- Centro Tecnológico do Exército
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ANO III | N 8 | JUNHO DE 2008 | 1 o Guerra “rede-cêntrica” Pensamento “rede-cêntrico”1 O Os instrumentos da era da informação – referida também como democracia digital – estão capacitando as pessoas ao exercício de flexibilidade e independência jamais imaginados. Em conseqüência, os métodos “egocêntricos” estão sendo substituídos por uma abordagem “rede-cêntrica”. Há uma tensão fervilhante entre o pensamento “egocêntrico” e o pensamento “rede-cêntrico” – tensão entre o poder institucional que emana de uma organização e o poder transacional decorrente de uma miríade de interações de seus membros. A seguir são apresentadas as características essenciais dos pensamentos “egocêntricos” e “rede-cêntricos”. PENSAMENTO “EGOCÊNTRICO” PENSAMENTO “REDE-CÊNTRICO” • Focalizado em construir a moral organizacional e a coesão interna da equipe • Focalizado em expandir o número de pessoas e organizações alcançadas • Auxiliares avaliados em face dos objetivos organizacionais internos • Focalizado em expandir a capacidade da rede de empreender • Valores baseados no desenvolvimento do perfil organizacional e na centralização dos recursos organizacionais • Maior atenção dispensada ao compartilhamento de informações • Liderança focalizada nos objetivos e gerenciamento dos funcionários para atingir objetivos específicos • Valorização do contato social entre o corpo de auxiliares e as organizações parceiras • Resistência significativa ao compartilhamento de informações • Estímulo para o surgimento de múltiplos líderes pela capacitação de ação coordenada • Estrutura de tomada de decisão hierárquica • Estrutura de poder distribuída • Integrantes da organização são capazes de gerar lucros mas não idéias • Compartilhamento e alavancagem de recursos com os parceiros • Grupos estabelecem programas • Liderança provê visão e energia para a rede Organização “rede-cêntrica”2 Uma organização “rede-cêntrica” é o reflexo de um padrão de gestão orientada por rede que está emergindo em muitas empresas neste início do século XXI. Isto implica novas formas de trabalho, com conseqüências para a infra-estrutura, processos, pessoas e cultura das empresas. Em uma configuração “rede-cêntrica”, especialistas em conhecimento são capazes de criar e potencializar informação para ampliar a vantagem competitiva por intermédio da colaboração de pequenas e ágeis equipes autodirigidas. Para isso, a cultura organizacional precisa mudar de uma hierarquia baseada em regras, determinada por um único canal de comando e controle, CTEX CTEx NOTÍCIAS |2 para uma estrutura híbrida que aceita — Uma redefinição das interações entre os partici- equipes acopladas com flexibilidade e pantes de uma missão e entre os comandantes e autogerenciadas, para tomar decisões por subordinados. meio do compartilhamento de conhecimento. O objetivo das operações “rede-cêntricas”4 é capa- Uma organização “rede-cêntrica” é uma resposta sen- citar forças a cumprir suas missões com maior efetivi- sível a um ambiente complexo. O clima de empreendi- dade: mais rápido; com menos combatentes expostos mentos do novo milênio é caracterizado por mudanças ao perigo; com armas e equipamentos mais leves e em profundas e contínuas devidas à globalização, aos sal- menor quantidade; e com melhor possibilidade de man- tos exponenciais nas capacidades tecnológicas e a ou- ter-se e manobrar no campo de batalha. tras forças que influem no mercado. Neste mundo de Com oportuna e acurada inteligência, comandan- mudanças rápidas e de incertezas, as organizações pre- tes podem decidir mais rápido; desdobrar uma força com cisam se renovar continuamente, reinventar-se e revigo- tamanho e características ótimas; comandar e controlar rar-se para responder criativamente. Essencialmente, melhor essa força; e estar sempre em condições privile- uma organização “rede-cêntrica” fundamenta-se mais giadas em relação às forças inimigas. As operações “rede- em pessoas e em cultura do que em tecnologia. cêntricas” podem melhorar todas essas funcionalidades. Guerra “rede-cêntrica” Perspectivas Guerra “rede-cêntrica”3 é uma teoria de combate Os conceitos de guerra “rede-cêntrica” são origi- emergente. Essa expressão pode referir-se a um conjun- nários de Exércitos estrangeiros. O Exército Brasileiro to de conceitos da arte da guerra que fundamentam a ainda não tem doutrina relacionada com essa aborda- criação e potencialização da informação. Similarmente, gem. Entretanto, a concepção de equipamentos de co- guerra “rede-cêntrica” pode referir-se ao princípio organi- mando e controle, guerra eletrônica e demais aparatos zacional que orienta a adoção, pelas Forças Armadas, militares resultantes da tecnologia e da era informa- de tecnologias da informação e orienta a adaptação mi- ção – cuja pesquisa e desenvolvimento encontram-se litar a essas tecnologias. em curso no CTEx, com resultados já oferecidos ou no Os princípios da guerra “rede-cêntrica” são: — Uma força fortemente baseada em rede melhora o compartilhamento de informações; — O compartilhamento de informações e a colaboração melhoram a qualidade das informações e a consciência situacional; — A consciência situacional compartilhada capacita a auto-sincronização; e — Os princípios anteriores aumentam dramaticamen- 2 3 4 nais – contêm o embrião que pode permitir à Força Terrestre se inserir, no futuro, nessa nova era ou adaptar sua doutrina ao novo tempo prenunciado na alvorada do século XXI. Em conseqüência, os engenheiros militares encarregados dos projetos de pesquisa e desenvolvimento no âmbito das citadas áreas de concentração devem estar atentos à evolução constatada