Macroprograma 1 Grandes Desafios Nacionais Projeto em Rede
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Macroprograma 1 Grandes Desafios Nacionais Projeto em Rede
Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão Macroprograma 1 Grandes Desafios Nacionais Projeto em Rede Anexo do Plano Gerencial FLORESTAS ENERGÉTICAS NA MATRIZ DE AGROENERGIA BRASILEIRA Identificação do Líder do Projeto em Rede Nome: Antonio Francisco Jurado Bellote Unidade de origem: Embrapa Florestas E-mail: [email protected] Telefone: (41) 3675 56 46 Chamada Edital (ex.: 01/2006): Edital: 01/2006 Linha Temática: 01 Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão PROJETO - Descrição Caracterização do Problema Focalizado pelo Projeto em Rede A necessidade de mudança na composição da matriz energética e de estabelecimento de um novo paradigma de crescimento mundial é necessária e urgente. Não há mais como o Brasil postergar uma atitude firme relacionada à liderança mundial do estado da arte de produzir energia renovável baseada em biomassa florestal, contraponto de suas vantagens comparativas para dominar o comércio internacional de agroenergia. A consciência do esgotamento das fontes de carbono fósseis, potencializada pela pressão da sociedade pela proteção ambiental, deflagrará uma corrida rumo a sucedâneos energéticos, que permitam tornar a transição da matriz energética mais segura e menos traumática para a qualidade de vida e para a garantia de abastecimento energético. É lícito imaginar portentosos investimentos em PD&I de alternativas energéticas, formando um arco que abrangerá energia fotovoltaica, eólica, das marés, geotérmica, células de combustível, nuclear e agroenergia. Finalmente, porém não menos importante, se o problema de abastecimento sustentável de energia é muito sério, não menos desafiador é o equacionamento dos problemas de emprego/geração de renda/distribuição de renda, que afeta, indistintamente, embora em diferentes graus, todos os países do mundo. Embora não exista um estudo definitivo comparando a geração de emprego e renda e sua distribuição, cotejando as cadeias de energia de carbono fóssil e de bioenergia, os estudos parciais disponíveis e o senso comum indicam que é possível gerar 10-20 vezes mais empregos na agricultura de energia que na extração de petróleo, gás natural ou carvão mineral. Por definição, a produção agrícola desconcentra renda mais intensamente que a extração de petróleo ou gás, podendo tornar o Brasil um paradigma mundial de como enfrentar três grandes desafios do século XXI com uma única política pública: o desafio da produção de energia sustentável, da proteção ambiental e da geração de emprego e renda, com distribuição mais eqüitativa, através do incentivo à agricultura de energia. A matriz energética no Brasil é baseada nas hidrelétricas e nos combustíveis fósseis. Os cursos d’água com potencial para construções de novas hidrelétricas são cada vez mais raros e distantes dos centros consumidores de energia, o que tornam os custos e as perdas de transmissão, muito elevados. Outro problema preocupante são os impactos ambientais negativos das barragens e grandes lagos artificiais formados. De um modo geral, os espelhos d’água são rasos, passíveis de assoreamento e possuem grandes extensões que facilitam a evaporação da água acumulada e não permitem uma energia potencial suficiente para geração de energia elétrica de forma economicamente vantajosa. Além do mais, com as mudanças climáticas os níveis dos reservatórios passam, com muita freqüência, um grande período abaixo do mínimo admissível para geração de energia e abastecimento de água potável, dos centros consumidores que deles dependem para funcionamento da sociedade moderna. Muitas dessas áreas se fossem cobertas com florestas visando a produção de energia elétrica através da combustão da biomassa produzida teria maior rendimento em energia e muito menor impacto ambiental. As fontes de combustíveis fósseis estão em processo de estabilização ou declínio de sua produção, sendo considerado decretado o seu fim dentro de menos de uma centena de anos. Por outro lado, as instabilidades da política e do comércio internacionais têm elevado os preços dos combustíveis fósseis a patamares exorbitantes e acentuado a crise de energia em todo o planeta. Os preços elevaram-se de tal forma que tornaram competitivas muitas fontes alternativas de energia que até hoje eram consideradas impensáveis. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão Assim, para reforçar a matriz energética nacional, uma alternativa é aumentar a participação da biomassa de origem florestal. A biomassa florestal além de ter sido a primeira fonte energia usada pela humanidade ainda é a maior fonte de energia como lenha e carvão nos países subdesenvolvidos. Além disso, esta biomassa é obtida de fonte renovável e tem balanço nulo no efeito estufa quando for usada para energia e é um excelente fixador de carbono quando for empregado para outros fins. O Brasil possui extensas áreas de florestas nativas que podem ter manejo sustentável viabilizado se apoiadas por tecnologias de geração e co-geração de energia elétrica a partir da biomassa florestal. Estudos mostram que o preço da energia elétrica assim gerada é competitivo, se forem retirados os subsídios dados ao óleo combustível, que atualmente são usados nas termoelétricas na região Norte do país. Em regiões do país em que não mais existam florestas nativas, ou que estejam sob risco de extinção, pode-se além de promover o plantio de espécies nativas, também o de espécies introduzidas, como o eucalipto e Acácia mangium, para aliviar a pressão sobre as matas nativas. As plantações florestais ocupam menos que 1% da área agricultável do Brasil. Temos, portanto, um potencial de crescimento de áreas com florestas plantadas fabuloso e com perspectivas animadoras. Nosso país possui água e energia solar, ideais para o crescimento de muitas espécies arbóreas, o que nos coloca em posição de vantagem comparativa invejável. Por exemplo, nossa produção de madeira por hectare por ano pode atingir a marca de 50 m3, em muitas regiões do País, ao passo que na Finlândia não passa dos 5 m3 por hectare por ano; ainda assim, este país atingiu um alto grau de desenvolvimento e sua principal renda tem origem no setor florestal. Para uso da biomassa florestal como fonte de energia em grande escala em nosso País tem-se que vencer dois principais desafios. O primeiro é a produção da biomassa em escala, ou seja, a generalização de plantações florestais. Estas plantações deverão obedecer ao nosso código florestal, que muito embora seja da década de 60 ainda é arrojado, pertinente e atual. De preferência, estes plantios deverão ser incentivados nas pequenas propriedades de forma integrada com as demais culturas evitando-se a monocultura. Todavia, não dispomos em quantidade suficiente e na qualidade desejável de material propagativo, quer sejam mudas ou sementes. Assim, será preciso o desenvolvimento de tecnologias simples e baratas disponíveis aos pequenos produtores rurais de sementes e mudas das espécies arbóreas mais adequadas às condições edafoclimáticas do nosso extenso território. O segundo problema a ser enfrentado é o desenvolvimento de tecnologias de conversão da biomassa em energia. Algumas tecnologias arcaicas e ineficientes são usadas e bastante difundidas no Brasil, por exemplo, os fornos de carbonização para formação de carvão, chamados de rabos-quentes. Estes fornos são energeticamente ineficientes, apresentam baixa taxa de conversão, desperdiçam os finos de carvão, a moinha, e também os vapores da pirólise, o licor pirolenhoso. Além da perda de produtos que poderiam aumentar a rentabilidade do processo, esta tecnologia não é ambientalmente amigável. Assim, existe a necessidade de disponibilizar tecnologias mais eficientes e sustentáveis. Por outro lado, deve-se desenvolver e adaptar outras tecnologias ainda não usadas ou em estado embrionário no país, como a compactação de biomassa florestal e a produção de bio-óleo, celulignina, álcool e outros derivados de alto valor agregado. Estes produtos são uma forma de promover o aumento da densidade energética da biomassa proporcionando, dentre outras vantagens, uma logística de transporte competitiva. O bio-óleo é obtido da pirólise rápida da biomassa florestal e pode substituir o óleo combustível usado pelas indústrias na geração de energia elétrica e vapor d’água de processo. A celulignina é um dos sub-produtos de processo hidro-térmico com pré-hidrólise ácida da biomassa florestal, podendo ser usado diretamente nas caldeiras ou nas turbinas Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão para geração de energia elétrica. Tanto o processo de pirólise rápida, como o de préhidrólise ácida já possuem usinas piloto em operação no país. Uma solução para compor a matriz energética nacional é formar arranjos produtivos locais baseados nessas tecnologias de verdadeiras usinas de refino de biomassa. Todas as soluções tecnológicas citadas devem, também, passar por análises de viabilidade econômica da cadeia produtiva e por estudos de impactos sócio-econômicos e ambientais que porventura possam gerar. O Brasil lidera a produção de biomassa florestal para celulose, papel e energia pelo enorme sucesso na silvicultura, no melhoramento genético e na produção de mudas por sementes e processos clonais. A produção concentra-se no anterior domínio da Floresta Atlântica, onde os eucaliptos apresentam as maiores taxas de uso de recursos ambientais já registradas em lenhosas (WHITEHEAD & BEADLE, 2004). Entretanto, quando se pretende expandir os plantios para outros biomas, existem limitações de zoneamento de espécies e de oferta de sementes para produção de energia renovável para a combustão direta da biomassa sólida no uso residencial, em micronegócios urbanos, no agronegócio, na agroindústria e na geração de vapor em caldeiras ou para a produção de energia elétrica. A produção de carvão para siderurgia é uma fonte limpa e renovável de energia que pode ser melhorada onde o maior entrave é o da alta variabilidade na qualidade advindo das diferenças químicas e físicas da madeira (TRUGILHO et al., 2005) e do processo de produção primitivo. Esse também demanda a elevação dos índices tecnológicos que possibilitará o aproveitamento de compostos derivados, como o licor pirolenhoso e o alcatrão, que atenderiam a expansão da agricultura orgânica e das fontes energéticas. Outra fonte energética viável é por briquetes na substituição da lenha e do carvão vegetal. Na consolidação do uso da biomassa de origem florestal o maior desafio é produzir de combustíveis limpos como o etanol a partir de celulose, que representa a maior fonte de biomassa global (LIN & TANAKA, 2006). Os biocombustíveis são excelentes alternativas para a redução das emissões de gases ou partículas tóxicas nocivas ä saúde humana e ao meio ambiente. O maior desafio de pesquisa é a busca de conhecimentos multidisciplinares para bioconversao eficiente das matrizes ligninocelulose, com visão científica e tecnológica capazes de contribuir com o aumento de fontes de energia sustentáveis. A contribuição esperada no projeto é a indicação de materiais genéticos, aumento da oferta de germoplasma e de sementes, melhoria das características da madeira e apropriação de silvicultura especifica para produção energética. Nos processos agroindustriais, pretende-se obter subsídios para aumento da eficiência energética de produtos e equipamentos e a geração de derivados energéticos de alto valor agregado. Com as ações de transferência de tecnologias para o segmento produtor-transformador são esperados, aumento de renda, de fontes de trabalho e de qualidade de vida com menor impacto ambiental. Hipóteses ou Questões Técnico-Científicas - O estabelecimento de áreas de produção de sementes nas diferentes regiões do País atenderá a demanda de sementes para a expansão de plantios florestais aptos à produção de biomassa energética. - A plasticidade existente entre as diferentes espécies florestais utilizadas no País possibilitará a seleção daquelas que suportem as diferentes condições edafoclimáticas e com isso propiciar a base silvicultural necessária à expansão do plantio de florestas para fins energéticos, nas distintas regiões. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão - A disponibilização de informações silviculturais e de espécies apropriadas para atender as necessidades de plantios contribuirá para a expansão da base florestal e dará suporte para o estabelecimento de plantios florestais para atender a produção de biomassa para a matriz energética brasileira, bem como aumentar a geração de emprego e renda, inclusive na pequena propriedade rural. - A escolha de áreas potenciais nas diferentes regiões e o emprego de espécies florestais adequadas a cada condição edafoclimática permitirá um zoneamento das espécies mais produtivas para formação de plantações florestas. - A compactação é um processo fundamental para adensamento energético de resíduos florestais e madeireiros e viabiliza o transporte em longas distâncias. - Há aperfeiçoamentos e inovações conceituais e tecnológicas, que podem e devem ser atribuídas aos equipamentos usados para combustão direta da madeira em ambientes residenciais e em pequenos empreendimentos industriais. - A termo-retificação da madeira pode ser um importante processo de agregação de valor da madeira para uso energético. - Os equipamentos usados na produção de carvão vegetal podem ser inovados e aperfeiçoados para aumentar a eficiência energética, o rendimento e diminuir a poluição. - A obtenção de linhagens melhoradas de fungos biodegradadores de celuloses permitirá a produção de extratos enzimáticos para hidrolisar a biomassa florestal com eficiência visando a produção de biocombustível. - É possível produzir carvão, bio-óleo e extrato ácido, com o uso da biomassa florestal pelo processo de pirólise rápida. - A celulignina obtida a partir de biomassa florestal poderá gerar energia e gás de síntese. - As cadeias produtivas de plantios florestais com finalidades energéticas podem se tornar fontes viáveis, competitivas e sustentáveis de produção de biocombustíveis. - Há possibilidade do mercado de crédito de carbono se tornar uma alternativa viável de negócio. Estado da Arte A humanidade apresenta dependência energética proveniente de carbono fóssil, que representam aproximadamente 80% da necessidade energética global. Deste total, 36% corresponde ao petróleo, 23% carvão mineral e 21 % gás natural (INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2004). Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, na matriz energética brasileira o carbono fóssil representa 56,6%, sendo petróleo 43,1%; carvão mineral 6% e gás natural 7,5%. Destaca-se que as fontes renováveis têm grande contribuição, sendo que a energia elétrica participa com 14% e a produção de biomassa tradicional com 8,5%. As reservas comprovadas de petróleo deverão abastecer o mundo pelos próximos 40 anos. Novas reservas serão descobertas, porém a taxas inferiores ao crescimento da demanda. No médio prazo, a instabilidade política do Oriente Médio, o qual detém 78% das reservas, incentivará a busca por fontes alternativas de energia. O caráter finito das fontes petrolíferas e o excesso de poluição provenientes da energia derivada de petróleo estimula a sociedade global a pressionar por energia limpa, onde as mais evidentes são a biomassa, energia solar, energia eólica, energia dos oceanos e energia nuclear (LIMA, 2006). O Plano Nacional de Agroenergia elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, tem ressaltado os pontos positivos e negativos e as reais possibilidades de participação de cada fonte da matriz energética. Neste contexto, é possível observar que as fontes renováveis, Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão apesar dos custos altos de obtenção, riscos de intermitência, distribuição desigual e estágio tecnológico inferior às demais fontes em uso, apresentam aspectos positivos como a sustentabilidade dos sistemas e baixa emissão de gases de efeito estufa (BRASIL, 2005). A demanda por energia renovável, incluindo fontes oriundas de produtos agrícolas e florestais, hidroelétricas, eólicas, geotérmicas, solar e energia dos oceanos, deverá crescer 2,3% ao ano, nas duas próximas décadas, não considerando as interferências de políticas públicas ou de pressões sociais (INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2000). Segundo Hall e Rao (1999), a biomassa representa a maior fonte sustentável de energia renovável, composta por 220 bilhões de toneladas de matéria seca anual disponíveis para uso energético. A bioenergia continua sendo uma importante fonte na matriz energética para os países em desenvolvimento. No Brasil, a biomassa (lenha) foi a principal fonte de energia primária, por mais de 450 anos. Há 65 anos atrás, a madeira respondia por 75% do total da energia consumida. Em função da disponibilidade tecnológica e do baixo custo dos derivados de petróleo, em 1998, a energia proveniente da biomassa caiu para 9% (LIMA & BAJAY, 2000). O suprimento de madeira ao mundo provém, na sua maior parte, das florestas naturais (65%), sendo apenas 35% provenientes das florestas plantadas, demonstrando ainda a grande pressão de consumo existente sobre as florestas naturais. Atualmente, o Brasil possui, aproximadamente, cinco milhões de hectares de florestas plantadas, das quais 64% são florestas de eucalipto presentes em pouco mais de quinhentos municípios brasileiros. A demanda brasileira situa-se ao redor de trezentos e cinqüenta milhões de metros cúbicos de madeira, sendo que as florestas de eucalipto suprem apenas um terço do total da demanda anual e atual de madeira. A participação das florestas plantadas no Brasil tem crescido sensivelmente nos últimos anos, principalmente no segmento de celulose e papel, onde 100% da madeira provém do reflorestamento com o eucalipto e pinus. Para a indústria do carvão vegetal, a área de florestas plantadas, principalmente com o eucalipto, cresceu de 34% em 1990, para 72% em 2000 (BRASIL, 2005). A demanda de madeira de eucalipto para a industria de madeira já é maior que a oferta, sendo que a partir de 2007 espera-se um déficit que certamente limitará o crescimento do setor, levando ä importação e ou aumento do consumo de florestas naturais (ROXO, 2003). O consumo de lenha para geração de energia deverá concentrar-se, ainda, na demanda crescente dos setores da agroindústria rural, na secagem de grãos, chá ou tabaco, na produção de tijolos e na indústria cerâmica. A conversão de energia e o acesso a sua utilização estão entre os grandes desafios de nosso tempo, incluindo a sustentabilidade, qualidade ambiental, segurança e qualidade de vida, além da melhoria dos processos, resultando em melhores índices de conversão da biomassa em energia. A principal utilização da madeira para energia encontra-se atrelada à sua combustão direta, na forma sólida, destinada a geração de calor para diversos fins. Nesse contexto, estão incluídos os tradicionais fogões a lenha, até as mais modernas caldeiras geradoras de vapor, que operam a combustão em leito fluidizado. No campo das transformações, a pirólise surge como instrumento fundamental, por exemplo, para os processos de termo-retificação e de carbonização da madeira. Na mesma proporção, os processos de compactação permitem o adensamento energético e a melhoria das condições de armazenamento, de transporte e de rendimento energético de resíduos florestais e madeireiros. Mesmo em se considerando a existência de trabalhos para tais rotas, cabem ainda pesquisas que visem aperfeiçoamentos, avanços e inovações tecnológicas. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão Países, como o Brasil, a África e a China, utilizam em larga escala o carvão vegetal como fonte de energia e matéria-prima, especialmente para as indústrias siderúrgicas. Em se tratando do Brasil, alguns milhões de metros cúbicos de madeira, de origem nativa e plantada, são destinados anualmente para a produção dessa importante matéria-prima. A siderurgia necessita de grandes quantidades de carvão vegetal. Um problema relacionado ao uso do carvão vegetal é a sua variabilidade em qualidade, uma vez que esse produto sofre grande influência das características químicas, anatômicas e físicas da madeira e do processo de carbonização. A variabilidade ocasiona desperdício do material, podendo inclusive dificultar a operação dos altos fornos siderúrgicos. Dentro desse contexto, a seleção de novas matérias-prima deve, levar em consideração as informações relacionadas a essas características. Também se faz necessário desenvolver protótipos de sistemas de carbonização que visem, além do aumento da produtividade, menos esforços físicos dos trabalhadores e condições mais próprias e dignas de trabalho. No processo de desenvolvimento de novas tecnologias, a biotecnologia é uma ferramenta poderosa no auxilio aos questionamentos impostos por estes desafios. A biotecnologia tem demonstrado que é capaz de originar os mais importantes e inovadores processos de conversão de energia. Como exemplo, a celulose é a fonte biológica natural renovável mais abundante do planeta e a produção de produtos e bioenergia baseada na matriz lignocelulósica, é importante para o desenvolvimento sustentável do ser humano. Há uma grande variedade de oportunidades bioenergéticas, tecnologias e aplicações a serem consideradas. Como fontes de celulose têm-se as florestas plantadas, notadamente as de eucaliptos, a agricultura e os resíduos agroflorestais e como tecnologias disponíveis estão a combustão de material lignocelulósico, a gaseificação, a pirólise e a digestão anaeróbica que podem ser direcionadas para diversas aplicações, tais como: a geração de eletricidade, de calor e para o setor de transporte na substituição dos derivados do petróleo. No Brasil a produção de álcool a partir da cana-de-açúcar contribui significativamente para a redução da dependência de combustível fóssil no País e também atenua os problemas ambientais associados ao uso contínuo de derivados de petróleo. A produção de etanol tem grande potencial ambiental, econômico, social e benefícios em segurança estratégica. O uso de resíduos florestais como fonte renovável de combustível tem a vantagem de propiciar melhorias nas condições ambientais, pela redução de emissões de gás carbônico, podendo estar associada positivamente com a mudança de clima global. Outra vantagem da utilização da biomassa florestal como fonte de energia renovável é a possibilidade de implantação de industrias regionais contribuindo com a geração de empregos permanentes e rendas familiares. O aproveitamento da lignocelulose na produção de energia ainda depende de procedimentos que reduzam o custo de produção e/ou aumentem a atividade das enzimas hidrolíticas, assim como, o aperfeiçoamento na construção de biorreatores, para o uso da fermentação semi-sólida em escala comercial. O conceito de biorefinaria, ou seja, de completa utilização da biomassa, já tem sido discutido pelos pesquisadores e o seu desenvolvimento será de fundamental importância para a sustentabilidade. Além disso, propiciará a produção e a comercialização de biocomodities, que são idênticos, ou exercem função similar, aos comodities produzidos pela indústria petroquímica. Assim, a fração celulósica e hemicelulósica são hidrolisadas e os açúcares fermentescíveis