FIMP 2013 / www.fim.com.pt 1

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ÍNDICE
Apresentação
Programação
Espectáculos, Companhias e Biografias
Formas Tradicionais
WIP e WOP
Equipa FIMP
Contactos
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Bem-vindos ao Festival Internacional de Marionetas do Porto!
O FIMP está de volta. Durante cerca de uma semana o festival tem para oferecer
espectáculos, formações, filmes e exposições. Da revisitação das formas
tradicionais portuguesas às experiências criativas, que se situam claramente para
além das fronteiras mais evidentes da marioneta, passando pelas propostas
dirigidas aos mais novos e pela formação, há – apesar de todas as dificuldades que
atravessamos – muito para ver e ouvir, para fazer e viver no FIMP 2013.
Nesta edição iniciaremos um caminho que procura enquadramentos alternativos
para as expressões da marioneta que emanam da cultura dos povos e
(re)começamos pelo nosso próprio povo: Bonecos de Santo Aleixo e Dom Roberto,
de novo e sempre. Ambas as formas serão apresentadas em contextos urbanos
bastante distantes dos circuitos culturais mais previsíveis e dos roteiros turísticos
que marcam a cidade.
A formação artística (e) de públicos assume(m) um papel central nesta edição e no
novo ciclo de quatro anos que com ela se inicia.
Como acreditamos que um bom trabalho de experimentação e de aprendizagem
pode ser melhor que o melhor dos conhaques, serão realizados três WOPs
(chamam-se assim, os workshops no FIMP) perfazendo uma duração total de
catorze dias, sendo que dois são orientados por artistas internacionais e um por
artistas portugueses, todos são dirigidos a equipas multidisciplinares.
O FIMP realiza-se este ano um pouco mais tarde do que tem sido habitual, quisemos
com este avanço no calendário retomar a ligação ao público escolar. A formação do
público do futuro (esse lugar no tempo de que temos tantas saudades) (re)começa
agora.
As companhias da cidade presentes na edição deste ano, apresentam-se em três
estreias absolutas e em aberturas de processos de criação (WIP).
Neste ciclo que agora começa, o festival dispõe, à partida, de recursos
substancialmente inferiores àqueles com que pôde trabalhar nos anos anteriores.
Estas condições tornam os objectivos artísticos e de serviço público na cultura a
que nos propusemos particularmente difíceis de atingir, sobretudo se tivermos em
conta a escala a que o público legitimamente se habituou e a dimensão e
importância do território em que nos inscrevemos. A cidade e o projecto iniciado há
mais de vinte anos por Isabel Alves Costa merecem o nosso esforço e dedicação –
mas caberá a todos, também ao novo executivo autárquico, defender este espaço
da nossa identidade.
Não queremos terminar sem agradecer aos nossos parceiros, amigos e cúmplices
pelo apoio e solidariedade, à equipa que com empenho e profissionalismo concretiza
técnica e operacionalmente o festival. Finalmente, aos artistas e ao público, porque
é no espaço que se cria neste encontro que está a verdadeira razão de ser deste
evento.
Vamos ao FIMP!
Igor Gandra
Director Artístico
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ESPECTÁCULOS
19 DE OUTUBRO
O FILME DOM ROBERTO
DE ERNESTO SOUSA
Local a definir, 21H30
19 E 20 DE OUTUBRO
10 A 13 DE OUTUBRO
CATABRISA
AS VIAGENS DE GULLIVER
COMPANHIA INSTÁVEL
LIMITE ZERO
Fundação Escultor José Rodrigues, 11H00 e
17H00
Teatro do Campo Alegre, dias 10 e 11 às 10H30 e
15H00, e dias 12 e 13 às 16H00
20 DE OUTUBRO
11 DE OUTUBRO
DOM ROBERTO
LONG STRING INSTRUMENT
RED CLOUD
ELLEN FULLMAN E KONRAD SPRENGER
Bairro do Lagarteiro, 18H00
Claustros | Mosteiro de São Bento da Vitória, 21H30
20 DE OUTUBRO
11 E 12 DE OUTUBRO
BONECOS DE SANTO ALEIXO
CIRCUS ON THE STRINGS
CENDREV
VIKTOR ANTONOV
Local a Definir, 21H30
Cinema Passos Manuel, dia 11 às 23H59 e dia 12 às
18H00
12 E 13 DE OUTUBRO
OCO
TEATRO DO FRIO
Sala do Tribunal | Mosteiro de São Bento da Vitória,
21H30
17 A 20 DE OUTUBRO
UMA AVENTURA NO ESPAÇO
TEATRO DE FERRO
Teatro do Campo Alegre, dias 17 e 18 às 10H30 e
15H00, e dias 19 e 20 às 16H00
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WOP
WIP
(WORKSHOPS)
(ENCONTROS COM ARTISTAS)
09 A 13 DE OUTUBRO
16 DE OUTUBRO
SHOW ME A STORY
PELOS CABELOS
ANNA IVANOVA-BRASHINSKAYA
TEATRO DE MARIONETAS DO PORTO
Sala de Ensaios | Mosteiro de São Bento da Vitória,
10H00 – 18H00
Teatro de Belomonte, 19H00
10 DE OUTUBRO
ELLEN FULLMAN
ELLEN FULLMAN
Claustros | Mosteiro de São Bento da Vitória, 15H00
– 18H00
17 DE OUTUBRO
DONA VONTADE
CATARINA MOTA
Sala de Ensaios do Teatro de Ferro, 19H00
14 A 20 DE OUTUBRO
DESCONSTRUÇÃO DE
OBJECTOS
ANTIGUA I BARBUDA
Edifício Montepio, Av. Dos Aliados, 10H00 – 18H00
A formação (WOP - workshops) continua a ter o
seu espaço no FIMP. De modo mais ou menos
formal, mais exigente, profissional ou lúdico, o
festival convida todos para os WOPs do FIMP
2013.
