Programa de Doutoramento em Turismo
Transcrição
Programa de Doutoramento em Turismo
Programa de Doutoramento em Turismo 3º Ciclo de Estudos Novembro de 2006 1 Índice 1. O Projecto Educativo, Cientifico e Cultural ........................................3 1.1 Turismo e Desenvolvimento .......................................................3 1.2 Enquadramento Nacional............................................................4 1.3 A Formação em Turismo ............................................................ 6 2. O Programa de Doutoramento em Turismo......................................11 2.1 Objectivos do Programa............................................................12 2.1.1 Objectivos Gerais................................................................12 2.1.2 Objectivos Específicos.........................................................13 2.1.3 Conhecimentos , Competências e Saídas Profissionais........14 2.2 Organização do Programa.........................................................16 2.3 Órgãos de Gestão e Acompanhamento do Programa.................20 2.4 Condições de Acesso e Critérios de Seriação.............................22 2.5 Objectivos das Unidades Curriculares do Curso.........................23 2.6 Dias Doutorais...........................................................................27 3. Adequação dos Recursos Humanos e Materiais às Exigências Cientificas e Pedagógicas e à Qualidade do Ensino............................27 3.1 Corpo Docente, Formação Avançada e Investigação..................27 3.2 Apoio Técnico e Recursos Materiais...........................................37 4. Cursos de Referência Ministrados no Espaço Europeu......................40 2 1. O Projecto Educativo, Científico e Cultural 1.1 Turismo e Desenvolvimento O Turismo constitui um sector com uma importância crescente, tendo alcançado uma dimensão que o posiciona a par das mais importantes actividades económicas. Em termos mundiais, o Turismo tem sido perspectivado como uma actividade que se desenvolve globalmente (Naisbitt, 1994) e a sua importância é avaliada, essencialmente, em função do seu crescimento (Jenkins, 1994), sendo comumente aceite que o Turismo pode estimular o crescimento económico. Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), esta actividade assume-se já como o terceiro sector exportador mundial, logo a seguir às indústrias petrolífera e automóvel e, a manter-se a tendência de crescimento nos primeiros decénios do século XXI, deverá assumir-se como a principal actividade económica do globo. De acordo com a OMT, as chegadas de turistas internacionais aumentaram nas últimas duas décadas do século XX, a uma taxa média anual de 5,7%, tendo passado de 287 milhões de turistas em 1980 para cerca de 700 milhões em 2000, prevendo-se que esse número venha a mais do que duplicar em duas décadas, devendo subir – segundo previsões da OMT – para cerca de 1000 milhões em 2010 e 1500 milhões no ano 2020 (OMT, 1999). A indústria turística é actualmente responsável pela criação e manutenção de cerca de 215 milhões de postos de trabalho em todo o mundo, distribuídos por 174 economias nacionais, sendo globalmente responsável por cerca de 10,4 por cento do PIB mundial (World Travel & Tourism Council, WTTC, 2004). Tendo ainda em conta as expectativas da WTTC (2001), que apontam para a criação a nível mundial, até 2011, de cerca de 60 milhões de novos postos de trabalho directa e indirectamente gerados pelo Turismo, comprova-se a importância económica e social do Turismo na sociedade actual e futura. A Europa é e deverá continuar a ser o principal destino turístico mundial, absorvendo cerca de 60% dos visitantes internacionais (turistas) e 50% das receitas geradas (OMT, 2002). O sector do Turismo representa, na União Europeia, cerca de dois milhões de empresas , essencialmente PMEs, contribuindo com cerca de 5% para o PIB e para o emprego. O sector constitui um importante instrumento para transformar a 3 Europa numa região de pleno emprego, com uma economia dinâmica e competitiva, em especial no que se refere às regiões periféricas e em todas aquelas com menores níveis de desenvolvimento. É consensualmente reconhecida a importância do Turismo enquanto impulsionador da actividade económica destas regiões, constituindo um meio para atenuar os atrasos no desenvolvimento. Este sector representa, nestas regiões, a primeira actividade em termos de riqueza gerada, contribuindo, em larga medida, para o seu desenvolvimento e consequente esforço de aproximação às regiões mais desenvolvidas da U.E.. Apesar do crescente peso económico e social que o sector tem vindo a assumir no desenvolvimento das regiões e dos países, importa reconhecer que, em virtude de estarmos perante uma actividade económica relativamente recente, o desenvolvimento turístico não tem sido suportado por um quadro de conhecimentos teóricos suficientemente estruturado. A complexidade do Turismo conduz a que a área científica tenda a constituir-se como um núcleo, uma ciência transversal, em que as diferentes disciplinas se entrelaçam, num contexto de interdisciplinariedade. A complexidade deste subsistema socio-cultural encontra na ciência as bases de sustentação do seu desenvolvimento e a sua afirmação em termos de competitividade internacional. O facto de o Turismo se desenvolver em contexto social, económico e ambiental credibiliza a utilização de diferentes métodos de pesquisa, que num contexto multidisciplinar, esbatem as fronteiras das ciências consagradas. A ciência do Turismo assume-se assim como uma abordagem sistémica com um largo espectro tecnológico e cientifico. A ciência do Turismo reconhece explicitamente que a sustentação deste fenómeno resulta de um desenvolvimento concertado ao nível social, ambiental e económico. Nesta lógica, a ciência do Turismo pretende fomentar uma ética científica que encontra na transversalidade dos métodos a sua robustez. Por outro lado, pretende dotar os cidadãos de ferramentas para uma análise flexível, mas competente, dos problemas humanos, sociais, geográficos, ambientais, empresariais e industriais decorrentes do Turismo, e para a tomada de decisões adequadas. 1.2 Enquadramento Nacional O sector do Turismo é um dos mais importantes da economia portuguesa, representando entre 7% a 8% do PIB e absorvendo cerca de 10% do emprego 4 (ICEP Portugal, 2006). O aumento do número de turistas e a importância estratégica deste sector, traduzida nas receitas que proporciona, na mão-de-obra que ocupa e nos efeitos multiplicadores que induz em várias áreas, tem levado os agentes económicos, perante a concorrência internacional, a adoptar um conjunto de medidas dinamizadoras, especialmente no âmbito da oferta. Podem considerar-se factores-chave da atracção de Portugal como destino turístico, o agradável clima português e a beleza da sua costa marítima. Acresce que a paisagem do litoral e do interior, a cultura, os monumentos e locais históricos, o ambiente hospitaleiro, as infra-estruturas para a prática desportiva e para a realização de grandes eventos, bem como o nível da hotelaria, são aspectos importantes na qualificação do Turismo em Portugal. Portugal tem conseguido manter a sua participação a nível mundial, ao contrário do que se verifica com muitos dos seus concorrentes europeus, apesar da emergência de novos destinos que têm afastado os turistas dos mercados tradicionais. O País posicionou-se, em 2004 em 19º lugar no ranking dos principais destinos turísticos, com 11,6 milhões de turistas, e na 21ª posição no ranking das receitas, com 6,3 mil milhões de euros (OMT, 2005) As receitas do Turismo têm registado acréscimos nos últimos anos, tendo chegado, em 2005, aos 6,4 mil milhões de euros, um incremento de 1,1% em relação ao ano anterior. No período 2001-2005 apenas em 2002 e 2003 se registaram ligeiros declínios, relacionados com a situação global que se viveu no Turismo nesses anos. Nesse quinquénio, a taxa média de crescimento anual foi de apenas 1,1%, mas no quinquénio 2000-2004 tinha sido de 5,0% (ICEP Portugal, 2006). O crescimento exponencial da indústria turística e o seu significado social e económico para Portugal, exige a melhoria geral das qualificações dos profissionais do Turismo, através do investimento em formação avançada. Esta, aliás, é reconhecida como uma variável estratégica e um factor essencial para um desenvolvimento sustentado dos países. (Programa do XVII Governo, 2005). O futuro do sector passa por uma perspectiva de sustentabilidade ambiental, económica e social, no quadro de um novo modelo de desenvolvimento do Turismo que privilegie a qualidade, seja em termos de ambiente do destino turístico, seja no que se refere aos empreendimentos e aos serviços turísticos. O actual Plano Estratégico Nacional de Turismo identifica novos pólos de atracção turística e novos produtos turísticos que, sob a ‘insígnia’ da Marca Portugal e com 5 uma nova dinâmica de distribuição e comercialização, pretendem, no horizonte até 2015, alargar a actividade turística a todo o território nacional, com implicações claras na sua relevância social, económica e ambiental. Ainda neste Plano, são referidos como principais produtos turísticos: a Gastronomia e o Vinho; o Touring Cultural e Paisagístico; a Saúde e o Bem Estar; o Turismo de Natureza; os Negócios e Incentivos; o Turismo Residencial; os City Short Breaks; o Golfe; o Turismo Náutico; e o Sol e Mar. Em termos geográficos pretende-se alargar as malhas do desenvolvimento turístico a zonas como o Alqueva, o Litoral Alentejano, o Oeste, o Douro, a Serra da Estrela, e o Porto Santo e Açores. Se esta estratégia se concretizar com resultados profícuos, Portugal será o país da Europa com maior diversidade de produtos e ‘ambientes’, num espaço que por ser limitado pode ser comercializado, numa lógica de complementaridade, como um todo, assumindo, assim, uma posição de clara vantagem competitiva no espaço europeu. Este espaço turístico convive com uma enorme diversidade de recursos e serviços com dinâmicas próprias. Estas dinâmicas suportam-se numa diversidade de recursos e de serviços que exigem processos de exploração muito específicos. Estes processos, que encontram no ambiente natural e social o seu principal meio de desenvolvimento, estão longe de serem totalmente conhecidos. O plano tecnológico e de desenvolvimento do programa do XVII Governo Constitucional reconhece o potencial de desenvolvimento económico e social que as actividades de investigação e conhecimento associadas ao Turismo representam para o País. Em linha com este Plano, o PENT (2006) aponta como linhas de acção prioritária: A qualificação dos recursos humanos e a Inovação e Conhecimento. Conhecimento este que se assume como factor de inovação, orientação e monitorização da actividade turística. 