pressupostos teóricos filosófico

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pressupostos teóricos filosófico
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
COLÉGIO ESTADUAL BRÃO DE ANTONINA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
RIO NEGRO - PR
1
2 – IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA
ENTIDADE ESCOLAR.............................................................................................07
HISTÓRICO..............................................................................................................10
DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS POR TURMAS........................................................12
QUADRO ADMINISTRATIVO E ESPECIALISTAS – 2007.....................................14
DADOS DO CORPO DOCENTE..............................................................................15
Organização do Espaço Físico..
17
Infra-estrutura do Prédio......................................................
29
Relação de Ambientes..........................................................
20
Perfil da Comunidade.........................................................
21
3 – OBJETIVOS GERAIS.............................................................
22
4 – MARCO SITUACIONAL.....................................................................................25
ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA - APRENDIZAGEM.........25
Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários:....
27
Organização do Tempo escolar
28
................................................
Equipamentos Físicos e Pedagógicos.......................................
.31
Material Didático – Pedagógico
31
Relações de Trabalho na Escola
32
Participação dos pais
35
Contradições e conflitos presentes na prática docente.................
36
Critérios de organização e distribuição de turmas:......................
37
Organização da hora/atividade : Problemas e possibilidades:......
38
5 - MARCO CONCEITUAL
Concepção de Sociedade......................................................
40
Concepção de Homem..........................................................
41
2
Concepção de Educação
.......................................................
42
Concepção de Conhecimento....................................................
44
Concepção de Escola................................................................
44
Concepção de Ensino Aprendizagem
.................................
46
Concepção de Avaliação
......................................................
47
Concepção de Currículo
........................................................
53
Organização do tempo escolar...................................................
55
Educação Inclusiva.....................................................................
55
6. MARCO OPERACIONAL
Grandes Linhas de Ação
.......................................................
59
AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA...............
61
Diretrizes Para Avaliação Geral de Desempenho dos Docentes, Pedagogos e
Funcionários e Avaliação Institucional................................................
62
Ações relativas à Recuperação Paralela....................................
64
Organização do trabalho pedagógico e da prática docente a partir do Currículo
enquanto núcleo do PPP....................................................................
64
CALENDÁRIO ESCOLAR.........................................................
65
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.
66
REGIME ESCOLAR (REGULAMENTO INTERNO).................
71
MATRIZES CURRICULARES...................................................
72
PROPOSTA PEDAGÓGICA/CURRICULAR ...........................
80
ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................
80
LÍNGUA PORTUGUESA
.......................................................
80
ARTES.......................................................................................
93
EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................
104
3
MATEMÁTICA................................................................
121
CIÊNCIAS.......................................................................
134
HISTÓRIA.......................................................................
145
GEOGRAFIA....................................................................
157
ENSINO RELIGIOSO.........................................................
166
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
175
......................
ENSINO MÉDIO......................................................................................................188
LÍNGUA PORTUGUESA
.....................................................
188
ARTE ............................................................................
201
EDUCAÇÃO FÍSICA..........................................................
211
MATEMÁTICA..................................................................
221
FÍSICA............................................................................
238
QUÍMICA.......................................................................
248
BIOLOGIA.......................................................................
254
HISTÓRIA
265
................................................................
GEOGRAFIA ...................................................................
286
SOCIOLOGIA...................................................................
293
FILOSOFIA
299
....................................................................
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
.....................
311
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – INTEGRADO
BASE NACIONAL COMUM................................................
324
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA ............................
324
4
ARTE ............................................................................333
EDUCAÇÃO FÍSICA..........................................................342
MATEMÁTICA .................................................................349
FÍSICA...........................................................................354
QUÍMICA........................................................................360
BIOLOGIA.......................................................................366
HISTÓRIA.......................................................................370
GEOGRAFIA....................................................................386
DISCIPLINAS DA FORMAÇÃO ESPECÍFICA.........................394
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO.....................394
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO....................397
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO ..............404
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO ..............409
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL .............................................................................423
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL....427
TRABALHO PEDAGOGICO NA EDUCAÇAO INFANTIL ...........434
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.....................444
LITERATURA INFANTIL.....................................................451
METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E
ALFABETIZAÇÃO....................................................................456
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA.....................462
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTORIA.........................468
5
METODOLOGIA DE ENSINO DA GEOGRAFIA
......................472
METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS..........................478
METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE..............................492
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA .............503
PRÁTICA DE FORMAÇÃO / ESTÁGIO SUPERVISIONADO ......506
FORMAÇÃO DE DOCENTES – SUBSEQUENTE , COM APROVEITAMENTO
DE ESTUDOS.............................................515
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO.....................515
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO....................519
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO ...............526
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO..................530
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
..............................544
INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA
......................558
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
............................................................................560
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL.....564
POLÍTICA EDUCACIONAL.................................................567
TRABALHO PEDAGOGICO DA EDUCAÇAO INFANTIL ...........568
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.....................572
LITERATURA INFANTIL.....................................................576
METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E
ALFABETIZAÇÃO....................................................................580
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA.....................586
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTORIA..........................593
6
METODOLOGIA DE ENSINO DA GEOGRAFIA
......................595
METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS..........................598
METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE.................................612
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA .............615
PRÁTICA DE FORMAÇÃO / ESTÁGIO SUPERVISIONADO .......619
7 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP......................................625
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................626
PROJETOS A SEREM DESENVOLVIDOS......................................629
7
2 – IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA
ENTIDADE ESCOLAR
8
Estabelecimento: Colégio Estadual “Barão de Antonina” Ensino Fundamental,
Médio e Normal
Localização: Avenida Xavier da Silva, 606 Centro – Rio Negro – PR,
Fone/Fax: (47) 3642 – 0352 Email: [email protected]
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul – código 03
Código do Município na SEED – 2250
Código do Estabelecimento na SEED – 00026
Código do Estabelecimento no INEP 41142497
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Atos Oficiais referentes ao Colégio:
Ato de Autorização do Colégio: Decreto nº 2785/77 de 04/01/1977
Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº 0716/82 de. 12/03/1982
Ato de Reconhecimento do Curso do Ensino Fundamental: Resolução nº
0716/82 de. 12/03/1982
Ato de Reconhecimento do Curso do Ensino Médio: Resolução nº 1315/2000
de. 18/04/2000
Ato da renovação do reconhecimento do curso de Ensino Fundamental:
Resolução nº 1150/07 de 27/02/2007
Ato da renovação do reconhecimento do curso de Ensino Médio: Resolução nº
1149/07 de 27/02/2007
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Ato Administrativo nº
469/01 de 16/01/2001
9
Distância do Colégio ao NRE:distante 120Km do NREAM-Sul
10
HISTÓRICO
O Colégio Estadual Barão de Antonina – Ensino Fundamental Médio e
Normal, resultou da fusão do Grupo Escolar “Barão de Antonina” criado em 1912;
da Escola Normal Colegial Estadual “Margarida Kirchner” criada em 1958 e do
Colégio Comercial Estadual “Professor José Gribosi” criado em 1959. Houve a
reorganização pelo Decreto nº 2785 de 04/01/77 e a fusão propriamente dita em
1983.
Recebeu a denominação Colégio “Barão de Antonina”, em homenagem
a João da Silva Machado, o “Barão de Antonina”, fundador da cidade de Rio
Negro.
Manteve em seu currículo os cursos pré-primário, primeiro grau de 1ª a
4ª série e 2º grau técnico com as habilitações: Técnico em Magistério,
Secretariado e Técnico em Contabilidade, Auxiliar em Contabilidade e Assistente
de Administração.
O ensino de 1ª a 4ª série foi municipalizado através da Resolução
149/91 de 02/05/1991.
Os cursos de Secretariado e Assistente de Administração e foi cessado
através da Resolução 207/87.
Os cursos de Técnico em Magistério, Técnico em Contabilidade e
Auxiliar de Contabilidade tiveram cessação gradativa a partir do ano de 1996 pela
adesão ao PROEM – SEED, encerrando-se em 1999.
Diretores do Grupo Escolar Barão de Antonina
1912 – 1927: Antonio Tupy Pinheiro
1927 – 1945 : Margarida Kirchner
1945 – 1963 : Heredia Medeiros Ferreira
1963 – 1983 : Lídia Cominski Crema
Diretores da Escola Normal Secundária “Margarida Kirchner”
1958 – 1961 : Marian Niéte Schneider
1961 – 1962 : Eliza Grein Maitelli
1962 – 1981 : Maria José França Foohs
1982 – 1983 : Ada Cordeiro Maciel
Diretores do Curso de Contabilidade
1960 – 1961: Francisco José Gramlich
1961 – 1965 : Acary Juruá Stoeterau
1965 – 1969 : Acácio C. Borba Coelho
11
1969 – 1977 : Adalberto Mattos Ferreira
1977 – 1978 : Rubens de Campos Trovão
1978 – 1983 : Ada Cordeiro Maciel
Diretores Gerais:
1983 – 1985: Arildo Grabas
1986 – 1987 : Ary Siqueira
1988 – 1989 : Durceli C. Bold Linhares
1990 – 1993 : James Karson Valério
1993 – 1995 : Arildo Grabas
1996 – 2003 : Mauro César de Souza
2004 - ........ : Alessandro C. von Linsingen
Atualmente o Colégio Estadual Barão de Antonina oferta a Educação
Básica nas modalidades Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série e Ensino Médio –
Educação Geral, com as resoluções secretariais de reconhecimento Resolução
716/82 e Resolução 1315/2000 respectivamente. Possui desde 2004 o Curso de
Formação de Docentes nas Modalidades Subseqüente e Integrado no Período
Noturno, com processo de Autorização Nº 590/05 e a partir de 2006 oferece esse
curso também no período diurno na Modalidade Integrada.
A partir de 2006 conta com a Sala de recursos atendendo
aproximadamente 24 alunos, sendo a regência desta sala conduzida por
profissional devidamente habilitado e concursado. Também contamos com o
funcionamento da sala de Apoio onde os alunos têm atendimento nas disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática .
Atende um total de 832 alunos, sendo 388 do Ensino Fundamental e
305 do Ensino Médio, e 139 alunos no Curso de Formação de Docentes assim
distribuídos:
12
DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS POR TURMAS
Período
Curso
Ensino
Funda
mental
/
Matutino
Vespertino
Série Turmas Alunos
Turmas
Alunos
Noturno
Turmas
Alunos
-
-
5ª série
01
37
02
76
6ª série
01
45
02
66
-
-
7ª série
01
43
01
34
-
-
8ª série
01
44
02
43
-
-
1ª série
02
87
01
34
01
15
2ª série
02
78
01
14
01
06
02
58
01
06
01
17
-
-
-
-
01
35
-
-
-
-
-
-
Ensin
o
Médio
–
Educaç
ão
Geral
3ª série
Educ.Pr
ofis.Org.Se
mestral
1ª série
Sub
seqüent
e
4ª Série
Sub
seqüent
e
13
Educ
1ª Série
ação Integrada
Profis
.Org.A
nual
2ª série
integrada
4ª
1
1
41
1
22
37
série
integrad
a
1
04
O Estabelecimento possui os funcionários, equipe administrativa e Equipe
Pedagógica atuando nos horários descritos a seguir, sendo que o número de
pessoas foi calculado conforme o número de alunos no período.
Quanto ao Corpo Docente, conta com profissionais, 100% formados a
nível de Ensino Superior (apenas uma professora substituta é acadêmica) sendo
que 80% destes são Pós Graduados, todos devidamente habilitados e
enquadrados em suas áreas.
14
QUADRO ADMINISTRATIVO E ESPECIALISTAS – 2007
FUNÇÃO
Diretor Geral
NOME
ALESSANDRO C. VON
LINSINGEN
Diretora Auxiliar
LUCIANA SOUZA
SGUERRE
Secretário Geral
JULIANO MARTINS
Equipe
Pedagógica
Equipe
Pedagógica
Equipe
Pedagógica
Equipe
Pedagógica
Apoio Téc.
Admin.
Apoio Téc.
Admin.
Apoio Téc.
Admin.
Apoio Téc.
Admin.
Apoio Téc.
Admin.
Apoio Téc.
Admin.
Apoio Téc.
Admin.
Bibliotecária
Aux. de Serviços
Ger.
Aux. de Serviços
Ger.
Aux. de Serviços
Ger.
Aux. de Serviços
Ger.
Aux. de Serviços
Ger.
Aux. de Serviços
Ger.
Aux. de Serviços
Ger.
PERÍODO ESCOLARIDADE
Ensino Superior – Educação
M/V
Física
V/N
Ensino Superior – Ciências
Sociais
M/V
ELIANE TCHOEKE LIEBL
V
Ensino Superior- Informática
Empresarial
Ensino Superior – Pedagogia
KAREY SCHMIDT
JURGENSEN
VERA MARIA PFEFFER
SCHELBAUER
LAUGENICE APª
GERBER RIBEIRO
DINACIR CATARINA P.
DOS ANJOS
LAÉRCIO EVANGELISTA
M
Ensino Superior – Pedagogia
M/V
Ensino Superior – Pedagogia
N
Ensino Superior – Pedagogia
V/N
2º Grau – Técnico em
Contabilidade
M
2º Grau – Técnico em
Contabilidade
Ensino Médio
ADÃO GENILTON
KOTLEVSKI
JANETE VIEIRA
M/V
V
Ensino Superior – Ciências
MARILIA BENINCA
M
Ensino Superior – Letras
MARLEI CIOLA
N
Ensino Superior -
NILSON ANTONIO
PAIZANI
ROSANE RAUEN
ADIR JORGE DE
CAMARGO
CELSO CLOVIS
MILCHESKI
DIRCE DE L. DA
SILVEIRA LIMA
LOTILDE CARVALHO
M/V
Ensino Superior – Letras
M/V
V/N
Ensino Superior - História
SOILI TEREZINHA
LOURENCO
VERA APARECIDA
SILVEIRA DE LIMA
ZENI DE JESUS
MOREIRA
M/V
M/V
M/V
M/V
Ensino Superior
M/V
M/V
15
Dados do Corpo Docente
Professores
1. ADALCI SEWCZUK
2. ADEMAR FLAVIO ALEXANDRE
3. ADILES JUSVIACK
4. ANDERSON TESSARO
5. ANGELINA GRAZIELA
MACHADO
6. ARLETE MARIA DIDONE
7. ARY SIQUEIRA
8. DINALVA DO ROCIO GOMES
ANGULSKI
9. EDER GIELGEN
10. EDSON LUIZ NIZER
11. ELFRIDE SOMMER
12. EMERSON WILSON DE
OLIVEIRA
13. ESTELA MARIA S. Z.
FERNANDES
14. EZIDIO ZALUTZSKI
15. GILDA LUIZA FERNANDES
DINIZ
16. GISELE VIRGINIA BECKER DE
OLIVEIRA
17. GISLANIA HACK RUTHES
18. GRISELDIS FRITSCH THIEM
19. HOMERO SANTOS PAIN
20. ILKA MARIA DA COSTA KALIL
21. ISAMARA MAYER BRAZ WOLF
22. JACIEL SEBASTIAO ALVES DA
SILVA
Formação Inicial
Ensino Superior
Geografia
Ensino Superior
Ciências/Matemátic
a
Ensino Superior
Pedagogia
Ensino Superior
Geografia
Ensino Superior
Letras
Ensino Superior
Pedagogia
Ensino Superior
Matemática Física
Ensino Superior
Pedagogia
Ensino Superior
Ed. Física
Ensino Superior
Matemática
Ensino Superior
Letras
Ensino Superior
Biologia
Ensino Superior
Artes
Ensino Superior
História
Ensino Superior
Geografia/Artes
Ensino Superior
Pedagogia
Ensino Superior
Química
Ensino Superior
Letras
Ensino Superior
História
Ensino Superior
Artes
Ensino Superior
Ciências
Ensino Superior
Química
Maior Graduação
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
LICENCIATURA PLENA
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
LICENCIATURA PLENA
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
16
23. JADIR DE OLIVEIRA
24. JOSE MOACIR VALERIO
25. JUSSARA MARTINS
26. LUCIANA SOUZA SGUERRE
27. MÁCIA APARECIDA MAYER
28. MARCIA NOVAK
29. MARCIA REGINA T.
MARCINICHEN KNOP
30. MARIA CRISTINA
WICHINHESKI
31. MARIA AMABILI MARIOT
ANGULSKI
32. MARIA HELENA FERREIRA
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Filosofia
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Matemática
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Pedagogia
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Ciências Sociais
Ensino Superior LICENCIATURA PLENA
História
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Letras
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Letras/ Pedagogia
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Letras
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Matemática
33. MARIA RENATE RIBAS
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Letras
34. MARILDA REGINA PAISANI
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
PEREIRA
Letras
35. MARISA CONTE SCHELBAUER Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Geografia
36. MAURO CESAR DE SOUZA
Ensino Superior LICENCIATURA PLENA
Ed. Física
37. MARCOS GERMANO
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
DEGENHARDT
Física
38. OCIMAR LUIZ KVITSCHAL
Ensino Superior LICENCIATURA PLENA
História
39. REGINA CÉLIA S. MENDES
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Pedagogia
40. ROBERTO CARLOS
Ensino Superior
MESTRADO
Biologia
41. ROSANE NEUNDORF VILLA
Ensino Superior LICENCIATURA PLENA
LOBOS
Geografia
42. SCHEILA MARIE FERREIRA
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Letras
43. SILMARA DE FÁTIMA ALVES
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Matemática
44. SILENE MARIA AUGUSTIN
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
Ed. Física
45. TÂNIA MARA NIZER
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Pedagogia/ Química
46. VANESSA VICHINHESKI DE
Acadêmica
NÃO LICENCIADA
LIMA
47. VERA Mª PFEFFER
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
17
SCHELBAUER
48. VILSON CORREA
49. VIVIANE ANA KOPPE
PORTELLA
Ciências/Pedagogi
a
Ensino Superior
Biologia
Ensino Superior
Letras
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
Organização do Espaço Físico
O Colégio é construído em dois pavimentos e está em boas condições de uso
porém, não é adaptado para cadeirantes.
A área total do terreno é de 10.946,64m2, sendo 2.896,89m2 ocupado pela
área construída e 8,049,75m2 de área livre. Possui área coberta, cancha polivalente
sem cobertura, quadra de areia, uma quadra polivalente coberta e uma cozinha em
boas condições.
O colégio possui 12 salas de aula medindo aproximadamente 50m 2 cada uma
delas; uma biblioteca medindo 90,88m2. um Laboratório de Informática com 20
monitores e 05 cpus, do Programa Paraná Digital,estes sendo utilizados pelos
professores.
Uma sala de Direção com 17,50m2, secretaria, sala de professores com 2
banheiros, A Equipe Pedagógica provisoriamente está instalada em 2 salas com
aproximadamente 12m².
O Colégio possui um Salão Nobre em precárias condições de uso o qual já
existe um projeto na Fundepar para sua recuperação.
O Colégio possui ainda banheiros masculino e feminino com oito sanitários
cada, equipados com torneiras, e chuveiro, 2 bebedouros com água gelada.
Todas as salas de aula estão equipadas com ventiladores de teto e cadeiras
e carteiras em cada sala, possuindo também mesas para o professor.
As demais dependências também possuem móveis em bom estado de uso.
Sala de professores
A sala de professores é utilizada como um espaço pedagógico, de
planejamento e estudos, onde os professores têm à sua disposição, uma TV com
antena parabólica, vídeo cassete, onde podem ser gravados programas de
interesse às suas aulas, ou assistir a matérias que atualizem os conhecimentos,
com a descobertas científicas, também são colocados à disposição, livros das
diversas áreas para consulta e pesquisas que podem ser usados como subsídios
para sua prática pedagógica.
Também existe um microcomputador com acesso à internet onde os
professores podem acessar áreas de interesse, planejar suas aulas, etc.
Além disso, é nesse espaço que a Equipe Pedagógica faz as orientações,
discussões para o aprimoramento constante do trabalho.
Biblioteca
A Biblioteca do Colégio Barão conta com cerca de 5500 exemplares de livros
das mais variadas áreas do conhecimento. Alguns desses livros por fazerem parte
18
do acervo da escola há mais de 50 anos, se encontram em defasagem, em função
dos avanços tecnológicos e ampliação das conquistas da ciência. Para minimizar os
efeitos desta defasagem, a Direção busca constantemente atualizar o acervo com
as verbas do Fundo Rotativo, Campanha de doação de livros, assinatura de revista/
periódicos, ou mesmo disponibiliza acesso à internet através de um micro
computador instalado na Biblioteca para pesquisa. Assim, o espaço da biblioteca é
democratizado garantindo acesso a todos os alunos e comunidade escolar,
respeitados o regulamento próprio. Funciona com sistema de empréstimo mediante
carteirinha de usuário e adota a catalogação simplificada .
É um espaço preferentemente de leitura, produções e pesquisas, embora
existam dificuldades para acomodar turmas numerosas, sendo necessário às vezes
improvisações de espaço, como no pátio, ou na própria sala de aula.
Pátios
A área externa da escola ( pátio ) necessita de adequações, principalmente
em função de ser um espaço muito grande com diversas barreiras arquitetônicas
( escadas, muros, rampas, etc) gerando dificuldades no controle e supervisão dos
alunos por parte do Inspetor Escolar, pois muitas vezes “se escondem “ entre os
blocos de construção.
Existem projetos de paisagismo e jardinagem já sendo implementados, com
plantio e manutenção de árvores nativas e exóticas, na sua maioria florísticas para
o embelezamento da escola, cultivo de flores de época mantidos nos canteiros,
organização da horta com plantios permanentes através de hortaliças e legumes de
época. A colocação de bancos, mesas com demarcações de “xadrez”, “dama” e
“trilha” ainda estão em projeto, a serem utilizados em horários alternativos,
constantes nesta Proposta .
Laboratórios
O laboratório de Informática conta com 22 computadores e acesso a Internet
e está em processo de adequação ao Programa Paraná Digital e 1 impressora.
Nesse espaço os alunos podem fazer uso pedagógico dos equipamentos
direcionados pelos professores, e em período contrário às aulas podem realizar
trabalhos, acessar blogs, e-mails, messenger, etc.
Conforme disponibilidade dos equipamentos, a comunidade escolar também
pode ter acesso, respeitando as normas internas do laboratório.
O laboratório de Química, Física e Biologia é inexistente, os equipamentos do
Laboratório são utilizados como recurso pedagógico na própria sala de aula .
Existem projetos em tramitação ( já autorizados, e aguardando licitação) na
Fundepar para a reformulação do espaço escolar, com adequação da parte
Administrativa da escola; a Secretaria( com acesso facilitado ao público, pois hoje é
no 2º pavimento), construção do Laboratório de Física, Química e Biologia, e
eliminação das barreiras arquitetônicas para acesso a cadeirantes.
Infra-estrutura do Prédio
Ano de Construção:
1995
19
Projeto Padrão:
Quantidade de Blocos:
Projeto:
Construída:
Terreno:
Especial
3
1.200,00 m²
1.916,00 m²
7.078,13 m²
Proteção do Terreno
Proteção de Alvenaria:
100.00 %
Infra-estrutura
Acesso para Deficiente:
Banheiro para Deficiente:
Calçada de Passeio:
Meio-fio:
Estacionamento:
Para raio:
Cisterna:
Reservatório de Água:
Central GLP:
Uso Adequado para Central GLP:
Rede Telefônica:
Não
Não
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Não
Sim
Tipo de Rede de Esgoto:
Tipo de Abastecimento de Água:
Tipo de Entrada de Energia:
Rede Pública
Rede Pública
Rede Trifásica – 100A
Distância do Ponto de Transporte Coletivo: Menos de 500 metros
Tipo de Via de Acesso:
Pedra Irregular
Situação do Equipamento de Incêndio:
Não Existente
Relação de Ambientes
Uso do Ambiente
Bloco
Comprimento
Largura
Área
(m2)
Almoxarifado
2
9,53
3,45
32,87
Área de Circulação Coberta
2
5,50
2,60
14,30
Área de Circulação Coberta
2
39,26
2,25
88,33
Área de Circulação Coberta
2
14,00
1,50
21,00
Área de Circulação Coberta
2
5,50
2,60
14,30
Área de Circulação Coberta
2
39,26
2,25
88,33
Área de Serviços
2
3,60
2,00
7,20
Auditório/Teatro
Biblioteca
4
21,90
10,80
236,52
2
10,90
8,90
97,01
20
Cantina comercial
Cozinha
Depósito de Material
Depósito de Material
2
2
2
3
3,45
7,35
3,83
1,95
1,50
3,38
2,25
1,65
5,17
24,84
8,61
3,21
Depósito de Merenda
2
3,70
3,60
13,32
Depósito Material de Limpeza
2
3,60
2,00
7,20
Depósito Material de Limpeza
2
2,20
1,65
3,63
Hall
Outros
Outros
Pátio Coberto
2
3,60
3,45
12,42
Sala de Arquivo
2
2
2
2
5,40
5,53
17,60
3,63
5,05
2,65
9,19
2,25
27,27
14,65
161,74
8,16
Sala de Educação Física
2
3,70
3,65
13,50
Sala de Prof/func com WC
2
6,08
3,35
20,36
Sala do Diretor
2
4,13
3,45
14,24
Sanitário de Aluno – Feminino
2
6,00
5,05
30,30
Sanitário de Aluno – Feminino
4
5,30
4,50
23,85
Sanitário de Aluno – Masculino
2
6,00
5,05
30,30
Sanitário de Aluno – Masculino
4
5,30
4,50
23,85
Salas de aula
2
12
Ambientes Esportivos
Tipo
Ambiente
Esportivo
Quadra
1
Quadra Coberta1
Bloco
Comprimento Largura
1
1
30,00
30,00
18,00
18,00
Perfil da Comunidade
Através de questionário formulado pela equipe de elaboração do PPP
composta por representantes de todos os segmentos da Escola, diagnosticou-se a
Comunidade Escolar, como tendo as seguintes características:
A clientela é bem diversificada social, cultura, étnica e economicamente,
repercutindo na visão heterogênea de educação tanto do aluno como da família. O
envolvimento e participação mais efetivos são de famílias com maior grau de
instrução e esclarecimento sobre educação, desenvolvimento e cidadania.
21
Das respostas obtidas, 40% dos alunos são oriundos da Zona Rural e 60%
da Zona Urbana. Moram em sua maioria com pai e mãe, mas percebe-se uma
grande incidência de desagregação conjugal e descomprometimento de
responsabilidades definidas sobre a prole vindo a refletir em problemas sociais de
convívio e valores na escola.
A renda média das famílias que compõe a comunidade escolar é de meio
salário mínimo (26%), 1 a 3 salários mínimos (46%); outros de 3 a 5 salários
mínimos (21%) e o restante com renda superior.
No âmbito das relações entre escola e comunidade, apesar das várias
atividades organizadas a nível escolar, conclui-se que há pouco envolvimento e
comprometimento da comunidade e dos próprios alunos com a escola. Os pais
visitam a escola, para acompanhamento do rendimento escolar, mas desconhecem
o funcionamento do sistema de ensino.
Os horários das aulas são organizados com 5 aulas por turno nos
períodos: matutino, vespertino e noturno, obedecendo a Matriz Curricular de cada
Modalidade de Ensino, e as disciplinas são distribuídas e supervisionados pela
Equipe Pedagógica, de acordo com a Proposta Pedagógica vigente.
22
3 – OBJETIVOS GERAIS
23
O Colégio Estadual Barão de Antonina Ensino Fundamental, Médio e Normal
tem por finalidade, atendendo ao Disposto nas Constituições Federal, Estadual e
demais diretrizes emanadas da SEED-PR ministrar o Ensino Fundamental
(correspondentes à 5ª a 8ªséries ) e o Ensino Médio, observada a legislação e
normas especificamente aplicáveis;
O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante:
I.
o desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II.
a compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos
espaços e das relações socioeconômicas e políticas, da
tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios em que se
fundamentam as sociedades;
III.
o fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das
relações em que se assenta a vida social;
IV.
a valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações
com os contextos nacional/global;
V.
o respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação
sexual, de credo, de ideologia e de condição socioeconômica;
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de
três anos, tem como finalidade:
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. a formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo
em que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à
sua transformação;
III. o aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética,
autonomia intelectual e pensamento crítico;
IV. a compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas
dimensões filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas
diferentes disciplinas;
A Educação Profissional, em nível médio, desenvolvida de forma integrada
ao Ensino Médio visa a formação humana para apreensão dos conhecimentos
sócio-históricos, científicos e tecnológicos e tem como finalidade:
I. articulação com a Educação básica;
II. o trabalho como princípio educativo;
III. integração com o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia;
IV. estímulo à educação permanente e contínua
24
V. O objetivo principal do Curso de Formação de Docentes l, consiste em
fornecer uma educação que tenha o trabalho como princípio educativo, que
considere o homem em sua totalidade histórica e articule o trabalho manual
e intelectual, integrando-o ao Ensino Médio, formando pessoas que
compreendam a realidade e possam atuar como profissionais.
25
4 – MARCO SITUACIONAL
26
Análise dos dados estatísticos da Escola - Aprendizagem
Rendimento/Movimento Escolar – Ano 2004
Fonte: SERE/ABC
Data: 11/03/2005
Ensino
Fundamental
Médio
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
88,60%
10,00%
77,00%
5,80%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
1,40%
17,20%
Rendimento/Movimento Escolar – Ano 2005
Fonte: SERE/ABC
Data: 26/02/2006
Ensino
Fundamental
Médio
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
74,30%
21,00%
72,60%
16,80%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
4,70%
10,60%
Percebe-se uma grande modificação de desempenho entre os anos de 2004
e 2005, tanto nas taxas de aprovação e reprovação quanto nas taxas de abandono.
No Ensino Fundamental, e no Médio houve uma diminuição da taxa de aprovação e
consequentemente, aumento na taxa de reprovação.
Em nossa análise isso se deve a diversos fatores descritos a seguir:
-
Aumento da média de 5,0 para 6,0 - principalmente para os alunos do Ensino
Fundamental, que vinham de um Sistema Ciclado, sem reprovações, onde já se
percebiam em outros anos a grande dificuldade de adaptação às avaliações
formais e maior exigência de autonomia acadêmica.
-
Percebeu-se também a fragilidade de uma instituição quando mudanças na
visão teórica projetam bons resultados e na práxis existe uma complexidade
maior de fatores que geram resultados não previsíveis. No caso da mudança da
média mínima de aprovação de 5,0 para 6,0; o impacto foi bem maior nos
índices de reprovação do que se previa na escola. Constatou-se que não havia
consciência da dimensão dessa mudança nos resultados finais nem por alunos,
nem por pais e nem por professores. Foi um reflexo da dicotomia teoria/prática e
que a escola vêm desenvolvendo um trabalho desde 2006, também trabalhando
para resultados diferentes e mudança de quadro estatístico neste aspecto.
27
-
Rotatividade de professores que entraram com mais frequência
em licenças
(especiais e médicas ) em especial
em 2005, causando quebras de
metodologias, critérios de avaliação e cujos alunos, não conseguiam adaptar-se
pelo curto período de docência, fator este que a escola está tomando mais
cuidado desde 2006, de forma a não gerar tanta instabilidade, especialmente
nas mudanças geradas por licenças especiais.
-
Vinda de novos professores que foram enquadrados pelo último Concurso ao
longo de todo o ano letivo de 2005, além da grande rotatividade de professores e
que não conheciam a Proposta Pedagógica da Escola, cuja reformulação estava
também sendo construída. A escola está articulando de forma mais estreita essa
situação com os professores que ingressaram em 2006 no quadro de docentes,
para que o trabalho pedagógico se faça nas concepções construídas por ela até
então.
-
Falta de Pessoal Técnico (Equipe Pedagógica ) que ao final do ano de 2005
ficou reduzida a 40 horas, para atendimento de mais de 700 alunos em 3 turnos.
A partir de 2006 o quadro está mais completo, facilitando a mediação e
articulação entre todos ao pontos colocados nesta análise.
− Em relação à taxa de abandono, percebeu-se um aumento no Ensino
Fundamental e uma diminuição no Ensino Médio.
− Os dados dos anos anteriores não foram considerados por estarem muito
próximos aos resultados de 2004. Os dados do SAEB não foram analisados por
não ter sido recebido dados oficiais da última avaliação. Com relação aos dados
da IDEB de 2005, temos um índice relativamente baixo, tanto no desempenho
dos alunos como nos índices de aprovação. Estes dados precisam ser
revertidos.
-
Quanto aos dados de evasão no Ensino fundamental percebe-se que ela se
concentrou no período vespertino, onde coincidentemente a demanda vem
aumentando nos últimos anos.
-
Analisando os prováveis fatores que evidenciam esses índices levantou-se
questões familiares, de saúde e sociais onde constatou-se que esses alunos
vem de família desestruturada, alguns com passagem e acompanhamento do
Conselho Tutelar
Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários:
O Colégio Estadual “Barão de Antonina”, por primar pela qualidade do ensino
nele ministrado e, por entender que o principal agente da qualidade é o professor,
sempre articula com seu grupo formas de viabilizar o aperfeiçoamento e
capacitação de seu quadro.
Assim, todas as ações planejadas, desde reuniões pedagógicas periódicas,
bem como grupos de estudos internos, e grupos de estudos em forma de cursos
com certificados de capacitação são oferecidos anualmente pelo Colégio. Também
a divulgação e incentivos constantes para participação em cursos seminários
ofertados a nível de Estado, são efetivados. A participação em Seminário de
Educação inclusive o que o município anualmente realiza, são incentivados e
programados para que todos participem.
28
A Escola acredita que é pela atualização que o aperfeiçoamento perpassa,
onde reflexões, decisões e sedimentações de metodologias e avaliações se
efetivam e repercutem em mudanças de posturas na práxis da educação. Entendese que não é a teoria por ela mesma e nem a prática por si só que farão acontecer
uma escola para a vida onde o saber sistematizado e o uso da melhor forma
possível deste, levarão à construção da cidadania de fato.
Portanto a base das discussões e das intenções é unir o conhecimento
teórico à contextualização, pois a escola precisa ser dinâmica e mais do que
qualquer outra instituição estar atualizada no modo de utilizar os conhecimentos
produzidos pela sociedade assim como selecionar os que dão suporte mais
concreto à busca dos demais que se utilizarão no decorrer da vida.
A nível de graduação o quadro de pessoal é todo capacitado nas suas áreas,
onde a escola entra com papel fundamental de incentivador para especializações
nas áreas afins ou de interesse de cada profissional. Na medida em que
financeiramente o profissional consegue se organizar tem feito e estão fazendo
cursos a nível de pós graduação, vindo a escola agregar qualidade no ensino que
oferta.
Através de seus profissionais, sempre amplia visões e conceitos
principalmente sobre o ser humano, seu desenvolvimento suas características e
particularidades, seus anseios, angústias e necessidades e a nível pedagógico,
estas questões, são fundamentais quando mais aprofundadas e definidas para se
desempenhar a função do ato de ensinar tendo-se claro o tipo de cidadão que se
quer formar.
O grupo de professores solicita à SEED ou NREAM-Sul, possibilitar aos
professores aperfeiçoamentos por escolha. Exemplo: Curso de Línguas, além dos já
oferecidos independente de áreas, disponibilizando recursos ou bolsas, pois o
profissional não dispõe desses recursos diante da demanda que exige o custo de
vida atual. Ressalta-se que, se o profissional estiver melhor capacitado, melhor
desempenho profissional também, e ainda, estará mais incentivado, determinado,
sentindo-se mais realizado.
Organização do Tempo escolar
A organização do calendário escolar e distribuição de aulas semanais
são de acordo com a carga horária anual. A disposição dos horários é adequada
à comunidade escolar.
29
Os horários das aulas em cada período são:
Manhã
07:30h – 08:20h : 1ª aula
08:20h – 09:10h : 2ª aula
09:10h – 10:00h : 3ª aula
10:00h – 10.15h : intervalo
10:15h – 11:05h : 4ª aula
11:05h – 11:55h : 5ª aula
Tarde
13:00h – 13.50h : 1ª aula
13:50h – 14:40h : 2ª aula
14:40h – 15:30h : 3ª aula
15:30h – 15:45h : intervalo
15:45h – 16:35h : 4ª aula
16:35h – 17:15h : 5ª aula
Noite
18:50h – 19:40h : 1ª aula
19:40h – 20:30h : 2ª aula
20:30h – 21:20h : 3ª aula
21:20h – 21:30h : intervalo
21:30h – 22:20h : 4ª aula
22:20h – 23:10h : 5ª aula
30
Equipamentos Físicos e Pedagógicos
Descrição do Material
ANTENA PARABOLICA
EPISCÓPIO
APARELHO DE DVD
RETROPROJETOR
TELEVISOR A CORES 20"
TELEVISOR A CORES 29"
TELEVISOR A CORES 21" – FUNDEF
VIDEO CASSETE 4 CABECA CINERAL
VIDEO CASSETE 5 CABECAS-FUNDEF
APARELHO DE SOM COM CD
SUPORTE PARA VIDEO E TV
BATEDEIRA SEMI-IND.12LTS.FUNDE
FOGAO A GAS COM 6 BOCAS-PROEM
FOGAO SEMI-IND. 4 BOCA E FORNO
FREEZER HORIZ.152 LITROS USADO
FREEZER 300 LITROS – PLC
LIQUIDIFICADOR IND. CAP. 4 LTS
BOTIJAO DE GAS VAZIO CAP.13 KG
ESTANTE METALICA SIMPLES
MAQ. ESC. ELETRONICA OLIVETTI
IMPRESSORA JATO TINTA
MICROCOMPUTADOR
MONITOR 14" GLOBO TERRESTRE FISICO
GLOBO TERRESTRE POLITICO
LEIS DE HOM
CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1
CONJ.MOV.CINEMATICA E DINAMICA
CONJUNTO DE TERMOLOGIA
CONJUNTOS DE OTICA E ONDAS
MESA ESCRIVANINHA C/2 GAVETAS
CARTEIRA DO PROFESSOR VERDE
MESA DE LEITURA E BIBLIOTECA
MESA DE REUNIAO MOD. MR-FMI-1
ARMARIO ACO 2 PORTAS
MESA DE COPA - PROEM
Quantidade
1
1
1
2
2
1
1
2
1
3
2
1
1
1
1
1
1
6
2
1
4
10
10
1
1
1
13
1
1
1
1
12
15
1
15
1
Material Didático – Pedagógico:
O Colégio possui em seu acervo, disponível para o corpo docente e alunos,
02 kits Construção Geométrica para Professor – em madeira contendo: transferidor,
compasso, régua, esquadros 45º e 30º, 01 planetário 220V com encarte sistema
solar, 02 Microscópio óptico, 10 Ábacos em madeira; 05 caixas com disco de
frações com 24 peças cada; 10 Caixa tangran, com 10 tangrans cada; 10 Caixa
Dominó divisão com 28 peças cada; 10 Caixa Dominó Adição com 28 peças cada;
10 Caixas Dominó Subtração com 28 peças cada; 10 Caixas Dominó Multiplicação
31
com 28 peças cada; 01 Caixa Barras e Medidas com 110 peças; 02 Caixas Bloco
Lógico com 48 peças cada, 01 Caixa Sólidos Geométricos com 11 peças; 01 Dorso
Bissexual 60cm; 01 Caixas de Medidas de Tempo contendo 02 relógios
despertadores à corda; 07 Quadros para Relógio; 06 Caixas com Réguas de
Frações de até 10 divisões; 01 Saco de números e sinais de Matemática com 40
peças; 03 Encartes com 20 módulos cada, de moldes geométricos; 50 fitas de vídeo
de Fundação Roberto Marinho para o Ensino Médio e 25 para o Ensino
Fundamental envolvendo diferentes disciplinas, 10 fitas da História da Arte, 5 fitas
de Educação Física, 3 kits multimídia( áreas de Ciência )
Os equipamentos como os materiais didáticos-pedagógicos estão em boas
condições de uso e também estão a disposição permanentemente de todos os
professores do estabelecimento de ensino.
Relações de Trabalho na Escola
A relação de trabalho na escola é boa. Na medida do possível o diálogo
sempre está presente entre direção, professores, funcionários, pais e alunos.
Existem instâncias diferentes as quais interagem com as demais e desempenham
sua função específica.
Os professores, no geral, sugeriram neste item que:
Deverá a Equipe de Direção e ainda Organização Pedagógica, serem
representação de tudo aquilo que é determinado ao aluno como boa conduta,
direitos e obrigações, tais como:
-
o não uso de tabagismo nas dependências da escola;
-
cumprimento de horários corretamente;
-
uso de um “uniforme”;
-
bom humor e determinação;
-
busca de alternativas para problemas corriqueiros;
-
pensar e criar alternativas para aplicabilidade de conteúdos e busca de interesse
de alunos, como participação de feiras, amostras, concursos, mudanças na
escola, etc.
-
flexibilização do horário da Biblioteca e Orientação Pedagógica para o uso dos
alunos, pais e professores, antes do horário regulamentar e recreios;
-
quando necessário, agendar para atender em turnos alternativos
-
organização do páteo da escola: limpeza, jardinagem, bancos.
I - Gestão Democrática O Colégio Estadual “Barão de Antonina“ - Ensino
Fundamental, Médio e Normal, segundo seu Regimento Escolar tem como base de
sua gestão administrativa – pedagógica, a participação de toda a comunidade
escolar através de seus órgãos colegiados com representação igualitária seguindo
os princípios constitucionais e legais.
Seus Diretores são eleitos pela comunidade escolar, havendo participação
efetiva na forma como se organiza e se desenvolve o trabalho educativo, o qual se
32
expressa essencialmente em uma crescente participação política na construção da
igualdade social.
Em sua atual estrutura organizacional, o Colégio é composto pelo Conselho
Escolar, Equipe de Direção, Equipe Pedagógica, Equipe Administrativa e
Associação de Pais , Professores e Funcionários como órgão complementar.
II – Equipe de Direção: composta pelo Diretor e Diretor Auxiliar.
Responsável pela gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o alcance
dos objetivos educacionais do estabelecimento conforme a Proposta Pedagógica.
III – Organização Pedagógica : é responsável pela coordenação,
implantação e implementação das Diretrizes Pedagógicas emanadas da SEED. É
composta dos seguintes setores.
A ) Equipe Pedagógica : tem como função a coordenação e apoio das
atividades do Corpo Docente e da Biblioteca Escolar, no desenvolvimento da
proposta pedagógica, dos projetos pedagógicos e da avaliação pedagógica
conjunta, visando a qualidade e eficiência no desempenho do trabalho pedagógico;
Avaliar a adaptação e bem estar do aluno na escola ou em seu grupo, visando o
desenvolvimento de sua personalidade, seu encaminhamento vocacional e
profissional, a afirmação de valores pessoais e sociais com a cooperação da escola,
família e demais órgãos competentes, objetivando o desenvolvimento integral do
aluno. As normas de convivência, bem como a relação calorosa aos alunos e pais
retrata o tratamento mais adequado possível para eventuais situações problemas.
Na medida de necessidades insistentes ao esgotamento de articulações a nível
escolar e familiar são feitos encaminhamentos a acompanhamento mais específicos
por profissionais competentes visando sempre o avanço e desenvolvimento do
educando e em consenso ou a pedido familiar pois a gestão passa por decisões
sempre compartilhadas e analisadas em prol do aluno.
B) Corpo Docente : É constituído pelos professores do estabelecimento,
cujas funções incluem: cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar,
manter e fazer manter a disciplina em sala de aula e fora dela , participar das
atividades extra classe e reuniões de estudos, pedagógicas, encontros, cursos
seminários, reunião de pais; registrar as atividades desenvolvidas, promover planos
de recuperação aos alunos de baixo rendimento, elaborar e cumprir o planejamento
de atividades para o ano letivo, procurar desenvolver e/ou aprimorar no aluno os
objetivos propostos em sua disciplina, empenhar-se pela educação integral do
educando; coibir qualquer forma de discriminação ou preconceito .
