude positiva perante a vida e
responsabilidade;
• Habilidades sócio-emocionais:
capacidade de manter boas relações
com os outros;
• Habilidades de vida e bem-estar
emocional:
comportamentos
apropriados e responsáveis para
enfrentar desafios, o que permite
organizar a vida de uma forma sã e
equilibrada.
4
Um dos pilares em que assenta o modelo pedagógico do jardim de infância do Valsassina é a Educação Emocional.
O nosso principal objetivo é “ajudar as nossas crianças a conhecerem-se a si próprias, a gerir as suas emoções para se construírem interiormente e poderem ser PESSOAS emocionalmente inteligentes,
capazes de, conhecendo-se e conhecendo os outros, interagir de uma
forma positiva, contribuindo para um mundo melhor e mais feliz” (in
Modelo Pedagógico).
Aos 3 anos as crianças distinguem já as emoções estar “feliz/contente” e “triste”. É iniciado nesta faixa etária uma rotina intencional
onde cada criança tem oportunidade de exprimir e registar o que sente
naquele momento. Em cada sala existe um “cantinho de emoções” onde
depois de uma partilha oral é feito o registo individual no quadro das
emoções. Ao longo do dia todas as crianças têm a possibilidade de, autonomamente alterar o registo do seu estado emocional.
Nesta faixa etária diversificamos as estratégias para trabalhar as
emoções utilizando nomeadamente: histórias, conversas informais,
jogos de expressão corporal e exploração da caixa das emoções. Nestes
momentos as crianças demonstram estar atentas aos outros, preocupando-se com o seu bem-estar, dando sugestões e tentando encontrar
soluções para a resolução de problemas do quotidiano.
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“Ajudar as nossas crianças a
conhecerem-se a si próprias,
a gerir as suas emoções
para se construírem interiormente e poderem ser
PESSOAS emocionalmente
inteligentes, capazes de,
conhecendo-se e conhecendo os outros, interagir de
uma forma positiva, contribuindo para um mundo
melhor e mais feliz.”
Depois do almoço, na hora da sesta é promovido um ambiente tranquilo, calmo e relaxante ao som de uma música suave e podendo cada
criança disfrutar da segurança que lhe é transmitida pelo seu “brinquedo preferido”.
Aos 4 anos os nossos alunos identificam já, não só o “contente” e o
“triste” mas também o “zangado”. Conseguem verbalizar o que sentem e
associam os sintomas físicos a cada emoção: quando estão “contentes”
sentem o corpo mole e descontraído, quando estão tristes sentem a
cara mais contraída e não conseguem rir e quando estão “zangados” o
corpo fica “duro” e as mãos fechadas. Aprendem então que há formas
de melhorar o nosso estado emocional – aprendem a gerir as emoções.
Aos 5 anos surge já o “assustado”. Todo o trabalho intencional continua a ser feito de uma forma sistemática dando todos os dias um tempo
para o diálogo/partilha dos sentimentos e emoções de cada um. Nesta
idade damos especial importância ao cuidado e à preocupação pelo
outro, enfatizando a necessidade de todos contribuirmos para o bem
estar e felicidade de todos.
em destaque Educação emocional: pilar fundamental no modelo pedagógico do jardim
de infância do Colégio Valsassina
No jardim de infância do Colégio Valsassina fomentamos um desenvolvimento pessoal e emocional que valoriza o respeito pela identidade
individual e o reconhecimento e aceitação das diferenças que nos caraterizam.
O modelo pedagógico do Jardim de Infância do Colégio Valsassina está
assente nas linhas estratégicas:
• Educação emocional
A educação emocional favorece o relacionamento intra-pessoal e inter-pessoal, melhora a aprendizagem, facilita a resolução de problemas
e promove o bem-estar pessoal e social. É formada por um conjunto de
competências, conhecimentos e atitudes, relacionadas com a capacidade de reconhecer e gerir de forma adequada as emoções, estabelecer
relações positivas, efetuar escolhas éticas e construtivas contribuindo
para uma boa autoestima nas crianças, o que lhes permite realizar as
tarefas de forma eficaz.
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• Fatores múltiplos da inteligência
Pretende-se trabalhar a inteligência de uma forma global e equilibrada, desenvolvendo os seus múltiplos fatores:
• Fatores linguísticos – desenvolvidos em todas as aulas que usam a expressão e compreensão oral tornando as crianças competentes no uso
da linguagem, despertando o gosto por ouvir e contar histórias, lengalengas, poesias e uma progressiva aquisição de uma consciência fonológica
que permitirá mais tarde uma aprendizagem formal da leitura e da escrita. A aprendizagem precoce do Inglês potencia também esse desenvolvimento uma vez que a aquisição de uma segunda língua estrangeira torna
a criança mais apta para compreender outras culturas e outras formas
de comunicar para além de ter um impacto positivo no desenvolvimento
do cérebro; aos cinco anos, na filosofia para crianças, através do diálogo,
discussão de ideias, questionamento e raciocínio, as crianças são levadas
a saber pensar sobre um assunto e questioná-lo;
• Fatores logico-matemáticos - aquisição do sentido do espaço, do
número e das operações a partir do quotidiano. As crianças aprendem a
resolver problemas e a relacionar dados, o que é fundamental para uma
aprendizagem formal mais fácil e com sucesso ao longo da sua vida escolar;
• Fatores quinestésicos - desenvolvidos através da manipulação de
jogos, puzzles, jogos dramáticos e mímica na sala de aula, bem como nas
aulas de Educação Física;
• Fatores visuais/espaciais - desenvolvida na Educação pela Arte
através dos Ateliers de Expressão Plástica que privilegiam e estimulam
o desejo de fazer, de inventar, de experimentar, de manipular materiais,
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permitindo às crianças transformar o que vêem e sentem no seu equivalente estrutural: no desenho, na pintura ou na modelagem;
• Fatores musicais - desenvolvidos nas aulas com a educadora e nas
aulas de Educação Musical.
• Aprendizagem pela experimentação, promovendo deste modo
uma Educação para a ciência
A ciência para crianças é um processo que interpela o seu pensamento
e leva à ação na procura de níveis superiores de conhecimento e compreensão do mundo físico e natural que as rodeia. É importante que a
criança possa ter um contacto direto com atividades de natureza prática, contextualizadas, em que, incentivada pelo educador, possa fazer e
pensar sobre o que faz, tenha a possibilidade de realizar explorações
e manipulações que desenvolvam a sua natural curiosidade e criatividade, elevando-a ao limite máximo do potencial que há dentro de si.
Partindo das suas ideias vão construindo noções científicas e conceitos
científicos simples que lhes permitirão evoluir mais tarde para conceitos mais complexos.
A aprendizagem do significado de termos científicos contribui ainda
para o desenvolvimento da linguagem e enriquecimento do vocabulário
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gazeta Valsassina
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Assim, pretende-se que à saída do Jardim de Infância a criança seja,
em geral:
• Calma, tranquila e feliz em diferentes contextos;
• Capaz de fazer uma boa gestão emocional de si e dos outros/grupo;
• Capaz de compreender a importância de cada um para o grupo e de
todos para cada um;
• Capaz de desenvolver e manter uma boa autoestima e autoconfiança;
• Responsável;
• Curioso, criativo e com vontade de aprender;
• Autónomo e com iniciativa própria;
• Capaz de respeitar e aplicar as regras de convivência social;
• Capaz de caminhar para o sucesso, ultrapassar as dificuldades e não
desistir perante estas;
• Capaz de resolver conflitos pacificamente;
• Interessado e com boas práticas na interação com o meio ambiente.
em destaque Investigando as emoções nas aulas de
Filosofia
Cláudia Viana. Professora de Filosofia
Também nas aulas de Filosofia (para crianças) os alunos das turmas
dos 5 anos refletiram as emoções a partir das suas vivências e do diálogo colaborativo. Foi apresentada a cada turma um pequeno armário
muito especial, composto por três gavetas – o armário das emoções,
seguido da explicação da atividade. Cada gaveta serviria para arrumar emoções investigadas em aula, sendo este arrumo classificado da
seguinte maneira:
• A gaveta “+”, a gaveta das emoções positivas e boas, identificadas
como aquelas que gostamos de sentir;
• A gaveta “-“, a gaveta das emoções negativas e más, avaliadas como
aquelas que não gostamos de sentir;
• E a gaveta “?”, uma gaveta muito particular pois nela podem ser
incluídas as emoções que não sabemos se são positivas ou negativas,
boas ou más, podendo ser benéficas numa circunstância e noutra não.
A cada grupo foram apresentados cartões com imagens alusivas às
emoções primárias, sendo as investigadas até ao momento: a alegria,
a tristeza, o medo e a raiva. A escolha de cada emoção coube aos participantes e a orientação das investigações foi feita através de questões
levantadas pela professora, não excluindo as que pudessem surgir por
parte dos alunos. A identificação e caracterização das emoções, a
descrição de factos que as despertam e a gestão destas foram assim
examinadas. Tratou-se de uma efetiva comunidade de investigação em
torno das emoções que todos sentimos.
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Alguém já viu a alegria?
A alegria passeia quando as pessoas riem e saltam. (Maria Santana) A
alegria vê-se nos olhos das pessoas, quando brilham, e na boca aberta
que sorri. (Francisca Moura e Maria Serrasqueiro).
O que nos faz ficar alegre?
As coisas de que gostamos, as brincadeiras, fazer aulas com os pais.
(Rodrigo Loureiro, Sofia Nobre e Pedro Fonseca)
Como fica o mundo quando estamos alegres? Se desenhássemos o mundo num momento em que estamos alegres, como seria o nosso desenho?
O mundo fica brilhante. (Francisca Moura) Desenhava um mundo
grande, com as cores do arco-íris. (Afonso Bouça e Diogo Abreu) Desenhávamos as pessoas felizes (Martim Carrasco).
Podemos partilhar a alegria? Como?
Sim, ajudando as pessoas, partilhando coisas, oferecer coisas bonitas,
brincando e passando tempo com os outros. (Afonso Mitra, Tomé Ferreira e Francisca Rosa)
A alegria foi arrumada na gaveta “ + ”.
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Já se sentiram tristes? Como é estar triste?
É mau, é ter vontade de chorar, é estar de cabeça baixa, até o andar é
triste e lento. (Sofia Nobre e Maria Serrasqueiro)
Como fica o mundo quando estamos tristes?
Pequeno e azul-escuro. (Beatriz Moreira e Leonor Dias)
Que “medicamento” podemos dar a quem está triste?
Um presente bonito, uma folha de outono ou uma flor, um desenho, o
remédio da amizade (Madalena Oliveira, Diogo Abreu, Leonor Gomes
e Tiago Carvalho)
A tristeza foi guardada na gaveta “ - “
O que é ter medo?
É estar assustado com alguma coisa que não gosto ou não conheço.
(Manuel Paulino) Quando estamos com medo trememos. (Catarina
Pereira e Francisco Silva)
Os fortes e valentes também têm medo?
Sim, o meu pai é valente e também tem medo. (Pedro Nunes)
Ter medo é bom ou mau?
Ter medo pode ser bom, quando ajuda a não correr riscos. Mas muitas vezes é mau porque nos faz ficar parados e, assim, não fazemos as
que nos metem medo, como dormir no nosso quarto. (Inês Almeida)
O medo ficou na gaveta ” ? ”
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gazeta Valsassina
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Por que razão sentimos raiva?
Quando somos contrariados. (João Pedro Monteiro)
A raiva vê-se? Como é que sei que alguém está furioso?
O corpo fica duro, os olhos e a cara ficam vermelhos, a pessoa grita e
cerra os dentes (Martim Fernandes e Maria Santana)
É bom sentir raiva, para nós e para os outros? Porquê?
Não é bom porque magoamos os outros, com palavras ou com força,
porque os outros não querem estar ao pé de nós e porque os outros
podem ficar tristes e zangados connosco. (Pedro Silva, Tomás Serrão e
Tiago Carvalho)
Que receita dariam a quem está a sentir raiva?
Um medicamento que nos fizesse esquecer o que nos faz sentir raiva,
ver coisas que gostamos e nos alegram, uma corrida, gritar para a sanita e puxar o autoclismo (Beatriz Moreira, Pedro Silva, Pedro Enguiça,
Martim Fernandes)
E a raiva foi colocada na gaveta “ - “
em destaque Competências Sócioemocionais no
Jardim de Infância
Raquel Raimundo e Celeste Fernandes. Gabinete Psicopedagógico
gazeta Valsassina
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A inteligência emocional é considerada uma das capacidades mais
importantes de um ser humano, sendo um forte preditor de sucesso
em idade escolar e na vida adulta (Raimundo, 2012), pois fomenta as
relações com os outros e consigo mesmo, melhora a aprendizagem, facilita a resolução de problemas e favorece o bem-estar pessoal e social.
Ninguém nasce com a capacidade para identificar, diferenciar, expressar e gerir as emoções. Estas são competências que se adquirem no
contacto com os outros, sendo fundamental que as crianças tenham
disponíveis modelos adequados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2004) os problemas de
saúde mental são uma das duas maiores preocupações ao nível da
saúde pública à escala mundial, recomendando a utilização de estratégias de promoção da saúde mental como um meio de prevenção. Neste
sentido, o desenvolvimento das competências socioemocionais é um
campo que tem merecido cada vez maior atenção em inúmeros países,
com estudos que atestam a sua eficácia no plano internacional (Durlak,
Weissberg, Dyminicki, Taylor & Schellinger, 2011) e nacional (Coelho,
Sousa, Raimundo & Figueira, 2015; Raimundo, Marques-Pinto, & Lima,
2013).
O Colégio Valsassina tem vindo a implementar, desde o ano letivo
2008-2009 um programa de promoção de competências sócioemocionais (“Nino e Nina”) a todas as crianças dos 4 anos do jardim de infância,
este ano alargado também às crianças de 3 e 5 anos. O programa, inserido no currículo, decorre de novembro a junho e é implementado por
uma psicóloga educacional, na presença da educadora da sala. As principais competências desenvolvidas no programa são o autocontrolo e
disciplina, a diferenciação emocional, a autoestima e as competências
sociais, através de metodologias ativas de aprendizagem, nomeadamente, da leitura e projeção de histórias, de debates, de dramatizações,
de jogos e de trabalho cooperativo. O programa tem sido anualmente
avaliado no que diz respeito à sua eficácia tendo-se verificado ganhos
significativos em todas os parâmetros avaliados da competência social,
incluindo a cooperação social, a interação social e a independência social (Raimundo, Fernandes, Carmo & Coutinho, 2014).
10
• Os amigos são importantes
e especiais porque:
“ a Sara brinca comigo e não faz
asneiras” – Rafael
“ a Catarina brica com os
amigos e fala sempre comigo” –
Sara Abrantes
“o Diogo brinca comigo e
trabalha sempre muito bem” –
Catarina Fernandes
“o Alexandre brinca comigo
e faz um esforço para ser
crescido” – Matilde
• Eu gosto de ti porque:
”ajudas-me a subir para o escorrega”, disse a Inês ao Diogo
“ajudas- me e aos outros meninos também”, disse a Inês ao
António
“porque és minha amiga”, disse
o Diogo à Madalena
• A família é muito importante e especial porque:
“… os pais levam-me ao
parque; dão-me miminhos,
brincam comigo e gostam
muito de mim” - Mariana
“… o pai deixa-me brincar no
tablet; quando tenho uma
ferida a mãe trata e depois
deixa-me comer um gelado.
Dão-me muitos miminhos”
Henrique Nunes
“… ajudam-me a fazer os trabalhos; deixam-me ver filmes;
brincam comigo e com os
patinhos” – Zé Pedro
“Os pais deixam ir para a cama
deles, deixam tomar o pequeno
almoço e deixam-me construir
coisas com o meu irmão”
Duarte Mendes
O que os alunos que usufruíram do Programa de Competências Sócioemocionais - Nino e Nina nos 4 anos, e que agora se encontram no
2º ano, responderam:
O que te lembras de ter gostado mais ou que achaste mais importante
no trabalho com o Nino com a Nina nos 4 anos?
…”Gostei quando eles disseram que a nossa família é muito importante e especial e nós trouxemos uma foto da família” – Leonor Santana
… “Ensinaram-nos as regras e lembro-me que fomos nós que os criamos com a nossa imaginação” – Inês Quental
… “Eles contaram uma história sobre “o esforço” e o cavalo tinha que
se esforçar muito para comer as couves” – Madalena Cunha
… “Só me lembro que eles eram muito amigos e muito educados” –
Maria Filipa
… Lembro-me do cavalo que estava sempre a fazer um esforço” – João
Neves
Referências Bibliográficas
Coelho, V., Sousa, V., Raimundo, R., & Figueira, A. (2015). The impact of a Portuguese
middle school social-emotional learning program. Health Promotion International, 1-9.
doi: 10.1093/heapro/dav064
Durlak, J., Weissberg, R., Dyminicki, A., Taylor, R., & Schellinger, K. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning: A meta-analysis of schoolbased universal interventions. Child Development, 82, 405-432. doi:10.1111/j.14678624.2010.01564.x
Raimundo, R. (2012). “Devagar se vai ao longe”: Avaliação da eficácia e da qualidade
da implementação de um programa de promoção de competências sócioemocionais. Dissertação de doutoramento não publicada. Faculdade de Psicologia da Universidade de
Lisboa, Lisboa, Portugal.
