Descarregar - Ciência em Três

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Descarregar - Ciência em Três
Ciência em Três
Mapa da Biodiversidade
Guia do Professor
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Ciência em Três
Mapa da Biodiversidade
Este guia pretende auxiliar o(a) professor(a) na preparação prévia da
atividade MAPA DA BIODIVERSIDADE! e na posterior execução em
sala de aula/laboratório. Encontra-se organizado de forma a que o(a)
professor(a) possa:
- preparar-se, aprendendo ou recordando alguns conceitos científicos
necessários à compreensão da atividade;
- tomar nota do material que deverá preparar e procedimentos que deverá
ter em conta antes de executar a atividade com os alunos;
- aprender os procedimentos experimentais que dizem respeito à atividade
e conhecer algumas estratégias de implementação.
Esta atividade pretende envolver ativa e autonomamente os alunos num
ambiente de aprendizagem por si próprio e, como tal, foi desenhada
seguindo etapas que caracterizam um método de aprendizagem baseado
em perguntas (do inglês, Inquiry-based learning), em tudo semelhante ao
método científico. De um modo geral, pretende-se:
ENVOLVER os alunos, partindo de questões, situações ou observaçõeschave que os levarão a querer saber mais. Captar os conhecimentos
prévios da turma relativamente ao tema a abordar, identificar potenciais
erros de conceito e motivar os alunos para a descoberta de respostas
caracterizam esta etapa.
EXPLORAR uma ou várias questões-problema, que surgirão de uma
questão/situação/observação geral, experimentando. Os alunos, partindo
de um problema específico, realizam uma atividade experimental e
validam hipóteses, descobrindo respostas ao(s) problema(s). Trabalhando
sempre em grupos, oa alunos são participantes ativos em todo o processo
de aprendizagem, exercendo o professor(a) um papel de mediador das
várias etapas.
EXPLICAR os resultados obtidos estabelecendo um diálogo direto com
a turma. Os alunos comunicam os resultados e, juntamente com o(a)
professor(a), explicam os mesmos e elaboram as conclusões. Os resultados
irão validar as hipóteses inicialmente elaboradas e as conclusões
responderão ao problema formulado.
SIMBOLOGIA
Chamada de atenção
Sugestão
Conceito teórico
Nota
Para pensar
Nota explicativa
Exercício
Informação adicional
Website/ link
Referência bibliográfica
Ao longo das etapas, os alunos preocupam-se em registar tudo: o que
sabem, o que gostavam de saber, as hipóteses e o problema formulados,
o que observam e concluem. O(a) professor(a) disponibiliza formas de
registo.
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Mapa da Biodiversidade
Nesta atividade explora-se o conceito de Biodiversidade e o impacto da conservação das espécies nos
ecossistemas, no ambiente, na economia, na cultura. Especificamente, os alunos:
(1) seguindo pistas, completam um jogo de correspondência para o qual têm de determinar a localização no mapa mundo de diferentes animais e plantas.
(2) vestem a pele de um cientista e, seguindo pistas e/ou informação factual, determinam o estatuto
de conservação de algumas espécies (ameaçada, quase ameaçada e pouco preocupante). Adicionalmente, podem desenvolver um plano de conservação daquelas que se encontrarem ameaçadas.
Objetivos Gerais
ANO(S) ESCOLAR(ES)
Pré-escolar
1º ciclo, Ensino Básico
ÁREA CIENTÍFICA
Biologia da Conservação
• Introduzir o conceito de biodiversidade e de espécie.
• Explorar o conceito de espécie extinta, ameaçada, quase ameaçada
e pouco preocupante.
• Compreender o impacto da conservação das espécies nos ecossistemas, no ambiente, na economia, na cultura.
• Compreender os critérios científicos que determinam o estatuto de
conservação de uma espécie.
Objetivos de Aprendizagem
PALAVRAS-CHAVE
Biodiversidade
Espécie
Conservação
Extinto
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1. Determinar a localização geográfica de um animal ou planta recorrendo a:
• conhecimentos prévios (cultura geral e senso comum);
• informação visual em fotografias e/ou ilustrações;
• informação científica, histórica e cultural.
2. Compreender que existe uma enorme diversidade de organismos
vivos no nosso planeta e que estão distribuídos por uma diversidade
de ecossistemas (conceito de Biodiversidade).
3. Compreender que algumas espécies de seres vivos identificadas já
não existem (conceito de Extinção).
4. Identificar os fatores de ameaça à manutenção da Biodiversidade.
5. Reconhecer o impacto da conservação das espécies nos ecossistemas, no ambiente, na economia, na cultura.
6. Determinar o estatuto de conservação de uma espécie a partir da
integração de vários factos: 1) científicos (distribuição geográfica,
nº de indivíduos, importância para o ecossistema, habitat), 2) importância para a comunidade (fonte de rendimento, valor religioso,
cultural), e 3) ameaças existentes à sua preservação na Natureza.
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Mapa da Biodiversidade
Ligação ao Currículo*
• Esta atividade cumpre com as orientações curriculares para a Educação pré-escolar, nomeadamente com a área de ‘Conhecimento do Mundo’, no domínio de ‘Dinamismo das Inter-Relações
Natural-Social’ no que diz respeito a: manifestação de comportamentos de preocupação com a
conservação da natureza e respeito pelo ambiente.
• Esta atividade cumpre com as orientações curriculares para o 1º Ciclo do Ensino Básico, nomeadamente com a área de ‘Estudo do Meio’, no domínio de ‘Conhecimento do Meio Natural e Social, Subdomínio ‘Sustentabilidade’ no que diz respeito a: a) análise de problemas naturais e sociais associados a alterações nos ecossistemas; b) reconhecimento da importância da preservação
da biodiversidade e dos recursos para garantir a sustentabilidade dos sistemas naturais.
*retirado do site das Metas de Aprendizagem do Ministério da Educação.
Duração prevista*
Introdução da atividade aos alunos:
20-30 minutos
Explorar 1 - jogo do mapa:
30-40 minutos
Explorar 2 - jogo dos estatutos de conservação:
30-40 minutos
Discussão dos resultados e conclusões:
20-30 minutos
Tempo total necessário:
90 - 120 minutos
* Não inclui preparação prévia de material
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Mapa da Biodiversidade
• ENVOLVER E EXPERIMENTAR (PARTE I)
Como é que os seres vivos estão distribuídos pelo
mundo? Existem em todos os locais do mundo? Ou
estão distribuídos por diferentes locais?