Há também que se destacar o desenvolvimento dos Projetos Especiais
(explicitados ao final desta proposta) com ênfase interdisciplinar e que enriquecem a
consideravelmente a avaliação global do aluno sendo registrados na análise do
desenvolvimento dos objetivos pertinentes desta Proposta.
C) Biblioteca : É um espaço pedagógico cujo acervo está a disposição de
toda a comunidade escolar durante o horário de funcionamento do Colégio . É
administrada por profissional indicado pela SEED e tem como função primordial
favorecer e estimular a leitura e o acesso à informação entre os educandos.
33
IV – Equipe Administrativa : é o setor de suporte ao funcionamento de todos os
setores do Estabelecimento de Ensino, é composta dos seguintes:
A) Secretaria : órgão responsável pela escrituração, documentação escolar
e correspondência do estabelecimento. Seus serviços são coordenados e
supervisionados pela Direção ficando a ela subordinados.
B) Quadro de Auxiliar de serviços gerais: Tem como função a
manutenção, preservação , segurança e merenda escolar do
estabelecimento sendo coordenado e supervisionado pela Direção,
ficando a ela subordinado.
V – Órgãos complementares:
Associação de Pais e Mestres: tem por finalidade promover o intercâmbio
entre a família do aluno, corpo docente , técnico –pedagógico, administrativo e
direção do estabelecimento; propor e auxiliar em medidas que visem o
aprimoramento do trabalho pedagógico e assistência do corpo Discente.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários está devidamente registrada,
com Estatuto aprovado e possui o CNPJ sob nº 00680.963/0001-83.
Apêndice da APMF, existe o Clube de Mães para troca de experiências, de
conhecimentos e colaboração com a escola através da APMF no que ela necessitar.
A APMF, atua de forma dinâmica e participativa no âmbito da escola auxiliando no
que lhe compete: gerar e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhe
forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades
estabelecidas em reunião cojunta com o Conselho Escolar, tomando decisões e
acompanhando o recebimento e a aplicação de verbas recebidas e arrecadadas em
prol da melhoria da qualidade do ensino e do ambiente escolar que carece de
constante. Representa os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo
dessa forma, para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola pública,
gratuita e universal. Presta assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a
Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino.
VI – Corpo discente: Constituído pelos alunos regularmente matriculados no
estabelecimento. Estes e/ou seus responsáveis legais no ato da Matrícula
comprometem-se a cumprir as normas do estabelecimento contidas no Regimento
Escolar. A clientela neste quadro é bastante diversificada se evidenciando na escola
suas experiências sociais, emocionais e afetivas.
OBS - Conta também com o trabalho de apoio do Conselho Tutelar,
empresas e órgãos governamentais e não-governamentais. O Conselho Tutelar,
assim como a Equipe Pedagógica têm sido eficientes no resgate de alunos que se
evadem da escola. É direito da criança o acesso e a permanência na escola mas, é
dever dos pais e comunidade propiciarem ao aluno condições para que ele, com
sucesso, se desenvolva como cidadão, dentro dos padrões de qualidade
educacional os quais a escola prioriza.
Participação dos pais
34
A participação dos pais nas ações de gestão democrática, embora
incentivada pela Direção, Equipe Pedagógica e Professores, é bastante tímida. Se
limita na maioria das vezes, em comparecer para reuniões de entrega de boletins,
quando a Equipe Pedagógica solicita a presença para tratar de assuntos
disciplinares, ou em eleições para Direção ( onde tem presença considerável).
Alguns pais, não incentivam suficientemente os filhos para o estudo, e não
criam um clima favorável ao estudo em casa, não dão condições à compra de livros,
de revistas, e muitas vezes o próprio auxílio da bolsa família, é utilizado para outros
fins, deixando a cargo da própria escola a providência de adquirir 0 material escolar
e uniforme. Existem também casos, em que os pais do interior solicitam que os
filhos saiam durante o período de aula para realizar tarefas de cunho particular,
como: pagar contas, ir ao dentista, fazer compras, etc.
Os pais que fazem parte da APMF e do Conselho Escolar têm presença
regular nas reuniões e sempre que solicitados, mas não se percebe a formação de
liderança forte, que possa interferir, ou ajudar a escola de maneira mais efetiva em
sua gestão.
Existem alguns casos em que é necessário a interferência do Conselho
Tutelar para garantir a presença dos pais na escola, pois percebe-se que em
algumas famílias devido à desestrutura, os pais delegam toda a responsabilidade da
educação dos filhos à escola, furtando-se até de responsabilidades básicas como o
acompanhamento acadêmico, disciplinar, e de conduta social.
35
Contradições e conflitos presentes na prática docente.
No Colégio Barão de Antonina a prática docente encontra algumas
dificuldades,
principalmente em função da escassez de recursos pedagógicos
como livros atualizados, materiais específicos, espaço físico ( laboratórios, salas de
aula ). Também encontramos dificuldades na elaboração de propostas, tempo para
leitura e reflexão conjunta. Considerando que nossos professores trabalham, em
sua maioria em outras escolas, e até em outro estado ( Santa Catarina ), temos
problemas quando temos reuniões, cursos, Conselhos de Classe, pois os
professores muitas vezes não conseguem comparecer pois estão em outras
escolas. Outro problema referente aos professores envolve a grande rotatividade
dos profissionais, principalmente nos três últimos anos.
Com relação ao Conselho de Classe, se participa mas não se têm uma
análise mais profunda do seu significado, tornando a atuação do professor passiva e
acomodada no sentido de um planejamento para tomada de decisões futuras, ou a
definição de ações conjuntas que possam modificar o quadro atual. No momento do
Conselho, o professor já tem o seu resultado numérico registrado no Livro de
Registro de Classe e os pedagogos se incumbem de coordenar os trabalhos com
alguns instrumentos de análise organizados previamente . Mesmo assim prendemse quase que exclusivamente às razões de ordem individual, disciplinar que levam a
esses resultados. Raramente analisa-se o desempenho do próprio profissional, sua
metodologia, currículo, ou até mesmo sua atitude pessoal diante desses resultados,
o que acaba criando uma expectativa de punição aos alunos que não aprenderam
por” não terem hábitos de estudos”, “não fazerem as tarefas e os trabalhos”, “não
terem interesse pela matéria”, ou que “brincam e conversam durante a aula”.Em
2007, tendo como pressuposto o trabalho da Jornada Pedagógica, se desenvolveu
a partir do segundo semestre, o pré-conselho onde as turmas de alunos participam
e onde os professores participam. Consequentemente se redimensionou o Conselho
de Classe o qual se tornou num momento de confronto entre os levantamentos
realizados no pré-conselho (constatações registradas de alunos e professores)
servindo o momento seguinte, para propor estratégias pedagógicas conjuntas as
quais devem ser efetivadas no bimestre seguinte e até retomadas, caso as atitudes
tenham sido significativas ou ausentes até então. Está sendo mais tranquilo e o
retorno é mais concreto tanto por parte dos professores como por parte dos alunos
tendo em vista que os pais são chamados até à escola para análise conjunta do
processo em alguns casos.
No âmbito pedagógico, a formação e postura do professor interfere no
processo educacional na escola. A falta de continuidade nas concepções
educacionais definidas pela escola exige base científica e técnica dos profissionais
da educação para que as mudanças propostas por esta ou aquela linha pedagógica
se efetive de fato na sala de aula. Constatou-se no ano de 2007 os professores
estão mais integrados no trabalho pedagógico tendo como princípio a Proposta
Pedagógica e as diretrizes Estaduais. Estão incorporando de uma forma mais
efetiva as concepções do PPP na sua prática. Constata-se pela discussão que
realizam nas reuniões, conselhos de classe, nos encaminhamentos e na riqueza de
materiais produzidos pelos alunos. Fica evidente ainda, a falta de envolvimento mais
eficaz em algumas disciplinas.
A questão disciplinar do aluno, onde no contexto atual ele se posiciona,
questiona, se expressa mais, o que repercute de forma positiva ou negativa, e que
36
interfere no processo educativo quando a formação do professor é mais
conservadora. Isso requer uma revisão dentro da formação do professor no
momento atual. Em 2007 um grupo pequeno de professores vem redirecionando
sua postura de forma positiva refletindo nos resultados de desempenho e interesse
e dedicação dos alunos.
Na gestão democrática , a discussão e o consenso estão presentes no
momento do discurso vindo a refletir numa responsabilidade conjunta mas, muitas
vezes essas decisões na prática, não são respeitadas, não são executadas,
gerando diversidade de direções, critérios, conceitos e atitudes, vindo a dissolver a
solidez de uma definição administrativa.
A proposta de inclusão têm sido discutida e trabalhada com todos os
profissionais da escola com reflexões nos programas de capacitação oferecidos
pela SEED, e nas reuniões Pedagógicas. Mas os professores ainda se sentem
limitados em sua atuação prática, pois as reflexões realizadas são feitas geralmente
em torno da aceitação do aluno incluído, definição de políticas, mas no espaço da
sala de aula o professor se vê desamparado, pois não sabe que metodologias
utilizar, formas de avaliação, adequação do currículo.
A dificuldade que o professor encontra em lidar com a agressividade,
rebeldia, falta de respeito que cada vez mais está presente na escola, devido à
desestruturação familiar que leva à crise de valores que assola toda a
sociedade.Em 2007 iniciou-se um projeto em conjunto com a comunidade, onde
pais também participam trazendo propostas de temas que consideram relevantes. A
escola tem a participação da organização civil e pública neste trabalho onde está se
oportunizando momentos de reflexão junto a psicólogos, assistentes sociais dentre
outros, onde a escola continua esse trabalho com os pais, alunos e professores com
enfoque à cidadania, qualidade de vida, autovalorização, perspectivas e as
interferências nessa formação, pela presença de drogas, falta de limites, autoridade
e responsabilidade sobre o menor. Paralelamente está sendo feito grupos de
adolescentes os quais são trabalhados em horários e locais extras à escola por um
grupo de setor público onde o aluno se inscreve e participa de oficinas com temas
atuais. A presença é significativa e aos poucos os resultados positivos vem
retornando pela preocupação e procura maior dos pais quanto ao acompanhamento
dos filhos na escola. É um início de trabalho que depende de continuidade de forma
efetiva para que seja eficaz.
Critérios de organização e distribuição de turmas:
O ensino fundamental, ensino médio e profissional é organizado de forma
seriada. A distribuição e formação de turmas é de frequência mista, em turnos
matutino, vespertino e noturno, com autorização de órgão competente. Para a
formação de turmas, procura-se respeitar o número máximo de alunos por turma,
porém no turno matutino isto não acontece devido à falta de salas de aula. É neste
período que existe o transporte escolar para alunos do interior do município.
Respeita-se a ordem cronológica de efetuação de matrícula pelos pais ou
responsável. As modalidades ofertadas pela escola estão distribuídas nos três
períodos, para proporcionar a opção de frequência em um dos três turnos.
Organização da hora/atividade : Problemas e possibilidades:
37
Com relação a hora/atividade, ela é organizada e distribuída dentro do horário
semanal do professor para ser cumprida na escola. É um momento de estudo,
preparação de aulas, planejamento, pesquisa e troca de idéias e experiências com
colegas e equipe de pedagogos.
38
5 - Marco Conceitual
39
Introdução
Na escola, os conceitos sobre temas geradores da dinâmica escolar sempre
estão sendo discutidos, uma vez que eles refletem a prática do docente na sala de
aula e no processo ensino-aprendizagem como um todo, envolvendo postura
profissional, metodologias, conteúdos, materiais didático/pedagógicos, avaliações,
dentre outros . A partir de vários debates, onde a escola precisou se situar com
relação a sua atual função na sociedade e precisou redefinir seu Projeto Político
Pedagógico, foram geradas novas leituras a partir do marco conceitual da Proposta
Pedagógica anterior, superando estas e projetando novos conceitos com os quais o
corpo docente se identifica e considera pertinentes pois direciona novas
possibilidades dessas práticas docentes, visando principalmente a formação de
cidadania participativa, visando o conhecimento científico,
possibilitando a
interdisciplinaridade com maior clareza, provocando a formação de uma escola
também cidadã. A partir das discussões coletivas, definiu-se as concepções que
mais estreitamente identificaram, nos fundamentos teóricos, os posicionamentos da
Comunidade Escolar, percebidos nas suas falas, questionamentos e posturas que
consideram pertinentes na atuação do profissional da educação visando a função da
escola no contexto da formação do cidadão.
Concepção de Sociedade
Levando-se em conta que cidadão é a pessoa capaz de criar ou transformar,
com outros, a ordem social e a quem cabe cumprir e proteger as leis que ele mesmo
ajudou a criar.
Ainda que a democracia é uma ordem social que se caracteriza pelo fato de
suas leis e suas normas serem construídas pelos mesmos que as vão cumprir e
proteger. A democracia é uma ordem autofundada e, portanto, é uma cosmovisão,
ou seja, ela por si, é uma forma de ver o mundo pois é uma forma que aceita cada
pessoa como fonte de criação de ordem social. Desta forma, a democracia não
pode ser imposta, tem que ser quotidianamente construída, sendo ela, fruto da
decisão de uma sociedade, mesmo que representativa, a qual acredita que é
possível criá-la a partir de uma unidade de propósito e do respeito pelas diferenças
pois, na democracia a ordem social se produz a partir da própria sociedade, onde
são criadas as leis, direta ou indiretamente, pelos mesmos que as vão cumprir e
proteger.
Como a convivência democrática começa quando uma sociedade aprende a
autofundar a ordem social, esta postura e forma de ver e conviver com a sociedade
deve ser ensinada e aprendida.
Isto posto, percebe-se que, não aceitar a responsabilidade pelo que se vive é,
ao mesmo tempo, desobrigar-se da tarefa de transformá-la, colocando na mão do
outro a possibilidade de agir, o que leva à subserviência ao invés de provocar uma
atitude transformadora.
Sabe-se bem que a convivência social, por não ser natural, requer
aprendizagens básicas que devem ser portanto aprendidas, ensinadas e
desenvolvidas todos os dias sendo uma tarefa contínua e ininterrupta na vida de
uma pessoa e de uma sociedade.
40
Isto requer mobilização social vinculada a uma constante participação e,
segundo Chico Witaker, in Rede: “Estrutura alternativa de organização a
participação será mais assumida, livre e consciente, na medida em que os que dela
participem, perceberem que a realização do objetivo perseguido é vital para quem
participa da ação e que o objetivo só pode ser alcançado se houver efetiva
participação.”
E percebe-se que a efetiva participação só ocorrerá se o homem acreditar na
importância de se liberar a energia, a criatividade e o espírito empreendedor das
pessoas e das coletividades pois, a democracia e a produtividade, o mundo
produtivo, estão relacionadas com mentalidades proativas. E essa mentalidade não
é natural, tem que ser educada: é preciso aprender a passar de uma ordem
recebida para uma ordem produzida em cuja aprendizagem o exercício da
criatividade e da proposição fazem parte.
O caminho alternativo, quer seja para uma sociedade inserida na
globalização ampla ou ainda regionalizada, é a postura mediante uma visão
holística, abrangente, analítica e crítica.
E para se organizar uma sociedade com identidade, pautada na sua história e
em seu contexto social geral, o conhecimento científico acumulado e a
conscientização da evolução, conseqüências, reflexos e interferências vividas e
absorvidas, são o referencial básico para se redefinir ou continuar de forma convicta
e engajada pelo comprometimento de todos, para se consolidar a sociedade
principalmente nas bases que se definiram como alicerce para o avanço e o
amadurecimento da organização social. Só se aperfeiçoa o que se conhece no seu
âmago, mediante a superação do que está posto historicamente, com um
direcionamento voltado para a conquista e a vivência tanto da democracia como da
cidadania, pautada numa filosofia dialética e principalmente na “Ciência das
Riquezas”, (Caporali, 1995) no sentido amplo de riquezas principalmente para uma
sociedade e a própria humanidade.
Desta forma, a educação de uma sociedade a faz justa ou vilã, independente
do movimento histórico nela incutido pois só transforma quem analisa e quem tem
perspectivas de superação e esta conscientização só o conhecimento e a postura
participativa intrínseca na práxis, é que oportunizarão para a verdadeira efetivação
da sociedade organizada.
Concepção de Homem
O homem é um ser em devir, ser inacabado, incompleto em uma realidade
igualmente inacabada formando duas condições: de ser e de estar mas igualmente
dinâmicas pelo processo contínuo de transformação em que se encontram: homem
e realidade.
Segundo Freire, “os homens têm consciência de que são incompletos, e
assim, nesse estar inacabados e na consciência que disso têm, encontram-se as
raízes mesmas da educação como fenômenos, puramente humano”.
(Conscientização Marxista).
Na medida em que o homem vai se percebendo parte integrante da sociedade e vai
percebendo que as contradições sempre se fazem presentes nessa sociedade, ele
começa a perceber que em seu atual modo de vida, na passividade, é impossível se
41
conciliar a sua vocação de ser plenamente homem, ou seja, de conquistar sua
cidadania.
Percebe então que além da opressão, da imobilidade, existe o diálogo, e por ser
um ser social por natureza, dotado de inteligência, de capacidade de planejamento,
análise e empatia, percebe o diálogo como meio de encontro entre os homens,
mediatizados pelo mundo, para designá-lo.
Ainda segundo Freire, “se ao dizer suas palavras, ao chamar ao mundo, os
homens o transformam, o diálogo impõe-se como o caminho pelo qual os homens
encontram seu significado enquanto homens; o diálogo é, pois, uma nessecidade
existencial.” (Conscientização marxista, p.82).
Refere-se aqui, ao homem como o ser em construção, em busca de uma
educação que lhe propicie uma preparação técnica e ética de modo que, na sua
consciência, ele consiga vivenciar o que vivencia e aprende, ao mundo do trabalho
e à prática social, consolidando essa construção com o efetivo exercício da
cidadania pela sua situação de um ser participativo no contexto histórico social em
que vive.
O homem de diálogo é crítico e sabe que embora tenha poder de criar e de
transformar tudo, numa situação completa de alienação, de poder, pode-se impedir
este mesmo homem de fazer uso dessa sua situação de consciência.
Assim é necessário que a escola pública, através de sua construção mediatizada
pelo diálogo, defina também a concepção de homem que deseja formar de forma
coletiva; e a visão que se consolida, é o auxílio na construção de um homem que
consiga exercer sua cidadania, pelo conhecimento adquirido; que seja humanizado
sabendo refletir e se superando passe para o agir, através do pensamento crítico
desenvolvido, tendo como resultado sua própria conscientização como um ser
inacabado num mundo também assim. Acredita-se que quando se percebe nessa
ordem, se terá um aluno sempre aberto para o movimento sócio histórico em que
vive, questionador, participante e também mentor do mundo do qual faz parte, pelo
conhecimento científico apropriado, mas humanizado com os preceitos da ética
adquiridos.
Concepção de Educação
Segundo Fleuri, a educação, (assim como todo fato social, não é nem uma
idéia abstrata, nem uma coisa extensa e mensurável). É um processo resultante de
um conjunto de relações entre as pessoas, num contexto social concreto.
Trata-se então, de questionar quem toma as decisões que determinam o
rumo deste processo pois nelas acabarão predominando os interesses daqueles
que participam efetivamente das decisões mais relevantes quanto ao
encaminhamento das atividades coletivas. (p 49).
Neste contexto, três pontos fundamentais emergem: Educar para que?; como
educar? E, conhecer o quê?.
O primeiro trata-se de objetivos perseguidos no processo educativo como
habilidades, atitudes, os conceitos que se pretende formar nos sujeitos, bem como o
tipo de profissional, de homem, de sociedade que se pretende reforçar, dentre
outros.
O segundo ponto trata-se dos ‘meios’, as estratégias necessárias e
adequadas para se atingir os objetivos definidos no processo educativo.
42
No terceiro ponto, está ligado estreitamente os conteúdos, pois o processo
educacional implica certamente a aprendizagem, o conhecimento.
Considerando os três pontos inerentes à educação, esta como processo
educativo, é importante aqui colocarmos algumas considerações a respeito desse
processo, onde deve-se Ter sempre consciência:
-
A estratégias estão ligadas ao conteúdo e estas à avaliação; portanto na relação
do aprendizado, está inerente o nível de compreensão e muitas vezes ‘a
comunicação não garante a compreensão’ (Morin, p94).
Ainda segundo Morin, ‘há duas formas de compreensão: a compreensão
intelectual ou objetiva e a compreensão humana, intersubjetiva. A compreensão
intelectual passa pela inteligibilidade e pela explicação.
Explicar é considerar o que é preciso conhecer como objeto e aplicar-lhe todos
os meios objetivos de conhecimento. A explicação é, bem entendido, necessária
para a compreensão intelectual ou objetiva.
A compreensão humana vai além da explicação. A explicação é bastante para a
compreensão intelectual ou objetiva das coisas anônimas ou materiais. É
insuficiente para a compreensão humana. Esta comporta um conhecimento de
sujeito a sujeito... O outro não é apenas percebido objetivamente, é percebido como
outro sujeito com o qual nos identificamos e que identificamos conosco...’ (p94/95).
Assim, compreender de forma humana inclui necessariamente, um processo de
empatia, de identificação e de projeção. Sempre intersubjetiva, exige abertura,
simpatia e generosidade para que aconteça.
Neste contexto, em se tratando de concepção de educação, a que mais se
identifica dentre as concepções educacionais brasileiras é a educação numa
concepção progressista no enfoque da pedagogia histórico crítica, , pautado na
filosofia dialética onde, a nível de produção é a compreensão da história a partir do
desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência
humana. No âmbito escolar, a teoria, com efeito, surge a partir da prática, da
contextualização, sendo elaborada em função da prática e sua verdade é verificada
pela própria prática. Neste processo, recupera-se o sentido concreto da teoria
(esvaziado pela educação autoritária) e, no diálogo, as intenções e opiniões de cada
pessoa (isolada pela educação liberal), adquirem sentido social.
A educação na pedagogia histórico crítica tem elementos constitutivos diferentes
e contribui para o desenvolvimento de relações participativas e críticas que
favorecem a organização popular no sentido do avanço histórico da humanidade de
modo a diminuir desigualdades pela identidade resgatada de cidadania participativa
e agente transformador, no movimento histórico social, mesmo que de forma lenta,
pela complexidade que apresenta o processo educativo, considerando todas as
contradições e diversidades sociais e culturais existentes.
Concepção de Conhecimento
Entende-se por conhecimento o acúmulo de toda produção de saberes
advindo de resultados de pesquisas, de descobertas científicas e tecnológicas, de
registros importantes em todos os aspectos e que de alguma forma contribuem para
o desenvolvimento da humanidade, considerando todo o período histórico social
existente até a atualidade.
43
Se refere ao conjunto de dados que são subsídios para o avanço do homem
nos aspectos de trabalho, de situação espaço-temporal e de aperfeiçoamento
contínuo, com a finalidade da melhoria de qualidade de vida individual e coletiva.
Esse conhecimento acumulado e ainda em produção se socializa de diversas
formas dentro da sociedade e de acordo com essa socialização pode gerar
diferentes classes sociais conforme o domínio do conhecimento, gerando formas de
poder mais acentuadas, assim como organizações de classes populares, resultando
numa dicotomia nas relações de acesso a esse conhecimento, vindo a gerar
desigualdades econômicas, sociais, culturais, políticas e até de acesso à formação
plena da cidadania.
Quando se trabalha na socialização do conhecimento básico principalmente,
o que se faz através da educação básica, cuja instituição escola torna-se palco
deste fazer, é necessário sempre se contextualizar experiências que podem ‘ser
profundamente revolucionário, na medida em que denuncia as contradições
inerentes às estruturas atuais e anuncia a sua superação’. (Fleuri p100).
Assim, o conhecimento socializado e produzido contribui para o
desenvolvimento do ser humano oferecendo condições para que o ser humano se
torne um cidadão participativo e consciente, podendo também contribuir para o
combate às desigualdades existentes.
Concepção de Escola
‘Há que se valorizar a escola pública, guardá-la no coração e defendê-la de
quaisquer ataques que possa vir a sofrer. Ela é uma instituição que temos
procurado, com muito esforço construir, e que precisamos preservar, atualizar e
aperfeiçoar. Ainda que não mude o mundo, a escola pode ajudar o (a) estudante a
melhor entender como o mundo opera, o que é condição indispensável para se
operar neste mundo’ Antonio Flavio Barbosa Moreira
A Escola é um espaço constituído por diversas dimensões, todas
entrelaçadas. Dentre elas pode-se destacar as dimensões: pedagógica, política,
social, cultural, administrativa e humana.
Dentro da dimensão pedagógica ocorre: o processo ensino-aprendizagem, a
produção de conhecimentos; o planejamento e a organização do espaço e do tempo
escolar através da práxis, onde acontece a relação de troca de experiências e
vivências entre professor e aluno, onde se efetivam as metodologias de ensino,
onde o currículo é trabalhado. Também é a dimensão onde é necessário se garantir
a qualidade do trabalho no sentido técnico e político para todos garantindo a
formação para o exercício da cidadania. É onde a inclusão de todos os alunos
precisa acontecer, de forma que a inserção, permanência e participação sejam
garantidos a todos os alunos.
Numa dimensão administrativa é necessário que a escola seja organizada,
emancipadora, pública, provida de uma gestão democrática mediante a participação
efetiva da comunidade escolar, onde o trabalho parta da coletividade mediante a
articulação da escola, da família e da comunidade visando sempre a melhoria da
qualidade de sua função enquanto instituição.
Considerando a dimensão política, dentro de um processo democrático,
respeitando sua condição estatal enquanto funcionamento, que ela seja decisória e
formadora para a cidadania, dentro de uma ética para todos através da unicidade
44
que deve desenvolver dentro da teoria e da prática, com vistas a garantia de
acesso, permanência e de aprendizagem para todos os alunos.
Na dimensão social, a escola para todos deve ser garantida de forma
consciente e organizada. A escola deve ser pública e inclusiva respeitando as
condições diferenciadas de seus educandos, possibilitando e proporcionando um
ensino diferenciado, através da flexibilização e adaptação curricular, planejamento
específico e atendimento especializado; ou seja, a escola precisa organizar-se e
prever formas de atender às necessidades de sua comunidade, visando à
preservação da dignidade, o fortalecimento da identidade social e o exercício da
cidadania de cada um dos envolvidos no processo de ensino aprendizagem,
devendo contribuir desta forma, para o enfrentamento das desigualdades sociais
visando a uma sociedade mais justa. Nesse contexto a convivência entre professor/
aluno; aluno/funcionários; aluno/comunidade e as condições sociais da comunidade
enquanto moradia, acesso e diversidade de trabalho, lazer, espectativas de vida e o
impacto sócio econômico estão estreitamente ligadas à escola pois vêm refletir nela
de forma direta, onde o diálogo, o respeito, o espaço de alegria e produção de
conhecimento irá repercutir consideravelmente no tipo de cidadão o qual está se
formando.
Na dimensão cultural, as raízes e vivências, a identidade social e cultural, as
manifestações da comunidade, no sentido de tradições religiosas, políticas,
artísticas (enquanto expressões), de lazer e hábitos alimentares, evidenciam um
diversidade rica e complexa, onde a escola precisa ter clara a sua ação e no
coletivo, pela própria inclusão, aqui social, étnica e cultural; usar de seu poder
decisório para enriquecimento curricular a partir da riqueza das relações postas,
voltando estas para o ensino aprendizagem e a produção de conhecimento,
voltados para a formação crítica dentro do movimento sócio-histórico, mas sempre
agregando valores.
Ainda na dimensão humana; onde a escola é dotada de sentimentos,
desejos, dificuldades pessoais e coletivas, conceitos e preconceitos, sonhos,
frustrações, perspectivas, alegrias, desencontros, decepções, vitórias, mudanças
significativas, desajustes, angústias, medos, criatividade, novidades, utopias e
tantos outros significados que povoam o íntimo de cada ser humano que dela faz
parte, que a ela dá vida e movimento, que a ela retorna para fins de recordações, de
trabalho, de pesquisa, de constatação do avanço pessoal alcançado, esta é a
escola real, com todas as dimensões entrelaçadas, com a finalidade primeira de
formação.
Assim, a escola torna-se emancipadora pois dentro desse emaranhado de
dimensões que a constituem, existe o aluno em busca da socialização do saber de
qualidade, que lhe dê condições de se situar no mundo em que vive e pelo
conhecimento e consciência adquiridos, consiga sua cidadania de modo a ser
agente na sociedade em que vive.
Concepção de Ensino Aprendizagem
O ensinamento desenvolvido pelos pais e a aprendizagem construída pelos
filhos possuem limites e, para superá-los, as crianças são levadas á escola, onde
devem alcançar o acesso a aspectos essenciais da cultura, importante fator para o
seu desenvolvimento social. As escolas e os professores também existem porque é
nelas e, principalmente com eles que se aprende (Antunes, p.27, ). No entanto,
45
aprender em sala de aula não é apenas copiar ou reproduzir a realidade , eleger
modelos e conquistar novas habituações e novos condicionamentos.
A verdadeira aprendizagem escolar deve sempre buscar desafiar o aprendiz a
ser capaz de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade ou
conteúdo que pretende aprender . Enfim, deve ser capaz de construir significados.
Aprender na escola significa elaborar uma representação pessoal deste
conteúdo, aproximando-se do mesmo com a finalidade de torná-lo próprio e, assim
transformá-lo. Não se trata, evidentemente, de uma apropriação a partir do nada,
mas a partir de experiências, interesses e conhecimentos prévios que possam dar
sentido a essa aproximação. Ao apropriar-se do conteúdo da afirmação e associar
ou acomodar aos seus saberes, é possível aprender que realmente o conhecimento
está inserido no contexto. Nesse processo, não só se modifica o que já se possuía
de conhecimento, como também se interpreta o novo de forma peculiar,
apropriando-se do mesmo.
O aluno organizou a informação recebida, assimilou-a, incorporou-a aos seus
saberes, acomodando-a, e, alcançou um estado de equilíbrio que o desafio da
informação inicial propôs. Quando ocorrem esses movimentos na estrutura cognitiva
de um aluno, dizemos que aprendeu significativamente, construindo em sentido
próprio e pessoal para um objeto do conhecimento já existente. Desse modo, tornase evidente que os saberes não se acumulam, não constituem um estoque que se
agrega a mente, e sim há a transformação da integração, da modificação, do
estabelecimento de relações e da coordenação entre esquemas de conhecimento
que já possuíamos, em novos vínculos e relações a cada nova aprendizagem
conquistada.
Na escola, a atividade mental que consiste em aprender de maneira
significativa ou elaborar uma representação pessoal sobre um objeto do
conhecimento adquire características peculiares. O aluno não vaia à escola apenas
para aprender a aprender, mas também para aprender conteúdos curriculares já
elaborados que fazem parte da cultura e do conhecimento o que faz com que a
construção dos alunos seja peculiar.
Dessa forma, novos saberes são construídos sobre algo que já existe, circunstância
que não impede a atribuição de significado pessoal em um determinado sentido.
Este é um dos motivos pelos quais a construção realizada pelo aprendiz não
pode ser efetuada solitariamente. A aprendizagem escolar precisa ser vista como
um processo conjunto, compartilhado entre professores e alunos, com a finalidade
de levar todo aprendiz, ajudado pelo professor e por seus colegas, a se mostrar
progressivamente autônomo na resolução de tarefas, na transformação de
informação em conhecimento, na interpretação, utilização e transformação de
conceitos, na prática de determinadas iniciativas em múltiplos desafios.
Concepção de Avaliação
O caráter problemático da avaliação educacional, revelado sobretudo nas
elevadas taxas de repetência e evasão escolar que ainda estão presentes nos
sistemas de ensino brasileiro, tem sido examinado com frequência em sua
dimensão técnica e política. Também uma outra dimensão, de natureza
epistemológica, necessita ser considerada: a idéia de que a avaliação é tributária de
uma concepção de conhecimento e está ainda associada de modo permanente à
emissão de juízos de valor.
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Julgamentos de valor são sempre mais complexos do que meras operações
de medição; em consequência, percebe-se que a tarefa do professor, ao avaliar,
mais do que saberes técnicos, exige a clareza, o discernimento, a segurança e o
equilíbrio de um magistrado, uma vez que o que está em questão é o pleno
desenvolvimento de um ser humano.
Constata-se que é necessário analisar três fatores básicos para se partir do
núcleo da avaliação educacional: conhecimento, medida e avaliação.
Ao se considerar o conhecimento como um processo em construção, é
importante se levar em conta as múltiplas faces da construtibilidade; a extensão de
suas cadeias lineares na teia de significações aprendidas ou não e que representam
os requisitos necessários aprendidos considerando ou não os pré requisitos e a
apropriação destes de forma global.
A medida por si só sem outras considerações de técnicas na avaliação
precisam ter a força do bom senso do professor ou avaliador, de modo a considerar
a fragilidade na apropriação do conhecimento, onde um único componente perdido
rompe, na medida, todo um conjunto de conhecimentos apropriados.
E, avaliar é, até etimologicamente, estimar o valor, por mais que no processo
da avaliação sejam utilizados números, notas ou similares, médias, pareceres
descritivos, conceitos, percentuais ou outra expressão que uma instituição queira
adotar. Não existe nada de incorreto ou inadequado na utilização de números nos
processos de avaliação; é necessário no entanto, a consciência de que eles
resultam de um processo de interpretação, de que eles são indícios valiosos para o
reconhecimento de qualidades e conhecimentos, de que eles representam os
avaliados mas não se identificam com os mesmos, onde a representação está neste
caso, muito mais próxima da idéia de equivalência do que da de identidade. E
mesmo que a idéia de interpretação também possa ser associada ao termo ‘medir’,
como uma etapa atinente à análise final dos resultados, é necessária uma distinção
fundamental no caso da avaliação pois ela deve se situar na origem do próprio
processo, sendo concomitante à estimativa do valor.
Assim, a verdade deixa de ser absoluta ou relativa, pois tudo depende do
nível de representação e da interpretação de valores assimilados aos mecanismos
envolvidos tornando-se uma verdade contextualizada. Esta conduz a dois caminhos,
sendo um deles, a análise das relações entre avaliação e planejamento e o outro é
a existência de uma dimensão ética no trabalho do professor.
É de consenso de todos na escola, que a avaliação é uma questão complexa,
gerando em certos momentos incertezas passando a ser
uma práxis em
construção, voltado para o pressuposto acima descrito.
Tornou-se necessário ampliar o conceito e sua concepção na práxis, articulando
a avaliação com alguns pontos:
-
a avaliação necessita estar estreitamente ligada ao planejamento, formando com
ele um processo único;
-
deve se haver coerência entre planejamento e avaliação, levando-se em conta
os vários níveis entre as duas diretrizes;
-
a avaliação precisa ser conduzida através de diálogo franco e aberto, onde haja
troca de experiência entre aluno e professor, na busca do bem comum.
Com relação a avaliação e planejamento como um processo único, é importante
se enfatizar a necessidade de um trabalho coeso de definição de objetivos, escolha
de conteúdos pertinentes e atualizados, seleção de estratégias viáveis e eficazes
47
bem como, a determinação de critérios capazes de embasar análises contínuas e
válidas no processo ensino-aprendizagem.
No que se refere aos níveis de planejamento e avaliação, deve-se destacar o
educacional, o curricular e o de ensino-aprendizagem. Através do primeiro pode-se
determinar as diretrizes da instituição como um todo, considerando-se as variáveis
sociais, econômicas e políticas onde a instituição volta-se para a análise do alcance
dos objetivos da Instituição, verificando ações internas e externas de impacto na
comunidade.
O planejamento curricular relaciona-se com a totalidade de experiências
promovidas pela unidade escolar de tal maneira que favoreça ao máximo o
processo de ensino. Neste nível, a avaliação permite a análise de diversos
aspectos, destacando-se adequação de planos e programas de ensino, qualidade
do material instrucional e desempenho de diversos elementos envolvidos no
trabalho.
O planejamento de ensino-aprendizagem, que deve pautar-se pelos níveis
anteriores, compreende as ações dos docentes na relação direta com o aluno.
Neste nível, a avaliação permite a análise de desempenhos para estimular ou
promover melhorias.
Considerando a necessidade de entrelaçamento dos três pontos com diretrizes
filosóficas, harmônicas, pode-se chamar à luz da discussão, o terceiro ponto como o
planejamento e avaliação a nível de diálogo. Parece evidenciar-se que quanto maior
a integração entre os responsáveis por esses níveis, maior a possibilidade de
entrosamento, de busca de estratégias e objetivos comuns, que visem à coerência
da instituição como um todo. Várias são as formas através das quais se pode
promover o diálogo, sendo uma das mais consistentes, a participação.
Em termos de avaliação, a instituição governamental propõe que seja
considerada, junto à cientificidade que deve nortear o processo avaliativo, a
necessidade do envolvimento de toda a comunidade escolar: especialistas, equipes
escolares, docentes, alunos, gestores, órgãos vinculados às escolas, dentre outros
na superação de uma avaliação simplista.
Torna-se necessário também uma reflexão crítica permanente sobre diversos
fatores ligados ao processo da avaliação; pode-se destacar alguns:
-
como está sendo utilizado o processo de avaliação, suas vantagens e
desvantagens na formação do aluno;
-
quais os objetivos, conteúdos, estratégias e critérios adotados e qual sua
validade na formação do aluno;
-
que benefícios podem ser gerados para todos os que trabalham com a formação
do aluno, principalmente para ele.
É fundamental, na avaliação da aprendizagem, a participação conjunta
professor-aluno pois permite reduzir o caráter coersitivo que muitas vezes ela
assume. A avaliação deixa de ser um instrumento de poder do docente sobre o
aluno, onde os critérios nem sempre são expostos aos alunos, onde existem ainda,
momentos de intenção de punição representados quase sempre por provasrelâmpagos, exercícios avaliativos, itens avaliados sem terem sido definidos
previamente nos objetivos, dentre outras formas em que o professor aplica e não
percebe a coersão.
Assim, constata-se que, através da participação conjunta na discussão, docente
e aluno interagem, trocam vivências, provocando assim o resgate da ética, do
diálogo e do bom senso nas decisões.
48
As experiências avaliativas vivenciadas pelos estudantes tendem a ser
apropriadas e reproduzidas nas próprias salas de aula, portanto a coerência por
parte do grupo entre o discurso e a prática é fundamental para o êxito do processo.
Heraldo Marelin Viana, em sua tese de doutoramento, realizou uma recuperação
histórica enfocando a avaliação educacional e o avaliador, título, aliás, do seu
trabalho. Nele o autor sintetiza, a partir da perspectiva dos teóricos pesquisados,
sua percepção a respeito do significado da avaliação no atual momento histórico:
“Aos poucos, a área da avaliação se vai dando conta de que percepções e
intuições podem conduzir à geração de conhecimentos; entretanto,
simultaneamente, a avaliação procura sistematizar suas atividades, para, aos
poucos, criar uma estrutura que permita a coleta de diferentes tipos de
informação que possibilitam verificar a congruência das intencionalidades em
educação (Tyler, Stake), apresentar juízos de valor (Scriven) e tomar decisões
face às alternativas que nos são oferecidas (Stufflebeam)”2
_________________________
2
Viana. Heraldo Marellin. Avaliação educacional e o avaliador. Tese. São Paulo:
Pontifícia Universidade Católica. 1997.p.11.
Tendo por parâmetro o posicionamento de Viana assim pretendemos caracterizar
o processo avaliativo a ser realizado nesta Escola. Esta tarefa que, além de
fundamental, é exigente sob vários ângulos, entre eles:
1)
A percepção de avaliar não se esgota na avaliação da
aprendizagem, antes deve se estender a todos os atores envolvidos
no desenvolvimento do curso: docentes, coordenadores, equipe
pedagógica.
2)
Também o programa em si deve ser avaliado como: proposta
pedagógica, materiais instrucionais, tempo, locais, forma de
capacitação dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do
projeto, desempenhos da equipe, uso de tecnologia como apoio.
3)
O processo avaliativo deve se ancorar em princípios claramente
estabelecidos, discutidos e aceitos por todos os envolvidos.
4)
As experiências avaliativas vivenciadas pelos estudantes tendem a
ser apropriadas e reproduzidas nas próprias salas de aula, portanto
a coerência por parte da equipe entre o discurso e a prática é
fundamental para o êxito do processo.
Levando em consideração os aspectos acima explicitados, assim como a vasta
produção relativa à avaliação educacional, defende-se no presente projeto, um
processo avaliativo que se caracterize como abrangente, multidimensional,
contínuo, diagnóstico, inclusivo.
Abrangente – um processo avaliativo abrangente justifica-se pela necessidade
de abarcar todos os aspectos presentes em um projeto pedagógico, ou seja,
como já referido, a proposta em si, a atuação de seus protagonistas, o ensino, a
aprendizagem, o entorno sócio-educacional, o impacto nos locais de atuação.
49
Sendo assim, diferentes ações avaliativas devem ser desenvolvidas tanto no
âmbito individual quanto coletivo:
•
Os estudantes se auto avaliam, avaliam o curso, os docentes, equipes
pedagógicas e coordenadores.
•
Os docentes e coordenadores da escola se auto avaliam, assim como os
estudantes e o projeto pedagógico.
Para que este intento possa ser alcançado é necessária a utilização de um
grande número de formas e instrumentos de avaliação: auto-avaliação, avaliação
interpares, avaliação pelos docentes, tendo em vista as produções individuais e
coletivas. Entre os instrumentos a serem utilizados destacamos os memorais
descritivos, diários, port-fólios, relatórios, entrevistas, questionários, provas com
questões dissertativas e/ou objetivas.
O domínio sobre os processos de apropriação e construção do conhecimento de
cada um dos cursistas permite o compartilhar no âmbito do trabalho coletivo,
quando toda a turma de estudantes em formação venham ampliar seus repertórios
para a vinda profissional, por meio de uma reflexão avaliativa entre as diferentes
formas de aprender presentes no grupo de trabalho.
Multidimensional – Embora homens e mulheres sejam seres racionais, movidos
por sentimentos e emoções, que se expressam por conhecimentos, atitudes e
habilidades, de forma integrada, a escola tende a hipertrofiar a dimensão
intelectual deixando de levar em consideração as demais dimensões constitutivas
da pessoa, o que conduz ao descuido pelos valores do ambiente
formativo/cultural e seu impacto no ser humano em formação. Quando se
privilegia a razão, pode-se considerar que todos os aprendentes, termo utilizado
por Alicia Fernándes que afirma: a proposta de saúde frente à nossa inteligência
aprisionada, a cada um de nós como ensinantes e aprendentes... Passa por: o
autorizar-se a pensar; o permitir-se a perguntar; o deixar espaço à imaginação e
ao prazer de aprender; e, em conseqüência, ao prazer de ensinar3 .
A hipertrofia do intelectual numa proposta para a formação de docentes pode
conduzir ao engano de que todos possuem as mesmas capacidades derivadas
do fato de serem humanos. Essa postura, além de reducionista, é profundamente
injusta para com aqueles que não compartilham do mesmo universo cultural que
os demais no Curso. Leva, também, ao privilegiamento das provas como
instrumentos avaliativos, ou seja, ao entendimento de que a aprendizagem reduzse à apropriação de conteúdos e a uma forma única de aplica-los.
