Guia de Esquemas para Pintura e Protecção do Betão

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Guia de Esquemas para Pintura e Protecção do Betão
GUIA DE ESQUEMA DE PINTURA
Data de edição: Fevereiro 2011
ESQUEMAS PARA PINTURA E PROTECÇÃO
DE ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO
1. INTRODUÇÃO:
1.1 Porquê proteger as estruturas de betão armado (NP EN 1504-2)?
A carbonatação e a permeabilidade do betão aos cloretos são fenómenos que podem atacar as estruturas
de betão armado.
O anidrido carbónico (CO2), presente no ar, é absorvido pelo betão quando este não se encontra
convenientemente protegido. Ao reagir com o hidróxido de cálcio do cimento produz carbonato de cálcio,
resultando na progressiva redução da alcalinidade do betão. Esta reacção é denominada de carbonatação
do betão.
A alcalinidade do betão é, frequentemente, o único factor que confere protecção anticorrosiva às armaduras
de ferro, pelo que a sua redução vai comprometer a protecção das mesmas. O ferro desprotegido por este
efeito, inicia um processo de oxidação que é acompanhado por aumentos de volume, contribuindo, assim,
para o rompimento do betão rígido que o reveste.
A penetração de iões cloretos é também uma das grandes causas que provoca a corrosão das armaduras
de ferro, principalmente quando as estruturas de betão estão em ambientes marítimos.
Por estas razões e de forma a limitar estes fenómenos, é muito importante proteger as estruturas de betão
armado com revestimentos capazes de reduzir substancialmente a penetração de cloretos, absorção de CO2
e com boas propriedades de impermeabilidade à água e grande permeabilidade ao vapor de água.
Devido ao grande interesse e trabalho realizado, durante os últimos anos, por parte de todas as entidades
preocupadas com a protecção deste tipo de estruturas, nasceu a primeira Norma Europeia (EN 1504-2) que
especifica todos os requisitos que um determinado revestimento deverá ter para poder conferir uma eficaz
protecção das estruturas de betão armado.
Consequências da não protecção do betão armado
É aconselhável verificar periodicamente o estado de actualização do presente guia. Os esquemas recomendados foram criados com base nos produtos disponíveis comercialmente, que a CIN pode deixar de comercializar sem qualquer aviso
prévio. Esta especificação é genérica e deve ser vista como um exemplo possível entre as muitas soluções CIN Protective Coatings. Para a obtenção de uma especificação para um projecto em particular recomendamos que consultem
directamente a CIN.
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GUIA DE ESQUEMA DE PINTURA
Data de edição: Fevereiro 2011
1.2 Porque pintar túneis?
O túnel é uma construção singular dentro das redes rodoviárias transeuropeias e da rede rodoviária nacional
e suas características requerem cuidados igualmente especiais para atender às incidências que nele
poderão ocorrer e facilitar o acesso aos grupos de resgate quando seja necessário.
A pintura do betão dos túneis deverá conferir uma maior visibilidade e excelentes valores de reflectância,
permitindo que os mecanismos de detecção automática de incidentes e de televisão em circuito fechado
captem imagens sem distorção. Deverá ainda permitir uma clara visualização das zonas de emergência.
A resistência química e a resistência à acumulação de impurezas são ainda características essências dos
revestimentos a aplicar em túneis.
2. PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
Betão e argamassas de cimento – devem estar bem secas, limpas e isentas de poeiras e gorduras. É muito
comum usarem-se desmoldantes ou aditivos diversos tais como endurecedores de betão. Sempre que tal
aconteça é essencial remover esses compostos antes da pintura para que a aderência da tinta não seja
diminuída. Recomenda-se nestes casos, a decapagem a jacto abrasivo ou lavagem com jacto de água a alta
pressão, conforme a natureza dos compostos em questão.