Raimundo, R., Fernandes, C., Carmo, J., & Coutinho, M. (2014, setembro). Avaliação de
impacto de um programa de promoção de competências sócioemocionais no jardim de
infância. Comunicação apresentada no IX Congresso Ibero-americano de Psicologia/ 2º
Congresso da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Lisboa, Portugal.
Raimundo, R., Marques-Pinto, A., & Lima, L. (2013). The effects of a social-emotional
learning program on elementary school children: The role of pupils’ characteristics. Psychology in the Schools, 50, 165-180. doi: 10.1002/pits.21667.
11
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
O que disseram as crianças de
4 anos sobre vários aspetos
trabalhados no programa …
em destaque Promoção da Consciência Fonológica
no Jardim de Infância
Raquel Raimundo e Celeste Fernandes. Gabinete Psicopedagógico
Imagens a Rimar
Instrução: Pinta as imagens que rimam.
Imagens a Rimar
Nomeia as imagens. Identifica a sílaba final.
Liga as imagens que terminam com a mesma
sílaba.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Alguns exemplos de atividades de
promoção de consciência fonológica
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Quantas crianças deixam de acreditar em si mesmas? Quantas
crescem a sentirem-se inferiores aos outros na sua capacidade de
aprender, incapazes de alcançar notas de topo (Gonçalves, 2014)?
Saber ler e escrever são condições imprescindíveis para o sucesso
individual, tanto em idade escolar, como na vida profissional, uma vez
que estão presentes em muitas atividades diárias (Tomás & Carapeto,
2014). Contudo, ao contrário da aprendizagem da fala, a aprendizagem
da leitura e escrita não é um processo natural (Freitas, Alves & Costa,
2007).
Um dos passos cruciais na iniciação à leitura e escrita consiste na promoção do treino da capacidade de identificar e isolar conscientemente
os sons da fala, isto é, de desenvolver a sensibilidade para os aspetos
fónicos da língua, com o objetivo da promoção da consciência fonológica. A consciência fonológica refere-se a uma capacidade metalinguística para identificar e manipular os fonemas ou sons que constituem a
língua materna. Representa uma capacidade complexa em que a criança começa a aprender que o discurso é constituído por um conjunto de
frases, e que estas podem ser segmentadas em palavras, as palavras em
sílabas e as sílabas em unidades mínimas que são os fonemas (Freitas
et al., 2007).
Da prática educacional, terapêutica e científica extrai-se, recorrentemente, a mesma conclusão: o desenvolvimento da consciência
fonológica encontra-se intimamente relacionado com a aprendizagem
da leitura e da escrita, justificando a importância de promover esta competência, desde cedo, e de forma generalizada a toda a população infantil, até à entrada no 1º ciclo. A intervenção visa prevenir dificuldades
futuras no processo de aprendizagem da associação grafema-fonema
(leitura) e fonema-grafema (escrita), constituindo-se como uma medida
preventiva do insucesso escolar (Freitas et al., 2007; Sim-Sim, 1998).
Neste sentido, o Gabinete Psicopedagógico (G.P.P.) do Colégio Valsassina desenvolveu um “programa de promoção de competências
para a aquisição da leitura e de escrita no pré-escolar”. Este programa
é aplicado 2 a 3 vezes por semana pelas educadoras dos 4 e 5 anos, sob
orientação do G.P.P., que procede à monitorização da sua implementação. A eficácia da implementação do programa é aferida, mediante
uma avaliação de competências das crianças ao nível silábico e fonémico antes e após a implementação do mesmo.
Suprimir sílabas
Instrução: Nomeia as imagens. Divide as palavras em
sílabas. Se omitires a silabas assinaladas que palavras
obténs.
Identificar fonemas
Pinta a sílaba que tem o tom [u]
Referências Bibliográficas
Freitas, M. J., Alves, D., & Costa, T. (2007). O conhecimento da língua: Desenvolver a
consciência fonológica. Lisboa: Ministério da Educação - Direcção-Geral de Inovação e de
Desenvolvimento Curricular.
Gaskin, I. W., Ehri, L. C., Cress, C., O'Hara, C., & Donnelly, K. (1997). Procedures for
word learning: Making discoveries about words. The Reading Teacher, 50, 312-327.
Gonçalves, D. (2014). Crenças e conceções pessoais sobre dificuldades de aprendizagem. In M. D. Gonçalves (Org.), Encontros IDEA: Dificuldades para Aprender, Acreditar,
Monitorizar, Evoluir. Livro II (pp. 21-42). Óbidos, Portugal: Sinapis Editores.
Sim-Sim, I. (1998). Desenvolvimento da linguagem. Lisboa: Universidade Aberta.
Tomás, M. T., & Carapeto, M. J. (2014). Que ensino da leitura quando os currículos são
funcionais: Algumas notas para uma reflexão. In M. D. Gonçalves (Org.), Encontros IDEA:
Dificuldades para Aprender, Acreditar, Monitorizar, Evoluir. Livro II (pp. 265-282). Óbidos, Portugal: Sinapis Editores.
Torgesen, J.K. (2004). Avoiding the devastating downward spiral: The evidence that
early intervention prevents reading failure. American Educator, 28, 6-19.
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Se as crianças reavaliadas evidenciarem fragilidades a nível silábico e fonémico são sinalizadas
para continuarem a usufruir de
um trabalho mais sistemático (3
vezes por semana) no início das
aprendizagens formais (1º ano, 1º
período), em pequeno grupo, sendo esta intervenção assegurada
por uma psicóloga educacional,
em articulação com a coordenadora de ano e com os professores
titulares de turma. A opção de
efetuar uma intervenção seletiva/específica com os alunos do
1º ano previamente sinalizados
é fundamentada pelas investigações que demonstram que as
crianças que apresentam fragilidades no conhecimento das letras, correspondências grafemafonema e consciência fonémica,
necessitam de um treino explícito
e sistemático que promova o
conhecimento e a aquisição de
estratégias para descodificar a
mensagem escrita (Gaskins, Ehri,
Cress, O’Hara & Donnelly, 1997;
Torgesen, 2004).
Neste âmbito reforça-se a importância da sistematicidade e
da consistência na estimulação
da oralidade e da consciência
fonológica no jardim de infância.
A realização diária de exercícios
com estruturas similares, mas
com conteúdos distintos, consistentes e promotores de um
determinado resultado ajudam à
indução, à instalação, à consolidação e, finalmente, à automatização do processamento (meta)
fonológico (Freitas et al., 2007).
educar para 1º ciclo, 1º ano, 1º período
a leitura e escrita Sofia Araújo, Mariana Vasco e Pedro Alpuim. Professores do 1º Ciclo
Quando alguém quer identificar as aprendizagens
nucleares do 1º Ciclo do
Ensino Básico, facilmente
refere três aprendizagens
fundamentais: ler, escrever
e contar. Sabemos todos
que é muito mais do que
isso, mas escolhemos ir por
aí, para situar um pouco
o trabalho desenvolvido
nesta fase pelos alunos
que este ano “entraram
na escola”.
Aprender a ler
O processo de ensino e aprendizagem da leitura é, sem dúvida, muito
fascinante e desafiador para todos os intervenientes: os professores
vão desvendando, um a um, os sons de cada letra; os alunos vão percebendo, sílaba a sílaba, a forma como os sons se fundem dando origem
a um som maior e, um dia, num dado conjunto de letras descobrem e
soltam a primeira palavra verdadeiramente lida, primeiro decifrada, depois reconhecida semanticamente. A partir daí, os pais assistem, com
um misto de surpresa, ternura e orgulho, à urgência que os filhos têm
de tudo lerem, dos rótulos das embalagens às palavras que descobrem
na escrita presente nas ruas, em casa, nos media.
Os primeiros passos estão dados, mas é preciso não esquecer a
meta: fazer de cada aluno um bom leitor, um leitor capaz de extrair informação do material escrito. É um processo longo mas fundamental,
porque abre portas ao imenso universo cultural veiculado pela escrita,
facilitando o conhecimento e compreensão do mundo.
Nestas idades, uma das vias mais motivantes de fomentar o desenvolvimento e o gosto pela leitura é o contacto com boas obras de literatura infantil. Por isso organizámos uma feira de livros com uma seleção
de álbuns de grande qualidade, por conjugarem com mestria o texto e a
ilustração de narrativas para a infância.
1º A
Eu já sei ler! Gosto de abrir um livro e descobrir o que está lá dentro.
Francisco Fortes
Como quero ir à biblioteca quero saber ler.
Madalena Matias
Ler é divertido. Primeiro junto as letras, depois escrevo palavras e no
fim tenho uma história.
Tiago Chen
1ºB
Quero ler para ter uma profissão.
Duarte Mendes
Ler é bom porque aumenta a nossa imaginação.
Matilde Pinto
Ler é bom porque me sinto a crescer.
Diego Santos
1º C
Quero aprender a ler para contar histórias aos meus filhos.
Rodrigo Pissara
Quero aprender a ler para ensinar o meu mano a ler e escrever.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Diogo Caldeira
Quer aprender a ler para ler o jornal.
Gonçalo Matias
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… escrever
Da mesma forma que ler vai muito além da descodificação (só lê verdadeiramente quem compreende o que lê), escrever é muito mais do
que o domínio da notação gráfica, é o domínio da produção de texto.
Alcançar-se-á ao longo dos anos com o desenvolvimento da linguagem
escrita. Mas aprender a desenhar corretamente cada uma das letras
é um exercício que requer perícia nos movimentos finos. Evidência da
concentração e esforço necessários a uma caligrafia correta é a típica
“língua de fora”, que não conhece fronteiras.
… e contar
A matemática utiliza uma linguagem própria, com uma simbologia
e uma gramática muito distintas da linguagem escrita. Requer a identificação de conceitos e o domínio, por vezes até automatização de
muitos procedimentos, libertando a memória de trabalho para tarefas que exigem funções cognitivas superiores. Estes conhecimentos
requerem, ao mesmo tempo que possibilitam, o desenvolvimento de
capacidades e atitudes. Cientes das características, e da metodologia
apontada nos documentos orientadores
“Neste ciclo, os temas em estudo são introduzidos de
forma progressiva, começando-se por um tratamento
experimental e concreto, caminhando-se faseadamente
para uma conceção mais abstrata” (in: Programa e Metas Curriculares Matemática - Ensino Básico, DEB-MEC, 2012)
Estamos no primeiro período. As fotos fixam alguns momentos destas iniciações. No Jornal de Parede, afixado em todas as salas, encontram-se muitos outros registos que ilustram a forma como trabalham
os alunos do 1ºano nas aulas.
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
os professores organizaram o “Laboratório de matemática”. Trata-se de um conjunto de estratégias que visam, entre outros objetivos,
a aquisição de conhecimentos através do prazer da descoberta, o
desenvolvimento do raciocínio hipotético-dedutivo fomentado por
desafios matemáticos, estimular a curiosidade por diferentes formas
de resolução do mesmo problema, favorecer a comunicação do pensamento matemático oralmente e introduzindo a sua representação
gráfica em linguagem matemática.
Surgem assim, como atividades regulares nas aulas, nesta fase em
que se trabalha o conceito de número e se iniciam estratégias de cálculo:
- Realização de cálculos ou resolução de problemas, individualmente, a pares ou em grupo; posterior apresentação e discussão de
resultados;
- Fichas de trabalho autónomo, com exercícios e sugestões de trabalho;
- Exercícios cuja resolução requer o recurso a materiais manipuláveis (quando os dedos das mãos não conseguem ajudar);
- Mini projetos sobre conteúdos em estudo;
- Resolução de desafios matemáticos.
educar para Ver, mexer, pensar e descobrir
a matemática Matemática
Ana Paula Ferreira, Irene Costa, Tiago Filipe. Professores do 4º ano
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A matemática continua a ser uma área que assusta e preocupa muitos alunos. Normalmente as dificuldades manifestadas nesta disciplina
prendem-se com conteúdos demasiado abstratos para a faixa etária em
que são lecionados e, também, porque apesar de a matemática estar
um pouco por todo o lado, bem à nossa volta, os alunos continuam a não
ter essa perceção e a não entender a sua utilidade.
Numa tentativa de atenuar este problema, o 4º ano tem vindo a desenvolver algumas atividades que possibilitem aos alunos concretizar
algumas noções matemáticas , manuseando objetos, discutindo resultados, observando,…
Neste período, a noção a ser trabalhada foi a noção de área.
No seguimento de uma visita ao Centro de Arte Moderna, onde puderam descobrir formas de pavimentação e abordar o tema “dimensão” em algumas obras de arte que estavam expostas, na sala de aula,
os alunos tiveram oportunidade de:
• construir figuras com pentaminós para descobrir e comparar áreas;
• usar o geoplano para determinar áreas com diferentes unidades de
área, comparar com as dos colegas;
• construir um metro quadrado, preenchê-lo com decímetros quadradros e um decímetro quadrado com centímetros quadrados para
estabelecerem a relação entre eles.
Com estas tarefas esperamos criar uma dinâmica que possibilite
abranger os vários tipos de inteligência para que a aprendizagem se
transforme em conhecimento real.
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Construir o m² com os 100 dm² ajudou-me a perceber melhor a noção
de área.
Maria do Mar Ferreira 4ºA
Antes de ir ao Centro de Arte Moderna não tinha percebido muito bem
o que eram as “dimensões”.
Francisco Chapouto 4ºA
Trabalhar com os pentaminós, mexer naquele material e construir as
nossas próprias figuras, ajudou-me a perceber a área e o perímetro.
Carolina Gomes 4ºA
Não sabia o que eram as “dimensões” de um objeto. Só me lembrava do
3D por causa dos filmes. Com a visita de estudo fiquei a compreender.
Xavier 4ºA
Quando trabalhei com o geoplano comecei a distinguir melhor a área
do perímetro.
Madalena Ramos 4ºA
Trabalhar com vários materiais tornou mais divertido estudar e aprender mais sobre a área.
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Dezembro 2015 . nº60
Francisco Felner 4º A
educar para Opereta ligeira nos montes de viriato
a cultura Maria João Craveiro Lopes. Professora de Música
No passado dia 1 de Outubro, Dia Mundial da Música, as três turmas do 4º ano apresentaram no Auditório esta peça musical às outras
turmas, professores e funcionários em três sessões.
José Carlos Godinho, o autor desta e outras operetas e variadíssimas publicações composições de muita qualidade, é o pedagogo cujo
Manual é adotado por nós no 1º Ciclo do E.B.
Assim, ao realizar um trabalho performativo de alunos para alunos
com a finalidade de celebrar a Musica como Arte e linguagem universal, foi possível:
- Ensaiar três turmas em conjunto com os professores titulares o
que permitiu uma interação muito positiva;
- Conhecer uma parte da História de Portugal, experienciando-a
através da dramatização – ação;
- Aprender e memorizar uma sucessão de catorze músicas, nem todas isentas de complexidade rítmica , melódica e harmónica;
- Fabricar adereços simples em cartão (foram enviados para casa
modelos de sugestão) em conjunto com os encarregados de educação,
o que permitiu uma unidade estética para a performance.
Mais importante do que descrever o que foi por todos vivenciados é
o próprio testemunho dos alunos:
Foi um momento que é impossível de esquecer.
Leonor
Eu senti alegria, amizade e trabalho de equipa.
Luísa
Eu aprendi muito sobre os romanos e lusitanos e um pouco da História
de Portugal.
Daniel
Eu gostei muito, custou tanto mas conseguimos.
Foi uma ótima sensação! Nunca me tinha sentido assim.
Maria Manuel
Todos nos divertimos e acho que também divertimos o público.
Carolina
Senti-me de uma maneira especial por ter tido a oportunidade de fazer este espetáculo. Espero fazer outra coisa assim.
Miguel
Eu senti que estava numa época e gostei muito de ver as pessoas a
aplaudir algo que eu fiz. fizemos três atuações e demorou duas horas
e quinze minutos.
Pedro
Senti-me orgulhoso de mim próprio. Foi como se a música estivesse a
rodar à minha volta.
gazeta Valsassina
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Xavier
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educar para Ler
a leitura Mónica Silva. Professora de Português
Quem não lê, fala pouco, argumenta menos, escreve mal e debate
pior ideias e conceitos. Por outro lado, o mundo da leitura é o fruir
do tempo humano, dos ritmos bucólicos e naturais, e o livro um repositório de memórias, estimulando também o olfato e o tato. Ler
para escrever, escrever para falar, ler para comunicar, para relembrar,
para sonhar. Ler!
“A partir das frases do pediatra Mário Cordeiro, os alunos foram
convidados a escrever sobre a leitura".
A importância de ler
Joana Monteiro 6ºB
Teresa Coalho 6ºA
Ler
Quem não lê, tem menos conhecimentos, menos cultura do que
quem lê. Com os livros aprende-se muito, aumenta-se a cultura geral,
lê-se histórias novas, descobre-se personagens novas.