14 A 20 DE OUTUBRO
FIMPALITOS
FIMP
Loja FIMP, horário a definir
16 A 18 DE OUTUBRO
TEATROS DE PAPEL E FIGURAS
ARTICULADAS
Nesta edição será dada continuidade à prática
de apresentação de trabalhos em processo de
criação (WIP - work in progress). Este espaço de
programação iniciado em 2010 tem-se revelado
enriquecedor quer para o público quer para os
artistas. Trata-se de um espaço dedicado à
exteriorização, mostra e discussão de processos
criativos. Os WIPs permitem ao público
questionar os artistas (consagrados ou não)
numa lógica de debate e partilha. Esta
programação estará em constante
desenvolvimento ao longo da 24ª edição do
FIMP.
A TARUMBA
Maus Hábitos, 10H00 – 18H00
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ESPECTÁCULOS
COMPANHIAS
BIOGRAFIAS
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10 A 13 DE OUTUBRO
TEATRO DO CAMPO ALEGRE
AS VIAGENS DE GULLIVER
LIMITE ZERO
LIMITE ZERO
A Limite Zero assume-se como organismo cultural
voltado para a concretização de iniciativas em
diversos domínios artísticos. A nossa actividade
estende-se à produção de espectáculos de teatro e
de formas animadas, à produção vídeo, e também à
formação.
Assim, não limitando a nossa actividade à produção
e promoção de eventos culturais, criámos ainda um
espaço de experimentação e cruzamento de
diversas linguagens artísticas, nomeadamente: a
expressão dramática, as formas animadas e o vídeo.
Concordando com a importância que hoje assumem
as correntes pedagógicas que apelam à educação
pela arte, a Limite Zero procura criar oficinas para
crianças e adultos, que aliam a experimentação e
descoberta ao prazer de uma aprendizagem criativa.
Temos, por isso, disponíveis diversos ateliers no
âmbito da expressão dramática, da escrita criativa,
da construção de formas animadas e da utilização
do multimédia.
Assumimos o nosso espaço como lugar de
cruzamento de linguagens artísticas, de
experimentação e de aprendizagem.
É nosso propósito dialogar com a comunidade
através da arte.
As Viagens de Gulliver, escrito pelo irlandês Jonathan
Swift e editado em 1726, é um dos clássicos mais
conhecidos da literatura mundial.
A obra procurou mostrar a vida política e social da
Inglaterra do século XVII, tendo como tema as viagens
imaginárias feitas pelo personagem principal, que
contêm descrições de lugares absurdos referidos por
meio de sátiras, facto que na época, fez desta, uma
obra polémica, já que procurava ridicularizar os liberais,
os juristas, as instituições e o ser humano em geral.
Apesar de datada do séc. XVII, consideramos esta obra
um forte referencial intemporal que perdura ao longo do
tempo e de diferentes gerações.
No ano em que a Limite Zero Associação Cultural
comemora os seus primeiros 10 anos, e no seguimento
do caminho já realizado e que nos interessa prosseguir,
de abordar a criação de teatro de formas animadas com
formatos dirigidos a toda a família, decidimos embarcar
nesta aventura de realizar uma adaptação de um
clássico como As Viagens de Gulliver. Este texto aborda
um universo interessante de realizar, quer do ponto do
imaginário colectivo subjacente a esta obra, quer na
perspectiva da criação do teatro de formas animadas.
Este é um trabalho que já vínhamos há alguns anos a
amadurecer e que neste ano de 2013 queremos
concretizar.
Obra Original: Jonathan Swift
Dramaturgia: Jorge Constante Pereira
Encenação: Raul Constante Pereira
Interpretação: Raquel Rosmaninho, Raul Constante
Pereira e Teresa Alpendurada
Desenho de Luz: Pedro Carvalho
Música e Sonoplastia: Carlos Adolfo
Figurinos: Inês Mariana Moitas
Cenografia: Sandra Neves e Raul Constante Pereira
Voz Off: Rodrigo Santos
Produção Executiva: Pedro Leitão
Duração: Aproximadamente 50 minutos
M/6
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11 DE OUTUBRO
MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA
LONG STRING INSTRUMENT
ELLEN FULLMAN E KONRAD SPRENGER
ELLEN FULMANN
Em 1981, Ellen começou a desenvolver o Long String
Instrument, uma instalação com dúzias de cabos
com 15 metros ou mais, afinados em entonação
justa e “tocados” com os dedos cobertos de resina.
Fullman desenvolveu um sistema de notação único
para coreografar os movimentos do performer,
explorando acontecimentos sonoros que ocorrem em
pontos nodais específicos ao longo das cordas do
instrumento. Gravou profusamente com este
instrumento pouco usual e colaborou com artistas
de excepção como a compositora Pauline Oliveros, a
coreógrafa Deborah Hay, o Kronos Quartet e Keiji
Haino. Recebeu numerosos prémios, um sem número
de encomendas e as suas residências incluem: o
programa DAAD Artists-in-Berlin; Japan/USA
Friendship Commission/ NEA Fellowship for Japan;
Meet the Composer; Reader’s Digest Consortium
Commission; Artist Trust/Washington State Arts
Commission Fellowship e foi a artista residente no
Headlands Center for the Arts.
A sua música esteve representada no The American
Century: Art and Culture 1950-2000, no The Whitney
Museum, e apresentou-se em teatros e festivais na
Europa, Japão e Américas, incluindo: os festivais
Instal, Lincoln Center Out-of-Doors e Other Minds, o
Walker Art Center e os Donaueschinger Musiktage.
Nove anos após gravarem o álbum Ort, que em 2004 foi
escolhido pela revista The Wire como um dos melhores
do ano, Ellen Fullman e Konrad Sprenger retomam a
parceria para um concerto único e estreia em Portugal.