Antes de iniciar qualquer
aula em ‘inquiry’ defina muito
bem o que pretende que os
seus alunos aprendam no final.
Reflita sobre os OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM. Numa das
páginas anteriores, sugerimos
alguns.
Esta será a pergunta com a qual poderá começar a envolver e captar a
atenção dos seus alunos para a temática a explorar. Registe de alguma forma
as suas respostas e detete eventuais erros de conceito. Conhecer o nível de
conhecimentos prévios na turma poderá guiá-lo na mediação das atividades
experimentais e na adaptação das estratégias de integração de novos conceitos durante o processo de aprendizagem.
Prepare-se previamente para poder mais tarde introduzir ou relembrar: a) conceitos gerais
sobre a Biodiversidade e seus números atuais; b) os conceitos de espécie, ecossistema e habitat; c) a definição de extinção de uma espécie e de que forma se consegue saber isso; d) os
fatores ameaça que influenciam a manutenção da biodiversidade e as razões pelas quais nos
Ao longo desta fase
estimule a participação ativa dos
alunos, criando condições para
que eles possam questionar-se,
detetar o que sabem e o que
gostariam de saber, despertando
deste modo para a curiosidade.
devemos preocupar com a sua conservação; e e) os estatutos de conservação das espécies
definidos pela IUCN (consultar a secção Preparar).
Continue a envolver os alunos no tema aplicando a seguinte atividade
prática, o “Mapa da Biodiversidade”:
1. Adquira um mapa mundo, de tamanho relativamente grande, com os
países delimitados e identificados. Pendure-o num local da sala onde possa
ficar visível a todos.
Utilize velcro para marcar previamente as localizações das espécies que os alunos irão
estudar, limitando assim as respostas possíveis.
Crie formas de registo individual ou de grupo logo desde o
início. Sugestão em anexo.
2. Imprima, corte e cole imagens de algumas espécies animais e de plantas
num material resistente e em cada uma coloque um pedaço de velcro na
parte de trás. (Nota: em anexo encontra uma seleção feita por nós mas pode
sempre pensar noutra que se revele mais adequada)
3. Divida a turma em grupos de 5 alunos, no máximo.
4. A cada grupo, forneça um conjunto das mesmas imagens de espécies
animais e de plantas mas com pistas previamente montadas (ver sugestão em
anexo). Pretende-se com essas pistas orientar o pensamento na determinação
da localização das espécies a estudar. Distribua-as equitativamente.
5. Cada grupo tenta determinar a localização das ‘suas’ espécies, seguindo
as pistas fornecidas e reparando em características como:
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- o revestimento do corpo,
- o tipo de habitat onde viverão,
- o que comerão,
- se existem ou já não existem,
- e até como se chamam…
Para esta atividade não julgamos tão importante a determinação exata da localização das espécies a estudar mas as
formas de raciocínio que levaram os alunos a obter uma resposta.
6. Um representante de cada grupo apresenta as espécies desse grupo à turma toda explicando as
razões das suas escolhas. Ao mesmo tempo, coloca as imagens com velcro no local correspondente
no mapa.
Em anexo encontra informação sobre a localização correta das espécies apresentadas.
SUGESTÃO Antes de expor os alunos a quaisquer conhecimentos sobre a biodiversidade
e a conservação das espécies, aplique esta atividade. Os alunos adquirem ou relembram
noções sobre as características físicas e de comportamento, o modo como vivem e em
que tipo de locais vivem diferentes seres vivos. Deste modo, lançam-se as bases para a
introdução dos conceitos que serão abordados durante a próxima atividade experimental,
preparando assim os alunos para a resposta ao problema proposto.
• OBSERVAR e EXPLICAR (Parte I)
1. À medida que os grupos expõem os seus resultados, se verificar que existem erros na localização,
oriente a colocação das imagens no local certo (sempre a partir de discussão com os alunos).
2. A partir de observações dos alunos, apresente as primeiras conclusões:
a) Existe uma grande variedade de seres vivos e eles não vivem em todos os locais do mundo, estão
distribuídos por diferentes locais com características adequadas para a sua sobreviência.
b) Esta variedade não foi sempre a mesma ao longo do tempo; existem populações inteiras de espécies de seres vivos que desapareceram, ou seja, estão extintas.
• EXPERIMENTAR (Parte II)
1. Divida a turma em grupos de 5 elementos, no máximo.
2. Por cada grupo, distribua um conjunto de duas espécies animais previamente selecionadas, com
informação factual correspondente a cada uma.
em anexo encontra uma seleção feita por nós mas pode sempre pensar noutra que se revele mais adequada.
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3. Partindo da situação exposta em baixo, oriente o diálogo para que surja a seguinte questão-problema “Que tipo de critérios são necessários avaliar quando queremos determinar o risco de extinção
de uma espécie?”
“Imagina que és um cientista e que o governo do teu país te tinha dado dinheiro para desenvolver
um plano de conservação e que esse dinheiro chega para salvar apenas uma das duas espécies animais que acabei de te dar. Segue as pistas e determina o estatuto de conservação de cada uma das
espécies, indicando qual é que se encontra em maior perigo. Com essa informação pensa num possível plano de conservação para salvares essa espécie.”
Entre as classificações atribuídas pela chamada “Lista Vermelha” da IUCN (International Union for
Conservation of Nature) os alunos têm de escolher se, em termos de ameaças à sua sobrevivência, o
estatuto de conservação de cada espécie é:
1) pouco preocupante
2) quase ameaçada
CR
EN
VU
LC
NT
ou 3) ameaçada:
• vulnerável
• em perigo
Nas folhas de registo os alunos assinalam o estatuto de con• em perigo crítico
servação, colando ou desenhando o símbolo correspondente.
Consulte a secção ‘Preparar’ para mais informação sobre a Lista Vermelha e os seus estatutos de conservação.
A informação utilizada para elaborar as pistas de cada espécie foi retirada da internet, de sites como o da IUCN (http://
www.iucn.org/), ICNB (http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vEN2007/Homepage.htm), wikipedia, sites locais/regionais, etc...
Para esta atividade não julgamos tão importante a determinação exata do estatuto de conservação, até porque isso na
realidade implica análises quantitativas cuidadas, mas antes as estratégias de raciocínio utilizadas pelos alunos na procura
de uma resposta. Em anexo encontra uma explicação sucinta do que poderá ser uma justificação para a origem de cada
estatuto das espécies apresentadas.
