produção de mudas de eucalipto sob diferentes fontes

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produção de mudas de eucalipto sob diferentes fontes
PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO SOB DIFERENTES FONTES DE
ADUBAÇÃO
Alan Dyego Menegassi 1, Edson Roberto Silveira 2, Marlene de Lurdes Ferronato 3, Driéli Aparecida Reiner 4
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento de plântulas de Eucalyptus citriodora, Eucalyptus
dunnii e Eucalyptus grandis, em resposta a diferentes fontes de adubação e doses, originadas de fertilizantes de
liberação rápida e lenta. O estudo foi realizado, em ambiente com cobertura de acrílico, conduzido no período de
setembro a dezembro de 2011. As plântulas foram cultivadas em substrato comercial. O delineamento utilizado
foi blocos casualizados, constando de 24 tratamentos, constituídos de doses de NPK e doses de um fertilizante de
liberação lenta denominado (Osmocote), sendo derivado de nitrato de amônio, fosfato de amônio, fosfato de
cálcio e sulfato de potássio. Os tratamentos, utilizados para as espécie E. citriodora, E. dunnii e E. grandis,
foram resultantes de duas fontes de adubação (NPK) e (Osmocote), nas respectivas doses 0,0; 2,5; 5,0 e 7,5 Kg
m-3 de substrato. Para cada tratamento foram usadas 4 repetições, sendo cada uma composta de 15 plantas. Ao
final de 90 dias, foram avaliados a estatura de planta, o diâmetro do colo, a massa seca da parte aérea, a massa
seca do sistema radicular e massa seca total. Pelos resultados obtidos verificou-se que o crescimento das plantas
de E. grandis, E. dunnii e E. citriodora, responderam positivamente à adubação com o fertilizante de liberação
lenta (18-06-12), obtendo melhores resultados em todos parâmetros avaliados em relação adubação NPK (6-306). Os melhores tratamentos para as espécies Eucalyptus citriodora, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus grandis,
foram obtidos com o fertilizante (Osmocote) nas doses de 7,5 Kg m-3, do substrato PlantMax florestal.
Palavras-chave: Liberação lenta, Eucalipto, Fertilizante.
ABSTRACT
Production of eucalyptus seedlings under different sources of nutrition. The present study has had as its
objectives, to evaluate the seedlings of Eucalyptus citriodora, Eucalyptus dunnii and Eucalyptus grandis, in
response to different doses and sources of nutrition, fertilizers originating from fast and slow release. The study
was conducted in an environment with acrylic cover, carried out from September to December 2011. Seedlings
were grown on a commercial substrate. The experimental design was randomized blocks of 24 treatments, and
doses of NPK and doses of a slow-release fertilizer called (Osmocote), being derived from ammonium nitrate,
ammonium phosphate, calcium phosphate and potassium sulphate. The treatments used for the species E.
citriodora, E. dunnii and E. grandis, were derived from two sources of nutrition, fertilization (NPK) and
(Osmocote) in the doses 0.0, 2.5, 5.0 and 7.5 kg m-3 substrate. For each treatment were used four replications,
each consisting of 15 plants. After 90 days, we evaluated the plant height, the stem diameter, dry mass of shoots,
dry mass of root and total dry mass. The results obtained showed that the plant growth of E. grandis, E. dunnii
and E. citriodora, responded positively to fertilization with slow-release fertilizer (06-12-18) When no fertilizer
applied to the seedlings showed a lower growth while the maximum growth in height, stem diameter, shoot dry
weight, root dry mass, total dry weight, were obtained (Osmocote) at doses of 7.5 kg m -3, the substrate
PlantMax forest.
Keywords: slow release, Eucalyptus, Fertilization.
INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do curso de Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Via do Conhecimento , Km1 CEP 85503-390- Pato
Branco, PR, Brasil, e-mail: [email protected].