1.3 A Formação em Turismo A formação em Turismo constitui um processo em contínua e cada vez mais acelerada mudança, respondendo aos requisitos de natureza social e económica, intrínsecos à realidade actual e ao passado recente da evolução do Turismo, onde o papel das universidades é cada vez mais crucial. Segundo a OMT (1995) o sistema de formação em Turismo deve garantir a sua competitividade através de um paralelismo entre as necessidades do mercado e os conteúdos curriculares. De 6 acordo com Christou (1998), a formação qualificada em Turismo deve integrar outras áreas do saber, designadamente a Economia e Gestão. A evolução da formação em Turismo reflecte o desenvolvimento paradigmático que norteia uma abordagem sistémica desta área do conhecimento. A definição das suas políticas de educação e formação profissional constitui uma variável central do sucesso do Turismo português. A reflexão académica internacional sobre o estudo do Turismo, como ciência, continua a movimentar os investigadores de todo o mundo: As Universidades de George Washington (EUA) e Hawai (EUA), Calgary (Canadá) e Surrey (Reino Unido) são algumas das referências, a nível mundial, na pesquisa na área do Turismo, num universo onde estão presentes centenas de doutoramentos em universidades de todo o mundo e dezenas de revistas científicas. No espaço nacional, a formação formal em Turismo traduz-se em 58 cursos de 1º ciclo (sendo a Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve responsável por 4), e em 8 cursos de 2º ciclo (sendo a Faculdade de Economia da Universidade do Algarve responsável por 1). QUADRO 1: Distribuição dos Cursos de 1º e 2º Ciclo LOCALIZAÇÃO Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Espinho Estoril Évora Faro Funchal Guarda Leiria Lisboa Ponta Delgada Portalegre Porto Santarém Santo André Tomar Torres Vedras Viana do Castelo Vila Nova de Gaia Viseu TOTAL 1º CICLO 2º CICLO 1 1 1 2 3 3 1 4 1 4 2 3 5 8 1 2 3 3 1 1 1 1 2 4 1 2 1 1 3 - 58 8 Fontes: Sites de Acesso ao Ensino Superior 2006 e dos Estabelecimentos Superiores de Ensino Portugueses 7 Ao nível do 3º ciclo, a única experiência é a da Universidade de Aveiro que apresenta um programa doutoral em Turismo sem parte lectiva. A experiência desta Universidade neste domínio é, no entanto, de relevar, esperando-se que a colaboração dos seus docentes neste novo Programa, à semelhança do que já acontece no 2º ciclo em Turismo da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, possa fortalecer as bases de cooperação inter-institucional necessárias para a criação, muito em breve, de um Laboratório Associado em Turismo. Inserido no espirito de Bolonha e paralelamente à sua missão fundamental de formação inicial, as universidades devem responder a novas necessidades de formação que emergem com a nova sociedade do conhecimento. A necessidade crescente de educação científica e de competências transversais, não atingiu ainda na ciência do Turismo a permeabilidade expectável. Facto que permite antever consequências a médio prazo na restruturação da oferta de formação nesta área do conhecimento científico. Não obstante, em Portugal o binómio Turismo e investigação assume já uma importância incontornável, fundamentalmente ao nível de teses e dissertações. De facto, a evolução do número de teses e dissertações realizadas nas duas últimas décadas sobre o Turismo, em Portugal, ou por portugueses no estrangeiro, tem sido crescente, como se pode observar na figura 1. FIGURA 1: Teses de Doutoramento e Dissertações de Mestrado realizadas (1983-2004) 30 25 20 15 10 5 0 1983 1986 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Teses mestrado Teses Doutoramento Total Fonte: Silva, J. et al (2005) A Tourism Research Agenda for Portugal, RTDS, Universidade do Algarve 8 De um total de 217 trabalhos de investigação, 189 dizem respeito a dissertações de mestrado. A maior parte das 28 teses de doutoramento identificadas foram realizadas nos últimos cinco anos. Cerca de 94% destes trabalhos foram realizados em Portugal. O Reino Unido figura em segundo lugar (Quadro 2). QUADRO 2: Distribuição das Teses e Dissertações por Países DISSERTAÇÕES DE MESTRADO PAÍS DA UNIVERSIDADE Portugal Reino Unido Espanha França TOTAL TESES DE DOUTORAMENTO TOTAL Nº % N.º % Nº % 183 4 1 1 96,8 2,1 0,5 0,5 20 6 1 1 71,4 21,4 3,6 3,6 203 10 2 2 93,5 4,6 0,9 0,9 189 100,0 28 100,0 217 100,0 Fonte: Silva, J. et al (2005) A Tourism Research Agenda for Portugal, RTDS, Universidade do Algarve A Universidade do Algarve assume um papel inequívoco de liderança em termos de número global de dissertações de mestrado e de teses de doutoramento e um protagonismo maior no que diz respeito à investigação conducente a processos de doutoramento (Quadro 3). QUADRO 3: Dissertações e Teses por Universidades UNIVERSIDADES Universidade do Algarve I.S.C.T.E. Universidade Técnica de Lisboa Universidade Nova de Lisboa Universidade do Porto Universidade de Évora Universidade de Coimbra Universidade de Aveiro Universidade de Lisboa Universidade do Minho Outras universidades (portuguesas ou estrangeiras) TOTAL DISSERTAÇÕES DE MESTRADO TESES DE DOUTORAMENTO TOTAL Nº % Nº % Nº % 26 27 25 19 14 15 12 10 11 12 13,8 14,4 13,2 10,1 7,4 7,9 6,3 5,3 5,8 6,3 5 2 3 3 2 0 1 2 1 0 17,9 7,2 10,7 10,7 7,1 0,0 3,6 7,1 3,6 0,0 31 29 28 22 16 15 13 12 12 12 14,3 13,5 12,9 10,1 7,4 6,9 6,0 5,5 5,5 5,5 18 9,5 9 32,1 27 12,4 100,0 100,0 100,0 Fonte: Silva, J. et al (2005) A Tourism Research Agenda for Portugal, RTDS, Universidade do Algarve 9 A responsabilidade social da Universidade do Algarve na área do Turismo e a consciência de que a sustentabilidade da actividade turística e a qualidade global da oferta de serviços nesta área dependem, em larga medida, da qualificação dos recursos humanos, tornou indispensável desenhar uma estratégia de médio/longo prazo que permita: - Estruturar a oferta formativa de modo a satisfazer as necessidades de formação, presentes e futuras, identificadas para a actividade turística; - Elevar, de forma sustentada, o nível de qualificação dos que trabalham neste sector; - Aumentar a transparência e a mobilidade das qualificações no mercado de emprego, através da certificação profissional, sustentada num conjunto de referenciais de competências, de qualificações e de normas que conduzam à sua aquisição ou reconhecimento e validação. Neste contexto, a Faculdade de Economia da Universidade do Algarve encetou um processo de elaboração de uma agenda de investigação em Turismo que, embora ainda em fase de inventário, permite já identificar um conjunto de temas de investigação que suportam a realização das teses de doutoramento e mestrado inventariadas no período de 1983-2004. Complementarmente, foram realizados inquéritos e entrevistas aos principais actores do Turismo em Portugal. Esta recolha de informação permitiu identificar as necessidades de formação avançada em Turismo que nortearam a elaboração da presente proposta de doutoramento. O Programa de Doutoramento foi também construído em torno de alguns temas de grande importância para o desenvolvimento do sector turístico, identificados na literatura por diferentes autores (OMT, 1995; Christou, 1998; Litvin, 2003; Okumus, Kevin and Wong, 2004). É consensual que o objecto da formação avançada em Turismo é preparar com uma sólida formação científica aqueles que intervindo no Turismo necessitam de uma nova visão que, nos limiares da Economia e da Gestão, assuma uma dimensão holística claramente necessária para pensar uma actividade onde as inter-relações proliferam. Este Programa de Doutoramento em Turismo, que emerge num novo contexto turístico, onde estão presentes novas exigências da procura e novos desafios para as organizações e destinos turísticos, procura responder às necessidades do sector num contexto de elevada competitividade. Questões como a economia do Turismo, condições e processos de inovação, gestão do conhecimento, em particular a 10 emergência de novas configurações heterogéneas de conhecimentos, crescimento e modelos de desenvolvimento turístico, a governação dos processos de inovação e de gestão, bem como o marketing e o comportamento do consumidor, constituem matérias e temáticas, que na nova sociedade do conhecimento contribuem para um desenvolvimento sustentado do Turismo. 