• OBSERVAR e EXPLICAR (Parte II)
1. Um representante de cada grupo explica à turma inteira os resultados obtidos e de que forma
chegaram a eles. Se verificar erros na classificação, leve os alunos a refletir sobre as diferentes pistas
dadas e, a partir das suas respostas, mostre o estatuto de conservação classificado pela IUCN.
2. A partir dos resultados e da discussão com os alunos, apresente as conclusões:
Os cientistas quando querem determinar qual o estado de conservação em que se encontra determinada espécie avaliam determinados critérios como:
- a distribuição geográfica;
- o número de indivíduos na população;
- as ameaças naturais e por ação da mão do homem;
- a importância para o ecossistema (papel na cadeia alimentar);
- o valor para a comunidade;
...
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• MATERIAL NECESSÁRIO
•
•
•
•
Um mapa mundo
Imagens de animais (exemplos fornecidos em ANEXO)
Pistas de localização (fornecidas em ANEXO)
Jogo dos estatutos de conservação (fornecido em ANEXO)
as imagens, as pistas da localização e as pistas dos estatutos de conservação servem ape-
nas como ponto de partida para uma possível adaptação das atividades consoante a tipologia
da turma e idades-alvo. Para além dos animais, poderão ser introduzidas imagens de plantas
ou outros organismos. As pistas poderão revelar-se demasiado complexas ou insuficientes; daí
que possa ser necessário um trabalho extra de adequação das mesmas.
• PREPARAR
A informação abaixo pretende disponibilizar-lhe os conceitos teóricos e científicos mais importantes para que possa realizar autonomamente as atividades. No
entanto, não exclui a consulta de bibliografia adicional.
• Ao termo Biodiversidade, ou Diversidade Biológica, corresponde a diversidade de organismos vivos que existe no nosso planeta. A biodiversidade
que assistimos atualmente não é mais do que o resultado de biliões de
anos de evolução, fruto de processos naturais. O seu decréscimo, patente ao longo do tempo, deve-se também, e cada vez mais, à influência
nefasta da mão do Homem.
• Até à data, foram descritas cerca de 1,9 milhões de espécies. No entanto,
como algumas espécies são descritas duas ou mais vezes com nomes
diferentes, estima-se que esse número corresponda na realidade a 1,5
milhões de espécies descritas. Mas ainda muito está por descobrir; os cientistas calculam que atualmente existam cerca de 5 milhões de espécies,
um número bem menor do que aquele que sugeriam há algum tempo
atrás (30-100 milhões de espécies).
• A definição de biodiversidade é muito abrangente e inclui a diversidade
entre espécies e entre indivíduos de uma mesma espécie, mas também
inclui a diversidade de genes existentes numa espécie e a diversidade de
ecossistemas.
• Cromossomas, DNA e genes, como unidades construtoras da vida, determinam a unicidade de cada indivíduo e de cada espécie. É a combinação
da informação genética das diferentes formas de vida que observamos
e as interações entre elas e com o meio ambiente que fazem com que a
Terra se tenha tornado um local único para a humanidade. Não haja
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ESPÉCIE
Grupo de organismos que
apresentam a capacidade
para cruzar entre si e originar
descendência fértil. Existem
várias definições de espécie,
não havendo um consenso
sobre qual a definição universal que sirva para caracterizar todas as espécies de
seres vivos. A definição apresentada é uma definição
tradicional de espécie.
ECOSSISTEMA Comunidade de todos os organismos
vivos que vivem, alimentamse, reproduzem-se e interagem (uns com os outros e
com o meio ambiente), de
uma determinada área ou
ambiente. Um ecossistema
não tem um tamanho definido, tanto pode ser um lago
como uma região inteira
de um país, uma escova
de dentes ou os nossos
intestinos.
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GENES
são as unidades moleculares
básicas da hereditariedade;
são “pedaços” de DNA que
dão as instruções necessárias
às células para produzirem
proteínas e, desta forma,
permitirem que as células
executem as suas funções.
Estima-se que o DNA dos
humanos tenha cerca de
25,000 genes,
de diferentes tamanhos.
DIVERSIDADE
GENÉTICA
Refere-se ao número total de
características genéticas que
definem uma espécie.
EXTINÇÃO
Corresponde ao desaparecimento total dos indivíduos
de uma espécie. O momento
de extinção é geralmente
determinado pela morte do
último indivíduo da espécie.
Pesquise os casos do
Mamute e do pássaro Dodo
e perceba como os cientistas
descobriram que estas duas
espécies existiram um dia.
Alguma diferença na forma
como foi obtida a informação?
Investigue o conceito de
“Flagship Species” e descubra exemplos de símbolos
emblemáticos de alguns
países.
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dúvida de que a biodiversidade providencia uma enorme quantidade de
bens e serviços que de outra forma, se não existissem, não seria possível
assegurar as nossas vidas. Preservar a biodiversidade deve ser, por isso, um
fator de preocupação para todos nós.
• Diz-se que estamos em plena extinção em massa, a 1ª depois da grande
extinção dos dinossauros (há 65 milhões de anos). Acredita-se que a
cada 20 minutos há uma espécie que se extingue. De facto, as espécies
estão a desaparecer a uma taxa 1000 vezes superior à formação de novas, e prevê-se que este número aumente drasticamente.
• A perda de espécies ao longo do tempo tem acontecido sempre como
uma consequência de fenómenos naturais (dilúvios, terramotos, tornados, vulcões, etc...), no entanto atualmente o grande fator ameaça tem
sido o próprio Homem e a sua mão destrutiva. A fragmentação, degradação ou eliminação crescente dos ecossistemas, como acontece, por
exemplo, com os incêndios nas florestas (ação direta do Homem), são
hoje uma maior preocupação para a manutenção da biodiversidade. No
caso das florestas, estas representam o local de preferência para a maioria da biodiversidade terrestre e, sobretudo no último século, cerca de
45% da área de floresta inicial existente na Terra desapareceu. Também
as alterações atmosféricas (ação indireta do Homem), como a diminuição da camada do ozono e as alterações climáticas (perda de gelo no
ártico, p.e.), constituem uma grave ameaça à preservação dos habitats e
continuidade das espécies.
