Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU

Transcrição

Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU
ABACOONU 2016
Guia de Estudo
Comitê de Imprensa
ABACOONU 2016
Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU)
Crise dos Misseis
“Embora a guerra de tiros tenha acabado, estamos
no meio de uma guerra fria que está ficando mais
quente.“- Bernard Baruch
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Sumário
1.
Carta de Apresentação ................................................................................................................. 5
2.
Sobre os Diretores ........................................................................................................................ 6
3.
Sobre o CSNU ................................................................................................................................ 7
4.
Guerra Fria .................................................................................................................................... 8
4.1.
Introdução ............................................................................................................................. 8
4.2.
A Paz Armada ........................................................................................................................ 8
4.3.
Corrida Espacial ..................................................................................................................... 9
4.4.
Combate Ideológico .............................................................................................................. 9
4.5.
Divisão da Alemanha ............................................................................................................. 9
4.6.
Plano Marshall e COMECON ............................................................................................... 10
4.7.
Guerra da Coréia ................................................................................................................. 10
4.8.
Guerra do Vietnã ................................................................................................................. 10
5.
Questão Cubana ......................................................................................................................... 11
6.
Relação Cuba-EUA-URSS ............................................................................................................. 13
7.
A Crise dos Mísseis...................................................................................................................... 14
8.
Dia após dia da Crise ................................................................................................................... 15
9.
Posicionamentos......................................................................................................................... 16
9.1.
Brasil .................................................................................................................................... 16
9.2.
Chile ..................................................................................................................................... 16
9.3.
China .................................................................................................................................... 16
9.4.
Cuba ..................................................................................................................................... 16
9.5.
EUA ...................................................................................................................................... 16
9.6.
França .................................................................................................................................. 17
9.7.
Gana..................................................................................................................................... 17
9.8.
Itália, Reino Unido e Turquia ............................................................................................... 17
9.9.
URSS..................................................................................................................................... 17
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9.10.
Venezuela ........................................................................................................................ 17
9.11.
OTAN ................................................................................................................................ 18
9.12.
Pacto de Varsóvia ............................................................................................................ 18
10.
Links Úteis ............................................................................................................................... 19
11.
Bibliografia .............................................................................................................................. 20
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1. Carta de Apresentação
Prezados(as) Delegados(as),
Em primeiro lugar, gostaríamos de dar as boas-vindas ao Abacoonu 2016. É com enorme
satisfação que a mesa diretora irá moderar os debates do CSNU. A função da mesa será garantir a
ordem e o bom andamento do debate no decorrer dos três dias de evento.
Estaremos sempre à disposição dos senhores para sanar possíveis dúvidas sobre o comitê.
Não hesitem em perguntar.
Precisamos de comprometimento com o decoro, pontualidade e preparação prévia. É
muito importante que os delegados estejam bem preparados para que seja mantido o mais alto
nível no decorrer dos debates. Lembrando que este guia deve ser utilizado apenas como uma
base, e os senhores deverão aprofundar suas pesquisas utilizando outras fontes.
É importante ressaltar que todas as delegações presentes são de extrema relevância para o
andamento desse comitê, sem exceção. Contamos com a participação de todos no decorrer do
debate para que este se torne inesquecível.
Por se tratar de um comitê histórico, na tentativa de tornar a experiência o mais real
possível, não serão permitidos o uso de celulares e tablets. Os notebooks poderão ser utilizados
somente para a elaboração de documentos de trabalho ou da resolução do comitê, pois julgamos
que o uso de máquinas de escrever atrapalharia o bom andamento do debate, por conta do
barulho. Não serão aceitos dados que só foram divulgados depois da data em que esse comitê
acontecerá, e caso sejam utilizados deverão ser desconsiderados.
Estamos muito ansiosos e com altas expectativas, então pedimos que os senhores se
dediquem aos estudos para que o debate funcione.
Se lembrem de que os senhores estarão representando nações e tentando impedir uma
guerra, mas acima de tudo essa deve ser uma experiência divertida e enriquecedora e a mesa irá
se dedicar para que isso aconteça. Bom debate a todos!
Atenciosamente,
Alessandra, Breno, Carolina e Tissyana.
