Precisamos procurar antes as experiências originais que fixaram

Transcrição

Precisamos procurar antes as experiências originais que fixaram
“Bill W.: O homem conhecido por todos
e a quem ninguém conheceu”
BILL W. NASCEU EM EAST DORSET, VERMONT, A 26 DE
NOVEMBRO DE 1895, FILHO ÚNICO DE EMILY E GILMAN BARROWS
WILSON. SEUS ESTUDOS TIVERAM INÍCIO NUMA ESCOLINHA DE DUAS
SALAS EM EAST DORSET E PROSSEGUIRAM EM RUTLAND, ONDE SEU PAI
ASSUMIU A ADMINISTRAÇÃO DE UMA PEDREIRA DE MÁRMORE.
FREQUENTOU DEPOIS O SEMINÁRIO BURR & BURTON, EM MANCHESTER,
E A ESCOLA SUPERIOR EM ARLINGTON, MASSACHUSSETS.
EM 1914, ENTROU PARA A UNIVERSIDADE DE NORWICH, UMA ESCOLA
MILITAR EM VERMONT, E COMPLETOU TRÊS ANOS DE UM CURSO DE
ENGENHARIA ELÉTRICA. ESTUDOS ADICIONAIS FORAM ENTÃO
IMPOSSÍVEIS, DEVIDO À DEFLAGRAÇÃO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.
APÓS O TREINAMENTO MILITAR, ELE RECEBEU A PATENTE DE SEGUNDO
TENENTE DO EXÉRCITO E SERVIU NA FRANÇA, NO 66º DESTACAMENTO
DE ARTILHARIA. FOI DURANTE ESTE PERÍODO DE SERVIÇO MILITAR QUE
COMEÇOU A BEBER, QUASE QUE IMEDIATAMENTE COM RESULTADOS
DESASTROSOS.
“Bill Wilson não era nenhum santo. Ele fumava
como uma chaminé e agia como um porco - traindo sua
fiel esposa e exigindo um copo de uísque em seu leito de
morte. Trabalhar com ele foi, por vezes, tão difícil, que
décadas após sua morte, muitos colegas ainda ficavam
irritados com o comportamento dele.”
“Os registros de enfermagem de janeiro de 1971 em
seus últimos dias no Stepping Stones, a casa em
Bedford Hills que ele dividia com sua mulher, Lois,
mostram um homem infeliz lutando para respirar.
Ele estava morrendo de enfisema e repetidamente pedia
uma bebida. E ficou irritado quando não conseguiu.”
Susan
Cheever
“Precisamos procurar antes as experiências originais que fixaram
padrões para toda a massa de sentimentos sugeridos e de
procedimentos imitados. Só vamos encontrar essas experiências
em indivíduos para os quais a religião existe não como hábito
aborrecido, senão, por assim dizer, como febre ardente. Mas tais
indivíduos são “gênios” na esfera religiosa; e como muitos outros
gênios que produziram frutos dignos de comemoração nas
páginas da história, tais gênios religiosos têm mostrado, não raro,
sintomas de instabilidade nervosa. Mais até do que os outros
tipos de gênios, os líderes religiosos têm sido passíveis de
manifestações psíquicas anormais. Têm sido, invariavelmente,
criaturas de exaltada sensibilidade emocional, levando, com
frequência, vidas internamente discordantes e sofrido de
melancolia durante parte da sua carreira. Não conheceram
medida, sujeitos como estavam a obsessões e idéias fixas; e,
muitas vezes, caíram em transes, ouviram vozes, tiveram visões e
apresentaram toda sorte de peculiaridades, classificadas, de
ordinário, como patológicas. Com frequência, além disso, esses
fatos patológicos em sua carreira têm concorrido para conferirlhes autoridade e influência religiosas.”
Do livro As variedades da experiência religiosa, de William James
“Que direito temos nós de acreditar que a Natureza tem a
obrigação de fazer o seu trabalho somente por meio de
mentes completas? Para ela, uma mente incompleta pode
parecer um instrumento mais adequado a determinado
propósito. A única coisa que importa é o trabalho feito e a
qualidade do trabalhador que o fez; e talvez não seja uma
questão de muito peso, do ponto de vista cósmico, que ele
careça singularmente de outras qualidades de caráter –
que seja, com efeito, hipócrita, adúltero, excêntrico ou
lunático. ... Voltamos, portanto, ao antigo e último critério
da certeza – a saber, o assenso comum do gênero
humano, dos indivíduos competentes pela instrução e pela
experiência”.
H. Maudsley: Natural Causes and Supernatural Seemings, 1886, págs. 256,257,
citado no livro As variedades da experiência religiosa, de William James.
“O casamento de Wilson com Lois Burnham, em
1918, durou até a sua morte, em 1971, aos 75. Ela
confiava nele e era carinhosa. No entanto,
especialmente nas décadas em que não bebia mais
e pertencia aos Alcoólicos Anônimos, anos 40, 50 e
60, Bill Wilson foi um compulsivo mulherengo. Seus
namoros e adultérios o deixavam com sensação de
culpa, mas era incapaz de parar, de acordo com os
velhos amigos mais próximos. O último caso
amoroso mais sério, com uma colega da sede da
Alcoólicos Anônimos em Nova York, começou
quando ele estava com mais de sessenta anos. Ela
foi importante até o fim da vida.”
Do livro ISTO NÃO É AMOR, de Patrick Carnes, Ph.D.
Nova York, 24 de outubro de 1929. O
mercado financeiro estava apreensivo.
Os preços das ações despencavam, a
Bolsa de Valores dava sinais de colapso
e sete investidores já haviam se
suicidado. Bill Wilson, um jovem analista
financeiro, abriu a janela do seu
escritório em Wall Street, disposto a
também se atirar na rua. Na hora H,
mudou de idéia. A garganta seca pediu
um uísque.
Bill fechou a janela, desceu as
escadas e rumou para um Pub da Rua 56.
Lá se embebedou, como de
Porres eram uma constante na vida de Bill Wilson.
Nascido numa família tradicional americana, desde a
adolescência se apegara ao que chamava de “elixir
da vida”: dry martinis, scotches e black velvets
(partes iguais de cerveja Guiness e champagne).
Quando a esposa, Lois Burnham, o aconselhava a
não beber tanto, Bill respondia que os gênios sempre
tinham suas melhores idéias em estado de
embriaguez. E Bill era tido como gênio em Wall
Street. Hoje em dia a sua especialidade daria
cadeia, mas na época era considerada o suprasumo da inteligência estratégica: usar da
influência pessoal e de conselhos a investidores
para inflar artificialmente o preço das ações.
Mayflower Hotel Lobby
Where Bill Wilson made the call that led him to Dr.
Bob.
A máquina onde foi datilografado o
Livro Grande – Alcoólicos Anônimos
Rowland Hazard
The Oxford Group member who carried the message of
recovery
from alcoholism by spiritual means to Ebby Thatcher,
Bill Wilson's self-proclaimed sponsor.
Bill's Desk at Wit's End, Bedford Hills,
NY
Bill & Lois after Dr. Bob's Funeral
Dr. Bob, Harry Tiebout e
Bill
Classic Bill W. portrait
Se existe um lugar especial no céu reservado
para aqueles que permanentemente mudam o
mundo para melhor, Bill W. certamente está lá.
Susan Cheever sobre o verdadeiro Bill W
Parece adequado, que o local de seu descanso final seja à sombra do
Monte Vermont, que ele tanto amou em sua infância.

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