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MOSQUITO CARAPANÃ - Culiseta longiareolata Folha 1 ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 Mosquito Carapanã, Pernilongo e Outros Mosquito, pernilongo, mosquitodenominação, é também referido como prego, muruçoca, muriçoca,carapanã, carapa "muriçoca". Na maioria dos estados nãda Região Norte do Brasil, este pernilongo pinima, fincão, fincudo, melga,sovela e bicu chama-se "carapanã". As fêmeas do da são termos gerais para designar diversos pernilongo são também conhecidas como insectos da subordem Nematocera, "melgas" ou "trompeteiros". normalmente dando ênfase para a família Etimologia Culicidae. Por constituírem vernáculos, não "Mosquito" vem do latim musca . obedecendo às regras da nomenclatura "Pernilongo" é uma referência às longas científica, abarcam diversos táxons, como é pernas do inseto. "Mosquito-prego" é uma o caso dos mosquitos-palha. Em várias referência a sua picada, que se assemelha à partes do Brasil, faz-se distinção entre perfuração de um prego. "Muriçoca", mosquito e pernilongo: o primeiro refere-se "meruçoca" e "muruçoca" são oriundos a pequenas moscas, como as drosófilas, do tupi muri'soka. "Carapanã" vem do enquanto que o segundo, além dessa tupi karapa'nã. "Carapanã-pinima" vem da junção dos termos tupis karapa'nã ("mosquito") e pi'nima ("pintado). "Fincão" e "fincudo" vem de "fincar" e são uma referência a sua picada. "Sovela" é uma referência ao instrumento cortante homônimo utilizado pelos sapateiros e correeiros , numa alusão à picada dos insetos. "Perereca" vem do gerúndio do tupi pere'reg, "ir aos saltos" e é uma alusão ao hábito do inseto de pular de um lugar para outro para fugir de seus inimigos. "Bicuda" é uma alusão à sua picada. Biologia Como os outros membros da ordem Diptera, os mosquitos têm um par de asas e um par de halteres, que são modificações das asas posteriores usadas como órgãos de equilíbrio. Nos chamados mosquitos a probóscide(tromba) está adaptada para a sucção de líquidos nectar seiva ou sangue. MOSQUITO CARAPANÃ - Culiseta longiareolata Folha 2 ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 Mosquito Carapanã, Pernilongo e Outros Muitas espécies, como os Anopheles e Eles conseguem voar de 1,5 a 2,5 km/h. Os o Aedes aegypti são vetores de parasitas, mosquitos existem há 170 milhões de anos como, nestes casos e respetivamente, (Jurássico médio). Gênero Anopheles a malária e adengue. •São insetos transmissores da malária e Em geral, apresentam dimorfismo sexual pertencem à família Culicidae. Eles acentuado: os machos apresentam antenas compreendem cerca de 300 espécies, sendo plumosas (como pequenas árvores de natal), que de relevância epidemiológica para e as fêmeas apresentam antenas pilosas e são malária, somente algumas, que variam muito mais corpulentas; em quase todas as segundo a região. Os mosquitos fêmeas espécies elas alimentam-se de sangue sugam o sangue para alimentação e de vertebrados (incluindo o homem) para amadurecimento de seus ovos e transmitem maturar seus ovários antes de pôr os ovos. a malária, os machos alimentam-se de sucos O Aedes aegypti O tamanho varia, mas é de vegetais e néctar das flores. As fêmeas raramente maior que 15 mm. O peso dos fazem suas desovas em vários tipos de mosquitos é apenas de 2 a 2,5 miligramas. coleções d´água, de acordo com a adaptação das espécies. Algumas preferem depósitos de água salobra, como Anopheles aquasalis; outras, grandes extensões de água doce, bem ensolaradas como o Anopheles darlingi, que também associa-se frequentemente com a vegetação flutuante de Eichornia (aguapé) e a Pestia. Na faixa litorânea sul do país, existem espécies que precisam