Long String Instrument: Ellen Fullman
Guitarra: Konrad Sprenger
M/12
KONRAD SPRENGER
Konrad Sprenger, também conhecido como Jörg
Hiller, produziu trabalhos de artistas tão diversos
como Ellen Fullman, Arnold Dreyblatt, Robert Ashley
e Terry Fox. Tem trabalhado igualmente com bandas
de renome como a Ethnostressand Ei e o grupo de
arte Honey-Suckle Company.
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11 E 12 DE OUTUBRO
CINEMA PASSOS MANUEL
CIRCUS ON THE STRINGS
VIKTOR ANTONOV
VIKTOR ANTONOV
Diplomado na Academia de Teatro e Cinema de S.
Petersburgo, inicia o seu trabalho como assistente
passando depois a docente. De 1996 a 2002,
trabalha com o grupo Mini Dlin, onde assume a
direcção artística e a construção das marionetas. É
autor de Oriental dance, Tango, Gypsy Choir entre
outros. Desde 1993 trabalha como solista
com o seu espectáculo Circus on The Strings que
tem apresentado em importantes festivais
internacionais, nomeadamente na Alemanha, Suíça,
Finlândia, Coreia do Sul, Turquia, República Checa,
Estónia, Polónia, Holanda, Venezuela, México.
Antigamente a pessoa que fazia marionetas era um
artesão que fazia brinquedos para crianças.
Ao actor que se apresentava perante o público com
espectáculos de marionetas chamava-se diferentes
coisas, dependendo do lado mais mágico, teatral ou
técnico do seu trabalho.
Hoje, esta arte une todas as pontas e continua a
engrossar a lista de marionetistas famosos em todo o
mundo e regressa ao repertório clássico no tipo e na
forma da performance, voltando a abrir os segredos e
alegrias da magia das marionetas.
Viktor Antonov poderia ser anunciado assim:
“Atenção! Pela primeira vez em S. Petersburgo o hábil
mecânico, o mestre de marionetas, Um Circo de Fios!”
Na performance, que começa e acaba com o famoso
palhaço favorito do público – com um pássaro que fala…
no nariz – participam actores de todos os cantos do
mundo!
O Faquir faz crescer uma flor em frente ao público, muda
de cara – de velho para novo, de mau para bom.
Uma família de acrobatas da selva é um trio de macacos
treinados!
Um homem forte num monociclo que atira pesos não
apenas com as mãos mas também com a cabeça!
O engolidor de espadas que, afinal, não são espadas,
mas punhais!
Um camelo que umas vezes voa e outras deita fogo pela
boca!
Uma bonita rapariga oriental que faz uma dança do
ventre na cabeça de um velho que fuma um cachimbo
de água!
Assim se regressa às tradições esquecidas do teatro de
marionetas e à autenticidade e à singularidade deste
tipo de artes teatrais.
Interpretação, Manipulação e Marionetas:
Viktor Antonov
M/6
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12 E 13 DE OUTUBRO
SALA DO TRIBUNAL DO MOSTEIRO DE SÃO
BENTO DA VITÓRIA
OCO
TEATRO DO FRIO
TEATRO DO FRIO
Este colectivo surge da necessidade artística e
humana de criação de um espaço que privilegie na
actividade teatral o lugar da pesquisa. Privilegia a
criação de espectáculos teatrais através de
processos de pesquisa e devising, daí resultando
uma produção de textos originais em que a palavra
surge como inevitabilidade dramatúrgica em estrita
relação com o corpo e a acção. Privilegia igualmente
o cruzamento entre criadores e práticas de
diferentes naturezas artísticas, buscando uma maior
pluralidade do discurso e acção artísticos.
Oco é um espectáculo multidisciplinar que convoca arte
sonora, Teatro Físico e elocução.
Reunimos na mesma sala de ensaios um músico, duas
actrizes e uma artista plástica.
Encarámos o corpo como instrumento musical, emotivo
e sensorial. Pesquisámos alcances da respiração e
cartografamos ressoadores do corpo em movimento.
Entendemos o espaço como elemento fundamental na
expressividade do som. Com a cumplicidade de
microfones captamos, processamos e manipulamos toda
esta informação, para depois a vibrarmos pelo espaço,
no espaço e com espaço potenciando e abrindo os
sentidos criados.
Encontrámos um lugar quase nu onde pequenas
esculturas cénicas testemunham e relatam a
fisicalidade do som, reconduzindo de forma minimal as
ondas sonoras num percurso site-specific. Em cada
espetáculo e na vivência de cada momento encontra-se
a respiração e eco daquele que será o próximo arquivo
sónico.
Direcção Artística: Rodrigo Malvar
Direcção Musical: Filipe Lopes
Direcção Plástica: Ana Guedes
Interpretação: Catarina Lacerda e Rosário Costa
Direcção de Produção: Sílvia Carvalho
Produção: Teatro do Frio
Duração:
M/12
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17 A 20 DE OUTUBRO
TEATRO DO CAMPO ALEGRE
UMA AVENTURA NO ESPAÇO
TEATRO DE FERRO
TEATRO DE FERRO
O Teatro de Ferro surgiu em 1999. Criado
inicialmente como um rótulo para as criações de Igor
Gandra e Carla Veloso, o projecto foi evoluindo
gradualmente para a condição de estrutura
profissional de criação.
A escolha deste nome – Teatro de Ferro – pressupõe
uma noção de matéria primordial, resistente e ao
mesmo tempo mutável,: este processo de
transformação continua a inspirar-nos.
O trabalho da Companhia tem sido desenvolvido no
campo do teatro de e com marionetas e objectos.
Concebemos a nossa prática numa lógica de
investigação em que a marioneta tem assumido um
valor matricial, nas suas hibridações possíveis,
tentadas e tentadoras.
As relações, do corpo-intérprete com o objecto
manipulado e a implicação de cada espectador na
construção desta relação, são linhas de reflexão
transversais à prática artística do TdF.
Os espectáculos realizados devem ser inscritos nas
formas teatrais e dramatúrgicas que colocam a
palavra num plano de igualdade em relação a outras
linguagens. A promoção da dramaturgia
contemporânea portuguesa é um traço
caracterizador do nosso projecto artístico, pelo que
a companhia tem trabalhado principalmente com
textos originais de autores portugueses.