produzidos podem ser convertidos em variados produtos. Já a fração de lignina pode ser usada como combustível e funcionalizada ou craqueada para obtenção de estruturas aromáticas. Outros produtos, como por exemplo o bio-óleo “in natura” praticamente não tem outra aplicação a não ser o seu uso como insumo energético. Um exemplo disso é a queima Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão direta em fornalhas para aplicação térmica em caldeiras ou geração de vapor em ciclo vapor (ciclo Rankine), como faz a empresa V&M Tubes de Minas Gerais (MG) com o alcatrão de carbonização de eucalipto. Outra aplicação consiste na geração elétrica em turbinas a gás, como faz a empresa Dynamotive do Canadá, em escala demonstrativa, com o uso das turbinas de 2,5 MWe da Orenda, especialmente desenvolvidas para o uso do bio-óleo de pirólise rápida de biomassa. Entretanto, a introdução de um combustível na matriz energética veicular e mesmo de motores estacionários é uma tarefa difícil em curto prazo, da mesma forma que o petróleo, o bio-óleo pode ser fracionado e utilizado como insumo pelas indústrias químicas, farmacêuticas e de alimento (Mesa-Perez, 2003). Um dos subprodutos do processo de pirólise é o extrato ácido, uma solução aquosa que, diluída em água, é aproveitada em áreas agrícolas. A solução funciona como um bioestimulante em culturas como a soja e o café e na fruticultura (laranja, caqui e maracujá, por exemplo). O uso do extrato ácido na agricultura possibilita reduzir em até 50% o uso de agrotóxicos e de adubos químicos, sem perda de eficiência (Rezendez, 2002). Atualmente existe uma demanda muito grande no Brasil, para a produção de carvão mediante o emprego de resíduos vegetais. O carvão de resíduos vegetais obtidos pelo processo de pirólise rápida em leito fluidizado é um carvão em forma de pó. Por meio do processo de briquetagem do carvão vegetal, com o uso de aglutinantes, ou seja, de uma técnica que envolve balanceamento granulométrico, mistura proporcional de aglutinante, compactação e secagem, consegue-se o aproveitamento dos finos de carvão na forma de um combustível mais homogêneo, de melhor densidade, granulometria uniforme, maior resistência mecânica e baixa geração de finos. Ao mesmo tempo, são mantidas as características energéticas do carvão, além do seu manuseio, estocagem e utilização tornarem-se facilitados e seu transporte poder ser feito a maiores distâncias. Apesar de ser o maior produtor e consumidor de carvão vegetal do mundo, o Brasil não possui tradição industrial na produção de briquetes de carvão. O combustível catalítico denominado celulignina apresenta características adequadas para geração de energia por ciclo combinado, e para obtenção de gás de síntese para obtenção de combustíveis (metanol e outros). A celulignina é obtida via préhidrólise ácida, em reator piloto de aço revestido com titânio, apto a suportar as condições agressivas do meio reacional. A celulignina que é o combustível considerado nessa proposta é composta de celulose e lignina, e apresenta porosidade a nível molecular. Essa porosidade é fator importante para favorecer a lixiviação de Na e K, que são as impurezas que causam maior corrosão nas superligas de que são feitas as turbinas a gás. A celulignina pode ser economicamente produzida a partir de florestas de curta rotação (Mueller 2005), resíduos florestais, resíduos agrícolas, herbáceas, bagaço e palha de cana-de-açúcar, e outros. Quando compactada, sua densidade é de 500 kgf/cm2, e briquetada é de 1250 kgf/cm2, alcançando densidade energética de 23 MJ/m2, que é mesma do carvão betuminoso e 60% da do óleo combustível (Tampier et al., 2005). A produção pode ser feita em plantas regionais, permitindo sua concentração ou distribuição de modo similar às dos combustíveis fósseis. A busca de soluções para reduzir a dependência do petróleo, considerada por muitos como em processo de superação como fonte energética, pelo esgotamento das reservas, bem como pelos impactos ambientais decorrentes de sua utilização, apontam para as fontes renováveis de energia, entre elas a madeira. O setor florestal tem a oportunidade de contribuir para com a composição da matriz energética nacional, a partir do momento em que se pretende atuar no desenvolvimento de produtos e processos tecnológicos, destinados ao aumento do uso de fontes renováveis de energia. Nesse contexto, há que se realizar pesquisas sobre qualidade específica da madeira de florestas plantadas e/ou nativas manejadas para aplicações energéticas; aperfeiçoamentos e Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão inovações no campo da compactação de resíduos florestais e madeireiros, visando maior agregação energética; aperfeiçoamentos e inovações em equipamentos usados para combustão direta da madeira em ambientes residenciais e em pequenos empreendimentos industriais; produção de madeira termo-retificada; aperfeiçoamentos e inovações em equipamentos usados na produção de carvão vegetal. A cadeia produtiva de biomassa florestal do Brasil tem a oportunidade de gerar produtos (madeira, lenha, carvão, celulose, chapas de fibras, bio-oleo, eletricidade, etc) muito dos quais geradores de energia capazes de substituir com vantagens sociais e ambientais os derivados de petróleo. O momento atual rege a busca de fontes energéticas renováveis capazes de suprir a principal fonte de combustível que é o petróleo, fonte não renovável e que possivelmente se esgotará nas próximas décadas. Acrescentem-se ainda as instabilidades políticas, sociais e econômicas (notadamente de preços) nas principais regiões produtoras de petróleo, além da crescente e inevitável conscientização dos povos com relação à necessidade de preservação e conservação dos recursos naturais do planeta. Um dos problemas de pesquisa é examinar o desempenho atual (em termos de eficiência produtiva e qualidade de produtos) de cada um dos produtos passíveis de serem incorporados à matriz energética, determinando alguns indicadores chave e fatores críticos de desempenho. Com base nesses indicadores, é possível extrapolar as possibilidades potenciais de operação desses produtos na obtenção de biocombustíveis, sempre tendo como referência de viabilidade, competitividade e a sustentabilidade. Uma vantagem potencial de emprego de biocombustíveis é a possibilidade de inserção do Brasil no mercado de créditos de carbono, em especial após a recente ratificação do Protocolo de Quioto pela Rússia. A idéia central estaria embasada na venda de créditos de CO2 equivalente não emitido ou sequestrado aos países do anexo I do Protocolo (países desenvolvidos industrializados). Embora se saiba desse potencial, faz-se necessário investigar esta questão com maior detalhamento, mapeando oportunidades e riscos, além de subsidiar a elaboração de projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), no intuito de se avaliar o que tais projetos agregariam ao país, não só no que se refere a aspectos econômicos, como de sustentabilidade social e ambiental. Nestes contextos as avaliações de impactos de PD&I têm pelo menos quatro dimensões relevantes: econômica, social, ecológica e de conhecimento. Todas devem ser tratadas sob uma única perspectiva e de forma integrada, principalmente pela interdependência entre tais dimensões. Os novos cenários, especialmente decorrentes do processo de fusão do rural ao urbano, que trazem consigo as possibilidades de multifuncionalidade da agropecuária e do rural brasileiro trouxeram novos temas para o processo de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Em termos de estratégia para PD&I, as alternativas para aumentar a renda do setor rural passaram incorporar produtos agropecuários não tradicionais e produtos não-agropecuários como também uma diversidade de serviços, tais como aqueles relacionados ao turismo rural e ecológico. Assim, a agenda de PD&I ampliou-se na mesma medida: pesquisar novas alternativas produtivas e de renda, e ao mesmo tempo compor em termos de sustentabilidade a longo prazo, os velhos e novos temas. Certamente, com o processo de globalização de mercados, e a crescente uniformização de critérios de qualidade, cada vez mais a contribuição do PD&I torna-se fundamental na busca da competitividade. Se no passado, a contribuição da pesquisa para a competividade nos mercados agropecuários estava concentrada “dentro da porteira” dos estabelecimentos rurais, agora, a essa contribuição se estende ao longo da cadeia produtiva, com novas tecnologias pré e pós-colheita e também na configuração de novos arranjos produtivos. Outra questão também relacionada à competitividade é a ampliação do conceito de Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão qualidade nos mercados internacionais, e que agora inclui requisitos de segurança ao consumo e ao meio ambiente. As perspectivas são de difusão de códigos ambientais nos mercados: os consumidores querem produtos agropecuários que além dos atributos de qualidade da série ISO 9000 tragam também atributos de qualidade ambiental - sem resíduo de pesticidas, sem contaminação de microorganismos, sem a presença de hormônios e aditivos e que não poluam e/ou degradem o meio ambiente no processo produtivo. Adicionalmente, emergem os requisitos de responsabilidade social, tendo-se como critérios o não-uso de mão de obra infantil, a oferta de benefícios sociais aos trabalhadores e a proteção de comunidades humanas tradicionais. Neste contexto torna-se essencial a gestão ambiental tratando diferentes dimensões dos negócios da agricultura, especialmente para as cadeias produtivas das culturas selecionadas por este projeto para obtenção de biocombustíves. Com tais indicadores comparativos serão elaborados cenários alternativos futuros e propostas de políticas públicas e estratégias de gestão para a cadeia produtiva da madeira, com enfoque na agroenergia, na obtenção de biocombustíveis. Completam as ações deste Projeto Componente a transferência de tecnologias fundamentada pelos instrumentos metodológicos existentes incluindo a macro-educação ambiental para o desenvolvimento sustentável. A matriz de agroenergia proposta pela Embrapa está fundamentada em quatro pilares: no biodisel, no álcool, na biomassa florestal e no aproveitamento de resíduos. Os projetos desenvolvidos destacam pontos que merecem ser enfatizados: a) Disponibilidade de fontes renováveis de energia A potencialidade técnica da produção de biomassa para energia, enquanto fonte renovável, torna-a capaz de atender grande parte da demanda incremental de energia do mundo, independente da origem da demanda (eletricidade, aquecimento ou transporte). Aspectos importantes devem ser salientados: a viabilidade econômica, a sustentabilidade de cada fonte e a disponibilidade de recursos renováveis para geração de energia. O potencial e a origem ou fonte de geração de energia varia de região para região. Assim, as regiões tropicais possuem forte incidência de radiação solar, enquanto as áreas planas, em especial as costeiras, apresentam maior potencial eólico. O lixo e os resíduos orgânicos estão disponíveis em abundancia e é efeito direto da urbanização. No caso do Brasil, a principal vantagem ocorre no setor de produção primaria, notadamente na produção de biomassa. Poucos países dispõem de condições de área em abundancia, capazes de produzir de forma sustentável uma gama de culturas, entre elas a cultura florestal, sem competir com outros usos da terra, como alimentação, lazer, moradia, vias de transporte, reservas, etc. Neste particular, o Brasil é um país privilegiado, por possuir extensas áreas com potencial para produção de biomassa. Localiza-se na região tropical, com elevada insolação, dispõe de uma das maiores faixas costeiras do mundo, propícias à obtenção de