2
Engenheiro Agrônomo, Dr. professor e pesquisador adjunto da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Via do Conhecimento , Km1
CEP 85503-390- Pato Branco, PR, Brasil, e-mail: [email protected]
3
Engenheira Agrônoma, Dra. professora e pesquisadora adjunta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Via do Conhecimento ,
Km1 CEP 85503-390- Pato Branco, PR, Brasil, e-mail [email protected]
4
Acadêmica do curso de Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Via do Conhecimento , Km1 CEP 85503-390- Pato
Branco, PR, Brasil, e-mai [email protected]:
O setor florestal paranaense é considerado um dos mais promissores do país, por apresentar altos
índices de produtividade em florestas plantadas. O desenvolvimento de novas tecnologias, desde a produção de
mudas, manejo adequado visando altas produtividades, faz com que a atividade florestal apresente grandes
possibilidades de ampliar sua participação na balança comercial, através das exportações.
Dentre as inúmeras espécies florestais aptas a serem utilizadas em programas de reflorestamentos, o
eucalipto se destaca no cenário nacional, em razão do seu rápido crescimento, boa adaptação ecológica e
diversidade de usos, tem sido amplamente cultivado com a finalidade de obtenção de madeira e subprodutos
(BERGER, 2002).
Os trabalhos voltados para a produção de mudas de eucalipto buscam solucionar problemas
encontrados nos viveiros florestais, devido os altos custos de produção das mudas. Isso se deve, principalmente,
ao tempo de desenvolvimento das mesmas, e consequentemente do maior gasto com insumos, mão de obra e
equipamentos.
Neste contexto, a prática de adubação, se torna um fator indispensável para a produção de mudas
florestais, em quantidade e qualidade, acelerando consideravelmente o seu desenvolvimento, reduzindo os custos
de produção.
Conforme Gonçalves e Poggiani (1996), a necessidade de adubação decorre do fato de que nem
sempre o substrato é capaz de fornecer todos os nutrientes que as plantas precisam para um adequado
crescimento. Assim, as características e a quantidade de adubo aplicado dependerão das necessidades
nutricionais da espécie utilizada, da fertilidade do substrato, da forma de reação e eficiência dos adubos.
Segundo Neves et al. (1990), a eficiência das adubações, realizadas na hora da fertilização do
substrato, depende basicamente das doses e fontes dos adubos utilizados, da capacidade das trocas catiônicas e
das características físicas do substrato. Dentre os fatores de natureza silvicultural, a nutrição das mudas, desponta
como uma das principais responsáveis pela obtenção de maiores produtividade e economicidade no processo de
sua produção.
A produção de mudas é uma das fases mais importantes para o estabelecimento dos povoamentos
florestais. A nutrição adequada das mesmas, são fatores essenciais para assegurar boa adaptação e crescimento
após o plantio (BARROS et al., 1997), sendo assim o uso de fertilizantes e doses adequadas para cada respectiva
espécie, é um importante fator para a produção de mudas, pois é ele que garante o crescimento da plântula, reduz
o tempo de formação e as perdas de campo.
No viveiro, a primeira fase de desenvolvimento das mudas, da germinação das sementes até 30-35
dias após, apresenta crescimento lento, pois a plântula direciona a maior parte de suas energias para a expansão
da área foliar e a formação de raízes, quando o nitrogênio e o fósforo são os elementos mais importantes. A partir
dos 40 dias após a germinação, a demanda de nutrientes é mais intensa, em função do rápido crescimento das
mudas (BARROS et al., 1997).
Por se tratar de um investimento a longo prazo e de grandes riscos, o êxito de um projeto florestal
depende de muitos fatores, o rigor torna-se ainda maior sobre a qualidade das mudas, refletindo em altas taxas de
sobrevivência e desempenho após plantio.
De acordo com Floss (2006) os conhecimentos relacionados à nutrição das plantas somente
promoverão o desenvolvimento quando aplicados adequadamente pelos viveiristas. Para isso, deve-se entender
as necessidades nutricionais de cada estádio de crescimento das plantas, a fim de maximizar a produção. Desta
forma, é de fundamental importância identificar quais as melhores formas de adubações, e qual o manejo
empregado para que a produção de mudas de eucalipto seja economicamente viável dentro dos padrões e
particularidades dos viveiros comerciais.
Resultados encontrados por autores como Del Quiqui et al. (2004) que estudando os efeitos de
diferentes substratos acrescidos de fertilizantes na produção de mudas de eucalipto, concluíram que a utilização
de fontes de nutrientes de liberação lenta permitiu maior produção de matéria seca e maior acúmulo de nutrientes
na parte aérea em comparação com fontes de nutrientes de liberação rápida.
