Entrevista Cenário
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Entrevista Cenário
ANO 3 - N0 9 - JAN/FEV/MAR 2012 UMA REVISTA DO SISTEMA DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO DO BRASIL O Rio ainda mais lindo Sicoob Central Rio se fortalece no Estado e ajuda a ampliar a atuação do cooperativismo de crédito brasileiro Cenário Entrevista ONU declara 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, destaca o potencial do segmento cooperativista no país O SICOOB ACREDITA QUE A COOPERAÇÃO PODE TRANSFORMAR O MUNDO. E NÃO ESTÁ SOZINHO. w w w.sicoob.com.br A ONU lançou um novo olhar sobre o mundo e constatou que 1 bilhão de pessoas estão vivendo de um jeito diferente, pensando diferente e querendo soluções diferentes. A escolha de 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas é o reconhecimento de que juntos podemos fazer mais, encontrando soluções para muitos dos problemas do planeta. O Sicoob, o maior sistema de cooperativas de crédito do país, com muito orgulho comemora a decisão da ONU e divulga essa grande notícia. Quanto mais pessoas conhecerem as ideias, os valores e o trabalho do cooperativismo, mais forte o movimento ficará e mais transformador ele será. www.ano2012.coop.br ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 3 Fale conosco Coordenação Geral Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob ltda. – Sicoob Confederação SIG Quadra 6 – Lote 2.080 – 70.610-460 – Brasília - DF Conselho de Administração José Salvino de Menezes – Sicoob Goiás Central Bento Venturim – Sicoob Central ES Alberto Ferreira – Sicoob Central Crediminas Jadir Girotto – Sicoob Central MT/MS Henrique Castilhano Vilares – Sicoob Central Cocecrer Comitê Editorial Jadir Girotto – Diretor-presidente do Sicoob Central MT/MS José Alves de Sena – Diretor-presidente do Sicoob Central DF Bento Venturim - Diretor-presidente do Sicoob Central ES Ivo Azevedo de Brito - Diretor-presidente do Sicoob Central Bahia Abelardo Duarte de Melo Sobrinho – Diretor de Desenvolvimento Organizacional do Sicoob Confederação Pagamento a qualquer hora “Empolgadíssimo com o App do @sicoob_oficial. Efetuei um pagamento dentro do carro!” Henry Gouvea Seguidor do Sicoob no Twitter Sicoob dos pés a cabeça “Meu kit personalizado do @sicoob_oficial chegou!!! #EuPensoDiferente.” Juliana Mendes Pio Seguidora do Sicoob no Twitter Ricardo Antonio de Souza Batista – Diretor de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação Marco Aurélio Borges de Almada Abreu – Diretor-presidente do Bancoob Ênio Meinen – Diretor operacional do Bancoob Ricardo Belízio de Faria Senra – Gerente jurídico do Bancoob Andrea Hollerbach Athayde – Gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Jussimara Zobel de Deus – Supervisora de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Encantado “Sou apaixonado pelo Sicoob! É tudo muito lindo. Site perfeito. Cooperativas perfeitas!” Kaique Foresti Seguidor do Sicoob no Twitter Elisa Gregória Abarca Guimarães – Analista de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Correspondentes Renato Altino Paiva Neto – Sicoob Central BA Emannuelle M. Ramalho – Sicoob Central NE Lisley Geovana Gonçalves – Sicoob Central Crediminas Celso Vicenzi – Sicoob Central SC Cristiane Lopes Orso – Sicoob Central MT/MS Uma ótima alternativa “Paguem em uma das agências do @sicoob_oficial. Eu indico sem medo.” Sandro Barbosa Seguidor do Sicoob no Twitter Alessandra Del Nero – Sicoob Central Cecresp Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central Anderly Godinho Minetto – Sicoob Central PR Karla Brandão Lage – Sicoob Central Cecremge Marcelo Vieira da Silva – Sicoob Central ES Edivaldo Alves de Oliveira – Sicoob Central DF Edson Quevedo Soares – Sicoob Central Norte Valdecir Manoel Affonso Palhares – Sicoob Central Amazônia Roberta Miranda de Marco – Sicoob Central Cocecrer Brunna Marques Duarte – Bancoob Coordenação Editorial Andrea Hollerbach Athayde – Sicoob Confederação Erratas Ao contrário do que foi publicado na Revista Sicoob, edição 8: - Página 17: o nome correto da Cooperativa de Capelinha (MG) é Sicoob Credijequitinhonha. - Página 19: João Feitoza Neto é presidente do Sicoob Central NE, sendo que a sigla correta para Universidade Federal da Paraíba é UFPB. - Página 25: o nome correto da empresa de consultoria e auditoria externa para criação de um programa de informática para o Bancoob é Ernst & Young. Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central Coordenação de Produção Jussimara Zobel de Deus – Sicoob Confederação Elisa Gregória Abarca Guimarães – Sicoob Confederação Produção Editorial Press Comunicação Empresarial FALE CONOSCO Jornalistas Responsáveis Luiz Augusto Araújo / Lícia Linhares Projeto Gráfico e Editoração Press Comunicação Empresarial Designers Raquel Ayala / Luis Américo Revisão Cláudia Rezende Impressão Envie sua opinião sobre as matérias da Revista. Sua carta será publicada* e respondida na próxima edição. As cartas podem ser enviadas para: SIG Quadra 6 - Lote 2.080 - CEP 70.610-460 - Brasília - DF [email protected] Conecte-se também com o Sicoob na web. Curta a fan page do Sicoob: Sicoob Oficial Siga o Sicoob no Twitter: SICOOB_oficial Gráfica Coronário Tiragem 20 mil exemplares Sala de Imprensa: http://www.sicoob.com.br/site/conteudo/sistema_sicoob/sala_de_imprensa/ Blog: www.sicoob.com.br/blog *Em razão do espaço destinado à coluna, a Revista Sicoob reserva-se o direito de editar as cartas. 4 Entrevista 18 Ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, aborda o modelo cooperativista brasileiro e como o governo pode apoiar o setor Cooperativismo carioca Desde 1º. de dezembro/11, o Sicoob Central Rio está em funcionamento em um dos principais centros turísticos e econômicos do país 07 Banco Central Lideranças do Sicoob recebem dirigentes do Banco Central em Brasília 08 Intercâmbio Para aprofundar o conhecimento sobre os principais modelos cooperativistas, dirigentes do Sicoob visitam a Europa 10 Ano Cooperativo 2012 é nomeado o Ano Internacional das Cooperativas pela ONU 15Jurídico Cédula de crédito bancário garante, entre outros benefícios, a segurança jurídica 16Cenário Frencoop busca junto ao Congresso maior acesso das cooperativas às linhas de crédito 23 Ponto de Vista 24 12 Para Manoel Messias, o começo de um novo ano é propício para fazer o balanço do passado e projetar o futuro Recursos Humanos Colaboradores das cooperativas Centrais e Singulares, constroem suas carreiras dentro do Sistema 38 Comunicação Sicoob investe em canais de relacionamento ampliando a comunicação com o público 28Ética Sicoob ES promove palestra com foco na ética no ambiente de trabalho 29Perfil Sicoob Confederação e Bancoob homenageiam Eruza Rodrigues 30Gestão Gerência de Negócios se transforma em referência no Sicoob Central Crediminas 32 Projetos Sistêmicos Planejamento Estratégico indica objetivos corporativos a serem alcançados pelas cooperativas 34Produtos Família Sicoobcard aumenta oferta de produtos e serviços 36Integração Sebrae e Sicoob juntos pelo desenvolvimento das cooperativas 41 Responsabilidade Social Cooperativa de crédito de Rondônia promove ações com foco na intercooperação 43Giro Saiba o que acontece nas cooperativas Centrais e Singulares pelo país ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 5 Editorial Crescimento cooperativo para 2012 Sicoob Confederação A inauguração do Sicoob Central Rio esteve entre as principais conquistas para o Sistema em 2011. Sua atuação começará a se refletir com mais intensidade a partir deste ano, com mais organização e fortalecimento do cooperativismo de crédito no Rio de Janeiro. "A consolidação do cooperativismo de crédito em um dos estados mais importantes da federação impulsiona o crescimento do Sicoob no país e nos deixa melhor preparados para voos mais altos." A consolidação do cooperativismo de crédito em um dos estados mais importantes da federação impulsiona o crescimento do Sicoob no país e nos deixa melhor preparados para voos mais altos. Atualmente, o Sistema é composto por quase dois mil pontos de atendimento e mais de dois milhões de associados. O Sicoob reúne a 6ª maior rede brasileira de atendimento financeiro. Em 2011, registrou mais de R$ 16 bilhões em operações de crédito, R$ 17,3 bilhões em depósitos totais e ativos totais de aproximadamente R$ 30 bilhões. Com um Sistema sólido e organizado, conseguiremos um ritmo mais acelerado de crescimento para atingirmos, em um médio prazo, os dois dígitos de participação no Sistema Financeiro Nacional. O Sicoob tem experimentado uma expansão acima da média do mercado nos últimos anos. Em 2011, registramos um crescimento de 30%, enquanto o setor bancário cresceu em torno de 20%. Para 2012, nossa expectativa é crescer 50% e aumentar de 45% para 50% nossa participação no Sistema Cooperativo de Crédito brasileiro. O atual cenário da crise externa não interferirá no desempenho das cooperativas de crédito do Brasil ou de qualquer parte do mundo. Pelo contrário, em momentos de recessão, as pessoas buscam essa opção financeira, pela segurança e pela credibilidade que ela possui. Enquanto os bancos de 6 varejo dificultam a concessão de empréstimos, as cooperativas atuam como alternativa à crise, pois ofertam crédito mediante tarifas e taxas mais atrativas. A oferta de crédito a juros mais justos e a participação dos cooperados nos resultados financeiros da instituição são alguns dos diferenciais que têm atraído um número cada vez maior de associados. Neste ano, esses benefícios têm tido grande visibilidade com respaldo da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. O crescimento do cooperativismo de crédito é movido, principalmente, pela disseminação da cultura cooperativista. Quanto mais gente conhecer o funcionamento das cooperativas de crédito, melhor, pois as pessoas escolhem essas instituições financeiras quando descobrem que, nelas, não são simplesmente clientes, são donas. Seja em tempo de crise seja na bonança, as cooperativas de crédito mantêm seu papel de fomentar o desenvolvimento econômico e social do país. O Sicoob - maior sistema cooperativo de crédito brasileiro - está mais forte com a inauguração da Central no Rio de Janeiro. Também está mais preparado para fomentar o crescimento do cooperativismo de crédito brasileiro nos próximos anos, levando esse modelo de instituição financeira justa e democrática para uma parcela maior da população. Boa leitura! José Salvino de Menezes Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Confederação Banco Central Representantes do Sicoob apresentam suas reivindicações aos dirigentes do Banco Central União de grandes forças Dirigentes do Banco Central do Brasil visitam sede do Sicoob em Brasília. Na ocasião, foram apresentadas reivindicações do setor cooperativista de crédito O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) apresentou uma série de reivindicações do setor ao Banco Central do Brasil (BC). O documento, endereçado ao presidente da instituição, Ministro Alexandre Tombini, contém propostas a respeito de temas que, a despeito dos grandes avanços dos últimos anos, ainda necessitam de reflexões no intuito de promover cada vez mais o aperfeiçoamento das normas e exigências vinculadas ao cooperativismo de crédito. O documento foi entregue durante a visita dos dirigentes do BC ao Centro Corporativo Sicoob (CCS), em Brasília (DF), no final do ano passado. Entre os presentes, estavam o secretário-executivo do BC, Luiz Edson Feltrim, o diretor de Fiscalização, Anthero de Moraes Meirelles, o diretor de Regulação do Sistema Financeiro, Luiz Awazu Pereira da Silva e o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural, Sidnei Correa Marques. O encontro marcou o último dia do III Fórum do Banco Central sobre Inclusão Financeira, evento que reuniu representantes do governo, do setor de microfinanças, estudiosos e fomentadores nacionais e internacionais para discutir sobre a promoção da inclusão social e financeira no país. Durante o encontro, o presidente do Sicoob Confederação, José Salvino de Menezes, fez a entrega oficial do documento ao secretário-executivo da instituição, Luiz Edson Feltrim. Entre os pontos apresentados, estavam a contribuição do cooperativismo de crédito na consolidação da inclusão financeira no país e o papel do BC na supervisão e na regulamentação do segmento. Em seu discurso, José Salvino destacou a necessidade da parceria entre as entidades: “O cooperativismo reconhece a importância que o Banco Central tem na evolução e no fortalecimento do setor. Entretanto, há sempre possibilidades de aperfeiçoamentos que, sem prejudicar os objetivos do órgão regulador, contribuam para o crescimento e melhor organização do Sistema. E um dos fatores essenciais para isto é o diálogo, como o que pratica o Banco Central”. Os diretores Luiz Awazu e Sidnei Marques destacaram a importância do cooperativismo de crédito para os processos de inclusão financeira e concorrencial no Sistema Financeiro Nacional, o crescimento do setor observado nos últimos anos, como produto da evolução normativa e do grau de profissionalização. Já o secretário-executivo Luiz Edson Feltrim, reforçou a importância do contato entre as entidades, colocando-se à disposição para discutir os pontos apresentados pelo Sicoob. “É muito importante a busca da solução dos problemas por meio do diálogo e, com o pleito apresentado hoje, não será diferente”. Principais pontos das reivindicações - Homologação de processos eleitorais. - Aplicabilidade do artigo 31 da Lei 5.764, de 1971, no caso de diretores eleitos pelo Conselho de Administração. - Segregação entre Conselho de Administração e Diretoria Executiva – tempo de implementação. - Fixação da remuneração dos diretores estatutários eleitos na forma do regime previsto no artigo 5º da LC 130, de 2009. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 7 Intercâmbio Aprendizado além das fronteiras Em visitas à Europa, dirigentes do Sicoob têm a oportunidade de trocar experiências com representantes do cooperativismo no “velho continente” Estar em contato com culturas diferentes é uma chance e tanto para se adquirir aprendizado. E no cooperativismo não é diferente. Visitas de líderes e técnicos do Sicoob ao exterior são constantes para a troca de experiência e o aperfeiçoamento da gestão administrativa. Em 2011, membros do Sistema conheceram de perto as práticas de sucesso de cooperativas de crédito de países da Europa. A convite da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV), dirigentes do Sicoob visitaram, em novembro de 2011, importantes entidades do país, como os bancos cooperativos DZ Bank (com sede em Frankfurt e abrangência nacional) e o WGZ Bank (de caráter mais regional, estabelecido em Düsseldorf ), cujos papéis se assemelham aos desempenhados pelo Bancoob Executivos do Sicoob Confederação visitam a Alemanha para aprofundar o conhecimento sobre as práticas cooperativistas europeias 8 – banco comercial privado, sociedade anônima de capital fechado, cujo controle acionário pertence às entidades filiadas ao Sicoob, e que opera como provedor de produtos e serviços financeiros para as cooperativas do Sistema. Outra instituição em que eles estiveram presentes foi o Banco Central da Alemanha (Bundesbank). Além do Sicoob, a comitiva brasileira era formada por dirigentes do Banco Central do Brasil, da Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa (CNAC), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Unicred e do Sicredi Participações. Para o presidente do Sicoob, José Salvino de Menezes, o contato com a DGRV, cuja função se aproxima à do Sicoob Confederação, possibilitou traçar paralelos com o modelo de cooperativismo aplicado no Brasil. “O processo de intercâmbio e conhecimento de modelos cooperativistas é fator indutor do aperfeiçoamento, respeitadas nossas particularidades. No caso específico, o exemplo alemão é citado como uma referência, principalmente, nos aspectos ligados à supervisão e ao controle”, ressalta. Em agosto de 2011, o diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, e Ênio Meinen, diretor operacional da instituição, também estiveram na Alemanha, acompanhados por José Salvino e pelo diretor operacional do Sicoob Central Bahia, Cérgio Tecchio. Entre os diversos pontos que chamaram atenção no país europeu, Almada cita o modelo de organização do sistema cooperativo de crédito, o qual ele compara à estrutura vigente no Brasil. “As entidades alinham-se em dois blocos, tendo na base os bancos cooperativos ‘singulares’ e no topo a DGRV. Digno de nota nesse modelo organizacional, diante da circunstância de o vínculo entre os bancos ‘singulares’ e os ‘centrais’ ser livre, é o índice de fidelidade no relacionamento negocial, que alcança a expressiva marca de 99%. Tal número reflete a abrangência e a qualidade das soluções, aliadas ao modelo de inter-relação instituído entre as partes, que pressupõe forte participação dos bancos na definição dos rumos e do portfólio de negócios.” Missões pelo “velho continente” Ainda em 2011, representantes do Sicoob em Minas Gerais, com o apoio da Organização e Sindicato das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), também partiram para o “velho continente” para conhecer as melhores práticas aplicadas no secular modelo cooperativista europeu. Em setembro, foi a vez da comitiva do Sicoob Central Cecremge realizar o intercâmbio, que abrangeu Espanha, Portugal e Itália. O superintendente financeiro e de desenvolvimento, Geraldo Martins Alves, um dos 11 membros da comitiva, destaca os pontos que mais lhe chamaram a atenção em cada país. “Em Portugal, ressalto o estágio atual dos controles internos e auditoria, os programas de capacitação e o foco na prestação de serviços. Na Espanha, o modelo de intercooperação, já na Itália, o foco na cadeia produtiva.” No mês seguinte, em outubro, os líderes do Sicoob Sistema Crediminas desembarcaram na Europa para se aprofundarem no modelo cooperativista aplicado em cinco países: Alemanha, Suíça, Áustria, Itália e Portugal. “Os processos existentes nessas regiões, no que se refere a treinamento e desenvolvimento de pessoas; e gestão de riscos e governança, são modelos que devem ser utilizados no desenvolvimento do cooperativismo brasileiro”, analisa um dos integrantes da comitiva, o diretor-executivo do Sicoob Central Crediminas, Jésus Ferreira Carvalho. Representantes do Sicoob em Minas Gerais, com o apoio da Ocemg, conhecem de perto as ações e atividades aplicadas no modelo cooperativista do exterior Um modelo para o mundo O cooperativismo surgiu na Europa em 1844, em Rochdale, bairro da cidade de Manchester, na Inglaterra. O cooperativismo de crédito surgiu na Alemanha pelas ideias de Friedrich Wilhelm Raffeisen entre os anos de 1847 e 1848. As cooperativas de crédito urbano foram idealizadas, por volta do ano de 1849, pelo magistrado Hermann Schulze, também naquele país, na cidade de Delizsch. Atualmente, na Alemanha existem 1.138 bancos cooperativos singulares (equivalentes às cooperativas de crédito singulares no Brasil), que detêm uma rede de 13,5 mil pontos de atendimento, aproximadamente 17 milhões de associados e mais 30 milhões de clientes. Somando-se os dois bancos centrais, o conjunto dos bancos cooperativos alemães administra ativos da ordem de 1,2 trilhão de euros (ou 1,7 trilhão de dólares), o que equivale a cerca de 20% do sistema financeiro local e 80% do Produto Interno Bruto (conjunto da riqueza) brasileiro. Em depósitos, detêm 507 bilhões de euros (cerca de 25% do total dos depósitos bancários do país). Os empréstimos, por sua vez, alcançam 406 bilhões de euros. ANO 23 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 9 ANO COOPERATIVO Cooperativas de crédito à frente do crescimento do setor Organização das Nações Unidas declara 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas Este ano é especial para 30 milhões de brasileiros e cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo - total da população inserida no cooperativismo. Com o slogan “Cooperativas constroem um mundo melhor: contribuições para um desenvolvimento sustentável”, lançado em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), 2012 foi eleito o Ano Internacional das Cooperativas. O diretor regional da Aliança Internacional das Cooperativas para América Latina (ACI-Américas), Manuel Mariño, destaca a necessidade da união e do esforço de todos. "O desafio agora é trabalharmos juntos em uma ação articulada e coordenada para transformar a celebração em um gerador de força política e em programas que deem ainda mais visibilidade às cooperativas", diz. O diretor-presidente do Sicoob Confederação, José Salvino de Menezes, concorda com o representante da ACI-Américas e afirma que o desafio do cooperativismo brasileiro é levar ao maior número de pessoas o conhecimento sobre a importância do papel das cooperativas, sobretudo as de crédito, na redução das desigualdades sociais e na promoção do crescimento econômico sustentável das localidades onde atuam. “As cooperativas de crédito devem impulsionar o crescimento do cooperativismo mundial”, acrescenta Salvino. Por meio da valorização do cooperativismo, as oportunidades de negócio durante o ano serão ampliadas, como explica o gerente de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti. “O cooperativismo de crédito brasileiro tem vivido um momento de franca expansão, com indicadores cada vez mais expressivos. De janeiro a outubro do ano passado, foram inauguradas 313 agências de cooperativas, ou Postos de Atendimento (PACs), uma média de três a cada dois dias úteis.” A declaração da Organização das Nações Unidas é uma iniciativa oportuna para que as cooperativas se apresentem à sociedade como uma alternativa socioeconômica confiável e sustentável. Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, aponta o cooperativismo como o caminho para o crescimento de várias nações. 10 “Agora, com o respaldo da ONU, poderemos difundir essa ideia e ampliar as possibilidades de atuação do setor”, pontua. Para o diretor-geral da ACI Mundial, Charles Gould, o Brasil tem a sorte de ter fortes sistemas de crédito cooperativo neste momento importante da história. “É oportuno para as cooperativas de crédito do Sicoob e demais Sistemas, pois milhares de pessoas no Brasil e no mundo estão procurando alternativas às instituições financeiras tradicionais", observa. Lançamento do ano O anúncio de 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas foi feito durante a 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em 31 de outubro de 2011, em Nova Iorque, Estados Unidos. No Brasil, dirigentes do Sicoob Confederação e do Bancoob participaram, em 14 de dezembro do ano passado, do lançamento oficial do Ano Internacional das Cooperativas, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). No evento foram apresentadas as ações propostas para o ano, e destacada a contribuição das cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico e reconhecido seu trabalho para a redução da pobreza, a geração de emprego e a integração social. No dia 9 de fevereiro deste ano, o Sicoob Confederação lançou o calendário de ações em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas. Durante todo o ano de 2012 serão exibidas na fachada e no hall de entrada de sua sede corporativa em Brasília (DF), faixas com as cores do Sicoob representando o Sistema e o cooperativismo. A ação de comunicação é trabalhada com o mote: “Cooperativismo. Use essa ideia”. Além das faixas em formato gigante, foi criada uma fitinha menor, que pode ser usada de diversas maneiras (no pulso, no chaveiro, no carro etc). Junto com a fitinha, outras peças (faixas, adesivos, placas, camisetas, entre outras) foram desenvolvidas para dar sustentação à ação. A ideia é que todas as cooperativas do Sicoob façam adesão a esse calendário, desenvolvendo localmente as ações sugeridas. Cooperativas em destaque Para comemorar o ano, a OCB lançou o hotsite (www.ano2012. coop.br) para divulgar histórias de cooperativas que estão construindo um mundo melhor. Ao longo deste ano, serão divulgadas ao todo 366 histórias de organizações que têm como alicerces a união, integração e valorização do capital humano. Nos primeiros meses de 2012, o hotsite publicou a trajetória de algumas cooperativas de crédito do Sicoob, como: Sicoob Credijud, do Mato Grosso; Sicoob Creditapiranga, de Santa Catarina; Sicoob Credip, de Rondônia e do Sicoob CrediEmbrapa e Sicoob Judiciário, ambos sediados em Brasília (DF). Cooperativismo no mundo Hoje, o setor cooperativista, em todos os ramos reúne 1 bilhão de pessoas em mais de 100 países, responde pela geração de mais de 100 milhões de empregos e está presente nos cinco continentes. Em 2010, por exemplo, as 300 maiores cooperativas do mundo tiveram uma movimentação econômico-financeira de US$ 1,6 trilhão. A Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) está entre elas. Para o diretor geral da ACI, Charles Gould, “o Brasil tem a sorte de ter fortes sistemas de crédito cooperativo neste momento importante da história” Principais números no Brasil 6.652 É o número de cooperativas atuantes em 13 ramos de atividades econômicas. 298.182 É o total de empregos diretos gerados pelas cooperativas em 2010. 9.016.527 É o total de associados a cooperativas filiadas ao sistema OCB. 30 milhões É o total estimado de brasileiros envolvidos no cooperativismo. US$ 4,4 bilhões É o total das exportações das cooperativas brasileiras em 2010. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 11 entrevista É ela quem coloca ordem na casa Conhecedora do cooperativismo, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, destaca a importância das cooperativas de crédito para o país Foi em meio à primeira crise do governo Dilma, provocada pela demissão do ex-ministro Antonio Palocci, em 2011, que uma outra mulher entrou em cena para, literalmente, colocar ordem na casa. A paranaense Gleisi Hofmann assumiu a Casa Civil em junho do ano correspondente e, desde então, vem imprimindo o seu jeito de comandar. Casada com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ela tem o perfil parecido com o da presidente da República. A ministra-chefe da Casa Civil é conhecida por ser mais técnica do que política. Advogada, Gleisi é especialista em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira, tendo sido secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública da Prefeitura Municipal de Londrina (PR). Ela também esteve na equipe de transição do governo Lula, em 2002. Assumiu, logo depois, a Diretoria Financeira da Hidrelétrica de Itaipu Binacional, cargo que ocupou até o início de 2006, sendo a primeira mulher na direção em 30 anos da usina. Em 2010, foi eleita senadora, sendo a mais votada do estado do Paraná. Durante os cinco meses em que esteve no Senado, foi relatora de matérias importantes, inclusive, relacionadas ao cooperativismo. Em entrevista exclusiva à Revista Sicoob, a ministra-chefe da Casa Civil aborda, entre outros assuntos, como o governo pode apoiar o cooperativismo de crédito. 12 Foto: Paulo H. Carvalho \ Casa Civil \ PR Quando e como a senhora entrou para a política? Entrei para a política ao militar no movimento estudantil, em Curitiba. Meu primeiro partido foi o PCdoB. Em 1989, conheci o PT e permaneço no partido desde então. Em 2002, integrei a equipe de transição de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, naquele mesmo ano, assumi o cargo de diretora financeira da Itaipu Binacional. Em 2010, fui a primeira mulher eleita para um mandato no Senado pelo Paraná. Mais de 20 anos se passaram desde que ingressei na política. Meus ideais e meus compromissos permanecem os mesmos: a melhoria contínua da vida das pessoas e a busca pela justiça social. Antes de ganhar as últimas eleições como senadora pelo Paraná, a senhora acumulou algumas derrotas, dentre elas, a eleição para a prefeitura de Curitiba. O que mais aprendeu nesses momentos? Eu costumo dizer que perder e ganhar são lados da mesma moeda. Tudo depende de como se escolhe lidar com essas questões. As derrotas podem nos ensinar muito. E uma derrota eleitoral não significa necessariamente uma derrota política. Não vou dizer que não fiquei triste quando perdi as eleições para a prefeitura de Curitiba. Foi uma campanha dura. Fiquei triste, sim, mas não esmoreci. Como dizia a minha avó, aquilo que não nos mata nos fortalece. Encarei a derrota como um aprendizado e segui em frente. O cooperativismo é bastante forte no Paraná. Nas últimas eleições, a senhora contou com o apoio maciço dos líderes cooperativistas do seu estado. Isso foi fundamental para sua vitória para o Senado? Sem dúvida. E aproveito aqui a oportunidade para agradecer a força e o apoio de todos que acreditaram em mim, na minha candidatura. O Paraná é um dos pioneiros nesse segmento, uma referência na organização do cooperativismo no Brasil. Eu espero que as ações do governo federal fortaleçam cada vez mais as cooperativas paranaenses e, é claro, as de todo o Brasil. Em sua opinião, qual a importância desse segmento para o Brasil, especialmente o Ramo Crédito - sobretudo o Sicoob? Além de ser um instrumento extremamente importante de organização social do trabalho, o cooperativismo tem tido um papel cada vez mais significativo como forma de geração de trabalho, renda e de inclusão social. O Sicoob exerce uma função primordial para a consolidação dessa prática no país, por meio de ações financeiras e de crédito. Ao assumir a Casa Civil, a senhora afirmou que uma de suas missões é trabalhar para continuar reduzindo as desigualdades. O fomento ao cooperativismo é uma ferramenta para isso? Sem dúvida, especialmente porque o cooperativismo baseia-se em um princípio fundamental para a redução das de- ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 13 ENTREVISTA sigualdades, sejam econômicas, sejam sociais: a associação de pessoas que visam não apenas a um objetivo comum como ao bem comum, e que utilizam, para isso, os princípios da gestão participativa e democrática. O Brasil cresceu muito nos últimos anos e o caminho para continuarmos nessa trajetória passa, inevitavelmente, pela união de esforços e pela cooperação. Ainda como Senadora, a senhora foi relatora de algumas matérias, entre elas, duas que dispõem sobre as Sociedades Cooperativas. Quais são elas e o que propõem? São dois Projetos de Lei do Senado: o PLS 3/2007 e o PLS 153/2007, de autoria dos senadores Osmar Dias e Eduardo Suplicy, respectivamente. As duas proposições tramitam em conjunto e disciplinam o funcionamento das cooperativas, que hoje são regulamentadas pela Lei 5.764, que é de 1971. Os projetos definem, por exemplo, o Sistema Cooperativista Nacional, além de tratar da observância da legislação específica nas atividades das cooperativas de crédito; especifica características obrigatórias da composição de cooperativas, entre outros. A senhora como ministra-chefe da Casa Civil e conhecedora da relevância do cooperativismo, vai apoiar os projetos citados e outros - em tramitação no Congresso Nacional - que beneficiam o Setor? No Senado, até peguei a relatoria desses projetos na Comissão de Assuntos Econômicos. No governo, quero continuar sendo uma interlocutora do cooperativismo. Acredito na importância dessa atividade e apoio projetos que garantam melhorias e segurança para o setor. “Além de ser um instrumento extremamente importante de organização social do trabalho, o cooperativismo tem tido um papel cada vez mais significativo como forma de geração de trabalho, renda e de inclusão social.” 