Este processo ao assegurar o desenvolvimento de competências, assume que a
mobilização de conhecimentos ocorre de inúmeras formas, de acordo com os estilos
pessoais e com a história profissional de cada estudante, que o conduzem a criar
soluções diferenciadas no contexto da formação.
Dessa forma, é possível conhecer e reconhecer os métodos de pensar, utilizados
no aprender, para que cada uma possa desenvolver sua capacidade própria de
auto-regular a sua aprendizagem, ao descobrir planejar e avaliar estratégias para as
diferentes situações presentes no contexto.
50
O sentido da avaliação não se presta a punir os que não alcançam as produções
esperadas, mas sim auxiliar cada um a identificar, cada vez melhor, suas
necessidades de formação e investir na realização de seu desenvolvimento durante
o decorrer do ano.
No presente projeto partimos da perspectiva de que o ser humano é
multidimensional: razão, emoção, ação. Portanto, toda essa dimensão, expressa na
formação que norteia o currículo, devem ser incentivadas e avaliadas durante o
processo formativo.
Contínua – Por se constituir em avaliação de processo, ou seja, processo de
formação de profissionais docentes em atuação no sistema educacional, a
avaliação necessita captar as diferentes aprendizagens em todos os momentos
do curso. Nada mais injusto em uma avaliação do que quando se centra em
poucos momentos da vida estudantil e dá a eles um caráter universal. Os
instrumentos de aprendizagem utilizados poderão vir a ser analisados como
formas de avaliação. Assim, o caso de projetos, relatórios, diários, etc.
Diagnostica – Embora na literatura sobre avaliação da aprendizagem seja
recorrente a compreensão de que a avaliação pode ser diagnostica, formativa e
somativa, sendo que só a ultima modalidade compete atribuir nota e,
conseqüentemente, aprovar ou reprovar, entendemos, como Luckesi, que,
independentemente da modalidade, a avaliação deve ter sempre o caráter de
diagnostico, ou seja, possibilitar que todos os envolvidos redirecionem suas
ações em função dos resultados de aprendizagem, seja do domínio cognitivo ou
no emocional. Portanto, ao planejarem suas ações avaliativas os docentes devem
prever como encaminharão os alunos no caso dos resultados de desempenho
atingirem um nível abaixo do estabelecido como adequado. Essas ações devem
ser previstas não somente em relação ao desempenho nas provas, como nas
demais.
___________________
3
. FERNANDEZ. A. A mulher escondida na professora. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1994, p.5.
Inclusiva – Assumir essa característica como direcionadora do processo avaliativo,
significa o entendimento de que a avaliação, como poeticamente a definiu Luckesi 4,
é um ato amoroso e por ser amoroso buscar incluir seus participantes oferecendolhes todas as condições para as mais diversas aprendizagens, principalmente a de
aprender a aprender. O processo de avaliação, portanto, deverá ser desenvolvido
em uma perspectiva de chamamento/envolvimento de todos os participantes nos
processos de ensinar e aprender. Vivenciando essa perspectiva os estudantes terão
a oportunidade de experienciar situações de profunda crença na capacidade de
aprendizagem, crença que devera se traduzir em ações concretas e variadas que
partam do pressuposto de que não existe uma só forma da ensinar, assim como
existem múltiplas formas de aprender.
Caberá aos docentes, encetarem ações nesse sentido detectando
dificuldades e planejando/visualizando formas de supera-las.
Tendo como norte os pressupostos e considerações enunciados, os
diferentes integrantes deverão programar sua atuação como avaliadores
contribuindo de forma complementar dentro da equipe.
51
_____________________
4
. Luckesi. Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 3.ed.São
Paulo:Cortez,1996,p.168-180
Concepção de Currículo
O currículo, cerne da educação escolar, é um fenômeno histórico. É resultado
de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam a organização dos
saberes vinculados à construção de sujeitos sociais.
Nessa perspectiva, currículo é ação, é trajetória, é percurso, é caminhada
que se constrói para cada grupo e em cada realidade escolar de forma diferenciada.
É um processo dinâmico, mutante, sujeito a inúmeras influências, portanto aberto e
flexível. Essa concepção de currículo veicula uma concepção de pessoa, sociedade,
conhecimento, cultura, poder e destinação das classes sociais as quais os
indivíduos pertencem: está referida sempre a um projeto político pedagógico,
explicitando intenções, revelando graus diferenciados da consciência e do
compromisso social.
Quando definimos currículo estamos descrevendo a concretização das
funções da própria escola e a forma particular de enfocá-las num momento histórico
e social determinado para um nível ou modalidade de educação, numa rede
institucional.
Currículo é uma prática, é expressão da função socializadora e cultural de
uma instituição no conjunto de atividades mediante as quais um grupo assegura que
seus membros adquiram a experiência social, historicamente acumulada e
culturalmente organizada.
Os instrumentos cognitivos de natureza simbólica e seus usos, os processos
psicológicos superiores, formam parte dessa experiência. É uma prática em que se
estabelece um diálogo entre agentes sociais, educando e educadores.
Desse modo, o currículo não se constitui apenas nas oportunidades que a
escola provê, mas, também no modo pela qual o educando vive essas
oportunidades, no sentido de ampliar sua maneira de ver o mundo. É, pois, sempre
uma construção social, uma prática que revela seu compromisso com os sujeitos,
com a história, com a sociedade e com a cultura.
Qualquer tipo de organização escolar possui um projeto político pedagógico
subjacente. O processo pedagógico para uma escola cidadã deve contemplar além
de tudo, alguns temas que são geralmente excluídos do cotidiano das demais
escolas: criticidade, criatividade, curiosidade, conflito, multicultural, contradições da
realidade, problematização, construção e provisoriedade do conhecimento, a busca
da totalidade do saber, a avaliação emancipatória do tempo na escola, a gestão da
vida escolar provocando a inter-relação entre as áreas de conhecimento e entre
estas e a sociedade mais ampla legitimando enquanto currículo experienciado, o
que os alunos percebem e como reagem ao que está sendo desenvolvido no
contexto sócio histórico em que vivem.
52
53
Organização do tempo escolar
No Colégio Estadual Barão de Antonina o Ensino Fundamental e Médio são
oferecidos de forma regular, seriada, com emissão de médias bimestrais, com
cumprimento dos 200dias letivos e no mínimo 800 horas anuais estabelecidos por
Lei.
Na Educação Profissional, são oferecidos o Curso de Formação de Docentes
em duas Modalidades: Na Modalidade Integrada, o Curso é regular, seriada com 4
anos de duração. Na modalidade Sub-sequente, o curso é regular, semestral com
duração de 4 semestres, onde também são garantidos os dias letivos e as horas
aulas estabelecidos por Lei.
Educação Inclusiva
Em consonância com a LDBN ( 9394/96), que diz que os alunos com
necessidades educacionais especiais devem ter sua educação preferencialmente na
rede regular de ensino. A Resolução nº 02/01 ( CEE) institui as Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica, onde manifesta o compromisso do
país com o desafio de construir coletivamente as condições para atender bem a
diversidade existente nas escolas brasileiras.
Com esta mudança , se abre uma nova perspectiva para a educação de
alunos com necessidades educacionais especiais de aprendizagem, onde são
asseguradas as condições necessárias para uma educação de qualidade para
todos. A escola consciente da função deverá descobrir caminhos para que o aluno
alcance estes objetivos.
O Colégio Barão de Antonina está tentando trabalhar com a educação inclusiva
durante os últimos anos onde têm se tornado claro que o conceito de necessidades
educacionais especiais teve que ser ampliado para incluir todas as crianças que não
estejam conseguindo se beneficiar com a escola, seja por que motivo for.
Desta maneira, o trabalho pedagógico na escola passa a incluir, além das
crianças portadoras de necessidades especiais permanentes , aquelas que estejam
experimentando dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que
estejam repetindo continuamente os anos escolares, as que sejam forçadas a
trabalhar, as que vivem nas ruas, as que moram distantes de quaisquer escolas, as
que vivem em condições de extrema pobreza ou que sejam desnutridas, as sejam
vítimas de alguma violência, as que sofrem de abusos contínuos, físicos,
emocionais e sexuais, ou as que simplesmente estão fora da escola, por qualquer
motivo que seja.
Dentro deste contexto social extremamente abrangente, se aproximam os
dois tipos de ensino – o regular e o especial, na medida em que esta nova definição
implica que, potencialmente, todos nós, possuímos ou podemos possuir, temporária
ou permanentemente, “necessidades educacionais especiais”. E se assim o é,
então não há porque haver dois sistemas paralelos de ensino, mas sim um sistema
único, que seja capaz de prover educação para todo o ser humano, por mais
especial que este possa ser ou estar.
54
Trata-se portanto, de um encaminhamento na escola, que parta do
mesmo princípio (de que todos os seres humanos possuem o mesmo valor, e os
mesmos direitos), otimizando seus esforços e se utilizando de práticas
diferenciadas, sempre que necessário, para que tais direitos sejam garantidos.
Se inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao gozo
e exercício dos direitos humanos, no campo da educação, tal se refere no
desenvolvimento de estratégias que procurem proporcionar uma equalização
genérica de oportunidades.
As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas
necessidades de seus alunos, acomodando tanto estilos como ritmos diferentes de
aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de
currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino
diferenciados, uso de recursos e parcerias com a comunidade, questões estas
levadas em consideração dentro deste Projeto Político Pedagógico. As implicações
consistem portanto no reconhecimento da igualdade de valores e de direitos, e na
conseqüente tomada de atitudes que reflitam uma coerência entre o que se diz e o
que se fala. Dentro deste contexto principalmente o educador deverá ser
preparado, capacitado para que possa trabalhar dentro da escola inclusiva com
clareza e competência a fim de garantir a efetivação da filosofia da escola onde
atua.
Há que se levar em consideração também o § 2º do Artigo 58 da Lei de
Diretrizes e Bases 9394/96 onde coloca que: “O atendimento educacional será feito
em classes, escolas ou serviços especializados sempre que, em função das
condições específicas dos alunos não for possível a sua integração nas classes
comuns de ensino regular”, cuja orientação será tomada em conjunto com
profissionais e órgãos competentes.
No ano de 2006 foi implantada a Sala de Recursos, conforme a Instrução nº
05/04 – DEE, para atender às necessidades educacionais especiais. É um serviço
de apoio pedagógico especializado ofertado no contexto da escola regular de 5ª/ 8ª
séries. Em 2007 a Sala de Recursos permaneceu atendendo média de 24 alunos
em dias alternados e horários em contra-turno. A escola teve o número de alunos de
inclusão aumentado, onde tem um aluno surdo mudo na quinta série e uma aluna
com grandes dificuldades de organização, na mesma turma e série.
A escola também contempla em seu Regimento Escolar o que estabelece a
Constituição Federal, a Lei nº 9394/96, a Lei nº 6.202/75, a Lei nº 8.069/90, o
Decreto Lei nº 1.044/69, a Resolução nº 02/01-CNE, a Resolução nº 41/95CONANDA, a Deliberação nº 02/03-CEE-PR e a Resolução Secretarial nº 2527/07
gerando subsídios à Instrução nº 006/07 da Secretaria de Estado da Educação a
qual estabelece procedimentos para a implantação e funcionamento do Serviço de
Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar.
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar visa o
atendimento educacional público, aos educandos matriculados ou não na Educação
Básica nos seus níveis e modalidades, impossibilitados de frequentar a escola por
motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar ou de
outras formas de tratamento de saúde, oportunizando a continuidade no processo
de escolarização, a inserção ou reinserção em seu ambiente escolar, o qual será
ofertado nas instituições que mantiverem Termo de Cooperação Técnica com a
Secretaria de Estado da Educação.
55
Será desenvolvido por professores e pedagogos do Quadro Próprio do
Magistério, previamente selecionados conforme edital publicado pela Secretaria de
Estado da Educação.
As atribuições estão contempladas junto ao Regimento Escolar, bem como
todo o procedimento a ser adotado em situações que necessitem deste serviço.
A Secretaria de Estado da Educação firmou Termo de Cooperação Técnica
com a Secretaria de Estado da Saúde, Associação Paranaense de Apoio à Criança
com Neoplasia-APACN, no município de Curitiba, Hospital Universitário Evangélico,
no Município de Curitiba, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná,
no Município de Curitiba, Hospital do Trabalhador, no município de Curitiba, Hospital
Erasto Gaertner, no município de Curitiba, Associação Hospitalar de Proteção à
Infância Doutor Raul Carneiro – Hospital Pequeno Príncipe, no município de
Curitiba, Hospital Universitário Regional, no município de Maringá e Hospital
Universitário Regional do Norte do Paraná, no município de Londrina.
Novos convênios podem ser abertos, os quais são incluídos
automaticamente nessa rede de serviço de atendimento, oportunizando ao aluno a
continuidade de seus estudos, caso venha a necessitar de atendimento dessa
natureza.
56
6. MARCO OPERACIONAL
57
Grandes Linhas de Ação
Reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva
administrativa, pedagógica, financeira e político-educacional
Administrativa:
Promover o espírito de equipe e união entre professores, alunos e
comunidade escolar por meio de Reuniões de Professores, Pais/Mães ou
Responsáveis para debates de procedimentos e projetos a serem adotados
objetivando a melhoria dos procedimentos de ensino (reuniões para entrega de
boletins, como já aconteceram este ano, palestras, resgate do Clube de Mães,
formação do Clube da Família);
Incentivar a participação dos alunos e professores em projetos voltados para o
resgate e aplicação de valores dentro e fora da escola em parceria com clubes de
serviço e associações comunitárias;
Utilizar meios democráticos (consulta ao corpo docente e discente) para
elaboração de um planejamento anual de atividades a partir da formação de um
Grupo de Apoio composto por professores, funcionários, alunos e pais.
Reorganizar a Biblioteca Escolar para torná-la um espaço atraente aos
alunos transformando-a em mais um recurso de aprendizagem a disposição dos
alunos e professores;
Organizar o espaço do laboratório de informática do programa Paraná Digital
( 20 máquinas)e implementar o espaço para os conjuntos de informática do
PROINFO (10 máquinas)
Pedagógica:
Buscar alternativas de ensino e avaliação através de reuniões pedagógicas
com a participação dos alunos de forma consciente e crítica, como parceiros na
busca por uma escola mais humana e eficiente;
Reorganizar o Conselho de Classe de modo a diminuir as contradições
presentes na prática atual, na escola.
Acompanhar de forma mais objetiva a recuperação paralela junto aos
professores e aos resultados de aprendizagem dos alunos.
Os professores sugeriram ainda que, quando o aluno não atingir o índice
mínimo no bimestre, deverão ser convocados pais e alunos pela Equipe
Pedagógica para tomarem decisões sobre as mudanças que deverão ocorrer.
Caso não haja uma resposta, a escola deve acionar os órgãos competentes
Inclusão do Programa de Educação Fiscal e Projetos Articulados
Ações efetivas:
– Sócio cultural,
− Ambiental,
− Programa Folhas,
58
− Projeto Consciência, Fera,
− Outros projetos e programas.
ESTÁGIO
-Existência de setor ou departamento para especialização e apoio ao estágio
-Departamento especializado: coordenação do estágio e professor da Prática
de Formação no caso do Curso de Formação de Docentes.
-Apoio ao estágio: direção escolar, equipe pedagógica
-Está previsto para os alunos do Ensino Médio Regular em parceria com
Agências de Integração existentes no Município, a oportunidade de estagiar de
forma remunerada.
Para o Curso de Formação de Docentes o currículo prevê a disciplina de
estágio, a qual, é obrigatória e não remunerada, sendo firmado um convênio de
cooperação técnica a cada ano, com as instituições de ensino que oportunizarão
este estágio. Também há oferta de estágio remunerado em escolas, através de
uma parceria com a Prefeitura Municipal de Rio Negro e Agências de
Integração.
-Estágio para pessoas com deficiência:
Em parceria com Agências de Integração da cidade de Rio Negro, há
oportunidade de estágios em empresas, tanto na indústria quanto no comércio,
para alunos com deficiência.
-Estágio profissional obrigatório:
È obrigatório quanto à disciplina de estágio, se previsto no currículo.
-Estágio profissional não obrigatório.
É aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária
regular e obrigatória, realizada pelo estudante com o intuito de complementar a
formação por meio de vivência de experiências próprias da situação profissional,
-A coordenação de curso acompanhará e aprovará a solicitação de estágio feita
pelo aluno, sendo seguidas as normas e documentação exigidas específicas
para cada curso.
-Parcerias com Agências de Integração, Prefeitura Municipal de Rio Negro,
SESI, CDL, prevêem a oferta de estágio aos alunos interessados, nos termos da
Lei 11.788 , podendo ser orientado por professores de áreas afins ou pelo
professor de estágio.
Financeira:
Buscar recursos (via projeto a ser elaborado) de cota suplementar do Fundo
Rotativo para reforma do prédio da escola (pintura e construção de espaço mais
adequado para Secretaria, reforma da cozinha adequando-a as normas
sanitárias, espaço para alocar a Equipe Pedagógica, colocação de torneiras
próximas ao espaço das quadras);
59
Aquisição e manutenção de equipamentos eletroeletrônicos (DVD, rádio
portátil c/CD, TVs, retroprojetores, etc), de acordo com necessidade e interesse
do corpo discente e docente.
Aquisição de assinaturas de revistas, aquisição de livros e materiais
pedagógicos, de interesse da escola.
Político-educacional:
Buscar os meios necessários para implantação de cursos técnicos;
Incentivar o espírito crítico e a participação dos alunos através do Grêmio
Estudantil;
Desenvolver atividades que priorizem a Gestão Participativa de todos os
segmentos escolares nas ações a serem desenvolvidas;
Promover uma maior aproximação entre o Conselho Escolar, APMF, Grêmio
Estudantil e Direção;
Atualização detalhada do patrimônio Escolar (FUNDEPAR e APMF);
Papel das instâncias Colegiadas:
I - Conselho Escolar: Órgão colegiado, consultivo, deliberativo e fiscal.
Tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos
organizados da sociedade e os setores do estabelecimento a fim de garantir a
eficiência e a qualidade deste. Conselho Escolar
O funcionamento do Conselho Escolar do Colégio, segue as normas e
regulamentos próprios e tem por finalidades democratizar a Gestão Escolar, e
promover a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os
setores do estabelecimento a fim de garantir a eficiência e a qualidade deste. As
reuniões são realizadas sistematicamente buscando sempre a participação de todos
os segmentos da escola. Em situações disciplinares mais complexas, sempre se
busca a interferência do Conselho.
II - Conselho de Classe: órgão colegiado, consultivo e deliberativo em
assuntos didáticos-pedagógicos; atua em cada classe do estabelecimento
objetivando avaliar o processo de aprendizagem, ou relação professor-aluno e os
procedimentos e propostas pedagógicas. Tem por finalidade, entre outras, estudar e
interpretar os dados de aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor,
na direção e desenvolvimento do processo de aprendizagem curricular.
III - Grêmio Estudantil :É o órgão destinado a organizar os estudantes bem
como defender seus interesses, pautado pela ética e pela democracia nas
relações com as demais representações da comunidade escolar bem como
promover e desenvolver atividades em prol do aluno e do colégio.
Na organização do Grêmio Estudantil deste Colégio, do qual participam
alunos do Ensino Fundamental e Médio, realizam um trabalho efetivo de
mobilização e organização com todo o grupo de alunos do colégio, criando
60
periódicos, jornais internos, auxiliando em promoções
acompanhando a realização dos objetivos propostos.
e
eventos
e
Eleição de alunos representantes de turma e APMF:
O Conselho de Representantes de turma reúnem-se periodicamente
com a Equipe Pedagógica e/ou Direção, para que em conjunto sejam planejadas
ações que venham de encontro a interesses comuns de melhoria contínua das
relações entre a comunidade escolar, e da escola como um todo.
Ações relativas à Formação Continuada
O Colégio Estadual “Barão de Antonina”, por primar pela qualidade do
ensino nele ministrado e, por entender que o principal agente da qualidade é o
professor sempre articula com seu grupo formas de viabilizar o aperfeiçoamento
e capacitação de seu quadro.
Assim, todas as ações planejadas, desde reuniões pedagógicas
periódicas, bem como grupos de estudos internos, com utilização de livros da
“Biblioteca do Professor”, e grupos de estudos em forma de cursos com
certificados de capacitação são oferecidos anualmente pelo Colégio. Também a
divulgação e incentivos constantes para participação em cursos seminários
ofertados a nível de Estado, são efetivados. A participação em Seminário de
Educação inclusive o que o município anualmente realiza, são incentivados e
programados para que todos participe.
A Escola acredita que é pela atualização que o aperfeiçoamento
perpassa, onde reflexões, decisões e sedimentações de metodologias e
avaliações se efetivam e repercutem em mudanças de posturas na práxis da
educação. Entende-se que não é a teoria por ela mesma e nem a prática por si
só que farão acontecer uma escola para a vida onde o saber sistematizado e o
uso da melhor forma possível deste levarão à construção da cidadania de fato.
Portanto a base das discussões e das intenções é unir o conhecimento
teórico à contextualização, pois a escola precisa ser dinâmica e mais do que
qualquer outra instituição estar atualizada no modo de utilizar os conhecimentos
produzidos pela sociedade assim como selecionar os que dão suporte mais
concretos à busca dos demais que se utilizarão no decorrer da vida.
A nível de graduação o quadro de pessoal é todo capacitado nas suas
áreas, onde a escola entra com papel fundamental de incentivador para
especializações nas áreas afins ou de interesse de cada profissional. Na medida
em que financeiramente o profissional consegue se organizar tem feito e estão
fazendo cursos a nível de pós graduação, vindo a escola agregar qualidade.
No ensino que oferta pois, sempre amplia visões e conceitos
principalmente sobre o ser humano, seu desenvolvimento suas características e
particularidades, seus anseios, angústias e necessidades e a nível pedagógico
estas questões, são fundamentais quando mais aprofundadas e definidas para se
desempenhar a função do ato de ensinar tendo-se claro o tipo de cidadão que se
quer formar.
61
Além das ações descritas acima, a Escola pretende incentivar :
-
Participação dos professores no Projeto Folhas
-
Participação dos professores no Objeto de Aprendizagem
Colaborativo sob orientação da Equipe do CRTE/NREamsul
Diretrizes Para Avaliação Geral de Desempenho dos Docentes, Pedagogos e
Funcionários e Avaliação Institucional
A avaliação na sua essência é complicada e ao mesmo tempo
necessária e fundamental enquanto parâmetro de produtividade e resultados. Ela
perpassa por todo o processo que envolve a escola e sua efetivação enquanto
ações, tanto específicas (ações de cada profissional) como abrangentes (a escola
como um todo). Fundamenta-se entre planejamentos, ações e resultados tanto
no aspecto qualitativo como quantitativo.
Neste contexto, várias são as articulações e ações avaliativas que a escola
como um todo realiza e participa.
Quanto ao quadro geral de funcionários enquanto gestão (comunidade
escolar) semestralmente será feita a avaliação interna em forma de auto avaliação
envolvendo os itens da ficha de desempenho com critérios específicos criados pela
escola em consenso com todos os envolvidos e avaliados. A partir deste momento
serão realimentados todas as práticas e posturas.
Com relação a desempenho de Docentes, além de assiduidade, participação em
reuniões,Conselhos de Clesse, projetos, se leverá em conta acompanhamento
mediante resultados de aprendizagem, criatividade bem como acompanhamento de
Pedagogos, avaliação de alunos, Auto avaliação, avaliação da SEED, dentre
outras...
Quanto aos pedagogos se avaliará pelo produtividade, assiduidade,
participação em reuniões com sugestões e retorno de seu trabalho, resultados de
suas ações, produtividade e envolvimento com todas as atividades...
Será feito com todos, momentos de feed back para análise do quadro atual
do momento com vistas a se obter parâmetros mediante metas propostas e
executadas (ver fichas de avaliação específica para ), aos menos duas vezes por
ano.
Para avaliar a qualidade do ensino, é preciso situar a comunidade sobre o
que se espera dela de acordo com o PPP.
Alunos, pais e professores receberão anualmente as mesmas
informações do trabalho, das intenções; com esclarecimentos detalhados sobre o
PPP, a grade como as disposições das disciplinas e os eixos, fazendo-se uma ponte
entre série-disciplinas e formação do aluno – cidadão que se quer formar e para
quê sociedade. O processo requer constante empenho tanto de aluno como de
professor, pois tudo perpassa por uma contínua troca de demonstração de postura,
conhecimento, observação, participação, interesse e análise para assim se
diagnosticar e se constatar a caminhada de cada um. Pela diversidade de todos os
62
envolvidos, torna-se um trabalho complexo, mas que se espera resultados bons.
Estas diretrizes serão adotadas tanto no Ensino Fundamental, quanto no Ensino
Médio e Profissional, onde se espera, resultados bem mais significativos a curto –
médio prazo.
Nesta perspectiva ainda, o Estabelecimento utiliza as avaliações da
SEED e do ENEM para analisar a sua atuação principalmente em consonância com
o Estado e demais regiões para verificar o desempenho da função da escola. A
avaliação institucional da SEED tem servido também como parâmetro para
avaliação interna do trabalho na escola, e com reconhecimento da comunidade em
geral, vindo a reforçar que está fazendo um trabalho sério e comprometido com a
qualidade da educação que oferta e desenvolve. ( Auto avaliação Institucional).
Para se garantir resultados para análise, estão sendo elaborados
instrumentos de avaliação diversificados, nos quais haverá a participação de todas
as instâncias da escola entre profissionais e alunos. Estes instrumentos serão
utilizados como diagnóstico. Também serão utilizados como instrumento para
crescimento qualitativo da comunidade escolar.
Ações relativas à Recuperação Paralela
Os alunos com acentuada defasagem de aprendizagem terão encaminhamento
em projetos especiais (como sala de Apoio Pedagógico, sala de Recursos, etc), e
a própria recuperação paralela coordenada pela equipe pedagógica e
professores, organizados segundo metodologias pertinentes, com atendimento
mais individualizado para garantia de seus avanços e sucessos na escola. Ela
acontece durante o ano letivo, na medida em que se constata que o trabalho em
sala de aula não atingiu os objetivos esperados.
Organização do trabalho pedagógico e da prática docente a partir do Currículo
enquanto núcleo do PPP
O Colégio Estadual Barão de Antonina considera o currículo como sendo
o núcleo da prática pedagógica pois é a partir dele que as concepções de formação
e contexto explicitadas no PPP se efetivam. Para tanto a escola tem um constante
trabalho pedagógico de forma a articular o PPP com a prática docente,
acompanhando e interagindo com motivação e organização, pois o currículo carrega
em si o que se julga básico para o conhecimento e precisa abranger também os
projetos colocados no PPP, bem como toda a prática pedagógica na escola, a qual
sempre está articulada com o currículo e PPP sendo sempre programada e
organizada a partir do PPP. Pode-se colocar aqui que os materiais didáticos e
pedagógicos são adquiridos a partir das necessidades exigentes, os livros didáticos
escolhidos partem da análise de consonância com o PPP e currículo, as reuniões de
pais, pedagógicas e de alunos são organizadas com propósitos voltados ao PPP e
currículo, os projetos e eventos realizados na escola são extraídos do currículo para
que haja maior aproveitamento através de alguns temas e não provoque
dissociação da prática sala de aula- espaço externo na escola, considerando o
63
conhecimento. É pertinente também registrar os momentos de avaliação conjunta
onde nas questões de produtividade e aproveitamento se analisa essa interação
conteúdo/conhecimento/metodologia/resultados com o currículo e as concepções do
PPP.
64
Calendário Escolar
65
Processos de Avaliação, Classificação e Promoção
Processos de Avaliação
O processo avaliativo precisa ser redimensionado a fim de expressar uma
concepção clara da sua intenção pedagógica, conforme o que dispõe a Lei de
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (9394/96): em seu artigo 24, inciso V
“a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais” (BRASIL, 1996, p. 14).
Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as limitações e as
fragilidades do processo de ensino e de aprendizagem, possibilitando uma
intervenção pedagógica consciente, objetivando a promoção da aprendizagem
significativa, de forma contínua e não meritocrática. Nesse sentido a avaliação é não
pontual, diagnóstica (por isso, dinâmica) e inclusiva. À avaliação interessa o que
estava acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que poderá acontecer
depois com o educando, na medida em que ela está a serviço de um projeto
pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser em construção
permanente. Para um verdadeiro processo de avaliação, (...) [o que interessa é] sua
aprendizagem, e, consequentemente, o seu crescimento; daí ela ser diagnóstica,
permitindo que se tomem decisões para melhorar; e, por conseqüência ser
inclusiva, já que, em vez de descartar, excluir, convida para a melhoria. (LUCKESI
2000, p.2)
A avaliação na perspectiva de uma aprendizagem significativa ocorre no
próprio processo de ensino e de aprendizagem com a reflexão e ação de alunos e
professores, na práxis pedagógica, no cotidiano da sala de aula, por meio das
discussões coletivas, da realização de atividades em grupos ou individuais. É
preciso estabelecer a dialética entre ação e reflexão, prática e teoria, meios e fins,
conhecimento científico e escolar, cultura e escola. Este se constitui em um dos
principais desafios de uma educação comprometida com a aprendizagem
significativa, isto é “dar sentido à linguagem que usamos, é estabelecer relações
entre os vários elementos de um universo simbólico, é relacionar o conhecimento
elaborado com os fatos do dia-a-dia, vividos pelo sujeito da aprendizagem ou por
outros sujeitos”(MORETTO, 2002, p.17).
Cabe destacar que a avaliação não se destina somente aos educandos,
mas também, ao processo de ensino e de aprendizagem, aos educadores, ao
estabelecimento de ensino, ao sistema, enfim, a todas as esferas envolvidas no
processo. Esta é uma postura a ser adotada, em que, quem avalia não é somente o
professor, mas todos os partícipes do processo, impulsionados a descobrir,
percorrer as trajetórias do conhecimento e redimensionar as formas de pensar.
Nesse sentido, Lima (2003), reitera que:
A avaliação, considerada de modo geral, tem uma dimensão formadora: ela tem
como uma de suas funções, em qualquer esfera da vida cotidiana, promover o
desenvolvimento das pessoas nas mais variadas situações. Na escola, a avaliação
tem a função de revelar o desempenho presente, as possibilidades de desempenho
futuro e os encaminhamentos necessários para as práticas que precisam ser
66
modificadas, apontando novos caminhos e possibilitando a superação dos
problemas atuais, abrindo as possibilidades educativas do futuro.
a) a clareza sobre a concepção adotada que deve ser consonante com a
fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola, de projeto político
pedagógico e de sua proposta curricular;
b) o entendimento da construção do conhecimento científico como histórica, nãoneutra, provisória e contextualizada;
c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte do
conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos
professores;
d) a inserção gradual de conceitos elaborados e sua aplicação em situações
cotidianas dos alunos;
e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no contexto
social;
f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das análises
realizadas;
g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por exemplo:
textos, desenhos, recortes e colagens, provas escritas, relatórios, etc
h) a participação e interesse dos alunos, evidenciando o envolvimento nos debates
empreendidos em sala de aula e nas atividades desenvolvidas.
Na Educação Básica, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do
ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem dos
alunos, e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar
seus resultados e atribuir-lhes valor;
-
Sendo assim, o processo avaliativo da disciplina acontecerá ao longo
do desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se
privilegiar o diálogo nas relações estabelecidas, entre os diversos
sujeitos envolvidos, o conhecimento e a diversidade cultural, bem
como a interação entre a ação e a reflexão. Depreende-se dessas
discussões que o resgate do sentido do avaliar enquanto processo é
uma necessidade premente, e deve considerar ainda os seguintes
aspectos
1-O processo avaliativo não poderá, em hipótese alguma, ser reduzido a
um único instrumento, nem restrito a um só momento ou a uma única maneira.
Nesse sentido, os professores precisam utilizar diversos instrumentos avaliativos
com intenção de diagnosticar os avanços apresentados pelos alunos, bem como
planejar as intervenções necessárias ao processo de aprendizagem.
2- A Avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor
tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem;
3- A Avaliação deve proporcionar dados que permitam ao
Estabelecimento de Ensino promover a reformulação do currículo com adequação
dos conteúdos e métodos de ensino;
4- A Avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do
Estabelecimento de Ensino e do sistema de ensino como um todo;
5- Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os
aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e o
multidisciplinaridade dos conteúdos.
67
6- Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
7- Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser
contínua, permanente e cumulativa.
8- A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos e
desenvolvimento dos objetivos necessários deverão ser assegurados nas
decisões sobre o processo de avaliação.
9 - a avaliação deverão ser considerados os resultados positivos obtidos
durante o período letivo, num processo contínuo, podendo ter observações à parte
de dificuldades e/ou intervenientes;
10- A avaliação do ensino de Educação Física e de Educação Artística
deverá adotar procedimentos próprios, de acordo com a Proposta Pedagógica do
colégio visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, levando em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação
nas atividades realizadas.
11- Os critérios, instrumentos e procedimentos de avaliação, são em
consonância com a Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento, obedecida a
legislação vigente inclusive a Deliberação 007/99 e o Parecer 042/99 – DEPGSEED, são:
Critérios:
- Aprendizagem dos conteúdos pertinentes a cada série; Deverá obedecer a
ordenação e seqüência do ensino e da aprendizagem, bem como a consonância e
orientação da Proposta Pedagógica;
- Demonstração de desenvolvimento dos objetivos pertinentes a cada área e
disciplina das séries;
- Demonstração de desenvolvimento das habilidades gerais, e formação cidadã.
Instrumentos:
A avaliação, por ser processual, contínua e cumulativa, é registrada
continuamente, a partir da diversidade dos trabalhos em sala de aula ou fora dela,
orientados pelo professor.
Dentre os instrumentos sugere-se: entrevistas, pesquisas, construção de
modelos, interpretação de dados coletados, trabalhos de campo, registros de
observação ou outras produções escritas, produções orais que podem ser
realizadas individual e/ou coletivamente. Os referidos instrumentos de avaliação,
geralmente, agregam os objetivos propostos pelos educadores, tendo em vista a
seleção e os encaminhamentos pedagógicos dados aos conteúdos.
A avaliação cumulativa caracteriza-se ao ser tomada pela melhor forma de
aproveitamento da aprendizagem, com o julgamento adequado para a decisão
68
sobre a continuidade de estudos de cada aluno, individualmente sempre em
Conselho de Classe com acompanhamento da Equipe Pedagógica.
Na educação Profissional – Curso de Formação de Docentes – além das
considerações acima descritas, tendo como foco a formação profissional, serão
consideradas as habilidades desenvolvidas para o futuro exercício docente. Desta
forma far-se-á a integração da teoria à sua aplicação prática no Estágio
Supervisionado, onde, sob o acompanhamento do professor da área, serão
analisados os aspectos qualitativos de sua formação.
Garantindo sua finalidade educativa enquanto contínua, permanente e
cumulativa a avaliação deverá obedecer a alguns critérios gerais, sendo:
-
Deverá ser registrada em documentos próprios a fim de serem
assegurados a regularidade e a autenticidade da vida escolar do
aluno, sendo arquivados em pasta própria do aluno;
O acompanhamento e a definição do processo avaliativo sempre será em
conjunto pelo Conselho de Classe da Turma e demais profissionais conforme
Regimento Escolar.
Serão adotadas fichas de acompanhamento, por turmas, sempre
preenchidas pela Equipe Pedagógica no momento do Conselho de Classe com
acompanhamento do professor Orientador de Turma ou pelo professor Pedagogo.
Por ser contínua, todos os momentos deverão ser considerados no
acompanhamento com o aluno não se restringindo a momentos ou dias especiais
para se formalizar a avaliação.
A avaliação deverá enquanto processo, ser dinâmica considerando todos
os aspectos de movimento histórico social, sendo de caráter individual sem
comparativos entre pessoas, turmas, turnos, procedências de vida, mas tendo o
ponto central o avanço e o desenvolvimento humano de cada aluno sendo ele
também participante e responsável pelos resultados de sua própria análise
constante enquanto conhecimentos e capacidades.
A escola oferta continuamente a recuperação paralela com fins de
recuperação de estudos ou superação de dificuldades de apropriação de
conhecimentos e desenvolvimento de habilidades.
Classificação
Classificação é o procedimento que a Escola adota em casos de
transferências recebidas e ou aproveitamento de estudos de alunos que se
matricularam por transferência e mesmo para revalidação e equivalência de estudos
feitos no exterior, com fins de posicionar o aluno na série compatível com sua
idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.
É vedada para o ingresso na primeira série do ensino fundamental
podendo ocorrer em todas as demais séries, etapas ou ciclos.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem,
exigindo medidas processuais e administrativas que estão explicitadas no
Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.
Pode ocorrer por promoção, por transferência independente de
escolarização anterior desde que já esteja freqüentando o ensino fundamental.
A reclassificação, para alunos oriundos da própria escola, também pode
ser processada respeitando-se o período de realização e procedimentos conforme
Regimento da Escola.
69
Promoção
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno expresso conforme critérios e formas determinadas pelo Regimento Escolar
do estabelecimento.
A avaliação final deverá considerar para efeito de promoção, todos os
resultados obtidos durante a série, no período letivo, incluída a recuperação de
estudos.
O registro da avaliação bem como seu processo, é permanente,
diagnóstico e cumulativo, indicando a correspondência da etapa em que o aluno se
encontra com a série de ensino regular, no caso do Ensino Fundamental, tomandose como parâmetro os conteúdos do Projeto Político Pedagógico da escola, o qual
está em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais e as Diretrizes do
Estado do Paraná.
Ao final de cada bimestre letivo haverá um registro do conjunto das
avaliações realizadas em documento próprio (boletim), para comunicação aos pais
ou responsáveis pelo aluno ou ao próprio aluno, indicando a situação escolar . Será
considerada a freqüência mínima de 75% em cada ano letivo para promoção.
Considera-se a média mínima 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina para o
aluno ser aprovado, após análise do Conselho de Classe, tendo esse poder de
aprovação do aluno com média menor, se for o caso, considerados os aspectos
de desenvolvimento de habilidades, e pré requisitos necessários para sua
aprovação, bem como do procedimento de acompanhamento do aluno para que
se desenvolva com sucesso perante garantia de aprendizagem. Para a promoção
final é utilizada a fórmula: M1B + M2B + M3B + M4B =6,0
4
REGIME ESCOLAR (REGULAMENTO INTERNO)
O Colégio Estadual “Barão de Antonina” – Ensino Fundamental, Médio
e Normal - Rio Negro/PR, oferta cursos do Ensino Fundamental e Ensino Médio
(Educação Geral) e o Curso de Formação de Docentes na modalidade Normal,
públicos.
O Ensino Fundamental é diurno correspondendo aos períodos matutino
e vespertino.
O Ensino Médio é ofertado nos períodos matutino, vespertino e
noturno. O curso de Formação de Docentes na modalidade Normal é ofertado no
período diurno e noturno, podendo ser o Curso Integrado e o Curso com
Aproveitamento de Estudos.
As vagas são preenchidas de acordo com as matrículas realizadas,
inclusive nos respectivos turnos, por ordem de realização das mesmas. O turno
pode-se escolher desde que haja vaga e oferta das respectivas séries.
70
A escola oferta atendimento pela equipe pedagógica e todo o quadro
de funcionários nos três períodos, inclusive com presença de representantes da
Direção, Secretaria, Biblioteca e Serviços Gerais, além dos professores, para
melhor atender sua comunidade.
Realiza reuniões periódicas,tanto pedagógicas
comunidade, alunos, APMF e Grêmio Estudantil.
como
com
a
Realiza atividades extra classe como forma de enriquecimento
curricular onde espera sempre a participação de todos.
Existe preocupação constante em manter todas as instâncias escolares
em conformidade com as orientações emanadas da SEED, Núcleo Regional, ou
outro órgão competente. Seus cursos estão regulamentados, e a documentação
em dia .
Regime interno
O regulamento interno possui algumas orientações internas,
específicas para o bom andamento da escola sobre itens pertinentes do
Regimento Escolar. Anualmente é atualizado através de reunião com professores
, alunos e pais, conforme as necessidades da escola e características do corpo
discente e docente. É socializado a toda a comunidade escolar para ciência e
cumprimento.
71
Matrizes Curriculares
72
NRE: 03 – AREA METROP.SUL
ESTABELECIMENTO: 0026 -
MUNICIPIO: 2250 -
ANTONINA, C E BR DE
RIO NEGRO
– E FUND E MEDIO
ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS.GR. 5/8 SER
TURNO: MANHA
ANO DE IMPLANTACAO: 2007
MODULO: 40 SEMANAS
FORMA: SIMULTANEA
B
A
S
E
5
6
7
8
4
4
4
4
2
2
2
2
EDUCAÇAO FISICA
3
3
3
3
CIENCIAS DA
NATUREZA,
MATEMATICA E
SUAS
TECNOLOGIAS
MATEMATICA
4
4
4
4
CIENCIAS
3
3
4
3
CIENCIAS
HUMANAS
E SUAS
TECNOLOGIAS
HISTORIA
3
3
3
4
GEOGRAFIA
3
3
3
3
1
1
-
-
23
23
23
23
2
2
2
2
2
2
2
2
25 25 25
TOTAL
GERAL
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96.
* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORARIA DA MATRIZ POR SER
FACULTATIVA PARA O ALUNO.
25
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
AREAS
LINGUAGENS,
CODIGOS
E SUAS
TECNOLOGIAS
DISCIPLINAS
SERIE
LINGUA PORTUGUESA
ARTES
ENSINO RELIGIOSO
*
SUB-TOTAL
P
L.E.M.-
INGLES
\
D
SUB-TOTAL
73
NRE: 03 – AREA METROP.SUL
ESTABELECIMENTO: 0026 -
MUNICIPIO: 2250 -
ANTONINA, C E BR DE
RIO NEGRO
– E FUND E MEDIO
ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS.GR. 5/8 SER
TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTACAO: 2007
MODULO: 40 SEMANAS
FORMA: SIMULTANEA
5
6
7
8
LINGUAGENS, LINGUA PORTUGUESA
CODIGOS
E SUAS
ARTES
TECNOLOGIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
4
4
4
4
2
2
2
2
3
3
3
3
CIENCIAS DA MATEMÁTICA
NATUREZA,
MATEMATICA E
SUAS
CIÊNCIAS
TECNOLOGIAS
4
4
4
4
3
3
4
3
CIENCIAS
HISTÓRIA
HUMANAS
E SUAS
GEOGRAFIA
TECNOLOGIAS
ENSINO RELIGIOSO
*
3
3
3
4
3
3
3
3
1
1
-
-
23
23
23
23
2
2
2
2
2
2
2
2
25
25 25
TOTAL
GERAL
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96.
* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORARIA DA MATRIZ POR SER
FACULTATIVA PARA O ALUNO.