• Se nos centrarmos apenas no efeito que a perda de biodiversidade traz
para o Homem, podemos reconhecer consequências graves em três tipos
de aspectos da nossa atividade diária: 1) nos produtos que conseguimos
obter da natureza (comida, medicamentos, roupa...) - recursos biológicos; 2) nos processos providenciados pela natureza que ajudam à manutenção da vida humana (decomposição do lixo, purificação da água,
polinização das plantas, renovação e fertilização dos solos,…) - serviços
do ecossistema; 3) na cultura, comércio e turismo, já que muitas plantas e animais representam símbolos emblemáticos de alguns países ou
comunidades – benefícios sociais (culturais, espirituais, económicos...).
• No entanto, a biodiversidade também é importante para os outros animais e plantas, aliás é importante para todos os seres vivos. Todos os
seres vivos dependem uns dos outros, mais de uns do que de outros mas
cada um exerce um determinado papel no ecossistema pois todos fazem
parte de uma cadeia alimentar. Alguns exemplos são:
- insectos e pássaros são polinizadores de plantas e, sem eles, as plantas que deles dependem não conseguiriam reproduzir-se;
- existem sementes com uma capa protetora tão resistente que
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precisam de passar pelo trato digestivo de alguns animais para que determinadas enzimas (proteínas) aí existentes possam degradar essa capa e permitir
a posterior germinação das sementes;
- os insetos reproduzem-se muito rapidamente e os animais que se alimentam de insetos são muito importantes para o ecossistema pois controlam o
número de indivíduos na população de insetos.
Investigue alguns exemplos de cadeias alimentares
e explore com os alunos o
papel dos ”produtores “,
“consumidores” e “decompositores” no ciclo da vida.
• Com a perda contínua de espécies animais e plantas, e os efeitos que
isso provoca ou poderá vir a provocar na sobrevivência do planeta, é
impreterível desenvolver planos e estratégias que ajudem a preservar
as espécies que ainda existem. Desta forma, têm sido criadas diversas
iniciativas nacionais e internacionais, para desenvolver e implementar
Planos de Conservação a fim de preservar as espécies classificadas como
ameaçadas e/ou em risco de extinção. Alguns desses Planos de Conservação são conhecidos por todos nós:
Planos Internacionais
- ano internacional da Biodiversidade levado a cabo em 2010 pela IUCN
Planos Nacionais
- a campanha de preservação do lobo
ibérico
- a criação de reservas naturais (p.ex, a
reserva natural do Gerês)
- a criação de centros de investigação dedicados à conservação e biodiversidade
Planos Regionais
- campanhas de preservação dos golfinhos
do sado, peneireiro das torres, falcões da
Tapada de Mafra, lobo da Serra do Gerês, a
salamandra do mondego
- campanhas para consumo de agricultura
local
Atitudes individuais
- plantar uma árvore
- reciclar
- apagar as luzes
• Saber que uma espécie se encontra ou não ameaçada só é possível
devido ao trabalho de muitos cientistas que se dedicam à Biologia da
Conservação. Nesta disciplina estudam-se indivíduos e populações
inteiras que tenham sofrido qualquer tipo de degradação ou perda do seu
habitat, ou em caso de exploração e/ou alterações ambientais, utilizando
conhecimentos vindos de áreas tão distintas como a Taxonomia, a Biologia Evolutiva, a Genética e a Matemática.
• Os dados obtidos são a posteriori agrupados pela International Union
for Conservation of Nature (IUCN), na chamada “Lista Vermelha” (do
inglês, Red List), que cataloga o estatuto de conservação da espécie em
estudo: 1) pouco preocupante, 2) quase ameaçada, 3) ameaçada (vulnerável, em perigo, em perigo crítico), 4) extinta na natureza e 5) extinta.
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• A informação recolhida e disponível a todos pela Lista Vermelha permite, às autoridades competentes, poderem tomar decisões informadas que garantam a sobrevivência dos organismos no
futuro.
Estatutos de Conservação da Lista Vermelha
Ex,nto EX
Ameaçados EW
CR
EN
Pouco Preocupante VU
NT
LC
CR: Em perigo crí%co EX: Ex%nto EN: Em perigo EW: Ex%nto na natureza VU: Vulnerável NT: Quase ameaçada LC: Pouco preocupante • A IUCN, para a catalogação do estado de conservação de uma espécie baseia-se essencialmente
nos seguintes critérios:
1. A distribuição geográfica.
2. O número de indivíduos na população.
Existem os chamados
3. O tipo de habitat e ecologia.
“hot spots”, locais com um
enorme número de espécies
4. As ameaças, naturais ou por ação do Homem, à sua sobrevivência.
em perigo de extinção e, por
5. A importância para o ecossistema (papel na cadeia alimentar).
isso, onde são aplicadas mais
campanhas de preservação.
6. O valor económico, cultura ou espiritual para a comunidade.
7. O tempo de reprodução.
• Apesar da importância da IUCN, os dados obtidos podem não ser seguros no sentido em que os
valores quantitativos são baseados em estimativas, inferências, projeções, sendo apenas extrapolações de atuais ou potenciais ameaças no futuro. Para além disso, não incluem à partida um
fator importante como algumas espécies terem baixas probabilidades de sofrerem uma ameaça
no futuro mas que a ocorrer as consequências poderão ser graves, o que altera imediatamente o
estatuto. Também influencia o facto de não ser fácil obter resultados precisos, por exemplo, quanto
à distribuição geográfica ou o facto do número de indivíduos na população ser medido apenas
em termos de indivíduos maduros (com capacidade para se reproduzirem). Sem falar que espécies
que estejam pouco descritas podem ser designados como ameaçados com base apenas em dados
sobre a deterioração do habitat e outros fatores causais.
• A IUCN tem influência a nível global, daí que em alguns países tenha havido a necessidade de se
criarem organizações, como o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB)
em Portugal, que exercem um papel semelhante ao da IUCN mas a um nível mais local/regional.
Na verdade, a necessidade de se desenvolver um plano de conservação para uma dada espécie a
nível regional pode não ser a mesma a nível global. No fundo, determinar a categoria de ameaça
à sobrevivência de determinada espécie não é necessariamente suficiente para estabelecer as
prioridades de um Plano de Conservação. É necessário também ter em conta os custos, a logística,
hipóteses de sucesso e outras características biológicas da espécie em questão.
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ANEXOS
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EXPERIMENTAR (PARTE I) | LOCALIZAÇÕES GEOGRÁFICAS
Em baixo encontra listadas as localizações geográficas das espécies apresentadas.