Trabalho realizado por Scopel et al. (2010) estudando a influência de adubações convencionais e
adubação com liberação lenta na produção de mudas de eucalipto, concluíram que os tratamentos com adubação
lenta tiveram os melhores resultados, em comparação com adubação NPK.
Neste sentido, a pesquisa para produção de mudas tem um papel importante no progresso da cultura
do eucalipto, pois possibilita ao plantio uma excelente adaptação inicial das mudas no campo, conferindo um
alto potencial de crescimento e com características desejáveis que conferem aceitação no mercado madeireiro.
Avaliar o desenvolvimento inicial das plântulas de Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e
Eucalyptus citriodora, submetidas a diferentes doses e disponibilidade de nutrientes sendo de liberação rápida
(NPK) e o produto comercial de liberação controlada (Osmocote), produzidas em tubetes.
MATERIAL E MÉTODOS
Localização do experimento
O experimento foi conduzido em ambiente protegido, pertencente ao Eng. Florestal Jurandi Daleffe,
localizado no município de Francisco Beltrão-PR, situada a 26°04’51’’ de latitude Sul e 53°03’18’’ de longitude
Oeste, apresentando a altitude média de 570 metros acima do nível do mar, o clima predominante de Francisco
Beltrão PR na Classificação de Köppen é Cfa.
Caracterização do experimento
Foi utilizado o delineamento experimenta blocos casualizados, envolvendo três espécies de eucalipto,
duas fontes de nutrientes e quatro doses, totalizando-se vinte e quatro tratamentos, com quatro repetições. Os
recipientes utilizados foram tubetes de polipropileno com capacidade de 55 cm3, de seção circular e forma
cônica. Para a cobertura da semente foi utilizado vermiculita para o total recobrimento da semente. As mudas
receberam em média, três irrigações diárias por meio de microaspersão.
O substrato utilizado foi o produto comercial que é constituído de casca de Pinnus decomposta, casca
de arroz carbonizada, vermiculita e perlita.
As três espécies semeadas foram Eucalyptus grandis, Eucalyptus citriodora e Eucalyptus dunnii,
sendo que todas doses respectivas de cada fertilizante foram incorporadas e homogeneizadas junto ao substrato,
antes da semeadura.
Os tratamentos utilizados estão detalhados na (Tabela 1), para o fertilizante capsulado de liberação
lenta com formulação (18-6-12), apresentando os micronutrientes em sua formulação: 3,8% de Ca, 1,5% de Mg,
3,0% S, 0,02% de B, 0,05% de Cu, 0,5% de Fe, 0,1% de Mn, 0,004% de Mo e 0,05% de Zn, nas doses de 0,0;
2,5; 5,0; 7,5 kg m-3 de substrato. Na adubação com fertilizante de liberação rápida NPK (6-30-6), mais
micronutrientes: 0,01% de Cu, 0,03% de Zn, nas doses de 0,0; 2,5; 5,0; 7,5 kg m-3 de substrato.
Tabela 1- Tratamentos utilizados na produção de mudas de (Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus citriodora), segundo as
respectivas fontes de nutrientes. Francisco Beltrão PR, 2012.
Table 1 - Treatments used in the production of seedlings (Eucalyptus grandis, Eucalyptus citriodora and Eucalyptus dunnii), according to the
sources of nutrients. Francisco Beltrão PR, 2012.
Tratamentos
Características de fornecimento e formulação (N-P-K)
Doses
1
Sem adubação (testemunha)
0,0 kg m-3 de substrato
2
Liberação Lenta (18-6-12)
2,5 kg m-3 de substrato
3
Liberação Lenta (18-6-12)
5,0 kg m-3 de substrato
4
Liberação Lenta (18-6-12)
7,5 kg m-3 de substrato
5
Pronta Disponibilidade (6-30-6)
2,5 kg m-3 de substrato
6
Pronta Disponibilidade (6-30-6)
5,0 kg m-3 de substrato
7
Pronta Disponibilidade (6-30-6)
7,5 kg m-3 de substrato
Caracteres avaliados
As mudas foram retiradas do viveiro e avaliadas 90 dias após a semeadura efetuando coletas das
amostras aleatoriamente, constituídas de cinco mudas por repetição, totalizando 20 mudas por tratamento,
visando à determinação dos seguintes parâmetros: sendo dois estimados no viveiro entre eles; estatura da parte
aérea (EP); diâmetro de colo (DC). E para os seguintes caracteres; massa seca da parte aérea (MSA); massa seca
do sistema radicular (MSR); massa seca total (MST); foram retiradas do viveiro e avaliadas em laboratório,
eliminando a umidade.