nos ma- te a efetividade da missão. teriais de emprego militar baseados na eletrônica e Como corolário, a guerra “rede-cêntrica” envolve: nas telecomunicações para não produzi-los obsole- — A possibilidade de enorme aumento do acesso às tos e desnecessários, porquanto insatisfatórios para informações em todos os escalões; e 1 limiar de oferta às organizações militares operacio- fazer face às dramáticas transformações em curso. Conforme Network-Centric Thinking: The Internet’s Challenge to Ego-Centric Institutions; Jed Miller and Rob Stuart; disponível em Planet Work Journal. Conforme Network-Centric Organization; disponível em Wikipedia, a enciclopédia livre. Conforme Information Era Transformation – Getting to a 21st Century Military; David S. Alberts, CCSR, 2002. Conforme The Challenge and Promise Of Network-Centric Warfare; John Luddy; 2005. ANO III | N 8 | JUNHO DE 2008 | 3 o 1 CTEx entrega MAGE NÃO-COM V2 e MPGE para o CIGE TC QEM Antônio Carlos Castañon Vieira [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ No período de 23 a 25 de abril de 2008, integrantes do Grupo de Guerra Eletrônica (GGE)/CTEx participaram do VIII Simpósio de Guerra Eletrônica, no CIGE, em BrasíliaDF, cujo principal objetivo foi a disseminação do conhecimento de Guerra Eletrônica no âmbito da Força Terrestre. Naquela oportunidade, foi realizada a entrega para o CIGE dos seguintes equipamentos, cuja pesquisa, desenvolvimento e produção foram concluídos recentemente no CTEx: — Simulador de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica de Não-Comunicações Versão 2 (Simulador MAGE NÃO-COM V2); e — Módulo Portátil de Guerra Eletrônica (MPGE). O Simulador MAGE NÃO-COM V2 é o aperfeiçoamento do Simulador MAGE NÃO-COM V1. Este encontra-se em uso desde 2004 e trata-se de programa computacional que permite ao CIGE ministrar o treinamento na operação de receptores MAGE, na identificação e na análise das emissões de radar. A versão 2 agrega novas funcionalidades, com destaque para a ampliação do número de varreduras para radar. A utilização do Simulador MAGE NÃO-COM em conjunto com o Módulo de Ensino de Guerra Eletrônica (MEGE) – também pesquisado, desenvolvido e produzido pelo CTEx, e entregue ao CIGE em 2003 – permite àquele estabelecimento de ensino maior independência em relação a produtos estrangeiros na formação de recursos humanos na área de Guerra Eletrônica. O MPGE permite realizar as ações de busca, interceptação, monitoração, registro e localização de ondas eletromagnéticas no campo das comunicações nas faixas de VHF e UHF – conjunto de atividades a que se convencionou dar o nome de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE). O sistema é composto de uma maleta que acondiciona um computador portátil, dois receptores de monitoração e um GPS. O sistema também admite a inte1 gração de um receptor de busca com maior desempenho (externo à maleta) que permite a determinação da direção de emissões eletromagnéticas. A utilização do MPGE tem inequívoco impacto nas atividades operacionais de Guerra Eletrônica da Força Terrestre, pois sua portabilidade permite a realização de ativida- Módulo Portátil de Guerra Eletrônica entregue ao CIGE Telas do Simulador MAGE NÃO-COM V2 Manual de Operações do Simulador MAGE NÃO-COM V2 des de MAGE por qualquer tropa que necessite deslocar-se para distintos pontos do território nacional. Ademais, possui emprego dual, podendo ser utilizado pela Polícia Federal, Polícias Estaduais e Agência Nacional de Telecomunicações. MAGE – é o ramo da Guerra Eletrônica, de natureza passiva, que visa tirar proveito das emissões eletromagnéticas provenientes de equipamentos utilizados para o trânsito de dados e voz (MAGE COM) e para a produção de informações, como as provenientes de radares (MAGE NÃO-COM). CTEX |4 CTEx NOTÍCIAS Seminário sobre Requisitos de Míssil Antiaéreo Maj QEM Marco Antonio Alvares dos Prazeres da EsACosAAe, do 1o GAAe e da empresa Mectron. O desenvolvimento de um armamento com características multidisciplinares e que se encontra entre as mais altas prioridades do Exército Brasileiro confere ao tema elevada importância e torna imperativo que os requisitos sejam debatidos entre representantes dos segmentos envolvidos nas diversas fases do ciclo de vida do material – o que envolve pessoal das áreas técnica, operacional e de avaliação. O seminário permitiu que conhecimentos e experiências fundamentais fossem agregados ao conjunto de requisitos desse sistema cuja capacitação na pesquisa, desenvolvimento e produção autóctones terá grande reflexo na operacionalidade da Força Terrestre. [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em 10 de março de 2008, foi realizado no CTEx um seminário com objetivo de analisar e aperfeiçoar os Requisitos Técnicos Básicos (RTB) do Sistema Míssil Antiaéreo de Baixa Altura. Participaram do evento integrantes do CTEx, OM organizadora do evento, do Cmdo 11a Bda Inf L, do CAEx, CTEx – Centro Tecnológico do Exército Cmdo 11a Bda Inf L – Comando da 11a Brigada de Infantaria Leve CAEx – Centro de Avaliações do Exército EsCosAAe – Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea 1o GAAe – 1o Grupo de Artilharia Antiaérea ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Reunião da Subcomissão Binacional para o Projeto Gaucho Maj QEM Victor Santoro Santiago Em 22 e 23 de abril de 2008, reuniram-se, em Buenos Aires, os representantes do Brasil e da Argentina no Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa. Esse fórum incluiu as reuniões das subcomissões criadas a partir da Decla- mando de Arsenales. Por intermédio do Cap QEM Márcio Gomes, o CTEx participou da reunião da Subcomissão Binacional para o Projeto