NOME COMUM
NOME CIENTÍFICO
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
Aie-Aie
Daubentonia madagascariensis
Madagáscar
Atum Rabilho
Thunnus thynnus
Oceano Atlântico
Arau Gigante
(EXTINTO)
Pinguinus impennis
Oceano Atlântico (Zonas Costeiras)
Bacalhau do Atlântico
Gadus morhua
Oceano Atlântico (Norte)
Camelho de Báctria
Camelus ferus
Ásia Central e Leste (Báctria- Afeganistão)
Crocodilo do Nilo
Crocodylus niloticus
Egipto (Rio Nilo, África)
Dodo
(EXTINTO)
Raphus cucullatus
Ilhas Maurícias
Elefante Pigmeu do
Bornéu
Elephas maximus borneensis
Ilha do Bornéu (Indonésia)
Fossa
Cryptoprocta ferox
Madagáscar
Golfinho Baji
Lipotes vexillifer
China
Gorila Ocidental das TerGorilla gorilla gorilla
ras Baixas
África Equatorial
Iguana Marinha
Amblyrhynchus cristatus
Arquipélago das Ilhas Galápagos
Lémur Rato
Microcebus sp
Madagáscar
Leopardo das Neves
Uncia uncia
Montanhas da Ásia Central (Evereste)
Lince Ibérico
Lynx pardinus
Península Ibérica
Lobo Vermelho
Canis rufus
América do Norte
Mamute Lanoso
(EXTINTO)
Mammuthus primigenius
Eurásia (Sibéria) e América do
Norte (alguns)
Orangotango
Pongo sp
Ilhas do Bornéu e Sumatra (Indonésia
Panda Gigante
Ailuropoda melanoleuca
Cinha (Centro-Sul)
Rinoceronte-Negro
Diceros bicornis
Sul de África
Tatu Canastra
Priodontes maximus
Norte da América do Sul (Colômbia)
Tigre
Panthera tigris
Sudeste da Ásia (Índia)
Titanca/ Puia
Puya raimondii
Peru e Bolívia
Urso Polar
Ursus maritimus
Ártico (Pólo Norte)
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EXPERIMENTAR (PARTE II) | NOTAS EXPLICATIVAS
Para esta atividade foram escolhidos 5 pares de espécies, cada par pertencente ao mesmo Filo*. Em
baixo encontra uma breve explicação do que poderá ser uma justificação para a origem do estatuto
de conservação das espécies apresentadas.
* Filo - corresponde ao taxon mais elevado, a seguir ao Reino, usado na classificação dos seres vivos. Os seres vivos pertencentes ao mesmo Filo partilham certas características evolutivas comuns.
• Atum rabilho vs Celacanto
Atum rabilho – Ameaçado; em perigo
Celacanto – Ameaçado; em perigo crítico
O atum é um peixe muito pescado e frequentemente utilizado na nossa alimentação, tendo um
grande valor económico na indústria das pescas. Por outro lado, a diminuição do número de indivíduos na população, devido à caça excessiva, poderá afetar o equilíbrio biológico do oceano já que
o atum se alimenta de sardinhas controlando a sua enorme quantidade, facto que resulta da capacidade destas em produzir grandes quantidades de descendência.
O celacanto, por ser um fóssil vivo e preservar características de antepassados que já não existem, e
por terem sido identificados apenas alguns espécimes ao largo de Madagáscar e Moçambique, são
alvo de preocupação.
O número de indivíduos, quer de atum quer de celacanto, na população coloca a continuidade das
duas espécies em risco e, por isso, são consideradas como espécies ameaçadas em perigo de extinção. O celacanto por se encontrar distribuído por uma área muito pequena, ao contrário do atum,
é considerada uma espécie em perigo crítico de extinção.
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/21860/0
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/11375/0
• Lince Ibérico vs Lince Euroasiático
Lince Ibérico – ameaçado; em perigo
Lince Euroasiático – pouco preocupante
Como o próprio nome indica, o Lince Ibérico está distribuído apenas pela Península Ibérica e de
uma forma muito dispersa, o que só por si torna a sobrevivência desta espécie preocupante. Mas
mais alarmante é a construção de barreiras ecológicas, com a construção de pontes e estradas, o
que separa as populações, impede o contacto entre os indivíduos e a taxa de reprodução da espécie
diminui, comprometendo deste modo a sua sobrevivência. Esta razão é suficiente para considerar o
lince ibérico uma espécie ameaçada, em perigo de extinção.
Já o lince euro-asiático apresenta características quase opostas. Encontra-se em grande número e distribuído uniformemente pelas florestas da Europa e Ásia, óptimos locais de esconderijo quando não
se quer ser capturado pelos predadores. Se são tão sossegados que ninguém os ouve, diminui ainda
mais o risco de serem capturados ou caçados. Não há dúvidas de que esta espécies integra o grupo
das não preocupantes na classificação dos estatutos de conservação.
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Guia do Professor
Ciência em Três
Mapa da Biodiversidade
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/12520/0
http://maps.iucnredlist.org/map.html?id=12519
• Elefante Africano vs Elefante Asiático
Elefante Africano – ameaçado; vulnerável
Elefante Asiático – ameaçado; em perigo
O elefante africano encontra-se bem distribuído por florestas e desertos em África; ao passo que o
elefante asiático encontra-se apenas em áreas muito restritas do continente asiático. Com o nascimento crescente de elefantes africanos bebés nos últimos anos, as populações desta espécie tem
vindo a aumentar; o mesmo já não acontece com a população de elefantes asiáticos, que têm vindo
a sofrer com a construção de casas e terrenos de cultivo nas regiões. Apesar da conhecida caça a
estes elefantes para venda de marfim, os habitantes locais nas regiões africanas têm desenvolvido estratégias de proteção destes animais já que também são um forte atrativo para os turistas que visitam
aquelas regiões. Na Ásia o sentimento é oposto. O elefante asiático é de porte bastante maior que
o africano, o que faz com que um só animal ocupe muito espaço, espaço esse que poderia ser de
cultivo. Por outro lado, estes animais precisam de comer muito para sobreviver. Por estes motivos não
são bem aceites pelas populações locais, que se enfurecem, muitas vezes acabando por matar estes
animais, quando eles lhes pisam as suas culturas. Por estas razões, ambas as espécies são alvo de
preocupações estando ambas ameaçadas, mas apenas o elefante asiático é considerado em perigo de
extinção; o elefante africano encontra-se vulnerável.