Obs.: Os DPOs deverão ser entregues na primeira sessão de sábado. Pedimos para que os
delegados utilizem a fonte “Courier New”. O uso de roupas que remetem a data em que este
comitê acontece é mais do que encorajado, mas não obrigatório.
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2. Sobre os Diretores
Alessandra Micheletti, 18 anos, estuda Relações Internacionais na UFABC. Essa é sua sexta
simulação, sendo a primeira como diretora. Participa do Abacoonu desde 2013, participou do SISC
de 2015 e da edição de 2014 do PoliONU.
Breno Ferrari, 19 anos, cursa Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica na
UFABC. Participou de todos os ABACOONUs desde o ano de 2011, com três participações como
delegado e duas como diretor. Participou do PoliONU de 2012 e do Harvard Model United Nation,
em 2013.
Carolina Zanella Stockl, 18 anos, futura estudante de Direito, participou de ABACOONU
como delegada (2013, 2014 e 2015), participou duas vezes do SPMUN e constituiu a delegação do
Ábaco no Polionu 2015.
Tissyana Araujo, 18 anos, estuda História na USP. Essa é a sua primeira simulação como
diretora, mas já foi delegada em seis simulações, incluindo dois ABACOONUs e um PoliONU.
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3. Sobre o CSNU
O Conselho de Segurança das Nações foi fundado em 17 de janeiro de 1946 com o objetivo
de manter a paz e segurança mundial numa realidade pós-Segunda Guerra. É o único órgão das
Nações Unias que tem o poder de adotar decisões obrigatórias para os membros da ONU. Ações
como, por exemplo, definição e execução de operações de paz em países que estão em processo
de conflito militar, estabelecimento de sanções internacionais a países que adotam medidas que
ameaçam a paz e a segurança no mundo ou em determinadas regiões, e, autorização de ações
militares que visem o estabelecimento da paz.
O Conselho é composto por 15 membros, tendo cinco membros permanentes com poder
de veto: os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a União Soviética e a República da China. Os
demais dez membros são eleitos pela Assembleia Geral para mandatos de dois anos. Uma
resolução do Conselho de Segurança é aprovada se tiver maioria de nove dos quinze membros,
inclusive os cinco membros permanentes. Um voto negativo de um membro permanente
configura um veto à resolução. A abstenção de um membro permanente não configura veto.
Uma imagem composta de três fotografias tirada em 23 de outubro de 1962, durante uma reunião do Conselho de
Segurança das Nações Unidas sobre a Crise dos Mísseis Cubanos. A partir da esquerda, vice-ministro soviético Valerian
Zorin; Representante Permanente de Cuba nas Nações Unidas, Mario Garcia-Inchaustegui; E o embaixador dos EUA,
Adlai Stevenson (Library of Congress)
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4. Guerra Fria
4.1. Introdução
A Crise do Misseis de Cuba acontece em meio a Guerra Fria, momento em que o mundo se
encontra bipolarizado. De um lado, o capitalismo, do outro, o socialismo.
Logo após a Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos da América e a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas se encontram de lados opostos ideologicamente e lutam pela
hegemonia política, econômica e militar.
O termo “Guerra Fria” se refere à falta de conflito militar (direto) entre EUA e URSS devido
ao forte poderio bélico que os dois possuem, tão enorme, que uma guerra entre os dois
acarretaria em sérias consequências para todo o planeta. Então, a o embate entre EUA e URSS é
feito de forma indireta.
4.2. A Paz Armada
Os EUA e a URSS se envolveram em uma corrida armamentista, em que ambos tentam
provar como são superiores militarmente desenvolvendo armas e as proliferando junto com
poderosos exércitos pelos territórios de seus respectivos aliados. O período é conhecido como
“paz armada” porque enquanto houver um equilíbrio bélico entre as potências uma guerra
dificilmente acontecerá, já que um poderia facilmente aniquilar o outro.
Dois blocos militares opostos foram formados. Temos, então, a criação da OTAN
(Organização do Tratado do Atlântico Norte) ,em 1949, liderada pelos EUA e que tem como
membros: EUA, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica,
Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
O Artigo 5º do Tratado declara que “um ataque armado contra um ou mais deles
[membros aliados] deve ser considerado um ataque contra todos” e que cada aliado tomará “a
ação que considerar necessária, incluindo o uso de força militar” em resposta.