O TdF tem vindo a alcançar públicos heterogéneos.
As parcerias improváveis, a procura de contextos
alternativos aos circuitos das artes do espectáculo,
a intensa actividade itinerante, a criação destinada
aos mais jovens e os projectos de acção cultural são
os nossos gestos mais claros, assim afirmamos este
desejo plural de partilha.
Nesta Aventura no Espaço os espectadores serão
acompanhados por dois actores e uma pianista e com
eles viverão as aventuras de uma menina que, dominada
pela curiosidade e motivada pela descoberta, fará uma
viagem espacial inesquecível – Carla Cosmonauta é o
seu nome. Esta menina, que por acaso é uma marioneta,
atravessará uma grande diversidade de espaços e
situações, tudo isto para nos fazer pensar sobre as
diferentes acepções e representações do Espaço. O
espaço da cidade, o espaço da natureza, o espaço da
intimidade e das emoções entre as pessoas e, é claro, o
grande espaço desconhecido – o cosmos.
Ao longo da história, a pintura, a dança, a arquitectura, o
cinema e tantas outras artes e saberes dizem-nos muito
sobre o modo como o espaço tem sido vivido e
imaginado.
Uma Aventura no Espaço é também uma viagem que
percorre muito rapidamente algumas destas leituras,
como numa aula mas em jeito de jogo, com acção e
canções à mistura.
Este espectáculo acontece num dispositivo cénico que
contém o espaço da cena e o espaço do público - quer
dizer, a plateia está no palco e o palco, por vezes, na
plateia!
Este dispositivo assemelha-se a uma nave espacial do
passado disfarçada de futuro e com ares de objecto
voador não identificado, mas só à primeira vista, porque
também faz lembrar um carrossel, um half-pipe ou
aqueles teatros gregos antigos.
É também por isso que, ao habitar este espaço,
propomos ao nosso estimado público que nos ajude a
pensar sobre o modo como vivemos o espaço, como o
fazemos individual e colectivamente. A nossa Carla
Cosmonauta visitará o nosso planeta azul, ou seremos
nós que estamos a visitar o seu? Será que vivemos
mesmo todos no mesmo planeta? Vamos tentar
descobrir nesta Aventura no Espaço!
Criação e Interpretação: Carla Veloso e Igor Gandra
Canções: Regina Guimarães
Música, Composição e Interpretação: Fátima Fonte
Cenografia: Igor Gandra
Marionetas e Realização Plástica: Eduardo Mendes e
Hernâni Miranda
Oficina de Construção: Teatro de Ferro e Tudo Faço/
Américo Castanheira
Direcção Técnica: Teatro de Ferro e Mariana Figueroa
Co-Produção: Teatro de Ferro, Serviço Educativo do
Centro Cultural Vila Flor
Duração: 50 minutos aproximadamente
M/6
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19 DE OUTUBRO
LOCAL A DEFINIR
FILME DOM ROBERTO
DE ERNESTO DE SOUSA
Este filme a que Ernesto de Sousa meteu ombros há
cerca de oito anos (pois data de 1954 o princípio
mais remoto da história que serviu de tema à
película) é, encaradas as coisas dentro da sua
realidade, um verdadeiro milagre se atendermos ao
custo de D. Roberto: cerca de novecentos contos,
sete vezes menos que qualquer filme barato que se
faça nos estúdios franceses!
O seu financiamento teve como “motor de arranque”
a chamada “Cooperativa do Espectador” que, reuniu
uma soma que pode parecer desprezível e que visa
essencialmente “opor aos compromissos exclusivos
da especulação comercial, o interesse de um público
esclarecido na produção de filmes de qualidade”,
fórmula, nova no nosso país. A realização do filme
não teria, no entanto, viabilidade, se não fosse a
participação de «Imperial Filmes» - sua distribuidora e de «Ulisseia Filmes». Os produtores não recorreram
ao auxílio oficial (Fundo de Cinema) caso que, senão
único, é pelo menos bastante raro. Igualmente
declinaram uma proposta do grande homem de
cinema actual, que é Bardem, para financiar o filme
que seria produzido na «Unicis».
in Diário de Notícias, Funchal, 2/06/62.
No final de 1963, o filme foi exibido em Paris e
Manheim e Ernesto de Sousa, em viagem para este
último Festival, percorre Marrocos, Tunísia e Argélia,
à data da sua independência, e desempenha um
notável trabalho de reportagem, publicado em 17
crónicas no Jornal de Notícias, sob o título genérico
Cartas do Meu Magrebe.
Filme de longa-metragem 35 mm, P/B, 100 min.
Estreou em Lisboa, no Cinema Império, em 30 de Maio
1962.
Prémios da Jovem Crítica (”La Jeune Critique)” e de “L’
Association du Cinéma pour la Jeunesse” no Festival de
Cannes 1963.
Realização: Ernesto de Sousa
Argumento: Adaptado por Ernesto de Sousa, a partir de
um conto de Leão Penedo.
Música: Armando Santiago sobre um poema de
Alexandre O’Neill
Intérpretes: Raul Solnado; Glicínia Quartin; Luís
Cerqueira; Costa Ferreira; Fernanda Alves; Rui Mendes;
Nicolau Breyner; Carlos Fernando; Clara Rocha,
Benjamim Falcão; Isabel do Carmo.
Director de Fotografia: Abel Escoto
Som: Augusto Lopes, Heliodoro Pires
Montagem: Pablo del Amo
Director de Produção: Pena e Costa
Produção: Cooperativa do Espectador, Distribuidora
Imperial Filmes e comparticipação financeira de todos
os que nele trabalharam.
Genérico: Víctor Palla.
Assistentes de realização: Edgar Gonçalves Preto, Luís
Jacobetty, António Damião, Luís Filipe Monteiro, e
Isabel do Carmo.