A cada dia que passa enriquece-se mais o vocabulário e é por estas
razões que gosto de ler. À noite, quando vou dormir, antes de apagar a
luz, leio sempre um pouco.
Enquanto leio, imagino-me no meio da história, identifico-me com
uma das personagens, enquanto que as outras identifico-as com as
minhas amigas e pessoas conhecidas.
Ler também serve para passar o tempo. Ler faz bem. Depois, quando finalmente adormeço, sonho com o que li e com o que não li, ou
seja, imagino o resto da história à minha maneira, acrescento personagens novas e lugares novos. Eu gosto de ler e ler faz-me sentir viva!
Patrícia Baião 6ºB
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Ler
Ler é algo muito importante e
indispensável na nossa vida, embora algumas pessoas não tenham
a sorte de o saber fazer.
Na minha opinião, ler faz-nos
enriquecer o nosso vocabulário
e aprender, seja sobre história,
ciências, amizade ou amor,
aprendemos sempre quando lemos um livro.
Penso eu que ler nos ensina
a sonhar, estimulando-nos a
imaginação e outra maneira de
ver o mundo. Ajuda-nos, assim, a
escrever textos mais criativos e
bem estruturados.
A meu ver, ler faz-nos pensar
melhor sobre a vida, fugir para
outro mundo que só o autor
conta, e faz-nos, desta forma,
crescer mais sábios.
Concluindo, se lermos um livro,
talvez descubramos o que há de
especial em nós, o que queremos ser e fazer. Ler dá-nos asas e
abre-nos portas. Por isso, agarra
num livro e lê-o, pois ler é saber!
Ler é importante. Ler é aprender. Quando lemos, aprendemos sempre alguma coisa nova.
Na minha opinião, ler desenvolve a mente, faz-nos pensar e imaginar. A meu ver, ler é muito importante, pois ao lermos a nossa escrita
evolui, aprendemos novas palavras, argumentamos mais e melhor e
temos mais ideias. Se não lermos, falamos menos e não conseguimos
exprimir como deve ser as nossas ideias. Na minha opinião, não ler é
como, por exemplo, não dormir. Se não dormirmos, não descansamos
e ficamos cansados. Se não lermos, não desenvolvemos a nossa mente.
Ler serve para imaginar e sonhar o que nós quisermos. Ler é como
quando estamos na praia a relaxar. Ler também serve para comunicar.
Ler descontrai-nos. Ao ler aprendemos sempre coisas novas, é como
se estivéssemos na escola, pois aprendemos sempre alguma coisa.
Ler é desenvolver a mente, ler é aprender, ler faz-nos muito bem.
Ler!
educar para O Parque
Era uma manhã de verão, o Parque da Paixão era o mesmo de sempre,
a criatividade e o café
onde comprávamos o lanche, os caminhos em madeira, o sol a
para a escrita bater nas árvores para nos dar a ideia de que estávamos no paraíso.
Os textos apresentados
foram escritos em aula pelos alunos do 8ºA, em contexto de Oficina de Escrita
ou de avaliação. Pretendem
evidenciar a diversidade, a
originalidade e a qualidade
dos textos produzidos,
assim como levar o leitor a
partilhar do prazer que os
alunos sentem ao escrever
sobre o que os move.
Joana Baião. Professora de Português
“Benditas sejam,
para sempre, as
histórias, mesmo
as que ninguém
me chegou a
contar.”
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
José Jorge Letria
Hoje eramos só nós, os outros não tinham vindo, tiveram que “estudar” ou “ir para almoços de família”. Eu observava o lago, mais precisamente uma pequena parte onde daria para nos sentarmos e
apreciarmos a vista, eu nunca lá tinha ido e nem sabia porquê. Queria
continuar a admirar tudo isto, mas fui interrompido por uma voz meiga:
- Porque olhas tão fixamente para lá?
- Não tenho razão… é bonito. – disse eu.
- Nunca lá fomos, pois não? - disse Sandra com um ar decidido.
- Não… mas não é precis…
Não pude terminar de falar, pois nesse momento já ela me puxava
pela mão e me sorria com aquele sorriso doce que ela tinha. Não dissemos nada. Corríamos e corríamos, ríamos como se não houvesse
amanhã. Quando lá chegámos sentámo-nos na ponte e fomos falando
e comendo o lanche. A certa altura começámos a tirar fotos, primeiramente senti-me estranho, mas depois, como se nada fosse, o meu
coração ganhou mais impulso do que eu, e só sentia todas as emoções
juntas naquele momento, felicidade, alegria, medo de que não houvesse correspondência. Mas aquilo durou, durou, e eu queria mesmo
que durasse.
No final, ela despediu-se. Fomos falando nos dias que se seguiram. E,
ainda hoje, casado com ela, recordo esse dia como se fosse ontem.
Pedro Machado 8ºA
A música
A música fala mais alto que as palavras. Palavras bonitas não significam nada quando as ações mostram outras coisas. A música diz a verdade que os lábios não dizem.
Talvez seja por isto que a música me fascina tanto. Desde que me lembro que a música está presente na minha vida, que eu sou apaixonada
por ela. Quando era pequena, adorava cantar e passar várias horas a
ouvir ou até dançar ao som da música; adorava ouvir todo o tipo de
música.
Ao longo do tempo, esta paixão tem aumentado. Apercebi-me de que
não consigo viver sem música, tenho de a ouvir todos os dias. Apaixonei-me também pelos instrumentos musicais, adoro o violino e o piano
e desejo ardentemente poder vir a saber tocar estes dois instrumentos
no futuro, sendo que já comecei com as aulas de violino.
A música emociona, liga corações. Quando duas pessoas tocam juntas e música fica em sintonia, os seus corações ligam-se, tornando-se
um só. Eu também quero emocionar e ligar o meu coração com o de alguém. Adoro sentir a música, deixar que ela me envolva e me leve para
outros sítios. Todos os tipos de música são motivos de fascínio para mim
e eu nunca quero parar de a ouvir. Quero que a música esteja sempre
presente na minha vida.
Mariana Reis 8ºA
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O Lenhador
Era uma manhã bonita de primavera. A geada dos pinheiros e carvalhos, que tinha ficado retida do inverno, estava a derreter e todos
os animais, e até mesmo as plantas mais pequenas e inofensivas, estavam a acordar. Era a hora a que também o lenhador acordava, mas, ao
contrário do resto dos bichos, esta manhã, para ele, não era a primeira
manhã do ano, pois o lenhador estivera acordado todos os dias de inverno para recolher e queimar lenha para ele, para a sua família e para
o resto da província.
Era apenas mais um dia para o lenhador, mas naquele dia algo estava
errado, pois o seu machado, o mesmo que tivera a sua vida inteira e que
recebera quando, pela primeira vez, tinha ido cortar árvores com o seu
pai, tinha algo estranho. Ou seria a altura do lenhador se reformar? O
nosso lenhador foi, pela primeira vez, de mãos a abanar, para casa, pois
tinha estado neste diálogo consigo mesmo. À hora de jantar perguntou
à mulher:
- Achas que estou velho?
- Não acho que sim, nem acho que não, apenas acho que devias arranjar um aprendiz, pois já não vais para novo e os nossos filhos não nos
visitam, nem mandam cartas desde que chegaram à grande cidade.
- As cidades… aqui todos nos conhecemos e falamos uns com os outros, lá ninguém fala com ninguém. É uma tristeza!
E com este suspiro, o jantar tinha sido servido, e, como de costume,
diziam as graças, comiam e depois iam dormir.
No dia seguinte, o lenhador acordou ainda mais cedo, antes dos bichos e do sol, para ver se ainda era um bom lenhador e se conseguia
cortar alguma árvore. O lenhador lá ia conseguindo, uma aqui, outra
acolá… mas cada vez era mais difícil, até ao ponto em que o seu pequeno machado lhe parecia um grande martelo. Decidido, foi ao ferreiro da
cidade e perguntou-lhe se lhe vendia um machado novo, mas o ferreiro
respondeu-lhe assim:
- Às vezes, o problema não existe nas coisas, não é nas tuas mãos nem
da tua idade, apenas está na tua cabeça. Quanto ao machado, só precisa
João Diogo Gomes 8ºA
de ser afiado…
A minha paixão é o Rio de Janeiro, porque é que escolhi uma cidade que está tão longe? Porque esta linda
cidade faz parte de mim, a minha avó era de lá, mas veio estudar para cá, e aqui, em Lisboa, conheceu o meu
avô e aí a minha mãe nasceu, por isso o meu coração está dividido ao meio, de um lado é verde, amarelo e
azul, do outro é vermelho, verde e amarelo.
Como eu sou metade brasileira, vou ao Rio de Janeiro todos os anos e a minha paixão tem vindo a crescer
de ano em ano. Cada vez que passo a alfândega daquele aeroporto sinto-me uma verdadeira carioca, eu
sou como a minha mãe, adoro falar sobre esta cidade. A minha felicidade cresce até mil quando olho para
aquela praia e percebo que estou na cidade maravilhosa.
As pessoas que nunca visitaram esta cidade não percebem quão bonita ela é e quão bom é podermos andar
com roupa de praia e de havaianas por todo o lado sem ninguém a observar-nos. Os brasileiros são muito
diferentes de nós, sem nos conhecerem falam connosco com muita simpatia, lá são todos família.
Por isso, todos deviam ter uma paixão como a minha, maravilhosa. Margarida Paim 8ºA
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Paixão brasileira
educar para Alunos do 10º ano do Valsassina
o futuro realizaram experiência de contacto
com o mundo do trabalho
Considero que esta experiência foi extremamente importante, quer a nível académico,
quer a nível do meu crescimento pessoal.
Foi fascinante, estar em contacto com o mundo do trabalho,
criando uma relação séria com
os trabalhadores da empresa,
estagiando num ambiente descontraído, amistoso mas não
facilitista ou relaxado. Aperceber-me do fantástico entrosamento entre todos contribuiu,
indubitavelmente, para me criar
a imagem de que o mundo do
trabalho, quando associado a
uma equipa onde impera o espírito de grupo, poderá constituir um equilíbrio perfeito entre
o cumprimento de um dever e o
prazer em concretizá-lo.
Sofia Lopes 10º1B
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Dezembro 2015 . nº60
Experiência realizada na
Intermoney Valores
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No âmbito do projeto pedagógico do Valsassina, é nossa intenção
continuar a facilitar aos alunos do ensino secundário uma preparação
que permita não só uma ligação directa à Universidade, mas também às
empresas e à atividade laboral em particular. Pretendemos estimular
competências a nível da responsabilidade, da autonomia e da maturidade dos nossos alunos, preparando-os para a vida após o Colégio.
O programa “A minha primeira experiência no mundo do trabalho”,
em vigor pelo 4º ano, visa, assim, facilitar aos alunos uma perspetiva do
exercício de uma profissão dentro de temas selecionados por cada um.
Neste contexto, todos os alunos do 10º ano têm uma experiência
de contacto com a realidade profissional, obrigatória, de 3 a 5 dias na
semana de 15 a 19 de junho, numa empresa/instituição, sem qualquer
remuneração, cumprindo o horário de trabalho respetivo, observando
a atividade laboral e executando tarefas que lhe sejam propostas e
adequadas à sua maturidade e nível de conhecimentos.
No final de mais um ano de projeto apresentamos uma amostra da
avaliação que os alunos realizaram no final do mesmo:
Esta experiência foi muito importante pois permitiu-me conhecer a dinâmica
de uma clínica e as suas diferentes áreas de competência. Fui confrontada com
diferentes especialidades dentro da área da saúde, algumas com as quais me
identifico outras que exclui. Foi uma experiência enriquecedora que contribuiu
para uma orientação do meu futuro.
Ana Luís 10º1A. Experiência realizada na Clínica de St António
Esta experiência permitiu que eu me integrasse e me apercebesse o que é
realmente trabalhar. Permitiu que eu pudesse perceber qual é o dia-a-dia num
hospital e sobretudo num bloco operatório. Permitiu que eu percebesse o que
é trabalhar com doentes e pessoas que necessitam realmente de ajuda. Mas
para mim o mais importante foi ver uma cirurgia. Quem considera medicina
questiona-se sempre sobre essa parte e ver uma operação ajudou-me.
Catarina Correia 10º1A. Experiência realizada na Clínica de St. António
Esta atividade foi algo novo para mim. Foi muito interessante, explorar e analisar alguns seres marinhos e aprender sobre os processos de Investigação e
sobre algumas das suas técnicas.
Para além de todos estes aspetos específicos ao estágio que eu integrei,
existe também a aprendizagem geral retirada de todas as experiencias de
trabalho. Devido ao facto de eu estar a simular uma semana num emprego,
fui obrigado a encarar mais responsabilidade aquilo que eu fazia, o que também acabou por trazer um gosto inerente à superação das dificuldades que se
manifestaram. A minha concentração em todas as minhas atividades era quase
máxima, de modo a que eu pudesse tirar o maior proveito das atividades que
praticava, e para não cometer nenhum erro, porque algumas das experiencias
em que participe faziam parte de trabalhos e projetos reais que estavam a ser
levados a cabo por pessoas do instituto, e que permitiram a nossa participação.
AIP
Andrade Gutierrez
Brown´s Downtown Hotel
By – Interactive Brands Agency
Clínica de St. António
Dantas Rodrigues e Associados
– Sociedade de Advogados
Digital Mix
Dimensão Nova
Everis
Faculdade de Farmácia da
Universidade de Lisboa
Frederico Valsassina Arquitetos
Garage Films
Grupo Leya – Livraria Buchholz
Hospital dos Capuchos
Hospital da Luz
Iberfar
Instituto Nacional de Saúde Dr.
Ricardo Jorge
Instituto de Higiene e Medicina
Tropical
Instituto de Medicina Molecular
Instituto Português do Mar e
da Atmosfera
Intermoney Valores
Jardim Zoológico de Lisboa
Jerónimo Martins
Kidzania
MARE – Centro de Ciências do
Mar e do Ambiente. Faculdade de
Ciências, Universidade de Lisboa
Montepio Geral
Roff
Soltrópico
Sonae Sierra
TAP
TVI
Sendo esta a área mais interessante para mim, posso dizer que, à partida,
esta experiência já era algo que eu ansiava. Passados estes três dias concluo
que foi uma experiência de extrema importância na medida em que aprendi
coisas novas sobre os bastidores da aviação, isto é, aquilo que nós, enquanto
passageiros, não vemos. No fim desta “minha primeira experiência no mundo
do trabalho” mantenho as minhas prioridades: cursos de Engenharia Aerospacial ou Mecânica.
João Luís 10º1B. Experiência realizada na TAP (manutenção de aviões)
Com esta experiência penso que me tornei numa pessoa mais autónoma
e responsável. Também contribuiu para confirmar a minha opção de curso e
profissão futura.
Este estágio, foi importante para perceber o que se passa dentro de uma empresa, os diversos departamentos que a compõem e os meios necessários para
ela funcionar.
Mafalda Machado10º2. Experiência realizada no Grupo Jerónimo Martins
A meu ver, esta primeira experiência no mundo laboral teve uma grande importância a nível educacional, mas também noutros diferentes aspetos que se
encontram indissociavelmente relacionados, nomeadamente o trabalho de
equipa, o ambiente do local de trabalho e a própria “hierarquização” dos postos de trabalho que vincam, irremediavelmente, uma posição/estatuto. Considero também imprescindível este primeiro contacto com uma empresa que
desconhecemos a dinâmica e rotina, na medida em que “obriga” o aluno a sair
da sua zona de conforto, expondo-o subtilmente às tarefas e deveres de um
profissional.
Cláudia Marques 10º2. Experiência realizada na Sonae Sierra.
Achei esta experiência muito importante para mim porque fez-me perceber
que talvez o design de produto seja uma opção no meu futuro. Fazer as atividades que fiz fez-me ganhar mais confiança em mim mesma e perceber que eu
sou capaz de fazer coisas que achava que não iria conseguir fazer.
Rita Marques 10º4. Experiência realizada na Dimensão Nova.
Esta primeira experiência no mundo laboral permitiu-me concluir que a área
da publicidade poderá ser uma potencial hipótese de escolha para a minha carreira. Foi uma ótima oportunidade para observar o que se faz neste tipo de empresa e o próprio ambiente de trabalho.
Beatriz Pereira 10º4. Experiência realizada na Garage Films.
Esta experiência foi importante, uma vez que nos pôs em contacto com um
“mundo” a que podemos vir a pertencer daqui a algum tempo. Estimulou-nos
a criatividade na medida em que nos desafiou a procurar solucionar os problemas de forma inovadora.
Joana Silva 10º1A. Experiência realizada no Instituto Doutor Ricardo Jorge
23
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Empresas parceiras do
Valsassina no âmbito do
projeto “A minha primeira
experiência no mundo do
trabalho” (ordem alfabética):
Considero esta experiencia importante para as minhas decisões futuras e
elucidante em relação às minhas ideias acerca da área da investigação.
José Pedro Ferreira 10º1A. Experiência realizada no MARE, Centro de
Ciências do Mar e do Ambiente da Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa.
educar para Os meus três meses em Portugal…
a interculturalidade Olá, chamo-me Ilaria, a nova «italiana» do Colégio Valsassina, e pediram-
"O programa de intercâmbio faz-te
descobrir quem tu
realmente és, e todo o
teu potencial que não
encontraste antes na
tua vida."