Já o Pacto de Varsóvia (resposta soviética à OTAN) é comandado pela URSS e tem como
aliados: URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia,
Tchecoslováquia e Polônia.
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4.3. Corrida Espacial
Além da “Corrida Armamentista” EUA e URSS batalham por conquistas na área espacial,
tentando mostrar ao mundo quem é a potência mais avançada. Em 1957 a URSS lançou o primeiro
foguete com um ser vivo ao espaço.
4.4. Combate Ideológico
Tanto os EUA quanto a URSS tentam mostrar ao mundo seu modelo como o ideal a ser
seguido.
EUA faz um intenso marketing do capitalismo e do estilo de vida americano como ideal por
todo o mundo e tenta combater o comunismo a qualquer custo.
A URSS não tolera o capitalismo e usa tudo que está em seu poder para impedir que este
se espalhe por seus territórios.
4.5. Divisão da Alemanha
URSS e EUA lutam por zonas de influência no
Divisão da Alemanha após o
mundo. No caso da Alemanha, o país foi dividido em duas
término da Segunda Guerra
áreas de ocupação.
Mundial
Figura 2
A República Democrática da Alemanha, com capital
em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e,
portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com
capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência
dos países capitalistas.
Como Berlim é muito importante, a cidade também
foi dividida entre URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961,
um muro foi construído separando o socialismo do
capitalismo. Os EUA fizeram questão de transformar o seu
lado de Berlim em uma vitrine do capitalismo.
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4.6. Plano Marshall e COMECON
O Plano Marshall (Plano de Recuperação Europeia) foi idealizado pelos EUA e lançado em
1947. O Plano prevê a oferta de auxílio econômico aos países europeus que foram destruídos pela
guerra. O principal objetivo é aumentar a influência dos EUA na Europa, que se encontra
debilitada e conter o socialismo. Os EUA, inclusive, ofertaram ajuda a URSS que negou, pois Stalin
julgou que se tratava de uma armadilha e desejava reerguer os países de sua influência sem a
ajuda dos capitalistas.
O COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua) foi criado em 1949. Tem como
objetivo garantir o auxilio mútuo aos países socialistas e a integração econômico do leste europeu.
O COMECON pode ser considerado como uma resposta soviética a criação do Plano Marshall.
4.7. Guerra da Coréia
Aconteceu entre 1951 e 1953 e foi fruto da disputa entre EUA e URSS. Ao final da Segunda
Guerra a Coréia estava dividida entre duas zonas de influência. Ao sul era dominada pelos EUA e
ao norte pela URSS, a divisão (firmada na Conferência de Potsdam) era feita pelo paralelo 38º.
Tanto o governo norte-americano quanto o soviético reivindicavam pelo controle total da região,
até que um conflito militar se inicia. O armistício de Panmunjon trouxe paz ao conflito, e zonas
desmilitarizadas foram estabelecidas, mas ainda não se chegou a uma resolução definitiva e a
tensão permanece.
4.8. Guerra do Vietnã
Durante a Segunda Guerra o Japão invadiu e dominou a região que era de posse francesa.
Os vietnamitas formaram uma frente revolucionaria para a independência do Vietnã que foi
reconhecida em 1954 na Conferência de Genebra que também definiu que o Vietnã ficaria
dividido em:
- Vietnã do Norte: socialista governado por Ho Chin Minh
- Vietnã do Sul: capitalista governado por Ngo Dinh-Diem
Essa divisão deveria ser mantida até as eleições em 1956, quando o país seria unificado. Em
1955 Ngo Diem liderou um golpe militar e se tornou ditador, cancelando as eleições e
proclamando a independência do sul. Os americanos o apoiaram, pois acreditavam que os
socialistas venceriam as eleições se essas acontecessem, e considerando o contexto da guerra fria
a vitória socialista significaria o aumento da influência da URSS. A guerra ainda acontece em 1962.
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5. Questão Cubana
Inicialmente uma colônia espanhola, Cuba conseguiu sua independência no ano de 1898,
com a ajuda da potência norte-americana, pela chamada Guerra Hispano Americana. A partir de
então a interferência estadunidense só foi aumentando, principalmente com a Emenda Platt: uma
emenda na constituição cubana que permitia aos EUA uma livre interferência sempre que fosse
constatado que seus interesses na ilha estivessem ameaçados.
