A cultura do esperto avançou da crise para o colapso Diário

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A cultura do esperto avançou da crise para o colapso Diário
DIÁRIO CATARINENSE,
SEGUNDA-FEIRA,
7 DE SETEMBRO DE 2015
A CULTURA
DOS ESPERTOS
DIÁRIO DO LEITOR
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CRISTIANO DE ANGELIS
17
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Doutor em Estratégia e Gestão de
Projetos
Florianópolis
COMENTÁRIOS
P
revendo o aumento da crise, os servidores
que possuem as maiores remunerações começam a criar PECs para ganhar aumentos sem levar em consideração a redução
do salário, demissões e queda brusca na
geração de empregos no setor privado. No mês passado, os advogados da União e delegados conseguiram na
Câmara vincular seus salários a 90,25% da remuneração dos ministros do STF. As PECs geram um gasto de
R$ 9,9 bilhões ao ano, superior ao corte no Ministério
da Educação.
A moral pública impacta a moral da sociedade e empresas. Segundo o professor Fernando Filgueiras, essas
PECs são atos de corrupção. É se aproveitar de recursos públicos escassos aos olhos da opinião pública,
mesmo com salários fora da realidade tanto brasileira
como internacional.
A OCDE e o Banco Mundial em 2010 apontaram que
o Brasil passa à frente de 16 países como Reino Unido,
Itália, Grécia, EUA e Alemanha, como o que mais gasta com servidores. Como uma das bases eleitorais do
PT é o servidor, a política sempre foi inchar a máquina
enquanto o setor privado, responsável último pelo desenvolvimento, é
massacrado. Todos
os indicadores mosA política atual
tram isso. De 2001 a
do governo
2014 aumentou em
é inchar a
64% o número de
máquina pública cargos de livre nomeação e em 40%
e massacrar o
o valor das gratifisetor privado
cações. Francisco
Gaetani, secretário
executivo do MMA,
admite que há dificuldades para obter maior eficiência
do funcionalismo e que o desafio do governo é ter um
nível de melhoria dos serviços prestados que corresponda à folha de pagamentos tão elevada.
Para a pesquisadora Regina Pacheco, falta uma política transformadora. Segundo ela, o governo não tem
uma proposta de como organizar, alterar ou melhorar
o funcionamento do Estado, em especial da administração pública, e é muito difícil porque mexer com servidor público mexe com interesses muito cristalizados,
com associações que são muito corporativas.
As organizações públicas devem competir com as empresas privadas e isso se faz inicialmente com uma equiparação salarial. É inadmissível que um advogado do governo ganhe R$ 32 mil enquanto advogados de grandes
empresas ganhem entre R$ 10 mil e R$ 27 mil, segundo
a Exame. Na cultura do esperto, ninguém se importa
com o outro. Aí vem uma onda de violência e crises.
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NOSSA INDEPENDÊNCIA
Todas as nações querem ser independentes, construir seu presente e futuro. E foi justamente
o que aconteceu com o nosso
país, quando, em 7 de setembro
de 1822, Dom Pedro I nos libertou do jugo de Portugal. Já faz,
portanto, 193 anos que iniciamos
a caminhada com nossas próprias pernas. “Independência ou
morte”, proclamou D. Pedro, sem
temer as reações das cortes portuguesas. Nós brasileiros não estamos conseguindo dar um basta
à corrupção, à violência urbana, à
falta de ética e a tantas outras distorções. Será que não temos estadistas da têmpera de Dom Pedro?
Não conseguimos aplicar nossas
leis independentemente de raça,
cor e posição social? Falta um novo grito de independência. Desta
vez, porém, contra nossos múltiplos erros. Quem se habilita?
Mas, apesar de todos os pesares,
ainda temos alguma motivação
para exclamar: boa sorte, Brasil.
NATAL MARCHI
Aposentado – Rio do Sul
PONTE HERCÍLIO LUZ
A ironia não condiz com um
colunista da estatura de Sérgio da
Costa Ramos, que desdenhou dos
críticos da restauração da ponte
Hercílio Luz, dentre estes, eu. Como militar, sei muito bem que demolições custam dinheiro, levam
tempo e interditam áreas, mas
temporariamente. O que me parece eterna é a presunção que os
contribuintes (e eleitores) podem
esperar eternamente por uma
ponte que liga nada a lugar algum.
EUGÊNIO MORETZSOHN
Analista de segurança – Florianópolis
UFOLOGIA
Notícias de aparições de objetos voadores não identificados
nos céus do Brasil e mundo afora
não são novidade. Pouca gente
imagina que além desses objetos
serem pesquisados pelo lado civil
(grupos, associações, autônomos,
independentes e centros de pesquisas), desde a década de 1960
a nossa Força Aérea Brasileira
(FAB) já possuía uma longa história de ligação com o fenômeno
UFO. Em 1969, um grupo de altas
patentes da FAB criou dentro de
suas instalações no 4o Comando
Aéreo Regional (Comar), em São
Paulo, o primeiro órgão nacional
oficial dedicado à pesquisa ufológica, o Sistema de Investigação
de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani). Décadas se passaram e após sua criação pesquisas
prosseguiram nos anos seguintes.
Nessa sequência outros casos foram surgindo como o de UFOs
registrados sobre a Amazônia
(década de 1970), investigado
pela FAB na chamada Operação
Prato, e o espetacular caso do ET
de Varginha (1997). Apesar de,
em sua maioria, as pesquisas da
FAB terem sido em caráter sigiloso, com o tempo muitos fatos vieram à tona demonstrando a seriedade na investigação em torno do
fenômeno UFO.
ROBERTO MÁRIO FORBICI
Ufólogo – Florianópolis
ORÇAMENTO NEGATIVO
O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional o
orçamento para 2016, com R$
30 bilhões de déficit. Segundo
a presidente Dilma Rousseff, é
intenção do governo cobrir isso
com aumento de impostos. Para
que esse rombo não seja oneroso
para a população, sugiro que seja
feita a venda da BR Distribuidora,
que não se trata de uma empresa
estratégica e que está avaliada em
aproximadamente R$ 60 bilhões,
o que é suficiente para cobrir o
déficit e ainda aplicar R$ 30 bilhões na saúde.
GENI JOSÉ BONATTO
Ex-presidente da Acic – Concórdia
VOCÊ FOTÓGRAFO
Vista da
Lagoa do
Macaco,
em
Garopaba
na foto de
Cícero Luis
Brasil
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E-mail: [email protected]
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