energia eólica, além de muitos mananciais hídricos inexplorados, que permitem expandir a capacidade de geração de energia hidroelétrica. b) Vantagens e limitações da bioenergia O agronegócio mundial, em um futuro próximo, deverá se estruturar para atender as necessidades de alimentação e fibras, biomassa, plantas ornamentais, entre outros. A biomassa será, em um futuro próximo, a base da energia renovável, fundada em biomassa florestal e ou agrícola, para geração de biocombustíveis e como insumo para a indústria química. Sendo que a principal limitação para a expansão é a competição espacial pela Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão produção de alimentos, indicando que o ganho de produtividade é imprescindível para que a disputa não se torne demasiadamente acirrada. Desde a década de 90 a biomassa aparece como potencial de fonte energética, esta tendência transparece nos inúmeros trabalhos de cenarização que apontam a biomassa com uma das principais fontes de energia do século XXI. Hoogwijk et al (2001) analisaram diversos estudos de cenários e indicaram que entre 2025 e 2050 a participação da biomassa na matriz deveria variar entre 7 e 27%. A biomassa aparenta ser a maior e a mais sustentável fonte de energia renovável, composta por 220 bilhões de toneladas de matéria seca anual, pronta para uso energético (Hall & Rao, 1999). A bioenergia deve ser apta a ser transformada em aplicações práticas (iluminação, bombeamento de água, aquecimento, transporte), como qualquer outra fonte de energia. Para tanto, características são necessárias, como alta densidade e eficiência energética, custo compatível, portabilidade, garantia de continuidade de fornecimento, entre outras. Existem diversas formas de bioenergia que atendem a estas características, como a obtenção de briquetes e carvão vegetal para uso na geração de eletricidade ou para aquecimento, ou o etanol como combustível veicular. São visíveis os investimentos efetuados em diversas partes do planeta, visando inovações tecnológicas para o aproveitamento da bioenergia, sendo a produção de etanol um dos exemplos de sucesso. Sistemas de gaseificação de biomassa acopladas a turbinas a gás (IBGT) para geração de eletricidade, turbinas de ciclo combinado gás/vapor (GTCC), cama de circulação fluidizada (CFB), a gaseificação integrada de ciclos combinados (IGCC), a co-geração, a tecnologia de aproveitamento de óleos vegetais como biocombustíveis, extração de etanol e metanol de celulose, desenvolvimento de combustíveis, além de melhoria de processos de produção, colheita, armazenagem, transporte e processamento de biomassa, são alguns dos exemplos marcantes de impactos derivados de inovações tecnológicas. A gaseificação é uma das alternativas de maior potencial para a produção de eletricidade, havendo diversos agrupamentos de pesquisa dedicados ao tema (Walter et al., 2000). Tecnologias de cama de circulação fluidizada operando à pressão atmosférica, que produzem gás combustível aquecido que pode ser aproveitado para geração de energia já estão disponíveis. Gaseificadores de biomassa, de pequena e média escala, foram desenvolvidos e estão operativos em países como a China, Índia, Filipinas e Tailândia. Apenas na Índia existem cerca de 1.700 pequenas unidades de gaseificação operando a partir de 1987, produzindo cerca de 35 MW, utilizando motores diesel modificados para operar tanto com gás quanto com petrodiesel (Jain, 2000). Alternativas tecnológicas do tipo micro-produção visando o atendimento de pequenas comunidades onde os custos de transmissão ou de transporte de energia a longa distância inviabilizam a alocação da energia aos consumidores, devem ser perseguidas. A combinação entre tecnologia agrícola adequada,capaz de viabilizar a produção de biomassa e sistemas de produção de eletricidade, como micro-turbinas, pode revolucionar completamente a qualidade de vida das comunidades isoladas. Turbinas com capacidade para produzir entre 15 e 500 kW têm a vantagem do baixo custo, facilidade de operação e manutenção e longa durabilidade, fundindo os conceitos de gaseificação com motor de combustão interna (Harrison et al., 2000; Dunn, 2000). O uso da biomassa para seqüestro de carbono é ponto pacífico, sendo que o IPCC estima que entre 60 e 87 bilhões de toneladas de carbono poderão ser estocadas em florestas, entre 1990 e 2050, equivalendo a 12-15% das emissões por combustíveis fósseis, no mesmo período. Para que a biomassa possa, efetivamente, atender as expectativas de mitigar os impactos dos combustíveis fósseis no ambiente, algumas condições necessitam ser preenchidas, como: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão a. Produção sustentável de matéria prima e uso dos recursos energéticos de forma a seqüestrar e fixar carbono; b. substituição direta de combustíveis fósseis, como é o caso do etanol e dos biocombustíveis derivados de óleos vegetais. É importante ter em mente o conceito de gases de efeito estufa (GEE), do qual o CO2 é apenas o paradigma, outros gases, como o metano e o anidrido sulfuroso são extremamente perniciosos, enquanto poluidores atmosféricos. Uma das vantagens do uso de biomassa é a emissão baixa ou nula destes gases. c) aspectos relacionados à transição da matriz energética Apesar da mudança dos componentes da matriz energética mundial ser indiscutível, a longo prazo, existem diversos condicionantes (tecnológicos, políticos, culturais, econômicos, sociais, comerciais ou ambientais) que podem apressar ou retardar as ações consideradas inexoráveis. Neste particular, as seguintes considerações podem ser efetuadas: a. b. c. d. e. f. g. O preço dos combustíveis fósseis. Preços moderados deste combustível impedem que outras fontes de energias renováveis sejam competitivas, como é o caso do etanol, derivado de cana-de-açúcar, ou da energia eólica; Apoio decisivo e continuado dos respectivos governos. O suporte é crucial especialmente no início do processo de introdução na matriz, podendo ser reduzido conforme as metas forem atingidas e o processo consolidado; Acordos internacionais, como a entrada em vigor do Protocolo de Quioto, ou como a Diretiva para obtenção de Eletricidade de Fontes Renováveis do Parlamento Europeu, são poderosos indutores do uso de energias renováveis; O apoio intenso, garantido e continuado aos programas de PD&I os quais constituirão a base para acelerar a taxa de utilização de energias renováveis. Inovações proporcionam meios para viabilizar tecnicamente fontes renováveis de energia, bem como permitir a exploração comercial, o ganho de escala e a redução de custos; A co-geração de energia se constituirá em um diferencial importante para a viabilização econômica de fontes de bioenergia. A técnica já é utilizada na produção de etanol, porém pode ser estendida para outras fontes, incluindo a utilização energética de dejetos; Melhoria na eficiência da transformação energética; Expansão da área de agricultura energética. Na composição da futura matriz, a maioria dos estrategistas aponta a utilização da energia solar como principal fonte primária de energia, que pode ser desdobrada em derivados da captação e transformação da radiação solar, seja por fotossíntese (biomassa) ou por processos industriais. A conjugação das duas vertentes, como é o caso das células de combustível, operacionaliza as formas de aproveitamento da energia solar. Sob o conceito de biomassa, o mercado aponta para três vertentes: os derivados de madeira, como briquetes ou carvão vegetal; os derivados de produtos intensivos em carboidratos ou amiláceos, como o etanol e os derivados de óleos vegetais, como o biodiesel e o ecodiesel. Aceitas essas premissas, qualquer cenário que venha a ser traçado para o médio e o longo prazos, revela as vantagens comparativas do Brasil para ser o paradigma do uso de energia renovável e principal ponto de referencia em produtos bioenergéticos. O sinergismo entre as vantagens comparativas naturais (solo, água, radiação solar e mão de obra) e as captações de capital proveniente de projetos vinculados aos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, tornarão o país ainda mais atrativo para macro-investidores. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão As políticas públicas destinadas à geração de emprego e renda e a melhoria de sua distribuição, em especial no apoio à pequena propriedade familiar, encontrarão na atividade florestal voltada a produção de energia uma forma de agregar valor à produção. A atividade florestal é geradora de empregos permanentes, fato que deve melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos trabalhadores ligados a cadeia produtiva da energia de biomassa. Aspectos tecnológicos apontam para um mercado promissor à bioenergia renovável devendo mostrar muito dinamismo, pois ainda está em fase de desenvolvimento. Sob a ótica da pequena propriedade, em que as margens de lucro são essenciais, a adequação tecnológica pode fazer a diferença entre o sucesso ou a falência do empreendimento. Os cenários demonstrados não são intransponíveis, no entanto setores governamentais devem atuar pró-ativamente no sentido de viabilizar programas ligados ã produção de bioenergia. No caso do Brasil, é de fundamental importância que além do econômico, os aspectos sociais e ambientais sejam considerados para viabilizar o desenvolvimento em todo território nacional. d) As oportunidades tecnológicas O Brasil tem demonstrado características importantes para se tornar referência em PD&I de energia proveniente de biomassa florestal. Em sintonia com a missão da Embrapa, a análise da oportunidade do desenvolvimento tecnológico interferindo nos rumos do mercado e na elaboração das políticas públicas são compatíveis com as oportunidades contidas na cadeia agroenergética. Entretanto, o foco tecnológico não deve estar voltado, exclusivamente, para os componentes da demanda agroenergética. É necessário ter em mente que, paralelamente à crise da energia de carbono fóssil, sobrevirá uma crise de insumos para a indústria química, que depende do petróleo. Compete ao Brasil investir na agregação de valor dos derivados da biomassa, desenvolvendo tecnologias de produtos e processos para obter sucedâneos da indústria petroquímica, assim como desenvolver novos usos da biomassa, para gerar utilidades demandadas pela sociedade. e) Energia de biomassa como alternativas de solução A problemática exposta anteriormente tem sido exaustivamente discutida em diversos foros nacionais e internacionais. Estas discussões têm sido consensuais em apontar que a solução definitiva será o desenvolvimento de uma matriz sustentável, que independa de fontes finitas. Esta matriz será fortemente dependente de energia fotovoltaica, obtida pela captação direta da energia solar através de células. Um conjunto de energias renováveis conferirá suporte, estabilidade e sustentabilidade à matriz (hidroelétrica, geotérmica, eólica), com destaque para a utilização de biomassa. Esta visão de futuro aponta já para o presente século a necessidade de uma migração imediata para uma matriz de transição, em que fontes fósseis são, progressivamente, substituídas por renováveis, quando a biomassa teria um peso substancial. É necessário que, em curto prazo, os governos e a iniciativa privada trabalhem com o mesmo objetivo, ou seja, viabilizar fontes de energia a partir de biomassa. Esta solução, além de ser a mais lógica do ponto de vista energético, é a que oferece as melhores perspectivas de retornos ambientais e sociais, além da sua viabilidade econômica e comercial. Diante da necessidade de aumentar a oferta de madeira de florestas plantadas, torna-se imprescindível introduzir ou aperfeiçoar técnicas que contribuam eficientemente para o aumento da produtividade e melhoria da qualidade das plantações, conferindo-lhes sustentabilidade dos sistemas de produção, sem prejuízos ao ambiente. Nesse contexto, a presente proposta contribuirá com informações para a viabilização e para a competitividade das cadeias produtivas, geradoras de bionergia no Brasil. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão A partir da biomassa, como matéria prima, outras tecnologias de transformação serão propostas, para a obtenção de produtos com alto poder calorífico e de maior valor agregado, gerando conhecimentos multidisciplinares, com uma visão científica e tecnológica avançada contribuindo para o aumento de fontes de energia sustentáveis, bem como, para a exploração de novas rotas tecnológicas. Estratégia de Ação O alcance dos objetivos do projeto, dentro do cronograma previsto para cada Plano de Ação, dependerá do pleno exercício de gestão das atividades de cada Projeto Componente. Para tanto, reuniões trimestrais entre os executores de cada Plano de Ação e seus respectivos líderes deverão ocorrer, de forma a que se mantenha o fluxo de informações e se avaliem os andamentos das atividades, metas e objetivos. Esta ação visa fortalecer a integração de equipes dos projetos componentes. Semestralmente o comitê gestor, composto pelos líderes e vice-líderes de cada projeto componente, se reunirá para o acompanhamento e avaliação do andamento do projeto visando eventuais correções de rumos, de forma a garantir a consecução das metas e dos objetivos. Instrumentos de comunicação e bancos de dados serão desenvolvidos visando integrar a equipe dos projetos e a rede de entidades participantes, de forma a facilitar a interação que se mostra necessária para a construção compartilhada de acompanhamento e gestão. O fluxo de informações, na base de dados do projeto, será alimentado constantemente, de forma descentralizada, pelos responsáveis dos planos de ação e líderes ou vice-líderes dos projetos componentes, sempre que as atividades sejam executadas e resultados sejam obtidos. A alimentação da base de dados do projeto contribuirá para a difusão dos conhecimentos gerados. A divulgação e transferência de resultados serão realizados por meio de workshops, congressos, seminários de treinamentos, publicações e outros meios, será também essencial para a avaliação dos avanços de conhecimento e da capacitação técnica do cenário nacional de agroenergia de biomassa florestal. A comunicação diária entre os participantes do projeto será realizada através da internet (e-groups), por um software de co-gestão, disponibilizado no Portal Florestas Energéticas, no sítio a ser criado para o projeto, e outros meios, como telefonia e/ou pelo sistema de comunicação por satélite da Embrapa e da rede CATIR. A gestão técnica envolverá ações de pesquisa em todas as regiões do território nacional (Figura 1, página 21), o que demandam fortes interações entre as lideranças dos projetos componentes( Figura 3, página 26). O projeto componente 2 (PC2), cujos objetivos são a produção de sementes e testes clonais, para definição de materiais de maior aptidão, estudos de espaçamento e adubação, assim como os protocolos silviculturais, requerem interação com renomadas instituições de pesquisa, e de empresas florestais, para obtenção das sementes e clones a serem utilizados para o estabelecimento de áreas experimentais. Para garantir o sucesso do projeto, torna-se necessário a instalação de áreas experimentais empregando-se materiais genéticos de elevada qualidade. Para isso, as sementes e os clones serão obtidos junto às instituições de pesquisa, como o IPEF, a SIF, a Embrapa Florestas, o Projeto Genolyptus e de empresas florestais, como a Cia Suzano de Papel e Celulose, Votorantim Celulose e Papel, V & M Tubes, CAF – Grupo Arcelor, Aracruz, Vale do Rio Doce e Acesita Energética, que já manifestaram interesse em participar e ceder material genético ao projeto. A interação com o Projeto Genolyptus será Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão bastante intensa e estratégica, principalmente na indicação de clones de espécies puras, assim como de híbridos que têm se destacado silviculturalmente na produção de biomassa para finalidades energéticas. A partir das sementes e dos materiais clonais potenciais será estabelecida uma rede de testes clonais e de competição de germoplasmas em diferentes locais, com o objetivo de avaliação para transformação a médio prazo em APS e, eventualmente, em pomares clonais. Os clones a serem utilizados no projeto serão aqueles que já se encontram na condição de domínio público, descontinuados quanto ao uso por empresas ou que possam ser colocados em domínio público. Também serão aproveitados clones derivados dos experimentos do Projeto Genolyptus, principalmente os híbridos de E. camaldulensis. O setor privado também contribuirá sempre que possível em atividades essenciais como fornecimento de mudas para a instalação das áreas experimentais; colaboração para instalação, tratos silviculturais, avaliações dendrométricas e desbaste das áreas instaladas; cessão de possíveis talhões das espécies já plantadas e que sejam de interesse do projeto para transformação em APS; disponibilização de laboratórios e equipamentos para avaliações de propriedades da madeira. O setor privado, quando convidado, poderá participar das reuniões do Comitê Gestor do Projeto com o intuito de colaborar com sugestões e trocas de informações técnicas para o aprimoramento das práticas inerentes à atividade. Na Região Norte (AM, AP, PA e RR), as espécies potenciais a serem utilizadas são: Tachi-branco (Sclerolobium paniculatum), Acácia mangium e Eucalyptus urophylla. Além dos parceiros diretamente envolvidos como a Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Amapá, Embrapa Roraima, apresentam-se como parceiros potenciais a International Paper, Jarí Celulose, Companhia Vale do Rio Doce-CVRD, Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA e pelas empresas siderúrgicas de ferro gusa através do Fundo Florestal para o Reflorestamento. Região Nordeste (PE, SE) é a que necessita maior esforço, pois há pouca tradição no uso de material lenhoso oriundo de plantações, para atender finalidades energéticas, e às peculiaridades climáticas restringem o número de espécies recomendadas. As espécies potenciais são: Corymbia citriodora, Eucalyptus brassiana, Eucalyptus urophylla, híbridos de Eucalyptus e Mimosa caesalpiniaefolia. Os parceiros são: Embrapa Semi-Árido, Embrapa Tabuleiro Costeiros, IPA-PE. Região Centro-Oeste e Meio Norte (MS, GO, PI, MA) apresentam condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das espécies: Eucalyptus urophylla, Eucalyptus cloeziana, híbrido urograndis. Os parceiros potenciais são: Cia Suzano de Papel e Celulose, Votorantim Celulose e Papel-VCP, CVRD, CODEVASF, CODEMIN e produtores rurais. Região Sudeste (ES, MG, SP) é a que detém a melhor tecnologia silvicultural no País. Contudo, esse destaque está concentrado sobre o uso da madeira para produção de celulose, muito embora Minas Gerais tenha expressivo conhecimento para produção de carvão vegetal para atender o seu parque siderúrgico. A despeito disso, faz-se necessária a diversificação de espécies para uso energético, reforçado pelo fato de existirem zonas completamente desprovidas de atividades silviculturais. As potenciais espécies são: Eucalyptus (urophylla; cloeziana e híbridos), Corymbia citriodora e Angico (Anadenanthera sp.) Como parceiros podem se destacar: ESALQ/IPEF, SIF/UFViçosa, IFSP, VCP, V & M Tubes, Cia. Suzano de Papel e Celulose, CAF – Grupo Arcelor, U.F. Lavras, U.F. Uberlândia, U.F. Espírito Santo. Região Sul (PR, SC e RS) à prevalência de uso da espécie E. dunnii que podem ser manejados para produção de sementes. Para as condições de clima subtropical e temperado do País, existem reduzidas opções em termos de espécies. Espécies: Eucalyptus benthamii, Eucalyptus dunnii, híbridos e clones de E. benthamii x E. dunnii. Parceiros: Embrapa Clima Temperado, U.F. Santa Maria, Sindimadeira, Votorantim Celulose e Papel e Cooperativas – Castrolanda e Copérdia. As parcerias entre o projeto e Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão as empresas públicas e de iniciativa privadas serão viabilizadas pelo comitê gestor através de contratos de cooperação técnica. Com os materiais genéticos identificados como potenciais, pelo PC2, os projetos componentes 3 (PC3) e 4 (PC4) irão desenvolver estudos relacionados à eficiência e melhor rendimento energético das espécies, indicando aquelas mais adequadas para a obtenção de energia de biomassa florestal. O PC3 está relacionado à qualidade da madeira para aplicações energéticas; ao aperfeiçoamento e inovações no campo da compactação de biomassa florestal; à melhoria e desenvolvimento de equipamentos para combustão direta da madeira em ambientes residenciais e em pequenos empreendimentos industriais; ao uso da termo-retificação como ferramenta para a melhoria do uso da biomassa para geração de energia; ao desenvolvimento de um novo sistema de produção de carvão vegetal e ao desenvolvimento de modelos matemáticos que possam auxiliar na comprovação da viabilidade da implementação dos resultados e das tecnologias desenvolvidas no projeto. As informações técnicas dos materiais energeticamente potenciais, geradas no PC3, serão repassadas ao PC2 para a tomada de decisão com relação a escolha e produção de sementes e clones, indicando-os para produção em escala comercial e formação de áreas de produção de sementes (APS) nas diversas Regiões brasileiras, visando o fiel cumprimento dessa importante meta. Com isso, fica eliminado o risco da indicação de materiais florestais, levando-se em conta apenas os conceitos silviculturais, mas que, eventualmente, não possuam qualidade adequada para energia. Vale ainda ressaltar que decisões errôneas desta natureza podem comprometer a validação dos resultados dos projetos. Além disso, na forma de retroalimentação, as informações tecnológicas a serem concedidas pela área silvicultural irão orientar a tomada de decisões quanto à concentração de esforços de pesquisa nas espécies que se mostrem verdadeiramente potenciais para o manejo e/ou estabelecimento de áreas florestais. Todas as instituições envolvidas no PC3 têm infra-estrutura laboratorial para as análises propostas, sendo que as atividades serão desenvolvidas de forma interlaboratorial para maior confiabilidade dos dados e maximização do uso das infra-estruturas. As espécies selecionadas no PC3 serão encaminhadas para o PC4 visando a avaliação técnica de derivados energéticos de alto valor agregado. O material florestal selecionado para estudo pelos PC2 será caraterizado física, química e anatomicamente pelo PC3. Essas informações serão disponibilizadas para o cumprimento das atividades do PC4, tais como o fornecimento de material florestal em quantidades suficientes para a realização dos testes de pré-hidrólise ácida, obtenção de celulignina e gás de síntese, préhidrólise e hidrólise enzimática e obtenção de etanol, e para pirólise rápida. Cada material obtido pelas tecnologias citadas será avaliado quanto à sua viabilidade técnica para aplicações energéticas. Haverá uma retroalimentação dos resultados avaliados para o PC2 e PC3 além do mais, a interação do PC2, PC3 e PC4 abrirá possibilidades para elaboração de projetos conjuntos, entre os grupos envolvidos, para serem apresentados em outras fontes financiadoras. O PC4, devido ao grande número de derivados de valor comercial que estão sendo propostos contará com a participação de técnicos das seguintes instituições: Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Agroindústria Tropical, Embrapa Tabuleiros Costeiros, Embrapa Agrobiologia, Embrapa Instrumentação