de pouca água acumulada (como nos verticilos das folhas de plantas - gravatás); são as espécies de Anopheles bellator e Anopheles cruzi que pertencem ao sub-gênero Kertizia. Nos criadouros, os ovos dão origem a larvas, que se transformam em pupas e, em seguida, em mosquitos adultos. Nesta fase os mosquitos abandonam a água e procuram um lugar de abrigo até o momento do acasalamento ou da alimentação. Os anofelinos costumam picar no período do crepúsculo vespertino ao crepúsculo matutino. O mosquito Anopheles torna-se vetor da malária a partir do momento que ingere gametócitos (femininos e masculinos) de um indivíduo infectado. MOSQUITO CARAPANÃ - Culiseta longiareolata Folha 3 ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 Carapanã Biologia e Comportamento Dentro do mosquito, os gametócitos tornam- Além disso, os glóbulos vermelhos se gametas e fecundam-se, originando o parasitados pelo P. falciparum sofrem zigoto, que atravessa a parede do estômago alterações em sua estrutura que os tornam do inseto e transforma-se em oocisto, tipo de mais adesivos entre si e às paredes dos vasos célula-ovo. Após algum tempo, o oocisto se sangüíneos, causando pequenos coágulos rompe e libera novos esporozoítos, que que podem gerar problemas cardíacos como migram para as glândulas salivares do tromboses e embolias. Geralmente, após a mosquito estando assim prontos para infectar picada do mosquito transmissor, o P. um novo indivíduo. Dos três tipos de falciparum permanece incubado no corpo do Plasmodium existentes no Brasil, o mais indivíduo infectado por 12 dias. A seguir, agressivo é o P. falciparum, que multiplica- surge um quadro clínico variável, que inclui se mais rapidamente e, conseqüentemente, calafrios, febre alta (no início contínua e invade e destroi mais hemácias que as outras depois com freqüência de três em três dias), espécies, causando, assim, um quadro de dores de cabeça e musculares, taquicardia, anemia mais imediato. aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões e vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma. Por vezes, o quadro da malária cerebral lembra a meningite, o tétano, a expilepsia, o alcoolismo dentre outras enfermidades neurológicas. CICLO DE VIDA A importância de se conhecer o ciclo de vida dos mosquitos, está naquela máxima militar: "para se combater o inimigo, precisamos conhecê-lo bem". O ciclo vital dos mosquitos dura de 7 a 15 dias, dependendo da espécie, e pode ser resumida em 4 fases: MOSQUITO CARAPANÃ - Culiseta longiareolata Folha 4 ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 Carapanã Biologia e Comportamento 1a. fase = postura dos ovos 2a. fase = nascimento das larvas 3a. fase = transformação em pupa e 4a. fase = mosquito adulto 1a. fase: POSTURA DOS OVOS: Cada fêmea põe de 250 a 400 ovos (100 a 150 de cada vez, em 4 a 5 posturas consecutivas, espaçadas de 5 a 7 dias). Os ovos podem ficar soltos ou agrupados, formando uma 3a. fase: espécie de barquinho flutuante. TRANSFORMAÇÃO EM PUPA: 2a. fase: Como todo inseto, para poder crescer, têm que mudar NASCIMENTO DAS LARVAS: de pele, o que fazem 3 vezes. Na 4a. muda, a larva Os ovos se transformam em larvas depois de 36 transforma-se em pupa, que não permanece imóvel horas a uma semana. Nascem larvas sem patas, como ocorre com a maioria dos insetos. Ao contrário, é muito ativa, pois também precisa ficar perto da que se movem na água mediante contrações. Por necessitarem de ar, passam parte do tempo superfície da água para respirar. Quando é perturbada, mergulha até o fundo do recipiente ou depósito em que à superfície, respirando por um tubinho. se encontra. A larva se transforma em pupa no prazo de 5 a 7 dias, dependendo da temperatura. 