2. O Programa de Doutoramento em Turismo Reconhecido o papel das universidades na formação de recursos humanos qualificados, a Faculdade de Economia apresenta um Programa de Doutoramento em Turismo que pretende contribuir para o aprofundamento da capacidade científica, ao nível empresarial e ao nível da investigação e desenvolvimento. Estes objectivos necessidade enquadram-se de vencer na o política atraso, educacional aumentar a nacional investigação norteada e pela melhorar o desenvolvimento tecnológico. Este 3º ciclo em Turismo, por um lado, enforma as necessidades dos discentes que com formação de base em Economia, Gestão, Turismo e em outras Ciências Sociais pretendem consolidar e aprofundar conhecimentos neste domínio. Por outro lado, este projecto corporiza as preocupações científicas actuais, abordadas nas revistas da especialidade, nacionais e internacionais. O Programa de Doutoramento em Turismo, estruturado também em função das necessidades do mercado, apresenta um core de unidades curriculares que, recaindo nas áreas científicas do Turismo, da Gestão, da Economia e dos Métodos Quantitativos, fornecem ao doutorando competências científicas e profissionais essenciais à sua intervenção no desenvolvimento sustentado do sector do Turismo. Neste contexto, o Programa visa conceptualizar o modelo de desenvolvimento científico e as directrizes de qualidade e de eficiência tão necessárias à actividade turística. Do ponto de vista científico, o Programa de Doutoramento cuja criação agora se propõe, incide nas problemáticas teóricas e metodológicas do funcionamento do sistema turístico, de base regional, nacional e transnacional, perspectiva esta que se assume como indispensável ao estudo e análise das complexas relações económicas em contextos de crescente integração e concorrência mundiais. Esta orientação científica reflecte, também, as necessidades reais da Região e do País, e prende-se com o facto de estarem incluídos, neste curso, os fundamentos basilares do ensino universitário, nomeadamente a sua interdisciplinariedade, acompanhada 11 por uma preocupação de actualização dos problemas e soluções apresentados e validados ao nível científico. 2.1 Objectivos do Programa 2.1.1 Objectivos Gerais Os objectivos gerais do Programa de Doutoramento em Turismo são os seguintes: i) O desenvolvimento das capacidades de procurar e interpretar informação científica complexa; ii) O desenvolvimento das capacidades de conceptualizar, implementar e gerir investigação científica; iii) O desenvolvimento da capacidade para realizar investigação original e capaz de satisfazer o processo de revisão por pares, em revistas internacionais; iv) O desenvolvimento da capacidade para interagir com equipas de investigação interdisciplinares na identificação e formulação de problemas científicos relevantes; v) O desenvolvimento da capacidade de encontrar financiamentos para a realização de investigação científica de ponta; vi) O desenvolvimento da capacidade de apresentar ideias e resultados científicos a audiências especializadas e não especializadas; vii) A aquisição de competências na área do empreendedorismo e do auto emprego. Este Programa Doutoral pretende assim preparar com uma sólida formação científica todos aqueles que, intervindo no Turismo, necessitam de uma nova visão que, nas fronteiras da Economia e da Gestão, assume uma dimensão holística claramente necessária para reflectir e intervir numa actividade onde predominam as relações sistémicas. A criação deste Programa ajusta-se à necessidade das futuras políticas do sector, bem como às práticas dos agentes que nele operam através de um conhecimento técnico-científico, permitindo obter vantagens comparativas nos mercados em que operam e abrir novos horizontes ao seu desenvolvimento. 12 O Programa investigadores, pretende capazes também de reforçar a desenvolverem formação de ferramentas profissionais de e estruturação, planeamento e gestão que promovam o crescimento do Turismo e das suas organizações de forma integrada e numa perspectiva de longo prazo. Este Programa pretende igualmente formar pessoas capazes de pensar e intervir em contextos onde as inter-relações são extraordinariamente complexas (Estado, mercado, redes, comunidades, empresas, associações empresariais e instituições de ensino e de investigação), dando resposta a um novo contexto turístico, onde estão presentes novas exigências da procura e novos desafios para as organizações e destinos turísticos e procurando responder às necessidades do sector num contexto de elevada competitividade. 2.1.2 Objectivos Específicos A um nível mais específico, são igualmente objectivos do programa: i) Formar quadros capazes de articular o processo de Gestão do Turismo a um correcto ordenamento do território e ao desenvolvimento sócio-económico das áreas-destino; ii) Transmitir o conhecimento mais recente e as best-practices nas áreas da Gestão e Desenvolvimento em Turismo; iii) Estimular a inovação e o desenvolvimento de novos produtos em Turismo; iv) Integrar num ensino rigoroso e exigente os resultados da investigação e da prestação de serviços à comunidade, proporcionando às empresas e organizações do Turismo os conhecimentos necessários com vista à sua internacionalização e à criação de novas formas de empresariado; v) Aprofundar a compreensão geral dos principais actores da actividade turística e a capacidade para reconhecer as suas interacções; vi) Aprofundar a formação em métodos e técnicas avançadas de análise e investigação aplicadas ao Turismo; vii) Aproveitar as valências existentes na Universidade do Algarve, para desenvolver um núcleo de investigação teórica e aplicada associada ao funcionamento do curso, com projecção internacional. 13 Por último, este curso insere-se no espírito de Bolonha na medida em que promove a adaptabilidade de processos em lugar da rigidez das estruturas e organizaçãosendo este o maior desafio no plano estritamente académico - e envolve mudanças substanciais de filosofia, métodos, processos e recursos de ensino-aprendizageminvestigação-extensão. complementares, de Referimo-nos formação a processos presencial, de iterativos, ensino à adaptativos, distância, de acompanhamento tutoral, de exercício da responsabilidade individual, numa acepção que monitoriza e avalia constantemente o desempenho de todos os seus agentes. 2.1.3 Conhecimentos , Competências e Saídas Profissionais Ao nível dos conhecimentos, a frequência com sucesso deste Programa de Doutoramento habilitará os candidatos com um entendimento abrangente e rigoroso sobre: − O planeamento do Turismo numa lógica de sustentabilidade; − O planeamento e a gestão da utilização dos recursos turísticos existentes; − A dinamização de linhas de acção integradas entre empresas e instituições e a qualificação do produto turístico; − A análise da dinâmica dos mercados turísticos; − A análise e a valorização do consumidor turista; − A dinâmica cultural do Turismo e sua valorização pelo turista; − A análise e promoção da articulação entre a oferta e a procura; − O estudo e a análise de factores de competitividade; − O planeamento e o desenvolvimento de recursos turísticos; − A identificação de problemas e métodos de análise; − A identificação e a promoção da etnicidade e diversidade cultural dos destinos; − A avaliação dos impactes turísticos ao nível social, económico, ambiental, político e cultural; − A definição e concretização de estratégias de desenvolvimento; − A medição do grau de satisfação dos turistas e a definição de políticas de marketing concertadas; 14 − A existência de instrumentos e indicadores que permitam qualificar os destinos turísticos; Ao nível das competências, a frequência com sucesso deste Programa de Doutoramento habilitará os candidatos com capacidades intelectuais e científicas necessárias para o desenvolvimento da investigação em Turismo. São competências aplicadas e pluridisciplinares e pretendem servir públicos alvos com perfis diferenciados. A saber: − Entendimento de situações complexas e desenvolvimento de opiniões fundamentadas sobre uma vasta gama de problemas científicos, ambientais, económicos e sociais da actividade turística; − Análise e síntese de informação complexa sobre a articulação dos diversos actores turísticos e seu funcionamento, bem como o reconhecimento do contributo de outros cientistas; − Capacidade para formular hipóteses científicas relevantes para abordar questões económicas, ambientais e sociais próprias da actividade turística e traduzi-las em modelos e cenários de desenvolvimento da actividade; − Domínio extensivo de software e técnicas de análise estatística que visem a produção de informação científica em contextos especializados e não especializados; − Autonomia para desenvolver investigação e aplicar metodologias de uma forma responsável e socialmente aceitável ao nível das operações, destinos, serviços, produtos e organizações turísticas; − Conhecimento sobre métodos de análise estatística e numérica para planear, de forma autónoma, hipóteses de trabalho e programas de observação complexos, bem como, para analisar os dados resultantes. Este Programa também assume como objectivo o desenvolvimento de competências transversais e sistémicas, do fórum instrumental e interpessoal. Designadamente, as seguintes: a) Ao nível instrumental Capacidade de organização e planificação; Capacidade de análise e de síntese; Capacidade para a resolução de problemas; Tomada de decisões; Capacidade 15 de gestão da informação; Domínio da língua inglesa num contexto científico; Comunicação oral e escrita na língua nativa; Contemporaneidade bibliográfica. b) Ao nível interpessoal: Compromisso ético; Raciocínio crítico; Trabalho em equipa; Valorização profissional e pessoal. c) Ao nível sistémico: Aprendizagem autónoma; Adaptação a novas situações; Criatividade; Gestão do tempo; Saber pericial e especializado; Liderança; Iniciativa e espírito empreendedor; Motivação para a qualidade e inovação; Sensibilidade e actualização em temas no âmbito do Turismo e desenvolvimento sustentável da actividade. Os titulares do grau de Doutor em Turismo terão um mercado diversificado de trabalho, tanto em organismos centrais como em organismos públicos e instituições de ensino superior, mas também em instituições privadas e, finalmente, como empresários e quadros especializados nas seguintes áreas profissionais: − Organizações turísticas; − Instituições da administração pública central, regional e local; − Associações empresariais; − Organismos turísticos nacionais e internacionais; − Docência universitária; − Centros de investigação científica; − Gabinetes de estudos e de planeamento; − Empresas de consultoria e estudos de mercado; − Associações de desenvolvimento. 