25
B
A
S
E
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
AREAS
DISCIPLINAS
SERIE
SUB-TOTAL
L.E.M. INGLÊS
P
\
D
SUB-TOTAL
74
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96,
INSTRUÇÃO Nº015/2006 – SUED/SEED
75
NRE: 03 – AREA METROP.SUL
MUNICIPIO: 2250 _ RIO NEGRO
ESTABELECIMENTO: 0026 _ ANTONINA,C E BR – E FUND MEDIO
ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MEDIO
TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTACAO : 2007
MODULO: 40 - SEMANAS
forma: SIMULTANEA
B
A
S
E
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
AREAS
LINGUAGENS,
CODIGOS
E SUAS
TECNOLOGIAS
DISCIPLINAS
SERIE
\
1
2
3
LINGUA PORTUGUESA
3
3
3
ARTE
2
2
2
EDUCAÇÃO FISICA
2
2
2
4
3
3
2
2
2
2
2
2
BIOLOGIA
2
2
2
HISTORIA
2
3
3
GEOGRAFIA
2
2
2
SOCIOLOGIA
2
2
-
FILOSOFIA
-
-
2
23
23
2
23
2
2
2
2
25
25
CIENCIAS DA
MATEMATICA
NATUREZA,
MATEMATICA E
FISICA
SUAS TECNOLOGIAS
QUIMICA
CIENCIAS
HUMANAS
E SUAS
TECNOLOGIA
SUB-TOTAL
P
L.E.M. – INGLES
D
SUB-TOTAL
TOTAL GERAL
25
76
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96, e Instrução
Nº015/2006 – SUED/SEED
NRE: 03 – AREA METROP.SUL
MUNICIPIO: 2250 _ RIO NEGRO
ESTABELECIMENTO: 0026 _ ANTONINA,C E BR – E FUND MEDIO
ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MEDIO
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTACAO : 2007
MODULO: 40 - SEMANAS
forma: SIMULTANEA
B
AREAS
DISCIPLINAS
A
S
E LINGUAGEN LINGUA PORTUGUESA
S,
CODIGOS
ARTE
N
E SUAS
A
TECNOLOGI
EDUCAÇÃO FISICA
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
1
2
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
CIENCIAS DA MATEMATICA
NATUREZA,
MATEMATIC FISICA
A E SUAS
TECNOLOGI QUIMICA
AS
CIENCIAS HISTORIA
HUMANAS
E SUAS
GEOGRAFIA
TECNOLOGI
A
SOCIOLOGIA
4
3
3
2
2
2
2
2
2
2
3
3
2
2
2
2
2
-
SUB-TOTAL
23 23 23
L.E.M. – INGLES
\ SERIE
2
2
2
P
D
77
SUB-TOTAL
2
2
2
TOTAL
25 25 25
GERAL
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96, e
Instrução Nº015/2006 – SUED/SEED
78
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUC. INF. E DOS ANOS INICIAIS
DO ENS.FUND. EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL - INTEGRADO
Ano de Implantação: 2007 - simultânea Turnos: Diurno e Noturno
Carga Horária Total = 4.800h
Módulo: 40 H.
H.
Aula Relógio
DISCIPLINAS
1ª 2ª 3ª 4ª
BASE
NACIONAL
COMUM
Língua Portuguesa e Literatura
4
Arte
Educação Física
Matemática
Física
Química
Biologia
História
Geografia
Sociologia
Filosofia
2
2
3
Sub-total
PD
2
2
2
3
2
2
Fund. Hist. e Polít. da Educ Infantil
Concepções Norteadoras da Educação
Especial
Trabalho Pedagógico na Educação
Infantil
Organização do Trabalho Pedagógico
Literatura Infantil
Metodologia do Ensino de Português /
Alfabetização
Metodologia do Ensino de Matemática
Metodologia do Ensino de História
Metodologia do Ensino de Geografia
Metodologia do Ensino de Ciências
Metodologia do Ensino de Arte
Metodologia do Ensino de Educação
Física
Sub-total
Estágio Supervisionado
Total
TOTAL GERAL
2
2
2
2
2
19 15 13 11
400
80
320
440
200
160
160
160
160
80
80
2320
67
267
366
167
133
133
133
133
67
67
1934
2
160
133
2
2
160
133
80
67
2
80
80
80
67
67
67
2
2
80
80
67
67
2
160
133
2
2
160
80
160
133
67
133
80
67
80
80
80
80
80
67
67
67
67
67
2
2
2
2
2
480
2
Sub-total
FORMAÇÃO
ESPECÍFICA Fund. Filos da Educação
Fund. Sociol. da Educação
Fundamentos Psicológicos da Educação
2
4
3
2
3
2
2
2
2
Língua Estrangeira Moderna
Fundamentos Históricos da Educação
2
2
2
2
2
2
2
2
2
6 10 10 12 1520
1266
25 25 25 25 4000
3333 79
5 5 5 5
30 30 30 30 800
4800
667
4000
PROPOSTA PEDAGÓGICA/CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Língua Portuguesa, tornou-se parte integrante dos currículos escolares
brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX. Portanto, a formação deste
profissional, teve início nos anos 30 do século XX.
Pelo caráter político e social, a educação tinha práticas restritas. Depois de
institucionalizada como disciplina, as práticas de ensino moldavam-se ao ensino do
latim.
A comunicação deve ser entendida como um processo de construção de
significados em que o sujeito interage socialmente, usando a língua como
instrumento que o define como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como
linguagem que constrói e desconstrói significados sociais.
A língua está situada, nas relações humanas, nas quais o aluno está
presente e mergulhado. A língua não está dissociada do contexto social vivido.
Sendo ela dialógica por princípio, não há como separá-la de sua própria natureza,
mesmo em situação escolar. pois dentro do movimento histórico da nossa
sociedade, a linguagem é um processo em construção. Porém, este processo não
foi sempre assim. O educação já foi retórica, imitativa, elitista, reprodutivista,
repressiva perpetuando a ordem patriarcal, estamental e colonial.
No século XVIII, o Marquês de Pombal, torna obrigatório o ensino da Língua
Portuguesa, em Portugal e no Brasil. No ano de 1837, o estudo da Língua
Portuguesa foi incluído no currículo das disciplinas Gramática,Retórica e Poética,
por decreto imperial , em 1871 foi criado, no Brasil, o cargo de professor de
Português.
Em 1967, iniciou-se o processo de democratização do ensino, onde era
imprescindível, que as propostas pedagógicas, levassem em conta as novas
necessidades dos educandos. Se priorizou na época, uma educação pragmática e
utilitária, visando o tecnicismo e não despertando as capacidades lingüísticas.
A gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da
comunicação torna-se referencial. Durante a década de 1970 a 1980 o ensino da
Língua Portuguesa pautava-se em exercícios, estruturais , técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura.
Também nos anos 70, o ensino tornou-se gramatical e com estratégias
-questionários que não levam o aluno apensar, e sim somente reproduzir conceitos.
A partir dos anos 80 começou-se a repensar o trabalho realizado em sala de
aula, reestrurando o ensino do 2º grau, mundando a visão de que a aprendizagem
ocorre de forma social e histórica.
A história da língua portuguesa pode ser dividida em duas fases:
1) a fase arcaica – estende-se do século XII a meados do século XVI.
2) a fase moderna – estende-se do século XVI até nossos dias.
Na fase arcaica, podemos distinguir:
80
a) século XII – latim com ligeiras modificações;
b) séculos XIII e XIV – galego-português.
A partir do século XIV, conforme vimos, o galego e o português começam a se
diversificar; tal separação completa-se no século XVI.
Expansão da língua portuguesa
Os idiomas neolatinos não ficaram restritos à Europa. Com a colonização de outros
povos pelos dominadores europeus, esses idiomas espalharam-se pela América,
África e Ásia.
Durante a fase de sua expansão marítima, os portugueses chegaram às Américas,
rodearam a África, passaram pela China e pela Índia. Isso explica, por exemplo, que
numa região tão distante do Brasil como Cabo Verde também se fala português.
Nessa fase de expansão, a língua portuguesa foi sofrendo influências dos idiomas
locais. Incorporaram-se ao português palavras de outras origens, como cáfila (do
árabe), jangada (do malaio), chá (do japonês).
Assim a língua portuguesa espalhou-se pelo mundo e chegou ao Brasil. Em 1500
Portugal oficializou a existência do Brasil.
O português no Brasil
A imposição da língua não foi fácil: houve atritos com a língua indígena, no início.
Mais tarde, a língua africana influenciou o português do Brasil; ocorreram ainda
influências do francês e do holandês, no período das invasões; mais recentemente,
nossa língua recebeu influências dos imigrantes europeus, principalmente no
centro-sul do país.
Aos poucos, o português aqui implantado pela colonização da metrópole foi
adquirindo características específicas, distanciando-se do português de Portugal.
Não se pode falar ainda na existência de uma língua brasileira, mas hoje são
inúmeras as diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil.
A influência do tupi na língua portuguesa fez-se sentir de maneira acentuada. No
vocabulário, por exemplo, herdamos da língua dos índios:
a) topônimos (nomes de lugares): Guanabara, Ipanema, Copacabana;
b) antropônimos (nomes de pessoas): Iracema, Ubirajara, Iraci;
c) nomes relacionados à flora e à fauna: caju, maracujá, jabuticaba, jacarandá,
mandioca, cutia, tatu, arara, gambá.
Os dialetos trazidos pelos escravos africanos também deixaram inúmeros vestígios
no português do Brasil. Alguns exemplos de palavras de origem africana: acarajé,
babalaô, banguela, caçula, cafundó, cangerê, canjica, dendê, farofa, fubá, fumo,
mandinga, marimbondo, moleque, ogum, quiabo, quilombo, quitanda, quitute,
vatapá.
Mais tarde, a vinda dos imigrantes também influenciou o português do Brasil,
conforme já informamos. Do alemão herdamos níquel, gás. Do espanhol, bolero,
castanhola; do francês, paletó, matinê, boné,; do italiano, entraram em nossa língua
palavras como macarrão, piano, tenor, soneto, bússola, piloto, bandido; do inglês,
clube, futebol, bife, forró.
Posteriormente, os veículos de comunicação de massa facilitaram a introdução, em
nossa língua, de inúmeras palavras de outros idiomas, como o japonês (karaokê,
camicase).
81
Com o tempo, as palavras importadas vão-se adaptando ao sistema ortográfico do
português, como ocorreu com a palavra francesa abat-jour, atualmente grafada
abajur.
Palavras de importação mais recente ainda não sofreram esse processo de
adaptação, como, por exemplo: software, hardware, know-how.
Convém não esquecer que a dominação econômica acaba por impor mudanças
lingüísticas. Hoje, nossa língua sofre grande influência da língua inglesa, aqui
chegada sobretudo através da cultura americana.
Quantos falam a língua portuguesa
De acordo com estatísticas, aproximadamente 180 milhões de pessoas falam a
língua portuguesa. É a sétima língua mais falada do mundo, superada pelo chinês, o
inglês, o espanhol, o hindi, o russo e o árabe.
De acordo com Bakhtin, a aprendizagem ocorre de forma dialógica e social.No caso
do currículo do estado do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que
enfrentasse as normas e a estruturas nos textos, onde estes deveriam ser mais
significativos e mais realistas.
A língua portuguesa que falamos hoje resulta do cruzamento de todos esses
fatores.
Na década de 90, a abordagem de ensino da Língua Portuguesa não
especificava e/ou subsidiava um trabalho docente para levar o aluno a o que e
como escrevere também havia um descaso com a literatura , tanto mo médio como
no fundamental.
Assim, requeremos uma nova postura com relação a estas práticas em sala
de aula.
O processo de ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa, deve pressupor
antes uma visão sobre o que é linguagem verbal. Ela se caracteriza como
construção humana e histórica de um sistema linguístico e comunicativo em
determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes os
homens, seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.
As expressões humanas incorporam todas as linguagens mas, para efeito
didático, a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de
língua materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho.
O caráter sociointeracionista da linguagem verbal aponta para uma opção
metodológica de verificação do saber linguístico do aluno, como ponto de partida
para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo como referência o valor da
linguagem nas diferenças sociais.
A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e
o discurso que se produz e a função comunicativa, o principal eixo de sua
atualização com a razão do ato linguístico.
O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser
entendido pelos textos que produz e o que constitui como ser humano. O texto só
existe na sociedade e é produto de uma história social e cultural, único em cada
contexto, porque marca o diálogo entre os interlocutores que o produz e entre os
outros textos que o compõe. O homem visto como um texto que constrói textos.
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se
em propostas interativas lingua/linguagem, consideradas em um processo
82
discursivo de construção do pensamento simbólico, construtivo de cada aluno em
particular e da sociedade em geral.
Essa concepção destaca a natureza social e interativa da linguagem, em
contraposição às concepções tradicionais, deslocadas do uso social. O trabalho do
professor, centra-se no objetivo de desenvolvimento e sistematização da linguagem
interiorizada pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de
outras utilizadas em diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais de ensino
de língua, ou seja, nomenclatura gramatical e história da literatura, são deslocadas
para um segundo plano. O estudo da gramática passa a ser estratégia para
compreensão/interpretação/produção de textos e a literatura integra-se à área de
leitura.
Não aceitar a diversidade de pontos de vista é um desvio comum em uma
relação pouco democrática. A língua serve de faca afiada nessas situações. A
comunicação acaba por surgir, quando a pressão é grande, atitudes não
verbalizadas como a violência simbólica ou física. O enfrentamento verbal ainda é a
melhor saída, se não quisermos gerenciar o caos.
Tendo como referência esta fundamentação e a necessidade cada vez mais
da apropriação eficaz da linguagem, elaboramos a presente Proposta Pedagógica,
visando melhorar o trabalho pedagógico, construindo o processo de cidadania em
nossos alunos, valorizando-os como seres integrantes da sociedade,
transformadores e inovadores em suas relações interpessoais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos específicos a serem trabalhados no ensino
fundamental
formam os Conteúdos Estruturantes, ou seja o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar.
Sendo a língua concebida como a prática que se efetiva nas diferentes
instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a língua, e o conteúdo
estruturante, é caracterizado pelo discurso como prática social.
Como a língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, nem imutável, o
discurso por sua vez, é muito mais; é efeito de sentidos entre interlocutores, não é
individual, ou seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese em atitudes de
respostas a outros textos compreensão.
O Conteúdo Estruturante desta disciplina é entendido como os campos de
estudo, e principalmente, de ação, em que se concretiza a prática do uso real da
língua materna. Percebia-se neste contexto duas práticas: a tradicional que
determinava a estudo de regras gramaticais, como o centro e objetivo maior de
trabalho com a língua e a prática de abordagem de concepção da língua/materna
em língua /instrumento de comunicação eficaz e exterior ao indivíduo, segundo
Suassuna, sem noção de processo ou historicidade.
Segundo as Diretrizes Curriculares as práticas discursivas, os conceitos
oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica,Pragmática,Estudos Literários,
Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,Gramáticas
normativas e descritiva , entre outros, estarão presentes os conceitos de modo a
contribuir com o aprimoramento do desenvolvimento lingüística dos alunos.
Quando nos expressamos, de alguma forma estamos ecoando
outro ou outros discursos, nos referindo ou nos posicionando em relação a alguma
83
situação, idéia ou opinião já expressa por alguém. Há, no contexto, uma
superposição de discursos, nem sempre claramente perceptível.Assim, interpretear
um texto é tanto mais fácil quanto mais estivermos inseridos na grande teia
discursiva a que nos referimos. Este é o grande desafio do professor de Língua
portuguesa, despertar para este discurso.
Dentro desta visão é importante ressaltar o trabalho dentro da literatura
que permitirá ao aluno uma ação dialógica nas párticas da oralidade, de leitura e da
escrita.
É importante que o professor de Língua Portuguesa e literatura do Ensino
Fundamental e médio se reconheça em sua função social de compartilhar e
construir conhecimentosa que auxiliem o aluno a fazer suas próprias escolhas, nas
situações de uso da língua e da linguagem como um caminho significativo de
transformação, observando que o processo aprendizagem é consolidado, não
somente em sua fase de escolarização, mas sim um processo contínuo de sua vida.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
PRÁTICA DA LÍNGUA ORAL:
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos,
eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV, filmes,
entrevistas, jornais, ilustrações, etc.);
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,
filmes, programas, etc.);
Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.);
• No que se refere às atividades da fala:
clareza na exposição de idéias;
sequências na exposição de idéias;
objetividade na exposição de idéias;
consistência argumentativa na exposição de idéias;
adequação vocabular.
• No que se refere à fala do outro:
reconhecer as intenções e objetivos;
julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da
clareza e consciência argumentativa.
• No que se refere ao domínio da norma padrão:
concordância verbal e nominal;
regência verbal e nominal;
conjunção verbal;
emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
PRÁTICA DA LEITURA:
•
Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.
No que se refere à interpretação:
identificar as idéias básicas apresentadas no texto;
84
•
•
reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo ou
informativo);
identificar o processo e o contexto de produção;
confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido;
proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo
tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes;
o mesmo tema sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
avaliar o nível argumentativo;
avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural ( paragrafação e recursos
coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e
sua relação com os sinais de pontuação.
PRÁTICA DA ESCRITA:
•
•
•
•
•
•
No que se refere à produção de textos:
produção de textos ficcionais (narrativos);
produção de textos informativos;
produção de textos dissertativos;
No que se refere ao conteúdo:
clareza;
coerência;
argumentação.
No que se refere à estrutura:
processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
usos de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
a organização de parágrafo;
pontuação.
No que se refere à expressão:
adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal
e nominal, conjunção verbal).
No que se refere à organização gráfica dos textos:
ortografia;
acentuação
recursos gráficos visuais (margem, título, etc)
No que se refere a aspectos da gramática tradicional:
reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a
conectividade sequencial e a estrutura temática;
refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais – sujeito, objeto direto e
objeto indireto e predicativo;
reconhecer as categorias sintáticas centrais – os constituintes: sujeito e
predicado, núcleo e especificadores;
a posição da sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de
inversão;
a estrutura da oração com verbos, ser, Ter e haver;
o sintagma verbal nominal e sua flexão;
85
a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;
as sentenças simples e complexas;
a adjunção;
a coordenação e a subordinação.
5ª SÉRIE:
A força da palavra; alfabeto, letras e sons; classificação de fonema, vogais,
semivogais e consoante; sinônimos e antônimos; classificação dos substantivos:
comum, próprio, uniformes, biformes; adjetivo/locução adjetiva; classificação das
palavras quanto ao número de sílaba; sílabas atônicas e tônicas; acentuação; artigo;
períodos simples e composto; pronomes: pessoais, tratamento, possessivo,
demonstrativo; oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas; hiato, ditongo , tritongo;
leitura; interpretação; oralidade; produção de texto; poesia; teatro.
6ª SÉRIE:
Fonema e letra; encontro vocálico e consonantal, dígrafos; a sílaba e sua
estruturação; substantivo: classificação, flexões; adjetivo: classificação e flexão;
artigo; numeral; acentuação gráfica; pronomes; verbo: flexões, classificação;
advérbio; pontuação; interjeição; preposição, conjunção; produção de textos
narrativos, descritivos, poéticos; ortografia; literatura infanto juvenil; oralidade;
teatro.
7ª SÉRIE:
Revisão das classes gramaticais; frase, oração, período; sujeito: classificação;
predicado: classificação; termos essenciais da oração; termos acessórios da oração;
narração: discurso direto e indireto; dissertação; poesia; anúncio publicitário,
entrevista; texto jornalístico; receitas; cartas; ortografia; acentuação; pontuação;
literatura infanto juvenil; oralidade; teatro.
8ª SÉRIE:
Classes gramaticais; conjunções coordenativas e subordinativas/pronome
relativo que; oração coordenada e subordinada; concordância nominal e verbal;
regência verbal e nominal; próclise, mesóclise, ênclise; figuras de linguagem,
palavras e pensamentos; estrutura das palavras: prefises, radicais e sufises; sílabas
tônicas; ortografia; para eu/para mim; uso do por que; crase; homônimos e
parônimos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os princípios organizadores dos conteúdos da Língua Portuguesa – uso –
reflexão – uso, além de orientarem a seleção dos aspectos a serem abordados,
definem também, a linha geral de tratamento que tais conteúdos receberam dentro
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do movimento metodológico de ação – reflexão – ação que incorpora a reflexão às
atividades linguísticas do aluno, de tal forma que ele venha a ampliar a sua
competência discursiva para as práticas de escrita, leitura e produção e a
incorporação no enriquecimento e ampliação de palavras, estruturas linguísticas,
compreensões da língua. Na 7ª e 8ª séries era mais a nível de análise linguística,
aprofundando-a pressupondo que a incorporação da coesão textual já se ampliou,
organizando-se então, nas atividades metalinguísticas.
Elaboração de esquemas para planejar previamente a exposição;
Preparação de cartazes para assegurar melhor controle da própria fala
durante a exposição;
Elaboração de roteiros para a realização de entrevistas ou encenação de
jogos dramáticos improvisados;
Preparação prévia e leitura de textos dramáticos e poéticos;
Memorização de textos dramáticos ou poéticos a serem apresentados sem
apoio escrito;
Descrição improvisada ou planejada sobre tema polêmico;
Debate em que se confrontam posições diferentes a respeito de tema
polêmico;
Exposição em público de tema preparado previamente;
Representação de textos teatrais ou de adaptações de outros gêneros,
permitindo explorar, entre outros aspectos o tom de voz, ritmo, aceleração e
timbre;
Seleção e exploração de textos produzidos, que seja representativo de
dificuldades coletivas e apresenta possibilidades para discussão dos
aspectos priorizados e encaminhamento de soluções com apresentação do
texto para leitura, reproduzindo-o de alguma forma;
Reelaboração de textos, em dupla ou pequenos grupos;
Comparação de textos sobre um mesmo tema veiculado em diferentes
publicações;
Análise e discussão de textos diversos;
Análise comparativa entre registro da fala ou da escrita e os preceitos
normativos estabelecidos pela gramática tradicional;
Exploração de palavras com o mesmo afixo ou desinência;
Identificação em textos, palavras ou expressões que instalam preposições e
subtendidos, analisando as implicações discursivas;
Identificação e análise da funcionalidade de expressões figuradas;
Identificação de termos – chaves de um texto, vinculando-os as redes
semânticas que permitam a produção de esquemas e resumos;
Identificação e análise das interferências da fala na escrita;
Exploração de palavras a fim de explicitar as regularidades ortográficas;
Leituras e interpretações de textos diversos;
Projeto – Leitura.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será diagnóstica, através da investigação sobre as práticas de
leitura e escrita vivenciadas pelos alunos, observando a compreensão e apropriação
da língua.
87
Na produção de textos, observar-se-á:
O nível de textualidade: a construção da redação enquanto texto;
O nível de correção linguística: atendimento às exigências normativas do uso
da língua escrita;
Capacidade de expandir idéias e reestruturar textos;
Produção de textos na modalidade escrita nos gêneros previstos para a série.
-Produção de textos poéticos e literários sobre questões relacionados à cultura afrobrasileira.
Na literatura serão observados os seguintes itens:
prática de leitura, proficiência do leitor, capacidade de estabelecer relações
com outros textos;
Exposição crítica sobre as obras lidas;
Interesse, iniciativa;
Pesquisas sobre biografias e bibliografias de autores infanto juvenis e
particularmente paranaenses.
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Coleção – Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
Ensinar e Aprender – Relatos de Prática.
Cleusa M.B. dos Santos e Sandra B da Costa. Pretexto. Projeto Piloto de Língua
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Língua Portuguesa: Produção: Diálogo entre Textos. Secretaria Municipal de
Curitiba/PR.
Maria Luiza Abaurre e Marcela M Pontara. Português.
Mª Helena Luft. A Palavra é sua.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
ARTES
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desenvolver os impulsos criadores que cada ser humano possui é uma
necessidade vital de nossa cultura. E só criando, transformando o mundo, o homem
faz um mundo humano e se faz a si mesmo.
O ser humano inicia-se no mundo da arte já em seus primeiros dias de vida,
quando começa a ver, sentir, ouvir, cheirar e tocar, percebendo e reconhecendo
volumes, formas, cores, sons, cheiros e gostos.
O seu contato com lápis, papel, espaço, cor entre outros ocorre de forma
mais avançada do que qualquer outra atividade escolar. A criança consegue
desenhar e pintar muito antes de ler ou mesmo escrever. Essa necessidade está
dentro de cada ser humano, é a satisfação da necessidade de expressão.
Por isso o ensino da Arte, o conhecimento artístico que aliado à leitura da
realidade permitem a superação da sua aparência imediata para compreender seu
significado humano.
A disciplina de arte se apresenta como uma área do conhecimento bastante
importante, com a qual temos a oportunidade de experimentar diversas formas de
“ver” e “perceber” o mundo a nossa volta. Estudando e conhecendo melhor o papel
da arte no passado e no presente podemos ampliar nossos conceitos à respeito da
existência humana e das transformações que ela pode sofrer com o passar do
tempo.
91
Na escola o objeto de trabalho é o conhecimento. Sendo assim a metodologia
do ensino da arte em três momentos da organização pedagógica:
Sentir e perceber a obra de arte e o mundo de imagens que nos envolve;
A prática artística e criativa possibilita desenvolver as expressividades
individuais e coletivas em diferentes contextos;
O conhecimento em arte possibilita um trabalho privilegiado no campo
escolar materializando-se com os conteúdos estruturantes.
O ensino deve ser direcionado com base no entendimento da história sóciocultural e reconhecimento de conceitos que especificam os diferentes
movimentos de arte, para a reflexão e desenvolvimento de uma visão mais
crítica a respeito da sociedade e de suas transformações através dos tempos.
Além da formação estética, o aluno terá mais facilidade em assimilar assuntos
históricos através da evolução da imagem, conhecendo a imagem e o seu
processo de construção. É importante também o contato permanente com a
produção cultural regional para o fortalecimento de uma posição crítica frente às
produções artísticas de seu tempo.
“Polarizar o que é belo não significa ausência de serenidade. Ser agradável
não significa menosprezo por conhecimentos profundos. Trabalhar com prazer não
significa abandono de esforço. Trabalhar com liberdade não significa
descompromisso com a qualidade”.
A disciplina de arte se apresenta como uma área do conhecimento bastante
importante, com a qual temos a oportunidade de experimentar diversas formas de
'ver' e 'perceber' o mundo a nossa volta. Estudando e conhecendo melhor o papel
da arte no passado e no presentepodemos ampliar nossos conceitos à respeito da
existência humana e das transformações que ela pode sofrer com o passar do
tempo.
Na escola o objeto de trabalho é o conhecimento. Sendo assim a metodologia
do ensino da arte tem três momentos da organização pedagógica:
• sentir e perceber a obra de arte e o mundo de imagens que nos envolve;
• a prática artística e criativa possibilita desenvolver as expressividades individuais
e coletivas em diferentes contextos;
• o conhecimento em arte possibilita um trabalho privilegiado no campo escolar
materializando-se com os conteúdos estruturantes.
O ensino deve ser direcionado com base no entendimento da história sóciocultural e reconhecimento de conceitos que especificam os diferentes
movimentos de arte, para a reflexão e desenvolvimento de uma visão mais
crítica a respeito da sociedade e de suas transformações através dos tempos.
Além da formação estética, o aluno terá mais facilidade em assimilar assuntos
históricos através da evolução da imagem, conhecendo a imagem e o seu
processo de construção. É importante também o contato permanente com a
produção cultural regional para o fortalecimento de uma posição crítica frente às
produções artísticas do seu tempo.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
•
•
Desenvolver nos alunos suas potencialidades individuais;
Aumentar a intensidade natural de percepção, criatividade, sensibilidade,
coordenação, interesse e criticidade no que diz respeito ao meio em que está
inserido (social, político, artístico);
Despertar o conhecimento da leitura semiótica no mundo artístico;
92
•
•
•
Ler e interpretar as diferentes formas de linguagem e as ideologias presentes
nelas e na mídia;
Manifestar o conhecimento da arte artavés dos momentos históricos vividos pela
humanidade;
Reconhecer a importância do conhecimento da arte em suas várias dimensões
(ideológicas, como forma de conhecimento e como trabalho criador,
considerando a arte como expressão e criação através da imagem, movimento,
expressão(corporal,gestual e facial), harmonia, melodia, ritmo e espaço) para
que o educando possa ampliar seus horizontes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais;
Composição;
Movimentos e períodos;
Tempo e espaço.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
Elementos formais:
-Imagem – representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
-Forma – delimitação do espaço visual;ponto, linha, plano, reta, segmento de reta,
semi-reta; materiais de desenho.modificação de superfícies; ambidestrismo;
caricaturas e máscaras.
-Movimento – ritmo e equilíbrio; texturas; modificação de superfícies;
-Suporte – tamanho, espaço e materiais;quadro relevo;
-Cor – pigmento; cores primárias; cores secundárias
-Percepção da cor – tons e matizes; cor e luz; cor e linguagem;
Tempo e espaço:
-Movimento – ação corporal articulada no tempo e no espaço;ritmo, compasso,
andamento
-Espaço – ações – dinâmicas e ritmos – relacionamento.
Composição:
-Distribuição dos sons de maneira sucessiva;
-Melodia – sequência de sons organizados;
-Ritmo – sequência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos; melodia e
harmonia; som musical; expressão corporal e facial.
Movimentos e períodos:
- personagem;
- expressão corporal – manifestação da personagem a partir das possibilidades
motoras e emotivas;
- expressão gestual – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem
pelo gesto, os quais podem ser isolados ou simultâneos;
93
- Expressão facial – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem
por meio do semblante.
A história da dança. A influência africana na arte de dançar (olodum, capoeira e
samba de roda).
6ª SÉRIE
Elementos formais:
Imagem – representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
Forma delimitação do espaço visual;
Suporte – tamanho, espaço e materiais;
Cor – pigmento; Percepção da cor – tons e matizes;Cor e arte. Cores terciárias.
Cores quentes, neutras e frias. Cor e emoção. Desenho. A arte de desenhar. Luz
e sombra. Policromia. Aguada. Monotipia na escola.
Textura – tátil e gráfica;Arte. Materiais de arte. Arte rupestre no Brasil.
ilustração e letras. Frisos de papel. Composição e arte. Mosaicos. Arte colagem.
Artesanato brasileiro. A reta e suas partes, suas posições. Ângulos – ângulos na
escultura. Triângulos, quadrado, azulejos, retângulos. Calendário folclórico.
Composição:
Distribuição dos sons de maneira simultânea;
Harmonia – encadeamento de acordes;
Som musical – representação do som musical. Formas musicais, instrumentos
musicais. A arte de dançar; Folclore e as danças; o folclore africano e sua influência
no Brasil.
Tempo e espaço:
Movimento – ritmo e equilíbrio;
Movimento – ação corporal articulada no tempo e no espaço;
Espaço – ações; dinâmicas e ritmo; relacionamento;
Som musical – representação do som musical. Formas musicais, instrumentos
musicais. A arte de dançar; Folclore e as danças; o folclore africano e sua influência
no Brasil.
Movimentos e períodos:
Expressão corporal – manifestação da personagem a partir das possibilidades
motoras e emotivas;
expressão gestual – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem
pelo gesto, os quais podem ser isolados ou simultâneos;
Expressão facial – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem por
meio do semblante;
7ª SÉRIE
Elementos formais:
Imagem – representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
Forma, delimitação do espaço visual;
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Movimento – ritmo e equilíbrio;
Sombra – intensidade; Luz e cor – cores primárias, secundárias e terciárias. Cores
análogas e complementares. Cor e contraste. Cores e formas.
Espacialidade – leitura de imagens bidimensionais e leitura de imagens
tridimensionais, compreendendo ponto, linha, figura-fundo, semelhanças, contrastes
e simetria.
Decomposição da luz branca, espectro solar.
- Materiais de desenho.Arte em geral. A arte em preto e branco.
Faixas de humor . Arte com paralelogramo. Losango – losango na decoração.
Trapézio e arte com trapézio. Ampliação e redução de figuras. Os mestres da
escultura brasileira. Carrancas de São Francisco. Nanquim – serigrafia – carimbos
– gravuras.
Composição:
Qualidade do som;
Intensidade, dinâmica;
Timbre, fonte sonora, instrumentação.
Instrumentos musicais – conjuntos instrumentais. Formas musicais.
Tempo e espaço:
Duração, pulsação, ritmo;
Altura, grave, agudo;
Espaço cênico, coreografia, iluminação, sonoplastia.Arte indígena. Perspectiva.
Recursos gráficos. Onomatopéia – ancoragem – balões – expressões fisionômicas.
Movimentos e períodos:
Ação corporal articulada no tempo e no espaço;
Espaço, ações, dinâmicas e ritmo, relacionamento.
Caracterização do personagem.
Comunicação visual. Artesanato e folclore brasileiro.
A arte de dançar – carnaval, marchinhas, samba de roda, frevo (com influência
africana).
8ª SÉRIE
Elementos formais:
Imagem, representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
Forma, delimitação do espaço visual;
Movimento, ritmo e equilíbrio;
Sombra e intensidade;
Espacialidade, leitura de imagens bidimensional e leitura de imagem tridimensional
compreendendo ponto, linha, figura-fundo, semelhanças, contrastes e simetria;
Decomposição da luz branca – espectro solar.
Materiais artísticos. Cor e comunicação – teoria das cores. As cores nas artes
gráficas. Cor e harmonia. Harmonia e pintura. Desenho e nanquim – bico de pena.
Pintura pastel e aquarela – Aquarelistas. Pintura a óleo – o óleo na pintura
brasileira. Gravura – os gravadores e a xilogravura. Estilização. Artistas brasileiros.
Literatura e ilustração. letras e números. Programação visual. Publicidade. Jornal na
escola – cartaz. Símbolos – logotipos. Caricaturas – caricaturistas. Desenho
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animado – fotografia – cinema. Arquitetura – artes plásticas. Artes plásticas e a
semana 22. Tangências e artistas. Concordância – concordância na arte.
Perspectiva: técnica e arte. A perspectiva na pintura . Projetos – design –
embalagens.
Composição:
Linguagem, forma musical;
Organização e articulação de elementos constitutivos;
Densidade, quantidade de sons que se ouve simultaneamente.
Ritmo – compasso – melodia e harmonia
Tempo e espaço:
Ação corporal articulada no tempo e no espaço;
Espaço, ações, dinâmicas e ritmo, relacionamento.
A arte de dançar, danças regionais do Paraná;
Contribuição da dança africana na dança brasileira.
Movimentos e períodos:
Ação cênica;
Elementos de teatro;
Enredo de história conhecidas ou criadas pelos alunos;
Roteiro, organização das ações;
Texto dramático.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo de aproximação do aluno com o mundo artístico, eve ser feita de
forma gradual e sistematizada. è na escola que os alunos poderão entrar em
contato com o mundo das artes, ampliando assim seus conhecimentos e
experiências estéticas. A exploração e a experimentação de materiais e técnicas
vinculados à produção artística possibilitará a familiarização com as várias
linguagens artísticas. Devemos entender o aluno do ensino fundamental como um
sujeito criado na e pela cultura. Dessa forma o processo de produção artística
adquire dimensões de aprofundamento das linguagens artísticas.
As aulas deverão ser realizadas levando em consideração os seguintes
procedimentos:
Explicações e demonstrações, através de livros, fotos ou até mesmo exemplos
práticos.
Utilização das técnicas.
Experiências com materiais mencionados.
Elaboração de trabalhos.
Elaboração, criação e confecção de painéis, desenhos, pinturas, colagens,
fantoches, máscaras, vitrais, entre outros.
Leitura de textos e resolução de exercícios.
Desenhos criativos.
Pesquisas.
Apresentações de trabalhos.
96
Exposições de trabalhos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A partir da concepção de que arte não se ensina, e sim, se expressa, centrado
então no espontaneísmo e na liberação das emoções a avaliação será feita a
partir de:
Das habilidades técnicas e do domínio dos materiais que serão utilizados pelo aluno
na sua expressão.
Análise da produtividade dos alunos assinalando se atingiram os objetivos
propostos.
Ao avaliar, o professor precisa considerar a história do processo pessoal de cada
aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando os
trabalhos e seus registros. O professor deve guiar-se pelos resultados obtidos e
planejar modos criativos de avaliação dos quais o aluno pode participar e
compreender.
A avaliação em artes constitui uma situação de aprendizagem em que o aluno
pode verificar o que aprendeu, retrabalhar os conteúdos, assim como o professor
pode avaliar o que ensinou e o que seus alunos aprenderam.
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A visão do corpo humano unicamente como, instrumento de produtividade
ainda é muito forte. Ela se manifesta na Educação Física por meio de atividades de
condicionamento, mecânicas e repetitivas. Fica implícita a concepção do movimento
como um ato motor calcado exclusivamente na ótica biológica. Os conteúdos e
metodologias foram e ainda são determinados por outras instituições que não a
escola, como a desportiva a médica e a militar.
É necessário superar essa visão tecnicista, ainda presente na ação
pedagógica dos profissionais da área, e direcioná-la para uma prática centrada na
reflexão, compressão e superação da realidade. Esta prática transformadora visa a
melhoria da qualidade de vida e tem como tema central o movimento humano.
O movimento é fundamental ao ser humano, pois lhe propicia se perceber e
se conhecer como ser corpóreo. Portanto, é importante que o educador possibilite
ao aluno vivificar o processo de elaboração e reelaboração do conhecimento via
movimento no exercício de sua corporeidade.
A Educação Física deve interagir com as demais disciplinas em todas as
iniciativas que dêem oportunidade para a produção e socialização do conhecimento.
Ao contemplar pela via da escolarização as marcas das manifestações
corporais no processo de formação humana, tanto quanto aquelas múltiplas
manifestações, a Educação Física escolar tem-se inserido no plano de uma reflexão
sobre diferentes problemáticas sociais. Nessa direção, o objetivo último táticas
corporais escolares, e da Educação Física em particular, deve ser a humanização
das relações humanas. Portanto, a noção de corporalidade pretende ampliar as
possibilidades de intervenção educacional do Professor de Educação Física,
superando a dimensão meramente motriz da sua aula sem, no entanto, negar o
movimento como possibilidade rica de manifestação humana.
Devemos levar em conta que a escola é um lugar onde se deve investir em
práticas e discursos que ensinem cuidados com a saúde como investimento
individual. No entanto, não é possível deixar de contemplar também elementos
sociais, culturais, políticos e econômicos que interferem na possibilidade de
construção social da saúde para todos.
A Educação Física, dentro de uma pedagogia da corporalidade humana tem
uma função social a cumprir no espaço escolar.
A Educação Física escolar dispõem de uma diversidade de formas de
abordagem para aprendizagem, entre elas as situações do jogo coletivo, exercícios
de preparação corporal, de aperfeiçoamento de improvisação, a eliminação de
100
modelos, a apreciação e discussão, os circuitos, as atividades recreativas, enfim,
todas deverão ser utilizadas como recurso para a aprendizagem.
Da mesma forma, pode-se ir ao encontro de experiências e informações ao
meio ambiente próximo. Ensinar e aprender a cultura corporal de movimento
envolve a discussão permanente dos direitos e deveres do jovem e adolescente
envolvendo a integração social e a formação da saúde.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico;
contração muscular, tensão e relaxamento;
circulação cardiovascular – frequência cardíaca;
captação de oxigênio – frequência respiratória;
percepção do próprio corpo e consciência de posturas e movimentos não
prejudiciais no cotidiano;
índice de massa corporal e tabela de avaliação;
pressão arterial;
capacidade aeróbica (resistência cardio-respiratória).
Ginástica:
exercícios de alongamento;
exercícios de força, flexibiliodade e mobilidade articular;
origem da ginástica e sua mudança no tempo;
diferentes tipos de ginástica.
Jogos:
jogos e brincadeiras com e sem materiais;
jogos de mesa (tênis de mesa, trilha, dama, xadrez, quebra-cabeça, jogos de cartão
com raciocínio lógico, outros);
pequenos jogos, grandes jogos e jogos pré-desportivos.
Esportes:
origem e características do esporte;
manuseio da bola;
construção do gesto esportivo;
fundamentos: toque, manchete, saque por baixo, com e sem movimentação;
posição, rodízio, contagem de pontos e set’s, expectativa;
jogos pré-desportivos;
jogos propriamente dito (seis contra seis)
regras básicas.
Basquetebol:
origem e características do esporte;
manuseio da bola;
101
construção do gesto esportivo – fundamentos, passes, dribles e arremessos com e
sem movimentação;
noção de marcação individual;
jogos pré-desportivos;
]jogos propriamente dito (cinco contra cinco);
regras básicas.
Handebol:
origem e características do esporte;
manuseio da bola;
construção do gesto esportivo – fundamentos, passes, recepção, drible e arremesso
com e sem movimentação;
noção de defesa;
jogos pré-desportivos;
jogo propriamente dito (sete contra sete);
regras básicas.
Futsal:
origem e características do esporte;
construção do gesto esportivo – fundamentos – condução de bola, passes, chute e
gol com e sem movimentação;
noção de defesa;
jogos pré-desportivos;
jogo propriamente dito (cinco contra cinco);
regras básicas.
Atletismo:
origem e características do esporte;
corridas de velocidade (saída baixa);
regras básicas sobre as corridas de velocidade.
6ª SÉRIE
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico;
contração muscular, tensão e relaxamento;
circulação cardiovascular – frequência cardíaca;
captação de oxigênio – frequência respiratória;
percepção do próprio corpo e consciência de posturas e movimentos não
prejudiciais no cotidiano;
índice de massa corporal e tabela de avaliação;
pressão arterial;
capacidade aeróbica (resistência cardio-respiratória).
Ginástica:
exercícios de alongamento;
exercícios de força, flexibilidade e mobilidade articular.
Jogos:
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jogos e brincadeiras com e sem material;
jogos de mesa (tênis de mesa, trilha, damas, xadrez, quebra-cabeça, jogos de
cartas com raciocínio lógico, etc.);
pequenos e grandes jogos, jogos pré-desportivos.
Esportes
Voleibol:
revisão teórica das posições fundamentais para a prática dos fundamentos;
atividades de execução dos fundamentos (toque, manchete, saque) para a melhoria
na qualidade do gesto em construção;
jogos adaptados com regras modificadas;
jogo propriamente dito (seis contra seis).
Basquetebol:
revisão teórica das posições fundamentais para a prática dos fundamentos;
atividades de execução dos fundamentos (passes, drible e arremessos) para a
melhoria na qualidade do gesto em construção;
marcação individual; rebote defensivo e ofensivo;
jogos adaptados com regras modificadas;
jogo propriamente dito (cinco contra cinco).
Handebol:
revisão teórica das posições fundamentais para a prática dos fundamentos;
atividades de execução dos fundamentos (passes, dribles e arremesso parado) para
a melhoria na qualidade no gesto em construção;
Arremesso com salto;
Marcação individual;
Jogo adaptado com regras modificadas;
Jogo propriamente dito (cinco contra cinco).
Atletismo:
revisão teórica e prática de corridas de velocidade;
salto em altura (iniciação ao estilo tesoura).
7ª SÉRIE
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico;
contração muscular, tensão e relaxamento;
circulação cardiovascular – frequência cardíaca;
captação de oxigênio – frequência respiratória;
percepção do próprio corpo e consciência de posturas e movimentos não
prejudiciais no cotidiano;
índice de massa corporal e tabela de avaliação;
pressão arterial;
capacidade aeróbica (resistência cardio-respiratória).
Ginástica:
exercícios de alongamento;
exercícios de força, flexibilidade e mobilidade articular.
103
Jogos:
jogos e brincadeiras com e sem material;
jogos de mesa (tênis de mesa, damas, trilha, xadrez, quebra-cabeça, jogos de
cartas com raciocínio lógico, outros).
Esportes
Voleibol:
Revisão dos conteúdos das séries anteriores;
Recepção;
Levantamento;
Iniciação à cortada;
Iniciação ao saque por cima;
Fundamentação teórica – regras oficiais;
Jogos adaptados com regras modificadas;
Jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Basquetebol:
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
giro: para a direita e para a esquerda;
bandeja: pela direita e pela esquerda;
marcação 2.1.2;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Handebol:
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
sistema de ataque e defesa 5 X 1;
orientação para defesa (goleiro);
jogos de ataque e contra ataque;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Futsal:
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
marcação;
sistema 3 X 1;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Atletismo:
revisão dos conteúdos das séries anteriores.