Gaucho. A agenda dessa Subcomissão incluiu aspectos técnicos, gerenciais, administrativos e jurídicos referentes à avaliação e à produção do lote-piloto do Gaucho. Os representantes dos dois países na Subcomissão visitaram Linha de montagem da viatura Gaucho no Batallón de Arsenales 601 Demonstração da viatura Gaucho na pista de testes com obstáculo senoidal ração Conjunta firmada pelos respectivos presidentes em 22 de fevereiro de 2008: a Subcomissão Binacional para o Projeto Gaucho e a Subcomissão Binacional de Cooperação Aeronáutica. As reuniões foram realizadas na sede do Ministério da Defesa da Argentina e no Co- as instalações do Batallón de Arsenales 601, onde se encontra a linha de montagem da viatura Gaucho; e as pistas de testes do Batallón de Arsenales 602. Além disso, foram presenciadas demonstrações de transposição de obstáculos pelos protótipos do veículo Gaucho. [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ANO III | N 8 | JUNHO DE 2008 | 5 o Testes finais de desenvolvimento da Arma Leve Anticarro – ALAC Cap QEM Luiz Eduardo Mello Corrêa da Silva com o desempenho de armamento semelhante de [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ origem importada, atualmente em uso pelo Exército ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Brasileiro (EB). Em 6 e 8 de maio de 2008, uma equipe do Grupo de Estiveram presentes neste evento o Chefe do CTEx, Armamento e Munição (GAM) do CTEx realizou a acompanhado do Chefe do CAEx, o Gerente do GAM, o primeira etapa dos testes finais de desenvolvimento Gerente do Projeto ALAC e integrantes da GAM/CTEx e da Arma Leve Anticarro (ALAC) na Linha I do Centro de da Seção de Avaliações do CAEx. Avaliações do Exército (CAEx). Esses testes tiveram o Os disparos foram realizados pelo Cap Luiz, ge- objetivo de verificar o desempenho e o impulso de re- rente do projeto ALAC, pelo Ten Degethoff e Cb Tava- cuo da arma com a utili- res, todos integrantes do zação do novo lote de GAM/CTEx. propelente BD-617 fabri- Os testes consisti- cado pela IMBEL. Os tes- ram de seis disparos em tes consistiram de cinco situação real de emprego, disparos em estativa es- sendo que cada atirador pecífica para a medição realizou um disparo com de recuo da ALAC, cujos o armamento de origem resultados permitiram importada seguido de um avaliar o comportamen- disparo da ALAC, permitin- to da arma no momento do assim uma avaliação de seu funcionamento. Em 15 de maio de Chefe do CTEx com os atiradores do GAM momentos antes da série de disparos da ALAC em situação real de emprego 2008, finalizando os tes- comparativa sobre o desempenho de ambos os armamentos. No final da tes de desenvolvimento da ALAC, a equipe do projeto missão de tiro, foi verificado o excelente desempenho realizou uma série de disparos, em situação real de da ALAC, possibilitando que o armamento seja dispo- emprego, com o objetivo de verificar o desempenho nibilizado ao CAEx para o término da Avaliação Técnica da arma no ombro do atirador, de forma comparativa e Operacional, prevista para o mês de junho de 2008. Estativa para medição de recuo – 1a etapa dos testes finais de desenvolvimento da ALAC Impacto no alvo – disparo da ALAC em situação real de emprego CTEX |6 CTEx NOTÍCIAS Proteção de Instalações Radioativas e Nucleares Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em 12 março de 2008, o CTEx recebeu a visita de uma comitiva do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON), pertencente ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O SIPRON, criado em 1980, possui como objetivos “assegurar o planejamento integrado e coordenar a ação conjunta e a execução continuada de providências que visem a atender às necessidades de segurança das atividades do Programa Nuclear Brasileiro (PNB) e de seu pessoal, bem como da população e do meio ambiente com ele relacionados”.1 Essas necessidades são atendidas por meio da aplicação de medidas nos seguintes setores:2 proteção da população nas situações de emergência; segurança e saúde do trabalhador; proteção do meio ambiente; proteção física; salvaguardas nacionais; segurança nuclear; radioproteção e inteligência. Integram o SIPRON os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, estaduais e municipais, as empresas privadas e as fundações que tenham quaisquer atribuições relacionadas com o PNB. Entre outros, citam-se como órgãos ou entidades do SIPRON: — a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e seus institutos; — organizações militares operacionais, como o CML, o Cmdo Av Ex, a Bda Op Esp e a Cia DQBN; — organizações militares de pesquisa, como o Centro Tecnológico do Exército (CTEx); — organizações policiais militares ou de bombeiros militares, repartições da Polícia Federal e das polícias civis estaduais, repartições da Defesa Civil Federal, estaduais e municipais; — empresas como as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Eletrobrás Termonuclear (Eletronuclear). A fim de cumprir sua missão prevista em lei, o SIPRON interage constantemente com os diversos órgãos e entida1 2 3 4 des do sistema, com foco no aprimoramento de atividades e na implementação de ações voltadas para a crescente melhoria e aperfeiçoamento da proteção das diversas instalações radioativas e nucleares3 espalhadas pelo País. À luz da legislação que instituiu e regulamentou o SIPRON, o CTEx é considerado, simultaneamente: (a) uma instalação nuclear; (b) uma unidade operacional,4 em função das Recepção à comitiva do SIPRON linhas de pesquisa conduzidas pelo Centro na área nuclear; (c) uma força de apoio, tanto para execução de treinamento quanto para atuação em ações de resposta a situações de emergência radiológica ou