2.2 Organização do Programa O Programa de Doutoramento em Turismo tem a duração de três anos e a cada um desses anos corresponde um total de 60 unidades de crédito ECTS. O primeiro ano do Programa estrutura-se em quatro trimestres lectivos. O primeiro desses trimestres é constituído por cinco unidades curriculares: uma unidade curricular obrigatória de Tópicos Avançados de Metodologias de 16 Investigação (área científica de Métodos Quantitativos) e quatro unidades curriculares opcionais, cada uma delas designada de Seminário Temático. Estes seminários, ministrados pelos docentes, distribuem-se pelas áreas científicas do Turismo, Economia ou Gestão. Os estudantes terão três opções: concentração na área do Turismo, na área da Economia ou na área da Gestão. A concentração em qualquer da áreas pressupõe a escolha de três seminários nessa área e de um outro seminário numa das outras duas áreas. No segundo e no terceiro trimestres serão leccionadas 2 unidades curriculares obrigatórias em cada trimestre: no segundo trimestre, Análise de Dados Quantitativos (área científica de Métodos Quantitativos) e Crescimento e Modelos de Desenvolvimento em Turismo (área científica de Economia); no terceiro trimestre, Análise de Dados Qualitativos e Mistos (área científica de Métodos Quantitativos) e Modelos de Competitividade em Turismo (área científica de Gestão). O quarto trimestre é reservado à unidade curricular Projecto de Tese. Os segundo e terceiro anos são reservados à elaboração da tese de doutoramento (unidade curricular que decorre entre o quinto e o décimo segundo trimestres). Haverá ainda mais três unidades curriculares, ligadas ao trabalho de tese, durante este período: no final do sexto, do oitavo e do décimo trimestres, os doutorandos terão que apresentar os seguintes seminários: Seminário 1 (Trabalho em Progresso); Seminário 2 (Consolidação do Trabalho Metodológico); Seminário 3 (Apresentação de Resultados). Tendo em conta os objectivos gerais e específicos, os conhecimentos e as competências a desenvolver e as saídas profissionais (cf. ponto 2.1), as seguintes preocupações científico-pedagógicos formataram a estruturação deste Programa: I. Assegurar uma sólida formação de base com particular exigência nos domínios da Teoria Económica, da Gestão e dos Métodos Quantitativos; alguns dos conhecimentos deste tronco comum (cinco unidades curriculares), serão necessariamente ampliados e aprofundados na unidade curricular Projecto de Tese; II. Flexibilizar, quanto baste, o Plano de Estudos, tendo em conta as diferentes formações dos estudantes e as suas perspectivas quanto ao trabalho de tese; as opções entre os seminários temáticos, sendo limitadas a um 17 primeiro trimestre, não traduzem especializações, mas apenas o que se pode designar por percursos alternativos; III. Introduzir aplicações empíricas em todos os seminários temáticos, tendo em vista ilustrar as potencialidades da aplicação dos instrumentos analíticos à realidade que se quer estudar; IV. Diversificar as formas de avaliação: realização de trabalhos, individuais ou de grupo, suportados por trabalho de campo; obrigatoriedade de apresentação de um relatório após cada seminário temático; V. Disciplinar o trabalho de tese, com a existência de uma unidade curricular de Projecto (no quarto trimestre) e de outras três unidades curriculares de Seminário (no final do sexto, do oitavo e do décimo trimestres). A proposta do Projecto de tese será apreciada por um júri composto pelo orientador, por um professor de outra instituição universitária e por um elemento da Comissão Coordenadora do programa de doutoramento. Os seminários serão públicos, na presença de docentes e de outros estudantes e serão agendados para os dias doutorais. Em conformidade com os objectivos enunciados no ponto 2.1 e tendo presente estas preocupações, o número de unidades de crédito é distribuído de acordo com os seguintes princípios gerais: a) O número de unidades de crédito ECTS reflecte as horas de trabalho a realizar pelo estudante para obter aproveitamento a uma unidade curricular; b) As horas de trabalho contemplam: as horas de contacto com o docente (aulas teóricas ou teórico-práticas, seminários temáticos, trabalho de campo, apoio tutoral, avaliações presenciais), as horas dedicadas ao estudo autónomo (realização de trabalhos, individuais ou de grupo, relatórios sobre os seminários temáticos, projecto de tese, outras horas de estudo, preparação de três seminários, redacção da tese); c) Um ECTS corresponde a 27 horas de trabalho do estudante; d) Um ano curricular tem 4 trimestres, cada um com 15 ECTS (1620 horas de trabalho/ano lectivo); 18 e) Cada trimestre curricular tem 10 semanas (a que correspondem 405 horas de trabalho); f) Os 135 ECTS para a elaboração da tese correspondem a 3645 horas de trabalho. Dessas 3645 horas, 337 horas são de orientação tutoral. As restantes 3308 horas de trabalho autónomo incluem as 405 horas afectas à elaboração do projecto de tese (quarto trimestre) e as 810 horas utilizadas para a preparação de três seminários (no final do sexto, do oitavo e do décimo trimestres, respectivamente). Tratando-se de um curso novo, não foram realizados inquéritos aos estudantes. No entanto, após reuniões com os docentes, o Conselho Científico entendeu que a cada uma das três unidades curriculares da área científica de Métodos Quantitativos seriam afectados 7 ECTS, enquanto a cada uma das duas unidades curriculares da área de Gestão e da área de Economia seriam afectados 8 ECTS. As restantes 4 unidades curriculares, que funcionarão em regime de Seminário, terão 2 ECTS cada. Esta será, portanto, a distribuição dos 45 ECTS afectos ao curso (parte escolar do Programa de Doutoramento). Prevê-se a realização de inquéritos aos alunos, depois de entrada em funcionamento deste curso, para monitorar o cumprimento das cargas de trabalho correspondentes a cada uma destas unidades curriculares. QUADRO 4: Estrutura do 1º Ano do Programa TRIMESTRE ÁREAS CIENTÍFICAS UNIDADES CURRICULARES ECTS MQ Tópicos Avançados de Metodologias de Investigação 7 T/ E/ G Quatro Seminários Temáticos 8 MQ Análise de Dados Quantitativos 7 E Crescimento e Modelos de Desenvolvimento em Turismo 8 MQ Análise de Dados Qualitativos e Mistos 7 G Modelos de Competitividade em Turismo 8 T Projecto de Tese 15 1º 2º 3º 4º Total 60 19 QUADRO 5: : Estrutura do 2º Ano do Programa ÁREAS CIENTÍFICAS UNIDADES CURRICULARES ECTS T Tese de Doutoramento 45 T Seminário 1 (Trabalho em Progresso) 5 T Seminário 2 (Consolidação do Trabalho Metodológico) 10 60 Total QUADRO 6: : Estrutura do 3º Ano do Programa ÁREAS CIENTÍFICAS UNIDADES CURRICULARES ECTS T Tese de Doutoramento 45 T Seminário 3 (Apresentação de Resultados) 15 60 Total 2.3 Órgãos de Gestão e Acompanhamento do Programa São considerados Órgãos de Gestão e Acompanhamento do Programa, a Comissão Coordenadora, a Comissão Científica e a Comissão de Acompanhamento. Comissão Coordenadora 1. A Comissão Coordenadora do Programa é constituída por um Director do Programa e por três Directores Delegados. 2. O Director do Programa é um professor catedrático, nomeado por um período de 3 anos, por despacho do Reitor da Universidade do Algarve, ouvido o Conselho Científico da Faculdade de Economia. O Director será coadjuvado por três Directores Delegados, designados pelo Director do Programa, ouvido o Conselho Científico. 3. São competências da Comissão Coordenadora: a) seleccionar os candidatos à frequência do Programa. b) Elaborar as propostas de alteração do Plano de Estudos, ouvidas as Comissões Científica e de Acompanhamento do Programa, e dar conhecimento dessas alterações ao Conselho Científico da Faculdade de Economia; 20 c) Elaborar a calendarização das actividades escolares e a devida articulação entre os programas das unidades curriculares; d) Apreciar os pedidos de equivalência a unidades curriculares; e) Aconselhar os doutorandos sobre os planos individuais de estudo; f) Organizar anualmente os dias doutorais; g) Propor a constituição dos Júris de Doutoramento ao Conselho Científico da Faculdade de Economia, ouvida a Comissão Científica; h) assegurar o normal funcionamento do Programa e zelar pela sua qualidade; Comissão Científica 1. A Comissão Científica do Programa, presidida pelo Director do Programa, é constituída por todos os docentes envolvidos no programa de doutoramento. 2. São competências da Comissão Científica: a) Definir os objectivos científicos do Programa; b) Homologar a selecção dos candidatos feita pela Comissão Coordenadora; c) Pronunciar-se sobre as propostas de organização ou de alterações dos Planos de Estudo, incluindo os conteúdos programáticos das unidades curriculares; d) Pronunciar-se sobre a solicitação de serviço docente às unidades orgânicas e outras entidades envolvidas na leccionação; e) Pronunciar-se sobre a designação dos orientadores das teses de doutoramento; f) Definir os requisitos mínimos a que deverão satisfazer os trabalhos a apresentar pelos candidatos para a prestação de provas de doutoramento; g) Pronunciar-se sobre os seminários temáticos a oferecer em cada edição do curso; h) Designar o Júri que avaliará o Projecto de Tese apresentado pelo doutorando. Os membros deste Júri terão, para além disso, a missão 21 de acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos da tese, incluindo os seminários que o candidato terá que apresentar nos dias doutorais; i) Apreciar a constituição dos Júris de Doutoramento propostos pela Comissão Coordenadora; j) Reportar, anualmente, à Comissão de Acompanhamento o estado de desenvolvimento do Programa. Comissão de Acompanhamento 1. A Comissão de Acompanhamento do Programa é constituído pelo Reitor, que presidirá, pelo Director do Programa de Doutoramento, pelos Presidentes dos três Órgãos de Gestão da Faculdade (Conselho Directivo, Conselho Científico e Conselho Pedagógico), pelo Coordenador do Gabinete de Pós-graduações da Faculdade, por um representante da Fundação para a Ciência e Tecnologia, por um representante do Laboratório Associado de Turismo (que a Universidade do Algarve pretende criar) e por representantes das organizações do sector do Turismo que se constituírem como patrocinadores do Programa. 