8ª SÉRIE:
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico (peso e altura);
reconhecimento dos principais grupos musculares e estruturas articulares
relacionadas com o movimento e envolvidos no equilíbrio postural;
104
percepção dos diferentes níveis de tensão dos músculos diretamente relacionados
ao equilíbrio posturtal;
o aquecimento como preparação para a atividade física.
GINÁSTICA
Exercícios de alongamento;
Exercícios de força, flexibilidade e mobilidade articular.
JOGOS
Jogos e brincadeiras com e sem material;
Jogos de mesa (tênis de mesa, xadrez, damas, trilha, quebra-cabeça, etc.)
ESPORTES
Voleibol
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
cortada;
iniciação ao bloqueio;
noções de cobertura;
saque por cima;
fundamentação teórica: regras oficiais;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Basquetebol
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
fundamentação teórica: regras oficiais;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais;
marcação pressão meia quadra e quadra toda.
Handebol
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
fundamentação teórica: regras oficiais;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais;
sistema de defesa 4x2;
engajamento.
Futsal
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
105
fundamentação teórica: regras oficiais;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais;
rodízio.
Atletismo
revisão dos conteúdos das séries anteriores.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia utilizada será: expositiva, explicativa e demonstrativa. Os conteúdos
serão aplicados também em forma de trabalhos práticos e/ou t5eóricos individuais,
duplas ou grupos com utilização de fitas VHS, textos, revistas, CDs, aparelho de
som e prática dos fundamentos.
Utilização de quadra esportiva, espaço livre e salão.
Material conforme a atividade e disponível na escola.
Utilização de espaços de outras instituições.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará quanto a:
realização das práticas da cultura corporal do movimento;
realização das atividades, cooperação, integração ao grupo, respeito mútuo,
solidariedade, organização e prática, responsabilidade, superação de dificuldades;
participação em atividades extracurriculares;
pré-testes e pós testes quanto à capacidade de adaptação às regras desportivas e a
construção de novas regras de acordo com a situação ou conflitos.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade
moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos
contribui para a formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho,
nas relações sociais,culturais e políticas.Para exercer plenamente a cidadania é
preciso saber: contar, comparar, medir,calcular, resolver problemas, argumentar
logicamente,conhecer formas geométricas e organizar, analisar e interpretar
criticamente as informações.
Segundo (Abrantes, 1999, p17)” A matemática constitui um patrimônio
cultural da humanidade e um modo de pensar. A sua apropriação é um direito de
todos nesse sentido,seria impensável que não se proporcionasse a todos a
oportunidade de aprender matemática de um modo realmente significativo, do
mesmo modo seria inconcebível eliminar da escola básica a educação literária,
científica, ou artística. Isso implica que todas as crianças e jovens devam ter a
113
possibilidade de contar, a um nível apropriado, as idéias e os métodos fundamentais
da matemática e aprender o seu valor e a sua natureza.”
Historicamente a matemática, como ciência em constante evolução, pode ser
encarada como um corpo de conhecimento constituído por teorias bem
determinadas, ou como um conjunto de processos características que devem ser
desenvolvidas na escola, o trabalho com a matemática pode ser uma das formas de
mostrar aos alunos o papel que exercemos na construção do conhecimento e a
relação social interagindo em determinada época mostrando que o conteúdo
ensinado tem relação com acontecimentos cotidianos internos ou externos a escola.
A prática docente encontrará fundamentação teórica e metodológica na
educação matemática englobando inúmeros saberes relacionando o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático . Tendo por finalidade fazer o
estudante compreender e se apropriar a matemática não somente como um método
,procedimento ou algoritmo mas construindo uma formação integral por intermédio
do conhecimento matemático.
Estabelecendo estudantes críticos, autônomos capazes de agir socialmente
precisa-se de conhecimentos lógicos e matemáticos onde serão vistos sob uma
visão histórica e onde conceitos apresentados possam ser discutidos, construídos e
reconstruídos no seu pensamento humano e na produção de sua existência por
meio de idéias e tecnologias.
Os saberes propriamente ditos englobarão os conteúdos estruturantes no ensino
fundamental, ou seja, números, operações e álgebra, medidas, geometria e
tratamento da informação.
No ensino médio, englobou-se alem dos conteúdos citados acima, Funções.
As propostas metodológicas pressupõem a resolução de problemas,
o trabalho estruturado com modelagem matemática, a etnomatemática
envolvendo teoria e prática, dentro de um conhecimento cultural manifestado
através de vínculos com a arte e religião.
O uso de mídias tecnológicas, dentro do consenso escolar, pressupõe
principalmente o uso de calculadora e computadores.
E para complementar, a história da matemática oportunizará a apropriação de
conceitos envolvidos como um campo em construção, levando á estruturação de um
pensamento lógico e racional, ligado ás necessidade internas e externas.
OBJETIVOS GERAIS:
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual
característicos da matemática , como aspecto que estimula o interesse, a
curiosidade ,o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para
resolver problemas;
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
realidade,estabelecendo inter-relações entre eles,utilizando conhecimento
matemático(aritmético,geométrico, métrico,algébrico, estatístico,combinatório e
probabilístico);
Selecionar, organizar e produzir informações relevantes,para serem
interpretadas, avaliadas criticamente;
114
Resolver situações problemas , sabendo validar estratégias e
resultados,desenvolvendo formas de raciocínio e processos , como
intuição,,indução,dedução,analogia,estimativa,e utilizando conceitos e
procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;
Comunicar-se matematicamente , ou seja , descrever,representar e apresentar
resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas,fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas;
Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos
e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares ;
Sentir-se seguros da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos, desenvolvendo auto-estima e a perseverança na busca de soluções.
Do pensamento numérico por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem ao aluno:
ampliar e construir novos significados para os números naturais,inteiros,e racionais
– a partir de sua utilização no contexto social e da análise de alguns problemas
históricos que motivaram a sua construçã
resolver situações problema envolvendo números naturais e a partir delas construir
novos significados da adição, subtração, multiplicação, divisão,potenciação e
radiciação;
identificar, interpretar, e utilizar diferentes representações dos números naturais
indicados por diferentes notações,vinculando-as aos contextos matemáticos e não
matemáticos;
selecionar e utilizar procedimentos de cálculo(exato ou aproximado,mental ou
escrito)em função da situação problema proposta);
Do pensamento algébrico, por meio da exploração de situações de aprendizagem
que levem o aluno à :
reconhecer que representações algébricas permite expressar generalizações sobre
propriedades das operações aritméticas, traduzir situações problema e favorecer
as possíveis soluções;
traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem algébrica e viceversa, generalizando regularidades e identificar os significados das letras ;
utilizar os conhecimentos sobre as operações numéricas e suas propriedades para
construir estratégias de cálculo algébrico.
Do pensamento geométrico, por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem o aluno à:
resolver situações-problema de localização e deslocamento de pontos no espaço,
reconhecendo nas noções de direções e sentido, de paralelismo e
perpendicularismo e elementos fundamentais para constituição de sistemas de
coordenadas cartesianas;
115
estabelecer relações entre figuras espacias e suas representações planas,
envolvendo a observação das figuras sob diferentes pontos de vista, construindo e
interpretando suas representações;
resolver situações problema que envolvam figuras geométricas planas
utilizando procedimentos de decomposição e composição, transformação ampliação
e redução.
Da competência métrica, por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem o aluno à:
ampliar e construir noções de medida pelo estudo de diferentes grandezas, a partir
de sua utilização no contexto social e análise
de alguns dos problemas históricos que motivaram sua construção;
resolver problemas que envolvam diferentes grandezas, selecionando unidades de
medida e instrumentos adequados na precisão requerida.
Do raciocínio que envolva a proporcionalidade, por meio da exploração
de situações de aprendizagem que levem o aluno à:
observar a variação entre grandezas, estabelecendo relação entre elas e construir,
estratégias de solução para resolver situações que envolvam a proporcionalidade.
Do raciocínio combinatório, por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem o aluno à:
coletar, organizar e analisar informações, construir e interpretar tabelas e gráficos
formular argumentos convincentes tendo por base a
análise de dados organizados em representações matemáticas diversas;
resolver situações problema que envolvam o raciocínio combinatório e a
determinação da probabilidade de sucesso de um determinado evento por meio de
uma razão.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Trabalhados no decorrer de todas as séries, envolvidos nos conteúdos por série.
5ª SÉRIE:
* Números, operações e álgebra
História dos números.
Contagem
Representação
• Sistema de numeração decimal e não-decimal.
•
Conjuntos numéricos
116
•
•
•
Números naturais e racionais e suas representações.
Significado, representação, escrita, decimal, comparação
- As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação, radiciação).
Múltiplos e divisores.
Números Primos.
Fatoração.
Divisibilidade
- Mínimo Múltiplo Comum.
- Transformação de números fracionários ( na forma de razão quociente) em
números decimais.
- Adição, subtração (por equivalência), multiplicação e divisão de frações.
- Expressões numéricas.
- Porcentagem.
1. Medidas
2. Geometria
História das medidas.
-Organização do sistema métrico decimal
- unidades de medidas e instrumentos de medidas,
- elementos geométricos,
-ângulos, giros
-posições de retas no plano
-classificação de figuras planas e seus elementos( faces; vértices e arestas)
-formas de objetos
-planificação
-perímetro, áreas, volumes,massas,tempo
-poliedros regulares
simetria
resolução de problemas
sistema monetário.
Situações problema envolvendo todos os tipos de medidas.
construções e representações no espaço e no plano (cultura Afro).
* Tratamento da Informação
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura, interpretação e representação de dados de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos.
- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor,
renda e escolaridade no país e no município.
- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país.
Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à
população negra.
História do Paraná
Serão ofertados dentros dos conteúdos abordagens e atividades promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
117
economia de energia elétrica
uso do carro de maneira racional
Proteção da vegetação e plantio de árvores
Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
Desperdício zero
Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
Legislação ambiental
6ª SÉRIE
* Números, Operações e Álgebra
Conjuntos Numéricos
Naturais, Inteiros, Racionais .
Comparação,ordenação e representação geométrica
As seis operações e suas inversas (adição, subtração, divisão, multiplicação,
potenciação, radiciação).
- Juros e porcentagem nos diferentes processos de cálculo (razão, proporção,
frações e decimais).
Noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo pela substituição de
letras por valores numéricos.
Razão e proporção
Grandezas: direta e inversamente proporcionais.
- Equações,Inequações e sistemas de 1º grau.
- Múltiplos e divisores.
- Mínimo múltiplo comum.
- Expressões numéricos.
Medidas
Geometria
- História das medidas
-Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e
tempo.
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos.
- Capacidade e volume e suas relações.
Ângulos e arcos-unidade, fracionamento e cálculo.
Operações envolvendo ângulos.
Classificação de ângulos.
- Desenho geométrico com o uso da régua e compasso.
- Mosaico e polígonos regulares.
* Tratamento da Informação
118
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura, interpretação e representação de dados, tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos.
- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por
cor, renda e escolaridade no país e no município.
- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país
- Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à
população negra.
História do Paraná
Serão ofertados dentros dos conteúdos abordagens e atividades promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
- economia de energia elétrica
- uso do carro de maneira racional
- Proteção da vegetação e plantio de árvores
-Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
- Desperdício zero
- Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
- Legislação ambiental
7ª SÉRIE
* Números, Operações e Álgebra.
Conjunto Numérico
Naturais, inteiros, racionais
- Noções de proporcionalidade (fração, razão, proporção, semelhança e diferença).
- Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo.
- História das equações.
- Equações, inequações e sistemas de equações de 1º grau.
- Polinômios e os casos notáveis.
- Potências e raízes.
- Produtos notáveis.
- Fatoração.
- Expressões numéricas.
- Cálculo de números de diagonais.
* Medidas
Geometria
Condições de paralelismo e perpendicularidade.
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos.
- Capacidade e volume e suas relações.
Ângulos e arcos (unidade, fracionamento e cálculo)
Ângulos, polígonos e circunferências.
Triângulos quaisquer – lados e ângulos
119
Classificação de triângulos.
Definição e construção do baricentro, ortocentro , incentro e
e circuncentro.
- Poliedros regulares e suas relações métricas- Desenho geométrico com o uso de régua e compassso.
Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.
- Representação geométrica dos produtos notáveis.
* Tratamento da Informação
Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor,
renda e escolaridade no país e no município .
Análise de pesquisas relacionada ao negro e mercado de trabalho no país.
Realização com os alunos de pesquisa de dados no município com relação `a
população negra.
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros
e gráficos.
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, de curvas e histograma.
História do Paraná
Serão ofertados dentros dos conteúdos abordagens e atividades promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
economia de energia elétrica
uso do carro de maneira racional
Proteção da vegetação e plantio de árvores
Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
Desperdício zero
Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
Legislação ambiental
8ª SÉRIE:
* Números
- Conjuntos Numéricos (naturais, inteiros, racionais e irracionais)
Propriedades da potenciação e radiciação
A linguagem algébrica e as equações: incógnitas e variáveis ( construção de
gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Bháskara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
A organização dos conjuntos numéricos
- Operações
- Equações do 1º grau
120
- Equações do 2º grau e inequações
- Expressões Numéricas
- Funções
Trigonometria no triângulo retângulo
A linguagem algébrica e as equações: incógnitas e variáveis ( construção de
gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Báskhara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
A organização dos conjuntos numéricos
* Medidas
Geometria
Teorema de Talles
- Noções de geometria euclidiana e não-euclidiana
Congruência e semelhança de figuras planas
Construções e representações no espaço e no plano
Classificação de figuras planas e dos sólidos geométricos
- Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras
- Planificação de sólidos geométricos
- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas
- Estudos de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides
- Estudos dos poliedros de Platão
- Geometria Grega
Representação cartesiana e confecção de gráficos.
A linguagem algébrica e as equações: incógnitas e variáveis ( construção de
gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Báskhara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
A organização dos conjuntos numéricosA linguagem algébrica e as equações:
incógnitas e variáveis ( construção de gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Bháskara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
A organização dos conjuntos numéricos
* Tratamento da Informação
- Coleta, organização e descrição de dados
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas.
- Noções de probabilidade
121
Médias, moda e mediana
História do Paraná
Serão ofertados dentro dos conteúdos, abordagens e atividades, promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense ,partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
economia de energia elétrica
economia de água
uso do carro de maneira racional
Proteção da vegetação e plantio de árvores
Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
Desperdício zero
Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
Legislação ambiental
METODOLOGIA
A concepção de Matemática em qualquer nível de ensino remonta ao fato de
que a Matemática é uma ciência que surgiu da própria necessidade do homem de
contar, representar, medir e expor dados de formas organizadas e com precisão.
Diversas outras ciências se aprimoraram graças aos conhecimentos lógicos
matemáticos realizados pela humanidade.
A partir das produções artísticas, filosóficas e estruturais realizadas pelos
povos primitivos, estabeleceram-se ao longo dos anos, uma matemática formal,
dotada de vários pré-requisitos e de estabelecimento de relações abstratas e
lógicas.
A Matemática realizada em sala de aula pressupõe estruturas lógicas
realizadas através de cálculos lógicos, baseados em estruturas formais, mas
adaptadas à realidade do educando de ensino Médio.
A praticidade exigida em sala de aula. Resoluções de situações problemas
englobando os conteúdos próprios de Ensino Médio incorporam o aprendizado.
A Matemática deverá ser ensinada de forma simples e adequada como perfil
do aluno, ressaltando os pré-requisitos e dando a todos os conjuntos numéricos.
As atividades de ensino incorporam elementos estruturais e práticos,
resolução de problemas do dia-a-dia, uso da calculadora, de tabelas, e fórmulas
designadas para aprimoramento das questões. Mas o uso de fórmulas estará
comprometido com a construção, bem como com a estruturação da mesma, sua
aplicação e não somente uma mera substituição de letras por números.
O uso da calculadora corresponde à compreensão de elementos
matemáticos tais como são calculados com e sem a maquina, e não somente a
manipulação da tabuada, ou simples cálculos de porcentagem.
Os conteúdos matemáticos envolvem diferentes tipos de aula, desde as
expositivas, as de vídeo, as de pesquisa, até as práticas, geralmente realizadas no
pátio ou demais dependências do colégio.
122
Os trabalhos serão realizados individualmente, em duplas, trios ou equipes,
podendo até ser realizados com a turma toda, dependendo da ocasião e do
conteúdo trabalhado.
As aulas de pesquisa estarão sujeitas a conecções com as outras disciplinas,
principalmente quando se tratarem de história da matemática e de suas aplicações.
Em conteúdos como Geometria, Probabilidade, Função, e Lógica, utilizar-seão criptogramas, jogos de xadrez e general, bem como simples quebra cabeças
geométricos, como o tangran, poliminós, ou poliedros.Nos momentos propícios,
serão utilizadas atividades lúdicas matemáticas.
O ensino-aprendizagem de Matemática tem como ponto de partida a
resolução de problemas e posteriormente utilizando aspectos de modelagem
matemática.
Ao aluno, estar diante de um problema proporciona elaborar um ou vários
procedimentos de resolução, comparar os resultados com os colegas e validar seus
procedimentos;
No ensino de Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste
em relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas,
figuras, escritas numéricas); outro consiste em relacionar essas representações com
princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande
importância e deve ser estimulada, levando o aluno a falar e escrever sobre
Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos construções, e
aprender como organizar e tratar dados.
A aprendizagem está ligada à compreensão, isto é, á atribuição e apreensão
de significado; de um objeto ou um acontecimento pressupõe identificar suas
relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos
em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma
abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da
Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as
demais áreas, entre ela e os Temas Transversais, entre ela e o cotidiano e das
conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.
O conhecimento matemático é historicamente construído e, portanto, está em
permanente evolução. Assim o ensino de Matemática precisa incorporar esta
perspectiva, possibilitando ao aluno reconhecer as contribuições que ela oferece
para compreender as informações e posicionar-se criticamente diante delas.
Recursos didáticos como livros, jogos como material concreto feito pelos
próprios alunos, dicionário de matemática, vídeos, televisão, calculadoras, têm
papel importante no ensino e aprendizagem. Contudo eles precisam estar
integrados a situações que levem ao exercício da análise e da reflexão.
Trabalhar o abstrato e o concreto juntos.
Trabalhar em equipe e individual, com apoio do livro didático.
Utilizar o dicionário de matemática como fonte de pesquisa.
Resolução de exercícios em sala de aula com apoio do professor.
O ensino de matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidade
como:
Observação, estabelecimento de relações, comunicação, argumentação e
validação de processos e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução,
dedução, analogia, estimativa.
123
AVALIAÇÃO
A avaliação de matemática compreende a integração do que o educando
aprende, com a aplicação da metodologia do professor. Ou seja, um elo entre a
aprendizagem e o ensino.
Avaliar em matemática compreende entender a maneira pela qual o
educando fica mais motivado a aprender, por conseguinte, o erro deve ser o ponto
de parada tanto do aluno como do professor. O aluno deve verificar onde tem
dificuldades e procurar ter mais atenção aos cálculos propriamente ditos enquanto
que para o professor, ele corresponde a uma nova adaptação de metodologia de
ensino, onde ele estuda e interpreta dados de seu próprio trabalho.
A avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem e
não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes
etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades lúdicas, atividades escritas,
atividades orais, indicações de acompanhamento escolar e comportamento em sala,
e trabalhos pré-estabelecidos.
Ou seja, avaliação dar-se-á de forma global e individual, em sala de aula,
através de observações sistemáticas, análises das produções dos alunos e
atividades específicas, deixando bem claro para os alunos o que se pretende
avaliar. O registro se dará através do livro de chamada.
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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares
Nacionais. Brasília, MEC, 1988.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta e
aprender com eles, a ciência já estava presente, embora não apresentasse o
caráter sistematizador do conhecimento.
Alguns processos importantes da história marcaram acentuadamente o pensamento
da humanidade e em consequência disso, a ciência.
Muitos nomes influenciaram o desenvolvimento do pensamento científico como
Leonardo da Vinci, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Francis Bacon, René
Descartes, Isaac Newton, colaboraram sobremaneira com a ciência, não só do seu
tempo mais ainda hoje a influencia.
Alguns momentos marcantes da história da ciência, contribuíram para que esta
passasse a ser, independente das diversas religiões, um resgate histórico de todo o
conhecimento científico acumulado até então.
Os avanços científicos determinam o desenvolvimento da indústria que por sua vez
exigiu que a ciência ascendesse para aperfeiçoar as técnicas e com isso
desenvolver novas tecnologias para a indústria. Em decorrência desse processo
aumenta a exploração do ambiente para produção de energia.
O século XIX vem para consolidar a ciência, evidenciando as relações entre
homem-homem e homem-natureza, pois o homem passa a entender que pode, por
meio da ciência, interferir na natureza buscando melhores condições de vida.
No século XX as contribuições da ciência para a humanidade são incontáveis,
entretanto influenciar a miséria de muitos. Fica cada vez mais claro que a ciência é
uma construção humana, tem suas aplicações, é falível, intencional e está
diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais.
A disciplina de ciências deve priorizar os conhecimentos científicos físicos, químicos
e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais sem deixar de considerar as
implicações da relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
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A disciplina de ciências deve ser abordada com base nos conteúdos estruturantes:
corpo humano e saúde, ambiente, matéria e energia e tecnologia, que se desdobra
nos conteúdos específicos da disciplina.
Esses conteúdos devem ser abordados de forma consistente, crítica, histórica,
considerando as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
Os conteúdos específicos poderão ser abordados em suas inter-relações com
outros conteúdos e disciplinas, considerando seus aspectos conceituais, científicos,
históricos, econômicos, políticos e sociais, os quais devem ficar evidentes no
processo de ensino-aprendizagem da disciplina.
OBJETIVOS GERAIS
A disciplina de ciências deve ter por objetivo retomar a função social da disciplina,
que por meio de tratamento crítico e histórico dos conteúdos promova a socialização
dos conhecimentos científicos nos diferentes tempos da história da humanidade,
dando possibilidades aos sujeitos do processo de ensino-aprendizagem de, usar os
conhecimentos científicos no seu cotidiano, adequando-os às suas necessidades e
interesses.
1. Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformação do mundo em que vive em relação
essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
2. Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e
uma atitude humana, histórica associada a aspectos de ordem social,
econômica, política e cultural;
3. Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e
compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científicotecnológicas;
4. Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
5. Formular questões, diagnosticar problemas reais e propor soluções para eles
a partir de elementos das ciências, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
6. Saber utilizar conceitos científicos básicos associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
7. Saber combinar leituras, observações, experimentações e registro para a
coleta de dados, realizar comparação entre explicações, organização,
comunicação e discussão de fatos e informações;
8. Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa
para a construção coletiva do conhecimento.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
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CORPO HUMANO E SAÚDE
Agentes causadores e transmissores de doenças, encontrados no ecossistem.
Prevenção e tratamento das doenças relacionadas a poluição e contaminação do ar,
da água e do solo
Saneamento básico: ETA, ETE, lixo.
Reciclagem de lixo, separação correta e reaproveitamento de resíduos orgânicos na
alimentação e na compostagem.
Doenças causadas por animais: Parasitoses, zoonoses e verminoses.
Tratamento e prevenção dos efeitos solares sobre o organismo humano.
Relação de Adaptação do homem às viagens espaciais.
AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA
Características básicas bióticas e abióticas no ecossistema.
Relações de interdependência entre os seres vivos e não vivos.
Adaptações dos seres e controle da temperatura corporal – ecto e endo.
Biosfera, ecossistema, comunidade, população e individuo – conceitos e contextos.
Conceitos de pressão, peso, gravidade, eletromagnetismo.
Água – propriedades físicas e químicas, ciclo da água e sua importância no meio
ambiente global.
Utilidades da água, poluição,preservação e tratamento: industrial, residencial e
redes de tratamento de água.
Atmosfera: camadas, propriedades, expansão, compressibilidade, pressão e vácuo.
Movimentos do ar: Ventos, brisa, velocidade e direção dos ventos – relação com
fenômenos químicos e físicos da natureza (cinemática - noções).
Resistência do ar e pressão atmosférica.
O ar e os seres vivos – relação com a necessidade do Oxigênio. componentes
químicos da atmosfera.
Camada de ozônio – constituição química, propriedades físicas
Tipos de poluição atmosférica – agentes causadores.
Equilíbrio e conservação da natureza.
Alterações de temperatura e mudanças de estados físicos.
Teorias sobre a origem do universo.
Sol: composição química, constituição física e sistema solar.
Planeta Terra características físicas e composição química (noções).
Fenômenos ambientais: Efeito estufa, camada de ozônio, aquecimento global,
conseqüências para o planeta.
Movimentos da Terra: Tectônicos, translação e rotação, força gravitacional.
Solo – diferentes constituições químicas relacionadas a diferentes aspectos físicos
A incidência de pedras preciosas no continente africano.
A África como continente de maior reserva de combustíveis fósseis do planeta
A degradação do meio ambiente no continente africano devido à má exploração e
desperdício de combustíveis fósseis por outros povos.
Noções sobre a existência de fósseis na região de Rio Negro.
128
O uso racional da água e do solo e a qualidade de vida.
TECNOLOGIA
Constelações e orientação espacial.
Instrumentos de estudo e análise espacial (astrolábio, luneta, telescópios, etc).
Telecomunicações: Satélites, sondas, fibra óptica.
Estações climáticas
Meteorologia e previsão do tempo.
Pressão atmosférica, umidade e instrumentos de medição.
Controle da poluição do ar (técnicas e mecanismos).
Análise de solo, tipos e agentes de transformação do solo, uso racional da terra.
Tecnologia de manejo do solo (adubação, rotação de culturas, Ph, tratamento do
solo).
Degradação do solo (queimadas, desmatamentos, erosão, mata ciliar, etc).
Controle da poluição do solo (técnicas e mecanismos).
Fontes alternativas de energia: Eólica, hidrelétrica, termoelétricas .
Biodigestor.
Utilização industrial do vácuo e compressão.
6ª SÉRIE
CORPO HUMANO E SAÚDE
Diferenciação na fisiologia (uni e multicelular) entre os seres vivos – células e
tecidos – evolução das espécies.
Constituição das células – animais e vegetais – procariontes e eucariontes.
Infecções bacterianas, viroses, protozooses e micoses.
Intoxicações causadas por plantas.
Prevenção e tratamento: Alopatia, homeopatia, fitoterapia, entre outros.
Efeito das intoxicações causadas por agentes físicos e químicos no organismo.
Ritmos biológicos.
• Fotossíntese: processo de armazenamento de energia (fluxo de energia e
cadeia alimentar)
• Contribuições de bactérias e fungos para o ser humano.
•
AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA
Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não vivos.
Relações de interdependência.
Adaptações e interações com o meio e com os seres vivos.
Divisões da Biosfera: marinhos, terrestres e de água doce.
Organização dos seres vivos.
Classificação dos seres vivos.
População e densidade demográfica – equilíbrio no planeta como biodiversidade.
Teias e cadeias alimentares.
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Respiração, gutação, transpiração e fermentação.
Fotossíntese – processo da síntese de energia dos vegetais
A biodiversidade na África e no Amazonas.
A degradação da Serra do Mar.
TECNOLOGIA
Equipamentos e unidades de medidas.(microscópios e lupas)
Biotecnologia: Hibridação. Transgênicos. Melhoramento vegetal.
Diagnósticos: Exames clínicos como meio para identificação de infecções e
intoxicações.
Medicamentos/tratamentos
A indústria alimentícia e a utilização de bactérias e fungos.
A indústria cosmética e a utilização de substâncias orgânicas (fauna e flora).
7ª SÉRIE
CORPO HUMANO E SAÚDE
Metabolismo: transformação da matéria e da energia (Fotossíntese, respiração,
fermentação, decomposição e combustão).
Interações da pele com o meio: proteção do organismo, regulação de água
(osmose) e temperatura.
Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos e nutrientes.
Nutrição e aproveitamento dos nutrientes.
Contribuição dos povos africanos e seus descendentes nos hábitos alimentares.
Aspectos morfo-fisiológicos das células animais e vegetais (tecidos, órgãos,
sistemas e indivíduo).
Noções de divisão celular: Mitose e meiose
Anomalias cromossômicas – fenótipo e genótipo (noções)
Inclusão social.
Conceitos básicos de unidades de medidas – micro e macro.
Intoxicações por agentes do meio – (físicos e químicos)
Sistema imunológico – defesa criada pelo organismo contra agentes invasores.
Dependência química e suas implicações.
Morfologia e fisiologia dos sistemas (digestório, cardiovascular, respiratório, urinário,
reprodutor, sensorial, nervoso, endócrino, esquelético, muscular)
AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA
Ação mecânica e transformação bioquímica em todos os sistemas.
Combustão.
População: taxas e densidade demográfica.
Pesquisas, contenção do aquecimento global: Camada de ozônio. Efeito estufa.
Radiação.
Qualidade de vida
Lixo orgânico, hospitalar e industrial – coleta e destino corretos.
Noções sobre antropologia (hábitos, costumes, contribuições) africana.
Genética alimentar: introdução.
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TECNOLOGIA
Reprodução.
Diagnóstico e tratamento de doenças.
Genoma – breve histórico e contribuições para a vida.
Manipulação genética.
Doação de órgãos e sangue.
Próteses.
Quimioterapia, radioterapia.
Transplantes, órgãos artificiais.
Hemodiálise.
Tecnologias que causam danos a vida.
Imunização artificial.Imunização artificial, diagnósticos, tratamentos de doenças.
Industrialização de alimentos: uso de conservantes e aditivos alimentares.
8ª SÉRIE
CORPO HUMANO E SAÚDE
Organização do corpo humano (átomos à organismo)
Fecundação e hereditariedade
Organogênese.
Gravidez.
Controle de natalidade.
DST e AIDS.
Comportamento humano e interação.
Aspectos bioquímicos: da circulação, digestão, respiração.
Doenças dos sistemas (circulatório, nervoso e digestorio, etc)
AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA
Evolução histórica do átomo.
Elementos químicos – conceitos e características
Ligações químicas e constituição das substâncias.
Transformações químicas.
Transformações físicas.
Circuito elétrico (humano e residencial)
Respiração, combustão, fotossíntese, fermentação, alimentação, nutrição,
eletricidade e magnetismo – aspectos bioquímicos.
Organização da Biosfera.
Inter-relações entre os diferentes ambientes no ecossistema.
Aspectos químicos e físicos de: chuva ácida, camada de ozônio, aquecimento
global.
Ciclos biogeoquímicos como fenômenos físicos e químicos – noções.
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Aproveitamento e desperdício de energia – elétrica e termoelétrica – efeitos
químicos e físicos no planeta.
TECNOLOGIA
Recurso tecnológico no diagnóstico e tratamento de doenças.
Recurso tecnológico no controle da poluição.
Engenharia genética.
As combinações e reações químicas nas pesquisas relacionadas à industrialização
e criação de novos produtos a serem usados pelo homem.
Pesquisas de fontes de energias limpas: bio - combustíveis e Hidrogênio líquido.
O desenvolvimento científico e tecnológico e a relação com a qualidade de vida
entre os diferentes continentes. A exploração de combustíveis fósseis na África e o
índice de desenvolvimento humano considerando o potencial econômico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados
metodologicamente numa abordagem articulada seguindo uma perspectiva crítica e
histórica, que orientem o encaminhamento metodológico considerando os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Considerando-se que, a ciência, como construção humana, cujos
conhecimentos científicos são possíveis de alteração ao longo da história da
humanidade e marcados por intensas relações de poder, o tratamento dos
conteúdos, na escola exige conhecimentos científicos de outras ciências para
explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo.
O encaminhamento metodológico deve considerar a prática social do sujeito
histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos.
É imprescindível que o professor reconheça que existem conhecimentos
físicos, químicos e biológicos basilares, para que o processo de ensino e de
aprendizagem, que precisam ser abordados tanto na 5ª quanto na 6ª, 7ª e 8ª séries.
Deve-se respeitar o nível cognitivo dos alunos, à realidade local, a
diversidade cultural, às diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos
por parte dos alunos, bem como adotar uma linguagem coerente com a faixa etária,
aumento gradativamente o aprofundamento da abordagem desses conteúdos.
O tratamento dos conteúdos pode ser efetivado por meio de uma metodologia
que problematize a prática social do sujeito. O problema escolhido se refere à sua
amplitude, ou seja, ele não pode ser escolhido aleatoriamente ou representar o
interesse de um ou de outro sujeito, mas sim ser de interesse coletivo.
Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda por meio de atividades e
aulas práticas, desde que se considere a coerência entre a teoria e a prática e o
conteúdo e a forma. È importante lembrar que as aulas e as atividades práticas
podem acontecer em diversos ambientes, na escola e fora dela.
O encaminhamento metodológico para esta disciplina não pode ficar restrito a
um único método. Nesse sentido algumas possibilidades de encaminhamentos
metodológicos são: a observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação e
desempenho de papéis, visitas à indústrias, museus, projetos individuais e em
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grupos, palestrantes convidados, fóruns, debates, seminários dentre outros. Podem
ainda envolver música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos,
dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras.
A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de ciências poderá
resgatar na escola, a sua principal função: o estudo dos fenômenos naturais por
meio de tratamento dos conteúdos de forma crítica e histórica.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de
aprendizagem possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária
com os alunos, contribuições importantes para verificar em que medida os
alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse processo. É
necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de
critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor que considere aspectos
como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados
conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses
conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de
ensino e aprendizagem e, no seu cotidiano.
É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo
avaliativo.
Deve-se considerar também como outro critério avaliativo o quanto e
de que forma o aluno se apropriou do conhecimento científico; quanto o
aluno, e/ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais, políticos,
econômicos, éticos e históricos relacionados aos assuntos trabalhados e sua
relação ciência, tecnologia, sociedade. É importante também avaliar em que
medida o aluno, e/ou a turma compreende o quanto os conhecimentos
científicos abordados nos conteúdos se aplicam à sua prática social, o quanto
eles se relacionam com outros conteúdos e até mesmo com conhecimentos
de outras disciplinas.
Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe
é preciso que conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos
diversificados. Além de propor provas objetivas ou questionários com
perguntas e respostas diretas, os alunos devem poder expressar seus
avanços na aprendizagem, à medida em que interpreta, produzem, discutem,
relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam
defendendo o próprio ponto de vista. Com isto o professor pode interpretar e
analisar as informações obtidas na avaliação, considerando as concepções
de ciência, tecnologia, educação, aluno, processo de ensino e de
aprendizagem, escola e do currículo de ciências.
Como a avaliação é considerada um processo, a apropriação dos
conceitos se dá ao longo do ano. Assim, periodicamente se retomará os
mesmos no contexto para se perceber não só a apropriação mas também o
entendimento dos mesmos no contexto da vida dos alunos e no contexto
social.
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Serão consideradas atividades formais para identificar o aprendizado
do aluno participação em maquetes, aulas experimentais, vídeo aulas,
passeios de estudo, palestras interativas, relatórios escritos, análises,
produções argumentativas, cartazes, painéis, dentre outros.
Serão também levados em conta para registro formal dos trabalhos:
Exercícios individuais e sem consulta envolvendo conceitos,
identificação na natureza e no ambiente e seus significados para a sociedade
no sentido científico, de qualidade de vida humana e na relação de
interdependência entre a biosfera e o ecossistema.
Trabalhos de pesquisa, análise e relatórios, em pequenos grupos,
relacionados a temas a partir de conceitos trabalhados em sala de aula, com
enfoque complementar de contextualização e pesquisa na sociedade de hoje
(propostas-efeitos).
Exercícios em sala de aula, anotações, organização, participação nas
aulas.
Recuperação:
Durante o bimestre, na medida em que se percebe que o aluno não se
apropriou do entendimento de tópicos trabalhados, será retomado com
reexplicação de outra forma, com outros exemplos e feito nova constatação
do entendimento e apropriação do conteúdo. Será registrado como mais uma
avaliação no conjunto.
Critérios para registro de pontuação na avaliação:
Todas as atividades: valor de 0 a 10 pontos. Média aritmética.
Entrega de atividades na data marcada: valor máximo – 10 pontos;
2ª data estipulada para a mesma atividade: valor máximo – 8 pontos;
Até o final do bimestre para a mesma atividade: valor máximo – 6
pontos.
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Superintendência da Educação . Governo do Estado do Paraná. 2006
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Paulo: Editora Autores Associados, 1998. P.201-232.
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ª
CACHAPUZ, A [et al.] A necessária renovação do ensino das ciências. São
Paulo: Cortez, 2005.
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HAZEN, R.M e TREFIL, J. Saber ciência – do big bang à engenharia genética,
as bases para entender o mjundo atual e o que virá depois. São Paulo – S.P.:
Cultura Editores Associados, 1995.
HOCHE, J.C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e
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KRASILCHIK, M. Prática do ensino de biologia. 4 ed. Revisada e ampliada. São
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ALMEIDA, M. J. P. M. de Discursos da ciência e da escola: ideologia e leituras
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SANTOS, C.S. dos Ensino de ciências: abordagem histórico-crítica. Campinas:
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LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A História é um conhecimento construído e em constante construção. Isso
significa que a produção da História não resulta do desenvolvimento de um método
que esgote o que há para saber sobre os objetos no passado, mas sim de
sucessivas perguntas que as diferentes gerações fazem ao mesmo, com novos
métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o saber passível de
novas interpretações. Assim, a História também tem uma história e conhecendo
esta lógica, o aluno percebe que o conhecimento está em constante construção,
podendo ser objeto de questionamentos, dúvidas, contestações e reconstruções.
Dessa forma, o conhecimento histórico presente nos livros e na fala do professor
deixa de ter uma aura de autoridade quase sagrada e ganha a característica de um
saber adquirido (e não revelado) que se coloca no centro do trabalho de discussão e
apropriação de saberes que deve marcar a escola.
A experiência humana no tempo contém uma fonte inesgotável de
informações. O estudo da História (como ciência ou na esfera da educação),
sempre é um recorte dessa imensa quantidade de dados e idéias disponíveis, não
sendo possível estudar toda a História. Os recortes, atendem a finalidades
educativas/ideológicas, e refletem os objetivos e projetos de representação do
passado, construção de identidades, estabelecidos por diferentes sujeitos coletivos
ao longo do tempo.
No ensino da História, a elaboração de grandes sínteses é fundamental. O
aluno não pode ficar a mercê de compreender a História através de recortes com
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sentido fechado em si, mas deve ser estimulado a compreender fenômenos de
amplo efeito sobre diferentes recortes sincrônicos e diacrônicos, permanências e
continuidades. Mesmo que posteriormente, devido a um conhecimento mais
aprofundado, o aluno venha a relativizar as grandes sínteses que aprendeu, tais
conceitos são fundamentais para a construção da competência de interpretação,
atribuindo sentido à totalidade temporal, ou seja, o estabelecimento de uma
interpretação geral do tempo. Sem isso, a História parecerá ao aluno um mosaico
de pequenos objetos com lógicas isoladas, conhecimento que será inútil para a
construção de projetos pessoais e coletivos de ação no mundo. Evidentemente,
essas atribuições de sentido deverão ser continuamente aperfeiçoadas e abertas ao
diálogo.
A História em sala de aula, cumpre o papel de trabalhar, nas novas
gerações, concepções, idéias e informações consideradas adequadas pelos
consensos mínimos da geração anterior. A História ensinada sempre é legitimadora
de determinadas ações e instituições. Na atualidade, o ensino de História pretendese legitimador da sociedade democrática representativa, laica e valorizadora da vida
como valor supremo; propiciando ações voltadas à participação política e processos
redistributivos de poder e riqueza da nossa sociedade.
O ensino de História na escola pública deve ser orientado pelo consenso
social e político expresso pela soberania popular, cujas linhas gerais estão
expressas na Constituição Federal.
A História é expressão de um conhecimento vital, cotidiano e inerente a
todos, pelo qual as pessoas se orientam no tempo, desde a mais simples das
atitudes às mais complexas, pautando-se por uma reflexão sobre si mesmas, seus
grupos e outras sociedades. A História como ciência é uma das formas de
expressão dessa atividade, com métodos, fontes e finalidades próprias, mas não é a
única. Outras instâncias sociais também produzem conhecimento histórico, mas
ambos não se confundem. O conhecimento histórico escolar é feito da síntese dos
saberes científicos com os saberes cotidianos, oriundos da experiência pessoal,
familiar, religiosa, da participação em entidades da sociedade civil, entre outros.
Sua função não é simplificar o conhecimento histórico científico, mas subsidiar com
seus saberes a elaboração de conhecimentos com finalidades educativas e fontes
diversas, que necessariamente dialogam com outros conhecimentos sobre a
História, resultando num saber distinto do saber científico. Na perspectiva desse
princípio, o ensino de História não se restringe às grandes análises gerais, mas
necessita efetivamente construir, como conteúdo, o conjunto de elementos
históricos que interferem na vida cotidiana do indivíduo e de sua comunidade, de
modo a possibilitar condições para que o aluno domine conceitos fundamentais para
a análise da realidade social, tanto na perspectiva geral quanto na particular.
O conhecimento histórico é fundamental na definição das identidades
pessoais e coletivas, na medida em que oferece os primeiros conjuntos organizados
de informações sobre o grupo e o indivíduo, bem como sobre os outros grupos na
totalidade temporal. Partindo deste princípio, o trabalho do professor de História
consiste em favorecer o respeito à diversidade e ao caráter multicultural da
sociedade brasileira, dentre outras. Esta abordagem permitirá que o aluno perceba
que o sujeito não se vincula a uma única peretnça, mas articula diversas identidades
e terá elementos para se posicionar diante de situações decorrentes de estruturas e
processos opressivos de nossa sociedade, como o racismo, o machismo, a
homofobia, os preconceitos de classe, os regionalismos excludentes, entre outros.
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O ensino de História, em articulação com as demais disciplinas, tem como
um de seus objetivos a formação de atitudes e concepções úteis para a vida
pessoal e cidadã: respeito à diversidade, espírito de justiça, criticidade,
solidariedade, entre outros. Nesse sentido, como historicamente tem ocorrido, cabe
também à educação escolar, a construção da identidade nacional. A especificidade
desse objetivo na atualidade decorre de uma concepção democrática, plural e
aberta de nação, não como algo predeterminado na qual se pertence
involuntariamente por nascimento, sem opções de interferir para a sua mudança e
que exige fidelidade cega. Compreende-se a nação como uma “comunidade de
destino”, ou seja, como um conjunto de pessoas que não são iguais, mas que optam
por agrupar-se e construir constantemente o bem-estar mútuo. Outro elemento
característico da concepção de formação da identidade nacional é a articulação do
relacionamento esperado do indivíduo com a coletividade. O indivíduo participativo,
interessado, informado, capaz de estabelecer isolada ou coletivamente diversas
interlocuções com o Estado e com organizações da sociedade civil, que se integra a
comunidades, associações e organizações com clareza de seus objetivos e
disposição de interferir nos destinos coletivos. Esse sujeito é personagem da
sociedade democrática e é imprescindível que ele tenha uma formação teórica,
técnica e humana para assumir a condição de representante e de governante que
contribui também para uma condição consciente e atuante de representado e
governado.
O ensino de História não se opõe ao conhecimento que o aluno traz, mas
adiciona crescentes graus de racionalidade e dialogicidade a esse conhecimento,
tendo por referência o conhecimento histórico científico. Estes saberes podem ser
elaborados a partir de uma atividade de pesquisa, envolvendo coleta e análise de
fontes diversas; na releitura de conhecimentos já consolidados, por exemplo.
Embora, numa concepção e prática tradicionais, a escola seja uma instituição que
reproduz e simplifica o conhecimento científico, este princípio reconhece este
espaço como produtor e difusor de um conhecimento específico – o escolar- apesar
de suas limitações.
A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando é a
edificação da capacidade de pensar historicamente.