Francisco Mata, uma opinião insuspeita, no jornal O
Século, comentará os prémios de Cannes, dizendo:
“É a primeira vitória a sério que o cinema obteve
num festival internacional. Dom Roberto, foi ainda
convidado oficialmente para os próximos festivais de
Veneza e Locarno e exibido com os mais
entusiásticos aplausos em Mannheim, Paris e
Bruxelas”.
Dom Roberto, foi apresentado, pela primeira vez, na
televisão portuguesa, depois de 25 de Abril de 1974.
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19 E 20 DE OUTUBRO
FUNDAÇÃO ESCULTOR JOSÉ RODRIGUES
CATABRISA
COMPANHIA INSTÁVEL
COMPANHIA INSTÁVEL
A Companhia Instável é um projecto que tem como
principal objectivo criar oportunidades profissionais
a intérpretes de Dança Contemporânea. Com um
projecto anual desde 1998, pretende associar o
desequilíbrio e a incerteza da arte contemporânea, à
necessidade de estabilidade e solidez necessárias a
uma companhia. Pareceu-nos importante criar uma
companhia que valorizasse o intérprete e reduzisse
a instabilidade em que vivem os intérpretes
freelancers, procurando reunir num mesmo projecto
duas actividades: o convite a importantes criadores
da actualidade, à semelhança das companhias de
repertório, e a conjugação num mesmo projecto de
oportunidades profissionais em formato curto e com
uma forte componente de formação e aprendizagem,
sem o peso de uma companhia formal.
Olha à tua volta: tudo se mexe. Tudo mexe com tudo.
Até a respirar mexemos com o ar.
Já ouviste dizer que esta brisa que sentes no cabelo,
pode vir do outro lado do mundo, onde uma pequena
borboleta bate as asas? Ou que pode vir do teu interior,
da tua força de vontade?
Talvez esta seja uma história sobre o vento, pois é com
o vento que vão e vêm as sementes, é com o vento que
vão e vêm as ideias e a vontade de mudar o mundo.
Um menino, em tudo igual a todos os meninos, vive as
maiores aventuras de sempre: a aventura da
curiosidade, do desejo, da descoberta, do espanto, da
invenção, a aventura de quem nasce e cresce com o
corpo e a mente aos rodopios.
Do livro Catavento (Eterogémeas), nasceu um
espectáculo: Joana Providência encenou e coreografou,
Manuel Cruz musicou, Luís Mendonça desenhou
cenografia e figurino, Emílio Remelhe escreveu e Filipe
Caldeira interpretou. Juntos criaram um espaço de
ideias em forma de sensação, um lugar de sensações
em forma de gesto, um sítio de gestos em forma de
som, um mapa de sons em forma de sombra, um mundo
de sombras em forma de histórias para todos. Para
todos verem, ouvirem, sentirem e pensarem com a
forma de ver, ouvir, sentir e pensar de cada um.
Texto: Eugénio Roda a partir do livro Catavento
(Edições Eterogémeas) de Gémeo Luís e Eugénio Roda
Concepção e Direcção Coreográfica: Joana Providência
Dramaturgia: Eugénio Roda (Emílio Remelhe)
Criação, Cenografia e Figurinos: Gémeo Luís
Interpretação: Filipe Caldeira
Música: Manel Cruz
Direção Técnica: Ricardo Alves
Produção Executiva: Companhia Instável
Uma encomenda: Maria Matos Teatro Municipal
Coprodutores: Centro Cultural Vila Flor, Cine-teatro
Joaquim D’Almeida, Comédias do Minho, Companhia
Instável, Fundação Lapa do Lobo, Fundação Casa da
Música e Maria Matos Teatro Municipal.
Duração: 50 minutos aproximadamente
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FORMAS
TRADICIONAIS
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20 DE OUTUBRO
BAIRRO DO LAGARTEIRO
DOM ROBERTO
RED CLOUD
O Barbeiro
Dom Roberto está muito feliz porque se vai casar e
decide ir ao barbeiro, no entanto não gosta da conta que
o barbeiro lhe apresenta. Depois de alguma discussão
lutam e o Dom Roberto, destemido e atrevido acaba por
matar o barbeiro. Quando a morte o vem buscar decide
levar Dom Roberto e este luta novamente, acabando por
vencer a própria morte.
A tourada
Entre o trautear da música da corrida de touros à
portuguesa e o bufar do touro, campinos e toureiro
tentam agarrar o touro num jogo de valentia dos
campinos e fraqueza do toureiro.
Bonecreira: Sara Henriques
Marionetas: Rui Rodrigues
Duração: 50 minutos
Para todas as idades
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20 DE OUTUBRO
LOCAL A DEFINIR
BONECOS DE SANTO ALEIXO
CENDREV
CENDREV
O CENDREV, mais do que uma companhia de
produção, é um centro de acção teatral em que se
cruzam áreas e componentes diversas da vida do
teatro. O CENDREV cumpriu em Janeiro de 2005
trinta anos de trabalho em torno da criação e
difusão de espectáculos, da formação e da gestão
do centenário Teatro Municipal Garcia de Resende
onde anualmente, para além da sua produção, acolhe
dezenas de espectáculos de teatro, música e
dança.
O CENDREV edita a Revista Adágio (revista de arte e
cultura), com 42 números publicados desde 1990.
Em 2003 o CENDREV, em parceria com o IITM
(Instituto Internacional de Teatro do Mediterrâneo,
de Madrid), lançou as bases de um novo projecto: o
Encontro de Teatro Ibérico, uma realização que
proporciona o encontro entre agentes da criação
teatral de Espanha e Portugal, com o objectivo de
promover intercâmbios, parcerias de criação e
produção teatrais, bem como um conhecimento
mútuo e frutífero relativamente às realidades
teatrais de ambos os países.