2. São competências da Comissão de Acompanhamento: a) Assegurar as condições de funcionamento do Programa, nomeadamente no que respeita à utilização das infra-estruturas da Universidade e à disponibilização dos financiamentos adequados; b) Pronunciar-se sobre as metas e os prazos de implementação do Programa; c) Acompanhar o desenvolvimento do Programa, em particular no que respeita às metas e aos prazos definidos. 2.4 Condições de Acesso e Critérios de Seriação Podem ser candidatos à inscrição: 1. Os titulares do grau de mestre ou equivalente legal, cujos curricula vitae evidenciem uma adequada formação de base; 2. Os titulares de grau de licenciado ou equivalente legal, detentores de um currículo escolar ou científico especialmente relevante que seja reconhecido 22 pela Comissão Científica como atestando capacidade para a realização deste Programa; 3. Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja reconhecido pela Comissão Científica como atestando capacidade para a realização deste Programa. São ainda elementos de seriação a experiência científica e profissional já adquirida nas áreas científicas do Programa, designadamente no âmbito da actividade turística; 2.5 Objectivos das Unidades Curriculares do Curso O Plano de Estudos do Curso do Programa de Doutoramento em Turismo (Quadro 4, pág. 34) é composto por cinco unidades curriculares obrigatórias, nas áreas de Gestão, Economia, Turismo e Métodos Quantitativos (37 ECTS) e por quatro Seminários Temáticos opcionais (8 ECTS). Esta secção é organizada em função do trimestre lectivo em que as unidades curriculares são leccionadas. Para facilitar a compreensão da estrutura curricular do Curso, é feita uma descrição sucinta dos objectivos de cada unidade curricular. 1º trimestre A unidade curricular de Tópicos Avançados em Metodologias de Investigação tem por objectivo fornecer ao doutorando as bases metodológicas para o seu trabalho de investigação, facilitando a elaboração do seu Projecto de Tese. Essas bases serão introduzidas tendo como referência o Guião Para Elaboração de Teses de Doutoramento da Faculdade de Economia. Nesta unidade curricular os estudantes aprenderão ainda a destinguir as várias técnicas de tratamento e análise de dados multivariados em função da natureza das variáveis envolvidas: métricas (em intervalo, em escala e em rácio) e não-métricas (ordinais e nominais). Serão introduzidos ao conceito de combinação linear de variáveis, às transformações mais comuns nos dados, à detecção de outliers e ao tratamento de missing data. Nos Seminários Temáticos serão preferencialmente apresentados e discutidos trabalhos de investigação já realizados (doutoramentos e projectos de investigação científica), permitindo aos estudantes identificar áreas e processos de investigação com interesse para o seu próprio trabalho futuro. Nesses seminários, os doutorandos tomarão contacto com aplicações empíricas, o que permitirá ilustrar as 23 potencialidades da aplicação dos instrumentos analíticos à realidade que se quer estudar. Os quatro seminários, de frequência obrigatória, desenvolvem-se em sessões de seis horas, três das quais para apresentação e as restantes para debate sobre as metodologias adoptadas e os resultados obtidos. A responsabilidade destes seminários estará a cargo de docentes da Universidade do Algarve e de outros professores de universidades portuguesas e estrangeiras. QUADRO 7: Lista Indicativa de Seminários Temáticos UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA ECTS (1) Conhecimento e Formação em Turismo T 2 Turismo, Planeamento e Ordenamento T 2 Planeamento e Gestão de Zonas Costeiras T 2 Turismo e Cultura T 2 Desenvolvimento e Geografia do Turismo T 2 Planeamento e Manutenção de Campos de Golfe T 2 T 2 Modelos Dinâmicos de Comportamento do Consumidor E 2 Modelos de Localização e Desenvolvimento Turístico E 2 Avaliação de Impactes Económicos, Ambientais e Sociais E 2 Sustentabilidade, Ambiente e Valorização dos Recursos Turísticos E 2 Estruturas de Mercado e Formação de Preços E 2 Serviços e Políticas Públicas em Contextos Regionais E 2 E 2 Gestão da Qualidade nos Destinos Turísticos G 2 Gestão de Sistemas de Informação G 2 Comunicação e Promoção de Projectos Turísticos G 2 Contabilidade de Grupos Empresariais G 2 Fusões, Aquisições e Restruturação de Empresas Turísticas G 2 Desempenho Organizacional e Gestão de Recursos Humanos G 2 G 2 (...) (...) (...) (1) T: Turismo; E: Economia ; G: Gestão Em cada edição do curso, o subconjunto de Seminários Temáticos a oferecer terá também em conta as preferências dos doutorandos. 2º trimestre 24 Em Análise de Dados Quantitativos serão leccionadas várias técnicas de tratamento e análise de dados métricos: técnicas de interdependência (análise de cluster e análise factorial de componentes principais) e técnicas de dependência (análise de regressão e análise discriminante). As primeiras serão apresentadas como técnicas de preparação, classificação e redução da informação. As segundas como técnicas que permitem ensaiar hipóteses no contexto da inferência estatística. Em ambos os casos serão feitas aplicações ao Turismo. A leccionação destas técnicas será suportada por software apropriado (SPSS). No entanto, a compreensão das técnicas e em particular as suas limitações não serão descuradas, para garantir que não são usadas incorrectamente. Na unidade curricular de Crescimento e Modelos de Desenvolvimento em Turismo estarão em foco dois aspectos fulcrais na relação do Turismo com o desenvolvimento. Por um lado, a análise do papel do Turismo no desenvolvimento económico. Por outro, a reflexão em torno do próprio desenvolvimento do Turismo em contextos territoriais diferenciados. Em relação ao primeiro aspecto, o Turismo será analisado à luz das teorias e modelos do desenvolvimento – pólos de desenvolvimento, etapas, dominação e dependência, sectores turísticos e desenvolvimento endógeno, entre outros. A exploração das inter-relações teóricas entre Turismo e desenvolvimento procurará, assim, fundamento nas teorias do desenvolvimento económico para o facto de o Turismo caminhar no sentido da diferenciação, acompanhando a economia e a sociedade num quadro de mudanças e de especificidades regionais. No segundo aspecto, será evidenciado, num primeiro momento, a expressão diferenciada nos territórios do desenvolvimento turístico: do lado da procura, a evolução do conceito de lazer a induzir novas formas de Turismo; do lado da oferta, a resposta dos vários agentes que fazem surgir actividades com repercussão diferenciadas no espaço, na economia e na própria organização social. Num segundo momento, serão estudadas as transformações globais e as repostas locais permitindo reflectir sobre os modelos turísticos fordista, pós-fordista e da sustentabilidade no Turismo. Estarão ainda, em evidência, as regiões como bases territoriais da inovação e o papel do Turismo nos processos de inovação regional. 25 3º trimestre Na unidade curricular de Análise de Dados Qualitativos e Mistos serão inicialmente tratados e analisados dados não métricos. Será dada especial atenção às escalas óptimas e à análise categórica: análise de correspondências e de homogeneidade, análise não linear de componentes principais e análise não linear de correlação canónica. Será realçado que estas técnicas permitem não só a preparação, classificação e redução da informação, mas também a análise de relações entre variáveis. Num segundo módulo serão introduzidas algumas técnicas para tratamento e análise de dados mistos (métricos e não-métricos) : regressão com variáveis artificiais, regressão categórica, análise conjunta, escalas multidimensionais, Probit, Logit e Tobit. Em qualquer dos módulos serão feitas aplicações ao Turismo. O ensino será suportado pelo software mais adequado (SPSS e Eviews). Também nesta unidade curricular a compreensão das técnicas e em particular as suas limitações não serão descuradas, para garantir que não são usadas incorrectamente. A unidade curricular de Modelos de Competitividade em Turismo visa introduzir o estudante na problemática da competitividade na gestão e desenvolvimento sustentável dos destinos turísticos. Neste contexto, com suporte num corpo teórico sólido, pretende-se apresentar e utilizar modelos de medida do posicionamento competitivo nas diferentes componentes do produto turístico, analisar índices de competitividade, desenvolver modelos de medida de competitividade do Turismo integrando as suas diferentes dimensões, simular e testar situações a partir de hipóteses de trabalho que emergem da realidade turística nacional e internacional. As estruturas de mercado e a formação de preços constituem os construtos dos modelos de análise da competitividade, que numa perspectiva pluridisciplinar abordam o consumidor, a empresa e o destino. 2.6 Dias Doutorais 26 A Comissão Coordenadora do Programa agendará para o final do sexto, do oitavo e do décimo trimestres os dias doutorais. Deverão participar nestas reuniões todos os docentes e alunos do Programa, independentemente do ano de inscrição. Os membros da Comissão de Acompanhamento e outros docentes/investigadores serão também convidados a participar. Nestes dias, os doutorandos apresentarão publicamente os três Seminários previstos no Programa: de Trabalho em Progresso (no final do sexto trimestre); de Consolidação do Trabalho Metodológico (no final do oitavo trimestre); e de Apresentação de Resultados (no final do décimo trimestre). 