nuclear, devido à reconhecida competência do Centro na área de Defesa Química, Biológica e Nuclear (QBN). A comitiva do SIPRON que visitou o CTEx em 12 de março de 2008 foi composta pelo Capitão-de-Fragata EN Ricardo Koji Yamamoto, pelo Major Art Márcio Luís do Nascimento Abreu Pereira e pelo Coronel R/1 Saul Zardo Filho. Durante a visita, foram debatidos, com objetividade e eficácia, a execução das ações em curso e o planejamento das ações futuras de proteção física das instalações nucleares da Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear (DDQBN) do CTEx, à luz do apoio financeiro prestado pelo MCT/SIPRON, bem como vislumbradas perspectivas para intensificar o assessoramento técnicocientífico do CTEx ao SIPRON na área de defesa nuclear. Objetivos estabelecidos pelo Decreto-Lei no 1.809, de 7 de outubro de 1980, que instituiu o SIPRON. Setores extraídos do Decreto no 2.210, de 22 de abril de 1997, que regulamentou o Decreto-Lei no 1.809, de 7 de outubro de 1980. Instalação nuclear, no âmbito do SIPRON, é aquela na qual o material nuclear é produzido, processado, reprocessado, utilizado, manuseado ou estocado em quantidades relevantes. São instalações nucleares, entre outras, aquelas que contêm reatores nucleares. Instalação radioativa, por sua vez, é aquela na qual se produzem, utilizam, transportam ou armazenam fontes de radiação. Unidade operacional, no âmbito do SIPRON, é aquela cuja atividade se relaciona com a produção, utilização, processamento, reprocessamento, manuseio, transporte ou estocagem de materiais de interesse para o PNB. São unidades operacionais os reatores de potência (Angra 1 e 2) da Eletronuclear e as instalações de ensino e pesquisa ligadas ao PNB (inclusive os centros de pesquisa do Ministério da Defesa e do MCT). | N 8 | JUNHO DE 2008 | 7 o ANO III Modelagem e Simulação Militar Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ No período de 14 a 17 de abril de 2008, foi realizado em Ottawa, no Canadá, o simpósio Spring Simulation Multiconference 2008 (SpringSim’08), coordenado e patrocinado pela The Society for Modeling and Simulation. O evento congregou uma série de simpósios simultâneos, entre os quais o Military Modeling and Simulation Symposium 2008 (MMS’08). O SpringSim’08 tratou da pesquisa, desenvolvimento e aplicação da modelagem e simulação em diversas áreas do conhecimento humano – aí incluída a modelagem e simulação voltadas para as atividades militares. O Maj QEM Renato Massayuki Okamoto, do CTEx, submeteu o trabalho intitulado Texture Management in View Dependent Application for Large 3D Terrain Visualization para análise e julgamento. Tendo sido acolhido pela comissão científica do MMS’08, o trabalho foi apre1 Apresentação de trabalho científico no MMS’08 pelo Maj Okamoto sentado naquele fórum pelo Maj Okamoto. Adicionalmente, a destacada participação do CTEx naquele evento se concretizou com a presença de equipe multidisciplinar composta por três engenheiros militares,1 com o objetivo de observar, identificar e mapear os conhecimentos de modelagem e simulação situados na fronteira da tecnologia, com interesse para pesquisa e desenvolvimento de sistemas voltados para a operacionalidade da Força Terrestre. A equipe do CTEx teve a seguinte composição: – Maj Renato Massayuki Okamoto, engenheiro eletrônico, mestre em Engenharia Biomédica e doutor em Engenharia de Sistemas e Computação; – Maj Paulo Roberto Rocha Aguiar, engenheiro mecânico, mestre em Engenharia de Sistemas e doutor em Sistemas de Controle; e – Cap Francisco Benjamim Filho, engenheiro de computação e mestre em Informática. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Questões Fundamentais da Indústria Nuclear Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ No período de 3 a 7 de março de 2008, foi realizado, no Rio de Janeiro, o curso Key Issues in the World Nuclear Industry Today. O evento foi promovido pela World Nuclear University (WNU), pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A interação entre autoridades e cientistas de várias partes do mundo permitiu análises e debates relacionados com tendências e desafios da indústria nuclear ao longo do século XXI. Entre outros, os seguintes temas foram abordados no curso: — panorama energético mundial e investimentos em geração de energia; — Programa Nuclear Brasileiro; — não-proliferação nuclear; — planejamento e financiamento de projetos de centrais nucleares; — gerência de rejeitos radioativos; — tecnologia de reatores de água fervente (Boiling Water Reactor [BWR]); — experiências internacionais em projetos de reatores de terceira geração; — gerência de projeto de reatores nucleares; — novas tecnologias na área nuclear; — mudanças climáticas e energia nuclear; e — política nuclear e aceitação pública. O CTEx foi representado no evento pelo pesquisador Luís Fernando Gonçalves Pires, engenheiro mecânico, mestre em engenharia nuclear e doutor em engenharia mecânica, e pelo Cap QEM João Cláudio Batista Fiel, engenheiro eletricista e mestre em engenharia nuclear. CTEX |8 CTEx NOTÍCIAS Interação entre o CTEx e o CTA Em 19 de março de 2008, o CTEx recebeu a visita de uma comitiva do CTA, chefiada pelo Sr. Brig Eng Venâncio Alvarenga Gomes. O programa do evento incluiu palestra e demonstração do projeto de pesquisa e desenvolvimento dos radares SABER M60 e SABER M200, bem como do projeto de pesquisa e desenvolvimento da fibra carbono – áreas de concentração em que o CTEx ocupa a vanguarda tecnológica no Brasil. Naquela ocasião, foram debatidos os interesses comuns do CTEx e do CTA, as possibilidades de cooperação para a concretização de objetivos colimados, a disponibilização de resultados nas áreas em que cada