A estatura de planta (EP), foi encontrada a partir da medição com régua graduada, tomando-se como
padrão a gema apical. Para o diâmetro de colo (DC), fica como referência o colo da muda que foi medido com
paquímetro digital.
Para a obtenção da massa seca da parte aérea (MSA) e do sistema radicular (MSR), essas partes foram
acondicionadas, separadamente, em embalagens de papel, em estufa à temperatura de 65 ºC, com as embalagens
abertas, para facilitar a perda de umidade, após alcançar a massa constante foi retirada da estufa. As pesagens das
partes vegetativas foram realizadas em balança digital de precisão.
Análises dos dados
Os dados das variáveis avaliadas foram submetidos à análise de variância a 5% de probabilidade de
erro pelo teste F. Para os efeitos de doses, evidenciando a diferença significativa, foi aplicada a análise de
regressão sendo os modelos matemáticos escolhidos de acordo com as equações com melhores ajustes,
confirmados através dos maiores valores dos coeficientes de determinação (R²), pela significância dos
coeficientes de regressão e do teste t, ambos até 5% de probabilidade.
As análises em questão foram efetuadas com o auxilio do aplicativo computacional Genes (CRUZ,
2006), enquanto que a confecção dos gráficos foi procedida através do programa Sigmaplot 10.0 (SIGMAPLOT,
2002), sendo estes software liberado para comunidade cientifica.
RESULTADOS E DISCUÇÃO
Através da análise da variância (Tabela 2), verifica se que houve efeito significativo para os efeitos de
adubação e doses em todos os caracteres avaliados. Para o efeito de espécies, para as variáveis, massa seca da
parte aérea (EP), massa seca do sistema radicial (MSR) e massa seca total (MST) não apresentaram diferença
estatística pelo teste F, sendo que nas demais variáveis houve diferenças significativas (p<0,01). Também houve
interação entre adubo x doses para os caracteres avaliados. Sendo que para estatura de planta (EP), e diâmetro de
colo (DC), obteve-se interação tripla dos fatores adubo x doses x espécies, assim como relatado por Scopel et al.
(2010).
Tabela 2- Resumo da análise de variância, incluindo as fontes de variação, seus respectivo quadrados médios e significâncias, de três
espécies de (Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus citriodora), em função de duas fontes de nutrientes e quatro doses de
fertilizantes no período de setembro a dezembro de 2011. Francisco Beltrão PR, 2012.
Table 2 - Summary of analysis of variance, including the sources of variation, their respective mean squares and significance of three species
of (Eucalyptus grandis, Eucalyptus citriodora and Eucalyptus dunnii), according to two sources of nutrients and four doses of fertilizers in
the period from September to December 2011. Francisco Beltrão PR, 2012.
Quadrados médios
Fontes de
variação
G.L.
(B/E)/A
18
0.06
Adubos (A)
1
202.79
**
1.46
**
0.34
**
0.078
**
0.75
**
Doses (D)
3
278.81
**
1.99
**
0.44
**
0.081
**
0.89
**
0.002
ns
0.085
ns
EP (cm)
DC(mm)
MAS(g)
MSR(g)
MST(g)
0.003
0.003
0.002
0.004
Espécies (E)
2
6.16
**
0.05
**
0.062
ns
AxD
3
33.92
**
0.18
**
0.055
**
0.008
**
0.10
**
ExA
2
6.71
**
0.02
**
0.001
ns
0.004
ns
0.01
ns
0.005
ns
0.0007
ns
0.008
ns
0.002
ns
0.00009
ns
0.002
ns
ExD
6
2.68
ExAxD
6
1.13
Resíduo (Erro)
54
0.08
Total
95
**
**
0.02
0.006
0.002
**
*
0.003
0.001
0.005
Médias
8.04
1.16
0.25
0.11
0.36
C.V. (%)
3.56
4.20
22.19
31.92
19.65
**, * e ns: Significativo a 1%, 5% e não significativo pelo teste F, respectivamente; G.L. = Graus de liberdade, C.V. = Coeficiente de
variação; EP = Estatura de planta (em cm), DC = Diâmetro de colo (em mm), MSA = Massa seca da parte aérea (em g), MSR = Massa seca
do radicial (g), MST = Massa seca total (g). Francisco Beltrão PR, 2012.