Acredita-se que o estudo da História promova a auto-estima dos alunos,
independentemente da sua pertença aos diferentes referenciais identitários
(identidades étnicas, identidades político-territoriais, como imigrantes de nações já
constituídas, de gênero, religiosas, etc.), por considerar e valorizar essas origens,
sem idealizar, entretanto, o passado e nem pretender uma postura conservadora
que simplesmente reproduza as identidades estabelecidas, desconsiderando o seu
diálogo com o presente e o futuro.
O ensino de História tem a função de contribuir com o indivíduo na tomada
de decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o
tempo, avaliação de eventos passados e projeção de intenções para momentos
posteriores. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos ao tempo e à sua ação dentro dele.
Ao propiciar informações, idéias e conceitos históricos aos alunos, o
ensino de História permite que estes atribuam sentido ao tempo e à História de
forma mais eficiente e adaptada ao mundo contemporâneo. Estes saberes também
possibilitam ao educando incorporar a racionalidade e a intersubjetividade que
pautam a construção do conhecimento histórico científico, bem como assimilar e
discutir o conhecimento histórico oriundo das diferentes instâncias sociais.
Quanto à formação da identidade política/cidadã, o ensino de História:
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- favorece a compreensão do pertencimento a uma estrutura política com
características próprias e históricas, continuamente discutidas e modificadas;
- constrói a capacidade de crítica da própria cidadania a partir do conhecimento de
outras estruturas políticas e sociais no presente e no passado (diversidade);
- difunde a concepção de que existiram projetos alternativos de sociedade que não
se efetivaram, muitos dos quais ainda são pertinentes em sua crítica e proposta.
Isso coloca ara os alunos a imensão da utopia, do elemento “futuro” na
compreensão sobre o tempo, concretizado em projetos que dialogam com a
realidade presente;
- colabora com o dimensionamento da ação individual e coletiva. Nossas ações
interagem com os contextos e os resultados não são necessariamente aqueles que
projetamos, mas aqueles que são possíveis na interação com as condições postas
pela realidade. A mudança histórica portanto não é imediata, mas atos de vontade
coletiva que, persistindo, interferem nos fatores do desenvolvimento histórico
(previne, portanto, contra o voluntarismo e contra o determinismo / fatalismo);
- possibilita a compreensão de que os fenômenos históricos não são naturais e
irresistíveis, as produzidos por sujeitos coletivos em relação dialética com seus
contextos históricos. Por isso, não se trata de educar o aluno para adaptar-se aos
fenômenos históricos, simplesmente, mas para “sentir-se como sujeito, como agente
transformador do processo histórico”;
- propicia a construção de elementos fundamentais para o pensamento crítico e
autônomo do sujeito, permitindo-lhe refletir e criticar os seus condicionamentos
pessoais e coletivos;
- instrumentaliza o indivíduo para o hábito de ler a história vivida, continuar
aprendendo e discutindo após a escolarização;
- colabora decisivamente com a construção de uma cultura geral, a medida que
fornece bases para o conhecimento e o aprendizado em outras áreas e para a
vivência na sociedade da informação e da tecnologia;
- fortalece / subsidia outros ramos do conhecimento.
Ensinar e aprender História requer dos professores e professoras, a
retomada de uma velha questão: o papel formativo do ensino de História. Devemos
pensar sobre a possibilidade educativa da história, ou seja, a história como saber
disciplinar que tem um papel fundamental na formação da consciência histórica do
homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferenças e desigualdades
múltiplas. Requer assumir o ofício de professor de história como uma forma de luta
política e cultural. A relação ensino-aprendizagem deve ser um convite e um desafio
para alunos e professores cruzarem ou mesmo subverterem as fronteiras impostas
entre as diferentes culturas e grupos sociais entre a teoria e a prática, a política e o
cotidiano, a história, a arte e a vida. (FONSECA, 2003, p.37-38)
A retomada diária pelo professor quanto ao valor educativo da disciplina de
História para as novas gerações é imprescindível num mundo que valoriza, cada
vez mais “as ciências ditas tecnológicas e não o homem e a sua humanidade”
(ARRUDA, 1995 p. 61).
CONTEÚDOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
Das origens do Homem ao século XVI – diferentes trajetórias, diferentes
culturas.
138
Parte-se do princípio de que: a abordagem não é detalhista ou enciclopédica, mas
pautada na compreensão de conjunto e construção de uma “grande linha do tempo”,
fornecendo bases para o estudo histórico da dinâmica que envolve as diversas
sociedades humanas, em suas particularidades e grandes sínteses narrativas no
tempo e no espaço, dentro do qual pretende-se apresentar aos alunos aspectos do
processo histórico de formação das sociedades humanas, as migrações, os
encontros culturais e a diversidade dos modos de vida destas sociedades, incluindo
a ocupação do territótio brasileiro pelos diversos povos indígenas e o estudo da
suas culturas até a chegada dos europeus na América.
Produção do conhecimento histórico
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GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A aprendizagem é um processo interno pessoal e intransferível enquanto o
ensino, tratando-se de educação formal ou escolar, e a ação direta sobre ela. Disso
resulta que cada educando constrói o seu conhecimento a partir de suas vivências e
experiências cognitivas
Disse Paulo Freire, “aprender é (re) construir pela descoberta”.
Assim como o espaço está em permanente reconstrução, o conhecimento
deve estar em contínuo aprofundamento e ampliação na medida em que novas
experiências descobertas ensejam ao educando – sujeito cognocente – sucessivas
reelaborações intelectuais dos elementos que compõe a sociedade, particularmente
sua esfera espacial.
146
Partindo da concepção científica proposta pelas Diretrizes Curriculares
Estaduais, este ramo do conhecimento presta-se a desenvolver no aluno a
capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade para
melhor compreende-la, e identificar as possibilidades de transformação no sentido
de superar as construções, pois os objetos de estudo da geografia vivem em
constante mutação. É necessário mostrar que o mundo é dinâmico e passível de
transformações.
Ocupando-se da análise histórica de transformação das relações sociais de
produção, via paisagem especial ou de espaço geográfico, mostrando-se aos alunos
a relação homem – meio, homem – natureza e sua organização estabelecida a
partir de relações básicas entre o clima e o solo, vegetação e relevo. Portanto, os
tipos de sociedades e como estes se apropriam da natureza embasada em
características sociais, políticas e econômicas, procurando fazer do educando um
ser com visão de totalidade de espaço.
Acredita-se com isso que desvelar é conceber o espaço geográfico sendo
um espaço social produzido e reproduzido pela sociedade, desvendando
criticamente para compreensão do papel histórico propiciando ao aluno as
condições de se compreenderem enquanto sujeitos da história e agentes da
transformação social.
Dependendo de outros ramos da ciência o espaço geográfico e histórico é
socialmente produzido, e as paisagens são a materialização das sociedades que as
construíram. Portanto, o estudo da geografia, permite que os alunos desenvolvam
hábitos e construam valores significativos para a vida em sociedade.
Se espaço é compreendido como processo Histórico e desigual e
contraditório, e a realidade contemporânea está determinada por múltiplas relações
que acontecem em determinado lugar e momento, faz-se necessário desenvolver no
educando noções relativas aos processos sociais e naturais, partindo da família e
da escola, meios mais próximos, para destes chegar até outros elementos
formadores dentro do contexto histórico social.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
GEOPOLÍTICA
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
(re)organização econômica do espaço rural e urbano;
Inter-relações entre o urbano e o rural;
Tipos de indústria, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico;
147
O setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico ( comércio, turismo,
energia, entre outros ).
GEOPOLÍTICA
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações
culturais e socioambientais;
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais;
Classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
Os movimentos da Terra no Universo e suas influências para organizar o espaço
geográfico.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural.
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração dos países.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico.
6ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade;
GEOPOLÍTICA
Movimentos sociais: ONGs, Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST),
Movimento dos trabalhadores atingidos por barragens (MAB), Movimento dos
Trabalhadores sem Teto (MTST), Fórum Social Mundial (FSM), sua distribuição e
ação na configuração dos territórios;
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais no Brasil;
Distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos, da
chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros no
Brasil.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural no Brasil.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos no Brasil;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico no Brasil.
7ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Acordos e blocos econômicos;
GEOPOLÍTICA
Formação espacial dos Estados Nacionais;
A Guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e do mapa
político do mundo.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;
148
Rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações antrópicas e
desafios para a sustentabilidade;
Sistemas de energia: distribuição espacial, produção e degradação socioambiental;
Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço
geográfico ( indústria, habitação, saúde, entre outros ).
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração dos países.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico.
8ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
A globalização e seus efeitos no espaço geográfico;
As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do/no
espaço geográfico.
GEOPOLÍTICA
A espacialidade dos principais conflitos mundiais, suas causas e efeitos;
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações
culturais e socioambientais;
Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, Otan, Banco Mundial, entre outros, e
suas influências na reorganização do espaço geográfico;
Influências do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico;
Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, biopirataria, entre outros, e suas
influências na reorganização do espaço geográfico.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais;
Distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos, da
chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração dos países.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Partindo-se de observações do meio, sua localização e representação
espacial, procuram-se levar os alunos a compreender o espaço que o rodeia e
assim encaminhá-lo na busca pela apropriação do domínio espacial.
Torna-se importante que os alunos passam a perceber e compreender que
as paisagens e os lugares resultam de múltiplas interações entre o trabalho social e
a natureza. A geografia busca explicar e compreender o espaço geográfico não
somente como produtos de forças econômicas ou de formas de adaptações entre o
homem e a natureza, mas também dos fatores culturais. Com isso os alunos
149
valorizam, não apenas o seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na procura
do mundo com interdisciplinaridade.
Que os aluno possam realizar uma leitura da realidade de forma não
fragmentada, para que seus estudos tenham um sentido e significado no cotidiano,
e no qual a sua vida no lugar possa ser compreendida, interagindo com a
pluralidade dos lugares num processo de globalização, fortalecendo o espírito de
solidariedade como cidadão do mundo.
As noções e os exemplos trabalhados pela disciplina não devem ser
apresentados a partir de definições prévias, mas sim construídos, e reconstruídos
pelo educando a partir do trabalho com atividades que envolvam diferentes
situações problemas.
Ser o educando cidadão através do conhecimento do meio em que vive, e
os estudos do espaço geográfico devem ter uma finalidade de que encontram
utilidades na vida prática, na reflexão sobre o mundo para que nele viva melhor,
promovendo até mesmo transformações com consciência.
Serão utilizados continuamente mapas, atlas escolares, livros didáticos,
revistas e fascículos da área, DVDs e fitas de vídeo como apoio no
encaminhamento metodológico, de modo que o conhecimento de Geografia
aconteça de forma dinâmica e que oportunize ao educando a possibilidade de
localização no contexto geográfico considerando também os aspectos sociais,
políticos, culturais e econômicos com vistas a gerar um vetor de transformação.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A Avaliação é um processo importante do ensino-aprendizagem e, deve ter
caráter diagnóstico e contínuo. A Avaliação não deve resumir-se aos momentos prédeterminados das “provas” mas sim desenvolver-se de maneira contínua,
envolvendo diferentes momentos e estratégias em sala de aula. Como
acompanhamento cotidiano da aprendizagem, a avaliação ajuda o professor a
captar o aproveitamento do educando. Para isso, ele deve ter clareza sobre os
pontos:
A Avaliação tem também a função de orientar os procedimentos de ensino
na sala de aula;
É através da avaliação que o professor consegue observar as dificuldades
do aluno e replanejar para atingir melhor suas metas.
A Avaliação não deve estar relacionada a notas e sim em promover acesso
ao conhecimento.
Assim, toda a produção do aluno será avaliada em sala de aula pelo seu
interesse na disciplina, pela resolução dos trabalhos solicitados, pesquisas,
participação individual ou coletiva em debates, produção de textos, tarefas de casa,
provas, etc. A Finalidade das avaliações é dar condições de superar os obstáculos e
desenvolver o seu autoconhecimento, dando oportunidade ao aluno de dialogar,
participar e cooperar em suas descobertas, bem como na sua realidade de vida.
Sempre ao desenvolver avaliações deve-se revisar juntamente com os alunos para
esclarecer as dúvidas. Verificando o que está errado, o aluno refaz, visando com
isso fixar melhor os conteúdos propostos.
150
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A ESCOLA E O ENSINO RELIGIOSO
A escola possui um objeto de trabalho constituído historicamente: o
conhecimento.
O desafio da escola está em relacionar este conhecimento com o
conhecimento empírico do educando, mediando saberes também historicamente
construídos e os desafios sociais/culturais exigidos na contemporaneidade. Ingênuo
seria se afirmássemos haver receitas, fórmulas ou métodos prontos e definitivos estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, num movimento cíclico entre
sociedade-escola-sociedade, se constituem em complexidade.
O Ensino Religioso constitui-se como disciplina, com um novo olhar, uma
nova perspectiva configurada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
n.º 9394/96, artigo 33 e nova redação na Lei n.º 9475/97, superando o proselitismo
no espaço escolar. O entendimento sobre essa importante e fundamental área do
conhecimento humano implica uma concepção, que tem por base a diversidade
presente nas diferentes expressões religiosas. Nesse enfoque, o sagrado e suas
diferentes manifestações religiosas possibilitam a reflexão sobre a realidade, numa
perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do
conhecimento religioso.
Com isso, a disciplina pretende contribuir para o (re) conhecimento e
respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural, que
compõem a sociedade brasileira, bem como possibilitar o acesso às diferentes
fontes da cultura sobre o fenômeno religioso, tendo como foco o sagrado.
Essa reflexão visa proporcionar ao educando do Ensino Religioso sua
formação integral, entendido nesta concepção como sujeito do processo contínuo
de educação.
A trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil passou por diferentes
momentos e, diante da sociedade globalizada e multicultural da atualidade, requer
uma nova forma de ser pensado e entendido na sua implementação no âmbito do
espaço escolar.
Para viver democraticamente em uma sociedade multicultural é preciso
conhecer e respeitar as diferentes culturas e grupos que as constituem. As relações
de convivência entre grupos diferenciados é marcada pelo preconceito e um dos
grandes desafios da escola conhecer e valorizar a trajetória particular dos grupos
que compõem a sociedade.
Cada forma particular de vida compõe um conjunto maior, que é a
humanidade e que, nesta, cada especificidade é uma linguagem própria, por meio
da qual as pessoas criaram códigos de expressão e entendimento. É preciso
154
entender que o universo cultural religioso possui elementos estéticos e éticos, entre
outros, que devem ser apreciados enquanto produção da própria trajetória
constitutiva do indivíduo/grupos sociais, é necessário que a escola propicie aos
educandos esse entendimento.
Caberá ao professor, nas aulas de Ensino Religioso, propiciar aos
educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de
aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na
sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura na qual estão
inseridos. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural
religiosa em relações éticas diante da sociedade, fomentando medidas de repúdio a
toda e qualquer forma de preconceitos e discriminações e o reconhecimento que
todos são portadores de singularidade irredutível.
O ENSINO RELIGIOSO, A LEGISLAÇÃO E AS DIRETRIZES CURRICULARES
O Ensino Religioso, pauta-se legalmente na Lei n.º 9475/97, que
apresenta a nova redação a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
referente ao Art. 33 da LDBEN n.º 9394/96:
Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão, constitui disciplina de horários normais das escolas
públicas de Ensino Fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e
religiosa do Brasil vedadas quaisquer formas de proselitismo.
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a
definição dos conteúdos de ensino religioso e estabelecerão as normas para a
habilitação e admissão de professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidades civis, constituídas pelas
diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do Ensino
Religioso.
No Estado do Paraná, os princípios norteadores do Ensino Religioso
pautam-se também nos pressupostos estabelecidos na Deliberação n.º 03/02 do
Conselho Estadual de Educação (CEE) de 09/08/024 e na Instrução Conjunta n.º
05/04 – SEED/SUED/DEF5.
Considerando esses preceitos legais, o texto das Diretrizes do Ensino
Religioso não possui a intenção de, dogmaticamente, estabelecer conteúdos fixos a
serem seguidos no que se refere à disciplina nas etapas iniciais ou as etapas finais
do Ensino Fundamental.
O Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e
entender como os grupos se constituem culturalmente e como se relacionam com o
sagrado. Cabe ressaltar, ainda, que esta disciplina permite que se compreenda a
trajetória de tais grupos, suas manifestações no espaço escolar, bem público, de
direito a todos. Desse modo, possibilita a reflexão e a análise sistematizada sob a
ótica do conhecimento e não doutrinal ou prosélita, na medida em que estabelece
relações entre culturas, espaços, tempos e diferenças, para que no entendimento
destes elementos se possa elaborar o saber, significando-o como elemento de
patrimônio das diferentes culturas, com vistas à humanização dos sujeitos.
O SAGRADO COMO FOCO DO FENÔMENO RELIGIOSO
O Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, busca explicitar a experiência
que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões organizadas,
155
como em outras manifestações, revelando as tramas históricas concretizadas em
espaços onde os seres humanos articulam o seu cotidiano.
O sagrado ajuda a compreender as expressões que não obedecem às leis
da natureza, sendo atribuídas a um transcendente ou imanente que intervém no
andamento natural das coisas, indicado como algo sagrado. O inexplicável encontra
resposta, ou pelo menos uma justificativa.
Sagrado é, pois, o olhar que se tem sobre algo ou a forma como se vê
determinado fenômeno religioso. Aquilo que, para alguns é normal e corriqueiro,
para outros é encantador, tornando-se sublime, extraordinário, repleto de
importância e, portanto, merecedor de um tratamento diferenciado. O sagrado é
aquilo que tendo como respaldo toda herança cultural influencia na forma como se
visualiza o que é focado e vivenciado pelo homem no âmbito religioso.
Pode-se estabelecer quatro instâncias para análise e reconhecimento do
sagrado:
Paisagem religiosa - refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua
concretude, os espaços sagrados.
Símbolo - é a apreensão conceitual através da razão, pela qual concebemos o
sagrado pelos seus predicados e reconhecemos a sua lógica simbólica. Sendo
assim, entendemo-lo como sistema simbólico e projeção cultural.
Texto sagrado - é a tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Nesse
sentido o reconhecemos através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais
Sagradas e dos Mitos.
Sentimento religioso - é o seu caráter transcendente/imanente não-racional. É
uma dimensão de inspiração muito presente na experiência religiosa. É a
experiência do sagrado em si. Essa dimensão, que escapa à razão conceitual em
sua essência, é reconhecida através de seus efeitos. Trata-se daquilo que qualifica
uma sintonia entre o sentimento religioso e o fenômeno sagrado.
A partir do objeto e objetivo de estudo do Ensino Religioso pode-se
compreender que esta disciplina escolar, numa perspectiva pedagógica, busca
superar as “aulas de religião”, através de um enfoque de entendimento, com base
cultural, sobre o sagrado, a fim de promover um espaço de reflexão na sala de aula
em relação à diversidade religiosa.
Lembramos que uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de
leitura da realidade e criar as condições para melhorar a convivência entre as
pessoas pelo conhecimento, isto é, construir os pressupostos para o diálogo”.
Nesse sentido a disciplina de Ensino Religioso tem muito a contribuir.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
O Ensino Religioso como componente curricular busca a compreensão
cultural por meio da elaboração de suas temáticas, a relação na manifestação do
sagrado em sua profunda diversidade. É pertinente considerar no planejamento da
disciplina, no tratamento das temáticas as seguintes orientações:
•
III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
156
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá´ís – Fé Bahá’I, Tradições Orais
Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc.
IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas
principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas
religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com
o sagrado.
- Fundadores e/ ou Líderes Religiosos.
- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta
Gautama),
Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), Etc.
6ª SÉRIE:
I UNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
Nos Ritos
Nos Mitos
No cotidiano
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc.
II RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um
conjunto
de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento
sagrado
anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades
futuras
de transformações presentes.
Ritos de passagem
Mortuários
Propiciatórios
Outros
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki ( kaingang – ritual fúnebre), Via
sacra,Festejo indígena de colheita, Etc.
157
III FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos
diversos:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup
(indígena),
Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.
IV VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida
tradições/manifestações
religiosas e sua relação com o sagrado.
além
da
morte
nas
diversas
O sentido da vida nas tradições/ manifestações religiosas
Reencarnação
Ressurreição – ação de voltar à vida
Além Morte
Ancestralidade – vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se
presentes
- Outras interpretações.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Pensar o encaminhamento metodológico de uma disciplina, não se reduz
a determinar formas, métodos, ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas
pressupõe um (re) pensar e refletir sobre que concepção se possui do processo de
ensino e de aprendizagem, que vínculos se estabelece com os alunos, e ainda o
entendimento de como esse aluno aprende.
O encaminhamento das aulas de Ensino Religioso, o tratamento dos
conteúdos considerará os seguintes princípios:
para a elaboração da avaliação de forma processual e formativa, privilegiando os
critérios qualitativos e subjetivos do processo de ensino e da aprendizagem. Cabe
ressaltar que, quando esse processo é mediado pelo professor, através da interação
e da orientação, a aprendizagem ocorre de forma autônoma e significativa para
ambos.
O docente necessita entender a avaliação como componente do
processo de ensino e de aprendizagem:
a) A avaliação é aprendizagem; enquanto se avalia se aprende e enquanto se
aprende se avalia.
b) Avaliação é aprendizagem para alunos e professores (...), requer postura
avaliativa diferente da tradicional, em que o professor e a escola tudo decidem, sem
a participação dos alunos e pais.
c) A avaliação é responsabilidade coletiva. Mudar a cultura avaliativa é um processo
longo.
d) A avaliação é um processo.
158
e) A auto-avaliação é um componente importante do processo.
f) A avaliação informal está sempre presente, exerce papel importante, mas os
estudos sobre ela ainda são incipientes.
g) A avaliação é um processo que precisa ser planejado.
Os princípios da avaliação formativa apontam para a autonomia dos
sujeitos envolvidos no processo.
GLOSSÁRIO
Tendo em vista as especificidades das terminologias do Ensino Religioso,
apresentamos a seguir o significado de algumas palavras.
ALTERIDADE: Natureza ou condição do que é o outro, do que é distinto; o diferente
CULTURA: ato, efeito ou modo de cultivar; conjunto de padrões de
comportamentos, crenças, conhecimentos, costumes, etc. que distinguem um grupo
social. Desde o final do século passado os antropólogos vêm elaborando inúmeros
conceitos sobre cultura. Apesar da cifra ter ultrapassado 160 definições, ainda não
chegaram a um consenso sobre o significado exato do termo. Para alguns, cultura é
comportamento aprendido; para outros, não é comportamento, mas abstração do
comportamento; e para um terceiro grupo, a cultura consiste em idéias. Há os que
consideram como cultura apenas os objetos imateriais, enquanto que outros, ao
contrário, aquilo que se refere ao material. Também encontram-se estudiosos que
entendem por cultura tanto as coisas materiais quanto as não-materiais.
DIVERSIDADE: Do Latim diversitas. Qualidade daquilo que é diverso, diferente,
variado, variedade; referindo à humanidade, destaca-se a imensidão da diversidade,
que vai do aspecto físico, à cultura, à religião e aos modelos sóciopolíticoseducacionais.
DOGMA: Do Latim Eclesiástico dogma – ponto fundamental e indiscutível de uma
doutrina religiosa e, por extensão, de qualquer doutrina ou sistema.
DOUTRINA: Do Latim doctrina, de docere, conjunto de princípios que servem de
base a um sistema religioso, político ou filosófico.
ÉTICA: Do grego ethos = caráter. Essa palavra se escreve de duas formas: com
eta, (a letra “e” em tamanho pequeno) e com épsilon (a letra “E” em tamanho
grande). Ethos com “E” pequeno significa a morada, o abrigo permanente seja dos
animais (no estábulo) seja dos seres humanos (casa). A morada deve ser cuidada e
continuamente retrabalhada, enfeitada e melhorada. Em outras palavras: o ethos
não é algo acabado, mas algo aberto a ser sempre feito, refeito e cuidado como só
acontece com a moradia humana. Ethos se traduz por ética. É uma realidade da
ordem dos fins: viver bem, morar bem. Ética tem a ver com fins fundamentais
(como poder morar bem), com valores imprescindíveis (com defender a vida,
especialmente a do indefeso), com princípios fundadores de ações (dar de comer a
quem tem fome, etc.) Ethos escrito com “E” grande, significa costumes, vale dizer, o
conjunto de valores e de hábitos consagrados pela tradição cultural de um povo.
Ethos, como o conjunto dos meios ordenados ao fim (bem/auto-realização) se
traduz comumente por moral. Moral (mos-mores, em latim) significa, exatamente, os
costumes e valores de uma determinada cultura. Como são muitos e próprios de
cada cultura, tais valores e hábitos fundam várias morais. Em geral, a ciência da
conduta. Parte da filosofia que trata do comportamento humano. É a moral natural,
ou seja, a ordenação do agir humano segundo a ordem que a razão impõe como
bom. A ética implica uma ordem de valores.
159
ÉTNICO: Relativo a etnia; designativo de determinada população; pertencente ou
próprio de um povo, especificamente de um grupo caracterizado por cultura
específica.
ETNOCENTRISMO: Tendência de julgar as outras culturas segundo os padrões da
sua própria cultura, e convicção de que seu próprio grupo étnico ou cultural é
superior aos outros. O termo foi criado pelo antropólogo americano William Graham
Sumner no livro Folkways (1907).
IMANÊNCIA/IMANENTE: Do Latim in = permanecer em. Em sentido religioso,
imanência e imanente expressam o referente às realidades daqui em contraposição
à transcendência e transcendente, que se aplicam às realidades do “mais além”, do
sobrenatural e da vida eterna.
LAICO/LEIGO: Do Latim laicus, aquele que é estranho ou alheio a um assunto.
Leigo aquele que não tem ordens sacras.
MORAL: Do latim mos = costume, prática. Como atitude é a disposição da pessoa
em relação com o bem que se deve praticar. Como ciência, é a parte da teologia
que estuda o comportamento humano enquanto ajustado ou não à retidão.
PROFANO: Do Latim profãnus = estranho à religião, secular; que não tem
finalidade religiosa, mundano.
PROSELITISMO: Zelo ou afã por ganhar prosélitos, isto é, para converter outros
para sua própria religião. Atualmente está carregado de sentido pejorativo, por
atentar contra a liberdade alheia.
SAGRADO: Do Latim sacrãtus – sagrar = dedicar a Deus, aos deuses, ou ao
serviço divino; relativo ou inerente a Deus, a uma divindade, à religião, ao culto ou
aos ritos. O verbete fenomenológico-religioso não se refere, em primeiro lugar, a
uma religiosidade vaga, mas – na rejeição de interpretações religiosas alienantes –
àquele conteúdo próprio da experiência religiosa que a visão ética ainda não
abrange e que, por outro lado, tampouco deve ser definido como irracional ou
mágico. "Sacro" e "Profano" representam conceitos de relação.
Elaborado pelo Professor Mestre Luiz Alberto Souza Alves (PUCPR.).
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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de línguas estrangeiras ( LE ) no Brasil e a
estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da organização
social no decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Falar sobre o ensino de línguas estrangeiras no Brasil remete
diretamente à criação do sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do
prestígio das línguas estrangeiras nas escolas, estão relacionadas às razões
sociais, econômicas e políticas.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Assim, como princípio social e dinâmico não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código lingüístico, é heterogênea, ideológica e opaca.
Nessa perspectiva, a língua repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas
sociedades, organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e
estabelece entendimentos possíveis. Segundo Bakhtin ( 1988 ), toda enunciação
envolve a presença de duas vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não
há discurso individual, no sentido de que todo discurso se constrói no processo de
interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo criado na relação
entre o eu e o tu que os sujeitos se constituem socialmente. Sendo assim, é no
162
engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que
somos. Daí a LE apresentar-se como um espaço para ampliar o contato com outras
formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade.
A aprendizagem de uma língua estrangeira contribui para o processo
filosófico como um todo. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem,
aumenta a compreensão de como a linguagem funciona, desenvolve maior
consciência do funcionamento da própria língua materna, promove uma apreciação
dos costumes e valores de outras culturas e possibilita a auto-percepção do aluno
como ser humano e como cidadão.
Entre as línguas estrangeiras contemporâneas, a inglesa é a hegemônica,
dando particular acesso à ciência e à tecnologia modernas, à comunicação
intercultural e ao mundo dos negócios, sendo certamente um diferenciador sóciocultural. Entretanto, a posição dominante do inglês nos campos de negócios, na
cultura popular e nas relações internacionais coloca-o como a língua do poder
econômico e dos interesses sociais, constituindo-se em possível ameaça para as
demais línguas. Nesse sentido, torna-se ainda mais necessária a sua
aprendizagem, a fim de se criar condições para a negociação, a troca e a
integração. Desta forma, os alunos passam de meros consumidores passivos de
cultura e de conhecimento a criadores ativos, pois o uso de uma língua estrangeira
é uma forma de agir no mundo para transformá-lo.
Buscar essa transformação, ensinando o inglês em sala de aula, torna-se
hoje uma tarefa um tanto árduo, visto que há um número ainda reduzido de horasaula para a disciplina; não há um investimento total em um material que ainda seja
adequado ao atendimento das necessidades do aluno e das competências /
habilidades que os professores precisam desenvolver nele, ocasionando muitas
vezes, o repasse de textos e exercícios mecânicos, sem o contato dele com a
linguagem representada por meio de ilustrações e isso é necessário também para a
sua aprendizagem, senão, as aulas correm o risco de serem chatas, sem motivação
e o aluno não ter aprendido nem a metade do que foi planejado pelo professor.
A língua inglesa precisa ser desenvolvida na escola com dinamismo,
segurança, entendimento, cooperação, estrutura, confiança e integração mútua
entre professor e alunos. Para que isso ocorra, devemos buscar incessantemente
novos e melhores caminhos para o seu ensinamento e entendimento, onde os
alunos sintam prazer em sua aprendizagem e o professor satisfação em seu ensino.
As aulas devem configurar espaços nos quais identidades são construídas conforme
as interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo
que se revelam no dia-a-dia. Objetivam-se também, dessa forma, que os alunos
desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel da LE na sociedade;
leiam, entendam, escrevam e falem o idioma, a fim de manifestar seu pensamento;
dominem as estruturas gramaticais básicas da língua inglesa de modo gradativo;
dominem um vocabulário básico que permita uma comunicação satisfatória em
diferentes situações; compreendam a importância do inglês como instrumento de
comunicação universal; ampliem seu universo, entrando em contato com a cultura e
a civilização de outros países que falam o inglês; aprendam uma língua estrangeira
de forma viva, dinâmica e enriquecedora; desenvolvam atividades que propiciem a
comunicação através do uso formal e informal da língua estrangeira moderna,
trabalhando situações cotidianas vividas pelos alunos e outras modalidades
163
comunicativas; considerem a interligação das outras disciplinas da grade curricular
com a língua inglesa, no desenvolvimento de atividades interdisciplinares; percebam
que vivem num mundo plurilíngue; tenham uma experiência de se expressar e de
ver o mundo, ampliando a compreensão de seu próprio papel como cidadão de seu
país e do mundo; reconheçam que a aquisição de uma língua estrangeira permite
acessar bens culturais da humanidade; leiam e valorizem a leitura como fonte de
informação e prazer; se estimulem no confronto entre a oralidade e a escrita;
desenvolvam atitudes e atividades sócio-interacionistas para um melhor
desempenho cognitivo; desenvolvam as habilidades básicas na língua-alvo, por
meio da observação, da reflexão, do reconhecimento e da crítica dos aspectos
linguísticos-culturais, preparando-se para a sua formação consciente e responsável,
como cidadãos de uma coletividade em constante evolução e transformações;
compreendam o por quê de estudar uma língua estrangeira moderna e estabeleçam
o seu papel enquanto sujeito da aprendizagem dentro deste contexto; convivam
prazerosamente com a aprendizagem, utilizando-se desta como fonte de lazer e
informação; conheçam e façam uso da língua estrangeira moderna como
instrumento de acesso às culturas, comparando, analisando e valorizando sua
própria língua; aprendam a língua percebendo o mundo e as maneiras de construir
sentidos, formando subjetividades; construam identidades com a interação entre
professores pelas representações e visões de mundo que vão sendo reveladas
dia-a-dia; aprendam conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de
avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos de e no
mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a LE e a
inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção
das identidades transformadoras; utilizem a LE em situações de comunicação
( produção e compreensão de textos verbais e não-verbais ); façam uso da língua
que estão aprendendo em situações significativas, relevantes e contextualizadas;
tenham a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação
humana; concebam a língua como discurso, conhecendo-a e usando-a, para que se
percebam como parte integrante da sociedade e como participantes ativos do
mundo em que vivem; usem a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivenciem formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas; compreendam que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheçam e
compreendam a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O estudo de língua estrangeira através de seu conteúdo estruturante – o
discurso – possibilitará ao aluno uma consciência crítica e transformadora da
realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que compõem a
aprendizagem. A língua, falada ou escrita, permite-nos interagir com textos de
vários gêneros que formam o discurso, sem a superficialidade de frases ou palavras
desconectadas, conduzindo toda a complexidade das ações humanas, envolvendo
a negociação de significados, pelas nossas próprias limitações em utilizá-la e do
nosso interlocutor em interpretar a enunciação. Através dos conteúdos estruturantes
164
são identificados os conteúdos específicos da disciplina, bem como o
encaminhamento metodológico coerente com a concepção de ensino de LE
proposta pelas DCEs.
Para que ocorra a interdiscursividade numa proposta de trabalho interativo e
dinâmico, deve-se procurar a produção de diversos significados, por meio de
atividades de produção escrita, oral, de leitura, verbal e não-verbal. Deve-se partir
de um texto de linguagem num contexto em uso, da atualidade, focando a
abordagem crítica de leitura, enfatizando o trabalho pedagógico na interação ativa
dos sujeitos com o discurso, para que se comuniquem bem em diferentes formas
discursivas sob diferentes tipos de texto.
O professor deve considerar a diversidade de textos existentes e a
especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, a fim de
estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino. Contudo,
deve-se levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a manutenção de uma
progressão entre as séries, considerando as especificidades da LE ofertada, as
condições de trabalho existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a
articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.
Na seleção dos textos, deve-se analisar os elementos lingüísticos-discursivos
neles presentes, em diferentes textos( narrativos, descritivos, ficcionais,
informativos, jornalísticos, crônicas, científicos, etc. ), de forma que se objetive fins
educativos e que apresentem possibilidades de tratamento de assuntos polêmicos,
adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos.
Os alunos podem ter a oportunidade também de participar ativamente da
escolha das temáticas dos textos, para que se estabeleçam relações entre ações
individuais e coletivas, onde eles poderão compreender a vinculação entre autointeresse do grupo e escolher conteúdos mais significativos porque resultam da
participação de todos.
Pode-se então definir e elencar os conteúdos específicos, relacionando-os
aos estruturantes e com a série a ser trabalhada em ordem crescente ( Ensino
Fundamental e Ensino Médio ) e separados posteriormente no planejamento anual
pelo professor:
5ª SÉRIE:
greetings, the alphabet, verb to be (present), articles, demonstratives, colors,
numbers, simple present, interrogative words, plural of nouns, there is/are, how
much, prepositions, occupations.
6ª SÉRIE:
Estilos e modos de vida;
A natureza: a vida animal e vegetal, espécies em extinção;
Festas e comemorações;
Números;
O meio ambiente e Ecologia;
165
Lugares e pontos turísticos;
Tradições e costumes típicos de países e regiões;
Etnias;
Meios de transporte;
Profissões.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Inmediate future, time, ordinal numbers, dates, possessive adjectives and
pronouns, genitive case, auxiliar verbs, prepositions, present continuous tense.
7ª SÉRIE:
Saúde;
Genética;
Síndromes e pessoas com necessidades especiais;
Esportes;
O corpo humano;
Doenças;
A fome;
Drogas;
O aborto.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Imperative, past tense, regular and irregular verbs, prepositions, objetive
pronouns, indefinites, future tense, conditional.
8ª SÉRIE:
Alimentos;
Religiões;
Música;
A mulher;
História e cultura afro e suas manifestações artísticas (música, dança e arte)
O preconceito;
O bulling.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
166
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Interrogative pronouns, reflexive pronouns, indefinite pronoun, comparative
and superlative, relative pronouns, adverbs, present perfect.
METODOLOGIAS:
Visando tornar o estudo da língua inglesa cada vez mais real e
dinâmico deve-se levar em consideração a competência linguística e,
principalmente, a competência comunicativa, para uma melhor interação entre os
alunos. Para tanto, seguem-se os encaminhamentos metodológicos necessários:
Usar recursos ilustrativos ( recortes de jornais e revistas, encartes de CDs, rótulos e
embalagens, manuais de instrução );
Trazer textos atuais ( diálogos, informes, anúncios ), que permitam o conhecimento
cultural e a adequação dos costumes vivenciados em sua língua materna à língua
inglesa;
Produzir pequenos textos: diálogos, cartas, quadrinhos, propagandas, manuais de
instrução, rótulos, cartões postais, receitas culinárias, roteiros turísticos, etc;
Conhecer parcialmente o vocabulário, ao se trabalhar textos, somente as palavras
mais importantes ( palavras-chave );
Estimular a repetição de frases articuladas;
Treinar a leitura de diversos textos;
Traduzir e explicar, em português, as regras gramaticais;
Fazer os exercícios oralmente em primeiro lugar. Depois repeti-los por escrito;
Propor dramatizações das situações vividas nos textos, em grupos;
Trabalhar a compreensão e a produção orais e escritas;
Desenvolver atividades recreativas ( jogos, brincadeiras, piadas );
Debates, em português, de algum texto polêmico trabalhado em inglês;
Favorecer o trabalho em duplas ou grupos maiores;
Propiciar a análise musical ( o canto e a tradução );
Praticar o aquecimento, preparar o aluno para o que vai ser trabalhado;
Usar exemplos significativos e exercícios concretos, coerentes e lógicos;
Fazer sempre a transferência para a realidade do aluno;
Engajar os alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras;
Trabalhar o texto como um espaço para a discussão de temáticas fundamentais
para o desenvolvimento intercultural, manifestando por um pensar e agir críticos;
Trabalhar o texto a partir de temas referentes a questões sociais emergentes,
abordando assuntos relevantes na mídia nacional e internacional ou no mundo
editorial;
Interagir o texto com a linguagem escrita, interpretativa, visual, auditiva e oral;
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc, ressaltando as suas diferenças
estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se
destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas
experiências com a língua materna;
167
Ler em LE familiarizando o aluno com os diferentes gêneros textuais, provenientes
das várias práticas sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua que
se está aprendendo – literatura, publicidade, jornalismo, mídia, etc;
Ao trabalhar a oralidade, expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes
discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os
alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.
É importante também que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua
que está aprendendo;
Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional e
significativa, pois em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou
em alguém de quem se constrói uma representação, levando assim o aluno a
produzir um diálogo imaginário – fundamental para a construção do texto e de sua
coerência;
Articular o ensino de LE com as demais disciplinas do currículo, relacionando os
vários conhecimentos;
AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA DISCIPLINA:
A avaliação será realizada em função de todas as atividades desenvolvidas no
período letivo e das habilidades esperadas do aluno. Ela deve ser parte
integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a construção dos
saberes. Segundo a LDB/96, ela deve ser cumulativa e contínua e que os
aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Além de ser útil para a
verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá para que o professor
repense a sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades
de seus alunos. É através dela, que é possível perceber, quais são os
conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam
ser mais abordados para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos
em língua estrangeira. Deve-se considerar os seguintes aspectos:
Quanto ao desempenho:
A participação;
O interesse;
A prontidão na realização das tarefas propostas;
O relacionamento em grupo;
A relação com o professor;
O cumprimento de todas as situações de aprendizagem oferecidas;
Quanto aos instrumentos de avaliação:
Testes orais e escritos;
Trabalhos individuais e em grupo resultantes de pesquisas;
Exercícios de produção de linguagem;
Quanto ao aprendizado:
Será avaliado o nível e o avanço no aprendizado em relação ao domínio e
compreensão da língua estrangeira, considerando o entendimento a nível de
tradução, dialogação e redação com segurança e autonomia frente ao
conhecimento adquirido.
168
“A avaliação não será totalmente baseada em notas e conceitos, levando em
conta somente o resultado do que o aluno faz, mas, sobretudo, nas hipóteses que
ele usa para fazer o que faz do jeito que faz.”
RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A recuperação será paralela no decorrer do ano letivo, sendo monitorada pela
orientação pedagógica.
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172
ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, tornou-se parte integrante dos currículos escolares
brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX. Portanto, a formação deste
profissional, teve início nos anos 30 do século XX.
Pelo caráter político e social, a educação tinha práticas restritas. Depois de
institucionalizada como disciplina, as práticas de ensino moldavam-se ao ensino do
latim.
A comunicação deve ser entendida como um processo de construção de
significados em que o sujeito interage socialmente, usando a língua como
instrumento que o define como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como
linguagem que constrói e desconstrói significados sociais.
A língua está situada, nas relações humanas, nas quais o aluno está
presente e mergulhado. A língua não está dissociada do contexto social vivido.
Sendo ela dialógica por princípio, não há como separá-la de sua própria natureza,
mesmo em situação escolar. pois dentro do movimento histórico da nossa
sociedade, a linguagem é um processo em construção. Porém, este processo não
foi sempre assim. O educação já foi retórica, imitativa, elitista, reprodutivista,
repressiva perpetuando a ordem patriarcal, estamental e colonial.
No século XVIII, o Marquês de Pombal, torna obrigatório o ensino da Língua
Portuguesa, em Portugal e no Brasil. No ano de 1837, o estudo da Língua
Portuguesa foi incluído no currículo das disciplinas Gramática,Retórica e Poética,
por decreto imperial , em 1871 foi criado, no Brasil, o cargo de professor de
Português.
Em 1967, iniciou-se o processo de democratização do ensino, onde era
imprescindível, que as propostas pedagógicas, levassem em conta as novas
necessidades dos educandos. Se priorizou na época, uma educação pragmática e
utilitária, visando o tecnicismo e não despertando as capacidades lingüísticas.
A gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da
comunicação torna-se referencial. Durante a década de 1970 a 1980 o ensino da
Língua Portuguesa pautava-se em exercícios, estruturais , técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura.
Também nos anos 70 o ensino tornou-se gramatical e com estratégias
-questionários que não levam o aluno a pensar, e sim somente reproduzir
conceitos.
A partir dos anos 80 começou-se a repensar o trabalho realizado em sala de
aula, reestrurando o ensino do 2º grau, mundando a visão de que a aprendizagem
ocorre de forma social e histórica.
De acordo com Bakhtin, a aprendizagem ocorre de forma dialógica e
social.No caso do currículo do estado do Paraná, pretendia-se uma prática
pedagógica que enfrentasse as normas e a estruturas nos textos, onde estes
deveriam ser mais significativos e mais realistas.
A história da língua portuguesa pode ser dividida em duas fases:
1) a fase arcaica – estende-se do século XII a meados do século XVI.
173
2) a fase moderna – estende-se do século XVI até nossos dias.
Na fase arcaica, podemos distinguir:
a) século XII – latim com ligeiras modificações;
b) séculos XIII e XIV – galego-português.
A partir do século XIV, conforme vimos, o galego e o português começam a se
diversificar; tal separação completa-se no século XVI.
Expansão da língua portuguesa
Os idiomas neolatinos não ficaram restritos à Europa. Com a colonização de outros
povos pelos dominadores europeus, esses idiomas espalharam-se pela América,
África e Ásia.