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/12392/0
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/7140/0
• Abutre do Egipto vs Grifo
Abutre do Egipto – ameaçado; em perigo
Grifo – pouco preocupante
O Abutre do Egipto encontra-se bem distribuído por diferentes continentes mas na Europa, por
exemplo, muitos têm morrido por envenenamento ou eletrocutados em postes de alta tensão. Para
além disso, a sua alimentação é à base de animais mortos que muitas vezes transmitem doenças, o
que aumenta o perigo de sobrevivência destes animais. Por estas razões, para os cientistas esta é uma
espécie classificada em perigo de extinção.
O Grifo, que se encontra igualmente bem distribuído, também se alimenta de carne morta mas como
vive em montanhas não correm o risco de morte por eletrocussão ou envenenamento. Daí que o seu
estatuto de conservação seja considerado pouco preocupante.
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/106003371/0
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/106003378/0
• Chimpanzé vs Lémur de Cauda Anelada
Chimpanzé – ameaçada; em perigo
Lémur cauda anelada – quase ameaçada
A população de chimpanzés tem vindo a diminuir em grande escala nos últimos anos. Para este facto
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tem contribuído a destruição das florestas africanas onde vivem estes animais, devido a incêndios e
construção de estradas, e a consequente diminuição do número de árvores, a partir das quais os chimpanzés obtêm a sua comida. Os chimpanzés alimentam-se de térmitas, uma praga para as árvores.
Sem estes animais, as árvores morreriam todas o que traria consequências graves para o equilíbrio
biológico destas regiões. Por tudo isto, os chimpanzés são espécies ameaçadas em perigo de extinção.
O Lémur de Cauda Anelada, por sua vez, não tem registado diminuição do número de indivíduos.
Apesar disso parecer não preocupante, diversos incêndios têm destruído as florestas em Madagáscar,
o único local onde existe a espécie. Por esta razão, é considerada uma espécie quase ameaçada.
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/15933/0
http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/11496/0
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O Dodô terá sido visto pela primeira vez por colonos portugueses em 1507. Era uma ave com asas mas que não voava e como não =nha medo das pessoas tornava-­‐se uma presa fácil para os humanos. O nome “dodô” terá provavelmente origem no aspecto desajeitado destas aves a que os portugueses terão ba=zado de “doudos” ou “doidos”. Foi visto pela úl=ma vez em 1662. Pistas: Pássaros que não voam só vivem em ilhas. Foram encontrados registos de “dôdôs” numa ilha perto de Moçambique. O Dôdo vivia _______________________________ © Ciência em Três O Mamute era muito parecido com os elefantes atuais mas =nha o corpo coberto de pelo, para além de uma camada grossa de gordura. Estes animais ex=nguiram-­‐se provavelmente devido às alterações climá=cas do fim da Idade do Gelo. Foram encontrados diversos restos de ossos congelados de mamutes em excelente estado de conservação. Pista: A descrição deste animal faz-­‐te lembrar algum filme de animação que tenhas visto. O Mamute vivia _____________________________ © Ciência em Três O Rinoceronte-­‐Negro é um animal herbívoro que consegue viver 5 dias sem beber água. Podemos encontrá-­‐lo em zonas quentes e secas, em locais de pastagem, savanas e bosques tropicais. Pista: Os países do centro de África estão cheios de florestas mas no Sul de África pra=camente só existem desertos. O Rinoceronte-­‐Negro vive _____________________ © Ciência em Três O Baiji é um mamífero de água doce. É uma das quatro espécies de golfinhos de água doce restantes no mundo. Estes golfinhos são pra=camente cegos e u=lizam ondas sonoras para poder encontrar o seu alimento. Pista: O Baiji existe num rio chamado Yang-­‐Tsé. O Baiji vive _________________________________ © Ciência em Três O Atum Rabilho é muito apreciado em todo o mundo pela excelente qualidade e sabor da sua carne (sushi, sashimi). Esta espécie de atum pode a=ngir cerca de 4,5 metros de comprimento e pesar mais de meia tonelada, quase o peso de um carro “Smart”! Na época de reprodução, uma fêmea pode pôr até 10 milhões de ovos! Pista: O maior atum rabilho jamais registado foi apanhado na Nova Sco=a, uma das províncias marí=mas do Canadá, com 679 kg. O Atum Rabilho vive _________________________ © Ciência em Três O Camelo de Báctria, tal como diz a canção “tem duas bossas e muito pelo”. Aguenta muito tempo sem comer e beber e sobrevive a temperaturas muito extremas. É um mamífero muito forte e a maior parte deles está domes=cada. É muito parecido com o camelo dromedário mas este é mais pequeno e tem apenas uma bossa. Pista: O camelo dromedário existe sobretudo no Norte de África: Será que as duas espécies de camelos vivem juntos? Qual o outro con=nente onde já ouviste falar que existem camelos? Onde será mesmo que fica Báctria? O Camelo de Báctria vive ______________________ © Ciência em Três O Gorila Ocidental das Terras Baixas é um grande primata que vive em florestas montanhosas de países como Angola, Camarões e Gabão. Quando aparecem intrusos no seu território, o macho dominante do grupo bate com força no peito para fazer um som assustador, enquanto os outros membros do grupo escondem-­‐se na floresta. Pista: ao contrário dos macacos, não existem grandes primatas na América do Sul; só existem em África e na Ásia. O Gorila Ocidental das Terras Baixas vive _______ ________________________________________ © Ciência em Três O Lince Ibérico macho é maior que a fêmea e os linces bebés, quando ainda são pequeninos, podem ser muito agressivos para com os irmãos. A dieta dos linces é, na maior parte, composta por coelhos. Preferem matos densos para refúgio e zonas de pastagem para caçar. Infelizmente, muitos linces são apanhados em armadilhas para coelhos e atropelados por carros. Pista: lince IBÉRICO! O nome não te diz nada? O Lince Ibérico