-me para escrever um resumo da minha experiência de intercâmbio em
Portugal. Posso começar por dizer que, em apenas três meses, vivi a
aventura da minha vida!
Quando cheguei a Portugal, não sabia quase nada sobra a cultura portuguesa mas tive a sorte de ser acolhida por uma das famílias melhores
do mundo, que me fez aprender muitos aspetos da cultura deste país.
Desde o primeiro momento, fui tratada como um membro dessa família
e não há nada melhor para te fazer sentir bem quando entras em contacto com um ambiente totalmente desconhecido. Estes três meses
foram como um grande choque com a cultura Portuguesa, a começar
pela comida (que me fez engordar muito, porque é ótima) e a acabar
estudando a História de Portugal e os autores que fazem parte dela.
Fiquei completamente apaixonada por Lisboa, com as suas ruas estreitas, as suas casas coloridas, os azulejos, o perfume de limpo das roupas
que as senhoras deixam fora da casa para secar nas ruas do bairro da
Graça. Adoro os castelos, as infinitas paisagens verdes que eu vi da
janela do carro, quando eu e a minha família fizemos viagens fora de
Lisboa, as praias portuguesas. Amo e odeio tomar banho no oceano tão
frio. Gosto também do sorriso dos portugueses e da hospitalidade deles. Eu adoro esta língua tão suave, que um dia espero aprender ainda
melhor do que já aprendi até agora. Gosto muito do meu quotidiano
aqui e deixar tudo isso, para mim, significa deixar um bocado da minha
vida.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Participar num programa de intercâmbio significa sentir a conexão entre ti e os teus pais de acolhimento sempre a crescer, significa também
aprender a cada dia onde encontrar mais coisas em casa, entrar em
contato com a vida quotidiana de pessoas que nunca tinha visto antes,
voltar para a casa depois de um dia intenso e ter festinhas de um cão
que, a cada dia que passa, está sempre mais apaixonado por ti.
O programa de intercâmbio é também pessoas. Pessoas que olham
para ti como se fosses um “alien”, pessoas que querem falar contigo,
mas têm medo, pessoas que, pelo contrário, se aproximam de ti e não
se arrependem. Pessoas que não tiveram paciência para te conhecer
e pessoas que foram capazes de esperar e agora são amigos, amigos
verdadeiros. Pessoas que esperam que fiques mais tempo, pessoas que
não são muito simpáticas e aquelas pessoas que para brincar contigo
falam mal do teu país na esperança que fiques ofendida.
O programa de intercâmbio faz-te descobrir quem tu realmente és,
e todo o teu potencial que não encontraste antes na tua vida. Faz-te
aprender que tu és uma pessoa que conhece a sensação de estar sozinha
num mundo novo e completamente diferente, uma pessoa que é capaz
de superar as dificuldades sem ninguém realmente conhecido e descobrir que podes realmente fazê-lo. Uma nova pessoa, mas não inteiramente.
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Ilaria Sorge 12º1B
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
"...vivi a
aventura da
minha vida."
Aprendi durante estes três meses que se realmente quero conseguir
realizar os meus objetivos tenho que desejar tudo com todas as minhas
forças sem ter medo de nada, porque é só uma barreira que impede de
alcançar tudo o que quero fazer.
O programa de intercâmbio é também pensar, pensar sobre tudo. É
confrontar-se todos os dias com hábitos estranhos, comida estranha,
língua estranha. Às vezes, os meus dias foram tão cansativos que adormeci no autocarro no caminho de volta da escola e fiquei perdida muitas vezes em Lisboa. Às vezes penso nos meus pais e nos meus amigos
em Itália e como será voltar para a minha vida de antes. Penso também
nos programas de fim-de-semana com a família e com quem tenho de
almoçar depois da escola entre os meus novos amigos. Também penso
em como é maravilhoso ouvir televisão e rádio numa outra língua, que
com muita paciência cada dia aprendo mais.
O programa de intercâmbio é também os estudantes de intercâmbio.
São rapazes e raparigas que estão a viver a mesma experiência que
tu, e a sentir as mesmas emoções, são as pessoas que te entendem melhor. São aquelas pessoas que precisam de uma hora para se
tornarem surpreendentemente amigos e todo o tempo do mundo para
se separarem. Pessoas que não sabes se vais voltar a ver de novo na
tua vida, mas a última coisa que queres fazer é ficar longe deles. Ser um
exchange student significa fazer parte de uma grande família que inclui
todas as culturas do mundo, mas sentir-se sempre em casa.
O programa de intercâmbio significa crescer, e perceber que o mundo
é igual e que não importa onde tu estás. Esta experiência longe do teu
país de origem faz-te perceber que finalmente tu és independente,
não interessa a idade que tens, tu podes ficar onde queres em todas as
partes do mundo porque tens capacidades para conseguir fazer isso.
O programa de intercâmbio, às vezes, pode ser frustrante, porque há
coisas que não podes fazer, coisas que não entendes, coisas que queres
dizer, mas não podes, por vezes, coisas que dizes, mas significam completamente o oposto do que querias dizer.
Apesar de tudo, estes não são três meses na minha vida, mas é uma vida
em três meses. Esta experiência não foi nada parecida com o que eu esperava, mas era tudo o que eu queria que fosse. Eu nunca vou esquecer
o tempo que passei aqui, esta experiência será sempre uma parte de
mim que vai ficar na minha mente para a vida inteira.
O programa de intercâmbio é algo que é difícil de entender se nunca se
passou por isso.
Tenho aprendido que na vida é necessário desfrutar todo o tempo à
disposição porque esta é uma oportunidade que não acontece uma segunda vez.
Eu espero que, ao ler estas palavras, convença alguém a viajar e a deixar
a vida de todos os dias para mudar o mundo, por muito pouco que seja.
Muito obrigada pela vossa atenção e acolhimento.
educar para Desenho a três mãos, desenho
as artes partilhado
Sofia Caranova. Professora de Artes Visuais
A par do ensinamento
académico inerente
ao exercício em sala
de aula, do explicar
e aplicar conteúdos,
o desafio lançado à
turma de artes do 11º
ano na disciplina de
Desenho A, desta vez,
incluiu uma atividade
que quebrou com esse
mesmo academismo.
O exercício “Desenho a três mãos”, consistiu na elaboração de um
desenho onde participaram três pessoas. Baseou-se na ideia do “Cadavre Exquis”, um jogo gráfico coletivo surrealista inventado por volta
de 1925 na França.
O aluno começou por desenvolver um desenho inventivo, partindo
de um pormenor de um dos desenhos do “Álbum XX Dessins”, de Amadeu de Souza Cardoso. Sem conhecer o desenho na íntegra, o aluno foi
acrescentando formas e elementos gráficos, que no seu entender, passavam a fazer sentido ao criar uma nova composição gráfica. Mais
descritivo ou mais figurativo, ou com uma composição final mais abstrata, todo o resultado era válido.
Após a primeira fase do exercício terminada, ainda desenho a duas
mãos, a do artista e a do aluno, surge o desafio lançado pela professora:
“Agora escolham um elemento da vossa família, cuja tarefa será a de
dar cor ao desenho criado. Dêem-lhes liberdade na escolha das cores,
do material. A ideia é que eles possam partilhar também da vossa experiência, dar continuidade e interferir num desenho criado por outras
pessoas.”
Como seria de esperar, a adesão destes últimos “artistas” foi total e os
resultados obtidos, e sobretudo a partilha, positiva.
Fica a mensagem final de que o desenho ensina-se, aprende-se e partilha-se.
"Procurei definições, elementos concretos.
Precisava de saber o que estava a pintar!
A partir do corpo, o único elemento definido, acabei por encontrar um contexto e pintei!
Foi uma experiência interessante e igualmente difícil!"
Comentário da mãe da aluna Beatriz Neto 11º4
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Trabalho em aula de Beatriz Pereira 11º4
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Irmão da aluna Beatriz 11º4 a pintar
"Eu gostei de fazer
o trabalho. Gostava
de ter tido mais tempo para o fazer, sem
alguma pressão para
o concluir."
TTrabalho final a três mãos, pintado pela
irmã do aluno César Maurício 11º4
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Comentário da irmã da
aluna Rita Marques 11º4
educar pela A experimentação no Jardim de
experimentação Infância
Educadoras de Infância
“O projeto de ciência para crianças, iniciado no jardim de infância,
é um processo que interpela o pensamento e leva à ação, na procura
de níveis superiores de conhecimento e compreensão do mundo físico
e natural que nos rodeia. Partindo das suas ideias as crianças irão
construindo noções científicas e conceitos científicos simples que
lhes permitirão evoluir mais tarde para conceitos mais complexos.” (in
Modelo Pedagógico).
Para uma maior concretização de todos os pequenos projetos científicos que se realizam ao longo do ano, os nossos alunos têm programadas atividades tanto no laboratório exterior – a horta do Valsassina,
como quinzenalmente no laboratório interior.
A ideia da “ida ao laboratório” foi sentida pelas crianças com um
enorme entusiasmo, esperando ansiosamente pelo dia da primeira experiência. Aquela que consideravam ser uma atividade de “crescidos”
passou a fazer parte do seu dia a dia, sentindo-a como uma promoção
para o desenvolvimento deste projeto, seguimos os procedimentos
próprios do conhecimento científico:
- formulação de hipóteses – a partir de conhecimentos previamente
adquiridos, delimitamos expetativas em relação aos resultados esperados;
- experimentação – processo de investigação de um determinado
problema;
- representação gráfica – tradução em grelha ou desenho, de todo o
processo;
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
- interpretação de dados - análise e avaliação dos resultados para a
elaboração de conclusões.“
28
“ Fizemos experiências sobre os objetos que flutuam na água e aprendi
quais são os que flutuam e não flutuam.”
Francisca 5 anos
“Aprendi que os barcos só podem flutuar que tiverem as paredes altas.”
Tomás 5 anos
“É giro fazer experiências porque descobrimos coisas.”
Inês 5 anos
“Temos que trabalhar muito e aprender muito com os professores para
fazermos experiências. Às vezes elas podem deitar fumo ou explodir.
Eu adoro.”
Inês 5 anos
“As experiências são lindas! São o que eu mais gosto.”
Beatriz 5 anos
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
"Desenvolver nos
nossos alunos a curiosidade espontânea,
atividades positivas
face ao insucesso,
a perseverança, um
espirito aberto e a
importância do trabalho cooperativo
para o sucesso individual e coletivo."
Pretendemos assim desenvolver nos nossos alunos a curiosidade espontânea, atividades positivas face ao insucesso, a perseverança, um
espirito aberto e a importância do trabalho cooperativo para o sucesso
individual e coletivo.
A primeira experiência realizada em outubro debruçou-se sobre o
tema “flutua/ não flutua”. Este trabalho desenvolveu-se ainda numa segunda sessão em que, utilizando os mesmos objetos mas introduzindo-lhes algumas alterações, podemos verificar a sua flutuabilidade / não
flutuabilidade.
A terceira experiência, realizada na semana aberta aos pais em novembro, fio sobre substâncias que dissolvem/ não dissolvem em água.
Temos sentido em todas as crianças um enorme entusiasmo e curiosidade pelas experiências realizadas.
educar para Aprendizagem baseada na resolução
a ciência de problemas: um percurso em investigação científica
No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia (10º ao 12º ano) é
proposto aos alunos a realização de um projeto de investigação, que
tem como objetivos demonstrar-nos o que realmente é esta área da
ciência, quais os seus benefícios mas também quais os seus inconvenientes. Este projeto proporciona-nos a oportunidade de integrar
grupos de investigação de diversas faculdades e institutos, de perceber que as coisas nem sempre saem como estamos à espera, no entanto
que nunca devemos desistir, mas sim ser persistentes.
No nosso projeto foi desenvolvida uma parceria com o Instituto de
Medicina Molecular, a qual nos permitiu efetuar um estudo que abrangeu 90 alunos do secundário do colégio. O objetivo do nosso trabalho
foi estudar a presença da inserção de uma sequência repetitiva Alu
transponível, no locus PV92 do cromossoma 16 na amostra em causa.
Optámos pela realização deste projeto pelo facto do polimorfismo de
inserção Alu PV 92 ajudar em estudos populacionais relativos à diversidade da população humana. Assim pela análise deste polimorfismo tivemos oportunidade de determinar a diversidade da população de alunos
que constituía a nossa amostra. Ao longo deste trabalho consideramos
que foi muito importante acompanhar também um pouco do trabalho
de investigação que os investigadores do instituto iam realizando e de
como trabalhavam quer em equipa quer individualmente, mas sempre
com o espírito de grupo presente e com os mesmos objetivos.
Na madrugada de 20 de Junho de 2015, embaladas por um Capuccino
do Starbucks do terminal 1 do aeroporto de Lisboa, recordámos aquilo
que nos parecia (e ainda parece) um sonho: ver o nosso projeto reconhecido e premiado internacionalmente na IX Mostra Nacional de Ciência,
23º Concurso de Jovens Cientistas e Investigadores.
Aconteceu tudo tão rápido que apenas nesse momento começámos
realmente a acreditar que iríamos representar Portugal à 26ª Semana
Internacional da Vida Selvagem nos Alpes Suíços (IWRW 2015).
Nesta experiência, foi-nos requerido que fizéssemos um novo trabalho relacionado com algum tema que considerássemos interessante
na região montanhosa de Valchava. Este trabalho deveria, do mesmo
modo ser feito em grupos de 3 ou 4 pessoas de várias nacionalidades
(de modo a promover o diálogo científico utilizando a língua inglesa) e
teria de ser apresentado no final da semana a todos os nossos colegas,
orientadores, bem como a quem demonstrasse interesse em assistir.
Esta semana, além de ter sido preenchida de trabalho, foi também extremamente divertida e enriquecedora dos pontos de vista culturais e
sociais, visto que convivemos com jovens de 12 países europeus e fizemos uma visita ao Mosteiro do Val Mustair.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Madalena Carvalho e Rita Pinto 12º1A
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Plants in the Ova da Buffalora
Riverbed
The Alps are the highest and most extensive mountain range in Europe. Their area is 30,000 km2 with an extension of
1,200 km. The Alps cross eight different countries: Switzerland, Italy, Slovenia, Monaco, Liechtenstein, Germany, France
and Austria.
The diversity of plants in the Alps is enormous. There are at least 4,500 plant species living in the Alps (Landolt/
Urbanska, 2003). However, they are not evenly distributed throughout the area, since some species live only at higher
altitudes and others can live only in lower regions.
The main factors limiting plant growth in the Alps that affected our study are on one hand the extreme temperatures,
dry air, and strong winds which bring the danger of frost and desiccation, especially in exposed areas, for example, on
cliffs. Another factor is soil movement, which damages the plants by rock fall, covering of debris and denudation, for
example in alluvial areas (Landolt /Urbanska 2003).
Our study area was the Ova da Buffalora riverbed. In this area the soil was composed mostly of stones (dolomite and
verrucano), so it is very permeable. Therefore it allows the water that comes from the river or the rain to go through.
That's why the river flow is not very stable and changes very often.
The main objective of this study is to find out which plants could live in the riverbed, and where they came from. Our
hypothesis is that only strong and highly adapted plants can live in the riverbed. First we selected three different areas in
the Ova da Buffalora riverbed. We measured each area with a measuring tape.
The first area that we measured was 25mx32m, the second area was 33mx32m and the third was 43mx32m. We
wanted all sectors to have the same surface area but the river made it difficult, because the diameter of the riverbed
changes really often. Then we divided each area into four sectors: Sector A: Zone with water always in it; Sector B: Twometer zone from the water: area with water in it occasionally; Sector C: Zone with water rarely in it; Sector D: Zone with
a 60º inclination that leads to the meadows. This zone almost never has water in it. After finishing the fieldwork we found
56 species of plants.
We found some species recognized as indicators of calcium such as Salix reticulata, Kernera saxatilis, Oxytropis campestris,
Gyposphila repens, Saxifraga caesia, Globularia cordifolia and Helianthemum alpestre (Landolt /Urbanska 2003). This concords with the stones in the riverbank which are composed mainly of dolomite.
We also found two species recognized as indicators of acidity such as Primula hirsuta and Leucanthemopsis alpina
(Landolt/Urbanska 2003). This concords with the lower amount of verrucano in the riverbed.
The plants that live only in the riverbed could have possibly come from the mountains. This means that their seeds
were transported by the river, the wind or animals. An example is Linaria alpina, which is occasionally found at lower altitudes when seeds are brought down from the mountains with runoff water (Landolt /Urbanska 2003). Another example
is Epilobium fleischeri, which is typical for alluvial areas, talus, stony and base-rich soils (Landolt /Urbanska 2003). A final
example is Saxifraga aizoides, which lives in scree, flushes, stony and intermittently humid soil (Landolt /Urbanska 2003).
The answer to our hypothesis is that not all plants can live in the riverbed. Only species that are strong enough can grow
there. This occurs because these species have more genetic variability: can adapt to all different types of conditions. We
can also say that genetic variability is the answer to why plants only live in specific places, since they can support different
conditions to live in according to the genes they possess.