O CENDREV é igualmente responsável pela
recuperação do importantíssimo espólio de
marionetas tradicionais do Alentejo, os Bonecos de
Santo Aleixo, com os quais já realizou centenas de
representações em Portugal e no estrangeiro e
organiza a Bienal Internacional de Marionetas de
Évora, BIME, cuja primeira edição se realizou em
1987.No âmbito deste projecto organiza, em parceria
com o Centro de História de Arte da Universidade de
Évora, um Seminário Internacional sobre a
problemática da marioneta.
A actividade, que anualmente desenvolvemos,
organiza-se em torno da montagem de uma média de
quatro novos espectáculos e da realização de cerca
de 175 récitas que fazemos com essas produções,
com os espectáculos do ano anterior que mantemos
em carteira e também com a intervenção
permanente que asseguramos com os Bonecos de
Santo Aleixo. Neste quadro de trabalho, destacamos
ainda a acção que desenvolvemos junto dos
estabelecimentos de ensino e do movimento do
teatro de amadores, através de inúmeras
intervenções na área da formação, sensibilização e
apoio.
Estas marionetas tradicionais do Alentejo, são títeres de
varão, manipulados por cima, à semelhança das grandes
marionetas do Sul de Itália e do Norte da Europa, mas
diminutos – de vinte a quarenta centímetros.
Os Bonecos de Santo Aleixo, propriedade do Centro
Dramático de Évora, são manipulados por “uma família”,
constituída por actores profissionais, que garantem a
permanência do espectáculo, assegurando assim a
continuidade desta expressão artística alentejana.
Conhecidos e apreciados em todo o país, os Bonecos de
Santo Aleixo também já participaram em festivais
internacionais em Espanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra,
Grécia, Moçambique, Alemanha, Macau, China, Índia,
Tailândia, Brasil, Rússia, México e França.
Autoria: Tradição popular
Interpretação: Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel
Bilou, José Russo e Victor Zambujo
Acompanhamento Musical: Gil Salgueiro Nave (guitarra
portuguesa)
Duração: 1 hora e 50 minutos
Local: Bairro a definir
Para todas as idades
FIMP 2013 / www.fim.com.pt
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WIP E WOP
FIMP 2013 / www.fim.com.pt
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WOP
Este workshop centra-se no desenvolvimento
de uma narrativa puramente visual, iniciando os
participantes nos elementos básicos da arte
dramática aplicada à narrativa de estórias sem
palavras.
Com recurso a textos e narrativas clássicos
previamente propostos – neste caso Os Seis
Cisnes, dos irmãos Grimm – os participantes
desenvolvem as capacidades narrativas e
interpretativas visuais através de exercícios
prácticos desenvolvidos individualmente ou em
pequenos grupos.
Exploramos os aspectos em que a trama, o
estado de espírito e o desenvolvimento da
personagem podem ser articulados e
expressos imaginativa e apaixonadamente
apenas através do movimento, gesto e pelo
uso e manipulação de objetos e outros
materiais e meios previamente selecionados.
09 A 13 DE OUTUBRO
SHOW ME A STORY
ANNA IVANOVA-BRASHINSKAYA
Anna Ivanova-Brashinskaya leccionou teoria e
história de teatro de marionetas na Academia
das Artes de São Petersburgo, gerindo
simultaneamente o departamento de
marionetas. Em 2001 foi convidada para a
Academia das Artes de Turku, na Finlândia,
onde colaborou no desenvolvimento do único
sistema de ensino regular para marionetistas
dos países nórdicos e bálticos e na criação de
um método único de ensino de teatro de
marionetas. Em 2005, e com o intuito de
divulgar o teatro de marionetas na Finlândia,
ajuda a fundar a associação The Turku
International Puppetry Connection (The TIPConnection) que, desde 2010, organiza o
festival de marionetas The TIP-Fest.
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18
WOP
10 DE OUTUBRO
ELLEN FULLMAN
Esta sessão de formação centra-se no
instrumento musical desenvolvido por Ellen
Fullman, o Long String Instrument, e do método
que a artista norte-americana tem vindo a
explorar ao longo de mais de três décadas de
carreira.
ELLEN FULLMAN
Em 1981, Ellen Fullman começou a desenvolver
o Long String Instrument, uma instalação com
dúzias de cabos com 15 metros ou mais,
afinados em entonação justa e “tocados” com
os dedos cobertos de resina. Fullman
desenvolveu um sistema de notação único
para coreografar os movimentos do performer,
explorando acontecimentos sonoros que
ocorrem em pontos nodais específicos ao
longo das cordas do instrumento. Gravou
profusamente com este instrumento pouco
usual e colaborou com artistas de excepção
como a compositora Pauline Oliveros, a
coreógrafa Deborah Hay, o Kronos Quartet e
Keiji Haino. Recebeu numerosos prémios, um
sem número de encomendas e as suas
residências incluem: o programa DAAD Artistsin-Berlin; Japan/USA Friendship Commission/
NEA Fellowship for Japan; Meet the Composer;
Reader’s Digest Consortium Commission; Artist
Trust/Washington State Arts Commission
Fellowship e foi a artista residente no
Headlands Center for the Arts.
A sua música esteve representada no The
American Century: Art and Culture 1950-2000,
no The Whitney Museum, e apresentou-se em
teatros e festivais na Europa, Japão e
Américas, incluindo: os festivais Instal, Lincoln
Center Out-of-Doors e Other Minds, o Walker
Art Center e os Donaueschinger Musiktage.
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WOP
Desconstruir, na linguagem dos Antigua i
Barbuda, consiste num processo de
investigação e busca a partir de materiais e
objectos provocadores de imagens e memórias
involuntárias para lhes atribuir um significado e
um uso diferente do que originou o seu
projecto, desenho e fabrico.
Esta oficina, resultante de uma parceria entre o
FIMP e o FITEI, é dirigida a profissionais da
criação plástica, cenógrafos, escultores,
artesãos e a todas as pessoas que desejem
concretizar a experiencia de uma imersão no
método de trabalho da companhia Antigua i
Barbuda.