Agropecuária, Embrapa Florestas, Instituto Nacional de Tecnologia–MCT, Escola de Química/UFRJ, Departamento de Tecnologia de Alimentos /UFRRJ, Instituto de Microbiologia/UFRJ, Escola de Engenharia de Lorena-USP e no NIPE/UNICAMP. Pretende com essa interação, selecionar um microrganismo produtor de um extrato enzimático que dispõe de celulases, xilanases, pectinases que degradam os principais polissacarídeos da biomassa florestal disponibilizando açúcares simples. O Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão projeto propõe também, obter celulignina via pré-hidrolise ácida do Eucalyptus com características de combustível para turbina a gás, obter o gás de síntese da celulignina por oxidação parcial e atingir especificações do gás de síntese de celulignina junto aos fabricantes de motores e turbinas, assim como, realizar a pirólise rápida da biomassa florestal para obter produtos de alto valor agregado como o bio-óleo e suas frações. Além disso, está se viabilizando uma cooperação internacional com o Grupo de Química e Engenharia de Bioprodutos do Agriculture Research Service, que vem desenvolvendo vários projetos relacionados a processos enzimáticos e fermentativos na área a agroenergia, com o Labex-Estados Unidos na área de nanoteconologia, com o Labex/ França visando o estabelecimento de cooperação na área de bioenergia e com a Petrobrás que tem interesse na seleção de microrganismos. O Projeto Componente 5 (PC5) tem por objetivo efetuar estudos sobre a viabilidade, competitividade e sustentabilidade das cadeias produtivas de florestas com finalidades energéticas, bem como, dos co-produtos resultantes na obtenção de biocombustíveis. Trata-se de um projeto componente que por definição tem uma grande integração com os demais projetos componentes e com todos atores sociais externos tanto públicos e privados como com as organizações não governamentais. Diretamente o PC5 demanda dados e informações notadamente técnicas e tecnológicas dos projetos componentes PC2, PC3 e PC4. Por outro lado o PC5 ofertará informações, a todos interessados, nas temáticas de prospecção, mercado de carbono, impactos nas suas diversas dimensões e gestão ambiental de florestas com finalidades energéticas. Outra estratégia institucionalmente muito relevante é criar competências em toda rede de pesquisa de florestas energéticas, que processam ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Estas equipes capacitadas e treinadas produzirão durante a execução dos projetos relatórios técnicos para subsidiar os projetos componentes de pesquisa (PC2, PC3 e PC4), base de dados (PC1), políticas públicas e estratégias empresariais ligadas a produção de energia derivada de florestas. Os resultados otimizados pelos processos interativos dos PC`s, serão utilizados para seleção e recomendação de espécies, processos físicos, químicos e biológicos de transformações de biomassa florestal em energia e proporcionar subsídios para a tomada de decisão e formulação de políticas públicas. A filosofia para o desenvolvimento do projeto foi estabelecida com base na máxima participação de cada instituição. Os pesquisadores envolvidos no projeto têm um histórico de trabalhos conjuntos, sejam eles em projetos de pesquisa, em orientações de trabalhos acadêmicos ou serviços prestados à comunidade. Impactos Potenciais Os resultados esperados serão alcançados a partir da avaliação e seleção de espécies florestais atualmente em uso pelos segmentos de maior representatividade dentro do setor florestal, especialmente para regiões carentes de alternativas de suprimento energético. A partir da escolha dos materiais mais aptos em termos de crescimento e adaptação às variáveis edafoclimáticas, serão feitas avaliações adicionais para características da madeira e realizados estudos visando o desenvolvimento de técnicas silviculturais específicas para atender as demandas do segmento energético. Por meio da implantação de áreas de produção de sementes e de desenvolvimento de germoplasma para multiplicação através de hibridação e clonagem, com base em genótipos adequados para essa finalidade, os quesitos qualidade de matéria-prima e disponibilidade de propágulos serão atendidos. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão Com isso preve-se que os resultados esperados sejam alcançados num horizonte de pelo menos 4 anos com a indicação de germoplasmas e sementes para as diferentes regiões do País, na quantidade e com a qualidade adequada, para o estabelecimento de políticas de expansão de plantios florestais para produção de biomassa energética. No mesmo período é esperado o desenvolvimento de tecnologias para produção massal de propágulos, implantação e manejo de florestas energéticas, com indicação apropriada de parâmetros silviculturais (espaçamento, adubação, rotação, etc.) que maximizem a produção da biomassa florestal de forma sustentável. O envolvimento direto, no desenvolvimento das pesquisas e na implantação das áreas de produção de sementes, de parceiros de tradição em pesquisa florestal e representativos das realidades regionais, como a SIF/UFV, IPEF/ESALQ/USP e de Empresas Florestais são uma garantia na obtenção dos resultados esperados. Com esses resultados espera-se: a) Maiores retornos econômicos aos produtores de florestas e seus produtos para atendimento ao setor primário de geração energética, derivados e biocombustíveis; b) Aumento de alternativas de produtos a serem produzidos por setores do agronegócio como empresários agrícolas, pastoris e florestais e por produtores da classe familiar; c) Melhoria do rendimento dos produtos energéticos primários advindos da floresta pela apropriação de espécies e de tecnologias silviculturais; d) Campos ou unidades de produção de sementes com raças locais desenvolvidas e que suportem fatores negativos à produção advindos dos diferentes ambientes existentes. Uma valorização adicional da participação dos recursos de origem florestal no panorama energético brasileiro deve incluir a complementação da geração hidrelétrica através de usinas termelétricas, queimando madeira produzida pelo manejo sustentado de florestas; a utilização de gasogênios a lenha ou a carvão vegetal para produção de calor industrial e para o acionamento de motores; e mesmo o incentivo à utilização da lenha para cocção, nas áreas rurais, mediante pequenos reflorestamentos e a utilização de fogões mais eficientes. Além disso, há espaço para que a madeira de florestas plantadas e/ou nativas possa contemplar outras oportunidades de uso energético, como: aperfeiçoamentos e inovações no campo da compactação de resíduos florestais e madeireiros, visando maior agregação energética; aperfeiçoamentos e inovações em equipamentos usados para combustão direta da madeira em ambientes residenciais e em pequenos empreendimentos industriais; informações sobre o potencial de produção de madeira termo-retificada para espécies florestais existentes no Brasil e oferecimento de um novo sistema de produção de carvão vegetal, destinado para pequenos e médios produtores. A cadeia produtiva da floresta energética será também beneficiada pela identificação e desenvolvimento de processos, induzidos para o uso de alternativas tecnológicas de produção, processamento e obtenção de novos produtos, a recuperação de produtos de alto valor agregado, promovendo-se a modernização e o incremento quantitativo e qualitativo das atividades vinculadas à produção de energia. Espera-se obter um microrganismo que tenha um alto potencial de síntese de um extrato rico em celulases com especificidade para a degradação da biomassa florestal. Assim como um biorreator automatizado. Quanto maior a produção de enzimas, maior será o rendimento do produto, menor será o custo, de forma a que os produtores de álcool possam adotar esta tecnologia. A produção de celulignina e gás de síntese aptos a serem utilizados como combustíveis em planta de geração de energia termoelétrica a ciclo combinado permitirá utilizar a madeira das florestas energéticas com maior eficiência e a um custo competitivo Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão com os combustíveis fósseis. Os derivados de maior valor agregado provenientes da biomassa gerada pelas florestas energéticas vêm preencher ambas as lacunas, criando uma base sólida para utilização desses recursos renováveis. Além disso, com a avaliação da operação da planta piloto PPRA-200 durante a produção contínua de briquetes de carvão siderúrgico, inseticida natural, aditivo alimentar e/ou preservativos de madeira (creosotos) o processo poderá ser validado e desta forma, realizar testes de mercado em parceria com potenciais consumidores dos produtos da PPRA-200. As cadeias produtivas de plantios florestais com finalidades energéticas, incluindo os co-produtos resultantes, podem se tornar fontes viáveis, competitivas e sustentáveis. Espera-se ter para essas cadeias produtivas, plantios florestais selecionados para a obtenção de biocombustiveis, conhecimentos científicos e tecnológicos no que se refere à prospecção (ameaças e oportunidades), suas possibilidades no mercado de crédito de carbono, avaliações dos impactos (ambientais, sociais, econômicos, e de conhecimento), instrumentos de gestão ambiental e da informação como subsídios à elaboração de políticas públicas e estratégias empresariais. Finalmente, espera-se que os esforços tecnológicos resultem, no mínimo, em aumento de produtividade das plantações florestais para biomassa, aumento da eficiência dos processos e melhoria da qualidade dos produtos, o que por si só já representam garantia adicional para o sucesso do projeto, além de que os resultados poderão tornar-se importantes para futuras ações estratégicas dentro do Plano Nacional de Agroenergia. Portanto, o desenvolvimento deste projeto ampliará o conhecimento, as interações multidiciplinares, interinstitucionais e a capacitação das equipes técnicas envolvidas. Questões Relacionadas à Propriedade Intelectual e Apropriação de Resultados A propriedade intelectual dos resultados gerados pelo Projeto obedecerá ao disposto nas Leis 9.279/96 e 9.456/97 e na deliberação da Embrapa 022/96, de forma a assegurar que a Embrapa e as instituições participantes do projeto possam garantir seus direitos autorais. Com base nisso, quaisquer inventos, aperfeiçoamentos ou inovações privilegiáveis ou não, nos termos das Leis de Propriedade Intelectual e Industrial, oriundos da execução deste projeto serão regulados em instrumentos jurídicos específicos, entre as instituições parceiras, com o apoio da AJU - Assessoria Jurídica da Embrapa. Entretanto, independentemente do instrumento vir a ser firmado, as partes parceiras concordam em manter absoluto sigilo sobre invento, aperfeiçoamento ou inovação, obtenção de processos ou produtos, passíveis ou não de obtenção de privilégios, quando decorrentes da execução deste projeto, de forma a preservar a efetiva utilização econômica desses resultados, por seus proprietários. Com relação à divulgação dos trabalhos, as partes (parceiros) poderão utilizar os resultados finais das pesquisas oriundas deste projeto, mediante consulta prévia à líder do projeto e guardadas as devidas autorias, obrigando-se, contudo, em caso de publicação, a consignar destacadamente a presente cooperação deste projeto, bem como, qualquer que seja o veículo de comunicação, a remeter pelo menos cinco exemplares de cada edição, às demais partes, no prazo de 30 dias, contados da data de sua publicação. No projeto “Florestas Energéticas” o Comitê Técnico Científico da Embrapa Florestas deverá definir as categorias e tipos de informações que poderão ser difundidas abertamente e outras que deverão ter divulgação restrita. Também serão discutidas no Comitê normas internas para a utilização de dados, imagens e resultados do projeto por categoria de membros do projeto (Pesquisadores, bolsistas, estagiários, consultores, e outros participantes). Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão As espécies florestais a serem utilizadas neste Projeto fazem parte do acervo genético introduzido no País nos últimos 20 anos, sobre o qual participaram a Embrapa Florestas, IPEF, SIF, outras instituições publicas, empresas privadas e produtores rurais, sem registros de patentes. Serão utilizadas sementes oriundas de áreas experimentais de espécies e procedências testadas e adaptadas em diferentes regiões edafoclimáticas do País, áreas de populações de conservação genética, de introdução de espécies e de plantios comerciais. A base para identificação das sementes a serem utilizadas será o projeto “Resgate, Conservação e Fornecimento de Materiais Genéticos de Eucalyptus spp (raças locais) em diferentes regiões edafoclimaticas do Brasil”, publicado em setembro de 2005 pelo IPEF, com apoio da Embrapa Florestas. O projeto busca indicar dentre as espécies já plantadas e existentes no Brasil, aquelas que apresentam potencial de cultivo, para a produção de biomassa para uso energético, nos diferentes biomas. Não há perspectivas do projeto em gerar produtos/processos passíveis de proteção intelectual. Envolvimento do Setor Privado A forte relação existente, no setor florestal brasileiro, entre as empresas privadas, universidade e as instituições de pesquisa, associada à eficiente extensão dos conhecimentos e tecnologias geradas pelas instituições mencionadas e a estreita colaboração e freqüentes reuniões, simpósios, dias de campo etc, oferecem condição para que, rapidamente, uma nova tecnologia possa ser adotada por grande número delas. A instalação de Áreas de Produção de Sementes será realizada em áreas potenciais e representativas nas diferentes regiões, junto a produtores rurais e de empresas instaladas localmente como a Cia Suzano de Papel e Celulose, Votorantim Celulose e Papel, V & M Tubes, CAF – Grupo Arcelor, Aracruz e com as Cooperativas Agrárias, Castrolanda e Copérdia que já desenvolvem pesquisas consistentes na área florestal. As sementes para instalação dessas áreas pilotos serão adquiridas dos parceiros como SIF, IPEF e de algumas empresas como a Cia Suzano de Papel e Celulose, V & M Tubes e Votorantim Celulose e Papel. Este Projeto ajusta-se ao contexto do Plano Nacional de Agroenergia do Governo Federal, sendo um dos quatro componentes da Plataforma de Agroenergia da Embrapa. As ações do Projeto "Melhoramento Genético de Eucalyptus", do Macroprograma 2, se inserem no âmbito da presente proposta. Neste caso, como perspectivas adicionais, inclusive com possibilidade de captação de recursos externos, destacam-se ações junto à CODEVASF, no estado do Piauí, na abrangência do Vale do Rio Parnaíba, e com a Companhia Vale do Rio Doce, nos estados do Maranhão e Pará, com vistas ao suprimento de matéria-prima para processos siderúrgicos na região. Neste sentido, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), por meio de seu Programa de Pesquisa Florestal Carajás, vem desde a década de 80 gerando resultados importantes na área florestal visando dar suporte tecnológico tanto às suas ações quanto a grupos privados e instituições governamentais interessados em programas de reflorestamento, exploração econômica sustentável da floresta nativa e ocupação de áreas degradadas, na região sob influência da Estrada de Ferro Carajás. Atualmente o Programa de Pesquisa Florestal Carajás já apresenta um conjunto de informações e insumos (sementes e clones de espécies florestais), que tornam possível o desenvolvimento de projetos de reflorestamento e outros programas de base florestal. Alem das empresas ligadas ao setor florestal, o projeto envolverá também outras instituições privadas de engenharia de materiais como: A RM Materiais Refratários Ltda. participará disponibilizando sua instalação piloto em Lorena para obter a celulignina e o gás Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão de síntese e a empresa Bioware Tecnologia desenvolvedora do processo de pirólise rápida de biomassa. Estão sendo contatadas as industrias de equipamentos, tanto de laboratório quanto para escala piloto tendo em vista a transferência da tecnologia de construção das colunas aeradas instrumentadas para fermentação semi-sólida. O Grupo Glicil do Paraná mostrouse interessado na produção de enzimas hidrolíticas. Riscos e Dificuldades Operacionalização e fluxo de recursos na Embrapa e entre os parceiros, que dependem de recursos para deslocamentos, insumos e custeio para implantação e avaliação de pesquisas de campo, analises de laboratórios, manutenção de equipamentos. A implementação de convênios com os parceiros para possibilitar o repasse de recursos. Estrutura de pessoal de apoio insuficiente para o suporte operacional de um projeto desta envergadura; frota de veículos insuficiente para atender as demandas do projeto. Identificação de possíveis patentes onde o parceiro já desenvolveu o produto/equipamento e no decorrer do projeto fará a validação do equipamento e/ou metodologia. Impedimento de ordem operacional na execução de análises nos laboratórios das instituições envolvidas. Uma dificuldade expressiva de cunho biológico é a seleção de linhagens com alto potencial de síntese da enzima celulase. Para as regiões tradicionais de plantio de florestas plantadas, não se espera maiores riscos. Entretanto nas regiões com pouca ou nenhuma tradição em plantio florestal são requeridos desenvolvimentos e a viabilização de tecnologias para produtos sejam diversificados e competitivos. Para minimizar as interferências que possam prejudicar o desenvolvimento do projeto pretende-se gestionar junto a Embrapa para que alocação dos recursos seja feita de acordo com o fluxo proposto. Pretende-se estimular os membros da equipe do projeto a buscar parcerias externas e participar de editais que garantam o aporte de recursos complementares necessários ao projeto. As demandas de pessoal para suporte operacional , específico para ao projeto, serão apresentadas a Embrapa, discutindo a realocação de pessoal, de forma que as necessidades sejam atendidas. Estão sendo desenvolvidas estratégias para a captação de recursos complementares ao orçamento da Embrapa. Podemos destacar os contatos já estabelecidos com a CODEVASF, CVRD e FINEP visando o desenvolvimento de germoplasma de eucalipto para múltiplos usos com foco na produção de carvão. A integração entre as instituições parceiras no projeto serão fundamentais para soluções de imprevistos, pois na impossibilidade de uma ação não ser exeqüível no parceiro responsável está será facilmente implementada por outra, por apresentar estruturas físicas e pessoal semelhantes. Por exemplo, as atividades de laboratório de tecnologia da madeira poderão ser executadas tanto nos laboratórios do LPF/IBAMA, da UNIPLAC e da Embrapa Florestas. Medidas de Segurança Ambiental, Biológica e Pessoal Os projetos componentes 2, 3 e 5 não envolvem maiores riscos que necessitem de cuidados especiais. Entretanto, como ele será executado em empresas, instituições e produtores rurais selecionados, conscientes de suas responsabilidades e deveres, há a certeza de que não há nada a temer ou que justifique medidas extraordinárias de segurança de qualquer natureza. No entanto, o projeto componente 4, cuja equipe de fermentação trabalha com microrganismo selvagens ou mutantes clássicos essa deve cumprir rigorosamente todas as normas de segurança individual e de biossegurança. Quanto as Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão manipulação químicas, todas são feitas dentro de uma capela de exaustão. Os microrganismos são esterilizados antes de serem lançados e os reagentes são armazenados em bombonas e recolhidos para reciclagem apropriada. A equipe que vai trabalhar com biologia molecular tem o Certificado de Biossegurança. Estratégia de Gestão do Projeto em Rede O projeto em rede reúne 37 instituições ligadas a tema Pesquisa & Desenvolvimento. O planejamento dos projetos componentes foi distribuído aos Centros Especializados em Gestão Tecnológica, seguindo critérios de especialidades e de condições reais de participação envolvendo grande parte do território nacional (Figura 1). Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão A estrutura funcional do projeto em rede consta de um projeto de gestão, cinco projetos componentes, 25 planos de ação inter-relacionadas (Figura 2). Figura 2 Fluxograma projeto florestas energéticas Gestão - Florestas energéticas na matriz de agroenergia brasileira. Líder: Antonio Francisco Jurado Bellote; Vice-Líder: Helton Damin da Silva PC1. Sistema de gestão descentralizado via redes de comunicações, bancos de dados e sistemas eletrônicos de controles. Líder: Antonio Francisco Jurado Bellote; Vice-Líder: Helton Damin da Silva. PA1 - Gestão do Projeto Componente. Responsável: Antonio Francisco Jurado Bellote PA2 - Sistemas de Integração de bases de dados e de controles eletrônicos. Responsável: Osmir José Lavoranti PA3 - Estruturação de bancos de dados no sistema coorporativo da Embrapa. Responsável: Gerson Rino Prantl Oaida PA 4 - Elaboração e atualização de instrumentos de comunicação (Sites).Responsável: Luciane Cristine Jaques PC2 - Formação de base silvicultural para expansão de plantios florestais necessários à matriz de agroenergia Brasileira. Líder: Paulo Eduardo telles dos Santos; Vice-líder: Jorge Ribaski PA1 - Gestão do Projeto Componente. Responsável: Paulo Eduardo Telles dos Santos PA2 - Seleção de germoplasma e desenvolvimento de técnicas silviculturais para implantação de florestas energéticas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Responsável: Paulo Eduardo Telles dos Santos PA3 - Seleção de germoplasma e técnicas silviculturais para implantação de florestas energéticas na região Centro Oeste e no Meio Norte do Brasil. Responsável: Estefano Paludzyszyn Filho PA4 - Seleção de germoplasma e técnicas silviculturais para implantação de florestas energéticas na região do Araripe e na Zona da Mata do Nordeste. Responsável: Marcos Antonio Drumond PA5- Estruturação de uma rede de oferta de sementes, seleção de germoplasma e técnicas silviculturais para implantação de florestas energéticas nos estados do Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. Responsável: Delman de Almeida Gonçalves Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão PC3 - Inovações de tecnologias ligadas aos usos tradicionais de madeira para fins energéticos no Brasil. Líder: José Otavio Brito; Vice-Lider: Martha Andréia Brand PA1- Gestão do Projeto Componente. Responsável/: José Otávio Brito PA2 - Qualidade da madeira para aplicações energéticas. Responsável: Angélica de Cássia O. Carneiro PA 3 - Aperfeiçoamentos e inovações no campo da compactação de biomassa florestal. Responsável: Waldir Ferreira Quirino PA4 - Otimização do uso de equipamentos de pequeno porte, baseados na combustão direta da madeira. Responsável: Carlos Roberto de Lima PA5 - O uso da termo-retificação como ferramenta para a melhoria do uso da biomassa para geração de energia. Responsável: José Otávio Brito PA6 - Desenvolvimento de um novo sistema de produção de carvão vegetal. Responsável: Paulo Fernando Trugilho PA7 – Análise da viabilidade da conversão de biomassa florestal em energia elétrica. Responsável: Osmir José Lavoranti PC4 - Obtenção de derivados energéticos de alto valor agregado a partir de biomassa florestal. Líder: Sonia Couri; Vice-Líder: Washington Luiz Esteves Magalhães PA1- Gestão do Projeto Componente. Responsável: Sonia Couri PA2 - Produção por fermentação, caracterização e concentração de extratos