organização obteve resultados satisfatórios e a busca de mecanismos e abordagens que permitam a economia de esforços e recursos. Essas questões são da maior complexidade e demandam amadurecimento e determinação das partes envolvidas. Recepção à comitiva do CTA Palestra institucional do CTEx Maj Art Ezídio Côrrea da Silva Filho [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Interação do CTEx com o IME Cap QEM Alexandre Taschetto de Castro [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em 29 de abril de 2008, 19 alunos do 4o ano do curso de Engenharia de Fortificação e Construção do IME visitaram o CTEx, acompanhados pelo Gen Bda Antônio Real Martins – ex-chefe da Comissão Especial de Obras, responsável pela construção do CTEx, e, atualmente, professor do IME. O programa da visita incluiu: — palestra institucional, com destaque para os principais projetos de pesquisa e desenvolvimento de Materiais de Emprego Militar de interesse da Força Terrestre; — visita ao aquartelamento, objetivando o conhecimento de um Plano Diretor concebido para abrigar organização de pesquisa e desenvolvimento, bem como com previsão de implantação de obras Recepção à comitiva de alunos do 4o ano de Fortificação do IME destinadas à futura localização do Instituto Militar de Engenharia; e — visita às obras de ampliação do Núcleo de Competência para o Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono (NCDTC), em execução com financiamento da Petrobras e apoio da FAPEB – possivelmente, o aspecto da visita com maior interesse para alunos de graduação na especialidade Fortificação e Construção. | N 8 | JUNHO DE 2008 | 9 o ANO III Cooperação de Instrução com a EsACosAAe TC QEM Antônio Carlos Castañon Vieira áreas de concentração em que o CTEx se encontra na vanguarda tecnológica do Brasil: Radar SABER M60, Simulador de Não-Comunicações e Módulo de Ensino de Guerra Eletrônica. Os oficiais-alunos da EsACosAAe completaram a jornada de instrução conhecendo o Centro de Operações Antiaéreas (COAAe) do Radar SABER M60, o Laboratório de Medidas Eletromagnéticas e o Laboratório de Desenvolvimento de Sistemas de Comando e Controle. [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em 26 de março de 2008, oficiais-alunos da EsACosAAe compareceram ao CTEx para o atendimento do Pedido de Cooperação de Instrução (PCI) programado para o corrente ano. Essa atividade teve o objetivo de apresentar os projetos de pesquisa e desenvolvimento conduzidos pela Divisão de Tecnologia da Informação (DTI)/CTEx. O programa do PCI incluiu a apresentação de duas palestras atinentes a aspectos técnicos e operacionais dos seguintes Materiais de Emprego Militar (MEM) em desenvolvimento na DTI/CTEx: Radares SABER M60 e SABER M200 e Sistemas de Guerra Eletrônica. Após o ciclo de palestras, ocorreram demonstrações do emprego dos seguintes MEM, pertencentes a Apresentação do Laboratório de Desenvolvimento de Sistemas C2 EsACosAAe – Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Cooperação de Instrução com o CASOP TC QEM Antônio Carlos Castañon Vieira [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em decorrência do Pedido de Cooperação de Instrução solicitado pelo CASOP, o CTEx recebeu, em 2 de abril de 2008, uma comitiva de oficiais e sargentos daquela OM da Marinha, cuja visita teve por objetivo tomar conhecimento dos trabalhos em andamento no âmbito do Grupo de Guerra Eletrônica (GGE)/CTEx. O Chefe do GGE ministrou uma palestra institucional, na qual foram apresentados o planejamento, a abordagem gerencial, a sofisticada infra-estrutura laboratorial e a elevada qualificação dos recursos humanos – conjugação de fatores que permitiu a obtenção de equipamentos com grande potencial de ampliação da operacionalidade da Força Terrestre no campo da Guerra Eletrônica. Entre os resultados já alcançados pelo CTEx – e em face do potencial emprego como plataforma base de um CASOP – Centro de Apoio a Sistemas Operativos da Marinha do Brasil. Palestra do Chefe do Grupo de Guerra Eletrônica sistema capaz de atender simultaneamente às três Forças Armadas –, nas apresentações e demonstrações, foi atribuída especial ênfase para o Sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica Veicular (MAGE Veicular). O Laboratório de Medidas Eletromagnéticas do CTEx possibilita a caracterização de emissões eletromagnéticas. Nessa instalação, os integrantes da comitiva do CASOP realizaram uma atividade prática de determinação do diagrama de irradiação da antena de um sistema de monitoração. CTEX | 10 CTEx NOTÍCIAS FINEP conhece resultados de projetos do CTEx TC QEM Roberto Castelo Branco Jorge Em 27 de maio de 2008, uma comitiva da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), agência de fomento vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, composta pelo Dr. Avílio Antonio Franco, Superintendente da Área de Institutos Tecnológicos e de Pesquisas, pelo Dr. Carlos Alberto Marques Couto, Chefe do Departamento de Institutos de Pesquisa em Áreas Estratégicas, pelo Dr. Celso Trindade e pelo Dr. Rodrigo Acioli, visitou o CTEx a fim de conhecer os resultados de alguns projetos financiados por aquela agência. Na ocasião, os integrantes da Área de Institutos de Pesquisa da Diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da FINEP puderam constatar o êxito alcançado nos projetos de fibra de carbono, de desenvolvimento de dispositivos de tecnologia de imagem termal e do radar de defesa antiaérea SABER M60. Foram apresentadas, ainda, as perspectivas de evolução desses projetos, dando origem a outros desenvolvimentos apoiados não apenas pela própria FINEP, mas também por empresas nacionais como a Petrobras e a Eletrobras. Chefe do CTEx