3. Adequação dos Recursos Humanos e Materiais às Exigências Cientificas e Pedagógicas e à Qualidade do Ensino 3.1 Corpo Docente, Formação Avançada e Investigação O Programa de Doutoramento em Turismo será assegurado, maioritariamente, por docentes doutorados da Universidade do Algarve (Faculdade de Economia e Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo), com experiência de investigação nas áreas científicas do curso e com uma vasta experiência pedagógica, o que permite assegurar uma formação de 3º ciclo de qualidade. QUADRO 8: Corpo Docente Afecto ao Curso CATEGORIA Professores Catedráticos Professores Associados c/Agregação Professores Associados Professores Auxiliares Professores Coordenadores Professores Adjuntos Outros (Convidados) 6 4 1 18 2 4 A definir Outros docentes/investigadores da Universidade do Algarve (designadamente, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Faculdade de Engenharia de Recursos Naturais e Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente) e de outras instituições, nacionais ou estrangeiras, de reconhecida competência internacional serão convidados. Acresce que, tendo em conta a estreita relação da Universidade do Algarve com o meio empresarial, poderão vir a ser convidados para a Comissão de Acompanhamento deste Programa de Doutoramento empresários e gestores das 27 várias organizações do sector, os quais constituirão uma mais valia para este ciclo de estudos, facilitando a integração dos futuros doutores no mercado de trabalho. A Universidade do Algarve tem vindo a desenvolver o binómio ensino-investigação na área do Turismo desde 1992, sendo mesmo uma das instituições pioneiras neste domínio. Em parceria com docentes/investigadores de outras universidades nacionais ou estrangeiras, ou no âmbito das actividades de alguns dos centros de investigação existentes na Universidade do Algarve - Centro de Investigação e Desenvolvimento de Economia Regional (CIDER), Centro de Estudos Económicos, Empresariais e Sociais (CEEES), Centro de Estatística Aplicada e Previsão (CEAP), Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo (CIITT) - os docentes da Faculdade de Economia e da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo têm vindo a realizar uma investigação reconhecida nacional e internacionalmente, nas áreas científicas que integram este Programa de Doutoramento: Turismo, Economia, Gestão e Métodos Quantitativos. Temas como: avaliação de impactes económicos, ambientais, sociais e culturais, modelos de localização e desenvolvimento turístico, estruturas de mercado e formação de preços, serviços e políticas públicas em contextos regionais, gestão da qualidade nos destinos turísticos, avaliação do desempenho em contexto organizacional, gestão de sistemas de informação, comunicação e promoção de projectos turísticos, marketing de serviços turísticos, marketing e estratégias das áreas de destino, análise competitiva e estudos de mercado, Turismo e cultura, desenvolvimento e geografia do Turismo, conhecimento e formação em Turismo, contabilidade de grupos empresariais, fusões, aquisições e restruturação de empresas, planeamento, avaliação e gestão de projectos turísticos, estratégias de liderança, empreendedorismo e inovação, métodos de previsão não lineares aplicados à gestão, métodos robustos de inferência estatística, teoria dos jogos, optimização combinatória multiobjectivo, análise e desenho de algoritmos, entre outros, enformam a investigação aplicada que tem alimentado muitos dos artigos publicados em revistas da especialidade. É de realçar, também, a vasta experiência pedagógica de ensino pós-graduado, na Faculdade de Economia e na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo (Quadros 9 A e 9 B): 28 QUADRO 9 A: Formação Pós-graduada na Faculdade de Economia INÍCIO N.º DE EDIÇÕES Mestrado em Ciências Económicas e Empresariais 1994/1995 5 edições Mestrado em Finanças Empresariais 1999/2000 7 edições Mestrado em Gestão Empresarial 1999/2000 7 edições Mestrado em Marketing 2000/2001 6 edições Mestrado em Economia Regional e Desenvolvimento Local 2000/2001 4 edições Mestrado em Gestão e Desenvolvimento em Turismo 2001/2002 5 edições Mestrado em Contabilidade 2005/2006 1 edição Pós-graduação em Gestão e Administração Autárquica 2000/2001 4 edições Pós-graduação em Gestão e Administração em Saúde 2001/2002 5 edições Pós-graduação em Segurança e Investigação Criminal 2002/2003 2 edições Pós-graduação em Gestão e Administração Escolar 2003/2004 3 edições CURSO QUADRO 9 B: Formação Pós-graduada na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo INÍCIO N.º DE EDIÇÕES Pós-graduação em Segurança e Saúde no Trabalho 2002/2003 2 edições Pós-graduação em Fiscalidade 2003/2004 3 edições MA European Tourism Management (*) 2004/2005 3 edições Pós-graduação em Gestão de Campos de Golfe 2003/2004 3 edições Pós-graduação em Gestão de SPA 2005/2006 1 edição Pós-graduação em Direcção e Gestão Hoteleira 2005/2006 1 edição Pós-graduação em Contabilidade Pública 2003/2004 2 edições CURSO (*) A ESGHT está reconhecida como centro de formação pela Bournemouth University, entidade que concede o grau, à semelhança de outras 5 Universidades/Escolas na Espanha, França, Alemanha, Holanda e Suécia. 29 Em resultado da intensa actividade no que diz respeito ao número de edições de cursos de mestrado, e do interesse que o estudo do Turismo suscita no Algarve, mais de três dezenas de dissertações em Turismo, ou muito relacionadas com o ordenamento turístico, foram discutidas e aprovadas nos últimos anos: Autor: Título: Ano: Júri: Júlio da Costa Mendes A Análise de Sistemas de Qualidade na Avaliação do Turismo no Algarve 1996 Adriano Pimpão (FEUALG), João Albino Silva (FEUALG), Pedro Lopes Ferreira (U.Coimbra) Autor: Título: Ano: Júri: Adão de Jesus Gonçalves Flores A Gestão de Recursos Humanos na Hotelaria do Algarve – Ensaio de Caracterização 1996 Adriano Pimpão (FEUALG), Luís Antero Reto (ISCTE), João Albino Silva (FEUALG) Autor: Título: Ano: Júri: Cidália Maria Nunes Viegas Carrusca Os Sistemas de Incentivos Financeiros ao Investimento no Turismo 1997 Alberto Pereira (ISEG), João Albino Silva (FEUAG), Jorge Carvalho Arroteia (U.Aveiro) Autor: Título: Ano: Júri: Maria Leonor Cruz dos Reis Salsa Os Operadores Turísticos e a Oferta de Alojamento no Algarve 1997 Alberto Pereira (ISEG), João Albino Silva (FEUALG), Paulo Rita (ISCTE) Autor: Título: Ano: Júri: Nelson de Brito Silveira Desenvolvimento Local: O Caso de Santa Bárbara de Nexe 1997 João Albino Silva (FEUALG), António Covas (U.Évora), João Guerreiro (FEUALG) Autor: Carlos Filipe Peixoto Novais Título: Turismo, Património Monumental e Museus no Algarve - Avaliação do Potencial Turístico de Recursos Ano: 1997 Júri: Manuel Avelino de Jesus (ISEG), João Albino Silva (FEUALG), Carlos Costa (U.Aveiro) 30 Autor: Ilídio da Encarnação Jesus Neto Mestre Título: A Rede de Transportes Interurbanos de Passageiros e a sua Adequação ao Modelo de Ordenamento da Região Ano: 1997 Júri: Lisete Medeira (FEUALG), Adriano Pimpão (FEUALG), Álvaro Oliveira e Costa (U.Porto) Autor: Título: Ano: Júri: Celísia Isabel Domingues Baptista Determinantes da Estrutura Financeira das Empresas Hoteleiras Portuguesas 1998 Alberto Pereira (ISEG), José Paulo Esperança (ISCTE), João Carvalho das Neves (ISEG) Autor: Sílvia da Conceição Pinto de Brito Fernandes Título: Difusão de Tecnologias de Informação e Impactos Estratégico-Estruturais nas Organizações. Uma Aplicação ao Sector Hoteleiro no Algarve Ano: 1998 Júri: Alberto Pereira (ISEG), Monteiro Barata (ISEG), José Carlos Zorrinho (U.Évora) Autor: Título: Ano: Júri: Bernardino José de Brito Duarte O Timeshare em Portugal - Regimes Jurídicos e Problemas de Gestão 1998 Lisete Medeira (FEUALG), João Albino Silva (FEUALG), Maria Manuel Leitão Marques Autor: Título: Ano: Júri: José Florêncio Simões Castel-Branco Os Custos da Não Qualidade na Hotelaria do Algarve 2000 João Albino Silva (FEUALG), Tort-Martorell (UPCatalunha), Eduardo Casais (ISG) Autor: Título: Ano: Júri: Margarida de Carvalho Costa Sanches Esteves A Qualidade do Alojamento Turístico do Segmento Superior na Região do Algarve 2001 João Albino Silva (FEUALG), Puga Leal (UNL), Alberto Pereira (ISEG) Autor: Título: Ano: Júri: Paula Cristina Lourenço Serdeira Correia Os Sistemas ERP (Enterprise Resourses Planning) na Indústria da Hotelaria e do Turismo 2001 João Albino Silva (FEUALG), Eduardo Casais (ISG), Efigénio Rebelo (FEUALG), Ilídio Antunes (ISEG) (U.Coimbra) 31 Autor: Raul Filipe da Conceição Guerreiro Título: Definição de Metodologia para a Diminuição do Desemprego Sazonal no Sector Hoteleiro Algarvio Ano: 2001 Júri: João Albino Silva (FEUALG), Rui Nunes (FEUALG), Elsa Fontaínha (ISEG) Autor: Título: Ano: Júri: Telma Patrícia dos Santos Correia Determinantes da Estrutura de Capital das Empresas Familiares Portuguesas 2003 Efigénio Rebelo (FEUALG), José Paulo Esperança (ISCTE), Fernanda Matias (ESGHT/UALG) Autor: Título: Ano: Júri: José António Gil Castanho Implicações do Factor Segurança no Desenvolvimento Regional do Algarve 2003 João Albino Silva (FEUALG), Teresa de Noronha (FEUALG), João Félix Martins (FEUALG), Francisco Moita Flores (ISCS) Autor: Renato Orlando Machado de Faria Título: O Alargamento da União Europeia aos Países da Europa Central e Oriental e Consequências para Portugal Ano: 2003 Júri: Teresa de Noronha (FEUALG), Avelino de Jesus (ISEG), Horácio Faustino (ISEG) Autor: Título: Ano: Júri: António Hugo Tavares da Silva Lamarão Utilização Racional de Energia em Unidades Hoteleiras. Casos Algarvios 2003 João Albino Silva (FEUALG), Duarte Trigueiros (FEUALG), Jorge Saraiva (IST) Autor: Vítor Fernando Rosa Teixeira Título: Um Modelo de Procura de Transporte Público Rodoviário de Passageiros. Aplicação a Portugal e à Região do Algarve Ano: 2003 Júri: João Albino Silva (FEUALG), Nunes da Silva (IST), Paulo Rodrigues (FEUALG), Regina Salvador (UNL) Autor: Título: Ano: Júri: Miguel Ângelo Rosa Condeço Alves Promoção de Hotéis na Internet: Uma Solução Para Reforçar a Competitividade 2003 João Albino Silva (FEUALG), Eduardo Casais (FEUALG), Paulo Rita (ISCTE) 32 Autor: Elisa Celeste Gomes da Silva de Madeira Coke Título: A Baixa Comercial de Faro e