Os tratamentos testados influenciaram de forma significativa nos caracteres avaliados, indicando que
os tratamentos surtiram diferenças contrastantes, que a resposta das espécies sobre diferentes fontes de nutrição e
doses é significativa, e estes atuam como promotor ou limitante ao desenvolvimento da cultura.
A estatura de planta e diâmetro do colo são importantes parâmetros de análise, pois plantas com
deficiência de nutrientes apresentam desenvolvimento insatisfatório, afetando diretamente o seu crescimento, e
por ser o principal parâmetro analisado na escolha da compra das mudas. A estatura da parte aérea e diâmetro do
colo fornecem uma excelente estimativa da predição do crescimento inicial no campo, são parâmetros de fácil
determinação não é um método destrutivo, além de sua medição ser muito simples (GOMES et al., 1991).
Os resultados encontrados apresentam uma curva de regressão linear simples (Figura 1),
demonstrando que Osmocote constituiu-se no mais influente entre os dois fertilizantes avaliados, sendo que, os
maiores valores para estatura de planta (EP) e diâmetro do colo (DC) foram obtidos com a presença do
Osmocote, e na maior dose estudada 7,5 kg m3, nas respectivas espécies de Eucalyptus grandis, Eucalyptus
dunnii e Eucalyptus citriodora, sendo esse fertilizante de liberação lenta, foi superior independente das doses
incorporadas no substrato.
Nas avaliações encontraram-se resultados positivos para adubação com Osmocote, tendo
superioridade em relação adubação com NPK, em todas as doses aplicadas e nas três respetivas espécies para o
parâmetro avaliado estatura de planta, isso implica na tese que adubações de liberação lenta não sofrem
lixiviação, podendo a planta então aproveitar-se disso e usufruir. Huett (1997) comprovou esta eficiência do
Osmocote observando que a lixiviação de nutrientes contidos neste fertilizante foi menor quando comparada ao
adubo solúvel.
Figura 1- Representação gráfica das análises e ajustes das equações de regressão para os parâmetros, diâmetro do colo (DC) e estatura de
planta (EP), em função das doses crescentes dos fertilizantes (Osmocote) e (NPK), das respectivas espécies de Eucalyptus grandis,
Eucalyptus dunnii e Eucalyptus citriodora) aos 90 dias após a semeadura. Francisco Beltrão, 2012.
Figure 1 - Graphical representation of the analysis and adjustment of the regression equations for the parameters, diameter (AD) and plant
height (EP) as a function of increasing doses of fertilizer (Osmocote) and (NPK), their species Eucalyptus grandis, Eucalyptus citriodora and
Eucalyptus dunnii) at 90 days after sowing. Francisco Beltrão, 2012.
Trabalho realizado por Scopel et al. (2010) estudando a influência de adubações convencionais e
adubação com liberação lenta na produção de mudas de Eucaliptus grandis, concluiu que os tratamentos com
Osmocote obtiveram a maior estatura de planta (EP) e diâmetro do colo (DC), em comparação a adubação com
NPK.
Na produção de mudas de Eucaliptus Globulus, Pezzutti et al. (1999), analisando o crescimento inicial
observou que o ponto máximo de estatura de planta (EP) e diâmetro do colo (DC), foi correspondente à dose de
7,0 Kg m-3, resultante da combinação de 60% de superfostato simples e 40% de Osmocote.
Moraes Neto et al. (2003), avaliando estatura de plantas (EP) e diâmetro do colo (DC), em Eucalyptus
grandis, Guazuma ulmifolia e Peltophorum dubium, obtiveram resultados similares com a utilização de
Osmocote na dose de 6,42 kg m-3 de substrato aos 90 dias após a semeadura.
Aguiar et al. (1989) ao testar diferentes componentes de substrato para a produção de mudas de
eucaliptos, verificou que ao estudar os substratos separadamente obteve mudas com média de altura de 14,3 cm e
com um diâmetro de colo de 1,89 mm aos 90 dias após a semeadura, sendo dessa forma uma média mais
aproximada do qual foi encontrada com o trabalho em estudo.
