A cultura do esperto avançou da crise para o colapso Diário
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A cultura do esperto avançou da crise para o colapso Diário
DIÁRIO CATARINENSE, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE SETEMBRO DE 2015 A CULTURA DOS ESPERTOS DIÁRIO DO LEITOR ONDE ESTAMOS CRISTIANO DE ANGELIS 17 Editado por Jeferson Cioatto (48) 3216-3012 [email protected] Twitter @dconline; @opiniaodc WhatsApp (48) 9924-0137 Instagram @diariocatarinense Facebook facebook.com/diariocatarinense Doutor em Estratégia e Gestão de Projetos Florianópolis COMENTÁRIOS P revendo o aumento da crise, os servidores que possuem as maiores remunerações começam a criar PECs para ganhar aumentos sem levar em consideração a redução do salário, demissões e queda brusca na geração de empregos no setor privado. No mês passado, os advogados da União e delegados conseguiram na Câmara vincular seus salários a 90,25% da remuneração dos ministros do STF. As PECs geram um gasto de R$ 9,9 bilhões ao ano, superior ao corte no Ministério da Educação. A moral pública impacta a moral da sociedade e empresas. Segundo o professor Fernando Filgueiras, essas PECs são atos de corrupção. É se aproveitar de recursos públicos escassos aos olhos da opinião pública, mesmo com salários fora da realidade tanto brasileira como internacional. A OCDE e o Banco Mundial em 2010 apontaram que o Brasil passa à frente de 16 países como Reino Unido, Itália, Grécia, EUA e Alemanha, como o que mais gasta com servidores. Como uma das bases eleitorais do PT é o servidor, a política sempre foi inchar a máquina enquanto o setor privado, responsável último pelo desenvolvimento, é massacrado. Todos os indicadores mosA política atual tram isso. De 2001 a do governo 2014 aumentou em é inchar a 64% o número de máquina pública cargos de livre nomeação e em 40% e massacrar o o valor das gratifisetor privado cações. Francisco Gaetani, secretário executivo do MMA, admite que há dificuldades para obter maior eficiência do funcionalismo e que o desafio do governo é ter um nível de melhoria dos serviços prestados que corresponda à folha de pagamentos tão elevada. Para a pesquisadora Regina Pacheco, falta uma política transformadora. Segundo ela, o governo não tem uma proposta de como organizar, alterar ou melhorar o funcionamento do Estado, em especial da administração pública, e é muito difícil porque mexer com servidor público mexe com interesses muito cristalizados, com associações que são muito corporativas. As organizações públicas devem competir com as empresas privadas e isso se faz inicialmente com uma equiparação salarial. É inadmissível que um advogado do governo ganhe R$ 32 mil enquanto advogados de grandes empresas ganhem entre R$ 10 mil e R$ 27 mil, segundo a Exame. Na cultura do esperto, ninguém se importa com o outro. Aí vem uma onda de violência e crises. FALE COM O DC > Envie artigos entre 2 mil e 2,1 mil caracteres com espaços e com foto do autor para [email protected]. Eles serão avaliados e poderão ser publicados. Informe nome, endereço, telefone, profissão e RG. > Sobre as cartas, o DC reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação. Publicadas ou não, não são devolvidas. > Envie sua opinião, com nome, cidade de origem, profissão, telefone e NOSSA INDEPENDÊNCIA Todas as nações querem ser independentes, construir seu presente e futuro. E foi justamente o que aconteceu com o nosso país, quando, em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I nos libertou do jugo de Portugal. Já faz, portanto, 193 anos que iniciamos a caminhada com nossas próprias pernas. “Independência ou morte”, proclamou D. Pedro, sem temer as reações das cortes portuguesas. Nós brasileiros não estamos conseguindo dar um basta à corrupção, à violência urbana, à falta de ética e a tantas outras distorções. Será que não temos estadistas da têmpera de Dom Pedro? Não conseguimos aplicar nossas leis independentemente de raça, cor e posição social? Falta um novo grito de independência. Desta vez, porém, contra nossos múltiplos erros. Quem se habilita? Mas, apesar de todos os pesares, ainda temos alguma motivação para exclamar: boa sorte, Brasil. NATAL MARCHI Aposentado – Rio do Sul PONTE HERCÍLIO LUZ A ironia não condiz com um colunista da estatura de Sérgio da Costa Ramos, que desdenhou dos críticos da restauração da ponte Hercílio Luz, dentre estes, eu. Como militar, sei muito bem que demolições custam dinheiro, levam tempo e interditam áreas, mas temporariamente. O que me parece eterna é a presunção que os contribuintes (e eleitores) podem esperar eternamente por uma ponte que liga nada a lugar algum. EUGÊNIO MORETZSOHN Analista de segurança – Florianópolis UFOLOGIA Notícias de aparições de objetos voadores não identificados nos céus do Brasil e mundo afora não são novidade. Pouca gente imagina que além desses objetos serem pesquisados pelo lado civil (grupos, associações, autônomos, independentes e centros de pesquisas), desde a década de 1960 a nossa Força Aérea Brasileira (FAB) já possuía uma longa história de ligação com o fenômeno UFO. Em 1969, um grupo de altas patentes da FAB criou dentro de suas instalações no 4o Comando Aéreo Regional (Comar), em São Paulo, o primeiro órgão nacional oficial dedicado à pesquisa ufológica, o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani). Décadas se passaram e após sua criação pesquisas prosseguiram nos anos seguintes. Nessa sequência outros casos foram surgindo como o de UFOs registrados sobre a Amazônia (década de 1970), investigado pela FAB na chamada Operação Prato, e o espetacular caso do ET de Varginha (1997). Apesar de, em sua maioria, as pesquisas da FAB terem sido em caráter sigiloso, com o tempo muitos fatos vieram à tona demonstrando a seriedade na investigação em torno do fenômeno UFO. ROBERTO MÁRIO FORBICI Ufólogo – Florianópolis ORÇAMENTO NEGATIVO O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional o orçamento para 2016, com R$ 30 bilhões de déficit. Segundo a presidente Dilma Rousseff, é intenção do governo cobrir isso com aumento de impostos. Para que esse rombo não seja oneroso para a população, sugiro que seja feita a venda da BR Distribuidora, que não se trata de uma empresa estratégica e que está avaliada em aproximadamente R$ 60 bilhões, o que é suficiente para cobrir o déficit e ainda aplicar R$ 30 bilhões na saúde. GENI JOSÉ BONATTO Ex-presidente da Acic – Concórdia VOCÊ FOTÓGRAFO Vista da Lagoa do Macaco, em Garopaba na foto de Cícero Luis Brasil RG para [email protected]. E-mail: [email protected] Fone: (48) 3216-3012 Cartas (ou fotos) ou histórias pessoais de leitores que envolvam Diário Catarinense devem ser endereçadas à seção Do Leitor com nome, profissão, endereço, nº do CPF do remetente e fone para contato. DC reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação
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