No fim da década de 20, Cuba se encontrava em uma crise econômica, pois estava com
dificuldades de vender açúcar por decorrência da crise financeira externa.
Consequentemente, o governante, Geraldo Machado, sentia uma extrema dificuldade em
governar seu país, sem dinheiro e sem apoio popular, o mesmo foi deposto em 1933 em um golpe
militar liderado por Fulgêncio Batista. Desde então passaram vários governantes, todos militares,
mostrando que o governo democrático cubano era apenas uma fachada.
Esse cenário politico estende-se até 1939, com a criação de uma nova constituição cubana
e um ano mais tarde, com a eleição de Batista de forma democrática através de votação direta
pelo povo cubano. Batista mantem-se no poder até o fim de seu mandado. Em 1944, Batista
perdeu sua reeleição, então foi para Flórida (EUA) e retornou a Cuba ,em 1952, aplicando um
golpe de estado e assumindo como ditador, com o apoio americano, tendo essa ditadura seu fim
em 1959 concomitantemente à Revolução Cubana.
Fulgêncio tinha um grande opositor que não concordava com seu jeito capitalista de
governar, Fidel Castro, um socialista que tinha como objetivo derrubar o governante do poder e
ainda acabar com toda influência norte americana na ilha. Enquanto estava exilado no México ele
conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros que iriam por início a seus planos de tomar o
governo de Cuba.
Fidel Castro acompanhado de seus aliados Camilo Cienfuegos e Ernesto Che Guevara,em
1957, reuniu um grupo de aproximadamente 80 guerrilheiros, que se instalaram nas florestas de
Sierra Maestra para combater as forças do governo. Essa guerrilha resultou na morte e na prisão
de muitos homens de Fidel. Mesmo assim, acompanhado de Che Guevara, não desistiu e, ainda
que, com um grupo bem reduzido continuou a luta.
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Revolucionários Cubanos
Visto que o número de guerrilheiros era reduzido, Fidel buscou apoio popular e através de
transmissões de rádio começou a divulgar seus ideais, assim, conquistando tal apoio. Reuniu
muitos operários e camponeses que se sentiam motivados pela luta de Fidel. A entrada de muitos
cubanos acabou contribuindo para que conquistassem diversas cidades, consequentemente o
exército de Fulgêncio sentia- se enfraquecido e, assim, Fidel assumiu o poder cubano.
É importante mencionar que a Revolução Cubana ocorreu de certa forma, sem qualquer
interferência internacional. A inteligência norte-americana, vendo a recusa de Moscou em auxiliar
Fidel e seus homens na revolução, não interpretou essa revolta como sendo um evento de grande
mudança no país e por isso negou qualquer auxílio a Batista. A adesão Cubana ao modelo
socialista da URSS acontece posteriormente à tomada de poder, inclusive após a recusa de auxílio
financeiro dos EUA à ilha caribenha, o que acabou estreitando ainda mais os laços entre Cuba e
URSS.
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6. Relação Cuba-EUA-URSS
O governo americano cortou relações diplomáticas com a ilha, além de aplicar embargos
pesados, e tentar constantemente derrubar o governo castrista, principalmente após a reforma
agrária e nacionalização de várias empresas americanas residentes no país.
A separação entre os EUA e Cuba, abriu espaço para que a URSS pudesse aumentar sua
influência política e econômica. A URSS foi progressivamente aumentando sua área de influência
dentro do regime, comprando o açúcar cubano a bons preços e vendendo petróleo a preços
preferenciais, com esses laços se estreitando progressivamente, posteriormente até com a venda
de armas e com a implantação de mísseis na ilha.
Fidel Castro embracing Soviet Premier Nikita Khrushchev, 1961
Com a problemática em Berlim e com a falta de resposta de Kennedy, o Primeiro ministro
soviético, e também líder do partido comunista, Nikita Khrushchev considera o presidente
americano ‘fraco’ e acredita que este não vá responder energicamente aos mísseis em Cuba. O
governo soviético está alinhado com o regime cubano e esse apoio só se consolida com a política
americana agressiva.