Scivittaro et al. (2004), em estudo semelhante, observaram que a elevação na dose de fertilizante de
liberação lenta promoveu aumento no diâmetro do caule, na produção de matéria seca da parte aérea e na
acumulação de NPK, Mg e B nas plantas de Trifoliata, sendo a melhor resposta obtida com a dose de 6 kg/m3.
A utilização de fertilizantes de liberação prolongada está sendo realizada com sucesso na produção de
mudas de outras espécies. Pereira et al. (2000), na produção de mudas de maracujazeiro-amarelo, testando
diferentes doses deste fertilizante, concluíram que a dose de Osmocote recomendada é de 8 kg m-3. Mendonça et
al. (2008) avaliando diferentes doses de Osmocote e ambientes para a produção de mudas de Tamarindeiro,
obtiveram resultados semelhantes para a estatura de plantas (EP), diâmetro do colo (DC), sendo a dose em torno
de 6,00 kg m-3 de substrato as que promoveram os melhores resultados.
Serrano et al. (2006) observaram resposta linear crescente para as características de estatura de planta,
área foliar, diâmetro e número de folhas, na produção de porta-enxerto cítrico limoeiro “cravo” (Citrus limonia)
ao testar diferentes doses de fertilizante de liberação controlada (1320, 2640, 3960 , 5280 e 6600 mg d m-3 de
Osmocote), cultivados em tubetes, contendo substrato a base de casca de Pinnus e vermiculita.
Para massa seca da parte aérea (MSA) e massa seca do sistema radicular (MSR), não houve diferenças
significativas nos tratamentos para o fator espécies (Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus
citriodora) (Tabela 2), já para fertilizantes x doses houve resultado positivo linear (P<0,01). Analisando a
(Figura 2), observa-se que foram alcançados pontos de máximo crescimento correspondentes às maiores doses
estudadas 7,5 Kg m-3, do fertilizante Osmocote, porém na fertilização com NPK houve reduzido incremento na
massa seca da parte aérea (MSA) e massa seca do sistema radicular (MSR), ainda assim tendo diferença entre as
doses aplicadas.
Figura 2- Representação gráfica das análises e ajustes das equações de regressão para os parâmetros, massa seca da parte aérea (MSA) e
massa seca do sistema radicular (MSR), em função das doses crescentes dos fertilizantes (Osmocote) e (NPK), das respectivas espécies de
Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus citriodora) aos 90 dias após a semeadura. Francisco Beltrão, 2012.
Figure 2 - Graphical representation of the analysis and adjustment of the regression equations for the parameters, shoot dry weight (MSA)
and root dry mass (RDM) as a function of increasing doses of fertilizer (Osmocote) and (NPK), the respective species of (Eucalyptus
grandis and Eucalyptus citriodora Eucalyptus dunnii) at 90 days after sowing. Francisco Beltran, 2012.
DEL QUIQUI et al. (2004) que estudando os efeitos de diferentes substratos acrescidos de
fertilizantes na produção de mudas de eucalipto, observou que a massa seca da parte aérea (MSA) e massa seca
do sistema radicular (MSR) das mudas de eucalipto das espécies Eucalyptus grandis e E. saligna não diferiu
entre si. No entanto, os valores foram significativamente superiores em relação à espécie Eucalyptus citriodora.
O autor concluiu que utilização de fontes de nutrientes de liberação lenta permitiu maior produção de matéria
seca e maior acúmulo de nutrientes na parte aérea das mudas em comparação com as formulações com iguais
teores de NPK, solúveis e com liberação rápida.
Mendonça et al. (2008) avaliando diferentes doses e ambientes para a produção de mudas de
Tamarindeiro, obteve a melhor resposta da massa seca da parte aérea e (MAS), massa seca do sistema radicular
(MSR), na dose de Osmocote de 8,89 kg m-3 do fertilizante.