Durante a fase de sua expansão marítima, os portugueses chegaram às Américas,
rodearam a África, passaram pela China e pela Índia. Isso explica, por exemplo, que
numa região tão distante do Brasil como Cabo Verde também se fala português.
Nessa fase de expansão, a língua portuguesa foi sofrendo influências dos idiomas
locais. Incorporaram-se ao português palavras de outras origens, como cáfila (do
árabe), jangada (do malaio), chá (do japonês).
Assim a língua portuguesa espalhou-se pelo mundo e chegou ao Brasil. Em 1500
Portugal oficializou a existência do Brasil.
O português no Brasil
A imposição da língua não foi fácil: houve atritos com a língua indígena, no início.
Mais tarde, a língua africana influenciou o português do Brasil; ocorreram ainda
influências do francês e do holandês, no período das invasões; mais recentemente,
nossa língua recebeu influências dos imigrantes europeus, principalmente no
centro-sul do país.
Aos poucos, o português aqui implantado pela colonização da metrópole foi
adquirindo características específicas, distanciando-se do português de Portugal.
Não se pode falar ainda na existência de uma língua brasileira, mas hoje são
inúmeras as diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil.
A influência do tupi na língua portuguesa fez-se sentir de maneira acentuada. No
vocabulário, por exemplo, herdamos da língua dos índios:
a) topônimos (nomes de lugares): Guanabara, Ipanema, Copacabana;
b) antropônimos (nomes de pessoas): Iracema, Ubirajara, Iraci;
c) nomes relacionados à flora e à fauna: caju, maracujá, jabuticaba, jacarandá,
mandioca, cutia, tatu, arara, gambá.
Os dialetos trazidos pelos escravos africanos também deixaram inúmeros vestígios
no português do Brasil. Alguns exemplos de palavras de origem africana: acarajé,
babalaô, banguela, caçula, cafundó, cangerê, canjica, dendê, farofa, fubá, fumo,
mandinga, marimbondo, moleque, ogum, quiabo, quilombo, quitanda, quitute,
vatapá.
Mais tarde, a vinda dos imigrantes também influenciou o português do Brasil,
conforme já informamos. Do alemão herdamos níquel, gás. Do espanhol, bolero,
castanhola; do francês, paletó, matinê, boné,; do italiano, entraram em nossa língua
palavras como macarrão, piano, tenor, soneto, bússola, piloto, bandido; do inglês,
clube, futebol, bife, forró.
174
Posteriormente, os veículos de comunicação de massa facilitaram a introdução, em
nossa língua, de inúmeras palavras de outros idiomas, como o japonês (karaokê,
camicase).
Com o tempo, as palavras importadas vão-se adaptando ao sistema ortográfico do
português, como ocorreu com a palavra francesa abat-jour, atualmente grafada
abajur.
Palavras de importação mais recente ainda não sofreram esse processo de
adaptação, como, por exemplo: software, hardware, know-how.
Convém não esquecer que a dominação econômica acaba por impor mudanças
lingüísticas. Hoje, nossa língua sofre grande influência da língua inglesa, aqui
chegada sobretudo através da cultura americana.
Quantos falam a língua portuguesa
De acordo com estatísticas, aproximadamente 180 milhões de pessoas falam
a língua portuguesa. É a sétima língua mais falada do mundo, superada pelo chinês,
o inglês, o espanhol, o hindi, o russo e o árabe.
Na década de 90, a abordagem de ensino da Língua Portuguesa não
especificava e/ou subsidiava um trabalho docente para levar o aluno a o que e
como escrevere também havia um descaso com a literatura , tanto mo médio como
no fundamental.
Assim, requeremos uma nova postura com relação a estas práticas em sala
de aula.
Na área da Língua Portuguesa é onde se reconhece a linguagem num
contexto de realidade social e histórica, como um fato lingüístico do qual o homem
se serve para construir a sua história.
E, para que o indivíduo se torne um ser participante na sociedade, é
necessário que compreenda as diversas formas de articulação existentes
atualmente na estrutura da Língua Portuguesa, adquirindo o domínio da linguagem
oral, escrita e leitura para que possa atuar com consciência no mundo, formado pelo
domínio do conhecimento e suas diversas relações na sociedade.
Segundo os postulados socio-interacionistas, que fundamenta o ensino da
Língua Portuguesa e Literatura no ensino médio, a língua configura um espaço de
interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação, pois, a língua só
se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem.
A linguagem será vista, assim, como atividade que se realiza historicamente
entre sujeitos, constituindo-se nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se
os gêneros discursivos são fundamento para o trabalho pedagógico com a
linguagem verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à
linguagem escrita: eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração
da linguagem verbal com “as outras linguagens” ( as artes visuais, a música, o
cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a
publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas),
percebendo seu chão comum de sociointeracionais e suas especificidades de
diferentes suportes tecnológicos, modos de composição e de geração de
significados.
A aptidão para ler e produzir textos com proficiência é o mais significativo
indicador de bom desempenho lingüístico. Ler com proficiência implica ser capaz de
apreender os significados inscritos no interior de um texto e de correlacionar tais
175
significados com o conhecimento de mundo que circula no meio social em que o
texto é produzido.
A utilidade dessas aptidões no âmbito da escola, é o seu caráter
interdisciplinar o traço de maior relevo, já que interfere decisivamente no
aprendizado de todas as demais matérias do currículo, no âmbito da vida extraescolar, constitui uma condição indispensável para o exercício da cidadania, na
medida em que torna o indivíduo capaz de compreender o significado das vozes
que se manifestam no debate social e de pronunciar-se com sua própria voz.
O ensino da leitura e produção de textos é prioridade em Língua Portuguesa;
é necessário também dar um passo além de conhecimentos gramaticais isolados, já
que a construção de um texto envolve mecanismos mais complexos do que a mera
justaposição de uma frase ao lado de outra, que é descrever os mecanismos de
construção textual e capacitar o aluno a operar com eles.
O ensino da literatura deverá estabelecer uma relação lúdica do aluno com o
texto, numa interação dinâmica, capaz de promover uma visão mais ampla, abrindolhe um caminho de possibilidades de leituras e fruição do trabalho estético com as
palavras.
Enfim, o direito à educação lingüística foi nos transmitido através de uma
concepção que a torna como um conjunto de práticas interacionais, social e
histoticamente constituídas e se constituindo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos específicos a serem trabalhados no ensino
fundamental e
Médio formam os Conteúdos Estruturantes , ou seja o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar.
Sendo a língua concebida como a prática que se efetiva nas diferentes
instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a língua, e o conteúdo
estruturante, é caracterizado pelo discurso como prática social.
Como a língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, nem imutável, o
discurso por sua vez, é muito mais; é efeito de sentidos entre interlocutores, não é
individual, ou seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese em atitudes de
respostas a outros textos compreensão.
O Conteúdo Estruturante desta disciplina é entendido como os campos de
estudo, e principalmente, de ação, em que se concretiza a prática do uso real da
língua materna. Percebia-se neste contexto duas práticas: a tradicional que
determinava a estudo de regras gramaticais, como o centro e objetivo maior de
trabalho com a língua e a prática de abordagem de concepção da língua/materna
em língua /instrumento de comunicação eficaz e exterior ao indivíduo, segundo
Suassuna, sem noção de processo ou historicidade.
Segundo as Diretrizes Curriculares as práticas discursivas, os conceitos
oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica,Pragmática,Estudos Literários,
Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,Gramáticas
normativas e descritiva , entre outros, estarão presentes os conceitos de modo a
contribuir com o aprimoramento do desenvolvimento lingüística dos alunos.
Quando nos expressamos, de alguma forma estamos ecoando outro ou
outros discursos, nos referindo ou nos posicionando em relação a alguma situação,
176
idéia ou opinião já expressa por alguém. Há, no contexto, uma superposição de
discursos, nem sempre claramente perceptível.Assim, interpretear um texto é tanto
mais fácil quanto mais estivermos inseridos na grande teia discursiva a que nos
referimos. Este é o grande desafio do professor de Língua portuguesa, despertar
para este discurso.
Dentro desta visão é importante ressaltar o trabalho dentro da literatura e da
produção textual, bem como nas diversas leituras, que permitirá ao aluno uma ação
dialógica nas práticas da oralidade, de leitura e da escrita.
É importante que o professor de Língua Portuguesa e literatura do Ensino
Fundamental e Médio se reconheça em sua função social de compartilhar e
construir conhecimentosa que auxiliem o aluno a fazer suas próprias escolhas, nas
situações de uso da língua e da linguagem como um caminho significativo de
transformação.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Linguagem Oral
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Seminários.
Linguagem Escrita
-Relatórios de experiências.
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
-Redação oficial e comercial
Literatura.
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Seminários
-Linguagem literária e não literária;
177
-Gêneros não literários;
-Crônica;
-Conto;
-Romance;
-Poema;
-Novela;
-Estilos literários: trovadorismo, humanismo e classicismo;
-Literatura brasileira – séc XVI: literatura informativa;
-Estilos literários: barroco, arcadismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Língua, fala, níveis da fala;
-Funções da linguagem;
-Figuras de linguagem;
-Fonética;
-Ortografia;
-Emprego da crase;
-Estrutura e formação das palavras;
-Emprego do hífen;
Pontuação;
Coesão e coerência.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
2ª SÉRIE
Linguagem Oral
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
178
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo e simbolismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Classes das palavras: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição, conjunção e interjeição;
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
3ª SÉRIE
Linguagem Oral
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Seminários
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos;
-Redação oficial e comercial;
-Relatório de experiências;
-Notícias;
-Reportagens;
-Artigos
Literatura.
179
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: pré-modernismo, modernismo, tendências contemporâneas.
Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Sentenças simples: estruturas básicas;
-Sentenças construídas com verbos intransitivos, transitivos e de ligação;
-Sentenças complexas: coordenação e subordinação;
-Estruturas sinônimas;
-Sentenças reduzidas;
-Colocação pronominal;
-Regência verbal e nominal;
-Concordância verbal e nominal;
-Vícios de linguagem.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
-Observações:
•
•
Os estudos referentes à parte gramatical da língua, serão desenvolvidos de
forma concomitante com os textos.
Os textos para os estudos serão de fontes variadas como: jornais, revistas, letras
de músicas, filmes, artigos de autores renomados, livros didáticos e outros.
Desta forma será possível trabalhar a partir de discussão de um texto literário,
para se chegar à composição de artigos de caráter científico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
“Concepção de linguagem e procedimentos metodológicos não são
realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona a
metodologia do professor de Língua Portuguesa. “ (FARACO, 2005)
No encaminhamento metodológico da disciplina, o material linguístico
articulador será “o texto”. Não apenas textos isolados, mas preferencialmente
textos em confronto, todos os tipos de textos; textos de autores consagrados, textos
dos alunos, textos do professor, do jornal, da revista, do folheto de rua... as ações
metodológicas devem envolver a leitura, produção e análise dos textos.
O professor buscará não seguir uma única organização, mas sim, usará uma
metodologia que favoreça a diversificação das atividades, compreendendo o
180
trabalho individual, o trabalho em duplas ou em pequenos grupos e o trabalho com
toda a turma, além de atividades expositivas do professor.
Os conteúdos serão desenvolvidos numa seqüência gradual de complexidade
de acordo com as exigências de cada estrutura textual, utilizando estruturas
variadas.
A análise das obras literárias terá um acompanhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosóficos, éticos, econômicos e culturais,
relacionados aos tempos atuais.
Os temas gramaticais serão abordados por meio de diferentes trajetos,
combinando percursos mais intuitivos, estimulando a capacidade do aluno na
observação dos fenômenos da língua e mais expositivos, estimulando no aluno a
construção de um saber mais sistematizado desses fenômenos da língua. Por
considerarmos que estudar um conjunto de temas gramaticais, postos numa
seqüência desprovida de qualquer articulação funcional, não é indicador de um bom
desempenho lingüístico, houve a tentativa de apresentar uma exposição mais
sistemática de temas gramaticais. Enfim, selecionando os elementos gramaticais
indispensáveis para se entender os fenômenos lingüísticos que ocorrem “ao vivo”,
nos textos.
A análise das obras literárias terá um encaminhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosóficos, éticos, econômicos e culturais, procurando
contribuir para que os alunos percebam a dinâmica histórico-cultural do fazer
literário; que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e que também
aprendam a fruir a força e a beleza do fazer literário.
Tais procedimentos serão atingidos através de:
-Exposição oral crítico-reflexiva;
- Debates;
- Pesquisa bibliográfica;
- Leitura e análise crítica de textos individuais e de grupo;
-Seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será dada contínua e cumulativamente já que não se pode
fragmentar o processo de domínio das práticas socioverbais.
A avaliação pressupõe, então, uma clara articulação entre professor e aluno;
objetivos e práticas metodológicas, tendo uma definida função formativa.
É inquestionável que transformações no ensino não se separam de
transformações sociais mais amplas. Todavia, acredita-se que a formação teórica e
prática dos alunos deve estar aliada a uma consciência política das tarefas sociais
que deve cumprir, pode contribuir para a formação social dos alunos.
Os alunos serão avaliados como um todo, através da:
• participação do aluno em sala de aula;
• testes orais; testes escritos; produções de textos; provas; participação em
debates; apresentação de pesquisas; leitura oral; interpretação de texto.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
184
ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sendo a arte um dos modos de apropriação do mundo pelo homem,
consequentemente, a Arte é a sistematização do conhecimento pelo trabalho e
expressão, se efetivando através desta disciplina, não apenas as normas, as
técnicas, mas também as relações entre os códigos de representações diversas
existentes na linguagem da arte, além do contexto histórico e cultural arraigados nos
diferentes estilos, tanto na arte plástica, como no teatro e na música, tornando-a
portanto o resultado da produção social do homem.
Neste sentido, a necessidade da disciplina ser desenvolvida de modo que o
aluno consiga aperfeiçoar sua percepção de forma totalitária, identificando o
estético, a objetividade e a interação com a realidade através de diferentes
expressões para que adquira uma percepção efetiva mas com visão técnica capaz
de identificar as diferentes artes no contexto social do qual faz parte e atua também
como agente transformador.
A Arte no seu aspecto histórico, cultural e social retrata a natureza e suas
formas, cores e sons, transformações de matérias primas, moldando-as de acordo
com culturas diferentes, trazendo em seu bojo toda a história de luzes, cores e
movimentos vindo a refletir nas produções desde as mais simples até as obras e
representações mais sofisticadas assim como nos sons e nas representações
corporais, onde o homem sempre procura a harmonia para satisfazer suas
necessidades enquanto agente social.
A arte na sua totalidade serve ao homem não só na cultura, mas no trabalho,
no lazer, no cuidado
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Seminários
com o corpo, no equilíbrio da natureza e suas formas enquanto produção do
homem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
É consenso entre os professores de Arte do Ensino Médio, que o currículo
deve ser organizado de forma a preservar o direito do aluno de ter acesso ao
conhecimento sistematizado de arte. A proposta consiste em o professor trabalhar
com os conhecimento de sua formação (Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança),
185
ter a possibilidade de fazer relações com os conhecimentos das outras áreas 1 de
arte e proporcionar ao aluno uma compreensão da totalidade da mesma, numa
perspectiva de abranger o conhecimento em arte produzido pela humanidade.
Nesse sentido foi elaborada uma forma de organização dos conteúdos,
denominada de conteúdos estruturantes. Eles podem constituir-se em uma
identidade para a disciplina de Arte e em uma prática pedagógica que contemple as
quatro áreas de Arte.
Conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior amplitude, conceitos
que se constituem em partes importantes, basilares e fundamentais para a
compreensão de cada uma das áreas de Arte e, ao mesmo tempo em que se
constituem em elemento fundamental de uma área, têm correspondência de
importância nas outras áreas.
Neste sentido, foram definidos como conteúdos estruturantes os elementos
formais2, a composição, os movimentos e períodos o tempo e espaço .
Elementos formais: são elementos da cultura, que são observados nas
produções humanas e na natureza, eles são a matéria prima para a produção
artística e o conhecimento em arte. Estes elementos como por exemplo, o timbre
em música, a cor em artes visuais, a personagem em teatro ou o corpo em dança,
são diferentes em cada área, mas todas as áreas são organizadas mediante
elementos formais. O professor deverá aprofundar o conhecimento dos elementos
formais da sua área de formação, sendo que a articulação com as outras áreas será
por intermédio dos conteúdos estruturantes. Os elementos formais são articuladores
porque o aluno percebe como a área que está sendo abordada se organiza e
poderá compreender que as outras áreas têm suas próprias formas de organização.
Composição: Composição é a produção artística, ela acontece por meio da
organização e dos desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo, os
elementos visuais  linha, superfície, volume, luz e cor  de acordo com Ostrower
(1983, p. 65) “não têm significados preestabelecidos, nada representam, nada
descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada,
não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal”. Ao participar de
uma composição, cada elemento visual configura o espaço de um modo diferente e,
ao caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam.
Todo som tem sua duração, dependendo do tempo de repercussão da fonte
sonora que o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo
conhecimento estético, que este som passa a constituir-se em ritmo ou uma
composição.
Com a organização dos elementos formais de cada área de arte, formulam-se
todas as obras (sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança), na imensa
variedade de técnicas e estilos.
Movimentos e períodos: constituem-se no conteúdo da História que está
relacionado com o conhecimento em arte. Esse conteúdo têm por objetivo revelar o
conteúdo social da arte por meio dos fatos históricos, culturais e sociais, que
alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico, cada um com
suas especifidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a
aprendizagem do aluno com relação a estes conhecimentos, bem como para ter
1
No Ensino Médio, não será abordado a arte na perspectiva da semiótica, portanto serão
denominadas de áreas as Artes visuais, Música, Teatro e Dança, que compõe a disciplina
Arte.
2
O sentido de formal nesse texto é tratado a partir do seu significado, isto é, relativo à forma,
à estrutura, aos recursos artísticos empregados numa obra.
186
uma compreensão totalizante do conhecimento em arte, este conteúdo estruturante
deve estar presente em vários momentos do ensino da arte. Quando possível, o
professor deverá mostrar as relações que cada movimento e período tem com os de
outras áreas da arte, e como apresentam pontos em comum em determinados
momentos.
Optando, por exemplo, por iniciar o trabalho com o conteúdo estruturante
(movimentos e períodos) em música, pode-se enfatizar o período contemporâneo
e o movimento HIP-HOP, pesquisando a sua origem, que teve raízes no rap, no
grafitti e no break, articulando, assim, a música, as artes visuais e a dança.
É importante ter em vista que os movimentos correspondem ao imaginário
social, representando uma determinada consciência social. Nas quatro áreas de
arte, às vezes, um determinado movimento artístico não corresponde ao mesmo
período histórico na música, teatro, dança ou artes visuais.
Tempo e espaço: Este conteúdo estruturante tem dupla dimensão, ele é
uma categoria articuladora na Arte e tem um caráter social. É categoria articuladora
pois está presente em todas as áreas da disciplina. Ele é conteúdo específico dos
elementos formais, da composição e dos movimentos ou períodos. O caráter social
é relevante pelo fato da arte alterar a noção de tempo e espaço do ser humano, em
toda a história e particularmente a do jovem do século XXI, com as novas
tecnologias dos meios de comunicação.
Na música, dança e teatro, o tempo e o espaço constituem-se em um
conceito central e imprescindível para se pensar, sentir ou realizar um trabalho
artístico, assim como para as artes visuais.
Nas artes visuais, segundo Ostrower (1983, p. 65) “No espaço natural,
percebemos sempre três dimensões  altura, largura e profundidade  mais o
tempo. Na arte, porém, essa combinação será variável”. Por exemplo, na arte
bizantina e na medieval, o espaço é representado de forma bidimensional, plano,
sem profundidade, ao contrário do período renascentista, com a lei da perspectiva,
trabalhando a tridimensionalidade e a proporcionalidade.
A seguir explicitaremos, por meio de representações de linhas3 (elementos
formais), como o tempo e espaço (conteúdo estruturante) está presente em artes
visuais:
Linha contínua: nossa vista a percorre de ponta a ponta, sem parar.
Linha descontínua: o intervalo entre os espaços interrompe o contínuo fluir.
Linha descontínua com intervalos maiores: os intervalos funcionam como pausa.
Linha estática (vertical): a velocidade do movimento é reduzida.
Linha dinâmica (diagonal): a linha se tornou ainda mais lenta.
Quando desenhamos uma linha, ela configurara um espaço linear, de uma
dimensão. Por meio dela apreendemos um espaço direcional. Numa composição
(conteúdo estruturante) com linhas (elementos formais), as mesmas funcionam
como setas, dirigindo o olhar para seguir nesta ou naquela direção.
Qualquer elaboração formal com a linha terá, necessariamente, um caráter
rítmico. Quanto maiores os intervalos em relação aos segmentos lineares, tanto
mais lento se torna o percurso do olhar. Portanto, “o movimento visual se dá no
espaço e no tempo” (OSTROWER, 1983, p. 66).
A outra dimensão do tempo e espaço, é o seu caráter histórico e social
(movimentos e períodos), que são fundamentais no trabalho com os alunos, para
que os mesmos possam compreender e interagir com a sociedade em que estão
inseridos. O caráter social é tematizado por Barbero ao questionar:
3
187
(....) que atenção estão prestando as escolas, e inclusive as faculdades de
educação, às modificações profundas na percepção do espaço e do tempo vividas
pelos adolescentes, inseridos em processos vertiginosos de desterritorialização da
experiência e da identidade, apegados a uma contemporaneidade cada dia mais
reduzida à atualidade, e no fluxo incessante e embriagador de informações e
imagens? (MARTIN-BARBERO, 2001, p. 58)
Determinada pelo modo de produção capitalista contemporâneo, a vida do
jovem está relacionada no seu cotidiano, com a mídia: internet (orkut, messenger, email), celular, computador e outros. Mesmo os jovens que não têm acesso a esses
meios, têm contato com a televisão e com jogos eletrônicos. Estes equipamentos
tecnológicos caracterizam-se por fragmentar o tempo real e deslocar a referência
espacial do jovem pela simultaneidade de imagens e locais. A forma de se
estruturarem o tempo e o espaço nos vídeoclipes, com a utilização simultânea de
imagens, é um exemplo deste contexto.
Para um detalhamento de como os conteúdos estruturantes se subdividem
em cada uma das áreas de arte e articulam-se entre si, elaboramos um esquema
gráfico e um quadro para explicitá-los:
Tempo e espaço
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mutua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser de forma simultânea, pois os elementos formais, organizados
através da técnica, do estilo e do conhecimento em arte constituirão a composição,
que se materializa como obra de arte nos movimentos e períodos.
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas
determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos
históricos, da mesma forma a visão de mundo, característica dos movimentos e
períodos, também determinam os modos de composição e de seleção dos
elementos formais que serão privilegiados.
Concomitantemente, o conteúdo estruturante tempo e espaço não só está
presente no interior dos conteúdos, como é, também, um elemento articulador entre
os mesmos.
Na elaboração das diretrizes curriculares de Arte, foi uma constante, a
preocupação com o resgate e a explicitação dos conteúdos escolares ou específicos
da disciplina, que não estavam presentes nas propostas curriculares.
No intuito de atender essa realidade e favorecer um melhor entendimento de
como os conteúdos estruturantes se organizam no encaminhamento metodológico,
no quadro a seguir, está explicitado um recorte dos conteúdos específicos da
disciplina nos conteúdos estruturantes, bem como em cada área de arte.
188
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Conteúdos Específicos
189
•
•
•
•
ARTES •
VISUAIS •
•
•
•
•
•
MÚSICA
•
•
TEATRO
•
•
DANÇA
Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Figurativa
Abstrata
Figura/fundo
Bidimensional/
tridimensional
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Gêneros
Técnicas
Altura
•
•
Duração
•
•
Timbre
•
•
Intensidade •
•
Densidade •
•
Ritmo
Melodia
Harmonia
Intervalo melódico
Intervalo harmônico
Tonal
Modal
Gêneros
Técnicas
Improvisação
Personagem: •
Expressões •
corporais,
vocais,
gestuais
e
faciais
•
•
Ação
•
•
Espaço
•
Cênico
Representação
Sonoplastia/ iluminação/
cenografia/ figurino/
caracterização/
maquiagem/ adereços
Jogos teatrais
Roteiro
Enredo
Gêneros
Técnicas
•
Movimento
corporal
•
Tempo
•
Espaço
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Ponto de apoio
Salto e queda
Rotação
Formação
Deslocamento
Sonoplastia
Coreografia
Gêneros
Técnicas
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Arte Pré-histórica
Arte
no
Egito
Antigo
Arte
GregoRomana
Arte
PréColombiana nas
Américas
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Medieval
Renascimento
Barroco
Neoclassicismo
Romantismo
Realismo
Impressionismo
Expressionismo
Fauvismo
Cubismo
Abstracionismo
Dadaísmo
Surrealismo
Op-art
Pop-art
Teatro Pobre
Teatro
do
Oprimido
Música Serial
Música Eletrônica
Rap, Funk, Techo
Música
Minimalista
Arte Engajada
Hip Hop
Dança Moderna
Vanguardas
Artísticas
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Indústria Cultural
190
No quadro acima, na coluna movimentos e períodos, apresentamos alguns
exemplos de movimentos e períodos com a finalidade de demonstrar como cada
conteúdo estruturante se constitui, e não com a intenção de seriar ou tentar abarcar
todos os conteúdos da disciplina.
.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SERIE
Expressões plásticas, cênica, musical.
Linhas, formas e cores.
Ponto: gráfico, geométrico.
Linha: quanto à: direção, posição e traçado.
Formas: naturais, abstratas, regulares, irregulares, textura, estrutura.
Cor: pigmento e cor luz.
Cores: primárias, secundárias e terciárias.
Movimentos: lineares e geométricos.
Desenho e transposição gráfica: figurativo, geométrico, paisagista, abstrato.
Fantoches, máscaras, cartões, cartazes, etc.
Técnicas diversificadas de desenho, pintura, dobradura, recorte e colagem
Desenho: imaginação, memória, observação.
Letras tipo bastão, maiúsculas, minúsculas, números, letras ilustrativas.
Ampliação e redução.
Literatura e ilustração. Confecção de livros e histórias.
Interpretação, dramatização, improvisação, jogos dramáticos, jogos Preparatórios,
teatro, bonecos, fantoche, máscara, mímica, pantomima.
História, criação de texto, leitura dramática.
Trilhas sonoras.
Expressão corporal.
2ª SÉRIE
Harmonia das cores análogas, harmonia por contraste, harmonia por contraste de
fundo, harmonia em branco e preto, cores quentes, cores frias.
Escala monocromática, escala cromática e policromática.
Forma, linha, cor, volume, luz, textura, ritmo, movimento, unidade, equilíbrio.
Perspectiva de um e dois pontos, sólidos geométricos, números e letras.
Luz e sombra, sombra dos corpos, própria e projetada.
Estilização, publicidade, mensagem gráfica, cartaz, charge, ilustração, humor, jornal,
logotipos, desenho seriado, títulos ilustração.
Ampliação e redução (dentro da tecnologia).
Letras e números, cor e imagem.
Sensação das cores, psicologia das cores.
Cartaz, elementos, texto, imagem, mensagem, cores, letras.
Composição, forma, conteúdo, desenho e pintura egípcia.
Abstracionismo, surrealismo, cubismo, pontilhismo, simbolismo.
Traçado de polígonos.
Sólidos geométricos: regulares e irregulares.
Mosaico, vitral, modelagem, escultura.
Renascimento, impressionismo, expressionismo.
191
Atividades alusivas às datas comemorativas.
Hino à Bandeira, Hino Nacional, Hino do Paraná, Hino à Independência, Hino à
Proclamação da República, Hino de Rio Negro.
Folclore, manifestações, linguagens, improvisados e dramatizados.
Ilustrações, cartazes, placas, filmes, textos, histórias, propagandas, fotografias.
3ª SÉRIE
Composição plástica: forma, cor, linhas, ritmo, movimento, equilíbrio, umidade.
Textura/Estrutura.
Naturais/Abstratas.
Regulares/Irregulares.
Bidimensional/Tridimensional.
Desenho de observação, imaginação e memória, obra (releitura).
Cores terciárias, cores quentes, cores frias, neutras, complementares, análogas.
Tonalidade de uma cor, monocromia, policromia.
Monotipia.
Letras/Números, traços: retos, inclinados, ornamentais.
Ampliação e redução de figuras.
Noções de perspectiva com um e dois pontos de fuga.
Luz e sombra.
Circunferência, traçado dos polígonos.
Símbolos, ilustrações, recursos gráficos, onomatopéias, balões, expressões
fisionômicas, tiras de humor, histórias em quadrinhos, fotomontagem cômica.
Técnicas variadas: desenho/pintura/recorte/colagem, Dobraduras/modelagem.
Pinturas indígenas, máscaras indígenas.
Hino Nacional, Hino à Bandeira, Hino do Paraná, Hino à Independência, Hino à
Proclamação da República, Hino de Rio Negro.
Folclore, manifestações, linguagens, instrumento.
Sons: naturais/culturais, agradáveis/desagradáveis.
Som e suas qualidades.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Exposição dialogada; Anotações; Temas mimeografados; Trabalhos em
grupos; Trabalhos individuais; Exercícios; Testes escritos.; Cantos em grupos;
Organização de murais; Apresentação de temas pelos alunos; Experiências;
Utilização de técnicas com: Lápis de cor, caneta, revistas, jornais, esquadro,
transferidor, compasso, giz de cera, tinta guache, pincéis, borracha, lixa, areia,
tesoura, cola, dobraduras, papéis diversos, utilização de materiais diversificados.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
192
Participação; Interesse; Criatividade; Atenção; Capricho; Observação dos
cadernos; Resultado; Testes; Trabalho; Pesquisas; Contos; Apresentação; Revisão
de conteúdos; Atividades extraclasse; Experiências individuais e em grupo.
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194
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A visão do corpo humano unicamente como, instrumento de produtividade
ainda é muito forte. Ela se manifesta na Educação Física por meio de atividades de
condicionamento, mecânicas e repetitivas. Fica implícita a concepção do movimento
como um ato motor calcado exclusivamente na ótica biológica. Os conteúdos e
metodologias foram e ainda são determinados por outras instituições que não a
escola, como a desportiva, a médica e a militar.
É necessário superar essa visão tecnicista, ainda presente na ação
pedagógica dos profissionais da área, e direcioná-la para uma prática centrada na
reflexão, compressão e superação da realidade. Esta prática transformadora visa a
melhoria da qualidade de vida e tem como tema central o movimento humano.
O movimento é fundamental ao ser humano, pois lhe propicia se perceber e
se conhecer como ser corpóreo. Portanto, é importante que o educador possibilite
ao aluno vivificar o processo de elaboração e reelaboração do conhecimento via
movimento no exercício de sua corporeidade.
A Educação Física deve interagir com as demais disciplinas em todas as
iniciativas que dêem oportunidade para a produção e socialização do conhecimento.
Ao contemplar pela via da escolarização as marcas das manifestações
corporais no processo de formação humana, tanto quanto aquelas múltiplas
manifestações, a Educação Física escolar tem-se inserido no plano de uma reflexão
sobre diferentes problemáticas sociais. Nessa direção, o objetivo último das práticas
corporais escolares, e da Educação Física em particular, deve ser a humanização
das relações humanas. Portanto, a noção de corporalidade pretende ampliar as
possibilidades de intervenção educacional do Professor de Educação Física,
superando a dimensão meramente motriz da sua aula sem, no entanto, negar o
movimento como possibilidade rica de manifestação humana.
Devemos levar em conta que a escola é um lugar onde se deve investir em
práticas e discursos que ensinem cuidados com a saúde como investimento
individual. No entanto, não é possível deixar de contemplar também elementos
sociais, culturais, políticos e econômicos que interferem na possibilidade de
construção social da saúde para todos.
A Educação Física, dentro de uma pedagogia da corporalidade humana tem
uma função social a cumprir no espaço escolar.
A Educação Física escolar dispõe de uma diversidade de formas de
abordagem para aprendizagem, entre elas as situações do jogo coletivo, exercícios
de preparação corporal, de aperfeiçoamento de improvisação, a eliminação de
modelos, a apreciação e discussão, os circuitos, as atividades recreativas, enfim,
todas deverão ser utilizadas como recurso para a aprendizagem.
Da mesma forma, pode-se ir ao encontro de experiências e informações ao
meio ambiente próximo. Ensinar e aprender a cultural corporal de movimento
envolve a discussão permanente dos direitos e deveres do jovem e adolescente
envolvendo a integração social e a formação da saúde.
195
,
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima).
- Índice de massa corporal ( IMC) – obesidade e suas conseqüências.
- Atividade física e saúde.
-
Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo; possibilidades de
manifestação corporal;
-
Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
-
Saúde/doença: elementos básicos;
-
Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer e
sofrimento;
-
O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e
tabus corporais;
-
O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, outros;
-
O corpo dos trabalhadores: sacrifício e violência;
-
Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo. Saudável/doente,
livre/aprisionado, o corpo excluído;
-
Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos; suas manifestações;
-
O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
-
Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio, prazer, medo,
etc;
-
Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade
do outro;
-
Relaxamento e descontração, massagem e auto-massagem,
-
Movimentar-se: o corpo que se desloca, exploração corporal do mundo
circundante da escola; educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens,
senso tátil;
-
O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- a Educação Física no contexto histórico cultural ( história, teoria, tendências,
concepções).
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL, FUTSAL.
- Evolução histórica e social.
196
- O esporte como fenômeno social e político.
- Fundamentos básicos.
- Regras e penalidades.
- Jogo com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas pelo grupo.
ATLETISMO:
- Evolução histórica e social.
- O atletismo como fenômeno social e político.
- Corridas de velocidade e resistência.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Evolução histórica e social – os diferentes tipos de ginástica.
- Ginástica geral.
JOGOS
- Evolução histórica e social dos jogos.
- Jogos populares.
Diferença entre jogo e desporto.
Jogos de salão
-
DANÇA:
- Evolução histórica e social.
- Ritmo.
- A dança como linguagem corporal.
2ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
- Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo; possibilidades
de manifestação corporal;
-
Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
Saúde/doença: elementos básicos;
Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer
e sofrimento;
O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e
tabus corporais;
197
-
-
O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, outros;
O corpo dos trabalhadores: sacrifício e violência;
Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo. Saudável/doente,
livre/aprisionado, o corpo excluído;
Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos; suas manifestações;
O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio, prazer,
medo, etc;
Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da
corporalidade do outro;
Relaxamento e descontração, massagem e auto-massagem,
Movimentar-se: o corpo que se desloca, exploração corporal do mundo
circundante da escola; educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens,
senso tátil;
O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de corpo – sendo determinado pelos aspectos biológicos,
cognitivo, social e
comportamental.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogos adaptados com regras modificadas pelo grupo.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Salto em altura.
- Salto em distância.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Ginástica localizada.
- Ginástica aeróbica.
JOGOS:
- jogos de salão: Xadrez; dama;trilha;dominó; tênis de mesa; futebol de botão;
outros, bolinhas de gude, bet’s.
DANÇA:
- Ritmo.
- Danças brasileiras: samba, baião, valsa, afoxé, xaxado.
3ª SÉRIE
198
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
- Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo; possibilidades
de manifestação corporal;
-
-
Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
Saúde/doença: elementos básicos;
Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer
e sofrimento;
O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e
tabus corporais;
O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, outros;
O corpo dos trabalhadores: sacrifício e violência;
Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo. Saudável/doente,
livre/aprisionado, o corpo excluído;
Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos; suas manifestações;
O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio, prazer,
medo, etc;
Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade
do outro;
Relaxamento e descontração, massagem e auto-massagem,
Movimentar-se: o corpo que se desloca, exploração corporal do mundo
circundante da escola; educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens,
senso tátil;
O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de movimento humano.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Arremesso de peso.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- As lutas como manifestações sociais.
- Análise sobre os dados da realidade das relações positivas e
negativas com relação a
199
prática de lutas e a violência.
GINÁSTICA:
- A ginástica esportivizada: ginástica artística.
JOGOS:
- Jogos cooperativos.
- Jogos de salão (xadrez, dama, trilha, dominó, tênis de mesa, futebol
de botão, bet’s)
DANÇA:
- Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, de salão.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
“o conhecimento deve ser tratado metodologicamente de forma a favorecer a
compreensão dos princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento,
mudança qualitativa e contradição. É organizado de modo a ser compreendido
como provisório, produzido historicamente e de forma espiralada vai ampliando a
referência do pensamento do aluno”(COLETIVO DE AUTORES, 1992:40).
Nesta perspectiva os conteúdos não precisam ser organizados numa seqüência
baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da
complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto na
primeira como na terceira série do Ensino Médio, mudando, portanto, o grau de
complexidade que possivelmente o professor irá apresentar, estabelecendo
diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis elementos
articuladores.
Como exemplo: ao trabalhar o Conteúdo Estruturante Jogo, o professor do
Ensino Fundamental apresentaria à seus alunos as formas mais variadas de jogo,
considerando suas regras mais elementares, as possibilidades de apropriação e
recriação, conforme a cultura local. Poderia, ainda, discutir em que o jogo se
diferencia do esporte, principalmente quanto a liberdade do uso de regras. Já o
professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o mesmo Conteúdo Estruturante,
poderia inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais, através de
jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.
200
Um jogo de representação, utilizando imagens (de revistas ou jornais) que
provocassem reflexão, poderia ser proposto, considerando os conhecimentos
assimilados desde o ensino fundamental.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação, uma mobilização do
aluno para a construção do conhecimento escolar. É uma primeira leitura da
realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado.
O interesse do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma
ocupação prévia sobre o tema que será desenvolvido. É um cuidado preliminar que
visa saber quais as “pré-ocupações” que estão nas mentes e nos sentimentos dos
escolares.
Já a PROBLEMATIZAÇÃO trata-se de um desafio. É a criação de uma necessidade
para que o educando, por meio de sua ação, busque o conhecimento. É o momento
que a prática social é posta em questão, analisada, interrogada, levando em
consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de aplicação
desse conhecimento. (GASPARIM, 2002, p. 35-36).
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é posto à disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e,
ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e
profissional. (GASPARIM, 2002, p. 53).
A CATARSE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou, isto é, que assemelhou a si mesmo, os conteúdos e os métodos de
trabalho usados na fase anterior. Agora traduz oralmente ou por escrito a
compreensão que teve de todo processo de trabalho. Expressa sua nova maneira
de ver o conteúdo e a prática social.
O RETORNO À PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica. Representa a transposição do teórico
para o prático dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e
dos conceitos adquiridos.
Professor e alunos modificam-se intelectualmente e qualitativamente em
relação a suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um
estágio de menor compreensão científica a uma fase de maior clareza e
compreensão dessa mesma concepção dentro da totalidade. (GASPARIM, 2002,
pp. 144).
A metodologia usada será expositiva, explicativa e demonstrativa;
Os conteúdos serão aplicados também em forma de trabalhos práticos e/ou
teóricos individuais, duplas ou grupos, com utilização de fitas de vídeo, textos,
revistas, CDs, aparelho de som e prática de fundamentos;
Utilização de quadra esportiva, espaço livre e salão;
Material conforme a atividade e disponibilidade da Escola (redes, bolas,
cordas, arcos, etc).
Palestras sobre vários temas
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
No ensino de Educação Física nestas Diretrizes, objetiva-se favorecer a
busca da coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e aprendizagem.
201
A avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola,
com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o
processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os
progressos do aluno durante o ano letivo, levando-se em consideração o que
preconiza a LDB 9394/96 pela chamada avaliação formativa em comparação à
avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas à diminuição
das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos poderão
revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de
ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades constatadas.
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor
estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos
jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem
criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
A Educação Física envolve aspectos de conhecimento, habilidades e
atitudes, levando-se em conta as condutas sociais dos alunos nas suas mais
diversas manifestações, tendo a expressão corporal como linguagem.
A proposta da avaliação do processo de ensino aprendizagem da Educação
Física deve portanto, levar em conta a observação, análise e conceituação de
elementos compõe a totalidade da conduta humana e que se expressam no
desenvolvimento das atividades.
As práticas avaliativas produtivo-criativas e reiterativas buscam imprimir a
avaliação numa perspectiva de busca constante da identificação de conflitos no
processo ensino-aprendizagem, bem como a superação dos mesmos, através do
esforço crítico coletivo dos alunos, mobilizando plenamente a consciência do
educando, seus saberes e suas capacidades cognitivas, habilidades e atitudes para
enfrentar problemas e necessidades, buscando novas soluções para as relações
consigo, com os outros e com a natureza, e que estas soluções criativamente
encontradas sejam entendidas a outras situações semelhantes.
A avaliação é um processo contínuo e sistematizado, diagnosticando o
domínio dos conteúdos e, superação das dificuldades através de observações bem
como uma avaliação qualitativa que avalia o todo, considerando a avaliação como
momento de aprender e não de punir. Deve respeitar a cultura que o educando traz
consigo.
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LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Como a própria história da matemática nos ensina, ela de grande importância
na história da humanidade, pois os seus procedimentos métodos e técnicas
seguiram sempre ao lado da modernização, desenvolvendo habilidades exigidas na
época.
A disciplina de Matemática que será ministrada aos alunos deste curso, tem
um significado muito grande,pois será o embasamento para conseguir êxito em um
vestibular, ou em sua vida profissional que escolher.
É através dela que o aluno vai relacionando os conteúdos vistos
anteriormente, e se os resultados são positivos ou negativos.
Também tem a finalidade de instruir e capacitar o nosso aluno para enfrentar
os problemas matemáticos do nosso dia a dia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
204
Entendem-se, por Conteúdos Estruturantes, os saberes (conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para a
compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são
legitimados socialmente. Estes conteúdos são selecionados a partir de uma análise
histórica da ciência de referência e da disciplina escolar. Estes campos de estudo
são considerados fundamentais para a compreensão do processo do ensino e da
aprendizagem em Matemática.
.
Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos estruturantes
são: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação.
Números e Álgebra
O conteúdo estruturante Números e Álgebra, encontra-se desdobrado em
Conjuntos dos Números Reais, Noções de Números Complexos, Matrizes,
Determinantes, Sistemas Lineares e Polinômios.
A Álgebra se constituiu como campo do conhecimento matemático sob as
contribuições de diversas culturas. Pode-se mencionar a Álgebra egípcia,
babilônica, pré-diofantina, diofantina, chinesa, hindu, arábica e da cultura européia
renascentista. Cada Álgebra evidenciou elementos característicos que expressam o
pensamento algébrico de cada cultura. Porém, é com Diofanto, no século III d.C.,
que encontra-se a primeira utilização sistemática de símbolos algébricos. Tal
sistematização é muito significativa, pois estabelece uma notação algébrica bem
desenvolvida que possibilita a solução de problemas de maior complexidade não
abordados anteriormente.
A partir do século VII com a chegada da cultura árabe à Europa, ocorreu
avanço no conhecimento algébrico. Neste contexto, surgiram tratados sobre Álgebra
influenciando o desenvolvimento do conhecimento algébrico até os primeiros
tempos da Renascença. Devido sua significativa aplicação este conhecimento foi
incorporado na cultura européia e recebeu denominações pelas línguas européias
de Álgebra, Algèbre, etc... (CARAÇA, 2002).
As produções matemáticas do século XVII ao século XIX procuravam atender
às demandas de algumas áreas de atividades humanas, principalmente as
comerciais e a administração pública. Essas atividades fizeram que a Álgebra
alcançasse um novo estágio de desenvolvimento. Neste novo estágio se
estabeleceu regras que permitiu encontrar soluções para equações cúbicas, discutir
o número de raízes de equações de grau maior que três, afirmando que equações
com mais de uma raiz têm mais de uma solução. Também, se usou pela primeira
vez os números imaginários na tentativa de encontrar raízes quadradas de números
negativos. Em resumo, se originou a teoria das equações algébricas.