o Centro Comercial Fórum Algarve: Desempenho na Óptica de Comerciantes e de Consumidores Ano: 2003 Júri: Efigénio Rebelo (FEUALG), Eduardo Casais (FEUALG), Pedro Celeste (ISG) Autor: Martin Nagiller Título: On-line Booking - a Procura Turística com Origem na Internet: Os Packages Turísticos e o Posicionamento do Algarve Ano: 2003 Júri: João Albino Silva (FEUALG), Efigénio Rebelo (FEUALG), Carlos Costa (U.Aveiro), Antónia Correia (FEUALG) Autor: Título: Ano: Júri: Ana Cristina Silva Gomes Desenvolvimento de uma Estratégia Promocional para o Turismo do Oeste 2004 João Albino Silva (FEUALG), Eduardo Casais (FEUALG), Clara Santos (ISEG), Patrícia Oom do Valle (FEUALG) Autor: Título: Ano: Júri: Manuel José Chaves Neves O Perfil da Excelência nas PME´s Turísticas do Algarve 2004 Efigénio Rebelo (FEUALG), João Albino Silva (FEUALG), Pedro Ferreira (U.Coimbra), Júlio Mendes (FEUALG) Autor: Miguel Oliveira Ornelas Título: O Acolhimento e Integração dos Trabalhadores na Indústria Hoteleira Algarvia (Estudo de Caso) Ano: 2004 Júri: Efigénio Rebelo (FEUALG), Carlos Cardoso (U.Minho), Avelino Pina e Cunha (UNL), Carlos Cândido (FEUALG) Autor: Título: Ano: Júri: José Alberto Guerreiro Gonçalves Mendes O Posicionamento Competitivo do Golfe: O Caso de Almancil 2004 João Albino Silva (FEUALG), Carlos Costa (U.Aveiro), Antónia Correia (FEUALG) 33 Autor: Sónia Vitória Januário da Silva Sequeira Título: O Papel da Política Regional na Convergência Económica e Social das Regiões de Fronteira. O Caso Portugal-Espanha: Regiões do Algarve e Andaluzia Ano: 2004 Júri: João Albino Silva (FEUALG), António Covas (FEUALG), João Guerreiro (FEUALG), Paulo Neto (U.Évora) Autor: Título: Ano: Júri: Ana Teresa de Melo Martins Inovação e Tecnologia no Turismo. O Sector Hoteleiro no Algarve 2005 João Albino Silva (FEUALG), João Guerreiro (FEUALG), Monteiro Barata (ISEG) Autor: Título: Ano: Júri: Hélder Maurício Abreu Neves O Turismo em Porto Santo: Uma Estratégia de Marketing para o Futuro 2005 Efigénio Rebelo (FEUALG), Paulo Rita (ISCTE), Júlio Mendes (FEUALG), Antónia Correia (FEUALG) Autor: Virgílio Miguel Rodrigues Machado Título: Os Sinais Geo -Turísticos na Organização e Promoção dos Serviços e Destinos Turísticos: o Caso do Algarve Ano: 2005 Júri: João Albino Silva (FEUALG), Carlos Costa (U.Aveiro), Manuel David Masseno (IPB), Bernardino Duarte (FEUALG) Autor: António Jorge Pinto Simões Título: A Modelação da Realidade Concorrencial no Sector de Alojamento Hoteleiro: o Caso de Évora Ano: 2006 Júri: Efigénio Rebelo (FEUALG), João Albino Silva (FEUALG), Maria Margarida Queiróz de Mello (U.Porto), Paulo Rodrigues (FEUALG) Autor: Maria Margarida Teixeira Custódio dos Santos Título: Reposicionar a Imagem do Algarve no Mercado Alemão - Utilização de Sinergias Entre os Agentes da Procura e da Oferta Ano: 2006 Júri: João Albino Silva (FEUALG), Carlos Costa (U.Aveiro), Pedro dos Santos Brito (U. Porto), Júlio Mendes (FEUALG) 34 Autor: Maria João Ferreira Custódio Título: “Os Mega-Eventos na projecção da Imagem de um Destino: O Caso dos Meios de Comunicação Social Presentes no UEFA EURO 2004 TM em Portugal” Ano: 2006 Júri: João Albino Silva (FEUALG), Paulo Rita (ISCTE), Antónia Correia (FEUALG), Júlio Mendes (FEUALG) Autor: Título: Ano: Júri: Hugo Emanuel dos Reis Sales da Cruz Pinto "O Algarve e a Inovação - uma comparação interregional" 2006 João Albino Silva (FEUALG), Joaquim Gouveia (U.Aveiro),João Guerreiro (FEUALG), Teresa de Noronha (FEUALG) Para além destas dissertações, mais de cinco dezenas de outras dissertações foram discutidas e aprovadas desde 1996. Espera-se que uma parte significativa destes mestres mantenham o seu interesse na investigação em Turismo e que por isso se venham a candidatar a este Programa de Doutoramento. Os quadros seguintes são também informativos sobre os índices da investigação realizada na Faculdade de Economia, em anos mais recentes. QUADRO 10: Indicadores de Investigação (2003-2006) TIPO 2003 2004 2005 2006 Livros (autores / editores) 3 6 4 8 Livros (capítulos) - 17 22 12 Artigos em Revistas Internacionais Indexadas 4 14 15 28 Artigos em Revistas Nacionais 9 9 10 10 Apoio a Teses de Doutoramento (concluídas) 3 4 4 4 Apoio a Teses de Mestrado (concluídas) 8 8 5 6 Comunicações em Reuniões Internacionais e Resumos Publicados 17 31 43 39 Comunicações em Reuniões Nacionais 13 14 18 25 Relatórios 11 23 11 19 QUADRO 11: Recursos Financeiros de Projectos da Faculdade de Economia ÁREA CIENTÍFICA MONTANTE (€) Projectos com financiamento FCT Projectos sem financiamento FCT Bolsas TOTAL 119 500 1 218 891 87 320 1 425 711 35 Quadro 12: Colaborações, publicações e trabalho de recensão Orientação e/ou Arguência de Dissertações de Mestrado e de Teses de Doutoramento e Participação em Projectos de Investigação Universidade de Aveiro; Universidade de Coimbra; Universidade Técnica de Lisboa; Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa; Universidade Católica, Universidade do Minho, Universidade dos Açores; e Universidade da Madeira. Projectos de Investigação em Colaboração com Universidades Estrangeiras Universidade de Montreal (Canadá); Boston College (Canadá); Universidade da Carolina do Sul (EUA); Universidade de La Trobe-Melbourne (Austrália); London School of Economics (Reino Unido). Publicações em Revistas Nacionais Prospectiva e Planeamento; Revista Turismo & Desenvolvimento; Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão; Revista de Estudos Sociais; Empírica; Sociedade Portuguesa de Estatística; Revista Portuguesa de Estudos Regionais. Publicações em Revistas Internacionais Annals of Regional Science; Applied Economics Letters; Applied Economics; Bulletin of Economic Research; Computational Statistics and Data Analysis; Ecological Economics; Environmental & Resource Economics; Natural Resource Modelling; Marine Resource Economics; Econometric Reviews; Econometric Theory; Economics Bulletin; European Journal of Operational Research; Journal of MultiCriteria Decision Analysis; Journal of the Operational Research Society; International Journal of Sport Management and Marketing; Journal of Applied Econometrics; Journal of Econometrics; Journal of Empirical Finance; Journal of Lifestyle, Leisure and Travel Research; Journal of Regional Science; Journal of Statistical Computation and Simulation; Journal of Sustainable Tourism; Portuguese Economic Journal; Public Finance Review; Review of Development Economics; The Econometrics Journal; Tourism Management; Annals of Tourism Research; Tourism Economics. Trabalho de Recensão em Revistas Nacionais Prospectiva e Planeamento; Revista Turismo & Desenvolvimento; Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão. Trabalho de Recensão em Revistas Internacionais Annals of Regional Science; Applied Economics Letters; Applied Economics; Bulletin of Economic Research; Computational Statistics and Data Analysis; Ecological Economics; Environmental & Resource Economics; Natural Resource Modelling; Marine Resource Economics; Econometric Reviews; Econometric Theory; Economic Modelling; Economics Bulletin; Empirical Economics; European Journal of Operational Research; Journal of Multi-Criteria Decision Analysis; Journal of the Operational Research Society; International Journal of Culture, Tourism, and Hospitality Research; International Journal of Applied Public Sector Management; International Journal of Public-Private Partnerships; International Journal of Enterprise Studies, International Journal of Sport Management and Marketing; Journal of Applied Econometrics; Journal of Business and Economics Statistics; Journal of Econometrics; Journal of Empirical Finance; Journal of Lifestyle, Leisure and Travel Research; Journal of Regional Science; Journal of Statistical Computation and Simulation; Journal of Sustainable Tourism; Journal of the American Statistical Association; METRON – International Statistical Journal; Oxford Bulletin of Economics and Statistics; Portuguese Economic Journal; Public Finance Review; Review of Development Economics; Spanish Economic Review; The Econometrics Journal; Tourism Management; Annals of Tourism Research; Tourism Economics. 36 Numa lógica de programas de formação integrados e como forma de reforçar a fileira da investigação em Turismo, refira-se que a Faculdade de Economia apresentará, até 15 de Novembro de 2006, três propostas de novos 2º ciclos em Turismo, um direccionado para a Gestão e Desenvolvimento de Destinos Turísticos e os outros dois, em parceria com a Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, em Gestão de Organizações Turísticas e em Marketing Turístico. Apresentará ainda, em colaboração com a Faculdade de Recursos Naturais e a Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, uma outra proposta de 2º ciclo em Gestão e Manutenção de Campos de Golfe. Dando corpo à prioridade estratégica da Universidade do Algarve, a Faculdade de Economia entende que estão finalmente reunidas as condições para a criação de um Laboratório Associado em Turismo, de forma a melhor desenvolver a investigação nas áreas de saber deste Programa de Doutoramento. Serão objectivos dessa unidade de Investigação: a) A aquisição e organização de uma estrutura básica polivalente de apoio à investigação nos diferentes domínios de intervenção e, designadamente, no âmbito das suas linhas de investigação; b) A Divulgação e a internacionalização dos trabalhos do Laboratório, através da participação em congressos nacionais e internacionais e da publicação de livros e artigos em revistas da especialidade, nacionais e estrangeiras, da realização de estágios de pesquisa, da organização e realização de colóquios e congressos; c) O enquadramento dos investigadores mais jovens e dos mestrandos e doutorandos que desenvolvam projectos de investigação dentro dos objectivos do Laboratório, sob a orientação de Professores/Investigadores; d) O Desenvolvimento de projectos de investigação no âmbito da cooperação nacional e internacional. 