Sgarbi et al. (1999) afirmaram que a aplicação de Osmocote (19-06-10) ao clone de Eucalyptus
urophylla proporcionou maior crescimento e maior massa seca da parte aérea (MAS) e massa seca do sistema
radicular (MSR), com dose de 3 kg.m3, de fertilizantes de liberação lenta ao substrato em relação à adubação
convencional. Yamanishi et al. (2004) constataram em mudas de mamoeiro com adição de Osmocote (14-14-14)
que apenas a massa radicular seca no híbrido Tainung respondeu à adição do fertilizante de liberação lenta.
Os resultados de massa seca da parte aérea (MSA), massa seca do sistema radicular (MSR), e com a
soma das duas encontrou-se a massa seca total (MST), para este trabalho a superioridade dos tratamentos de
liberação lenta, que devido as suas características permitiram para estas condições, uma nutrição mais adequada
para as mudas das espécies de em estudo.
Para espécies (Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus citriodora), os valores da análise
de variância resultaram em ausência de efeitos significativos (Tabela 2). Esse resultado indica não existir
diferenças significativas entre as espécies para massa seca total (MST). Em relação ao fertilizantes x doses,
houve resultado positivo linear (P<0,01). Analisando a (Figura 3), observa-se que foram alcançados resultados,
que apontam a massa seca total, foi influenciada sua resposta pelo fertilizante Osmocote, sendo que os pontos de
máximo crescimento corresponderam a doses de 7,5 Kg m-3, do adubo incorporado no substrato.
Figura 3- Representação gráfica das análises e ajustes das equações de regressão para os parâmetros, massa seca total (MST), em função das
doses crescentes dos fertilizantes (Osmocote) e (NPK), das respectivas espécies de Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus
citriodora) aos 90 dias após a semeadura. Francisco Beltrão, 2012.
Figure 3 - Graphical representation of the analysis and adjustment of the regression equations for the parameters, total dry matter (TDM) as a
function of increasing doses of fertilizer (Osmocote) and (NPK), the respective species of Eucalyptus grandis and Eucalyptus Eucalyptus
dunnii citriodora) at 90 days after sowing. Francisco Beltrão, 2012.
Os valores estimados de massa seca total (MST), do fertilizante Osmocote na dose de 7,5 Kg m-3 de
substrato, poderiam encontrar-se dentro dos valores aceitáveis para o plantio das mudas, mas deve considerar-se
que as condições experimentais e climáticas podem diferir de outras regiões e mesmo outros viveiros.
Estes resultados demonstraram que o melhor desenvolvimento das mudas deveu-se, principalmente,
ao período prolongado de disponibilidade dos elementos no substrato e a quantidade aplicada. Tanto para os
tratamentos de liberação lenta como os de pronta disponibilidade, as doses foram as mesmas. Porém, quando se
comparou os tratamentos com aqueles em que receberam Osmocote as quantidades aplicadas foram suficientes
para o desenvolvimento das mudas, apresentando resultados semelhantes aos de outros autores, indicando a
eficácia deste sistema de adubação para mudas.
De acordo RAIJ (1991), as curvas de resposta são fundamentais em estudos de fertilidade do solo e
adubação, para descrever os efeitos de nutrientes aplicados sobre as produções. Nas funções obtidas neste
trabalho, pode-se observar que, nas menores doses, os crescimentos foram inferiores, correspondendo a um
estado nutricional de sintoma de deficiência. Valeri et al. (2000), relata que na utilização de fertilizantes de
liberação lenta em temperaturas mais baixas, diminui a taxa de liberação desses nutrientes, fato esse que pode ter
interferido no crescimento das mudas, esse fato não ocorreu devido a época de semeadura ocorreu em setembro.
CONCLUSÕES
O crescimento em estatura de planta, diâmetro do colo, massa seca da parte aérea, massa seca do
sistema radicial e massa seca total das mudas das espécies de Eucalyptus grandis, Eucalyptus dunnii e
Eucalyptus citriodora, responderam positivamente à fertilização com Osmocote.
Quando não é aplicado fertilizante no substrato, as mudas apresentam um menor desenvolvimento
para todas as variáveis estudadas.
Para os caracteres avaliados massa seca da parte aérea, massa seca do sistema radicular e massa seca
total, não ocorreu diferença significativa entre espécies.
O Osmocote (18-6-12) pode ser recomendado para a formação de mudas de eucalipto, sendo as doses
de 7,5 kg.m-3, as que promoveram os melhores resultados, propiciando mudas com melhor vigor.
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