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Madalena Carvalho e Rita Pinto 12º1A
educar para Estudo do ecossistema sublítico e das
a ciência e propriedades físicas do solo de locais
investigação da região de Sintra-Cascais e do Complexo Vulcânico Lisboa-Mafra
Foi desenvolvido um estudo que teve como principais objetivos entender e explicar o papel das rochas nos ambientes que as envolvem,
ou seja as interações da geosfera com os outros subsistemas. Por outro
lado, teve ainda como objetivo conseguir compreender a dinâmica e interações entre os vários subsistemas terrestres (geosfera, hidrosfera,
biosfera e atmosfera).
Para tal, no dia 7 de outubro de 2015, foi realizada uma saída de
campo ao Complexo Vulcânico de Lisboa (Penedo do Lexim), à Praia
do Guincho, ao Maciço intrusivo da Serra de Sintra (Pedra do Urso) e à
Boca do Inferno.
Para do desenvolvimento do trabalho foram planeadas duas etapas.
O trabalho de campo, desenvolvido in loco, teve como principal
objetivo recolher materiais geológicos para que mais tarde estes nos
permitissem a realização do estudo das propriedades físicas dos solos
dos três locais. Foram também recolhidos dados para uma caracterização do ecossistema sublítico de cada local.
A segunda parte do trabalho realizou-se em laboratório, onde se procedeu à determinação e à análise das amostras de solo tendo em vista o
estudo das propriedades físicas do solo. Por sua vez, caso houvesse necessidade executou-se uma identificação mais rigorosa de organismos
encontrados no ecossistema sublítico.
As amostras de solo recolhidas foram relativamente grandes para
que no caso de ocorrência erros se pudesse repetir o procedimento. No
entanto, ao longo do trabalho fomo-nos apercebendo de algumas falhas
cometidas nas atividades laboratoriais, falhas estas que não afetaram
o resultado final, uma vez que foi desenvolvida toda uma pesquisa paralela em volta deste estudo.
Os resultados deste estudo levam-nos a constatar que os quatro subsistemas terrestres estão em constante interação. Como tal, os dados
obtidos demonstram uma inter-relação entre os seres vivos do ecossistema sublítico e as propriedades físicas dos solos, podendo considerar
a existência de um equilíbrio dinâmico entre a comunidade e o biótopo.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Margarida Rodrigues 10º1A
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educar para Diarios en español
o multilinguismo Joana Baião. Professora de Espanhol
Para hacer cada diario hay que pasar por diferentes fases:
El proyecto de los diarios pretende desarrollar
la destreza escrita de los
alumnos de 8º y 9º cursos.
El objetivo es que los alumnos escriban todas las semanas un pequeño texto
en que cuenten lo que contarían a su diario.
1. Adornar la portada del diario mezclando su personalidad y la
cultura española
2. Presentarse, describirse y hablar de sus rutinas, gustos, actividades de ocio
3. Dar un nombre al diario y empezar contando lo que de especial,
divertido, preocupante, rutinero o extraño pasa en sus vidas.
4. Los alumnos se expresan entuasiasmados y comparten fotografias,
billetes de futbol, entradas de museos, cuentan viajes a través de folletos o hacen dibujos… los diarios son corregidos cada quince días.
¡ Os dejamos algunos de nuestros textos e
imágenes!
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Diarios de las alumnas de
español 8º B
Maria Braga
Catarina Pinheiro
Matilde Marvão
Maria Inês Nicolau
Mafalda Marques Pinto
educar para Memórias imaginadas de uma guera criatividade, ra real
para a memória Graça Luís. Professora de História e de Educação para a Cidadania
de cada um e o esforço de todos, a criatividade de cada
e para a paz umOeesforço
a criatividade de todos, a sensibilidade de cada um e a sensibilidade de todos... foi assim que nasceu este projeto.
Mas que marcas deixará este livro nos alunos que o fizeram? Será
que os tornará agentes de uma paz que conhecem e opositores de
guerras que estão tão longe e tão perto? Promoverá o seu espírito humanista, mas também humanitário?
A passagem do centenário da Primeira Guerra Mundial (1914/1918)
ou da Grande Guerra, como também é conhecida, foi o motivo para
estas e outras reflexões e, passo a passo, num trabalho que se quis
transversal, foi-se erguendo esta obra que, pensamos, dignifica o
trabalho de adolescentes do presente que não podem esquecer que
jovens como eles, naqueles anos, viveram uma realidade bem mais
difícil que a sua. Adultos ambiciosos e irresponsáveis para isso contribuíram, num tempo em que o desenvolvimento tinha atingido o seu
auge e que se pensava irreversível...
O resto fica para reflexão do leitor.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
26 de Dezembro de 1914
Amigo Diário
Muita coisa mudou desde que escrevi aquele primeiro texto. Já não
me considero um jovem entusiasta, ingénuo. Mantenho o entusiasmo
em proteger o meu país, mas o país ficou bastante abalado com a invasão dos alemães que praticamente chegaram a Paris. Graças a Deus
que os ingleses nos ajudaram.
A guerra chegou a um impasse. Ambos os lados assumiram posições
defensivas e começaram a escavar fossos, aos quais chamamos trincheiras. As condições pioram de dia para dia, devido à falta de alimentos e
apenas chegam à frente de batalha alimentos de conserva.
Mas, guardei o melhor para o fim . Anteontem e ontem, na véspera
e no dia de Natal, ambos os lados confraternizaram. Sim, confraternizaram.
Pensávamos que, pelo Natal, já estava tudo decidido, mas não. E não
parece que esteja para breve o final.
Anteontem, ouvimos rumores de que tréguas tinham sido feitas por
ambos os lados, começando em Ypres, na Bélgica, mas tínhamos receio
de que fosse uma armadilha alemã. Começámos a cantar músicas natalícias e, do outro lado, logo nos começaram a imitar, apenas mudando
a letra. Foi um momento especial, mas não ficou por aí. Um soldado
alemão veio à terra de ninguém, dizendo, num francês macarrónico,
que queriam tréguas. Então, na temida terra de ninguém, houve convívio e até troca de objetos das duas partes. Posso dizer que, para mim,
foi uma boa mudança, como uma lufada de ar fresco. Estas tréguas
mantiveram-se até ontem; porém, hoje, a tensão recomeçou.
Bernardo Alves 10º1A
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Guilherme Barroca 10º2
3 de junho de 1919
Eu não estava preparada, mas
sabia o que viria a acontecer. A
imprensa já nos tinha avisado.
Agora as canções que cantávamos na aldeia eram sobre as
guerras sangrentas da história.
Na escola, os pequenos eram
preparados para o que viria. Era
sobre o que todos falavam, havia
uma grande hipótese de guerra.
Em Portugal eram tempos de
república e, sendo eu uma pessoa informada, sabia o que se estava a passar. A Itália, a Alemanha
e o Império Austro-Húngaro
formaram a tríplice Aliance. Para
se proteger, a França aliou-se à
Rússia e à Inglaterra, chamados
Triple Entente. Embora estivéssemos em paz qualquer provocação poderia iniciar o que todos
temíamos. Ambas as alianças
tinham recorrido ao armamento
e em 1914 quando o herdeiro do
trono austríaco foi assassinado
na Bósnia, não tardou até a maioria da Europa estar em guerra...
O meu marido já tinha ido para
França ajudar. Tenho muito medo
que o Pedro tenha que ir para lá,
só espero que a guerra não demore muitos anos... O Fernando
escrevia sempre que podia. Contava as coisas por lá: a Alemanha
tinha tentado chegar a Paris mas
não conseguiu, em vez disso a
França deteve o avanço alemão.
Aquilo era muito duro, quando
chovia, as trincheiras transformavam-se em rios de lama, eram
sobrevoados pelos inimigos que
libertavam gás asfixiante. Estava
grata por ele ainda continuar
neste mundo.
Outra coisa que me assustou
foram as batalhas: Verdun (causou 700 mil mortos) e Somme
(mais de 1 milhão e 200 mil mortos!). Em 1918 acabou a guerra e
o Fernando voltou para casa são
e salvo. Foi o melhor momento
da minha vida!
França, 25 de dezembro de
1917
Querida família! Estou com
imensas saudades vossas.
Cada dia que passa as coisas
pioram. Temos homens a dar o
corpo às balas dia e noite. Aqui,
neste hospital improvisado, recebemos capitães, generais e
soldados em sofrimento, a verem
a morte cada vez mais próxima
a cada minuto que passa. Por
vezes, questiono-me se isto
(a luta, a perda de homens) é
mesmo necessária. Estes soldados estão aqui a representar e
proteger a nação, a nossa pátria
amada. Ainda hoje tratei um soldado. Dois tiros na perna esquerda. Tivemos de a amputar e está,
neste momento, a recuperar.
Todos os dias chegam heróis,
homens valentes psicologicamente devastados, exaustos e
desgastados.
É impossível dormir. A meio da
noite ouvem-se gritos “Avançar!”
para dispararem os canhões. E é
como se estivéssemos mesmo a
centímetros deles! Os ouvidos a
estalar com os estrondos, a perda de vidas… Não percebo como
é que a humanidade se deixou levar até isto. Para quê usar a força
quando a nossa maior força são
as palavras?
A aliança com Inglaterra está a
matar Portugal!
Na última noite, enquanto descansava um pouco, acordei exaltada com o general a suplicar-me para eu socorrer dois jovens
militares. Infelizmente, um deles
morreu. Não merecemos a guerra…
A força destes homens e de
todos os que cá estão (militares,
exército, médicos e enfermeiros)
é incrível.
Deus queira que isto seja só um
pesadelo e que passe rápido!
Feliz Natal família! Fiquem bem.
Beijinhos e abraços para todos.
Sara Tribuna 10º4
Constança Gomes 10º3
35
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
27 de novembro de 1917
Minha querida família,
Ainda estou no Somme. A comida está a escassear. Estamos
encharcados em dois metros de
lama fria. Mas estamos otimistas. Um dos nossos espiões, infiltrado nas trincheiras inimigas,
apurou planos de uma ofensiva
aliada para amanhã. Pensam que
nos vão apanhar desprevenidos.
Estamos num momento crucial
que pode acabar a guerra. Não
podia ter sido mais oportuno.
Estou farto da guerra! Da morte,
das doenças, do frio, da tristeza…
Já vi muitos soldados a morrer
à minha frente. Um era da tua
idade, Lukas. Meu filho, espero
que nunca precises de lutar nesta carnificina.
Num ano, perdemos nove
milhas de território. Pode não
parecer muito, mas já se estão
a ouvir rumores de que os EUA
vão entrar na guerra. Se isso
acontecer, não sei se vos verei
mais alguma vez. A guerra estará acabada, e a pátria alemã
ficará humilhada. Seremos um
país ridicularizado. Nunca mais
seremos levados a sério.
Apesar do pessimismo e da
derrota, várias das ofensivas aliadas são um fracasso. Quando os
soldados saem das trincheiras, é
fácil abatê-los com metralhadoras. O que nos assusta, e que
leva alguns soldados a perder a
cabeça (figurativa e literalmente)
são os bombardeamentos. Ontem houve um. Tive de ver mais
de mil homens, consumidos pela
lama e pela chuva, a perderem a
vida.
Espero que acabe depressa,
Friedrich.
educar para Projeto de trabalho no 1º ciclo,
a tolerância e para 2015/2016
o entendimento A equipa do 1º ciclo
global Em Julho os professores dão início a um debate conducente à escolha
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
anual de um projeto que tenha sentido para a realidade dos nossos alunos.
Habitualmente, temos como referência os anos Internacionais
proclamados pela UNESCO e daí partir para adaptar o que nos parece
ser viável para estes grupos etários. Este ano "O Conselho Internacional
de Ciências (ICSU), o Conselho Internacional das Ciências Sociais (ISSC)
e o Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH),
anunciaram em conjunto, que 2016 será o Ano Internacional do Entendimento Global (IYGU)."
O seu foco essencial são as alterações climáticas e a construção de
um futuro sustentável assim como a urgência de, desde cedo, alertar
intervir no âmbito destas questões. Daí surge a ideia de eleger uma
obra literária de qualidade que seria um ponto de partida devidamente
adaptado que, para além de focar estas temáticas nos desse oportunidade, ainda, de trabalhar valores pessoais e interpessoais e a implementação de atitudes positivas, contribuindo para a construção da paz
no mundo.
E assim nos debruçámos de novo no início deste ano letivo em torno
de enfoques possíveis no desenvolvimento de valores tais como a Solidariedade, a Amizade, a Persistência, e atitudes como a aceitação da
diversidade, a superação de obstáculos, a capacidade de entreajuda, a
necessidade de silêncio e de reflexividade, ou a indispensabilidade de
trabalhar melhor a sensibilidade, as emoções e sentimentos.
Traçámos já a metodologia a seguir que numa primeira fase consistirá
na apresentação adaptada da obra aos alunos - apresentação esta que
será aferida para cada ano de escolaridade - seguida de planificação específica também para cada ano, incluindo conteúdos curriculares formais e não formais, para que o projeto se concretize ao longo de todo o
ano letivo envolvendo todos os alunos, professores e funcionários. Por
fim haverá uma fase final de apresentação, mais performativa, à comunidade escolar, possivelmente inserida na programação de "Um Dia da
Escola".
Oportunamente daremos mais novidades.
36
educar para Exames Nacionais 2015
a qualidade Publicamos nesta edição da Gazeta Valsassina os resultados dos
e excelência exames nacionais (do 4º ao 12º ano) e respetiva comparação com as
médias nacionais. Todos os dados apresentados têm como fonte o Programa ENES do Ministério da Educação.
4º Ano de Escolaridade
DISCIPLINAS
NOTA MÉDIA DO EXAME
Valsassina
Nacional
Matemática
82.2%
59.6%
Português
78.1 %
65.6%
6º Ano de Escolaridade
O Aula Aberta é um portal
para divulgar boas práticas educativas em escolas secundárias
e colégios de referência do país.
Escolas que apresentam consistentemente excelentes resultados nacionais nas disciplinas
de Matemática e de Português
foram convidadas a “abrir as
suas aulas”, dando a como trabalham diariamente com as
suas turmas e com os seus alunos. O Colégio Valsassina foi
uma das seis escolas envolvidas
neste projeto, coordenado pela
Fundação Calouste Gulbenkian
(FCG) e pela Sociedade Portuguesa de Matemática.
No dia 28 de novembro,
realizou-se o Workshop "Aula
Aberta: Boas Práticas", dirigido, a professores do 3.º ciclo e
do ensino secundário.
O Colégio Valsassina esteve
representado pelo Diretor
Pedagógico, Dr. João Valsassina
e pelo professor Luís Carvalho
os quais partilharam o seu
testemunho sobre o envolvimento neste projeto.