acompanhado do Sr. Dr. Avílio Franco da FINEP Palestra institucional para a comitiva da FINEP [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Cooperação entre o CTEx e a Eletronuclear TC QEM Roberto Castelo Branco Jorge [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em 27 de maio de 2008, o presidente da Eletronuclear – Eletrobrás Termonuclear S.A. – Vice-Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, esteve no CTEx para conhecer projetos e atividades passíveis de cooperação entre aquela empresa e o CTEx. Na ocasião, foram apresentados à comitiva da Eletronuclear o programa de radares do Exército Brasileiro, os projetos do Núcleo de Competência em Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono e as atividades desenvolvidas pela Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear (DDQBN) do CTEx. No programa de desenvolvimento de radares, identificou-se uma possí- Apresentação do Radar SABER M60 à comitiva da Eletronuclear vel oportunidade de parceria, visando dotar instalações críticas daquela empresa de um sistema de proteção baseado em radares de vigilância terrestre e aérea. | N 8 | JUNHO DE 2008 | 11 o ANO III Conclusão de Doutorado em Modelagem e Simulação Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim imagens, tais como: fotos aéreas, imagens de satélite, mapas digitalizados, entre outros. Uma metodologia para [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ renciar um grande conjunto de imagens a serem utilizadas como texturas foi o tema da tese de doutorado defenO mapeamento de texturas é uma dida, em fevereiro de 2008, pelo Maj QEM Renato Mastécnica da computação gráfica que sayuki Okamoto, adjunto da Divisão utiliza imagens de Defesa Química, Biológica e Nudesenhadas clear (DDQBN) do CTEx, no Programa sobre superfíde Engenharia de Sistemas e Comcies com a finaputação da COPPE/UFRJ. lidade de auMaj Okamoto Atualmente, seu trabalho no mentar o detaCTEx envolve os conhecimentos adlhamento de um objeto ou cena. quiridos na pós-graduação para o deMuitas vezes, a textura pode ser maisenvolvimento de uma ferramenta or que a memória de vídeo ou mespara o planejamento de resposta a mo a memória principal do compuemergências em incidentes QBRN, tador. Este é o caso quando se trata por meio da associação da visuade sistemas de comando e controlização do terreno, de simulações de le, pois a visualização do terreno dispersão de agentes QBRN e de sispode ser enriquecida pela informaGeometria do terreno e imagem da carta combinados temas de informações geográficas. ção que está presente em grandes para gerar a visualização 3D do terreno ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Doutorado em Controle e Sistemas Inerciais Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Foi publicado na revista Ciência Hoje, vol. 42, maio, 2008, um artigo sobre o protótipo de um veículo que se desloca sobre um colchão de ar (hovercraft), construído como plataforma-laboratório da pesquisa que vem sendo realizada no Instituto AlCap Trajano berto Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O protótipo faz parte da pesquisa de doutorado do Cap QEM Trajano Alencar de Araújo Costa do CTEx, sob orientação do professor Max Suell Dutra, da Escola Politécnica da UFRJ. O objetivo da pesquisa é desen- volver uma plataforma autônoma, capaz de operar sem intervenção humana, por meio de sistemas de controle interno, com guiagem determinada pela composição de sinais de diversos sensores inerciais. O emprego desse tipo de plataforma se justifica pela sua grande flexibilidade de deslocamento, pois basta uma superfície impermeável à passagem do ar para possibilitar a movimentação do hovercraft. Os resultados obtidos para Protótipo essa plataforma podedesenvolvido rão ser adaptados a outros tipos de plataformas móveis, tais como: mísseis, satélites artificiais, veículos sobre rodas, sistema de estabilização de torre de blindados, entre outros. CTEX | 12 CTEx NOTÍCIAS Cel Maurílio – 60 anos de serviços prestados ao Exército Maj Art Ezídio Côrrea da Silva Filho [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O Centro Tecnológico do Exército apresentou, em solenidade militar, as despedidas ao Cel Maurílio Ernani Ferreira, Prestador de Tarefa por Tempo Certo (PTTC), que se afastou da rotina diária desse Centro Tecnológico após mais de 60 anos Cel Maurílio de dedicação às lides castrenses. O Cel Maurílio é o exemplo vivo de abnegação e doação espontânea ao dia-a-dia da caserna, pois desde 1945, quando ingressou na estão Escola Preparatória de Fortaleza, até março de 2008, evidenciou o seu elevado apreço à vida militar, deixando, à flor da pele, o seu entusiasmo pela carreira das armas. Exemplar discípulo do Brigadeiro Sampaio, o Cel Maurílio iniciou sua jornada de oficial em 1950 no 3o Regimento de Infantaria (Niterói/RJ), desempenhando as funções próprias de um oficial subalterno de Infantaria, e, mercê de sua preparação física, o então Ten Maurílio Entrega de lembrança institucional ao Cel Maurílio realizou, com louvor, o Curso Pára-quedista na antiga Escola de Pára-quedista, sendo um dos pioneiros nessa atividade no Exército. Foi, porém, na Escola Técnica do Exército, hoje Instituto Militar de Engenharia (IME), onde se graduou em Engenharia Industrial e de Armamento, que esse exemplar Soldado, possuidor de elevada capacidade profissional, iniciaria sua caminhada como Engenheiro Militar. Destacam-se em sua brilhante trajetória como competente Engenheiro Militar suas atuações na Fábrica do Andaraí, na Comissão Central de Mísseis do Exército e no IME, como docente da cadeira de Engenhos Autopropulsados. O seu interesse especial pelos foguetes e mísseis o levou