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7. A Crise dos Mísseis
Como foi dito anteriormente, os EUA e a URSS estiveram envolvidos em uma corrida
armamentista e os dois se encontram muito fortes militarmente, tendo desenvolvido armas
nucleares que podiam causar destruição mutua, um fato que gera muita tensão no mundo.
Agora, em 1962, essa tensão se tornou ainda maior, e o mundo está muito perto de uma Terceira
Guerra Mundial. A URSS não ficou contente com os misseis americanos na Turquia, ou com a
tentativa de invasão norte-americana em Cuba.
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8. Dia após dia da Crise
No dia 14 de outubro de 1962 o governo americano tomou posse de evidências fotográficas que
indicam a presença de instalações que poderiam abrigar misseis nucleares soviéticos em Cuba.
No dia 16 de outubro a informação foi confirmada pelo National Photographic Interpretation
Center.
No dia 17 de outubro o governo americano considerava suas opções, e Khrushchev (que não
estava ciente que os americanos tinham as fotos das instalações) escreveu para o Presidente
Kennedy dizendo que se tratavam apenas de armas de defesa.
No dia 20 de outubro Kennedy decide assinar a ordem de quarentena.
No dia 22 de outubro o Presidente americano fez um pronunciamento na televisão. Tratava-se de
um ultimato: os soviéticos deveriam retirar os misseis ou sofreriam retaliação nuclear. Kennedy
também mencionou a quarentena. No mesmo dia os EUA consultaram o Conselho de Segurança
da ONU pedindo que bases estrangeiras fossem desarticuladas e que observadores fossem
despachados para a ilha.
Presidente John F. Kennedy diz que ao povo
americano de que os EUA ira criar um bloqueio
naval contra Cuba, durante um discurso na
televisão e rádio, em 22 de outubro de 1962, a
partir da Casa Branca. O presidente também
disse que os EUA iriam dar uma “resposta
completa em retaliação à União Soviética se
qualquer míssil nuclear fosse disparado em
qualquer nação deste hemisfério”. (AP Photo /
Bill Allen
Atenção!
O comitê terá início no dia 23 de outubro de 1962 e os delegados serão informados em
todas as sessões em que dia estão (avanços temporais podem acontecer). Ademais os press
releases os manterão informados do que se passa no mundo enquanto os senhores estão reunidos
tentando solucionar a crise.
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9. Posicionamentos
9.1. Brasil
O país vem tentando intermediar uma boa convivência entre Cuba e Estados Unidos,
apesar da ambiguidade mostrada pelo governo Jango. A nação se posiciona receosa no que tange
uma possível guerra nuclear, uma preocupação de cunho mundial.
9.2. Chile
Em 1947 o país rompeu relações com a URSS. Nos últimos anos vem crescendo cada vez
mais seu alinhamento com os Estados Unidos, principalmente pelo fato da Republica Chilena ser o
principal país a receber investimentos dos norte-americanos e o principal aliado comercial dos
mesmos.
9.3. China
A China vive seus próprios conflitos internos entre a República Popular da China (socialista)
que nesse período já tinha rompido com a URSS por diferenças ideológicas entre seus líderes e a
China “capitalista” (Taiwan), esta segunda ocupando o assento na ONU, apoiada pelos Estados
Unidos como tentativa de impedir avanços comunistas.
9.4. Cuba
O governo de Fidel Castro ordenou a mobilização de toda a população para a proteção dos
postos de defesa do litoral e relembrou que o país suportou todas as tentativas de invasão norteamericana em Cuba e que fará de tudo para a proteção da nação cubana. A permanência dos
mísseis soviéticos no Caribe é de extrema importância, para que a República Cubana tenha sua
soberania respeitada e que os norte-americanos fiquem longe do território cubano.
9.5. EUA
O discurso do presidente Kennedy alegando a atitude anti-diplomática por parte da URSS e
da República Cubana trouxe grande preocupação a todas as nações da América. O governo
americano não só se preocupa com a ameaça às vidas americanas, mas também fica receoso com
o avanço do comunismo e toma liderança no combate a tal ameaça que se encontra bem próxima
ao seu estado nacional e fará o possível e impossível para que a mesma seja finalizada.