14 A 20 DE OUTUBRO
DESCONSTRUÇÃO DE
OBJECTOS
ANTIGUA E BARBUDA
A companhia Antigua i Barbuda foi fundada por
Jordá Ferré em 2002 com a intenção de
desenvolver projectos que surgissem da
experiência nas diferentes disciplinas que
marcaram a sua trajectória profissional, ligada
ao âmbito das artes plásticas e cénicas,
nomeadamente ao teatro. Em 2009 junta-se ao
projecto Oscar de Paz, artista plástico,
fotógrafo e escultor, acentuando o carácter
marcadamente interdisciplinar que abarca da
investigação à invenção, da manipulação à
construção e da criação à encenação,
desencadeando um mundo de ilusão em torno
das máquinas entendidas como artefactos,
peculiares e ao mesmo tempo absurdos e
surreais.
A aposta na inovação e a constante
colaboração com profissionais de diferentes
âmbitos e companhias – Royal de Luxe,
Comediants, La Fura dels Baus e Teatre Lliure,
entre outros – significam uma oportunidade
única para a troca de conhecimentos, ideias e
projectos e que tem resultado na criação de
propostas originais e surpreendentes em que
os Antigua i Barbuda reinventam o que já foi
inventado, trabalhando com materiais
reciclados para os poder alterar, dar-lhes vida e
novas utilizações. Uma linguagem que define a
estética das criações desta singular
companhia, onde beleza e mecanismos gozam
da mesma importância.
A exposição dos trabalhos resultantes deste
workshop poderá ser visitada no Edifício Montepio
até ao dia 27 de Outubro.
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20
WOP
O estudo do impacto da utilização de
marionetas e objectos animados na educação
está amplamente difundido. Não temos dúvidas
de que as possibilidades de fantasia que
permitem são estimuladoras da imaginação das
crianças e simultaneamente veículos
preferenciais para a aquisição de valores e
regras de interação social. São também
potenciadores do autoconhecimento do
indivíduo. A construção de marionetas e a
aprendizagem das técnicas de manipulação,
ainda que rudimentares, são muito motivadoras
para crianças e jovens e um instrumento
fundamental para os seus professores ou
educadores.
14 A 20 DE OUTUBRO
FIMPALITOS
FIMP
Apoio: LIPOR
Duração: 2H
Para todas as idades
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21
WOP
A partir do universo da companhia A Tarumba,
que nas suas últimas criações tem
desenvolvido a utilização de figuras
bidimensionais articuladas, lançamos o desafio
da criação de pequenas formas em papel...
Uma abordagem ao espectáculo em forma de
miniatura. Os participantes são convidados a
entrar no mundo da criação teatral e a
desenvolver um projecto de dramaturgia a
partir do universo dos Teatros de Papel.
Neste
jogo dos sentidos é desenvolvido um trabalho
de experimentação a partir da criação de
pequenas narrativas, do seu desenvolvimento
espacial, da criação das suas personagens, dos
ambientes sonoros ou musicais e,
consequentemente, da sua representação. Os
Teatros de Papel permitem diferentes
abordagens nos mais diversos campos, como a
sua utilização em projectos artísticos mais
inovadores e contemporâneos, ou em projectos
pedagógicos e didácticos.
16 A 18 DE OUTUBRO
TEATROS DE PAPEL E
FIGURAS ARTICULADAS
A TARUMBA – TEATRO DE
MARIONETAS
Tarumba significa atarantar, estontear,
atordoar, maravilhar… palavras que expressam
o sentimento geral da companhia em relação à
arte das marionetas.
A estrutura profissional A Tarumba foi criada
em 1993, por um conjunto de elementos
ligados ao teatro, cinema, escultura e à história
da arte, que tinham em comum o amor pela
arte das marionetas, bem como a profunda
noção da sua necessidade de revitalização no
nosso país. A divulgação e promoção do teatro
e, muito em especial, a do teatro de
marionetas fazem parte, desde a sua
fundação, dos seus principais objectivos.
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WIP
16 DE OUTUBRO
PELOS CABELOS
TEATRO DE MARIONETAS DO PORTO
TEATRO DE MARIONETAS DO PORTO
O Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em
1988 e, numa primeira fase, centra a sua atividade
na criação de espetáculos que resultam da pesquisa
do património popular. Desta fase, destaca-se o
estudo e reconstituição da velha tradição
portuguesa do teatro Dom Roberto.
A partir das raízes, a companhia começa a progredir,
ao longo de diversas criações com um certo cariz
experimental, no sentido da procura de elementos
de modernidade na marioneta. Em 1994 João Paulo
Seara Cardoso e Isabel Barros criam 3ª Estação,
espetáculo experimental e de cruzamento entre a
dança e as marionetas.
A prática teatral da companhia, atualmente, revela
uma visão não convencional da marioneta, conceito
aliás continuamente atualizado, e o entendimento do
teatro de marionetas como uma linguagem poética e
imagética evocativa da contemporaneidade.
Procuram-se encontrar novas formas de conceção
das marionetas, no limite objetos cinéticos, e novas
possibilidades de explorar a gramática desta
linguagem teatral, no que diz respeito à
interpretação e à relação transversal com outras
áreas de expressão como a dança, as artes
plásticas, a música e a imagem.
Os 37 espetáculos criados até hoje pelo TMP
destinam-se a público adulto ou a público jovem e a
atividade da companhia divide-se entre as
apresentações na cidade do Porto, onde ao longo
dos anos criou uma forte corrente de público e uma
intensa atividade de itinerância no país e no
estrangeiro.
A atual diretora artística tem como projeto para a
companhia, a circulação do repertório do TMP
exclusivamente criado pelo encenador e fundador da
Companhia, João Paulo Seara Cardoso, a criação de
novas obras cujas poéticas cruzem diversas
disciplinas, a criação de um laboratório de
experimentação e a abertura e dinamização do
Museu.