a integrar, na década de 70, no exterior e no Brasil, diversas comissões para avaliação e aquisição daqueles materiais, merecendo destaque por seus trabalhos na Comissão de Recebimento do Sistema de Armas Roland, em Paris, e na Coordenação Geral do Projeto Aquisição de Tecnologia em Teledireção e em Materiais para Mísseis. Em 1978, após ter completado mais de 33 anos de serviço, o Cel Maurílio passa para a reserva, sendo, na oportunidade, alvo de extensa e meritória referência elogiosa consignada pelo então Chefe da Diretoria de Pesquisas e Ensino Tecnológico. Começava, pois, uma nova fase de sua história no Exército, onde prosseguiria, por mais 30 anos, seu trabalho de incansável Engenheiro Militar. Nessa nova etapa, merecem destaque suas participações nos seguintes locais: — de 1978 a 1984, na Indústria de Material Bélico (IMBEL), onde na Divisão de Pesquisa trabalhou em projetos de criação de novas granadas e espoletas para o Exército e também participou da comissão para fabricação de material bélico no Nordeste; — em 1984, na ENGEQUÍMICA, onde gerenciou o Departamento de Engenharia de Produto; — em 1986, na Divisão de Pesquisa da antiga ENGESA, trabalhando na blindagem do carro Osório; e — de 1987 a março de 2008, no extinto Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD) e no CTEx, onde integrou a Divisão de Sistemas daquelas organizações militares. Durante mais de 60 anos, o Cel Maurílio prestou inestimáveis serviços ao Exército e ao País, onde sempre, de forma polida e ilibada, soube se relacionar e trabalhar. Militar forjado nos mais rigorosos preceitos de educação, o Cel Maurílio possui a solidez de uma excelente formação militar, sobre a qual construiu, durante os anos, o cabedal de uma formação de engenharia que soube honrar e dignificar. | N 8 | JUNHO DE 2008 | 13 o ANO III Almoço de Confraternização Maj Art Ezídio Côrrea da Silva Filho [email protected] ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em 21 de maio de 2008, atendendo às diretrizes da Chefia do CTEx e dentro do planejamento previsto para as atividades sociais no ano de 2008, foi realizado no refeitório do CTEx um almoço de confraternização dos servidores civis e militares desse Centro. Servidores civis e militares em confraternização Naquela ocasião, o Chefe do CTEx destacou a relevância da atividade, que concorrerá para o estreitamento dos laços de camaradagem e união no âmbito da organiza○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ção militar, favorecendo, assim, o aumento do espírito de corpo e um maior congraçamento entre os integrantes do CTEx. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Cerimônia de entrega das boinas Em 30 de maio de 2008, os soldados do contingente incorporado no corrente ano de instrução no CTEx receberam, em formatura na Companhia de Comando e Serviço, a tão esperada Boina Verde-Oliva (VO), um dos mais tradicionais símbolos do soldado do Exército Brasileiro. Na formatura presidida pelo TC Ubiratan, Subchefe do CTEx, os 144 jovens receberam a Boina VO de seus familiares, entoaram a canção do Exército e conheceram o histórico de tão importante peça no uniforme do soldado. O evento marcou o encerramento da fase da instrução individual básica, e, na ocasião, o Sd FÉLIX recebeu a boina do ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Entrega da Boina VO ao Sd Félix, destaque entre seus pares TC Góes, Chefe de Gabinete do CTEx, por ter se destacado entre os seus pares no período de instrução considerado. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Dia das Mães Em comemoração ao dia das Mães/2008 e num gesto de afeto e ternura, o CTEx homenageou, em 8 de maio, suas integrantes que são mães. A homenagem constou de uma reunião no auditório da OM, onde foi proferida, pelo Chefe de Gabinete do CTEx, uma linda mensagem alusiva à data e foram entregues, a cada participante, um cartão e uma lembrança dos integrantes do CTEx. Por ocasião do encerramento da reunião, as participantes foram presenteadas também com um botão de rosa, momento esse que surpreendeu e emocionou ainda mais as mães. Mães reunidas no auditório do CTEx Entrega de rosas às mães CTEX CTEx NOTÍCIAS | 14 Espaço do vernáculo A CRASE 1. CONCEITO DE CRASE Crase é a contração da preposição a com o artigo a (à = a + a) ou com os pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo (àquele = a + aquele, ....). O acento [`] denomina-se grave. Crase é, portanto, o fenômeno da fusão ou contração. Exemplos: — Entreguei o estudo à supervisora do projeto do míssil. — Vou à Coordenação de Pesquisa & Desenvolvimento. — Cheguei à conclusão de que o radar será concluído no prazo. — Diga não às drogas. — Revelava inequívoco respeito à experiência dos superiores. — Envie esta correspondência àquele Departamento. — Isto não se refere àquilo. — Compareceremos àquela valorosa organização militar. 2. REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DA CRASE a. Salvo as exceções mencionadas neste texto, existe crase apenas antes de palavra feminina. b. Para confirmar se há crase, deve-se substituir a palavra feminina subseqüente ao a por uma palavra masculina. Se aparecer a contração da preposição a com o artigo o, isto é, ao, então há crase. Exemplos: Frase para verificação Entreguei o estudo à (?) supervisora ... Vou à (?) CP&D Cheguei à (?) conclusão de que ... Diga não às (?) drogas Ele falou a (?) distância Palavra masculina em lugar da feminina Entreguei o estudo ao subcomandante Vou ao Comando da OM Cheguei ao veredito .... Diga não aos traficantes Ele falou a quilômetros de distância Constatação Há crase Há crase Há crase Há crase Não há crase c. Outra forma de verificar se há crase consiste em formular uma frase em que o determinante se apresente antecedido da preposição de. Se esta se mantiver em sua forma simples (de), não existe crase. Se a referida preposição se deixar contrair (da, das), a crase existe. Exemplo: Frase para verificação Determinante antecedido da preposição de Constatação Revelava inequívoco respeito à (?) experiência dos superiores O impacto da experiência dos superiores sempre é enorme Há crase Nutria grande respeito à (?) velhice As lembranças da velhice sempre .. Há crase 3. CRASE ANTES DE NOME PRÓPRIO DE PESSOA Ao se endereçar uma correspondência para pessoa do sexo feminino, a utilização da crase é facultativa. A omissão da crase é indicador de tratamento formal. Seu emprego sugere coloquialismo ou intimidade. Exemplos: A À Senhora Ministra Rosana Jatobá Juliana Paes ANO III | N 8 | JUNHO DE 2008 | 15 o 4. CRASE ANTES DE PALAVRAS FEMININAS OCULTAS a. De acordo com a tradição gramatical, quando os substantivos moda, sociedade e firma (ou os sinônimos empresa, indústria, companhia etc) estão ocultos na frase, emprega-se o acento grave. Esse caso, configura uma exceção à regra, vale dizer, existe crase antes de palavra masculina. Exemplos: — Vestia-se à Luís XV ou Vestia-se à moda Luís XV — Vou à Afogados ou Vou à Sociedade Afogados — Enviei a solicitação à Beltrão ou Enviei a solicitação à empresa Beltrão b. Em geral, não existe crase antes de outras palavras femininas ocultas. Exemplos: ou Vou a cidade de São Paulo — Vou a São Paulo — Vou a Porto Alegre ou Vou a cidade de Porto Alegre Deve ser ressaltado que, nesses casos, a expressão oculta é cidade de – construção que não se encontra no âmbito daquelas que requerem o acento grave. 5. PARTICULARIDADES DA CRASE a. A existência de crase pode ser um problema de ordem estilística, uma vez que há palavras que, em determinada situação, exigem o artigo e, em outras, o rejeitam. Exemplo: — Voltei à casa do comandante da subunidade – a palavra casa exige o artigo a e, por essa razão, há crase. — Voltei a casa e apanhei o uniforme 3o D1 – a palavra casa, em referência à residência do narrador militar, não exige o artigo a e, por conseguinte, não há crase. b. Nas locuções adverbiais femininas no plural, sempre aparece o sinal de crase. Exemplos: às vezes, às escondidas, às ocultas, às tontas, às claras, às apalpadelas. c. Nas locuções adverbiais femininas no singular, não se usa o acento grave. Exemplos: a chave, a espada, a bala, a faca, a baioneta, a navalha – devendo ser enfatizado que, de acordo com as prescrições gramaticais, essas palavras rejeitam o artigo a. Entretanto, quando a clareza tiver prevalência, deve-se acentuar o a – assim: à chave, à bala, à espada. Exemplo: — Feriu-o a faca – pode-se supor que a faca é o sujeito. — Feriu-o à faca – o sujeito ele está oculto. d. Nas expressões referentes a horas – como à uma hora, às dez horas – sempre se usa o acento grave. e. Em vendas à vista e à prova de balas nada há que justifique o acento grave. Entretanto, deve-se usá-lo para evitar ambigüidades. f. Com a palavra distância, há a considerar: — Se significar distância determinada, há crase. Exemplo: A CCSv/CTEx estava à distância de um tiro de morteiro 120mm. — Se a distância for indeterminada, não há crase. Exemplo: O subchefe do CTEx transmitiu as ordens a distância. g. Com o pronome que, há crase se o determinado for feminino e exigir a preposição. Exemplos: — A avenida Ayrton Senna é transversal à que leva ao CTEx. — Esta viatura é semelhante à que o CTEx especificou para o projeto de comando e controle. — A tese de doutorado do Cap Santos é similar à que seu irmão defendeu recentemente. CTEX | 16 CTEx NOTÍCIAS Programa de Desenvolvimento de Radares do Exército Brasileiro TC QEM Roberto Castelo Branco Jorge* binete do Comandante do Exército, do Estado-Maior [email protected] do Exército e dos órgãos de Direção Setorial localiza- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ dos naquela capital. Na ocasião, foram apresentadas aos integran- Em 29 de maio de 2008, o Chefe do CTEx e o Geren- tes da alta administração do Exército a situação atual te do Projeto do Radar SABER M60 realizaram apre- do projeto do radar de defesa antiaérea SABER M60, sentação sobre o programa de desenvolvimento de desenvolvido pelo CTEx com recursos do Ministério radares do Exército Brasileiro. A atividade aconte- da Ciência e Tecnologia (MCT), e as perspectivas de ceu no auditório do Departamento de Ciência e Tec- novos projetos na área de radar, a partir da tecnologia nologia, no QG do Exército, em Brasília, e contou com desenvolvida para esse primeiro tipo de radar, en- a participação de representantes do DCT, das di- tre eles os radares de defesa antiaérea de média versas OMDS do DCT em Brasília, assim como do Ga- altura SABER M200 (cujo desenvolvimento será iniciado no segundo semestre de 2008, também com re- *O autor é gerente do projeto Radar SABER M60. cursos do MCT) e de vigilância terrestre SENTIR M20. Palestra do CTEx sobre desenvolvimento de radares CTEX Palavras do Chefe do DCT CTEx Notícias Informativo do Centro Tecnológico do Exército Ano III • No 8 • Junho de 2008 Chefe do CTEx Gen Div Aléssio Ribeiro Souto Subchefe do CTEx TC QEM Ubiratan de Carvalho Oliveira Editor Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim Distribuição Assessoria de Comunicação Social do CTEx Avenida das Américas, 28705 • Guaratiba • Rio de Janeiro • RJ CEP 23020-470 • Tel: (21) 2410-6200 • Fax: (21) 2410-1374 E-mail: [email protected] Página na Internet: http://www.ctex.eb.br Periodicidade: trimestral • Tiragem: 3.000 exemplares Aqui se delineia o Exército do futuro!
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