NOTA MÉDIA DO EXAME
DISCIPLINAS
Valsassina
Nacional
Matemática
82,1%
51%
Português
83.2%
59,5%
9º Ano de Escolaridade
DISCIPLINAS
NOTA MÉDIA DO EXAME
Valsassina
Nacional
Matemática
3,71 (72.16%)
58%
Português
3,65 (71,77%)
48%
11º e 12º Anos de Escolaridade (só alunos internos)
DISCIPLINAS
NOTA MÉDIA DO EXAME
Valsassina
Nacional
Matemática A
165
120
Português
131
110
GD A
180
122
Biologia e Geologia
109
89
Economia A
149
115
Física e Química A
126
99
Geografia A
137
112
37
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Ensino da Matemática no
Valsassina apresentado no
Workshop "Aula Aberta:
Boas Práticas"
educar para ACESSO AO ENSINO SUPERIOR
a qualidade 2015
novos Universitários desejamos que encontrem grande realie excelência Aos
zação nos cursos que escolheram.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Aluno
38
Curso
Faculdade
Adriana Gouveia Coutinho Sá Couto
Engenharia Informática e de
Computadores
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
Afonso Marques da Luz Pinto de
Almeida
Gestão de Empresas
Universidade Lusíada - Faculdade de
Ciências da Economia e da Empresa
Ana Catarina Moreira Pauleta
Enfermagem
Escola Superior de Enfermagem de
Lisboa
Ana Teresa Barata Rodrigues
Ciências Biomédicas
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
António Francisco Castro e Almeida
Romano Colaço
Gestão
Universidade Nova de Lisboa –
Faculdade de Economia
António Palma Lima da Silva Parente
Gestão
Universidade Católica de Lisboa
Bárbara da Costa Amaro Júlio
Gestão
Universidade de Lisboa – Instituto
Superior de Economia e Gestão
Bárbara Sena Fonseca Claro de Castro
Engenharia Agronómica
Universidade de Lisboa – Instituto
Superior de Agronomia
Bárbara Veríssimo Choon
Gestão
Universidade Nova de Lisboa –
Faculdade de Economia
Bernardo Nicolau dos Santos Santana
Camilo
Economia
Universidade Católica de Lisboa
Carlos André Macedo Hilário de Almeida
Filosofia
Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Carolina Maria Sardinha Kendall Brandão
Engenharia Civil
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
Catarina Allen D’Ávila Silveira
Engenharia Biomédica
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
Diogo Gaspar de Lacerda Macedo
Gestão
Universidade Católica de Lisboa
Duarte Maria Mantero Morais Geraldes
Cardoso
Relações Internacionais
Universidade Católica de Lisboa
Filipe Maria Silva Carvalho Soares Franco
Engenharia Florestal e dos Recursos
Naturais
Universidade de Lisboa – Instituto
Superior de Agronomia
Filipe Mateus Azevedo
Engenharia Mecânica
Universidade Nova de lisboa –
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Francisco Eugénio de Sá Borges Paim
Gestão
Universidade Católica de Lisboa
Francisco Ferreira Saraiva de Oliveira e
Costa
Gestão
Universidade Católica de Lisboa
Francisco Ferreira Vicente Silva Nunes
Engenharia Eletrotécnica e de
Computadores
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
Francisco João de Oliveira Soares
Gestão
Universidade Católica de Lisboa
Francisco Ribeiro Lamego Costa Santos
Direção e Gestão Hoteleira
Escola Superior de Hotelaria e Turismo
do Estoril
Gustavo Augusto Toscano Morais
Engenharia Informática
ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
Curso
Faculdade
Henrique Metelo Rita de Almeida
Engenharia Informática e de
Computadores
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico (Taguspark)
Hugo Miguel Estorninho Carreira Luís
Gestão
Universidade Autónoma de Lisboa
Inês Garcia Nunes Coelho
Medicina Dentária
Universidade de Lisboa – Faculdade de
Medicina Dentária
Inês Seabra Pinto
Reabilitação Psicomotora
Universidade de Lisboa – Faculdade de
Motricidade Humana
Inês Vieira da Costa Parente de Araújo
Gestão
ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
João de Castro Lourenço e Sousa
Gestão
Instituto Superior de Gestão
João José Carvalho Martos Gonçalves
Direito
Universidade de Lisboa – Faculdade de
Direito
Gestão
Universidade de Lisboa – Instituto
Superior de Economia e Gestão
Gestão
Universidade Autónoma de Lisboa
Karim Azim Manji
Direção e Gestão Hoteleira
Escola Superior de Hotelaria e Turismo
do Estoril
Mafalda de Albuquerque Núncio Pereira
Coutinho
Arquitetura Paisagista
Universidade de Lisboa – Instituto
Superior de Agronomia
Manuel António da Costa Ramos
Gestão
Universidade Lusíada
Manuel Gamboa Peixoto Escudeiro Dias
Engenharia Mecânica
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
Maria Carolina Miranda Cardoso de
Abrantes Viana
Gestão
ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
Maria Inês Bispo David
Ciências Biomédicas
Universidade de Aveiro
Maria Leonor da Costa Pereira e Cetra
Gestão (ensino em inglês)
Universidade de Lisboa – Instituto
Superior de Economia e Gestão
Mariana Horta Marques Rocha Vieira
Química + Química Tecnológica
Universidade de Lisboa – Faculdade de
Ciências
Mariana Leal Palma Fernandes D’Aguiar
Gestão de Informação
Universidade Nova de Lisboa – Instituto
Superior de Estatística e Gestão de
Informação
Mariana Monteiro Alves Vieira Neves
Engenharia Civil
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
Mariana Oliveira Marques Ávila
Psicologia
Instituto Superior de Psicologia Aplicada
Miguel Cunha Quiaios
Economia (ensino em inglês)
Universidade de Lisboa – Instituto
Superior de Economia e Gestão
Miguel Soares Marques
Engenharia Informática e de
Computadores
Universidade de Lisboa - Instituto
Superior Técnico
João Nuno Gameiro da Costa Martins
Pedro
José Francisco Serra Dias Agapito
Fernandes
Pedro Francisco Fernandes Jorge
Ciências da Saúde
Universidade de Lisboa
Rita Romero Passaporte Antunes
Hormigo
Psicologia
Instituto Superior de Psicologia Aplicada
Tomás Passos Roque Franco Carreira
Estudos Gerais
Universidade de Lisboa – Faculdade de
Letras
39
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Aluno
educar para
a qualidade
e excelência
Quadro de Honra
3º P 2014/15
Do quadro de honra fazem parte
os alunos que, no final de cada
período, apresentem excelentes
resultados escolares (média
de 5 no ensino básico e de 17
valores no ensino secundário),
quer no domínio curricular quer
no domínio dos complementos
curriculares. Devem apresentar também um bom comportamento.
Número
4397
4401
4370
4425
5194
4808
5589
5517
5541
5563
5614
5615
5701
4199
4234
4242
4247
5195
4258
4262
5356
4540
4556
4584
4670
4830
4859
5420
5428
4013
4115
4009
4017
4018
4042
4098
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
3887
3893
4229
4387
5131
3892
4257
5152
5656
3895
4213
4259
4266
5822
5079
5092
5116
5130
3710
3788
3809
4963
5015
4005
4076
4910
3697
40
Nome
5º ANO
Glória Maria Malta de Abreu Neto Ferreira
Rafael Gueifão Cruz
Joana Alves Pereira de Ferreira Monteiro
Margarida de Amarante P. Santos Leite
Inês Madeira de Almeida Ribeiro
Inês Pereira Poiares Mourinho Félix
Afonso Machado Madeira
Maria Madalena Marques Pires de Carvalho Pastilha
Miguel Antão Soares de Pinho
Helena Fidalgo Mendes
Miguel Velho Cabral da Rocha Henriques
Susana Wu Wang
Rita Veloso Dias Simões
6º ANO
Marta Jesus Maurício
Duarte Rebelo de São José
Sofia Correia Braz Lopes Simas
Constança Lagoa R. Contreras Garcia
Inês Lourenço Galvão
Francisca Machado Luís
Carolina Bidarra Andrade Centeno
Lorena Barbosa Antunes da Silva
Joana Ordaz Silveira Leitão
Vera Godinho Ferraz Leal
Maria Inês Dias Portela Caldeira
Inês Maria dos Santos Rodrigues da Silva
Rui Miguel de Sá Vilariça Venâncio Martins
Frederico Nogueira Gonçalves Pereira
Maria Joana Facha Loureiro de Brito
Maria Carolina Brito Caiado Correia Alemão
7º ANO
Ana Sofia Torre Amaral
Joana Bugalho Mah Alves da Silva
Margarida Lima Grilo Fernandes da Silva
Francisco Miguel Moutinho Neves Moreira
Catarina Ribeiro Luís Marques
Joana Correia Pinto Hipólito Baptista
Joana Diogo Alves Correia
8º ANO
Catarina Ferreira Vicente Silva Nunes
Filipa Dias Coelho Tojal Silva
Mariana Brandão da Silva F. Serra
Maria Laura Cortez Mota
Maria Leonor Miguel Neto
Duarte Tomás Cardoso Rezio Martins
Afonso José da Costa e Ervideira Coalho
João Afonso Nobre da Costa Fernandes
Giovanna Navarro Miotto
Francisco Gameiro da Costa M. Pedro
Patrícia Teixeira Belo Marques
Francisca Madeira Fonseca
João Pedro Morgado Centeno
Berke Duarte dos Santos
Teresa Santos Costa Cabral
Sofia Maria Duarte Ferrão
Pedro Miguel Martins Rocha Nunes Dias
Rita Frada Reis Vieira
9º ANO
Gonçalo Caldeira Espinha Pinheiro Castela
Miguel Pinto Correia Cardoso e Cunha
Manuel Maria da Ponte Salema Garção
Raquel Maria Silva Novo
Guilherme M. Borges Fernandes Barroca
Margarida Serrão Presa Rodrigues
Beatriz Henriques Ferreira M. Bernardo
Mariana Almeida Martins
Beatriz Pinto Correia Cardoso e Cunha
Turma
5º A
5º A
5º B
5º B
5º B
5º C
5º C
5º D
5º D
5º D
5º D
5º D
5º D
6º A
6º A
6º A
6º A
6º A
6º B
6º B
6º B
6º C
6º C
6º C
6º C
6º C
6º C
6º D
6º D
7º B
7º B
7º C
7º C
7º C
7º C
7º C
8º A
8º A
8º A
8º A
8º A
8º B
8º B
8º B
8º B
8º C
8º C
8º C
8º C
8º C
8º D
8º D
8º D
8º D
9º A
9º A
9º A
9º A
9º A
9º B
9º B
9º B
9º C
3703
3704
3714
3726
3727
3732
4291
4913
4970
5633
3579
3869
3937
3939
3941
4702
4706
4777
3944
4696
4771
5613
4100
3580
4844
3376
3393
3751
3875
4580
5625
3359
3735
3922
4147
5459
5483
600
3378
4569
4586
4606
4629
5045
3195
3205
3208
3220
3221
3544
3799
4372
5035
3202
3206
4364
3522
Nome
Turma
Carolina Viegas Dias Gomes
Catarina da Costa Gameiro
Joana Santos Pereira dos Reis
Marta de Oliveira M. Pugsley Inocêncio
Miguel Henrique dos S. Vicente Alves Nabais
Teresa Maria de Moura Coutinho Soromenho
Francisco Henriques Botelho S. Alves
João Neto Afonso Dickson Leal
Afonso Morgado Mota
Bernardo José Soares Alves
10º ANO
Joana Lima Grilo Fernandes da Silva
Ana Machado Luís
Joana dos Santos Nobre da Costa
João Marques Pereira Nicolau
Maria Inês Feliz Barreiros Gama
Beatriz da Cruz G. Rodrigues Gaspar
Catarina Castro Gaspar Cortesão Correia
Miguel Costa Reis Cunha Neto
Miguel Maria S. C. de Magalhães Crespo
Ana Rita Landeiro Filipe de Sousa
Diogo Manuel Duarte Ferrão
João Miguel Martins Barros Luís
Cláudia Teixeira Belo Marques
Rita Ribeiro Luís Marques
Ana Beatriz Miguel Neto
11º ANO
Mariana S. Espada Venâncio Carrasco
Mafalda Viegas Dias Gomes
Rita Lopes da Costa Marques Pinto
Marta F. Velosa Silva Zambujal de Oliveira
João Pedro Vicente Ribeiro Esteves da Rosa
Maria Margarida D. P. de Nóbrega Alves
Duarte José Rodrigues Mendes da Silva
César Manuel Caldeira de Sousa
Miguel Micaelo Bengala
Joana Miranda Salreu Martinho
Tomás Calado Franco
Aisha Ismail Ahmad
Maria Frederica Vicente Tojal Valsassina
Maria Inês Veloso Gago da Graça
Maria Soares de Almeida
Ana Clara do Carmo St. Aubyn
Maria João Pessoa de Araújo S. Sancho
Marta Almeida Martins
Maria Carolina Osório Gonçalves
12º ANO
Maria Inês Bispo David
Manuel Gamboa Escudeiro Dias
António Francisco Romano Colaço
Inês Garcia Nunes Coelho
Mariana Leal Palma Fernandes D’ Aguiar
Mariana Horta Marques Rocha Vieira
Henrique Metelo Rita de Almeida
Miguel Soares Marques
Ana Alexandra Carvalho Reis
Francisco Ferreira S. de Oliveira e Costa
Mariana Monteiro Alves Vieira Neves
Catarina Allen D’Ávila Silveira
Bárbara Veríssimo Choon
9º C
9º C
9º C
9º C
9º C
9º C
9º C
9º D
9º D
9º D
10º 1A
10º 1A
10º 1A
10º 1A
10º 1A
10º1A
10º1A
10º 1A
10º 1A
10º 1B
10º 1B
10º 1B
10º 2
10º 4
10º 4
11º 1A
11º 1A
11º 1A
11º 1A
11º 1A
11º 1 A
11º 1B
11º 1B
11º 1B
11º 1B
11º 1B
11º 1B
11º 2
11º 2
11º 2
11º 2
11º 2
11º 2
11º 2
12º1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1B
12º 1B
12º 1B
12º 2
41
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Número
educar para
a qualidade
e excelência
Quadro de Excelência
2014/15
Número
4401
4370
5194
4808
5589
5517
5701
4199
5195
5356
4540
4584
4670
4830
5420
5428
4387
5131
3892
4257
4213
4259
5079
5130
3788
4963
5015
4005
4076
3697
3703
3704
3714
3726
3727
3732
4291
4913
4970
5633
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
3579
3937
3939
4702
4706
4696
4771
5613
4100
3580
42
Turma
5º ANO
4013
4009
4017
4018
4042
4098
Do Quadro de Excelência fazem
parte os alunos que, no final de
cada ano, obtenham excelentes
resultados escolares, quer no
domínio da dimensão académica quer no domínio da dimensão
humana e tenham figurado no
quadro de honra, pelo menos,
em dois períodos ao longo do
ano letivo.
Nome
Rafael Gueifão Cruz
Joana Alves Pereira de Ferreira Monteiro
Inês Madeira de Almeida Ribeiro
Inês Pereira Poiares Mourinho Félix
Afonso Machado Madeira
Maria Madalena Marques Pires de Carvalho Pastilha
Rita Veloso Dias Simões
6º ANO
Marta Jesus Maurício
Inês Lourenço Galvão
Lorena Barbosa Antunes da Silva
Joana Ordaz Silveira Leitão
Maria Inês Dias Portela Caldeira
Inês Maria dos Santos Rodrigues da Silva
Rui Miguel de Sá Vilariça Venâncio Martins
Maria Joana Facha Loureiro de Brito
Maria Carolina Brito Caiado Correia Alemão
7º ANO
Ana Sofia Torre Amaral
Margarida Lima Grilo Fernandes da Silva
Francisco Miguel Moutinho Neves Moreira
Catarina Ribeiro Luís Marques
Joana Correia Pinto Hipólito Baptista
Joana Diogo Alves Correia
8º ANO
Maria Laura Cortez Mota
Maria Leonor Miguel Neto
Duarte Tomás Cardoso Rezio Martins
Afonso José da Costa e Ervideira Coalho
Patrícia Teixeira Belo Marques
Francisca Madeira Fonseca
Teresa Santos Costa Cabral
Rita Frada Reis Vieira
9º ANO
Miguel Pinto Correia Cardoso e Cunha
Raquel Maria Silva Novo
Guilherme M. Borges Fernandes Barroca
Margarida Serrão Presa Rodrigues
Beatriz Henriques Ferreira M. Bernardo
Beatriz Pinto Correia Cardoso e Cunha
Carolina Viegas Dias Gomes
Catarina da Costa Gameiro
Joana Santos Pereira dos Reis
Marta de Oliveira M. Pugsley Inocêncio
Miguel Henrique dos S. Vicente Alves Nabais
Teresa Maria de Moura Coutinho Soromenho
Francisco Henriques Botelho S. Alves
João Neto Afonso Dickson Leal
Afonso Morgado Mota
Bernardo José Soares Alves
10º ANO
Joana Lima Grilo Fernandes da Silva
Joana dos Santos Nobre da Costa
João Marques Pereira Nicolau
Beatriz da Cruz G. Rodrigues Gaspar
Catarina Castro Gaspar Cortesão Correia
Ana Rita Landeiro Filipe de Sousa
Diogo Manuel Duarte Ferrão
João Miguel Martins Barros Luís
Cláudia Teixeira Belo Marques
Rita Ribeiro Luís Marques
5º A
5º B
5º B
5º C
5º C
5º D
5º D
6º A
6º A
6º B
6º C
6º C
6º C
6º C
6º D
6º D
7º B
7º C
7º C
7º C
7º C
7º C
8º A
8º A
8º B
8º B
8º C
8º C
8º D
8º D
9º A
9º A
9º A
9º B
9º B
9º C
9º C
9º C
9º C
9º C
9º C
9º C
9º C
9º D
9º D
9º D
10º 1A
10º 1A
10º 1A
10º1A
10º1A
10º 1B
10º 1B
10º 1B
10º 2
10º 4
Número
3376
3393
3875
3359
3922
5459
5483
3378
4586
4606
4629
5045
3195
3220
3221
3544
4372
5035
3206
4364
3522
Nome
Turma
11º ANO
Mariana S. Espada Venâncio Carrasco
Mafalda Viegas Dias Gomes
Marta F. Velosa Silva Zambujal de Oliveira
Duarte José Rodrigues Mendes da Silva
Miguel Micaelo Bengala
Tomás Calado Franco
Aisha Ismail Ahmad
Maria Inês Veloso Gago da Graça
Ana Clara do Carmo St. Aubyn
Maria João Pessoa de Araújo S. Sancho
Marta Almeida Martins
Maria Carolina Osório Gonçalves
12º ANO
Maria Inês Bispo David
Inês Garcia Nunes Coelho
Mariana Leal Palma Fernandes D’ Aguiar
Mariana Horta Marques Rocha Vieira
Miguel Soares Marques
Ana Alexandra Carvalho Reis
Mariana Monteiro Alves Vieira Neves
Catarina Allen D’Ávila Silveira
Bárbara Veríssimo Choon
11º 1A
11º 1A
11º 1A
11º 1B
11º 1B
11º 1B
11º 1B
11º 2
11º 2
11º 2
11º 2
11º 2
12º1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1A
12º 1B
12º 1B
12º 2
Cerimónia do Quadro de Excelência 2015
No passado dia 8 de outubro realizou-se a cerimónia de entrega de medalhas do Quadro de Excelência.