vive __________________________ © Ciência em Três O Elefante Pigmeu do Bornéu é o mais pequeno de todos os elefantes asiá=cos, mas tem orelhas grandes e cauda comprida. Estes elefantes são muito dóceis e supõe-­‐se que são descendentes de um elefante que foi oferecido a um Sultão Filipino. Neste momento, apenas existem entre 1000-­‐1500 animais em estado selvagem. Pista: As palavras Bornéu, asiá=co e Filipino são boas pistas!! O Elefante Pigmeu do Bornéu vive em ___________ © Ciência em Três Os Tigres são os maiores gatos do mundo. Estes animais podem viver em florestas geladas ou em florestas quentes e húmidas. Por dia, chegam a comer 45 Kg de carne, o equivalente a 400 hamburguers. Quase metade dos =gres existentes vivem no 2º país do mundo com um maior número de habitantes. Pista: não existem =gres em África; os que existem vivem em reservas naturais. Os Tigres vivem ____________________________ © Ciência em Três O Panda Gigante é herbívoro e alimenta-­‐se de bambu. Tem um polegar falso que o ajuda a segurar no bambu, que surgiu da modificação de um pequeno osso da pata. Atualmente, vive em montanhas por causa da desflorestação das planícies. Quando nascem, os bebés pandas pesam apenas entre 90-­‐130 gramas, o mesmo que uma maçã pequena. Pista: este animal é usado como símbolo de um país que fica no con=nente asiá=co. O Panda Gigante vive ______________________ © Ciência em Três O Leopardo das Neves não faz parte da família dos leopardos. Este animal foi classificado como um único membro do género Uncia. Por muito estranho que pareça, o leopardo das neves não consegue rugir, sendo um animal solitário e raramente avistado por humanos. Nas grandes montanhas onde vivem, a mãe leopardo, para aquecer os seus filhotes u=liza o seu próprio pelo para fazer o ninho. Pista: estes animais foram avistados na montanha mais alta do Mundo. O Leopardo das Neves vive ____________________ © Ciência em Três O Orangotango é dos primatas mais inteligentes e todas as noites prepara a sua “cama” para dormir. Só existem duas espécies de Orangotangos em todo o Mundo, orangotango-­‐de-­‐bornéu e o orangotango-­‐
de-­‐sumatra. A palavra Orang U Tan significa “o homem da floresta” em Malaio. Pista: Repara no nome das espécies! O Orangotango vive _______________________ © Ciência em Três Os Lémures rato são os primatas mais pequenos do mundo, e podem caber na tua mão! Os olhos são grandes, o que lhes permite uma boa visão noturna. Estes animais existem apenas numa ilha que fica ao largo da costa de Moçambique Pista: não reconheces este animal de algum filme de animação que tenhas visto? Os Lémures rato vivem ______________________ © Ciência em Três O Urso Polar é um dos maiores carnívoros terrestres do planeta e o seu corpo está adaptado para ser um ó=mo nadador. O pelo dos ursos polares é transparente, mas parece branco por causa da luz do sol. Estes animais gostam de viver em ambientes frios e, se a temperatura exterior chegar acima dos 10ºC, os ursos podem sobre-­‐aquecer. Pista: nunca foram avistados no Pólo Sul. O Urso Polar vive ____________________________ © Ciência em Três A Fossa é um animal muito ágil e é um dos maiores carnívoros de uma ilha onde vivem os lémures, sendo o único predador desses animais (à exceção do Homem). Pista: Se viste, há um filme onde o simples nome da fossa deixava os lémures completamente assustados! A Fossa vive _______________________ © Ciência em Três O Bacalhau do AtlânOco pode crescer até 2 metros e pesar 96 kg. O bacalhau é um predador de topo da cadeia alimentar. Sem a sua presença devido à pesca intensiva, o ecossistema fica em desequilíbrio. Pista: não é discil adivinhar onde existe esta espécie. Olha só para o nome!! O Bacalhau do AtlânOco vive __________________ © Ciência em Três O Aie-­‐Aie é uma espécie de lémur. Os seus olhos são grandes e tem uma boa visão noturna. Vivem nas árvores de florestas, possuem pelo negro e um dos seus dedos é maior do que os outros. Usam este dedo para conseguir caçar larvas nos buracos das árvores. Além disso, é o único primata que consegue localizar as presas com ondas sonoras, como os golfinhos. Pista: se viste um famoso filme de animação, deves lembrar-­‐te onde vive o Aie-­‐Aie. Também a esta altura já deves ter ouvido falar de outros lémures e onde vivem. O Aie-­‐Aie vive _______________________________ © Ciência em Três O Crocodilo-­‐do-­‐Nilo adulto é um animal extremamente forte e agressivo. O seu couro grosso protege-­‐o de qualquer ataque e os seus dentes e patas crescem novamente se perdidos, sendo os olhos o único ponto fraco. Os crocodilos nascem de ovos e o sexo das crias é definido pela temperatura a que o ovo é incubado. Se o ovo es=ver a uma temperatura entre 31,7 °C e 34,5 °C, nascerão machos. Caso contrário, serão todas fêmeas. Pista: onde fica o rio Nilo? O Crocodilo-­‐do-­‐Nilo vive ______________________ © Ciência em Três O Arau Gigante era uma ave não voadora que foi ex=nta em 1852 devido à caça excessiva. O seu nome cienwfico deriva do galês pen gwyn, que significa cabeça branca. Quando os exploradores descobriram umas aves semelhantes no Hemisfério Sul -­‐ os pinguins atuais -­‐ decidiram dar-­‐lhes o mesmo nome. Pista: o arau gigante vivia em zonas costeiras e em locais bem distantes de onde vivem os pinguins atuais. O Arau Gigante vivia __________________ © Ciência em Três O Lobo Vermelho tem as pernas longas e as orelhas grandes, duas caracterís=cas que facilmente os dis=nguem dos coiotes e dos lobos cinzentos. Os lobos vermelhos a=ngem a maturidade com 2 ou 3 anos de vida e têm um único parceiro para toda a vida. Acredita-­‐se que o lobo vermelho é um híbrido fér=l do cruzamento entre o lobo cinzento e o coiote. Pista: é usado como símbolo de algumas universidades e depois de ter estado ex=nto foi reintroduzido na Carolina do Norte. O Lobo Vermelho vive _______________________ © Ciência em Três A Iguana Marinha é o único rép=l do mundo com hábitos marinhos e apenas se encontra num arquipélago com 7 ilhas. Em cada uma