3.2 Apoio Técnico e Recursos Materiais Ao nível dos quadros técnicos e administrativos não se prevê qualquer contratação de pessoal não docente uma vez que os recursos humanos existentes poderão assegurar o serviço administrativo decorrente do funcionamento deste Programa. A Faculdade de Economia dispõe, desde 1999, de um Gabinete de Apoio às Pós-graduações, actualmente coordenado por um professor associado com 37 agregação, que tem assegurado o funcionamento logístico de todos os cursos. Associado a este Gabinete, existe também um Centro de Documentação de Apoio às Pós-graduações. A estas duas estruturas estão afectos os seguintes funcionários não docentes: 1 Técnica Superior, 2 Assistentes Administrativas, 1 Técnico de Informática e 1 Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação. Também o Conselho Científico, secretariado por 1 Técnica Superior, e o Gabinete de Apoio à Investigação e Internacionalização, coordenado por 1 Técnica Superior, prestarão apoio ao Programa de Doutoramento. A Faculdade de Economia dispõe de modernas instalações, recentemente construídas, devidamente concebidas de forma a assegurar, não só as exigências de qualidade pedagógica de todos os cursos de Licenciatura, mas também dos cursos de Pós-graduação. O piso dois, reservado ao ensino pós-graduado, dispõe de: três anfiteatros, de 32 lugares; uma sala de actos, de 50 lugares; de uma outra sala de aula, de 36 lugares; de uma sala de aulas de informática, de 40 lugares, equipada com 20 computadores; e de um secretariado composto por três gabinetes, um para atendimento personalizado aos estudantes pós-graduados, outro equipado com uma fotocopiadora a cores e uma fotocopiadora a preto e branco para apoio às aulas, e outro reservado ao arquivo. Para além das salas de aula acima mencionadas, a Faculdade, nos outros dois pisos, dispõe ainda de: duas salas de aula de 30 lugares; quatro salas de aula de 60 lugares; dois anfiteatros de 90 lugares; um auditório de 180 lugares; uma outra sala de aulas de informática, de 50 lugares, equipada com 25 computadores; dois laboratórios de informática, com um total de 200 lugares, equipados com 100 computadores; um Centro de Documentação de Apoio às Pós-graduações, equipado com 6 computadores ligados à rede e que dispõe, designadamente, de uma zona de atendimento, de dois gabinetes técnicos de apoio, de um gabinete de arquivo, de um espaço reservado às revistas de investigação e de um outro espaço reservado a 30 lugares de leitura; um Gabinete de Apoio à Investigação e à Internacionalização; uma sala para Professores Convidados, com acesso à REUTERS; um gabinete para bolseiros de doutoramento; e um Centro de Informática, com dois gabinetes, um de atendimento, e outro de oficina de hardware, onde estão instalados os servidores. Associado ao Centro de Informática, existe ainda um outro gabinete, afecto a um consórcio de pequenas empresas privadas de informática, que, em parceria com o Centro da Faculdade, assegura o 38 funcionamento dos laboratórios (abertos das 8h30 às 24h00) e dá apoio às salas de aula de informática. Todas as salas de aula e anfiteatros estão equipadas com equipamento de projecção (inclusivé os laboratórios) e o computador do docente, em todas as salas e anfiteatros, também está ligado à rede. O auditório dispõe ainda de equipamento de som. Completam o conjunto de instalações de que a Faculdade dispõe: os quatro gabinetes dos docentes com responsabilidades nos Órgãos de Gestão (Presidente e Vice-Presidente do Conselho Directivo, Presidente do Conselho Científico e Presidente do Conselho Pedagógico); os quatro gabinetes dos Directores das Áreas Departamentais; o gabinete do docente responsável pela Associação dos Diplomados da Faculdade: os dezassete gabinetes dos restantes docentes; os nove gabinetes dos restantes funcionários não docentes; o Secretariado de Apoio às três Licenciaturas da Faculdade; o gabinete ocupado pelo Núcleo da Associação Académica; o gabinete ocupado pela AIESEC; os inúmeros espaços comuns, nos três pisos, equipados com mesas e cadeiras, normalmente utilizados pelos estudantes para realizarem os seus trabalhos; e um Bar que também serve refeições ligeiras em horários adequados ao funcionamento dos cursos de Pós-graduação. O Centro de Documentação de Apoio às Pós-graduações da Faculdade dispõe de um acervo bibliográfico próprio relacionado com as áreas de Gestão, Economia e Turismo: mais de 4 000 livros, dos quais, cerca de 1 200 classificados em Turismo. Em conjunto com a Biblioteca da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo e com a Biblioteca Central do Campus de Gambelas (que alberga o Centro de Documentação Europeia), o acervo bibliográfico disponível, classificado na área do Turismo, ultrapassa os 4 900 livros. Esse acervo inclui, também, as principais revistas internacionais de Turismo: Annals of Tourism Research; Journal of Travel Research; Tourism Management; Tourism Economics; Journal of Leisure Research; International Journal of Hospitality Management; Journal of Sustainable Tourism; e Tourism Analysis. Acresce que entretanto a Universidade do Algarve aderiu ao Projecto de Conhecimento Online, o que permite o acesso a milhares de publicações científicas de vários editores. A Biblioteca Central tem também assegurado o acesso aos e-books da plataforma Myilibrary (esta plataforma conta já com 50 000 títulos, outros 30 000 serão adicionados até ao final de 2006), a Bibliotecas e Serviços em 39 Linha (de 22 países, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido), ao portal da Unesco Libraries (pesquisa de bibliotecas de todo o mundo), à Scopus (uma alternativa ao Web of Science da ISI) à Directory of Open Access Journals, à Biblioteca Nacional, aos centros de documentação existentes em algumas das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais e à ABI/Inform, reconhecidamente a principal base de dados em disciplinas de especialidade nas áreas da Gestão e da Economia, com relevância, também, para a investigação em Turismo. Em síntese, este Programa de Doutoramento em Turismo, agora proposto pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, encontra sustentação: - Na existência de uma componente de formação avançada com participação de investigadores nacionais e estrangeiros de nível internacional; - Na forte componente científica e no apoio administrativo aos participantes; - Na qualidade das instalações; - Na capacidade para atrair antigos alunos de mestrado e outros candidatos, eventualmente estrangeiros; - Na forte ligação existente entre a Universidade do Algarve e as organizações que operam no sector do Turismo; - Na criação de um Laboratório Associado em Turismo, que congregue todos os docentes/investigadores com produção científica nesta área, - E no financiamento por contrato-programa a estabelecer com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, o qual poderá incluir um pacote de bolsas mistas a atribuir anualmente. 4. Cursos de Referência Ministrados no Espaço Europeu Há apenas uma instituição portuguesa que confere o grau de doutor em Turismo: a Universidade de Aveiro. A Universidade Internacional da Figueira da Foz e Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo associaram-se à Universidade de Salamanca e à Universidade de Perpignan, respectivamente, e são estas universidades estrangeiras que conferem o grau. No caso da Universidade de Aveiro, não há Programa de Doutoramento com uma componente lectiva. Nos outros dois casos, essa componente existe: no Programa de Salamanca, após um primeiro ano de aulas, há segundo ano de seminários de 40 investigação, a que se segue a elaboração da tese; No de Perpignan a duração da componente lectiva não está bem definida, mas pressupõe a participação em colóquios e a entrega de um artigo de 15 páginas, por ano, com vista à participação num grupo de pesquisa da Universidade. A Universidade de Surrey (Reino Unido), é uma universidade de referência no ensino avançado em Turismo. Esta Universidade oferece, ao nível de doutoramento, duas opções: Doctor of Philosophy (PhD) e Doctor of Business Administration (DBA). Enquanto o primeiro exige um contributo original para o conhecimento científico, o segundo exige um contributo original para o desempenho profissional na área da Gestão. O PhD é precedido de um MPhil (Master of Philosophy). Se for a tempo inteiro, o MPhil dura entre 12 a 18 meses, a que se seguirá 1 ano para o PhD; se for a tempo parcial, o MPhil dura entre 24 a 30 meses, seguido de 2 anos de PhD. O DBA é um Programa de Doutoramento de 4 anos, em part-time e também apoiado à distância. Em ambos os casos, há uma componente lectiva, sessões de estudo e investigação supervisionada, a que se segue a elaboração da tese. O Christel DeHaan Tourism and Travel Research Institute da Nottingham University Business School oferece um Programa Doutoral em Turismo, com a duração de três a quatro anos. Este prevê, nos primeiros dois semestres do primeiro ano, a frequência de disciplinas da área e, até ao final desse ano, uma primeira aproximação à elaboração da tese. O Projecto terá que ser apresentado num seminário. Os segundo e terceiro anos são reservados à elaboração da tese. Em Espanha, também a Universidad Antonio de Nebrija (Madrid), oferece um Programa de Doutoramento em Turismo, em três anos, estruturado em três períodos: um período lectivo, com aulas e seminários, durante cerca de um ano; um segundo período de 10 meses, de investigação supervisionada; e um terceiro período de elaboração e defesa da tese. Por último, a Universitat de les Ilies Balears apresenta um Programa de Doutoramento em Turismo e Economia do Ambiente de quatro anos, com mestrado integrado. É composto por duas fases: uma primeira, de dois anos, que inclui uma componente lectiva, a elaboração de um relatório de investigação e a publicação de artigos; e a segunda, nos restantes dois anos, para elaboração e defesa da tese de doutoramento. 41