Nesta cerimónia foram distinguidos os alunos que, no passado ano letivo, se destacaram não só pelo excelente desempenho na dimensão académica mas também pelas boas qualidades evidenciadas na dimensão
humana, as quais foram reconhecidas pelos seus pares, pelos Conselhos de Turma e pela Direção.
Nesta cerimónia foram entregues os seguintes prémios:
Concluíram o 6º ano com nível 5 em
todas as disciplinas tendo obtido
também nível 5 nos exames nacionais de Português e Matemática.
Melhor aluno do 3º ciclo
Miguel Pinto Correia Cardoso e
Cunha, 9º A
Guilherme M. Borges Fernandes
Barroca,9º A
Carolina Viegas Dias Gomes,
9º C
Concluíram o 9º ano com nível 5 em
todas as disciplinas tendo obtido
também nível 5 nos exames nacionais de Português e Matemática.
Prémio sensibilidade social
Maria Inês Ferrão Camilo,
10º 1A
Prémio sensibilidade ambiental
Mafalda Viegas Dias Gomes,
11º 1A
Prémio empreendedorismo
António Francisco Romano
Colaço, 12º 1A
Adriana Gouveia Coutinho Sá
Couto, 12º 1A
Mariana Leal Palma Fernandes
D’ Aguiar, 12º 1A
Gustavo Augusto Toscano Morais, 12º 1A
Melhor aluno do ensino secundário
Laura Cardoso Seara Gonçalves
Cabeça,12º 2
Prémio matemática – ensino secundário
Manuel de Gamboa P. Escudeiro
Dias, 12º 1A
Ana Alexandra Carvalho Reis.
12º, 1A
Prémio português – ensino secundário
Laura Cardoso Seara Gonçalves
Cabeça, 12º 2
43
gazeta Valsassina
Junho 2015 . n 59
Melhor aluno do 2º ciclo
Inês Maria dos Santos Rodrigues da Silva, 6º C
Maria Joana Facha Loureiro de
Brito, 6º D
educar para Prémio Frederico Valsassina
a qualidade Associação dos antigos alunos do Valsassina
e excelência O Dr. Frederico Valsassina estará sempre presente nas nossas
Uma organização da Associação dos Antigos
Alunos do Valsassina em parceria com a
Direção do Colégio Valsassina
melhores memórias, pelo menos nas gerações que tiveram o privilégio de o conhecer, de o ter como professor, director, amigo, conselheiro, "pai"....sim, era tudo isto. Com muito carinho e saudade, é sempre
comentado, há sempre uma história para contar, as suas alcunhas, os
seus ensinamentos e valores ficaram marcados em cada um de nós.
Para o futuro, às gerações mais novas que agora começam e as
que hão de vir, cabe também a nós, antigos alunos, transmitir essa
imagem e perpetuar a figura: o Prémio Frederico Valsassina Heitor
será o meio para atingir esse fim. É também uma forma de estreitar
a relação entre os antigos e os actuais alunos, mostrar a importância
da tradição e da História do Valsassina, de que todos continuamos a
fazer parte.
No dia 8 de Outubro de 2015, no decorrer da cerimónia de entrega
de medalhas do Quadro de Excelência e Mérito do Colégio, foi apresentado e entregue o primeiro Prémio Frederico Valsassina Heitor, ao
aluno Miguel Cardoso e Cunha. Muitos Parabéns Miguel!
Criámos uma secção especial no nosso site de modo a relembrar a
Homenagem e apresentar o Prémio: o conceito, o regulamento e os
premiados - saiba tudo em www.aaavalsassina.com.
Direção de Antigos Alunos do Valsassina
O que é o Prémio Frederico Valsassina Heitor?
É um prémio de mérito criado pelos Antigos Alunos do Valsassina
em honra do seu antigo director e amigo Frederico Valsassina Heitor.
Distingue anualmente um aluno finalista do 9º ano do Colégio que alie
uma brilhante prestação académica a notáveis qualidades humanas
desenvolvidas ao longo dos anos.
Quem organiza?
O prémio é organizado pela Associação dos Antigos Alunos do
Valsassina em parceria com a Direção do Colégio Valsassina.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Em Outubro de 2014 a Homenagem ao antigo
Diretor Frederico Valsassina Heitor encheu a rampa
com antigos e actuais alunos, amigos, professores e
funcionários na inauguração de um monumento junto
à entrada do Liceu.
44
Porque foi criado?
Em Outubro de 2014, no âmbito da Homenagem dos Antigos Alunos do Colégio Valsassina ao Director Frederico Valsassina Heitor - a
exemplo das Homenagens prestadas anteriormente a todos os outros
antigos Directores -, foi decidida a construção de um monumento em
sua honra junto à entrada do pavilhão liceal do Colégio Valsassina.
Como a angariação de fundos junto de Antigos Alunos, Professores
do Colégio, Amigos e Familiares, excedeu o valor do monumento,
foi decidido criar este prémio. Pretende-se deste modo prolongar a
homenagem a Frederico Valsassina Heitor por muitos anos.
Qual é o seu objectivo?
Premiar e promover junto dos actuais alunos o mérito académico e
as qualidades humanas naquilo que é o espirito Valsassina.
A quem se destina?
É premiado um aluno do 9º Ano de Escolaridade do Colégio à entrada para o Ensino Secundário e deverá fazer parte do Quadro de
Excelência, estar matriculado no 10º Ano no Colégio Valsassina e ser
aluno há pelo menos cinco anos lectivos no momento da atribuição
do Prémio.
O que recebe o premiado?
O premiado recebe um Diploma e um prémio de 500€ (quinhentos
euros) destinados à realização de uma viagem/visita de estudo a um
destino relacionado com a sua área vocacional (cientifica, tecnológica,
artística, etc…). Desta forma pretende-se assinalar o Mérito Académico e Qualidades Humanas do premiado, marcando o seu percurso
com uma experiência inédita
Miguel Cunha: Prémio Frederico
Valsassina 2015
Média final do 9º ano: 5 (nível 5 a
todas as disciplinas)
Média de Português: 5
Média de Matemática: 5
Notas dos exames nacionais:
Português – 100%
Matemática – 97%
Sou o Miguel Cardoso e Cunha e entrei para o Valsassina no ano de
2003, do qual datam as minhas primeiras recordações e memórias de
vida. Filho e sobrinho de antigos membros desta instituição escolar e,
na altura, primo e amigo de atuais alunos, a escolha de me inscreverem
a mim e à minha irmã gémea no Colégio foi natural.
Ao longo destes 12 anos de Valsassina, fui criando amizades e
construindo a personalidade e a pessoa de que me orgulho ser.
Sempre considerei o Colégio como a minha segunda casa, onde estão
e passam indivíduos com as mesmas perspectivas, expectativas e
objetivos de vida que eu, o meu local e “dos meus”.
A faceta desportiva faz também parte do meu trajeto neste Colégio.
Após uma breve passagem pelo ténis na pré-primária e no 1º ano, fui
um orgulhoso membro da equipa de futebol e futsal do Colégio do 4º
ao 9º ano, tendo, inclusivamente, conquistado um espetacular
bicampeonato distrital.
O Valsassina, tal como a minha família, incutiu-me o espírito de
trabalho, dedicação e esforço. Assim, tenho trabalhado arduamente
ao longo do meu percurso académico para alcançar o êxito e a excelência, tendo sido premiado em todos os anos do 2º e 3º ciclos com
a distinção do Quadro de Excelência. No presente ano, fui também
galardoado com o prémio de Melhor Aluno do Terceiro Ciclo e com
o Prémio Frederico Valsassina Heitor, sentindo-me profundamente
honrado por ser o primeiro aluno a quem este prémio é atribuído.
45
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Nome: Miguel Pinto Correia Cardoso e Cunha
N.º de Aluno: 3788
Valsassina: Desde 2003
educar para O Prémio de sensibilidade ambiental
a qualidade
e excelência É fundamental distinguir todos aqueles que apesar da elevada
"Compreendi a importância de arriscar
e sair da nossa zona
de conforto e de agarrar novas oportunidades."
exigência do colégio, ainda conseguem despender parte do seu reduzido tempo para ingressar em projetos de cariz social, ambiental, entre outros. Daí advém a relevância da atribuição de distinções
que premeiem o espírito de iniciativa e dedicação destes alunos. No
meu caso, o prémio Sensibilidade Ambiental foi o reconhecimento de
um percurso árduo, mas extremamente gratificante e enriquecedor.
Tudo começou no início do 10º ano quando apresentei a minha candidatura à missão Alentejo 2014, uma iniciativa de jornalismo ambiental promovida pelo programa internacional Jovens Repórteres
para o Ambiente. Tratava-se de um programa completo de sete dias na
vila portuguesa de Barrancos, com o alojamento no Parque Natureza
de Noudar, um pequeno santuário para a conservação da biodiversidade. Durante estes sete dias, integrei um grupo constituído por estudantes estrangeiros da Bélgica, Malta e Chipre, sendo a única portuguesa presente. Assim, numa única semana, passei de estudante do 10º
ano para intérprete, tradutora, fotógrafa, entrevistadora e jornalista.
No ano letivo seguinte, integrei a comitiva portuguesa no Workshop
Internacional YRE Litter Less, que decorreu em Chipre de 25 a 29 de Setembro de 2014; participei na missão nacional JRA Conservação ex-situ
no Jardim Zoológico de Lisboa e ainda estive presente na IX Mostra
Nacional de Ciência com um projeto desenvolvido ao longo do ano letivo.
Não irei negar que por vezes foi difícil conciliar a vertente académica com os diversos projetos em que estive envolvida. Apesar
de terem sido dois anos bastante exigentes, não constituíram um
impedimento para a minha participação em projetos extraescola.
Através destas iniciativas, partilhei a minha paixão e entusiasmo pela temática ambiental com pessoas oriundas de outras
partes do país, Europa e Mundo. Conheci novas realidades, novas culturas e novos locais. Compreendi a importância de arriscar
e sair da nossa zona de conforto e de agarrar novas oportunidades.
Talvez esta sede de conhecimento seja algo inerente à minha personalidade, mas penso que também derivou da educação proporcionada pelos meus pais e da influência de alguns professores.
Assim, não queria deixar de expressar o meu agradecimento ao professor João Gomes, que me contagiou com o seu entusiasmo no ensino da Biologia, algo que levarei comigo ao longo da minha vida.
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Mafalda Gomes12º1A
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A minha segunda casa
Miguel Carsoso e Cunha 10º 1B
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
"Fomos, desde cedo,
crescendo neste “espaço-quinta”, estimulando o pensamento
com as atividades
desenvolvidas pelas
educadoras da Infantil e Pré-primária e,
fundamentalmente,
criando amizades que
ainda hoje perduram."
Chamo-me Miguel Cardoso e Cunha e entrei para o Valsassina no ano
de 2003, do qual datam as minhas primeiras recordações e memórias
de vida. Filho, sobrinho e primo de antigos alunos, a escolha de me
inscreverem a mim e à minha irmã gémea no Colégio foi natural.
Fomos, desde cedo, crescendo neste “espaço-quinta”, estimulando o
pensamento com as atividades desenvolvidas pelas educadoras da Infantil e Pré-primária e, fundamentalmente, criando amizades que ainda
hoje perduram.
Já no 2º ciclo estudava mais regularmente, do que na Primária, para
obter os excelentes resultados com que tanto sonhava. Por ser
um aluno empenhado, cumpridor e com um método de trabalho bem
definido, consegui superar os obstáculos e obter boas classificações em
todos os elementos de avaliação.
A transição para o 3º ciclo marcou fortemente o meu percurso escolar.
Percebi que tinha de reforçar o meu empenhamento, autonomia, e estudo se quisesse alcançar um patamar de excelência (do qual fiz parte
desde o 5º ao 9º ano), pois a mudança de ciclo implicava um acréscimo
da dificuldade e complexidade dos conteúdos lecionados. Assim, estudar tornou-se rotina: todos os dias revia a matéria das diversas
disciplinas, nunca esquecendo os trabalhos de casa que me ajudavam
a complementar os conhecimentos. Não o fazia por obrigação, mas sim
porque sempre me interessei em saber mais. E é gratificante conseguir
superar sucessivamente os meus limites desta forma tão positiva.
Sei que o nosso esforço será compensado, se estudarmos e trabalhar-mos afincada, honesta e humildemente, com o objetivo de melhorar
todos os dias. O Valsassina, tal como a minha família, incutiu-me o espírito empreendedor e de dedicação, valores que acarretarei para sempre.
Gosto de desporto e acho essencial conciliá-lo com os estudos. Além
de ser saudável, permite-nos crescer como indivíduos, respeitando os
outros ao mesmo tempo que se consolidam amizades. Aos cinco anos,
joguei ténis e, do 4º ao 9º ano, fui um orgulhoso membro da equipa de
futebol e futsal do Colégio.
Ao longo destes 12 anos de Valsassina, lado a lado com a minha irmã, fui
construindo a personalidade e a pessoa de que me orgulho ser. Considero o Colégio a minha segunda casa, onde estão e passam pessoas
com as mesmas perspetivas, expectativas e objetivos de vida que eu, o
meu local e “dos meus”.
Por tudo isto e para finalizar, não posso deixar de referir que o Prémio
Frederico Valsassina Heitor, do qual me orgulho ser o primeiro contemplado, tem um significado muito especial para mim, pois tive o privilégio de conviver com o Dr. Frederico, símbolo do verdadeiro “Espírito
Valsassina”, com quem eu dialogava sobre a escola e o nosso grande
Sporting.
educar para Discurso para a Cerimónia de Entrega
a qualidade do Prémio “Melhor Aluno do Ensino
e excelência Secundário”
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
"E, peço-vos que
não abandonem a
resiliência, a dedicação, o esforço
e a capacidade
de trabalho que
o colégio vos fez
ter. Levem esses
ensinamentos pela
vida fora e vivam
intensamente. Que
esta seja uma das
melhores alturas
do vosso percurso."
Boa tarde a todos.
Muitos parabéns pelos vossos prémios, e obrigada ao Colégio pelo meu.
Acabei agora de chegar de Londres, onde estou a estudar. Estar aqui torna-se,
por isso, muito mais emotivo. Obrigada aos meus pais por me terem feito esta
surpresa. Obrigada por se terem apercebido da importância deste prémio e
deste momento para mim.
O meu período Valsassina foi uma longa, extenuante e extremamente compensadora caminhada, um conjunto de inúmeras passagens. Para mim, ao contrário da maioria dos presentes, só começou no sétimo ano.
Ter cá estado para mim: Passou de um 48% no meu primeiro teste de matemática para um 19 no exame do décimo segundo ano. Passou de não saber que
“breakfast” queria dizer “pequeno-almoço”, para agora estar a estudar e a fazer
a minha vida toda em inglês. Passou de não saber distinguir o Sr. António do Sr.
Luís, para agora vos poder dizer a que horas os podem encontrar nos respetivos
corredores. Passou de o Dr. João não saber o meu nome, para agora me tratar,
invariavelmente, por Laurinha. As meninas do bar, que não me distinguiam dos
restantes, passaram a saber o meu número e o meu pedido habitual. Sabem que
tomo o meu café cheio e que prefiro o pão de malte ao de sementes. Chegaram
até, depois de me terem apanhado numa crise de choro incontrolável, a pôr o
colégio todo a tentar descobrir o que se passava.
A experiência no Colégio fez-me passar duma fase em que não estava consciente da pobreza e das dificuldades que me rodeavam, para me envolver em projectos e campanhas de solidariedade que, inclusivamente, me fizeram ganhar o
prémio de “Sensibilidade Social” há uns anos atrás.
Passei de me tentar esquivar a todas as aulas de educação física com o Prof.
Cruchinho, para finalmente perceber a importância e as mais-valias do exercício.
Cheguei a inscrever-me e a frequentar um ginásio! Passei de não saber o que era
uma associação de estudantes, para ter sido parte integrante de uma. Uma campanha eleitoral era uma incógnita… e ainda que a uma pequena escala, hoje já fiz
parte da organização de duas. Passei de não conhecer os professores, nem muito
menos eles a mim, para agora os considerar pessoas com quem posso contar,
qualquer que seja a situação, porque sei que dificilmente me esquecerão.
Passei de não ter amigos importantes cá, para agora só os ter de cá. Amigos
que sei que fiz para a vida, mas, novamente, isso só o tempo confirmará. Passei de
não me sentir parte da família do colégio, para este ano ter sido “Miss Valsassina”.
Passei de achar que nunca me integraria aqui, para sentir que não me poderia
ter integrado melhor noutro sítio qualquer. Passei dos três e dos quatros que
teimavam em não subir, para estar hoje a falar convosco com este prémio na mão.
Obrigada a todos os educadores da minha vida.
A mensagem que gostava que retivessem é a seguinte: Por mais difícil que as
coisas pareçam, por mais exigentes que sejam, menos intuitivas e mais complicadas, no final bate sempre tudo certo. E, peço-vos que não abandonem a resiliência, a dedicação, o esforço e a capacidade de trabalho que o colégio vos fez ter.