A partir da coleção de ilustrações Pelos Cabelos, de
João Vaz de Carvalho, o Teatro de Marionetas do Porto
cria um espetáculo habitado por personagens insólitas,
de olhares ausentes e alucinados, onde o humor e o
absurdo se fundem para mais uma experiência com
muitas marionetas. Em Pelos Cabelos, actores e
marionetas habitam um lugar algures, um Lá, lugar
distante quase extraterreno, onde há histórias de
cabelos que nunca são cortados, que não param de
crescer, que criam laços e muitas muitas muitas
ligações.
Encenação e Cenografia: Isabel Barros
Textos: Isabel Barros, Edgard Fernandes e Rui Queiroz
de Matos
Marionetas: Sandra Neves, a partir das ilustrações de
João Vaz de Carvalho
Música e Animação: coletivo HUSMA (João Apolinário,
Nuno Cortez e Pedro Cardoso)
Desenho de Luz: Cláudia Valente
Interpretação: Edgard Fernandes e Rui Queiroz de
Matos
Produção: Sofia Carvalho
Operação de Luz e Som: Cláudia Valente
Construção de Marionetas: Sandra Neves
(coordenação), Teresa Dantas e Rita Silva (estagiária)
Construção cenográfica: Américo Castanheira – Tudo
Faço
Agradecimento: Ensemble
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WIP
17 DE OUTUBRO
DONA VONTADE
CATARINA MOTA
CATARINA MOTA
Fez a sua formação em Cenografia, Figurinos e
Adereços, na E.P.A.O.E. (Chapitô), onde trabalha
desde 2009. Desenvolve trabalho nas áreas do
clown e do teatro de marionetas e objectos. Em 2011
cria em colaboração com Eva Ribeiro a companhia de
clown feminino MadameNezRouge. Teve o prazer de
colaborar e aprender com associações como a Fosso
de Orquestra, Alma d´Arame, Companhia Caótica ou
a Companhia Criadores de Imagens.
Respirar..
Respirar o tempo devagar...
O que vê neste banco de jardim a velhice de Dona
Vontade e o que nos transporta a ver e sentir?
Dona Vontade guia-nos nesta pequena viagem, através
do prazer de a observar, para sítios que, em vez de
habitarmos, nos habitam a nós.
A simplicidade, a terra e o poder da Marioneta são a
principal matéria neste pequeno conto.
Serviu-nos de inspiração o Alentejo e esta população
envelhecida, sentada ao sol do jardim, que sente o
tempo como quem sabe que já não resta muito tempo a
aproveitar.
Criação e Manipulação: Catarina Mota
Construção Plástica: Catarina Mota e Amândio
Anastácio
Apoio Técnico: Francisco Leston
Produção: Alma d´Arame
Agradecimentos: Projecto Ruínas, Alunos do Curso de
Mestrado em Teatro – Actor / Marionetista da
Universidade de Évora, João Bastos, João
Sofio,Gonçalo Alegria, Isabelle Dekien
Duração: 20 m
M/6
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OUTRAS
INFORMAÇÕES
Igor Gandra
Biografia
Igor Gandra nasceu em Viseu em 1975.
Frequentou o Balleteatro escola profissional,
iniciando em 1990, o curso profissional de
dança e concluindo em 1993, o de teatro.
Entre 1993 e 1999 integrou a equipa
permanente do Teatro de Marionetas do Porto
sob a direcção de João Paulo Seara Cardoso.
Na sua formação destaca o estágio do Institut
International de la Marionette orientado por
Phillipe Genty.
Em 1996 com o Teatro Flúor, dirigiu o
espectáculo Viagem a Khonostrov*.
Em 1999 fundou o Teatro de Ferro, do qual é
director artístico e encenador residente. Nesta
estrutura dirigiu e co-dirigiu com Carla Veloso
cerca 20 espectáculos.
Tem textos publicados em edições como Lura –
Centro Cultural Vila Flor e Boa União -Teatro
Viriato, Actas da conferência nacional de
Educação Artística na Casa da Música em
2007.
Tem desenvolvido a actividade de docente e
formador em diversas instituições:
Universidade de Évora – Mestrado em Teatro –
Arte do Actor e Actor / Marionetista, Instituto
Superior de Ciências Educativas e Balleteatro
Escola Profissional, entre outras.
Sucedendo a Isabel Alves Costa, é desde 2009
director artístico do Festival Internacional de
Marionetas do Porto.
[Prémios]
*Premiado pelo Clube Português de Artes e
Ideias no concurso O Teatro na Década em
1997.
Prémio Revelação Ribeiro da Fonte – Teatro
2004 atribuído pelo Ministério da Cultura /
Instituto das Artes.
Medalha de Mérito Cultural e Científico do
concelho de Vila Nova de Gaia – 2005.
Troféu Aquilino Ribeiro 2005 na categoria de
revelação atribuído pelo Jornal do Centro,
Viseu
EQUIPA FIMP 2013
PRODUÇÃO: FESTIVAL INTERNACIONAL DE
MARIONETAS
DIRECÇÃO ARTÍSTICA: IGOR GANDRA
DIRECÇÃO EXECUTIVA: RAUL CONSTANTE
PEREIRA
DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO: INÊS BARBEDO
MAIA / PÉ DE CABRA
DIREÇÃO TÉCNICA: PEDRO VIEIRA DE
CARVALHO
PRODUÇÃO EXECUTIVA: INÊS GREGÓRIO
COMUNICAÇÃO: NUNO MATOS
ASSESSORIA DE IMPRENSA: CAROLINA
MEDEIROS
FOTOGRAFIA: SUSANA NEVES
DESIGN GRÁFICO E DESENVOLVIMENTO WEB:
MY OH MY STUDIO
TRADUÇÕES: JOANA ROSMANINHO E ÓSCAR
ALVIM
CONTACTOS
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Fundação Escultor José
Rodrigues
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Maus Hábitos
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Junta de Freguesia de Campanhã
Lipor
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Paupério
APOIO À DIVULGAÇÃO
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