3. ESQUEMAS DE PINTURA
3.1 PROTECÇÃO INTEGRAL DO BETÃO (NP EN ISO 1504-2)
Qualquer dos esquemas abaixo sugeridos baseia-se em produtos que, para além de cumprirem com os
requisitos da Norma NP EN 1504-2 , são produtos com “Marcação CE”.
Esquemas de base solvente
C-Cryl S420 HB - Revestimento acrílico casca d’ovo de alta espessura
Aplicar 2 a 3 demãos consoante o processo de aplicação, de forma a obter uma espessura seca final de 150
a 200 µm.
C-Cryl S410 HB – Revestimento acrílico meio-brilho de alta espessura
Aplicar 2 a 3 demãos consoante o processo de aplicação de forma a obter uma espessura seca final de 150
a 200 µm.
Se houver suspeita de elevada alcalinidade do suporte (caso, por exemplo, de um betão novo com um
tempo de cura insuficiente) deve-se aplicar previamente uma demão de Betocin Sealer, para garantir uma
perfeita estabilidade da cor da tinta de acabamento.
Esquema de base aquosa
C-Cryl W700 HB – Revestimento acrílico aquoso mate/casca d’ovo de alta espessura (Patente nº 103563).
O C-CRYL W700 HB está certificado com classificação de reacção ao fogo Bs1d0 segundo a Norma
Europeia de Reacção ao Fogo EN 13501-1:2007.
É aconselhável verificar periodicamente o estado de actualização do presente guia. Os esquemas recomendados foram criados com base nos produtos disponíveis comercialmente, que a CIN pode deixar de comercializar sem qualquer aviso
prévio. Esta especificação é genérica e deve ser vista como um exemplo possível entre as muitas soluções CIN Protective Coatings. Para a obtenção de uma especificação para um projecto em particular recomendamos que consultem
directamente a CIN.
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Aplicar 2 a 3 demãos consoante o processo de aplicação, de forma a obter uma espessura seca final de 150
a 190 µm.
Se houver suspeita de elevada alcalinidade do suporte, deve aplicar-se previamente uma demão de C-Cryl
W700 HB na cor 9010.
3.2 PINTURA DE TÚNEIS
O C-POX W200 HB foi especialmente formulado para satisfazer com todos os requisitos de segurança e de
clareza de imagem estabelecidos no Decreto-Lei n.º 75/2006 de 27 Março, transposição para direito interno
da Directiva 2004/54/CE, cumprindo também com a recente Norma Europeia de Reacção ao Fogo EN
13501-1:2007, com classe de reacção ao fogo Bs2-d0
C-POX W200 HB é também resistente a diversos líquidos, ácidos orgânicos e inorgânicos, óleos e gorduras,
solventes oxigenados e derivados do petróleo.
Além disso, graças à sua composição química, forma uma barreira contra a água e o dióxido de carbono, ao
mesmo tempo em que é extremamente fácil de limpar ou de reparar, em caso de deterioração por acidentes.
Esquema de base aquosa
C-Pox W200 HB - Tinta epoxi aquosa meio brilho de alta espessura
Aplicar previamente uma primeira demão selante do C-Pox W200 HB diluído com um 10% de água,
dependendo da absorção do substrato. A espessura recomendada é de 300 µm, sendo 250 µm a espessura
mínima em qualquer dos casos.
3.3 PINTURA DE BETÃO EM GERAL
C-Cryl W720 HB – Revestimento acrílico aquoso acetinado de alta espessura.
O C-Cryl W720 HB está certificado com classificação Bs1d0 segundo a Norma Europeia de Reacção ao
Fogo EN 13501-1:2007.
Aplicar 2 a 3 demãos consoante o processo de aplicação.
Se houver suspeita de elevada alcalinidade do suporte, deve aplicar-se previamente uma demão de C-Cryl
W720 HB na cor 0501.
É aconselhável verificar periodicamente o estado de actualização do presente guia. Os esquemas recomendados foram criados com base nos produtos disponíveis comercialmente, que a CIN pode deixar de comercializar sem qualquer aviso
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