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9.6. França
A França foi um dos primeiros países a aceitar a proposta da quarentena, sugerida pelo
governo dos Estados Unidos, numa tentativa de restaurar a paz e reduzir a tensão que ficou em
torno do mundo. Um importante membro do bloco ocidental, a França começou a desenvolver a
sua força de defesa e retirou a sua frota mediterrânica da OTAN devido a respostas inadequadas
dos Estados Unidos, indo além, com a proibição da colocação de armas nucleares no seu território.
9.7. Gana
Uma nação que acabou de se tornar independente das amarras colonizadoras europeias,
apoiada pela URSS que buscava estender influências sobre a África.
9.8. Itália, Reino Unido e Turquia
Aliados dos Estados Unidos da América protagonizaram o momento mais tenso da Crise
dos Misseis. Foi após a descoberta de mísseis estadunidenses em solos italiano, inglês e turco que
a URSS instalou mísseis no território cubano como resposta a estes.
More than 100 US-built missiles having the
capability to strike Moscow with nuclear
warheads were deployed in Italy and Turkey
in 1961.
9.9. URSS
A URSS aproveitou a deterioração das relações bilaterais dos Estados Unidos e Cuba, e
tendo Cuba como aliada, a prestação de assistência econômica, financeira e militar para Cuba era
de responsabilidade soviética. O motivo que Khrushchev tinha por trás da criação das ogivas era
combater o estoque de mísseis dos Estados Unidos da América configurados na Turquia.
9.10. Venezuela
Como muitos dos países latino-americanos, a Venezuela se posicionou favoravelmente aos
Estados Unidos, até mesmo posicionando navios da marinha em direção a Cuba. Além disso,
Venezuela e outros países do hemisfério sul disponibilizaram-se para colaborar num embargo
contra Cuba.
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9.11. OTAN
O primeiro Secretário-Geral da OTAN disse que a principal prioridade da OTAN é manter os
russos fora, os americanos dentro. Embora não oficial esta é, mais ou menos, a posição detida pela
OTAN durante a Crise dos Mísseis. A retirada francesa da base militar da OTAN veio como um
golpe para a organização naquele ponto já eles não estavam preparados para tais ações que nem
tinham sido esperadas.
9.12. Pacto de Varsóvia
Uma aliança criada com o objetivo de se contrapor a OTAN, onde países membros da URSS
e aliados estabeleceram um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares e
legalizando na prática a presença de milhões de militares soviéticos nos países do leste europeu
desde 1945.
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10. Links Úteis
http://veja.abril.com.br/historia/crise-dos-misseis/especial-capaeua-urss.shtml
http://pessoas.hsw.uol.com.br/crise-misseis-cuba.htm
http://www.msia.org.br/50-anos-da-crise-dos-misseis-de-cubalicoes-atuais/
http://www.un.org/en/sc/
http://www.un.org/ru/sc/meetings/records/1962/ (em inglês)
http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/divirta-estudando/5filmes-para-voce-estudar-a-guerra-fria/ (recomendações de filmes)
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11. Bibliografia
http://muntr.org/Study-Guides/JCC-Study-Guide.pdf
http://www.cubacrisis.net/
https://en.wikipedia.org/wiki/Cuban_Missile_Crisis
http://www.suapesquisa.com/guerrafria
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/guerra-fria.htm
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/guerrafria.htm
http://guerrafria-espr.blogspot.com.br/2011/03/comecon-e-o-pactode-varsovia.html
http://hid0141.blogspot.com.br/2012/10/50-anos-atras-crise-dosmisseis-de-cuba.html
http://www.jfklibrary.org/JFK/JFK-in-History/The-ColdWar.aspxwww.bbc.co.uk/history/worldwars/coldwar/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/cuba-1-fulgenciobatista-fidel-castro-e-a-historia-da-revolucao-cubana.htm
http://www.laizquierdadiario.com/La-revolucion-cubana-de-1959
http://www.history.com/topics/cold-war/nikita-sergeyevichkhrushchev
http://www.estudopratico.com.br/revolucao-cubana-causas-econsequencias/
http://www.history.com/topics/cold-war/fidel-castro
http://www.resumosetrabalhos.com.br/geografia-cubana.html
http://veja.abril.com.br/historia/crise-dos-misseis/especial-capaeua-urss.shtml
http://www.dw.com/pt/1962-ultimato-de-kennedy-na-
crise-dos-m%C3%ADsseis-de-cuba/a-974637
http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=150
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