14 Em recente entrevista à revista, a presidente Dilma Rousseff garantiu dar continuidade às políticas de incentivo ao cooperativismo brasileiro. A Casa Civil é articuladora das ações do Governo. Como o ministério pode facilitar a implementação destas políticas? A Casa Civil é articuladora e facilitadora das ações de governo. Há algum tempo o cooperativismo entrou na agenda do governo federal, tanto por meio dos programas de incentivo às cooperativas como às ações de capacitação profissional e de incentivo ao crédito. No governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva houve aumento do volume de crédito para todos os segmentos produtivos. A presidenta Dilma mantém esse caminho, com políticas de redução de juros e de ampliação do microcrédito, medidas essas capazes de transformar o microcrédito em um instrumento que de fato será uma das alavancas do crescimento econômico e da distribuição de renda no Brasil. Quais são os seus projetos para este ano? Meu foco é trabalhar muito para honrar a confiança em mim depositada pela presidenta Dilma. É com isso que estou comprometida, com a missão que a presidenta me confiou. Além do cooperativismo, quais causas são comuns a você e seu marido, Paulo Bernardo, também ministro do governo Dilma? Não encaramos nosso relacionamento como um fator de poder no ministério. Aliás, ministros são servidores do país. Precisamos é trabalhar muito para apresentarmos resultados. Assim como eu, o Paulo tem uma trajetória calcada na gestão pública e na vida política. Esse trabalho pelo e para o bem comum é algo que sempre nos uniu, assim como a dedicação intensa a tudo que fazemos. JURíDICO Os benefícios da cédula de crédito bancário CCB permite maior segurança jurídica, o que reflete na redução da inadimplência e no tempo de recuperação dos empréstimos A Cédula de Crédito Bancário (CCB), atualmente regulamentada pela Lei nº 10.931/2004, é um título de crédito emitido por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando uma promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. O grande impulso para a criação da CCB foi o elevado risco decorrente da incerteza jurídica de que padeciam as operações de crédito rotativo à época, que culminou na edição da Súmula nº 233 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), publicada em 08/02/2000. De acordo com o entendimento sumular, “o contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é título executivo”. A partir de então, os contratos de abertura de crédito rotativo, dentre os quais se insere o conhecido e largamente utilizado “cheque especial”, em uma eventual inadimplência do tomador, não mais poderiam ser cobrados por meio de processo de execução, restando como alternativas ao credor a ação ordinária de cobrança ou a ação monitória. Ambos os procedimentos, menos céleres que o processo executivo, alongavam demasiadamente a recuperação do crédito e, por consequência, implicavam aumento do risco e dos custos das novas operações. Nesse contexto, não bastava, então, a concepção de um novo instrumento jurídico em substituição ao já combalido contrato de abertura de crédito rotativo. Era necessário que este novo título executivo fosse dotado de características e requisitos que lhe conferissem atributos como segurança e transparência, seja no momento da contratação, seja na apuração do saldo devedor, garantindo, assim, a liquidez e a certeza da obrigação. Com efeito, é possível perceber nos dispositivos da Lei nº 10.931/2004 a nítida intenção do legislador de conferir ao credor um instrumento seguro e ágil na formalização da operação de crédito, bem como a preocupação em garantir ao devedor o pleno conhecimento das condições contratuais, da evolução e apuração do débito. A lei permitiu, ainda, às instituições financeiras credoras, por meio de operação de desconto, negociar as CCBs com outras instituições financeiras, sendo, nesse particular, importante fonte de geração de liquidez. A utilização da CCB, contudo, não está restrita à formalização de crédito rotativo ou de utilização parcelada, prestando-se a documentar operações de crédito de qualquer natureza, até mesmo as operações de crédito rural. Cabe ressaltar que, anteriormente, as operações de crédito rural somente poderiam ser formalizadas por meio de títulos de crédito definidos pelo Decreto-Lei 167/67. No entanto, com o advento da Lei 10.931/04, a CCB passou a integrar o rol de títulos hábeis à formalização de operações dessa modalidade, sendo inclusive referendada pelo Banco Central do Brasil através da edição da Carta-Circular nº 3.203/2005. Nesse quesito, uma das vantagens da CCB em relação aos demais títulos é a possibilidade de se estabelecer garantias reais e fidejussórias de qualquer modalidade, como são os casos da cessão e alienação fiduciárias, inclusive quando prestadas por terceiros, não se restringindo ao penhor e à hipoteca, como ocorre nas cédulas de crédito rural. Concluindo, o grande diferencial da CCB, a par de sua ampla aplicação, é a segurança jurídica, que reflete diretamente na redução da inadimplência e no tempo de recuperação dos empréstimos e, em decorrência, na diminuição do custo do crédito e na sua maior disseminação. Dr. Bruno Guimarães Rodrigues Advogado do Bancoob ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 15 cenário Cenário Uma luta justa e importante Frencoop trabalha no Congresso para garantir acesso das cooperativas às linhas de crédito oferecidas pelo Governo Em pleno ano internacional das cooperativas, as entidades do setor intensificam a luta para melhorar o acesso dos cooperados aos recursos da União destinados ao fomento das atividades agroindustriais. A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) trabalha para que o Congresso Nacional aprove leis que beneficiem as cooperativas, ampliando as suas linhas de crédito. Em novembro, foi vencida a primeira batalha com a aprovação, pelo Senado, do projeto de Lei 40/11, que garante ao setor a gestão de parte dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) destinados aos programas do Governo. “Estamos atuando para que os recursos do FAT deixem de ser uma promessa”, afirma Silvio Giusti, gerente de crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Governo Federal destina 40% dos recursos arrecadados pelo Fundo a programas de desenvolvimento econômico. O projeto de lei apresentado pela Frencoop e aprovado pelos senadores prevê o repasse de 10% desse montante para o uso do cooperativismo de crédito rural. “Se considerarmos o orçamento do FAT previsto para 2012, o repasse para as cooperativas seria superior a R$2 bilhões”, estima Silvio. Agora, o texto segue para a apreciação dos parlamentares da Câmara dos Deputados. A aprovação da matéria é, segundo Silvio, a grande prioridade do cooperativismo em 2012. “O projeto foi aprovado de forma muito ágil pelo Senado. Confio na capacidade da Frencoop para repetir o feito na Câmara”, acredita o gerente. Fundos Constitucionais Outro projeto em processo de análise pelos deputados é o PL 409/2011, que autoriza os bancos cooperativos e as confederações de cooperativas de crédito, a receberem recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento. Hoje, esse repasse é feito por intermédio de outras instituições, provocando um impacto negativo nos valores e no prazo de recebimento dos recursos. “No caso do Fundo Constitucional Investimentos Recursos do FAT previstos pelo Orçamento 2012 40% desse montante = R$23 bilhões. Os 10% pleiteados pelas Cooperativas = 2,3 bilhões. Recursos vindos do FAT representariam um incremento de 25% de recursos para empréstimos. Empréstimos realizados pelas cooperativas de crédito rural atualmente = R$9 bilhões. –> R$58 bilhões 16 de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), por exemplo, o repasse ocorre por meio do Banco do Brasil. O problema é que a entidade financeira possui uma carteira própria de interessados no financiamento. Quando finalmente chega aos cooperados, o recurso, muitas vezes, não é condizente com as necessidades do nosso setor”, argumenta Silvio Giusti. Para Amaury, o FCO gera melhoria do quadro social e no crescimento dos números da cooperativa Mesmo assim, os recursos oriundos dos Fundos Constitucionais são de grande valia para as cooperativas das regiões beneficiadas. “É inegável a importância que o FCO desempenha na melhoria do nosso quadro social e no crescimento dos números da cooperativa”, afirma Amaury Silveira, gerente de negócios do Sicoob Agrorural, de Quirinópolis (GO). A cooperativa começou a trabalhar com os recursos do fundo em 2008 e, desde então, já emprestou quase R$ 18 milhões , montante obtido por meio do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob). “Aguardamos ansiosos pela aprovação da Lei que tornará mais ágil e dinâmica a liberação do dinheiro. O agricultor, por exemplo, precisa do crédito em tempo hábil para investir na colheita. Se atrasar, ele perde o momento do plantio”, observa Amaury. Procapcred Criado pelo Governo Federal em 2006, o Programa de Capitalização das Cooperativas de Crédito (Procapcred) é mais uma possibilidade de concessão de financiamentos com recursos da União. A iniciativa busca fortalecer o patrimônio das cooperativas ao permitir que o interessado adquira cotas da instituição, por meio do financiamento. Além dos juros mais baixos, o Procapcred permite o pagamento do empréstimo em um número maior de parcelas. “O fortalecimento da nossa estrutura patrimonial em razão do Procapcred é inegável. Desde a chegada do Programa, foi possível oferecer créditos aos associados com condições diferenciadas”, relata Marcos Leal, supervisor de produtos e serviços do Sicoob Sul de Cachoeiro de Itapemirim (ES). Na opinião de Emerson Ferrari, diretor-executivo do Sicoob Norte de Londrina (PR), o Programa ajuda a fidelizar o cooperado. “A aquisição da cota gera uma relação de cumplicidade do associado conosco. Aderimos ao Procapcred em março do ano passado e, desde então, já emprestamos mais de R$13 milhões. Criamos outros benefícios como, por exemplo, a redução dos juros do cheque especial pela metade para associados que adquirem cotas do Programa de até R$10 mil”, conta Emerson. Um dos benefícios do Procapcred, na visão de Emerson, é a fidelização do cooperado ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 17 CAPA Rio de braços abertos para o Sicoob Sicoob Central Rio se estabelece no estado e ajuda a fortalecer ainda mais o setor no país O Sicoob acaba de confirmar a importância do cooperativismo de crédito em um dos mais bonitos cartões postais do mundo e um dos principais centros econômicos e turísticos do país. O Estado do Rio de Janeiro agora conta com uma Cooperativa Central de Crédito, o Sicoob Central Rio, que começou a funcionar no dia 1º de dezembro de 2011. “O Sicoob Central Rio tem à frente pessoas muito sérias e comprometidas com o desenvolvimento da organização. E esse comprometimento, a participação local e o apoio do Sicoob nos estimulam a trabalhar para que, finalmente, o Rio de Janeiro ocupe um espaço no segmento de onde jamais deveria ter saído”, informa o diretor de Desenvolvimento Organizacional do Sicoob Confederação, Abelardo Duarte. A reorganização do sistema cooperativista no Rio de Janeiro exigiu muito de 18 todos. “Durante esse processo, que se estendeu mais do que esperávamos, tivemos que cumprir várias exigências do Banco Central do Brasil (BC) o que, de certa forma, nos ajudou a maturar ainda mais nossos ideais. Tudo isso, associado à determinação do Sistema e às lideranças locais, fez com que os obstáculos fossem superados. Agora, o cooperativismo e o Rio de Janeiro só têm a ganhar com a força do Sicoob ainda mais presente no Estado”, completa. Em 2012, considerado como o Ano Internacional das Cooperativas pela Organização das Nações Unidades (ONU), o Sicoob Central Rio passa a ser a base fundamental para ações de divulgação e consolidação do cooperativismo de crédito no estado. A Central já nasce com oito cooperativas singulares, que possuem ao todo mais de 20 mil cooperados. O crédito é o segundo ramo mais importante do cooperativismo no Rio de Janeiro, ficando atrás apenas do Agropecuário. Ao todo são 76 cooperativas de crédito em atividade no estado fluminense – a maioria (62) sediada na capital, com diversos pontos de atendimento no interior. Juntas, elas geram aproximadamente mil postos de trabalho. A predominância são as de crédito mútuo de empregados e servidores, vindo na sequência a de atividade profissional. De acordo com o presidente da Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro (OCB/Sescoop-RJ), Marcos Diaz, a instalação do Sicoob Central Rio vai propiciar a expansão do negócio no Estado. “Temos possibilidades em muitos de nossos 92 municípios. Acredito que temos um mercado potencial promissor para o ramo, afinal estamos entre a segunda e a terceira maior economia do país e temos uma grande população em atividade laboral”, diz. Mãos à obra O primeiro objetivo do Sicoob Central Rio, segundo Luiz Antônio Ferreira de Araújo, diretor-presidente da instituição, é resgatar a credibilidade do cooperativismo de crédito no Estado. “E para isso, temos muitos desafios pela frente. Precisamos fortalecer as cooperativas já existentes e aproveitar as oportunidades para criação de novas entidades”, explica. A ideia, segundo o diretor-presidente, é trabalhar, inicialmente, com três frentes de ação: fortalecer as cooperativas singulares que já são filiadas à Central; modernizar a gestão das cooperativas de crédito existentes no Estado, para que elas se tornem filiadas no futuro; e criar novas cooperativas. “Nesse processo pode ser que haja muitas cooperativas se fundindo ou se incorporando para tornarem-se mais fortes. O nosso intuito é ter cooperativas grandes e sólidas e criar novas, em especial, de pequenos e microempresários e de livre admissão, o que antes não era possível devido à inexistência de uma central”, destaca Luiz Antônio. Para Mary Northrup, diretora administrativa do Sicoob Central Rio, oportunidade de crescimento é o que não falta. “O Rio de Janeiro voltou a ser um pólo econômico com diversas vocações. Temos atividades voltadas para o petróleo, agricultura, pecuária, indústria têxtil e automotiva, dentre outras, além de sermos sede de diversas multinacionais e entidades públicas. E, como as cooperativas buscam viabilidade econômica sem abrir mão da responsabilidade social, por ser um modelo de negócio que preza a sustentabilidade, estamos com muitas perspectivas de sucesso no fomento do cooperativismo aqui”, comenta. Retenção de talentos A constituição de uma nova Cooperativa Central exigiu esforços conjugados do Sicoob Confederação e da NK Consultoria, parceira do Sistema que, durante o período de ausência de uma Central no estado, supriu as principais necessidades das cooperativas no Rio de Janeiro. Os seis profissionais da NK que estão, até então, empenhados no processo, serão, em breve, incorporados à equipe do Sicoob Central Rio, na medida em que a estrutura física da instituição se estabelecer. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 19 CAPA Caminho a trilhar A indústria de óleo e gás, em especial, segundo Mary, traz diversas possibilidades para o setor. “O grande boom do pré-sal está movimentando a economia do Rio de Janeiro e trazendo oportunidades de desenvolvimento para diversos setores, como o de serviços e indústrias de suporte, além de empregar muita gente. O cooperativismo de crédito pode e vai contribuir para a organização econômica nessas áreas.” O grande desafio, segundo Zoliah Duarte de Moraes Martins, diretor operacional do Sicoob Central Rio, é oferecer de forma centralizada algumas atividades de apoio às cooperativas singulares, conciliando com isso uma alternativa de sustentação financeira para a Central com a racionalização pela economia de escala e escopo“. A ideia é reunir no Bancoob todas as aplicações das cooperativas. Com volumes maiores de aplicações, nos colocaremos em melhores condições no mercado”, diz. “Pretendemos, também, realizar a centralização administrativa para as cooperativas singulares, sendo a contabilidade a primeira área a ser trabalhada. Com isso, teremos mais eficiência nos processos, uma melhor gestão dos controles e redução dos custos administrativos, contribuindo assim para um melhor resultado nas cooperativas singulares do RJ”, enfatiza. Baú de expectativas “A Central vai ajudar as cooperativas do Estado a se desenvolverem, implementando políticas de governança cooperativa e de controle sistêmicos, sempre alinhados aos parâmetros do Sicoob, reduzindo o custo dos processos, com ganhos em escala.” Francisco Carlos Bezerra da Silva – presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados de Furnas e das Demais Empresas do Sistema Eletrobrás (Cecremef) “Esperamos, em primeiro lugar, que a Central atenda aos preceitos da governança corporativa como transparência, honestidade e democracia. E, em segundo, que atenda às cooperativas do Rio de forma prática e filosófica, nos orientando quanto às regras e leis dos serviços financeiros, dentre outros aspectos.” Nilton Manoel Honório – presidente da Cooperativa de Crédito Mútuo dos Integrantes da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (Coodperj) “A Central poderá disponibilizar às singulares ferramentas tecnológicas para o adequado atendimento dos associados, reduzindo os custos em todas as áreas, inclusive, em equipamentos, gerando competitividade econômica e tecnológica.” Benino Manuel Alonso Lorenzo, diretor-presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Coopjustiça) 20 “Estamos certos de que, em um futuro próximo, nossa Central contribuirá para que outras cooperativas do estado se organizem e possam participar, junto conosco, desse importante projeto, para que o Rio tenha seu lugar de destaque no cenário nacional.” Angelo Galatoli - presidente do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados do Grupo Vale (Coopvale) “A Central dará às cooperativas não apenas mais credibilidade, mas a possibilidade efetiva de ampliação da carteira de serviços e benefícios, além do crescimento do número de associados.” Neilton Ribeiro – diretor-presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais da Educação do Norte e Noroeste Fluminense e Região dos Lagos (Cred Rio Norte) “Contamos com o suporte e logística da Central para fortalecer os nossos métodos e processos, de forma a alavancar os nossos resultados, por meio da sinergia.” Marcio Nami – presidente da Cooperativa de Crédito de Mendes (Cremendes) “Com a Central esperamos maior representatividade do cooperativismo fluminense em âmbito nacional, além do apoio operacional junto às cooperativas singulares.” Celso Arantes – diretor-presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais de Informática da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Infocrerj) Interesse comunitário A chegada do Sicoob Central Rio também vai possibilitar a inserção das cooperativas de crédito do Estado nas discussões sobre economia sustentável, a fim de promover o desenvolvimento e a valorização do setor. A instituição já está de olho na agenda da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio + 20, grande evento que será realizado no Rio de Janeiro marcando o 20º aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Conhecida como Eco 92). Marcos importantes: • 12 de abril de 2011: o Banco Central aprovou o projeto de constituição do Sicoob Central Rio. • 31 de maio de 2011: aconteceu a Assembleia Geral de Consituição (AGC) do Sicoob Central Rio. • 30 de setembro de 2011: tomou posse a Diretoria Executiva. • 6 de setembro de 2011: o BC aprovou os atos constitutivos e os nomes dos membros do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva. Com a presença de Chefes de Estado e de Governo, dentre outros representantes, a expectativa é de que do encontro resulte a produção de um documento político focado no desenvolvimento sustentável mundial, em que o cooperativismo esteja presente como uma alternativa econômica e socialmente viável. Para Zoliah, “o cooperativismo abre um espaço muito grande para que as pessoas se unam e se desenvolvam, pensando na ideia de que, juntos, somos mais fortes. Com certeza, vamos trabalhar em conjunto em prol do desenvolvimento sustentável do nosso Estado e, porque não dizer, do país e do mundo”. Sicoob Central Rio Endereço: Av. Rio Branco, 277. Sala 1501. Centro. Rio de Janeiro – RJ 9 (sede temporária) Telefone: (21) 2544-0761 Email: [email protected] • 1º de dezembro de 2011: o Sicoob Central Rio iniciou a sua operação. ANO 32 - No 98 - JAN OUT//FEV NOV/ MAR / DEZ//2012 2011 21 capa Diretoria Executiva Conselho de Administração Luiz Antônio Ferreira Araújo (diretor-presidente) Procurador do Ministério Público, está à frente da Diretoria da Comperj cuja liderança acumula com a de, presidente do Sicoob Central Rio. Luiz Antônio Ferreira de Araújo - Coomperj (Presidente) Mary Virginia Northrup (diretora administrativa) Também procuradora do Ministério Público, com formação em Direito e Administração, é conselheira fiscal da Comperj e tem ampla vivência e experiência em cooperativas de crédito. Carlos Maurício Lisbôa Nascimento – Credrionorte (Conselheiro) Zoliah Duarte de Moraes Martins (diretor operacional) Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Zoliah tem toda a sua carreira profissional intimamente ligada ao sistema bancário e financeiro, tendo também acumulado larga experiência na área de negócios. Francisco Carlos Bezerra da Silva – Cecremef (Vice-presidente) Benino Manoel Alonso Lorenzo – Coopjustiça (Conselheiro) Conselho Fiscal José Roberto Menegardo – Conselheiro Fiscal Efetivo Eduardo Diniz Arantes Pereira – Conselheiro Fiscal Efetivo Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão – Conselheiro Fiscal Efetivo Marcos Machado de Almeida – Conselheiro Fiscal Suplente Plínio de Sá Martins – Conselheiro Fiscal Suplente Carlos Ney Mello de Uliana – Conselheiro Fiscal Suplente 22 Ponto de Vista Estamos preparados Isso porque, nos últimos anos, as cooperativas se prepararam, principalmente no que diz respeito à tecnologia. É chegado o momento de colher os frutos de tais investimentos, que possibilitaram uma maior integração do Sistema. Graças à implantação de sistemas de processamento online, novas ferramentas garantiram que os serviços pudessem ser resolvidos no ambiente virtual e não mais exclusivamente nas cooperativas. Novos Postos de Atendimento (PAC´s) puderam ser criados, o que resultou, como consequência, no aumento do número de associados. Exemplo de tais tecnologias é o SISBR. Este sistema tecnológico abriu, para o associado, uma gama de serviços - como TED e transferências on-line - colocando as cooperativas de crédito usuárias do SISBR e o Bancoob, nosso agente financeiro no mesmo patamar de competitividade que os principais bancos do mercado. Mas isso não é tudo. Vale destacar também o plano de comunicação e marketing integrado que vem sendo implantado no Sicoob. Com um maior alcance de nossas mídias e a divulgação de nossas ações ao público, novos sócios virão e a imagem do Sicoob ficará ainda mais forte perante a sociedade. Preparados por estas e outras ações, estaremos prontos para encarar os desafios que também virão neste ano de 2012. Um deles é o aperfeiçoamento da governança nas cooperativas de crédito. Nesse contexto, é preciso que a confiança que os associados depositam em suas cooperativas passem a advir, prioritariamente, da adequada governança corporativa e não apenas da imagem de seus dirigentes. É claro que a reputação das pessoas que estão à frente da instituição é de extrema importância para os resultados, mas o associado deve confiar, acima de tudo, na governança da entidade. Em nossas mãos está o desafio de transmitir esses valores. Sicoob Central Cecresp O começo de um novo ano representa a oportunidade para se fazer um balanço do trajeto percorrido até aqui e vislumbrar os desafios que virão pela frente. Em nosso caso, do cooperativismo de crédito, certamente a bagagem para 2012 vem carregada de bons resultados, aperfeiçoamento das práticas e perspectivas satisfatórias para os próximos anos. Mesmo com a crise que acomete a Europa – cujos reflexos, tal qual a crise de 2008, estão chegando, de alguma forma, ao Brasil – podemos dizer que o Sicoob se encontra em uma situação confortável e bem preparado para absorver possíveis impactos. Manoel Messias da Silva, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Central Cecresp, é bacharel em Administração de Empresas, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas. Ocupa a presidência da Cecresp há 14 anos e é presidente-fundador do Sicoob Coopercredi-SP e da Crediprodam, entidade na qual, atualmente, atua como gerente consultor. Em sua trajetória no cooperativismo, Messias também já esteve à frente da presidência da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), além de ser coordenador do Conselho Especializado de Crédito da OCB e do grupo de trabalho do Banco Central do Brasil. Por Manoel Messias da Silva Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Central Cecresp-SP ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 23 Recursos Humanos Capacitação como estratégia Confederação e Centrais oferecem oportunidades de desenvolvimento profissional Para aprimorar o conhecimento e alcançar novos postos dentro da estrutura organizacional, o Sicoob e as cooperativas oferecerem aos seus colaboradores oportunidades de capacitação e treinamento. O intuito é preparar as equipes de acordo com os valores e os objetivos do Sistema, tornando-as multiplicadoras do cooperativismo de crédito. O primeiro passo é incluir no quadro funcional pessoas em início de carreira para que consigam evoluir em conjunto com a entidade. “Temos vários casos de gerentes e diretores que entraram como estagiários na área técnica e se desenvolveram no Sistema, o que demonstra que nossa intenção de investir na capacitação dos jovens talentos está correta”, avalia Tatiana Matos Rodrigues, gerente de Gestão Estratégica de Pessoas (Gepes) do Sicoob Confederação. A abertura de vagas também significa a criação de oportunidades para os atuais empregados e a assertividade no direcionamento das contratações. “Com o recrutamento, temos a oportunidade de direcionar as vagas ao público interno. Isso nos traz benefícios de clima e as pessoas se sentem valorizadas, aumentando a produtividade. Além disso, os erros de seleção são menores, pois já conhecemos os profissionais”, afirma Tatiana. A maioria das cooperativas também conta com menores aprendizes, cujo programa tem o objetivo de oferecer aos participantes a oportunidade de vivenciar o cooperativismo de crédito e capacitá-los para o mercado de trabalho. Visão ampla é o segredo Cristiane Machado Há quase dez anos, quando Cristiane Machado ingressou, como estagiária de Ciências Contábeis, no Sicoob Transcredi, de Concórdia (SC), o cooperativismo era, até então, um assunto pouco conhecido em sua vida. O tempo foi passando, o envolvimento se tornou cada vez maior e, com ele, surgiu uma verdadeira paixão pelo sistema. Atual gerente administrativa e contadora do PAC em Concórdia (SC), ela associa a evolução de sua carreira à busca incessante por conhecimento. Foram 24 cursos realizados dentro e fora do Sistema, além de MBA em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria. Aprendizado contínuo A relação de Meire Pereira de Castro com o Sicoob CrediRural, sediado em Rio Verde (GO), começou em 1999. Então estudante de Ciências Contábeis, ela entrou para o time na área de atendimento e 12 anos depois, ocupa a Supervisão de Planejamento e Fomento da cooperativa. 