Levem esses ensinamentos pela vida fora e vivam intensamente. Que esta seja
uma das melhores alturas do vosso percurso.
É um prazer estar aqui. É um prazer ter-vos conhecido.
É um prazer ser Valsassina.
Laura Cabeça.
48
colégio em ação Valsamat 2015
Realizou-se de 9 a 13 de novembro, a ValsaMat 2015 – Semana da Matemática do Colégio Valsassina.
Tal como nos anos anteriores, a ValsaMat foi o pretexto para levar aos alunos
uma visão mais lúdica e divertida da Matemática, diferente da matemática “de
papel e lápis” a que estão habituados.
O programa deste ano contou com as seguintes iniciativas:
• Conferência sobre "Tecnologia no Ensino da Matemática" pelo Professor
Doutor António Domingos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Faculdade Nova de Lisboa. 8º ano.
• Olimpíadas da Matemática. 5º ao 12º ano.
• Simultânea de Xadrez com o mestre Luís Reynolds. 5º ao 12º ano.
• Participação no concurso “Literacia 3D”. 7º ano.
Semana da Ciência e da Tecnologia
2015
A Semana Nacional da Ciência e da Tecnologia no Colégio Valsassina decorreu de 23 a 27 de novembro de 2015. Mais uma vez o Colégio Valsassina
assinalou esta semana dinamizando várias atividades para toda a comunidade
escolar de modo a despertar a curiosidade para o mundo que nos rodeia; motivar os alunos para a Ciência; e contribuir para um aumento da sua literacia
científica.
Da programação deste ano destacamos:
• Laboratórios abertos com atividades (na área da Biologia, Física e Química)
dinamizadas pelos alunos do ensino secundário (10º, 11º e 12º) para os colegas
do 1º e 2º ciclo;
• Exposição de trabalhos sobre o sistema solar (elaborados por alunos do 7º
ano, na disciplina de Física e Química);
• Participação no concurso “Literacia 3D – Ciências Naturais” (7º ano);
• Visita ao Microscópio eletrónico da FCUL(11º ano);
• Construção de células 3D (Ciências Naturais, 8º ano);
• Sessão com o Biólogo e investigador Miguel Pais (7º ano). Celebrando a Música
“A Música é o tipo de
arte mais perfeita:
nunca revela o seu
último segredo”
Oscar Wilde
Quando Ludwig van Beethoven compôs a 9ª Sinfonia, que inclui o Hino à
Alegria (Ode à Alegria) pretendia que a Música chegasse, não apenas, aos ouvidos mais privilegiados assim como àqueles ouvidos onde a Música funcionava
como veículo promotor.
Hino à Alegria tornou-se um hino à liberdade, à exaltação dos direitos humanos, meio de expressão de sentimentos relacionados com a paz e a solidariedade. A Música como Arte permite libertar as palavras através de melodias que
ecoam a ciência que ela esconde.
Existe um dia marcante nos festejos desta arte, o Dia Mundial da Música. Este
dia comemora-se a 1 de outubro com a finalidade de promover a arte musical
nas suas variadas vertentes. Neste dia, o “mundo” leva a cabo diversas iniciativas que visam divulgar, fomentar e homenagear esta arte tão nobre, a Música.
O Colégio Valsassina prestou homenagem à Música através de apresentações de instrumentos, flashmobs, concertos abertos, óperas infantis e
histórias musicais participadas. Durante dois dias (1 e 2 de outubro), os alunos
tiveram a oportunidade de participar, assistir, ouvir e experimentar a Música.
49
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Vanessa Freitas. Professora de Música
aconteceu…
Renovação do Galardão Bandeira Verde
O trabalho desenvolvido em 2014/2015 no âmbito do projeto ecoValsassina
foi distinguido, pelo 12º ano consecutivo, com o Galardão Bandeira Verde. Este,
certifica a qualidade e coerência do trabalho desenvolvido no colégio Valsassina, ao longo do ano letivo anterior.
O projeto ecoValsassina está orientado para a implementação da Agenda
21Local, visando a aplicação de conceitos e ideias de educação e gestão ambiental à vida quotidiana da escola.
Inauguração da horta do jardim de infância
No passado dia 18 de setembro, foi inaugurada a (nova) Horta do Valsassina.
Os alunos começaram por descobrir os espaços - estufa, canteiros, pomar - e
conhecer o nosso hortelão chefe – o Sr. Miguel! Com ele, aprenderam a plantar
alface, alho francês e couve.
Com as mãos na terra, são desafiados a experimentar e descobrir como nascem e crescem tantos legumes até chegarem ao nosso prato!
Como consta do modelo pedagógico do Jardim de Infância: “É importante
que a criança possa ter um contacto direto com atividades de natureza prática,
contextualizadas, em que, incentivada pelo educador, possa fazer e pensar sobre o que faz, tenha a possibilidade de realizar explorações e manipulações que
desenvolvam a sua natural curiosidade…”
Comemoração do Dia Europeu das Línguas
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
No dia 28 de setembro de 2015, o departamento de línguas comemorou o
Dia Europeu das Línguas e ofereceu múltiplas possibilidades de contactarmos
com a diversidade linguística em que nos inserimos. Durante toda a semana
decorreram iniciativas que tornaram mais divertida a aprendizagem das línguas.
• Exposições (átrio do liceu)
• Portugal – mapa de variedades linguísticas
• Projeção do vídeo – Cala a tua língua com a minha!
• Atividades (átrio do liceu)
• Mural das Línguas
• Lançamento de balões ( exterior)
• Dramatização da peça Não me venhas com estórias! – no auditório
do colégio, às 14h.
• Jogo das 4 Línguas- Tão parecidas e tão diferentes – Provérbios, Expressões idiomáticas…
Os alunos do primeiro ciclo tiveram a oportunidade de conhecer e trabalhar
algumas rimas e lengalengas em Inglês, de acordo com o ano de escolaridade
em que se encontram.
Os alunos do Jardim-de-Infância tiveram também a oportunidade de ouvir
e trabalhar rimas e lengalengas, acompanhadas pela canção correspondente.
Os alunos das turmas de quinto e sexto ano construíram, em conjunto, um
mural com palavras em diferentes línguas europeias.
As professoras de Inglês de segundo ciclo desafiaram os alunos e pediram-lhes que escrevessem palavras ou frases que transmitissem uma ideia ou mensagem positivas. Para além de escreverem essas mesmas palavras em Inglês,
puderam ainda colocar palavras noutras línguas faladas na Europa. Cada aluno
pôde dar o seu contributo pessoal o que enriqueceu ainda mais o nosso
VALSAWALL.
50
It’s Halloween! Trick or Treat?
No passado dia 31 de Outubro, celebrou-se o Halloween. No âmbito desta
comemoração os alunos do primeiro ciclo tiveram a oportunidade de ouvir
histórias da coleção “Winnie the Witch”. Os alunos do primeiro ano experimentaram a tradição: Trick or treat ? com os colegas das outras turmas.
Os alunos do Jardim de Infância ouviram canções sobre o tema e fizeram
tarefas de associação de cor e vocabulário.
Dia de Muertos El Altar de Muertos, también conocido como ofrenda del Día de Muertos, es
un elemento fundamental en el conjunto de tradiciones mexicanas del día 2 de
noviembre.
La tradición consiste en instalar altares domésticos en honor de los muertos que echamos de menos, poniendo alimentos, velas, flores y objetos del uso
cotidiano del fallecido en un altar. Así se celebrará la memoria y la vida de la
persona fallecida.
Nuestro altar es un altar con dos niveles, estos constituyen una representación de la división del cielo y de la tierra. Lo hicimos en honor a Don
Quijote, el caballero de la triste figura.
Fórum de Orientação Profissional
No âmbito do Programa de Orientação Vocacional, o Gabinete Psicopedagógico do Colégio Valsassina, dinamizou o Fórum de Orientação Profissional para todos os alunos do 9.º ano. Esta atividade, que se realizou entre 4 e
13 de novembro, teve como principal objetivo permitir o contacto com ex-alunos do Colégio Valsassina (estudantes do ensino superior), de diversas áreas,
no sentido de partilharem o seu processo de tomada decisão ao longo da carreira e o que fazem no seu dia-a-dia, enquanto profissionais.
O Fórum de Orientação Profissional encontrou-se dividido em quatro painéis (Ciências Sócio-Económicas; Ciências e Tecnologias – “Engenharias”; Ciências e Tecnologias – “Saúde”; e Artes Visuais).
Sessão Academia Empreender Jovem
Atualmente, o empreendedorismo é entendido como um motor de desenvolvimento económico de um país e, por isso, é considerado uma das 8 competências chave que deve ser adquirida nas escolas, tal como o Português, a
Matemática ou outra qualquer disciplina de base dos programas curriculares.
Perante este contexto o Colégio Valsassina e a AIP assinaram um protocolo de
trabalho que tem permitido aos nossos alunos do 12º ano desenvolver um projeto no âmbito da “Academia Empreender Jovem”. Este projeto de empreendedorismo consiste na realização de 10 sessões/espaços de partilha (com cerca
de 90 min. de duração) e de "germinação" de ideias, onde cada aluno é ator e
contribuinte. A primeira sessão realizou-se no passado dia 11 de novembro e
contou com a presença do Dr. Frederico Carvalho Pinto, que apresentou aos
alunos as principais linhas orientadoras do projeto e os desafios que terão de
resolver ao longo do ano. A sessão final de apresentação de projetos está agendada para o dia 31 de maio.
Book Fair
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gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
Realizou-se, nos dias 25, 26 e 27 de novembro uma feira de livros em língua
inglesa. Os alunos visitaram a Feira e foram realizadas várias atividades para
motivar para a leitura.
Apresentação de comunicação na FCSH-UNL
No âmbito do projeto educativo da UNESCO Património para a Paz e a
Reconciliação, foi publicado em língua portuguesa o Manual para Professores
“Património para a Paz e a Reconciliação – Salvaguardar o Património Cultural
Subaquático da Primeira Guerra Mundial”.
Aquando do lançamento deste manual, a Comissão Nacional de UNESCO organizou um seminário, que se realizou no dia 17 de novembro na FCSH-UNL,
que contou com a presença de vários especialistas na área. Pelo trabalho desenvolvido no projeto de evocação da I Grande Guerra o Colégio Valsassina
foi convidado a apresentar uma comunicação. Em representação dos alunos
envolvidos neste projeto, os alunos Afonso Mota, Bernardo Alves, Carolina
Gomes e Margarida Rodrigues apresentaram os seus testemunhos e motivação para a elaboração dos textos. Participaram também na comunicação os
professores João Gomes e Graça Luís.
Projeto Boomerang Sessão sobre Bullying
Boomerang é o nome de um projeto do Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa que permite a estudantes do curso de Medicina voltarem à
escola onde realizaram o ensino secundário, para dinamizar sessões de informação e esclarecimento sobre temas atuais e interesse para os alunos. Neste
âmbito, os antigos alunos Joana Duarte, Gonçalo Pereira e Pedro Leal,
promoveram, no dia 25 de novembro, três sessões sobre Bullying e pressão dos
pares, destinada a alunos do 9º ano.
Mais um professor do Valsassina conclui o Doutoramento
A professora Maria João Craveiro Lopes concluiu o seu Doutoramento na
área da Educação para a Arte, mais especificamente sobre o tema “Pioneiras da
Educação pela Arte: Enfoques Biográficos sobre Alice Gomes, Cecília Menano
e Maria Manuela Valsassina”. Os nossos Parabéns pela conclusão de tão importante etapa.
Campanha de Natal
Voluntariado na recolha nacional do
Banco Alimentar Contra a Fome
Dando continuidade à colaboração desenvolvida pelo Colégio na recolha nacional
do Banco Alimentar Contra a Fome, algumas dezenas de voluntários do Valsassina
participaram no dia 29 de novembro, nos
trabalhos nos armazéns, na Avenida de Ceuta. Participaram alunos, pais e professores
do Valsassina.
À semelhança dos anos anteriores, e no sentido de dar continuidade à nossa de responsabilidade social e promovendo junto dos Jovens o sentido da
Solidariedade o Colégio realizou mais uma Campanha de Natal de recolha de
produtos alimentares, brinquedos e bens de primeira necessidade, a favor da
comunidade local.
Festa de Natal
A Festa de Natal 2015 do jardim-de-infância realizou-se no dia 17 de dezembro. Foi um final de dia muito animado em que a comunidade Valsassina se juntou para celebrar mais um Natal.
Aconteceu no desporto…
Torneio de voleibol - infantis A
gazeta Valsassina
Dezembro 2015 . nº60
No dia 21 de novembro, decorreu o 1º Torneio de Voleibol, no escalão Infantis A. Este torneio, realizou-se no ginásio do Colégio Valsassina e marcou, oficialmente, a abertura das competições das atividades desportivas no ano letivo
2015/2016.
52
Vai acontecer...
índice
Janeiro
• Semana da Geografia
• Semana das Línguas
• Seminário Nacional Eco-Escolas
• Ações de intervenção no Parque Natural de Sintra-Cascais
• Concurso Nacional de Leitura
• Olimpíadas da Biologia
• Conferência do ciclo “Eu, a Ciência e a Sociedade”
• Sessão com um deputado no âmbito do Projeto Parlamento dos Jovens
Editorial 1
Aprendizagem sócio emocional: Um caminho para o sucesso 2
Aprender a ser para aprender a fazer 4
Educação emocional: pilar fundamental no modelo pedagógico do Jardim
de Infância do Colégio Valsassina 6
Investigando as emoções nas aulas de Filosofia 8
Competências Sócioemocionais no Jardim de Infância 10
Promoção da Consciência Fonológica no Jardim de Infância 12
Fevereiro
1º ciclo, 1º ano, 1º período 14
• Ações de intervenção no Parque Natural de Sintra-Cascais
Ver, mexer, pensar e descobrir Matemática 16
Opereta ligeira nos montes de viriato 18
Março
Educar para a leitura 19
• Semana da Educação Física
• Ações de intervenção no Parque Natural de Sintra-Cascais
• Viagem de finalistas 9º e 12º ano
Educar para a criatividade e para a escrita 20
Alunos do 10º ano do Valsassina realizaram experiência de contacto com o
mundo do trabalho 22
Os meus três meses em Portugal… 24
Desenho a três mãos, desenho partilhado 26
A experimentação no Jardim de Infância 28
Aprendizagem baseada na resolução de problemas: um percurso em investigação científica 30
Plants in the Ova da Buffalora Riverbed 31
Estudo do ecossistema sublítico e das propriedades físicas do solo de locais
da região de Sintra-Cascais e do Complexo Vulcânico Lisboa-Mafra 32
Diarios en español 33
Memórias imaginadas de uma guerra real 34
Projeto do trabalho no 1º ciclo, 2015/2016 36
Exames Nacionais 2015 37
Acesso ao Ensino Superior 2015 38
FICHA TÉCNICA
Fundadores Frederico Valsassina Heitor
Maria Alda Soares Silva e seus Alunos
Diretor João Valsassina Heitor
Diretor Editorial João Gomes
Paginação Diana Almeida
Impressão idg - Imagem Digital Gráfica
Propriedade Colégio Valsassina
Tiragem 1500 exemplares
Colégio Valsassina
Quinta das Teresinhas 1959-010 Lisboa
218 310 900
218 370 304 fax
[email protected]
www.cvalsassina.pt
Blogues
do Valsassina
Acompanhe na blogosfera
algumas das atividades do
Colégio Valsassina
Arte na Escola
“Arte na escola” é um espaço onde se pretende divulgar e dar a conhecer as atividades
realizadas nas disciplinas de vertente artísticas no Colégio Valsassina, desde o 1º Ciclo até
ao Ensino Secundário: http://www.evtvalsassina.blogspot.pt
Educação Ambiental e Educação para o Desenvolvimento Sustentável
Atividades do projeto ecoValsassina: http://geracaoecovalsassina.blogspot.pt/
Quadro de Honra 40
Prémio Frederico Valsassina 44
Ciência, ensino experimental, projetos de investigação dos alunos
O Prémio de sensibilidade ambiental 46
http://biovalsassina.blogspot.pt/
A minha segunda casa 47
Discurso para a Cerimónia de Entrega do Prémio “Melhor Aluno do Ensino
Combater as alterações climáticas numa Low Carbon School
http://co2amais.blogspot.pt/
Secundário” 48
Colégio em ação 49
Cultura, literatura, escrita
Aconteceu… 50
http://15menosumquarto.blogspot.pt/
http://os20versosdavalsa.blogspot.pt/
Aconteceu no desporto… 52
Evocação do centenário da I Grande Guerra
http://omaiormuseudomundo.blogspot.pt/
“A edição da Gazeta Valsassina envolve o uso de um recurso natural que vem das árvores, o consumo de energia para produzir o papel, imprimi-lo e transportá-lo, liberta gases com
efeito de estufa responsáveis pelo aquecimento global. Assumindo-nos como uma Low Carbon
School compensamos as emissões que não conseguimos evitar.
A Gazeta Valsassina é carbonfree – livre de emissões de carbono.”
dezembro 2015
número 60
EDUCAÇÃO EMOCIONAL:
APRENDER A SER PARA
APRENDER A FAZER

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