dessas ilhas podemos encontrar 1 subespécie de iguanas marinhas diferente. Estas iguanas podem passar até uma hora debaixo de água enquanto se alimentam de algas. Pista: por exis=rem 7 subespécies, uma em cada ilha, estas iguanas foram um caso de estudo para Charles Darwin. A Iguana Marinha vive ______________________ © Ciência em Três A TITANCA ou PUIA vive em zonas que se encontram entre 3200 e 4800 metros acima do nível do mar. Durante grande parte da sua vida a planta é cons=tuída apenas pela parte inferior, mas quando floresce, produz 8000 flores e 6 milhões de sementes, e a=nge uma altura de 12 metros. Pista: esta planta é conhecida como a ‘Rainha dos Andes’ e habita onde outrora exis=u o império Inca. A Titanca vive _______________________________ © Ciência em Três O Tatu Canastra é o maior dos Tatus vivos, medindo cerca de 1 metro de comprimento e pesando em média 60 Kg. O seu corpo é reves=do por uma caracterís=ca carapaça ar=culada e de cor castanha, mas o seu ventre é de tom rosado e bastante enrugado. Este animal é desdentado, alimentando-­‐se por isso de vermes, larvas, aranhas e cobras. Pista: Há um zoo em Vilaviccencio que se dedica a este animal. Esse zoo fica num país cujo nome deriva do úl=mo nome de Cristóvão Colombo. O Tatu Canastra vive _______________________ © Ciência em Três ATUM RABILHO Thunnus thynnus Esta espécie de atum existe sobretudo no Oceano Atlân=co. Come sardinhas e outros peixes pequenos e é muito u=lizado na nossa alimentação, sendo, por isso, um peixe muito pescado. Dica: Existem sardinhas até 'dar com um pau’ devido à sua capacidade em produzir grandes quan=dades de descendência. CELACANTO La2meria chalumnae Existem entre Madagáscar e Moçambique não se sabendo ao certo quantos são. É considerado um fóssil vivo, porque todos os animais semelhantes morfologicamente ex=nguiram-­‐se há muito tempo, não tendo mudado muito de aspecto desde o tempo dos dinossauros. Vivem em águas muito profundas e são caçadores de lulas e outras espécies de peixes durante a noite. © Ciência em Três LINCE IBÉRICO Lynx pardinus Existem na Península Ibérica. Estes linces alimentam-­‐se principalmente de coelhos e gostam de viver em bosques e matos. Dica: A construção de estradas e de barragens tem separado os linces ibéricos uns dos outros. Há também linces que são apanhados em armadilhas para coelhos e atropelados por carros. LINCE EURO-­‐ASIÁTICO Lynx lynx Estão distribuídos por uma grande parte das florestas da Europa e da Ásia, bons locais para esconderijo. É o maior de todas espécies de linces que existem. Em algumas zonas são caçados para o comércio ilegal de pele mas como são muito sossegados, os sons que produzem quase não se ouvem. © Ciência em Três ELEFANTE AFRICANO Loxodonta africana Tanto vivem em florestas, como em desertos de África e nos úl=mos anos têm nascido cada vez mais elefantes africanos bebés. Os seus dentes são feitos de marfim, uma fonte de dinheiro para as pessoas que os caçam. Dica: Atualmente, os habitantes destas regiões estão preocupados em proteger estes animais já que são uma grande atração turís=ca nos Safaris ELEFANTE ASIÁTICO Elephas maximus Vivem em florestas da região com o maior número de pessoas no mundo. Nos úl=mos anos têm nascido cada vez menos elefantes asiá=cos bebés. São muito grandes, precisam de muita comida por dia e ocupam muito espaço. Os seus dentes são feitos de marfim, uma fonte de dinheiro para as pessoas que os caçam. Como só comem plantas, muitas vezes pisam as culturas das pessoas, o que as deixa enfurecidas. Dica: A construção de casas nestas regiões e a transformação das terras para a agricultura tem diminuído o espaço onde podem viver estes elefantes. © Ciência em Três ABUTRE DO EGIPTO Neophron percnopterus Vivem em diferentes con=nentes. São animais solitários, fazendo ninhos em grutas, penhascos e em árvores grandes. Alimentam-­‐se de animais mortos. Existem casos na Europa de morte por envenenamento ou electrocutados por tocarem em postes de alta tensão. Dica: Animais mortos podem transmi=r doenças. GRIFO Gyps fulvus Vivem em montanhas de várias regiões de diferentes con=nentes e alimentam-­‐se de carne morta. Os gregos contavam lendas sobre os grifos com cabeça e asas de águia e corpo de leão. Existem grifos representados em moedas e brasões. Dica: as montanhas são locais pouco acessíveis a humanos. © Ciência em Três CHIMPANZÉ Pan troglodytes Existem cerca de 200 mil chimpanzes mas pensa-­‐se que há 100 anos atrás exis=am cerca de 2 milhões. Vivem em média 20 anos e o seu alimento preferido é fruta mas também térmitas, entre outras coisas. Incêndios e construção de estradas estão a destruir as florestas onde vivem os chimpanzés. Para além de que há pessoas que caçam estes animais. Dica: As térmitas são uma praga para as árvores. LEMUR DE CAUDA ANELADA Lemur ca?a Existem cerca de 10 a 100 mil. Vivem entre 16 e 19 anos e a sua fonte de alimento é das árvores (folhas, flores, etc). Vivem tanto nas montanhas como junto ao mar e o seu número não tem diminuído, apesar dos incêndios que estão a ameaçar as florestas. Dica: só existem lémures na Ilha de Madagáscar © Ciência em Três DODO MAMUTE LANOSO GOLFINHO BAJI GORILA OCIDENTAL DAS TERRAS BAIXAS TITANCA/ PUIA AIE-­‐AIE TATU CANASTRA LÉMUR RATO BACALHAU-­‐DO-­‐ATLÂNTICO CROCODILO DO NILO IGUANA MARINHA RINOCERONTE-­‐NEGRO ELEFANTE PIGMEU DO BORNÉU TIGRE CAMELO DE BÁCTRIA ATUM RABILHO LINCE IBÉRICO FOSSA PANDA GIGANTE URSO POLAR LOBO VERMELHO ARAU GIGANTE ORANGOTANGO LEOPARDO DAS NEVES ESTATUTOS DE CONSERVAÇÃO Ex3nto EX Ameaçados EW EX: Ex%nto EW: Ex%nto na natureza CR EN Pouco Preocupante VU NT LC CR: Em perigo crí%co EN: Em perigo VU: Vulnerável NT: Quase ameaçada LC: Pouco preocupante CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC © Ciência em Três
FOLHA DE REGISTO INDIVIDUAL/ GRUPO
Nome da atividade: Mapa da Biodiversidade!
Membros do grupo:
O que sabemos sobre
este tema?
O que ainda não sabemos
e queremos descobrir?
Como podemos
descobrir?
O que observámos?
O que aprendemos?