24 Para Meire, o apoio em sua capacitação foi vital para atingir a atual função e realizar o sonho pessoal de levar o cooperativismo de crédito a vários cantos do Estado. “Passei por várias áreas, aproveitei muito os treinamentos oferecidos pela cooperativa, e estou terminando agora um MBA. Além disso, ganhei muito pessoalmente ao ajudar a fortalecer o segmento na região”, comenta. Esforço recompensado Ao olhar para trás, o diretor-administrativo financeiro do Sicoob Cocred (SP) Márcio Meloni, percebe que o esforço valeu a pena em sua carreira profissional. Com 35 anos de dedicação ao cooperativismo, deu seus primeiros passos no segmento como office boy. “Naquela época nada era digital, não tinha computador e o trabalho externo era feito a pé ou de bicicleta.” Com o passar dos anos, ficou claro para Márcio que aquele era o ramo em que ele queria crescer e, para tal, aproveitou todas as oportunidades para aperfeiçoar seus conhecimentos. Foi aí que ele compreendeu porque seu pai, que até hoje é produtor rural e cooperado do Sicoob Cocred, fazia tantos elogios ao Sistema. Desde março de 2011, Márcio ocupa o cargo de diretor do Sicoob Cocred, uma das maiores cooperativas de crédito da América Latina. Coragem para crescer A idade era pouca, mas a vontade de crescer era grande. Com 18 anos, o atual superintendente executivo do Sicoob Central NE, Neilson Santos Oliveira, deu o ponta pé inicial de sua história no cooperativismo. Foi em 1994, na cidade de Alfredo Chaves (ES), que o caminho começou a ser traçado. Nessa época, ele ocupava o cargo de auxiliar contábil da então Cooperativa de Crédito Rural de Alfredo Chaves - atualmente Sicoob Sul-Litorâneo. Passados apenas dez meses de trabalho, Neilson encarou o desafio de assumir a sub-gerência da singular. Sua postura, ações e resultados, inevitavelmente, chamaram a atenção da Central que, em 1997, após a criação do Bancoob, colocou em suas mãos mais uma proposta desafiadora: assumir o cargo gerencial na entidade. Meire Pereira de Castro Conhecimento que engrandece O comprometimento e o interesse mostrados, no dia a dia, pela hoje superintendente administrativa do Sicoob Blucredi, de Blumenau (SC), Márcia Bonfante, tornaram-na digna de confiança ao longo de sua carreira de 11 anos no Sistema. O primeiro cargo ocupado por ela na cooperativa foi o de caixa. Com o passar dos anos, Márcia assumiu novas responsabilidades que a levaram à posição que ocupa atualmente. Focada em seus objetivos profissionais, investiu na formação e graduou-se em Administração com habilitação em Marketing, fez MBA em Recursos Humanos e, no momento, cursa Direito e o MBA em Gestão de Cooperativa de Crédito - curso in company – promovido pela cooperativa. Quando pensa em sua trajetória, Márcia admite que não imaginava que a cooperativa teria um crescimento tão rápido e sente-se feliz por ter participado dessa evolução. Márcio Meloni ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 25 Recursos Humanos Márcia Bonfante Seu desempenho, mais uma vez, se destacou e motivou outras propostas. Em 2000, foi chamado para atuar como executivo na então Central das Cooperativas de Crédito do NE – atualmente Sicoob Central NE. Subida rápida de degraus Hugo Alexandre, atual diretor financeiro e operacional da filial Sicoob Juriscred - Teresina (PI), iniciou sua carreira no Sistema em 2004, quando recebeu a proposta de assumir o cargo de caixa executivo da cooperativa. O vasto aprendizado adquirido em 10 anos de atuação na Associação Nacional de Bancos ASBACE/ ATP fez com que se destacasse logo nos três primeiros meses de trabalho. Como reconhecimento de seus resultados, recebeu proposta para assumir os Controles Internos. O ano nem havia terminado e Hugo subiu mais um degrau, ocupando o cargo de analista comercial. Logo no início de 2005, foi indicado à Gerência Geral, posição que ocupou até 2010, quando assumiu um novo desafio: se tornar diretor financeiro e operacional de uma das filiadas de maior destaque da região Nordeste. Engajamento ao ideal cooperativista A vontade era se tornar agrônomo, mas Olavo Lazzarotto, gerente do Sicoob Central SC, acabou cursando a segunda opção, Administração. Graças a essa escolha, descobriu o cooperativismo e se identificou com os ideais do Sistema no qual atua desde 1982. Naquele ano, ainda estudante, ingressou na Cooperalfa, uma cooperativa voltada para a produção, para Neilson Santos Oliveira atuar no setor contábil. Três anos depois, a entidade criou a cooperativa de crédito Credialfa, que teve Olavo como seu primeiro funcionário. Desde então, sua carreira deslanchou. Em 1991, assumiu a função de inspetor; em 1993, ocupou a gerência de outra cooperativa; em 1999, regressou para a Central como inspetor para, em 2009, assumir a Gerência da Central. “Os treinamentos oferecidos pela entidade são muito importantes, pois fazem com que o colaborador aperfeiçoe seus conhecimentos e desempenhe sua função com maior comprometimento.” Correndo atrás do conhecimento Quando se pensa nas facilidades oferecidas pelo mundo atual, é quase impossível imaginar que, há alguns anos, 26 Hugo Alexandre as pessoas viviam sem elas. O responsável pela área de TI do Sicoob Creditapiranga (SC), Norberto Lengert, por exemplo, se recorda da época em que os procedimentos da instituição eram todos manuais. “Quando entrei na cooperativa, como estagiário, uma de minhas funções era fazer a atualização dos títulos da poupança.” O tempo passou, os avanços tecnológicos chegaram e, com eles, uma grande oportunidade de crescimento. De estagiário – cargo que ocupava quando tinha 18 anos e fazia o curso técnico em Contabilidade – ele foi contratado para trabalhar como caixa, passou para o setor de Carteira de Crédito e participou da implantação da área de TI, que está sob sua responsabilidade há 14 anos. E para se preparar para esta importante função, ele investiu em sua capacitação, com graduação superior em Ciências Contábeis, pós-graduação em Contabilidade e Auditoria e MBA em Cooperativismo de Crédito. Olavo Lazzarotto Exemplo a ser seguido A história profissional do diretor operacional do Bancoob, Ênio Meinen, representa, para muitos, um exemplo de como o interesse pelo aprendizado pode abrir portas e gerar oportunidades. Quem não conhece sua trajetória nem imagina que sua relação com o cooperativismo começou quando ele tinha apenas 18 anos. Naquela época, Ênio teve seu primeiro contato com o sistema, prestando serviços à Cocecrer - RS, em Porto Alegre, hoje Central Sicredi Sul, que contava com apenas 15 colaboradores. Lá, o diretor desempenhava trabalhos de office Ênio Meinen Noberto Lengert boy, dando suporte, ainda, como auxiliar de personalização de formulários de cheques. Um ano depois, ele teve a oportunidade de ingressar no setor de crédito, onde atuou como escriturário e, posteriormente, chegou a chefe de setor. Já aluno da Faculdade de Direito da PUC-RS, Ênio assumiu a gerência da área de normas da Central e, após certo tempo, foi indicado para gerente da área jurídica. Entre 2000 e 2008, ele assumiu a vice-presidência executiva do Sicredi, sendo que, nesse mesmo período, tornou-se membro do grupo técnico do Conselho Consultivo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). No início de 2009, Ênio foi convidado por Marco Aurélio Almada, recém-indicado diretor-presidente do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), para compor a nova diretoria da entidade. Para Ênio, cuja carreira no cooperativismo de crédito completa 28 anos, “O segredo é aproveitar todas as oportunidades: acreditar, assumir compromissos e correr atrás”. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 27 Ética Cooperativas do Espírito Santo investem em ética Palestra debate a importância de valores e de posturas éticas com cerca de mil dirigentes e colaboradores no Estado Furar fila de banco, comprar produtos piratas, negar nota fiscal ao consumidor. Não faltam exemplos da falta de ética no cumprimento de regras e leis. Agora imagine se todos resolvessem dar o seu jeitinho, se o interesse individual fosse priorizado ao invés das normas que regem o convívio em sociedade? O Sicoob Central ES decidiu reforçar com sua equipe a importância de valores e de atitudes éticas nas ações do dia a dia para a construção de um ambiente corporativo justo, transparente e sadio. Para isso, promoveu a palestra “Escolhas que levam ao sucesso”, em todas as cooperativas do Sistema no Estado. Código de Ética Os encontros, realizados entre 20 de agosto e 22 de outubro, foram idealizados de forma a seguir os padrões éticos para a condução de relações internas e externas, previstos no Código de Ética do Sicoob. Cerca de mil pessoas, entre dirigentes e colaboradores das cooperativas filiadas ao Sicoob Central ES, participaram do evento. “Escolher o que é certo é difícil, mas a resposta é decidir claramente o que queremos ser e que história queremos construir para nossa vida. Mais do que saber o que é ético, é preciso ter força moral para decidir”, destacou o palestrante, o administrador e mestre em Teologia, Usiel Carneiro de Souza. Ética no ambiente de trabalho Segundo a superintendente do Sicoob ES, Sandra Helena Rosa Kwak, os encontros ressaltaram a responsabilidade pessoal diante da vida e os fundamentos que dão suporte a uma vida ética e de qualidade também no trabalho. “Em uma instituição financeira, ética significa, entre outros objetivos, cuidar do dinheiro de terceiros como se fosse o seu. Isso exige transparência e confiabilidade”, completa. 28 Cerca de mil pessoas, entre dirigentes e colaboradores, assistem à palestra no Sicoob Central ES A gerente de administração da Central, Jaqueline Timm Domingos, participou de uma das palestras. “A ética garante um ambiente saudável de trabalho, uma preocupação frequente do Sicoob. Se a sua conduta é correta diante do associado, do seu colega de trabalho, todo mundo sai ganhando. A falta de ética provoca vários prejuízos, e isso ficou evidente nos casos práticos apresentados durante o evento”, afirmou. Números preocupantes Dados do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial mostram que o comércio ilegal movimenta R$ 850 bilhões por ano no Brasil. Na indústria fonográfica, esse prejuízo tem tamanho definido: o equivalente a 47,4 mil quilômetros de CDs e DVDs piratas comprados entre 2006 e 2009, segundo a Associação de Combate à Falsificação (se as mídias fossem postas lado a lado). PERFIL “A vida é feita de ciclos” Foi com essa frase que, há um ano atrás, Eruza Rodrigues iniciava sua mensagem de despedida enviada aos amigos do Bancoob Suas contribuições para a Revista foram decisivas e estratégicas. Ela colaborou como correspondente da primeira à sexta edição, além de ter representado o Bancoob nas reuniões do Comitê de Marketing do Sicoob, participando ativamente das melhorias da comunicação e do marketing sistêmico. O informativo Radar, (instrumento de comunicação interna do Bancoob publicado às segundas-feiras), por exemplo, surgiu de sua iniciativa e hoje já ultrapassa 200 edições. Não demorou e seu talento logo foi reconhecido pelo mercado. A convite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Eruza assumiu a Gerência de Comunicação e Marketing da entidade. Com apoio e entusiasmo de seus gestores e colegas de trabalho, aceitou o convite e, desde abril do ano passado, vinha cumprindo com brilhantismo os desafios da nova função. Mas, infelizmente, sua promissora carreira foi subitamente interrompida em fevereiro deste ano. Os amigos do Bancoob receberam a triste notícia do falecimento prematuro de Eruza e logo prestaram suas homenagens. Para o diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, “de forma tão precoce perdemos uma pessoa muito especial, que deixou sua marca nas instituições por onde passou, por seu talento, alegria e companheirismo” Segundo o superintendente de Gestão Estratégica do Bancoob, Cláudio Halley, Eruza era dotada de inúmeras qualidades. “Ela sempre se mostrou uma pessoa madura, determinada a enfrentar e vencer os desafios que surgiam. Na convivência diária, predominava o bom humor, contagiando positivamente toda a equipe”, enaltece Halley, com a autoridade de quem conviveu profissionalmente com a Eruza por quase dois anos. “Os momentos especiais estão guardados e eu só posso dizer: muito obrigada”, agradeceu Eruza, no encerramento de sua última mensagem aos amigos do Bancoob. Arquivo Pessoal Autêntica, perspicaz, sorridente, firme e franca. Essas eram algumas das virtudes de Eruza Rodrigues que, durante quase quatro anos e meio, encantaram seus colegas de trabalho no Bancoob. De outubro de 2006 a março de 2011, trabalhou de forma impecável a comunicação do Banco e o relacionamento com a imprensa, tendo sido protagonista de importantes iniciativas, como a que deu origem à Revista Sicoob. Bacharel em Comunicação Social e especialista em Gestão da Comunicação pela Universidade Católica de Brasília, Eruza trabalhou na Gerência de Marketing e Comunicação (Gemac) do Bancoob. Com a dissolução da gerência, passou a atuar na Unidade de Relacionamento Institucional da Superintendência de Gestão Estratégica (Suest), área diretamente ligada à Diretoria do Banco. Em seguida, aceitou a proposta da OCB para assumir a Gerência de Comunicação e Marketing da Instituição. Eruza Rodrigues faleceu no dia 16 de fevereiro deste ano, aos 32 anos. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 29 gestão A fórmula do crescimento Em apenas três anos, Gerência de Negócios se transforma no principal trunfo para impulsionar resultados e indicadores do Sicoob Sistema Crediminas Ao se comparar o desempenho das centrais de crédito, não é difícil notar que o Sicoob Sistema Crediminas tem cadeira cativa nas primeiras posições de qualquer ranking relacionado aos negócios do Sicoob. A boa performance não é por acaso e também não é efeito de passes de mágica. É, na verdade, reflexo de muito trabalho,sendo um dos segredos a Gerência de Negócios (Geden) que, em apenas três anos, mostrou que é possível conciliar os ideais cooperativistas com as leis que regem o mundo dos negócios. performance dentre as cooperativas do Sistema Crediminas. “Não é tão complicado chegar em primeiro. Difícil é se manter lá. Provamos que o trabalho, se seguido a risca, gera resultados”, enaltece o gerente de Negócios do Sicoob Central Crediminas, Sérgio Teixeira. Em seu portfólio, a Geden coleciona outras conquistas, como a emissão em massa de cartões, a migração e a disseminação do Cabal Vale e o crescimento da Poupança Sicoob de R$ 110 milhões, em 2008, para R$ 450 milhões em 2011. A partir do desenvolvimento de produtos, serviços e softwares e da implantação de cursos de capacitação para estimular a comercialização, a Geden tem conseguido aumentar a eficiência das cooperativas na captação de negócios. O caso do Sicoob Carmocredi, da cidade de Carmo do Cajuru (MG), é emblemático. A cooperativa, indicada para receber o projeto piloto da Geden, ocupava a 17º posição no ranking da Central em 2007. Com o apoio firme da Gerência, o Sicoob Carmocredi galgou posições até alcançar o topo em 2009. A receita A intervenção da Geden foi tão bem sucedida que, durante todo o ano de 2010, a cooperativa continuou a ostentar a melhor Criada em 2008, a Geden contava com uma equipe modesta de quatro analistas, que definiram a missão da nova área e padronizaram as atividades, como o pacote de tarifas e as linhas de crédito. Em seguida, a estrutura interna foi repensada e a Geden passou a ser formada por nove profissionais com experiência no mercado financeiro divididos em quatro áreas, além da Gerência. O próximo passo consistia em aplicar treinamentos para gerentes e dirigentes de cooperativas singulares. Para tanto, foram criados cursos com foco nos produtos e serviços do Sistema Estrutura Interna Desenvolvimento e Assessoria Comercial Gerência Gerente de Negócios Gestão Produtos e Serviços Consórcios Sicoob Sicoobcard SicoobPrevi Consignados Mesa de Negócios Campanhas Comerciais Agentes de Negócios 30 Núcleo de Marketing Estratégias Comerciais Crediminas. Dentre eles, está o Workshop de Negócios, que consiste na visita de técnicos da Geden às regionais para indicar quais são os principais produtos da época, suas características, pontos fortes e estratégias de comunicação. Com as lideranças devidamente treinadas, era chegado o momento de desenvolver softwares que auxiliassem na mensuração dos resultados. O Gestão Comercial chegou em 2008 e permitia a avaliação da reciprocidade do associado com a cooperativa. Seu sucessor, a Plataforma de Negócios, está rodando desde meados de 2011. A nova ferramenta congrega os principais números do Sistema Crediminas, inclusive com comparativos às metas do Projeto Empresarial. “Conseguimos, ainda, identificar os pontos de defasagem e quais cooperativas ou pontos de atendimento estão com maiores dificuldades. Com isso, é possível realizar ações localizadas e ajudá-los a atingir as metas estabelecidas”, esclarece o Analista de Desenvolvimento da Geden, Orlando Cézar. Carta na manga O Sistema Crediminas conta com 83 cooperativas filiadas e 488 pontos de atendimento. Diante disso, seria impraticável atender todas as cooperativas se não fossem os agentes de negócios. Ao todo, são sete profissionais que realizam o trabalho de assessoria comercial in-loco. O primeiro contato das cooperativas com a Central é feito através deles, que têm a incumbência de disseminar a cultura comercial por meio de planos de negócios, treinamentos e visitas, além de assessorá-las na definição das metas do Projeto Empresarial. “Nós também reservamos boa parte do nosso tempo para visitar as cooperativas. Com isso, conhecemos de perto a realidade de cada singular e ajudamos os agentes a desenvolver um melhor planejamento comercial”, destaca Orlando Cézar. Coopmix Realizado a cada dois anos, o Encontro Estratégico de Negócios do Sicoob Sistema Crediminas (Sicoob Coopmix) resume todo o clima vivenciado pela Geden e pelo Sistema nos últimos anos. O evento é uma verdadeira e produtiva imersão no mundo dos negócios. A última edição, cujo slogan foi: “Um jeito diferente de fazer negócios”, foi realizada em novembro de 2011 e esteve voltada para a implementação da cultura de vendas. “Queremos nos tornar uma alternativa de destaque dentro do sistema financeiro, melhorar a qualidade dos nossos produtos e serviços e fazer frente à concorrência”, esclarece Sérgio Texeira. Os mais de 600 convidados, representantes de 81 cooperativas, participaram de palestras e gincanas que testavam o conhecimento dos participantes sobre os produtos e serviços do Sistema. A novidade ficou por conta da Feira de Negócios. Com minipalestras nos estandes do Sicoob Central Crediminas e parceiros, foi o palco perfeito para se criar um ambiente interativo e de aprendizado para um grande público de participantes. Da esq. à dir.: Heli Penido, Cícero Filogônio, Ricardo Antônio, Luiz Gonzaga, Alberto Ferreira, Vitor Hugo, Almada e Élson Justino durante a última edição do Coopmix ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 31 Projetos sistêmicos Integração de Projetos Projetos Sistêmicos regem as diretrizes de cada área para as atividades e metas a serem adotadas pelo Sistema O ano de 2010 foi marcado pelo início da implantação do Planejamento Estratégico do Sicoob. Desde então, todas as cooperativas de crédito, centrais, Sicoob Confederação e Bancoob passaram a orientar-se pelos mesmos objetivos corporativos, visão, missão e valores. Com isso, o Sistema ganhou mais força, unidade, representatividade e credibilidade perante o mercado financeiro nacional. dos investimentos, exige o trabalho e a coordenação conjunta de todas as entidades do Sistema. Desta forma, foram criados os Projetos Estratégicos: Afirnarh, Cobrança, Comunicar, Acreditar, Monitorar, Projeto Empresarial, Peti e Otimizar Negócios, sendo que cada um deles foi construído respeitando as particularidades das entidades que compõem o Sicoob, contendo, detalhadamente, metas e ações específicas. Os objetivos estratégicos do Sicoob estão voltados ao alinhamento sistêmico e a realização de grandes projetos, cujo vulto O sucesso de cada projeto está diretamente ligado aos resultados positivos do Planejamento Estratégico. Conheça cada um dos Projetos Sistêmicos: AfinaRH Comunicar O Fórum de Recursos Humanos do Sicoob (Afinarh) foi criado para atender a perspectiva “Aprendizado e Crescimento do Planejamento Estratégico” e a diretriz “Desenvolver e Implementar Política de Gestão de Pessoas para o Sistema”. Foram desenvolvidos cinco Projetos de Gestão de Pessoas: Plano de Cargos e Carreiras, Política de Recrutamento e Seleção, Programa de Educação, Programa de Humanização e Política de Gestão de Desempenho. A coordenação geral do projeto é de responsabilidade da Gerência Estratégica de Pessoas do Sicoob Confederação (Gepes). O Projeto Comunicar, estabelece as políticas e estratégias de marketing e comunicação para o Sistema Sicoob, ordenando papéis e responsabilidades entre as entidades do Sistema, com projetos e ações específicas para as atividades de gestão da marca, marketing, relações públicas, imprensa, publicidade e representação institucional, objetivando o posicionamento estratégico no mercado e valor à marca. O Projeto Comunicar está sob a coordenação da Gerência de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação (Gecom). PETI Cobrança O Projeto Cobrança tem como objetivo desenvolver soluções em cobrança bancária de forma sistêmica para operação em larga escala em rede, posicionando os serviços entre os cinco melhores do mercado brasileiro. O projeto está sob a coordenação da Superintendência de Gestão Estratégica do Bancoob (Suest). Monitorar A finalidade do projeto é implantar e manter dinâmico processo de discussão da estrutura centralizada para a gestão dos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional, do controle interno e do monitoramento no Sicoob. Sua gestão é dirigida de forma compartilhada entre o Sicoob Confederação e o Bancoob. 32 O Planejamento Estratégico de TI tem como objetivo orientar as ações da Diretoria de Tecnologia da Informação (Ditec) para que, alinhadas ao Plano Estratégico do Sicoob Confederação, possam dar suporte às estratégias de negócios da organização e propiciar seu desenvolvimento e crescimento. Otimizar Negócios Com a finalidade de proporcionar ganhos de modernização, padronização sistêmica e desenvolvimento de soluções analíticas no Sistema de Informática do Sicoob (Sisbr), o projeto é responsável pela coordenação da implantação de soluções de apoio a decisão para todas as entidades do Sicoob. Alinhado com o que há de mais moderno em termos de inteligência negocial, conta com consultoria da IBM, empresa que é referencia mundial na implantação de sistemas analíticos. Assim o objetivo do projeto é conferir maior competitividade, agilidade e segurança na gestão das cooperativas. A primeira entrega do Otimizar foi a Plataforma de Apoio à Decisão (PAD). Lançada em janeiro desse ano, a PAD é uma ferramenta de gestão que disponibiliza informações para suporte à tomada de decisão relativas ao retorno e ao risco incorrido pelas cooperativas do Sicoob. Desta forma, a PAD agrega informações relativas aos produtos captados e emprestados, prestação de serviços, despesas administrativas, taxas praticadas, bem como, acompanhamento de risco de lavagem de dinheiro, liquidez e mercado. Acreditar O projeto Acreditar é um verdadeiro Programa em razão de sua abrangência e tem a finalidade de aprimorar o processo de crédito em busca do aumento da competitividade nessa área, conferindo maior agilidade, segurança, modernização, padronização e automatização às diferentes rotinas operacionais. A iniciativa, considerando o modelo de governança que pressupõe ampla participação das entidades do Sistema, é inovadora no Sicoob e serve de referência a um conjunto de outros projetos corporativos sob a responsabilidade do Sicoob Confederação e Bancoob. Projeto Empresarial As propostas de aprimoramento têm origem no grupo de trabalho (GT) composto por técnicos dos quadros do Banco e da Confederação, sendo submetidas à apreciação de foro técnico (Comitê Técnico) que reúne executivos das duas empresas e de todas as Centrais do Sicoob. Vencido esse segundo estágio, as proposições são submetidas ao Comitê Patrocinador, que envolve dirigentes do Banco e da Confederação. Em última instância, dependendo da extensão, as matérias são ainda levadas à apreciação dos Conselhos de Administração das entidades. Busca modernizar a gestão e obter ganhos de sinergia entre as entidades do Sistema: singulares, centrais, Sicoob Confederação, Bancoob e empresas de apoio, proporcionando melhorias de resultados e aumento da competitividade. A gestão do projeto é realizada em parceria entre o Sicoob Confederação e Bancoob, com apoio do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) Deflagrado oficialmente em 2010, o Projeto já promoveu inúmeras entregas beneficiando as cooperativas do Sistema (confira no quadro). Quanto aos desafios para 2012, o objetivo é concluir a unificação das bases de cadastro criando o Capes (Cadastro de Pessoas do Sicoob) e as novas Plataformas de Crédito para Parametrização de linha, Proposta e Liberação de crédito. Em breve, as cooperativas contarão também com acompanhamento de desempenho dos Postos de Atendimento Cooperativo (PACs), associados e produtos, solução de CRM (Sistema de Relacionamento com o Associado) e outros acompanhamentos de risco. Balanço do Acreditar Principais entregas O que vem por aí... . Política Institucional de Risco de Crédito do Sicoob e Política de Cadastro do Sicoob. . Cadastro Único (Cadastro de Pessoas do Sicoob). . Manual de Instruções Gerais – Cadastro e Manual de Instruções Gerais – Crédito. . Nova plataforma de crédito (automatização de todas as fases do crédito – criação de linha, análise, decisão, formalização e liberação). . Indicadores para medir a qualidade do crédito do Sicoob: INAD15 e INAD90. . Novas metodologias e sistemas para classificar o risco do tomador e da operação. . GRC (Sistema para o Gerenciamento de Risco de Crédito). . Melhorias no sistema de cadastro e no relatório perfil de associados/ clientes. . Nova Central de Riscos (Documento 3040). . Automação da transferência de operações para prejuízo. . Cobrança de operações inadimplentes e recuperação de crédito. . Diversas funcionalidades para melhoria do ambiente de condução e controle das operações de crédito (controle de garantias, renegociação, prejuízo, estorno etc). . Diversas funcionalidades para melhoria do ambiente atual (mecanismos de arrasto, liberação de operações por TED etc). ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 33 PRODUTOS Crédito e conveniência Família Sicoobcard cresce, agregando segurança e facilidades aos associados Depois da reformulação do design dos cartões e a implantação de chip, que os tornaram mais modernos e seguros, a família Sicoobcard tem agora mais motivos para comemorar: o lançamento de novos cartões, que trarão ainda mais facilidades para os cooperados. Durante o 2º Pense Sicoob, evento realizado em setembro de 2011 e que celebrou o 15º aniversário do Sicoob, foram apresentadas as novidades: os cartões Sicoobcard MasterCard Platinum e Sicoobcard Cabal Gold, voltados para pessoas físicas, e o Sicoobcard Cabal Empresarial, para atender às pessoas jurídicas. Mais facilidades Segundo Ênio Meinen, diretor operacional do Bancoob, o lançamento dos novos cartões vem incrementar o portfólio dos produtos oferecidos pelas cooperativas, ampliando o atendimento às necessidades dos associados. “A vantagem de nossos cartões está na possibilidade de ofertar o produto com anuidade e taxas de juros mais atrativas do que as disponíveis no mercado, pois estas são definidas pela própria cooperativa, que tem autonomia para oferecer as melhores condições aos cooperados”, explica. Para Ênio, além de representar o que há de mais moderno em meios de pagamento, os cartões Sicoobcard incrementam as receitas das cooperativas, beneficiando duplamente os cooperados. “No Sicoob, o cooperado ganha por usufruir de produtos competitivos e tem mais resultados por também ser dono do negócio”, finaliza. 34 Para todos os gostos Sicoobcard MasterCard Platinum Sicoobcard Cabal Gold O Sicoobcard MasterCard Platinum é o cartão exclusivo dos associados do Sicoob. Ele tem benefícios e facilidades especiais, como: até 40 dias para pagar, sem juros, dependendo da data da compra, e dois limites, um para compras à vista e outro para compras parceladas. Conheça as principais características e facilidades desse produto, que é aceito no Brasil e no exterior, e ainda tem pontuação especial no programa de prêmios. Esse é o cartão que facilita o dia a dia e oferece mais comodidade ao portador: disponibilidade de até 40 dias para pagar, sem juros, e participação no programa de recompensas, que permite a troca de pontos por centenas de produtos, crédito na fatura, assinaturas de diversas revistas e milhas aéreas. A cada U$ 1 gasto em compras, o portador ganha 1 ponto no Sicoobcard Prêmios. Concierge: serviço que oferece dicas sobre atrações das cidades visitadas, faz reservas em restaurantes, providencia a compra de presentes e ingressos para shows. MasterCard Surpreenda: todas as compras com o cartão Platinum valem 1 ponto neste programa da MasterCard. A partir de 5 pontos, o portador compra um produto e leva outro, gratuitamente. Sicoobcard Prêmios: Sicoobcard Cabal Empresarial Um cartão de crédito especial para as empresas associadas às cooperativas do Sicoob. Com ele, o portador garante maior controle dos gastos, facilita os pagamentos, separa as despesas pessoais das empresariais e conta com benefícios especiais, que podem ser estendidos aos sócios e executivos da empresa. E os produtos ainda dispõem de: as compras no crédito também valem pontos. Esses podem ser trocados por diversos produtos, como assinaturas de revistas, crédito na fatura e milhas aéreas. A cada U$ 1 gasto, o portador ganha 1,5 ponto no Sicoobcard Prêmios. • acesso gratuito ao Sicoobcard Prêmios: a cada U$ 1 gasto em compras, o portador ganha 1 ponto no Sicoobcard Prêmios. Esses podem ser trocados por centenas de produtos, assinaturas de revistas e milhas aéreas; MasterCard ShowPass: • até 40 dias sem juros para pagamento; facilita a compra de ingressos para shows, além de dar ao portador direito de acesso exclusivo ao evento . Outras vantagens: seguro de acidente em viagens; assistência com gastos médicos hospitalares ou odontológicos em situações emergenciais; seguro para o aluguel de automóveis e apoio emergencial, 24h por dia, 7 dias por semana. • dois limites de crédito, uma para compras à vista e outro para compras parceladas. Acesse www.sicoob.com.br e confira mais novidades. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 35 Integração Parceria de sucesso Sicoob e Sebrae são parceiros no desenvolvimento e apoio à micro e pequenos empresários Quem é empresário sabe que para crescer é preciso investir. Para isso, a cooperativa de crédito é a melhor opção na hora de conseguir empréstimos com juros mais baixos e de forma simplificada. Sabendo de sua importância no mercado financeiro e das possibilidades de investimentos no segmento empresarial, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apoia o Sicoob. A instituição oferece capacitação para as singulares, que conhecem o mercado e as melhores formas de atender ao segmento “Pessoa Jurídica” (PJ). Para Alessandro Chaves, gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros (Uasf ) do Sebrae-MG, a entidade trabalha nesse caminho, “mostrando para as cooperativas como elas podem atender com qualidade às micro e pequenas empresas, garantir a satisfação do seu público-alvo e oferecer de maneira diferenciada a diversidade de produtos”, ressalta. Por outro lado, também orienta micro e pequenos empresários sobre os benefícios do cooperativismo de crédito. “Incentivamos a empresa a crescer, seja investindo em tecnologia ou abrindo uma nova unidade e para isso orientamos sobre formas de financiamento”, esclarece. 36 Alessandro Chaves, gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros (Uasf ) do Sebrae-MG, e João Leite, Presidente do Sicoob Saromcredi, comemoram o sucesso do trabalho desenvolvido em conjunto pelas instituições Primeiros frutos Um exemplo de cooperativa que conta com o apoio do Sebrae é o Sicoob Saromcredi, localizado na cidade de São Roque de Minas (MG). Em 2006, a cooperativa conheceu, por meio da instituição, um projeto de empreendimento coletivo do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para financiamento de sua nova sede. Dois anos depois, o BNDES autorizou as cooperativas de crédito singular a acessar recursos para fazer aplicações e operações de microcrédito para pequenos produtores e micro empresários. Com essa oportunidade, a cooperativa de São Roque de Minas contou com a ajuda do Sebrae (que também apoiou outras cinco cooperativas do Sicoob em Minas Gerais) para escrever o projeto e captar os recursos do BNDES. De acordo com João Carlos Leite, presidente do Sicoob Saromcredi, "a parceria com o Sebrae é importante pela capacitação, organização de cadeias produtivas, desenvolvimentos de projetos de educação nas escolas – onde crianças a partir de 3 anos já aprendem a visão do empreendedorismo – e mudança de cultura dos micro e pequenos empresários da região, que, por meio de palestras e consultorias, aprendem a desenvolver seus negócios”. Quem aprendeu bem a lição e tornou-se o primeiro micro empresário a conseguir crédito na cidade foi José Antônio da Costa, torneiro mecânico, que precisava de R$ 10 mil para comprar uma máquina de sorvete italiano. Hoje, o faturamento de sua sorveteria é de R$54 mil por ano. “Sem essa parceria, seria difícil conseguir montar meu negócio, pois a cidade era considerada ‘parada no tempo’, porque antes da Saromcredi não tínhamos nem como realizar transações financeiras”, comenta. Outras histórias de sucesso são a da loja de eletrodomésticos Roldão Eletrogally, que foi aberta com o apoio da cooperativa e já nos dez primeiros meses teve o faturamento de R$ 1 milhão de reais, e a do produtor rural, João Batista, que com o financiamento da cooperativa conseguiu investir em seu cafezal e hoje tem mais de 300 mil pés de café. João sempre recomenda: “quem pensa em crescer, deve fazer parceria com uma cooperativa”. práticos da série de apostilas sobre empreendimentos coletivos desenvolvidos pelos Sebrae e que em março deste ano serão reprisados pela Rede Globo. Um dos programas teve como referência o cooperativismo de crédito, onde contou a história da cooperativa Sicoob Saromcredi, também já descrita pela Revista Sicoob (edição 3), que reergueu a cidade por meio dos serviços de transações financeiras em São Roque de Minas. Entre eles, a cooperativa propicia aos produtores rurais e pequenos empresários, subsídios para incrementarem seu negócio, como financiamentos e empréstimos. Apostila que virou programa de TV Os associados João e José são dois exemplos de sucesso, que conquistaram seu negócio graças à ajuda da sua cooperativa. Eles também foram destaque das gravações da série “Juntos Somos Fortes – Agronegócio”, realizadas em junho de 2011, que foi ao ar durante os meses de outubro e dezembro de 2011 no Canal Futura. Os vídeos são exemplos Confira! Mais informações sobre o programa nos endereços www.futura.org.br e www.sebrae.com.br. José Antônio da Costa garantiu sua renda com o financiamento de sua sorveteria pela cooperativa de credito Sicoob Saromcredi ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 37 comunicação Relacionamento em primeiro lugar Sicoob investe em canais de diálogo e oferece ferramentas para ampliar integração com cooperativas e associados Com o crescimento alcançado recentemente, o espaço para o relacionamento entre Centrais, Singulares e associados se tornou um assunto ainda mais importante para o Sicoob. Por meio de canais específicos e cada vez mais difundidos, as cooperativas têm a chance de comunicar-se entre si e sanar possíveis dúvidas que surgem nos trabalhos realizados junto ao Sicoob Confederação. Segundo a gerente de Relacionamento e Negócios da Confederação, Sylvia Sarabion, os atuais canais apresentados pelo Sicoob estão em excelente patamar, em melhores 38 condições ou no mesmo nível das principais instituições financeiras do Brasil. “As ferramentas que disponibilizamos não nos deixa atrás de nenhuma grande instituição financeira do país. Pelo contrário, temos importantes diferenciais: apresentamos o 0800 regulamentado, a Ouvidoria, a possibilidade de fazer operações via celular, Internet Banking, entre outros canais efetivos”, pontua. “A nossa visibilidade no país atualmente é muito maior e o potencial de atendimento cooperativo cresceu significativamente”, completa a gerente. Além dos associados, as ferramentas disponíveis oferecem também apoio a futuros cooperados e ao público externo em geral. A atuação das diferentes redes de contato leva cada vez mais pessoas a buscar informações sobre os serviços e produtos oferecidos pelo Sicoob. “Muitas delas não sabiam da grandeza do Sistema e não tinham noção do seu significado. Com a campanha publicitária nacional, realizada no segundo semestre de 2011, houve um expressivo aumento na busca de informações sobre o Sicoob e o resultado só foi satisfatório, porque estávamos preparados para atender a esta demanda com qualidade, precisão e informação”, conta Sylvia. Principais canais de relacionamento do Sicoob: Site O site do Sicoob foi desenvolvido de forma que as informações institucionais, de produtos, serviços e relacionamento, fossem encontradas facilmente pelos visitantes. De acordo com Andrea Hollerbach, gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação, o site oferece agilidade na navegação e na obtenção de detalhes institucionais e comerciais. “Disponibilizamos a consulta de produtos e serviços, além de mostrar quais são os demais canais de relacionamento. A aceitação dos usuários é satisfatória, visto o número de acessos e transações financeiras realizadas através dele pelos associados do Sicoob”, diz. Apesar do bom desempenho do site do Sicoob, Andréa informa que a Confederação está com um projeto ainda maior, a criação do portal Sicoob. “Já temos um projeto ousado para 2012 em andamento, cuja proposta é a criação do portal que, como um grande guarda-chuva, poderá hospedar os sites individuais das cooperativas, garantindo a padronização da comunicação sistêmica e ampliando a visão dos associados a respeito da dimensão do Sicoob”, analisa. Confira: www.sicoob.com.br Associe-se Criado no segundo semestre de 2011 para atender à demanda de novos associados, o canal Associe-se tem obtido um importante retorno. O intuito da nova ferramenta é fazer com que os possíveis interessados em tornar-se cooperados tenham o caminho encurtado para chegar até à cooperativa. Logo na primeira avaliação, um mês e meio após o lançamento, o Associe-se apresentou a marca de 2.500 registros. “Anteriormente, o interessado em aderir a uma cooperativa, ao ver as campanhas publicitárias sobre o Sicoob, levantava dúvidas sobre como se associar. Com este novo canal, o interessado liga para o 0800, ou acessa o site, e o nosso atendimento indica qual a cooperativa mais próxima a sua localidade. Além disso, o cadastro realizado vai para a Central, onde é feita a análise de qual cooperativa atende melhor às suas necessidades e demandas”, explica Sylvia Serabion. Confira: www.sicoob.com.br/site/conteudo/associe_se/ Internet Banking O Internet Banking do Sicoob foi criado para facilitar a vida do cooperado, seja ele pessoa física, por meio do SicoobNet Pessoal, ou pessoa jurídica, pelo SicoobNet Empresarial, com o intuito de proporcionar mais rapidez e comodidade no acesso aos produtos e serviços da cooperativa pela internet em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora do dia e da noite. O SicoobNet disponibiliza cerca de 60 modalidades de transações financeiras, como consultas de saldos e extratos, pagamentos, transferências, empréstimos, investimentos, cartões, previdência, entre outras interações. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 39 Cenário Presença forte nas redes sociais O Sicoob alcançou a marca de 21 mil acessos à conta corrente pelo Facebook. A ferramenta possibilita que o cooperado faça consultas financeiras, visualização de saldos, últimos lançamentos e lançamentos futuros da conta corrente. As informações das consultas não são publicadas no mural do usuário, mantendo o sigilo e garantindo a segurança dos associados. O aplicativo, lançado e disponibilizado desde julho de 2011, segue as tendências de inovações tecnológicas, proporcionando aos cooperados uma forma pioneira de acesso às informações bancárias com economia e praticidade. “A integração com as redes sociais é um dos grandes diferencias do Internet Banking do Sicoob e a perspectiva é que esse serviço ganhe novas funcionalidades em breve”, afirma o gerente de Canais de Atendimento do Sicoob, Luiz Cândido Severino Junior. Confira: Internet Bankig: www.sicoobnet.com.br/ Facebook -https://apps.facebook.com/sicoobnet/ Aplicativo para celular SicoobNet Celular é o canal de autoatendimento destinado aos associados do Sicoob, que permite o acesso a conta corrente de pessoa física ou pessoa jurídica, para a realização de transações financeiras, por meio de celular (ou dispositivo móvel), conectado à internet. “Com a evolução das tecnologias móveis, da infraestrutura de conexão das operadoras telefônicas e maior aceitação por parte dos usuários, existe uma tendência de adoção cada vez maior dos aplicativos nos celulares. Neste caso, o conceito de conforto e comodidade é potencializado”, expõe Luiz. Ainda de acordo com o gerente, essa solução conta ainda com um recurso diferenciado por meio de transação específica para leitura do código de barras. Através dessa transação, o aplicativo Sicoob permite a captura automática de código de barras de títulos e convênios a partir da câmera fotográfica do aparelho, eliminando a digitação do código, e, por consequência, simplifica o processo para pagamento dos boletos bancários e das contas de água, luz, telefone e fás. A funcionalidade está disponível para os aparelhos equipados com câmera fotográfica cuja resolução seja igual ou superior a 1 megapixel e compatíveis com as plataformas Apple iOS e Google Android. No mês de novembro de 2011, foram realizadas mais de 400 mil transações por meio do SicoobNet Celular. Ouvidoria A Ouvidoria Sicoob é o canal para atender às demandas não solucionadas na Central de Atendimento e na Central de Atendimento Cartões Sicoobcard. Segundo a ouvidora do Sistema, Ana Kamimura, os questionamentos levantados pelo público são prontamente direcionados à administração do Sicoob. “Trabalhamos as informações levantadas e revestimos em proposições ao Conselho de Administração. Isso ajuda a modificar processos, serviços, produtos e aprimorar as formas de atendimento”, explica. O sistema é composto por dois canais prioritários: a Ouvidoria Sicoob, que recebe demandas originadas das cooperativas singulares, e a Ouvidoria Bancoob, que trata de questionamentos dos cooperados e de usuários de seus produtos e serviços. 