4a. fase: MOSQUITO ADULTO: Depois de alguns dias (em média, 2 dias), abre-se a pupa e dela sai um mosquito adulto, que geralmente só tem 1 a 2 meses de vida. Assim, em algumas espécies, pode haver até 12 gerações num ano. O mosquito adulto procura, sempre, um abrigo para descansar; quer ao sair da pupa, quer após o repasto. Em geral, os mosquitos não voam mais de 1.600 m; via de regra, entre 800 e 1.000 m. MOSQUITO CARAPANÃ - Culiseta longiareolata Folha 5 ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 Carapanã Combate e Tratamento COMBATE AO MOSQUITO As medidas recomendadas de combate ao mosquito (seja na fase jovem ou adulta) são: a) de caráter permanente: drenagem, aterro, entelamento e uso do mosquiteiro; e b) de caráter periódico: petrolagem, inseticidas, larvicidas, repelentes, inimigos naturais, etc. O combate ao mosquito também pode ser apresentado segundo os tópicos seguintes: 1 - SANEAMENTO BÁSICO: • Drenagem de áreas alagadas; • Aterro de depressões que acumulem água; • Esvaziar recipientes com água acumulada (latas, vasos, etc.); • Roçar o mato próximo às residências; • Vedar fossas e reservatórios de água descobertos; • Clorar a água das piscinas; • Entelar os acessos ao interior das casas (portas, janelas, etc.); • Retirar o lixo dos córregos e valões; e • Usar mosquiteiros nas camas e redes. TRATAMENTO QUÍMICO: • Pulverização com bomba manual costal; • Nebulização com equipamentos portáteis (foto abaixo); • Atomização motorizada com neblina pesada ("fumacê"); • Aplicações aéreas com aeronaves e Ultra Baixo Volume (foto abaixo); • Petrolagem ou o uso de petróleo ou querosene na água (larvas e pupas) ; • Produtos de uso domiciliar: aerosois, espirais, bombas manuais, repelentes líquidos, equipamento elétrico, velas repelentes e outros. MOSQUITO CARAPANÃ - Culiseta longiareolata Folha 6 ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 Carapanã Controle Biológico do Mosquito 3 - CONTROLE BIOLÓGICO: • Peixes larvófagos: barrigudinho (Gambusia affinis, Lebistes reticulatus) apaiari (Astronotus ocellatus), guaru (Phallocerus caudimaculatus) e outros; • Fungos: (Bacillus thuringiensis var. israelensis) ; • Inimigos naturais: pássaros insetívoros, larvas de alguns besouros, libélulas, girinos (de algumas espécies), morcegos e outros. FONTES: "Principais Mosquitos de Importância Sanitária no Brasil". Consoli, R. Fiocruz, Rio de Janeiro, 1994. "As Doenças do Campo". Gomes, M., Ed. Globo, Rio de Janeiro, 1987. "Endemias Rurais" - Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, 1968. "Revista Globo Rural" - No. 10, julho de 1986. 4 - EDUCAÇÃO SANITÁRIA: • vacinação; • uso de roupas adequadas; • cuidados com bromélias; e • adoção de medidas sanitárias. MOSQUITO CARAPANÃ - Culiseta longiareolata Folha 7 ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 Carapanã Principais Doenças Causadas ALGUMAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR MOSQUITOS PRINCIPAIS MOSQU DOENÇA MOSQUITO HÁBITOS/OBS 1 - Malária Anopheles darlingi Rios de águas limpas 2 - Febre amarela urbana Aedes aegypti Domésticos, diurnos, águas limpas 3 - Febre amarela silvestre Haemagogus capricornii Amazônia e Centro Oeste 4 - Leishmaniose visceral Lutzomyia longipalpis Nordeste brasileiro 5 - Leishmaniose cutânea Lutzomyia intermedia Em quase todo o Brasil 6 - Filariose Culex quinquefasciatus Domésticos, noturnos, águas sujas 7 - Dengue Aedes aegypti Águas paradas de vasos, pneus, etc. 8 - Encefalite Aedes scapularis No litoral de São Paulo 9 - Úlcera brava Phlebotomus spp Úlcera de Bauru 10 - Manzonelose Simulium amazonicum Comum na Amazônia 11 - Oncocercose Simulium damnosum Roraima e África