celulolíticos para a hidrólise de biomassa florestal pré-tratada. Responsável: Sonia Couri PA3 - Pré-Tratamento do Material Lignocelulósico para Hidrólise Enzimática e Bioconversão a Etanol. Responsável: Edmar das Mercês Penha PA4 - Desenvolvimento e adaptação de reatores de fermentação sólida para produção de enzimas. Responsável: Victor Bertucci, Neto PA5 - Pirólise rápida de biomassa em leito fluidizado para produção de bio-óleo. Responsável: José Dilcio Rocha PA6 - Obtenção de celulignina a partir de Eucalyptus (grandis, urophylla ou citriodora) via pré-hidrólise ácida, visando à geração de energia termoelétrica por ciclo combinado e visando à oxidação parcial da celulignina para geração de gás de síntese. Responsável: Rosa Ana Conte PC5 - Prospecção, mercado de carbono, impactos e gestão ambiental de plantios florestais energéticas. Líder: Cláudio César de A. Buschinelli ; Vice-Lider: Adriana M. M. Pires PA1 - Gestão do Projeto Componente. Responsável: Cláudio César de A. Buschinelli PA2 - Estudos de prospecção das cadeias produtivas de plantios florestais energéticos. Responsável: Nilza Patrícia Ramos PA3 - Oportunidades de créditos no mercado de carbono das cadeias produtivas de plantios florestais energéticos. Responsável: Marcos Ligo PA4 - Impactos econômicos de plantios florestais energéticos. Responsável: Joel Penteado PA5 - Avaliação de impactos ambientais, sociais e de conhecimento das cadeias produtivas de plantios florestais com finalidades energéticas. Responsável: Guilherme de Castro Andrade PA6 - Gestão ambiental das cadeias produtivas de plantios florestais com finalidades energéticas. Responsável: Cláudio César de A. Buschinelli 24 Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão O Comitê Gestor (CG) formado pelos líderes e vice-líderes do projeto e dos cinco projetos componentes realizará reuniões semestrais de acompanhamento e avaliação do andamento dos projetos, para eventuais correções de rumo, visando garantir o atendimento das metas e dos objetivos. As reuniões serão efetuadas em localidades distintas, em forma de rodízio atendento a todas as regiões de abrangência do projeto, visando permitir o acompanhamento in loco de atividades do projeto nos diferentes locais de execução. A gestão do projeto será realizada obedecendo a distribuição das atividades em três linhas de atuação: pesquisa, recursos financeiros e fluxo de informações. Como as ações de pesquisa ocorrerão em todas as regiões do território nacional, a gestão técnica e administrativa será acompanhada diariamente por notificação eletrônicas automáticas, de metas e atividades programadas e executadas, e aquelas de interesse dos responsáveis pelos planos de ação. Essas mensagens poderão ser emitidas diretamente pelo site do projeto Florestas Energéticas, ou de qualquer outro dispositivo de mensagens eletrônicas. Este sistema demanda forte interação entre as lideranças dos projetos componentes e estes com seus planos de ação e atividades. Relatórios gerencias de controle do andamento das atividades, serão disponibilizados continuamente, pelo site do projeto, ajudando a liderança de equipes a atingir metas nos prazos estabelecidos, conforme o desembolso de recursos para os referidos planos de ação. O fluxo de informações, na base de dados do projeto, será alimentado constantemente, de forma descentralizada, pelos responsáveis dos planos de ação e líderes ou vice-líderes dos projetos componentes, sempre que as atividades sejam executadas e resultados sejam obtidos. A alimentação da base de dados do projeto contribuirá para a difusão dos conhecimentos gerados. O líder e o vice-líder dos projetos componentes serão os responsáveis pela articulação e organização de reuniões técnicas, cursos, treinamentos, acompanhamento e cobrança dos relatórios parciais e finais, que poderão ser executados diretamente no site do projeto, e este fará a comunicação com os outros sistemas coorporativos da Embrapa. Divulgação e transferência de resultados, obtidos dos projetos, serão realizados por meio de workshops, congressos, seminários e publicações. 25 Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão A interação entre os projetos componentes, mostrada na Figura 3, reforça a estrutura exigida para um projeto nos moldes do macroprograma 1 da Embrapa. Figura 3. Processo de interação e retro-alimentação de informações e materiais experimentais. A estrutura apresentada na Figura 3 resume a estratégia de ação preconizada no projeto, onde descrever as etapas compreendidas na execução do projeto em rede. A estratégia adotada, nesta proposta de gestão preconizou a forte interação entre os projetos. O projeto componente 2 (PC2), cujos objetivos são a produção de sementes e testes clonais, para definição de materiais de maior aptidão, estudos de espaçamento e adubação, assim como os protocolos silviculturais, requerem interação com renomadas instituições de pesquisa e empresas florestais, para obtenção das sementes e clones a serem utilizados nos experimentos. A interação com o Projeto Genolyptus será bastante intensa e estratégica, principalmente na indicação de clones que têm se destacado na produção de biomassa. A definição do material genético a ser utilizado levará em consideração, não só a capacidade de produção de biomassa, mas também as características energéticas ideais indicadas nos projetos componentes 3 (PC3) e 4 (PC4), sendo o PC3 relacionado à qualidade da madeira para aplicações energéticas; ao aperfeiçoamentos e inovações no campo da compactação de biomassa florestal; à melhoria e desenvolvimento de equipamentos para combustão direta da madeira em ambientes residenciais e em pequenos empreendimentos industriais; ao uso da termo-retificação como ferramenta para a melhoria do uso da biomassa para geração de energia; ao 26 Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão desenvolvimento de um novo sistema de produção de carvão vegetal e ao desenvolvimento de modelos matemáticos que possam auxiliar na comprovação da viabilidade da implementação dos resultados e das tecnologias desenvolvidas e, o PC4 relacionado à obtenção de derivados energéticos de alto valor agregado a partir de biomassa florestal, tais como, obtenção de celulignina, gás de síntese, etanol, e bio-óleo para substituição de óleo combustível. Com os materiais genéticos fornecidos pelo PC2, o PC3 irá desenvolver estudos relacionados à eficiência e melhor rendimento energético das espécies, assim como a análise mais adequada da madeira para a obtenção de derivados energéticos de alto valor agregado. O PC4 fornecerá subsídios técnicos na obtenção de gás de síntese para gerar energia termoelétrica em turbinas a gás, pirólise rápida e hidrólise enzimática, interagindo diretamente com o PC3. Os resultados do PC2, PC3 e PC4 serão repassadas ao PC5, cujo objetivo é estudar a viabilidade, competitividade e sustentabilidade das cadeias produtivas de plantios florestais energéticos, bem como, dos co-produtos resultantes na obtenção de biocombustíveis. Haverá uma retroalimentação dos resultados avaliados entre todos os projetos componentes, propiciando se for o caso um redirecionamento das ações de pesquisa. Participação em Outros Projetos e Financiamentos Atualmente não existe nenhuma instituição financiadora disponibilizando recursos para este projeto. Apenas a empresa Bioware apresenta financiamento para realizar a proposta do PA05 do projeto componente 4 (Edital CT-Petro/MCT/CNPq nº 16/2005, Processo: 550574/2005-0). O tema bioenergia tem um forte apelo a um grande número de empresas. Neste sentido, já estão sendo desenvolvidas estratégias para a captação de recursos complementares ao orçamento da Embrapa, junto as empresas CODEVASF e CVRD. Outras empresas do setor florestal, já demonstraram interesse em apoiar as ações do projeto, entre elas pode-se citar: V & M Tubes através do Engenheiro Hélder Bolognani; Lwarcel Celulose e Papel Ltda através de Luis Antonio Künzel e Yara Mosca; Aracruz Celulose através do engenheiro Alexandre Missiaggia e a Cia Suzano de papel e Celulose através do Engenheiro Eduardo Jose de Mello. Outras empresas como a Votorantim Metais-Aço Florestal SA através do Engenheiro Raul Cesar Nogueira Melido, a CAF – Grupo Arcelor, e a Acesita Energética através do Engenheiro Paulo Sadi Silochi assim como as empresas de desenvolvimento de tecnologias e equipamentos: MARCONI equipamentos para laboratório, Irmãos Lippel (briquetadores) e Bricarbras, e as.Cooperativas: Agrária, Castrolanda e Copérdia. As sementes e clones para a instalação das áreas experimentais serão adquiridas dos parceiros SIF, IPEF e de algumas empresas florestais como a Cia Suzano de Papel e Celulose, V & M Tubes, Aracruz e Acesita Energética. Atualmente a empresa Bioware apresenta financiamento para realizar a proposta do Plano de Ação 05 (Edital CT-Petro/MCT/CNPq nº 16/2005, Processo: 550574/2005-0) (PA5), projeto RBT/FINEP aprovado. Há possibilidades de captação de recursos externos junto à CODEVASF, no estado do Piauí, na abrangência do Vale do Rio Parnaíba, e com a Companhia Vale do Rio Doce, nos estados do Maranhão e Pará. A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), por meio de seu Programa de Pesquisa Florestal Carajás, vem desde a década de 80 gerando resultados importantes na área florestal visando dar suporte tecnológico tanto às suas ações quanto a grupos privados e instituições governamentais interessados em programas de reflorestamento, exploração econômica sustentável da floresta nativa e ocupação de áreas degradadas. Atualmente o Programa de Pesquisa Florestal Carajás já apresenta um conjunto de informações e 27 Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEG - Sistema Embrapa de Gestão insumos (sementes e clones de espécies florestais), que tornam possível o desenvolvimento de projetos de reflorestamento e outros programas de base florestal. A companhia paranaense de energia elétrica mostrou interesse nos processos alternativos de conversão de biomassa em energia. Existe também um projeto já submetido à FINEP para dar sustentação financeira a este projeto. Informações adicionais Conforme pode ser observado na Figura 1 a rede promove uma integração em todas as Regiões e, praticamente, todos os estados brasileiros. Essa integração facilitará o estabelecimento do programa de bioenergia do governo federal, que apresenta em um de seus pilares a floresta energética tratada neste projeto em rede. Vislumbra-se a médio prazo, com o desenvolvimento das ações do projeto, uma expansão aos demais estados brasileiros não contemplados nesse estudo inicial. A aprovação deste projeto promoverá uma oportunidade de integração da massa crítica, vinculada as cadeias produtivas ligadas a agroenergia, em todo o território nacional. Esse fato contribuirá significativamente para a elaboração de planos futuros, tanto no desenvolvimento de material genético para energia quanto no desenvolvimento de novos equipamentos e métodos de transformação de biomassa em energia. Esses fatos contribuirão para tornar o Brasil uma referência mundial em produção de energia renovável, tendo como premissas as florestas energéticas. As ações supra-citadas permitirão a constituição de um fórum de discussão nacional sobre energia de biomassa florestal. Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14790: manejo florestal – cadeia de custódia. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14789: manejo florestal – princípios critérios indicadores para plantações florestais. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: sistemas de gestão ambiental – especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 2004. ALLEN, B .R.; COUSIN, M. J.; PIERCE, G. E. 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