40 Confira: www.ouvidoriasicoob.com.br / 0800 725 0996 responsabilidade social Giovanna Kamilly, Gabrielly Marie e Victória Reis são uns dos 170 filhos de cooperados do Sicoob Credisul contemplados com o programa de educação Parceria é o nosso negócio Cooperativa de crédito de Rondônia promove ações de intercooperação em prol da melhoria da economia e educação local Em Vilhena, município da região Sul de Rondônia, o Sicoob Credisul dá exemplo de responsabilidade social e intercooperação. A cooperativa de crédito teve uma atuação crucial para viabilizar a construção de uma fábrica de ração animal da Cooperativa Mista Agroindustrial de Vilhena, conhecida como Coopervil, e no fomento à educação na parceria com uma cooperativa educacional do município. Para a unidade fabril, o Sicoob Credisul criou uma linha de crédito exclusiva para que os cooperados pudessem financiar novas cotas da Coopervil e financiarem o projeto da primeira fábrica de ração do segmento cooperativo no sul do Estado de Rondônia, que será inaugurada em março deste ano. A expectativa é que a unidade produza 2.000 toneladas de ração para gado de corte e leite e proporcione ao cooperado uma economia de 30% nos seus investimentos no produto. Além de gerar economia e propiciar a melhoria do rebanho, a fábrica de ração contribuirá também para a produção agrícola, uma vez que garantirá a compra da safra de cereais dos produtores de Vilhena e região. De acordo com o secretário executivo do Sicoob Credisul, Vilmar Saúgo, a parceria consistiu em disponibilizar os recursos necessários para que a Coopervil pudesse operar no menor tempo possível, agregando valor e melhorando a receita dos produtores cooperados. "Além disso, o produto final irá proporcionar indiretamente um custo menor na produção de carne e leite”, ressalta. Educação O trabalho de responsabilidade social e intercooperação da cooperativa também abrange a educação do ensino médio e fundamental do município. O Sicoob Credisul mantém uma parceria com a Cooperativa Educacional de Vilhena (Coopevi), para a qual destina parte de seus recursos do Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (Fates), advinda do resultado financeiro (sobras) para financiar bolsas parciais de estudos aos filhos de seus cooperados. Em contrapartida, a escola da cooperativa educacional se compromete em manter disciplinas ligadas ao cooperativismo em sua grade curricular. Atualmente, mais de 170 filhos de cooperados do Sicoob Credisul são contemplados com a bolsa, o que representa quase a metade dos 381 alunos. A Coopevi possui 42 professores e é uma das melhores instituições de ensino de Rondônia (RO). A escola obteve a primeira colocação no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no município e ficou em quarto lugar no ranking do Estado. O Sicoob Credisul também investe na educação de seus empregados. A cooperativa é um exemplo pelo investimento em seu capital humano com incentivos na capacitação dos seus profissionais. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 41 responsabilidade social Crédito Com o apoio financeiro da cooperativa de crédito, a cooperativa agroindustrial Coopervil investiu mais de R$ 2 milhões na construção do espaço físico da fábrica e na aquisição de equipamentos de última geração. “A realização deste projeto somente foi possível com o apoio do Sicoob Credisul”, revela o presidente da Coopervil, Eduardo Sartor. As alianças entre cooperativas é uma forma de fortalecer o setor e todos saírem ganhando. Ao promover a intercooperação, o Sicoob Credisul também se beneficiou com o aumento das operações financeiras de seus cooperados e atraindo novos sócios para a cooperativa de crédito que buscaram a linha de crédito para viabilizar a participação na fábrica de ração. A parceria do Sicoob Credisul e Coopervil estende-se a outros projetos de suma importância para o desenvolvimento social e econômico de Rondônia como, entre outros, o laboratório de fertilização in vitro, que visa o melhoramento genético do gado de corte e de leite de Vilhena e região. Sicoob Credisul atua nos setores agroindustrial, pesqueiro e extrativista no município de Vilhena e região Inauguração da primeira fábrica de ração do segmento cooperativo no Sul de Rondônia teve o apoio do Sicoob Credisul História Há 12 anos surgia o Sicoob Credisul voltado aos setores agroindustrial, pesqueiro e extrativista. Em 2007, a cooperativa se transformou em livre admissão e passou a atender a todos os setores e perfis profissionais do município de Vilhena e região. A cooperativa possui um caixa avançado no Parque Shopping Vilhena e mais quatro unidades de atendimento nas seguintes cidades: Cerejeiras, Cabixi, Corumbiara e Colorado do Oeste, totalizando mais 3.000 cooperados. Em 2011, o Sicoob Credisul registrou um crescimento de quase 70% em seu total de ativos. O volume de operações de crédito cresceu 93%, saltando de R$ 49,5 milhões, em 2010, para R$ 95,6 milhões em 2011. Neste período, os depósitos totais cresceram 60%, subiram de R$ 42 milhões para R$ 68 milhões e as sobras quase dobraram, saíram de R$ 6,6 milhões para R$ 11,3 milhões. 42 giro Presença na 7º edição do Prêmio Relatório Bancário Aumento do valor da garantia do FGS A cobertura dos depósitos por CPF/CNPJ dos cooperados Sicoob passa de R$ 60 mil para R$ 70 mil, igualando-se ao valor de bancos de varejo. A decisão foi tomada em Assembleia Geral do Fundo Garantidor do Sicoob (FGS), realizada no dia 10 de outubro, no Centro Corporativo Sicoob, em Brasília (DF), e da qual participaram 12 representantes de centrais e singulares. O Sicoob e a Stefanini IT Solutions receberam, no dia 1º de dezembro, o Prêmio Relatório Bancário 2011 (categoria de Destaque), como a melhor em digitalização de documentos, com o case “Solução para verificação automática da qualidade da imagem de cheques”. Mais de 250 projetos de soluções adotados pelo sistema financeiro, em 2011, foram inscritos e analisados pelo júri. A festa de homenagem aos premiados aconteceu no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo (SP). Ao todo, foram entregues 40 prêmios em quatro categorias diferentes: Banco do Ano, Personalidades Financeiras, Excelência e Destaques. Os vencedores tiveram seus cases apresentados em uma publicação especial do Relatório Bancário, lançada no mês de dezembro. O presidente do Sicoob Fundo Garantidor, Bento Venturim, avalia a deliberação como positiva. “Este é um mecanismo de proteção muito efetivo e que propicia elevado nível de segurança aos associados Sicoob. Atualmente, cerca de 900 mil cooperados, de 297 cooperativas vinculadas, têm seus recursos cobertos pelo Fundo Garantidor”, explica. Destaque para o Nordeste Três novos Postos de Atendimento Cooperativo (PACs) foram inaugurados no Nordeste em dezembro, nas cidades de Campina Grande (PB), Cajazeiras (PB) e Formosa (MA). A expansão é fruto do trabalho do Sicoob Central NE, que busca expandir seu campo de atuação na região. Também está prevista a abertura de novos PACs em Parelhas (RN) e Teresina (PI). Pâmella Oliveira leva medalha de bronze no Pan A brasileira Pâmella Oliveira, patrocinada pelo Sicoob Espírito Santo, conquistou, no dia 23 de outubro, a medalha de bronze no triatlo dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Pâmella fez a transição do ciclismo para a corrida na liderança, mas foi superada pela norte-americana Sarah Haskins (medalha de ouro) e pela chilena Barbara Riveros, que ultrapassou a brasileira na última volta da corrida. O próximo objetivo da brasileira é conquistar a vaga para a Olimpíada de 2012. "Preciso pontuar nas provas do Circuito Mundial para garantir a minha vaga. No momento, estou fora da zona de classificação, mas ainda há muitas etapas”, explica. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 43 GIRO Sicoob Central MT/MS recebe Top of Mind Pelo terceiro ano consecutivo a Diretoria do Sicoob Central MT/MS recebeu o Prêmio Top of Mind, na categoria “Cooperativas de Crédito”, concedido pela Revista RDM no estado do Mato Grosso. O prêmio é dado às empresas e marcas mais lembradas pelo consumidor mato-grossense. “Há três anos começamos a realizar um forte trabalho de divulgação da marca, que logo rendeu frutos. Receber o Prêmio Top of Mind pelo terceiro ano seguido é uma imensa alegria para nós, mas também uma responsabilidade muito grande”, disse o presidente da Central Jadir Girotto na ocasião. Para 2012, Girotto promete novidades. “Até abril deste ano pretendemos inaugurar nossa nova sede, que será muito maior do que a atual e bastante confortável. Temos certeza que estamos no caminho correto e pretendemos continuar conquistando a cabeça e o coração da população matogrossense”, finalizou. Novos conselheiros de administração do Bancoob tomam posse Quatro novos conselheiros de administração do Bancoob tomaram posse em solenidade realizada no dia 6 de dezembro, no Centro Corporativo Sicoob, em Brasília (DF). Os dirigentes cumprem mandato até 2013. Além de Luiz Cezar Loureiro de Azeredo e Marco Aurélio Borges de Almada Abreu, reeleitos, foram empossados Biramar Nunes de Lima, David Andrade, Ednea de Fátima Cabral Ramos e Oswaldo Pitol. O colegiado conta, ainda, com os conselheiros Antonio Carlos Girelli Gomez e Ciro José Buldrini Filogonio. 44 No mesmo dia, os acionistas reuniram-se em Assembleia Extraordinária para eleger o novo integrante do Conselho. Alberto Ferreira, representante indicado pelo Sicoob Central Crediminas, foi o escolhido para ocupar o lugar deixado pelo conselheiro Luiz Paulo Lima e Silva, que faleceu em novembro do ano passado. Alberto tomou posse no dia 9 de janeiro de 2012. Gol de placa Foto: Jogos Perdidos O Sicoob esteve presente no jogo amistoso entre Ajax (Holanda) x Palmeiras, que aconteceu no dia 14 de janeiro, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP). O espaço foi oferecido ao Bancoob pela MongeralAegon, uma das patrocinadoras do evento e também parceira do Sicoob nos produtos oferecidos pela instituição. O produto foi divulgado nas placas de LED localizadas no campo de futebol do jogo que teve transmissão nacional pela emissora Bandeirantes. De acordo com a supervisora de Comunicação e Marketing de Produtos e Serviços do Sicoob Confederação, Ryvanne Alessandra Pires, a ação teve o objetivo de aumentar a captação da poupança, um produto estratégico para o Sicoob. “A partir do momento em que aumentamos o volume captado de poupança, temos a possibilidade de oferecer mais recursos para os associados atendendo às suas necessidades de crédito rural”, afirma Ryvanne. Novos canais de comunicação O Sicoob, sempre atento ao mercado onde atua, lança dois novos canais de comunicação. O primeiro é a Sala de Imprensa, lançada com o objetivo de divulgar notícias e informações importantes do cooperativismo de crédito, do Sistema, suas cooperativas filiadas e empresas coligadas. O novo espaço facilita o acesso da imprensa a releases, fotos, informações, notícias, números, além de informar o contato da assessoria de imprensa. Oferece também a possibilidade de um cadastro simples e rápido dos jornalistas que desejarem receber notícias e comunicados em tempo real. A segunda novidade é o Blog do Sicoob, com notícias, curiosidades, informações sobre o mercado financeiro, o setor cooperativista e as entidades que compõem o Sistema. Para a supervisora de Comunicação e Marketing Institucional do Sicoob Confederação, Jussimara Zobel, os dois novos canais de comunicação inauguram um novo momento na comunicação do Sicoob, que já mantém forte atuação nas redes sociais com perfis no Facebook, Twitter e YouTube. Além disso, o layout do Blog foi pensado para facilitar a navegação dos leitores e faz parte da estratégia de comunicação 2.0 do Sicoob. Acesse os novos canais de comunicação do Sicoob: Sala de Imprensa: www.sicoob.com.br/site/conteudo/sistema_sicoob/sala_de_imprensa Blog do Sicoob: www.sicoob.com.br/blog 15 anos de sucesso O Sicoob Cooprev, Cooperativa dos Servidores do INSS da Paraíba, comemorou 15 anos no final de 2011. Para comemorar esse momento histórico, foi realizada uma grande festa no dia 11 de novembro. Estiveram presentes no evento cerca de 400 convidados, entre cooperados, representantes do Sicoob Central NE e de outras cooperativas. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 45 GIRO Conselheiro Luiz Paulo é homenageado pelo Bancoob Diretores e conselheiros de administração do Sicoob Confederação e do Bancoob reuniram-se no dia 6 de dezembro para prestar homenagem ao conselheiro Luiz Paulo Lima e Silva, que faleceu em novembro de 2011. A cerimônia, realizada no Salão Nobre do Centro Corporativo Sicoob, em Brasília (DF), contou com a participação da esposa do homenageado, Ilder Geralda Lima e Silva, e de seu filho, Luiz Paulo Lima e Silva Júnior. A homenagem à Luiz Paulo teve início com a exibição de um vídeo de mensagens e fotos. Na sequência, seu trabalho e sua dedicação foram evidenciados no discurso dos participantes, que destacaram seu profissionalismo, sua alegria e bom humor. A esposa do conselheiro recebeu uma placa de homenagem em nome da família e retribuiu com gratidão. “Estou muito lisonjeada. O Luiz Paulo sempre se sentiu muito feliz exercendo suas funções no Bancoob. Vocês perderam um grande líder cooperativista, eu perdi o amor da minha vida”, disse emocionada. Sicoob Consórcios é lançado no ES No dia 5 de novembro aconteceu o lançamento do Sicoob Consórcios para as cooperativas do Sicoob Central ES. O novo produto foi apresentado pelo diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, marcando o início da operação-piloto no Sicoob Espírito. Após três meses o Sicoob já comercializou mais de R$ 50 milhões em cartas de crédito de imóveis e veículos. O Sicoob Consórcios é resultado da aquisição da Ponta Administradora de Consórcios Ltda (Consórcio Ponta) pelo Bancoob, em julho de 2011. A meta é posicionar o Sicoob Consórcios entre os dez maiores do ranking nacional. 46 Sicoob amplia oferta de serviços O Sicoob passou a arrecadar, desde 2 de janeiro deste ano, Tributos Federais através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), por meio da implantação de funcionalidades no Sisbr/Módulo Convênio. A Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional, que oferece tratamento diferenciado e favorecido a essas empresas. No momento, as arrecadações no Sicoob foram liberadas apenas no caixa da cooperativa, tanto para associados quanto não associados, seguindo as orientações da Portaria SRF nº 2.609, de 20 de setembro de 2001, que disciplina as atividades da Rede Arrecadadora de Receitas Federais. Em breve, assim que for aprovada a solicitação feita à Receita Federal, os canais de autoatendimento do Sistema também serão habilitados para arrecadação do DAS. www.sicoob.com.br PORTABILIDADE SALARIAL Servidor Público, faça sua portabilidade salarial e conheça as vantagens de ser um associado Sicoob. Servidores públicos federais, estaduais e municipais, podem optar por transferir, sem custo, seus vencimentos para a instituição financeira de sua preferência. O Sicoob disponibiliza produtos e serviços financeiros com qualidade e segurança. Os mesmos que os bancos ofertam, mas com vantagens que só a cooperativa de crédito oferece. Venha e compare. Faça já sua portabilidade para o Sicoob. ANO 3 - No 9 - JAN / FEV / MAR / 2012 47 É mais fácil realizar um sonho quando você conta com a ajuda de outras pessoas. Chegou o Sicoob Consórcios. Ter o seu veículo novo ou usado ou realizar o sonho da casa própria agora ficou muito mais fácil. Isso porque o Sicoob acaba de adquirir a Ponta Administradora de Consórcios Ltda., uma empresa líder no segmento, com 40 anos de experiência. É o cooperativismo e a tradição juntos numa só marca – Sicoob Consórcios. Uma união que vai trazer segurança, liberdade de escolha e as melhores taxas para ajudar você a realizar o seu sonho. Para saber mais, procure uma cooperativa do Sicoob ou acesse www.sicoob.com.br Ouvidoria Ponta Administradora: 0800 722 6555. O Sicoob Consórcios é administrado pela Ponta Administradora de Consórcios Ltda.