No Brasil, o ensino da Álgebra, em cursos secundários, teve início no século
XVIII, influenciado diretamente pelas produções européias, introduzidas no ensino
brasileiro na forma de aulas avulsas, ao lado de matérias já existentes no currículo
como a Aritmética, a Geometria e a Trigonometria.
Para Fiorentini, Miorim, Miguel (1992, p. 85) o ensino de Álgebra, na sua
trajetória histórica, foi assumido intermediado por um caráter mecânico e
205
automatizado, enfatizando a memorização e a manipulação de regras, macetes,
símbolos e expressões em detrimento da presença de ações que imprimem
significações. Diante de tal quadro, é importante pensar na educação algébrica de
modo que se estabeleça relação intrínseca entre pensamento e linguagem. No dizer
dos autores supracitados, “tanto no plano histórico quanto no pedagógico, a
linguagem é, pelo menos a princípio, a expressão de um pensamento e, sendo
assim, não existe entre pensamento algébrico e linguagem relação de
subordinação, mas uma relação de natureza dialética”.
Trabalhar com o conteúdo estruturante Álgebra é estabelecer, nas relações
entre os desdobramentos possíveis, o pensamento algébrico enquanto linguagem.
“Pensar algebricamente é produzir significado para situações em termos de
números e operações aritméticas (e igualdades ou desigualdades) e, com base
nisso, transformar as expressões obtidas” (LINS, 1997, p. 151).
Para Lins (1997) há linhas que abordam a Álgebra sob diferentes aspectos,
ou seja, há aqueles que procuram centrar a atividade algébrica numa abordagem
conteudista, outros centram nas notações, existem educadores matemáticos que
optam pelo pensamento que processa operações concretas e, também, existem
aqueles que a abordam por meio do campo conceitual algébrico.
Numa prática de ensino no contexto da Educação Matemática é necessário
que a Álgebra venha a ser compreendida de forma ampla no sentido de analisar e
descrever relações em vários contextos onde se situam as abordagens
matemáticas, partindo do pensamento algébrico e dos significados que este produz.
O campo matemático mapeado pelo conceito da Álgebra é muito abrangente e
permeado pelo uso de convenções algébricas: conceito de variável, conceito de
incógnita, conhecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e
operações, cálculo literal e coeficientes numéricos. O conhecimento algébrico não
pode ser concebido pelas simples manipulações automáticas desses elementos que
a compõem.
Juntamente com a Álgebra, formando um único conteúdo estruturante estão os
Números. Os Números estão presentes na vida do homem desde tempos
“remotos como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997, p.
29). A passagem do estágio de coleta para o estágio de produção do alimento,
por meio da atividade agrícola, foi uma transformação fundamental e a ação do
homem sobre a natureza passou de passiva à ativa, ocorrendo progressos no
conhecimento de valores numéricos e das noções de relações espaciais.
Essas idéias de contagem evoluíram e outros povos adotaram os conceitos e
criaram seus sistemas de numeração. Entre eles, citamos os sumérios, babilônios,
egípcios, gregos, romanos, hebreus, maias, chineses, indianos e árabes.
O atual sistema de numeração formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,
9, iniciou com os números 1 e 2, quando o homem percebeu “diferenças nítidas
entre a unidade, o par e a pluralidade” (IFRAH, 1994, p. 17) e na medida em que
o homem avançou no conhecimento e se deparou com a complexidade de
problemas, surgiram os demais algarismos que hoje estão organizados nos
conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais, reais e complexos. Este atual
sistema de numeração, denominado indo-arábico, se configurou na medida em
que aconteceu a integração entre povos do ocidente com povos do oriente,
principalmente por meio das atividades comerciais entre os mercadores do século
XIII.
206
Interessante é a abordagem que pode-se dar a esses conjuntos numéricos
quando as ações se voltam para a docência para estudantes do Ensino Médio. Vale
aqui a concepção de Lins (1997, p. 24-25) quando afirma serem os números
“objetos abstratos, que aplicamos aos objetos concretos com os quais queremos
lidar, e a partir daí produz-se um conjunto de princípios que definem número (...)
esses princípios definidores podem basear-se em conjuntos ou num princípio de
construção por sucessores”. Não há sentido trabalhar isoladamente conjuntos
numéricos e suas especificidades. Deve-se compreender que os números estão
inseridos em contextos articulados com os conteúdos específicos da Matemática.
Geometrias
O conteúdo estruturante Geometrias, encontra-se desdobrado em Geometria
Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções básicas de
Geometria Não-euclidiana.
O uso de idéias geométricas abstraídas das percepções das formas
geométricas da natureza, que aparecem tanto na vida inanimada como na vida
orgânica e dos rituais peculiares às culturas locais, influenciou o homem na sua
trajetória. Assim, após a coleta de registros geométricos deixados pelo homem na
sua trajetória, foi possível a Euclides, cerca de três séculos antes de Cristo,
sistematizar o conhecimento geométrico na obra chamada Os Elementos de
Euclides.
Os registros de Euclides categorizaram a Geometria dando à mesma o caráter de
ciência Matemática. Nesta obra, a Geometria é vista pela coesão lógica e
concisão de forma. Pela maneira como são postas suas bases e pelo rigor das
demonstrações, a Geometria se caracteriza como modelo lógico para as outras
ciências físicas. A obra de Euclides tem uma importância excepcional na história
da Matemática e exerce influência até os dias atuais, inclusive no âmbito escolar.
Após a sistematização de Euclides, o conhecimento geométrico recebeu uma
nova abordagem na primeira metade do século XVII, quando nasceu um novo ramo
da Matemática, a Geometria Analítica. O surgimento da Geometria Analítica inseriu
uma dinâmica diferente à Matemática enquanto ciência. Era o período em que a
Europa vivia uma fase de transição política e econômica e o modo de produção
capitalista, emergente, requeria, das ciências, novos conhecimentos. Buscavam-se,
com urgência, conhecimentos mais avançados no campo da astronomia e da
mecânica. Esses campos do conhecimento científico requeriam, da Matemática,
cálculos como, por exemplo, os relativos à distância entre pontos, coordenadas de
ponto que divide um segmento segundo uma razão dada, encontro de pontos de
interseção de curvas; discussão de curvas, etc. (ALEKSANDROV, 1976, p. 225).
Por meio da Geometria Analítica, estes problemas eram solucionados.
O conhecimento geométrico ganhou mais uma face no final do XVIII e início
do século XIX, com os estudos de Bolyai, Lobachevsky, Riemann e Gauss. Surge a
Geometria Não-euclidiana, cujos problemas a serem resolvidos trouxeram uma nova
maneira de ver e conceber o conhecimento geométrico. Segundo Courant e
Robbins (2000, p. 272) “a importância revolucionária da descoberta da Geometria
Não-euclidiana reside no fato de que ela destruiu a noção dos axiomas de Euclides
como esquema matemático imutável dentro do qual nosso conhecimento
experimental da realidade física deveria se ajustar”. Muitos problemas do cotidiano
do homem e do mundo científico que não são resolvidos pela Geometria euclidiana,
são solucionados pela Geometria Não-euclidiana. Isto tem um significado muito
valioso. Um exemplo são os estudos que resultaram na Teoria da Relatividade em
207
que a geometria do espaço, utilizada por Albert Einstein, foi uma Geometria elíptica
Não-euclidiana, onde conceitos como “a luz se propaga ao longo de geodésias e a
curvatura do espaço é determinada pela natureza da matéria que o preenche”
(COURANT; ROBBINS, 2000, p. 276) foram fundamentais. Percebe-se que o êxito
das investigações no campo da Física, que resultaram na Teoria da Relatividade,
partiu de conceitos assegurados pela Geometria Não-euclidiana, que serviu como
um instrumento extremamente útil e adequado para aplicação ao mundo físico.
Para orientar a prática docente com estudantes do Ensino Médio, tome-se
por base estudos do campo da Educação Matemática que se voltam para ensino e
aprendizagem de conteúdos de Geometria. A Geometria não deve ser trabalhada
rigidamente separada da Aritmética e da Álgebra. Por ser a Geometria rica em
elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela constitui um
conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do conhecimento. Para
Lorenzato (1995, p. 7) “a geometria é a mais eficiente conexão didático-pedagógico
que a Matemática possui: ela se interliga com a aritmética e com a álgebra porque
os objetos e relações dela correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos,
propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela
geometria, que realiza uma verdadeira tradução para o aprendiz”.
O ensino de Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que
exijam a percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que
influenciam diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de
conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si.
Entende-se que a valorização de definições, abordagens de enunciados e
demonstrações de fórmulas são válidos, aliás, são inerentes à Geometria, mas que
isso deve ocorrer no processo de ensino e da aprendizagem afim de propiciar a
compreensão do objeto geométrico. Não se deve superficializar o processo que
objetiva a formação do pensamento geométrico privilegiando somente as
demonstrações geométricas e seus aspectos formais.
Funções
O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos Função
Afim, Função Quadrática, Função Exponencial, Função Logarítmica, Função
Trigonométrica, Função Modular, Progressão Aritmética e Progressão
Geométrica.
As Funções, enquanto conteúdo da Matemática, teve diversas conceituações,
nem todas presentes nas salas de aula. Youschkevitch, citado por Zuffi (2001, p.
11), relata que na Antigüidade, a concepção que caracterizava as Funções era “o
estudo de casos de dependência entre duas quantidades que não isolava as noções
de variáveis e de função”. (...) Na Idade Média, “as noções eram expressas sob uma
forma geométrica e mecânica, mas que prevaleciam, em cada caso concreto, as
descrições verbais ou gráficas”.
No período Moderno, o aprimoramento dos instrumentos de medida, inspirou
matemáticos a estudarem as noções de funções, fundamentando-se na experiência
e observação, contribuindo, assim, para a evolução do conceito. Nesse período,
introduz-se o tratamento quantitativo, as equações em x e y no tratamento das
relações de dependência, noções de curva nos movimentos e fenômenos
mecânicos, taxas de mudança de quantidade, imagens geométricas e linguagem
simbólica. É no período de sua sistematização que percebe-se as primeiras
aproximações do conceito de função com a Álgebra, onde a função é expressa por
notação algébrica (ZUFFI, 2001). Diante dessas articulações, o conceito de funções
passou a ter uma maior abrangência, avançou aos campos do Cálculo Diferencial e
208
da Análise Matemática, contribuindo, assim, para a caracterização e estudo de
cálculos que envolvem a noção de infinito. Essas contribuições foram fundamentais
para o desenvolvimento da teoria das funções complexas.
O conteúdo de Funções simbolizou os primeiros sinais de modernização do
ensino de Matemática. O primeiro encontro de professores da Alemanha, realizado
no ano de 1864, já discutia o caráter estático da Matemática proveniente das
engenharias e apontavam que o conteúdo de funções poderia inserir dinamicidade
no ensino de Matemática. No período de 1880 a 1959 foi amplamente debatida a
idéia de que o conceito de função deveria impregnar o currículo de Matemática. “O
conceito de função permite estabelecer uma correspondência entre as leis
matemáticas e as leis geométricas, entre as expressões analíticas e os lugares
geométricos (conjunto de todos os pontos que gozam de uma mesma propriedade)”
(CARAÇA 2002, p. 130-131).
O papel desse conteúdo estruturante é o de instrumento que permeia as
diversas áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a
partir de resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas. Enquanto
conteúdo da disciplina de Matemática, deve ser visto como uma construção histórica
e dinâmica capaz de provocar, por conta da noção de variabilidade e da
possibilidade de leituras analíticas do seu objeto de estudo e atuação em outros
conteúdos específicos da Matemática uma mobilidade às explorações matemáticas.
Assim, a partir das Funções, esta mobilidade alcança patamares ligados a modelos
geométricos e algébricos, propiciando a leitura tanto algébrica como geométrica
inserindo, assim, a noção analítica de leitura do objeto matemático.
O caráter de articulações e inter-relacionamentos proveniente do conceito de
Funções pode levar à constatações de regularidades matemáticas, generalizações e
formação de uma linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos
ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções
ganha relevância especial pela capacidade de leitura e interpretação da linguagem
gráfica que dá significado às variações das grandezas envolvidas, bem como pela
possibilidade de análise para prever resultados e adiantar previsões. Os gráficos
são importantes instrumentos para tornar mais significativas as resoluções de
equações e inequações algébricas.
Tratamento da Informação
O Tratamento da Informação encontra-se desdobrado em Análise
Combinatória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de
Newton.
O homem, na sua trajetória histórica da busca de resolução de problemas,
criou um sistema de numeração para controlar a quantidade de coisas que possuía
ou que produzia. Usando objetos que encontrava em seu entorno, como pedrinhas,
nós em corda e também referências corporais, foi possível se chegar ao que
chamamos, hoje, de conjuntos numéricos. Assim as operações comuns passaram a
ter novas configurações, com a contagem de grupos de objetos, ou seja,
subconjuntos, nos quais se obedece a uma condição dada. Este foi o terreno
propício para se desenvolver esse campo do conhecimento, denominado aqui, de
Tratamento da Informação, como meio para resolver problemas que exigem
análises e interpretações. Assim se criou uma área da Matemática que trata de
problemas de contagem que exigem cálculos elaborados e engloba uma grande
209
variedade de técnicas de resolução, tais como, a Análise Combinatória que abrange
arranjos, permutações e combinações.
Pode-se dizer que a Estatística se iniciou no século XVII, quando se
realizaram estudos sobre as taxas de mortalidade. Estes estudos serviram aos
governos em suas funções administrativas, cujo objetivo era coletar informações
necessárias sobre, entre outros, número de nascimentos, casamentos e dados
sobre migração. Neste período a Estatística se torna um conteúdo matemático de
fundamental importância ao terem seus conceitos aplicados em vários campos do
conhecimento, tais como nas Ciências Sociais, na Genética e na Psicologia. Por
conta da necessidade de quantificar os dados coletados nas pesquisas, as
aplicabilidades de métodos estatísticos tornaram se essenciais. Como resultado,
novos conceitos como os de correlação e regressão foram introduzidos na Ciência
Matemática.
Os primeiros estudos sobre estatística, contribuíram para se estudar
questões que envolvem a probabilidade de ocorrência de eventos. Soma-se a isso o
interesse pelos jogos e a organização de companhias de seguros. Assim, surgiram
as sistematizações sobre a Teoria das Probabilidades (RONAM, 1983). Também é
neste período que Blaise Pascal escreve seu tratado sobre o triângulo aritmético
formado por coeficientes binomiais. As descobertas de Pascal foram úteis para
desenvolver cálculos probabilísticos. Outra descoberta importante para a
Matemática ocorreu com Isaac Newton ao dedicar-se aos estudos sobre séries
infinitas. Como conseqüência, seus estudos se estenderam à outras investigações,
resultando na descoberta das séries binomiais. Os estudos desenvolvidos por
Leibniz com o objetivo de encontrar um método universal pelo qual pudesse abstrair
conhecimentos que o levassem a compreender o universo, conduziu-o a
descobertas matemáticas, entre as quais, as Permutações e Combinações,
constituindo a Análise Combinatória (STRUIK, 1997, p. 181).
O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da
necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de
realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando
informações que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais,
indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos.
Isso se revela necessário, pois vivemos um momento histórico caracterizado pela
facilidade e rapidez no acesso às informações e que exigem o desenvolvimento do
espírito crítico, e a capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas
situações da vida em sociedade.
Para o estudante do Ensino Médio regular, propõe-se que o ensino de
Estatística se realize num processo investigativo pelo qual o estudante trabalhe com
os dados, desde sua coleta até os cálculos finais. “É o estudante que busca,
seleciona, faz conjecturas, analisa e interpreta as informações para, em seguida,
apresentá-las para o grupo, sua classe ou sua comunidade” (WODEWOTZKI e
JACOBINI, 2004, p. 233).
Nesse grupo de conteúdos os conceitos estatísticos devem servir de aporte
aos conceitos de outros conteúdos específicos com os quais possam estabelecer
vínculos onde seja possível quantificar, qualificar, selecionar, analisar e
contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às experiências do
cotidiano.
Para se buscar a formação do pensamento estatístico o professor deve
direcionar a abordagem desse conteúdo baseado em um estudo que privilegia os
métodos, as técnicas e os conceitos estatísticos articuladamente. Para essa
210
compreensão, sugere-se uma prática docente com dados reais, que sejam
relevantes para os estudantes e, principalmente, obtidos por eles mesmos
(WODEWOTZKI e JACOBINI, 2004, p. 234).
Relacionando o conteúdo de Estatística com o de Probabilidade, os estudantes
deverão ter uma formação que possibilite a leitura diversificada da realidade. Esta
formação pode permitir que o estudante perceba, por exemplo, que medidas
estatísticas (distribuição de freqüências, medidas de posições, dispersão,
assimetria e curtose) não são fatos encerrados em si próprios. O estudo da
Probabilidade, a partir da manifestação e/ou ocorrência de ações desencadeadas
em função da relação entre as pessoas e o ambiente em que se encontram,
permite lançar diferentes olhares sobre o mundo, retirando do ensino desta
disciplina a idéia de determinismo e exatidão. É um espaço para a análise e
reflexão, considerando variações de resultados obtidos por meio de aferições. É
imprescindível a discussão a respeito de possíveis diferenças entre o que se
imaginava e o constatado, procurando descobrir o que leva a tal fato, dando os
primeiros passos em direção a uma Matemática probabilística.
A proximidade dos conteúdos Estatística e Probabilidade é caracterizada por
Lopes e Ferreira (2004, p. 2) de Estocástica. As autoras defendem a integração da
Probabilidade com a Estatística como possibilidade de vislumbrar “um ensino com
características interdisciplinares, o qual poderá proporcionar aos alunos uma
aquisição de conhecimento menos compartimentalizada, através de experiências
que lhe permitam fazer observações e tirar conclusões, desenvolvendo, assim, seu
pensamento científico, fundamental para sua formação”.
O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da atividade
humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e de conjuntura
social, provocando mudanças de forma direta na vida das pessoas e da
sociedade de forma geral. Sua importância se reflete nas atividades cotidianas de
quem precisa lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender
reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de
caráter financeiro.
O conteúdo específico Binômio de Newton está, também, no mesmo conjunto
de articulações que possam ser estabelecidas entre Análise Combinatória,
Estatística e Probabilidade. Suas propriedades são ricas em agrupamentos,
disposição de coeficientes em linhas e colunas e idéia de conjuntos e subconjuntos.
Tanto o Teorema das Colunas como o Teorema das Diagonais trazem implícito o
argumento binomial e o argumento combinatório, o que possibilita, ao estudante,
articular esses conceitos com os presentes em outros conteúdos específicos. No
cálculo de probabilidades, por exemplo, se usa distribuição binomial quando o
experimento consiste numa seqüência de ensaios ou tentativas independentes.
É comum, na prática docente, um problema matemático e sua solução
requisitar procedimentos metodológicos. Ante ao exposto, em relação aos
conteúdos estruturantes, vale perguntar: como abordá-los em sala de aula?
CONTEÚDOS POR SÉRIE
211
1ª SÉRIE
I – Números Reais
-Trabalhar uma revisão dos conjuntos : N,Z,Q, I e R;
-Matemática Financeira: razões, Regra de Três, Porcentagem, Juros Simples;
-Relações: Conceitos e Representação no Plano Cartesiano.
II –Funções
-Definições e Classificações;
-Função Crescente e Decrescente;
-Funções: Constante, Afim, Linear, Quadrática (noções gerais)
-Representação gráfica das Funções.
III –Função Exponencial e Logarítmica
-Potência de expoente racional;
-Função Exponencial;
-Gráfico da função exponencial;
-Equação Exponencial;
-Inequação exponencial;
-Definição de logaritmo;
-A função Logarítmica;
-Domínio da função Logarítmica;
-Propriedades dos logarítmos;
-Mudança de base;
-Equações logarítmicas;
-Cálculo com logaritmos decimais.
2ª SÉRIE
I –Progressões: P. A. e P.G.
-Sequências numéricas;
-Progressão aritmética;
-Fórmula do Termo Geral de uma P.A.
-Soma dos Termos de uma P.A.
-Progressão Geométrica;
-Fórmula do Termo Geral de uma P.G.
-Soma e Produto dos Termos de uma P.G.
II –Trigonometria
-Introdução;
-Medida de arco de circunferência;
-Medida de Ângulo Central;
-Razões trigonométricas no Triângulo retângulo;
-Propriedades e relações do seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo;
-Razões trigonométricas de ângulos.
III –Funções Trigonométricas
-Ciclo Trigonométrico;
-O arco Trigonométrico;
-A função seno, cosseno e tangente;
-Outras funções trigonométricas;
-Relações entre as funções;
-Identidades trigonométricas;
-Recorrência ao arco do 1º quadrante;
212
-Cálculo dos valores das funções trigonométricas.
IV –Fórmulas de Transformação
-Adição e Subtração de arco;
-O arco duplo;
-Transformação de soma em produto.
V –Equações e inequações trigonométricas
-Introdução;
-Equação do tipo sem x = sem a;
-Equação do tipo cos x = cos a;
-Equação do tipo tg x = tg a;
-Outros tipos de equações;
-Inequações trigonométricas.
VI –Resolução de triângulos e aplicações
-Introdução;
-Lei dos senos;
-Lei dos cossenos;
-Problemas de aplicação.
3ª SÉRIES
I –Noções de Geometria Analítica e Rela
-Distância entre dois pontos;
-Razão de seção de um segmento por um ponto;
-Ponto médio de um segmento;
-Baricentro de um triângulo;
-Área de um triângulo;
-Condição de alinhamento de três pontos na reta;
-Equação de feixe de reta que passa por um ponto;
-Equação geral da reta e outras retas;
-Paralelismo, perpendicularismo e ângulo entre duas retas concorrentes;
-Distância de um ponto a uma reta.
II –Matrizes
-Noções de Matrizes;
-Representação genérica de uma matriz;
-Tipos de Matrizes;
-Igualdade de Matrizes;
-Adição de Matrizes;
-Subtração de Matrizes;
-Multiplicação de um número real por uma matriz;
-Multiplicação de Matrizes;
-Matrizes Transposta e Inversa.
III –Determinantes
-Cálculo de Determinantes;
-Cofator de um elemento de uma matriz de ordem n (n>2);
-Propriedades dos determinantes.
IV –Equações Lineares
-Introdução;
-Sistemas de equações lineares;
-Matriz de sistema linear;
-Regra de Cramer.
213
V –Binômio de Newton
-Fatorial;
-Números Binomiais;
-Triângulo de Pascal;
-Desenvolvimento do Binômio de Newton.
VI –Probabilidades
-Introdução;
-Espaço Amostral;
-Eventos;
-Probabilidades.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes
evocam outros conteúdos estruturantes e conteúdos específicos, priorizando
relações e interdependências que, conseqüentemente, enriquecem os processos
pelos quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta para os
conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos
presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os
conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de
aprendizagens possibilitam, podem ser retomados e aprofundados.
Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações
que podem ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Educadores matemáticos se
incumbem de realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre eles, Machado
(1993, p. 28), escreve que: “(...) o significado curricular de cada disciplina não pode
resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se
articulam”. O autor defende que abordar conteúdos disciplinares com base numa
organização linear, tanto nas relações interdisciplinares quanto no interior das
diversas disciplinas poderá incorrer em práticas docentes que impossibilitam a
produção de um ensino significativo. Portanto, busca-se, direcionar nesse
documento, o trabalho docente de forma que o mesmo se paute de abordagens a
partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada conteúdo
específico.
A discussão proposta por Machado, aponta que há a necessidade de uma
organização dos conteúdos curriculares. Para o autor, parece certo que existe uma
ordem necessária para a apresentação dos assuntos, no entanto, o que não pode
ocorrer é que o conhecimento em Matemática seja submetido a caracterizações a
partir de elementos constitutivos expressos, simplesmente, por ordenações e
procedimentos algorítmicos. Se a postura para uma prática docente for, de tal forma
que expresse desarticulação, é possível que se estabeleça ruptura entre os
conteúdos e iniba os inter-relacionamentos entre os conceitos. Com a perspectiva
de um trabalho docente com conteúdos de Matemática, pensados a partir de uma
noção que vise romper com abordagens que apregoam a fragmentação de tais
conteúdos como se eles existissem em patamares distintos e sem vínculos, escreve
que:
214
conhecer é cada vez mais conhecer o significado, de que o significado de A
se constrói através de múltiplas relações que podem ser estabelecidas entre
A e B, C,D, E, X, T, G, K, W etc, estejam ou não as fontes de relações no
âmbito da disciplina que se estuda. Insistimos: não se pode conhecer A para,
então, poder conhecer B, ou C, ou X, ou Z, mas o conhecimento de A, a
construção do significado de A, faz-se a partir das relações que podem ser
estabelecidas entre A e B, C, X, G,...(MACHADO, 1993, p.31).
Este documento assume a postura metodológica que permite a apropriação
de um conhecimento em Matemática mediante a configuração curricular, que
promove a organização de um trabalho escolar, que se inspire e se expresse em
articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo
estruturante e entre conteúdos específicos pertencentes a conteúdos estruturantes
diferentes, de forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e
intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.
Nesse contexto, ao inserir o estudo dos conteúdos função afim e progressão
aritmética, ambos do conteúdo estruturante funções, o professor pode buscar na
Matemática financeira, mais precisamente nos conceitos de juros simples,
elementos para abordá-los. Para os conteúdos função exponencial e progressão
geométrica, os conceitos de juros compostos também serão elementos básicos.
Nesse caso, entende-se não ser necessário estudar isoladamente Matemática
financeira. Assim:
Erro! Indicador não definido.
O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por
educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da
prática docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação
Matemática. D’ Ambrósio (1989) elege algumas propostas metodológicas que
procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina Matemática. A autora
destaca a Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o uso de Mídias
tecnológicas, a Etnomatemática e a História da Matemática.
Desta forma, como proposta destas Diretrizes, seguem-se considerações
sobre as tendências metodológicas elencadas e estudadas no campo de estudo da
Educação Matemática. Aqui, as tendências devem ser entendidas como meio que
fundamentará metodologias para a prática docente. Uma tendência não é mais
importante que a outra, tampouco devem ser abordadas isoladamente, uma vez que
se complementam.
Resolução de Problemas
Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos
a partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade
de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução
de um problema, o estudante deve ter condições de buscar várias alternativas que
almejam a solução.
De acordo com Schoenfeld (1997), os professores devem se envolver em
práticas metodológicas que apontam para resolução de problemas, as quais
tornam as aulas de Matemática mais dinâmicas e não restringem o ensino de
Matemática a modelos clássicos de ensino, tais como, exposição oral e resolução
de exercícios. Ainda, na visão do autor, a resolução de problemas pode
possibilitar, aos estudantes, compreender os argumentos matemáticos e ajudar a
215
vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido por todos os sujeitos
presentes no processo de ensino e da aprendizagem.
É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de
problemas são metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os
estudantes dispõem e utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, à
solução, na resolução de problemas, isto não ocorre de forma imediata pois, muitas
vezes, é preciso levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação
pode ser um exercício para alguns e um problema para outros, dependendo dos
seus conhecimentos prévios.
Para o desenvolvimento das aulas de matemática aplicando os conteúdos,
são realizadas aulas expositivas, utilizados textos auxiliares, situações problemas,
pesquisas em forma de trabalhos usando o quadro negro, a biblioteca e os materiais
didáticos disponíveis no Colégio.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e
desempenho apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes,
provas, atividades em classe e extra-classe, bem como trabalhos de pesquisa, além
de modelagem matemática , resolução de problemas, operações e algoritmos que o
levem a construção do raciocínio lógico matemático, utilizando-se para isto
ferramentas tais como calculadora, computador, régua, compasso, esquadro, etc...
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade: a necessidade
de descobrir os segredos das coisas e da natureza. Para alcançar esse objetivo – o
de descobrir como as coisas funcionam – nem sempre a simples observação é
suficiente, por isso, no curso da história da humanidade o homem vem
desenvolvendo experimentos que simulem os fenômenos naturais com o propósito
de melhor estudá-los. A interpretação lógica e criativa dos resultados desses
experimentos, ocorreram através de fenômenos observáveis da natureza, tem se
caracterizado como os pilares básicos do conhecimento científico, e da própria
Física.
Entretanto, a Física não está, de modo semelhante à outras áreas do
conhecimento, mas caracteriza-se como meio de produção de conhecimentos por
meio também de pesquisas de laboratório, e, ligadas à produção industrial, científica
e tecnológica.
219
Muitas vezes, sequer se percebe sua aplicabilidade e importância no dia a dia,
quer em equipamentos, conforto, trabalho e laser. O objeto de estudo da Física é
parte integrante da vida cotidiana do ser humano, ainda que este a desconheça.
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto a utilização
dos conhecimentos científicos e tecnológicos, bem com a discussão dos efeitos de
sua utilização no ser humano e sobre o ambiente no qual é utilizado.
Durante um longo período histórico abordava-se a física somente como um
conjunto de regras prontas e terminadas que poderiam ser utilizadas em dados
momentos cruciais, tal como os da era do determinismo (século XIX). A teoria da
relatividade e a mecânica quântica, modificaram as formas de se ver e interpretar o
mundo, exigindo do ser humano uma maior criatividade para investigar,
apresentando-o como aspecto formativo de desenvolver o raciocínio científico, e
como aspecto informativo, mediante o qual o educando edifique seus
conhecimentos com dados a serem constatados, através da experiência na escola,
no laboratório e nas oficinas desenvolvidas no ámbito escolar sempre usando como
relação o mundo biofísico.
Segundo esta forma de pensar, segue-se um relacionamento lógico de interação
entre os aspectos.
220
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
•
•
•
•
•
– Introdução à Física
1. Conceitos
2. Importância
3. Divisões
4. Sistema
Internacional
Unidades
– Cinemática
1. Movimento e Repouso
2. Trajetórias
3. Velocidade e Aceleração
– Movimentos Retilíneos
1. Uniforme
1. Funções Horárias
2. Uniformemente Variados
1. Propriedades
2. Funções Horárias
– Forças
1. Conceito
2. Lei de Hooke
3. Peso
– Dinâmica
1. Conceitos
2. Leis de Newton
3. Força de Atrito
4. Força Centrípeta
•
de
•
•
•
•
– Energia
5. Trabalho
6. Potência
7. Energia Mecânica
8. Conservação da Energia
– Estática
1. Força Resultante
2. Decomposição de Forças
3. Resultante de sistemas de três
ou mais forças
Equilíbrio de corpos rígidos
1. Torque
2. Binários
3. Condições de Equilíbrio
– Equilíbrio de Partículas
1. Partículas em equilíbrio sob
ação de duas forças
2. Partículas em equilíbrio sob a
ação de três ou mais forças
– Centro de Gravidade
1. Centro de gravidade
221
2ª SÉRIE
1.0 – Termometria
6.6 Rendimento
das
Máquinas
1.1 Temperatura e sua medida
térmicas
1.2 Equilíbrio térmico
6.7 Ciclo de Carnot
1.3 Escalas termométricas e sua7.0 – Óptica
conversão
7.1 Luz e fontes
1.4 Escalas Arbitrárias
7.2 Princípios da óptica geométrica
2.0 – Calorimetria
7.3 Fenômenos Luminosos
2.1 Conceitos
7.4 Conseqüências da propagação
2.2 Quantidade de Calor
retilínea
2.3 Capacidade Térmica
7.5 Sistemas ópticos
2.4 Princípio das trocas de calor
8.0 – Reflexão da Luz
2.5 Calorímetros
8.1 Espelhos Planos
3.0 – Mudanças de Estado Físico
8.1.1 Formação de Imagens
3.1 Mudanças de fase
8.1.2 Campo Visual
3.2 Leis das mudanças de fase
8.1.3 Espelhos angulares
3.3 Quantidade de calor latente
8.1.4 Rotação e translação
3.4 Diagramas de aquecimento
de espelhos
4.0 – Dilatação
8.2 Espelhos esféricos
4.1 Dilatação Linear
8.2.1 Elementos
4.2 Dilatação superficial
8.2.2 Focos e condições de
4.3 Dilatação Volumétrica
Gauss
4.4 Dilatação dos líquidos
8.2.3 Raios notáveis
4.5 Lâminas bimetálicas
8.2.4 Formação de Imagens
5.0 – Gases Perfeitos
8.2.5 Equações
dos
5.1 Variáveis de estado
espelhos esféricos
5.2 Condições
normais
de9.0 – Refração da Luz
temperatura e pressão
9.1 Definições
5.3 Equação de Clapeyron
9.2 Índice de refração
5.4 Lei Geral dos gases perfeitos
9.3 Leis da Refração
5.5 Transformações
Gasosas
9.4 Reflexão total e ângulo limite
Particulares
9.5 Lâminas de faces paralelas
6.0 – Termodinâmica
9.6 Prismas
6.1 Trabalho termodinâmico
9.7 Lentes esféricas
6.2 Transformações cíclicas
9.7.1 Nomenclatura
6.3 Energia Interna de uma gás
9.7.2 Elementos
6.4 Primeira Lei da Termodinâmica
9.7.3 Raios Notáveis
6.4.1 Definições
9.7.4 Formação de Imagens
6.4.2 Aplicações
9.7.5 Equações das lentes
6.5 Segunda Lei da Termodinâmica
esféricas
222
3ª SÉRIE
•
•
•
•
•
•
•
•
Carga Elétrica
1. Carga elétrica
2. Eletrização
3. Eletroscópios
4. Princípios Associados
1. Atração e Repulsão
2. Quantização
3. Conservação
da
Carga Elétrica
Força Elétrica
1. Força Elétrica
2. Campo Elétrico
Corrente Elétrica
1. Conceito
2. Tipos de Correntes
3. Sentidos
4. Intensidade de Corrente
Lei de Ohm
1. Resistores e Resistência
2. Leis de Ohm
3. Associação de Resístores
1. Série
2. Paralela
Potência Elétrica
1. Conceito
2. Aplicações
Energia Elétrica
1. Transformações
2. Consumo da Energia Elétrica
3. Conta de “Luz”
Geradores Elétricos
1. Conceito
2. Equações
Receptores ativos
1. Conceito
2. Equações
•
•
•
•
•
•
Circuitos Elétricos
3. Conceitos
4. Lei de Ohm Generalizada
5. Leis de Kirchhoff
Magnetismo
1. Conceito
2. Imãs e Pólos
3. Princípios
Efeito Magnético da Corrente
Elétrica
1. Experimento de Örsted
2. Campo Magnético em torno
de:
1. Fio Retilíneo
2. Espira
3. Solenóides
4. Aplicações:
1. Eletroimãs
2. Campainhas
3. Relés
Força Magnética sobre cargas
1. Movimento de cargas em
campos magnéticos
2. Lei de Lorenz
3. Aplicações:
1. Espectrômetro
de
Massa
Força
magnética
sobre
Condutores
1. Condutores em meio a campo
magnético
2. Interações entre condutores
Indução Eletromagnética
1. Fluxo Magnético
2. Corrente Induzida
1. Lei de Faraday
2. Lei de Lenz
3. Aplicações
1. Geradores
2. Motores Elétricos
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A principal preocupação do desenvolvimento da disciplina de Física assentase na tentativa de expor os conhecimentos formulados através dos séculos – e que
portanto faz parte da bagagem histórica e cultural da humanidade, de forma
simples, sem no entanto atentar contra o necessário rigor científico.
223
A função dos exercícios a serem desenvolvidos pelos alunos é o de fixar
conceitos estudados, tanto por meio da pesquisa bibliográfica, nas diversas formas
de mídia e ainda àquelas advindas do uso da Web ou diretamente com autoridades
nos assuntos, todos servindo de modelos para a construção de raciocínios a serem
aplicados em situações cotidianas, possibilitando a aquisição de conhecimentos à
medida que a disciplina vai sendo desenvolvida durante o curso.
O uso de apresentações, individuais ou em grupos, com ou sem recursos de
multimídia, e relatórios impressos visam aperfeiçoar as habilidades de comunicação,
tanto nos níveis de língua materna, como das linguagens científicas e matemáticas,
e avaliar o conhecimento adquirido dos conteúdos físicos.
O desenvolvimento das habilidades de previsão e verificação de hipóteses,
que tem por objetivo básico o desenvolvimento da habilidade de se utilizar o método
científico, será desenvolvido por meio de trabalhos experimentais sempre que for
possível.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e
desempenho apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes,
provas, resolução de problemas, experimentos, atividades em classe e extraclasse, bem como trabalhos de pesquisa, relatórios e realização de oficinas
escolares e utilização de recursos tais como: computador, trena, compasso,
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
228
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade, a
necessidade de descobrir os segredos da natureza. Para alcançar estes objetivos,
nem sempre a simples observação é suficiente. Por isso, há séculos o homem vem
criando experimentos que simulam os fenômenos naturais. A interpretação lógica e
criativa dos resultados desses experimentos tem sido um dos pilares do
conhecimento científico.
No entanto a Química e a Física, assim como as outras ciências, que estão
limitadas às pesquisas de laboratório e à produção industrial. Ao contrário, embora
às vezes você não perceba, a Química e a Física estão presentes à nossa vida e
são partes importantes dela.
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto à
utilização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e de seus efeitos no ser
humano e no meio ambiente.
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências tem alcance econômico,
social e político.
Tanto a Química quanto a Física são ciências realmente interessantes para
o aluno quando elas são abordadas de forma adequada e atualizada. Já passaram
os tempos em que eram apresentadas como um conjunto de regras a serem
puramente decoradas para uso no momento oportuno. Elas tem atualmente
aspectos informativos mediante o qual o aluno edifica seu conhecimento com dados
que deve guardar racionalmente, depois de um relacionamento lógico entre eles.
O aprendizado de Química pelos alunos do Ensino Médio implica que eles
compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma
abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamento as informações
advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões
autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Esse aprendizado deve
possibilitar aos alunos a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto
da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações
tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais e econômicas.
OBJETIVOS GERAIS
• Conscientizar o aluno da importância da Química no cotidiano;
• Interpretar algumas fórmulas relacionadas ao seu dia-a-dia;
• Confrontar conhecimentos adquiridos ao longo do ano com sua realidade;
• Aprimorar seu senso crítico;
• Conhecer as potencialidades da área da Química;
• Ter consciência do que a Química pode fazer pelo nosso futuro;
• Discutir o conhecimento popular, explicando-o através da ciência;
• Relacionar matéria e energia;
• Identificar funções químicas inorgânicas;
229
•
Aprimorar seu senso crítico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Matéria e sua natureza – Visa permitir que o aluno através da análise do
mundo microscópico possa entender o mundo macroscópico, sabendo
que as reações químicas que envolvem seu cotidiano são explicadas de
maneira simples e coerente e que na maioria das vezes fizeram parte da
evolução humana... no passado através do espanto... hoje através do
conhecimento.
• Biogeoquímica – Em associação com outras disciplinas, faz o aluno
compreender o papel importante que o mesmo apresenta na conservação
do planeta bem como ele é o agente que transforma e promove o avanço
tecnológico.
• Química sintética - Sendo um dos ramos da ciência que cresceram
muito nos últimos anos, permite ao aluno ter consciência da importância
do carbono nesse contexto e que a busca por novos profissionais capazes
continua, porque serão eles que nos trarão tecnologia de ponta.
Esses conteúdos estarão presentes durante todo o ensino médio, sendo
abordados como fatores intrínsecos aos conteúdos específicos.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Introdução à química
Matéria.
Substâncias.
Estados físicos.
Mudanças de estado físico.
Misturas.
Estrutura atômica
Histórico.
Teorias.
Conceito de Z, A, n, p e elétrons.
Isotopia, isobaria, isotonia.
Os quatro números quânticos.
Classificação Periódica dos Elementos dando enfoque aos elementos mais
comuns no solo paranaense.
Ligações químicas
Iônica.
Covalente.
Metálica.
Função química
Ácido.
Base.
Sal.
230
Óxido.
Nox.
Equações químicas.
Acerto de coeficientes.
Reações químicas, reações de combustão visando esclarecer as vantagens do
hidrogênio sobre o petróleo;
A exploração racional dos recursos naturais nos diversos continentes e em especial
no continente africano.
Massa atômica
Massa molecular
Cálculo estequiométrico
2ª SÉRIE
Dispersões;
Classificação de soluções;
Coeficiente de solubilidade;
Título e Porcentagem em Peso de uma solução;
Concentração Comum e Densidade de uma solução.
Molaridade e Molalidade de uma solução;
Fração Molar de uma solução;
Normalidade de uma solução.
Relação de unidades de concentração;
Diluição de uma solução;
Misturas de soluções;
Titulometria de uma solução.
Termoquímica. Energia das combustões envolvendo hidrogênio e combustíveis
fósseis.
Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para o avanço da
ciência e da tecnologia.
Noções de Equilíbrio químico;
Potencial Hidrogeniônico de uma solução;
Potencial Hidroxiliônico de uma solução.
Análise do pH do solo paranaense.
3ª SÉRIE
Histórico sobre Química Orgânica
A experiência de Wöhler;
Elementos Organógenos;
Compostos de Transição;
Propriedades Fundamentais do Carbono;
Classificação das cadeias carbônicas;
Definição de Radical Orgânico;
Regras de Nomenclatura segundo a IUPAC.
Hidrocarbonetos. Alcanos, Alcenos, Alcinos, Ciclanos, Ciclenos e Aromáticos;
Petróleo – formação, utilização, derivados. Fontes alternativas ao petróleo.
Funções Químicas Orgânicas Oxigenadas. Fenóis, Enóis e Álcoois.
231
Éteres;
Ácidos Carboxílicos, Aldeídos e Cetonas;
Derivados de Ácidos Carboxílicos;
Halogenados Orgânicos. A situação ambiental e de saúde, envolvendo agrotóxicos
e pesticidas usados pela agricultura paranaense.
Compostos Nitrogenados;
Aminoácidos, Proteínas;
Glicídios.
Epidemias e endemias que afetam os povos africanos.IDH.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A principal preocupação do desenvolvimento da Química é procurar expor a
matéria numa linguagem simples e com a maior clareza possível, sem prejudicar o
rigor científico necessário.
Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos
referentes à ética e cidadania, bem como serão abordados os temas transversais
estabelecidos pela escola.
A função de exercícios, apresentações e trabalhos é fixar os conceitos
estudados, servindo de modelos para construir raciocínios no dia a dia,
possibilitando a aquisição do conhecimento à medida que a matéria vai sendo
desenvolvida durante o curso.
Explanação oral formando grupos para discussão dos tópicos relacionados;
Utilização do quadro-negro e giz;
Utilização do vídeo, trazendo temas atuais;
Utilização do computador, através do acesso à internet como forma de pesquisa;
Apresentação de algumas aulas práticas.
Pesquisa de campo visando busca de dados para complementação de trabalhos
propostos.
Entrevistas com profissionais qualificados visando aquisição de conhecimento para
o bom entendimento de pesquisas em questão.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Serão observadas e levadas em consideração as pesquisas feitas em sala de
aula ou em horário diferente das aulas.
A participação ativa do aluno durante as aulas teóricas ou aulas de resolução
de exercícios, considerando o interesse demonstrado;
Resultados das provas, testes e trabalhos feitos com datas marcadas
previamente.
Entrega de relatórios das aulas práticas que eventualmente possam ocorrer.
Disposição dos alunos na realização de pesquisas de campo solicitadas.
232
Relatos de experiências vivenciadas durante os trabalhos de campo e
pesquisas, contribuindo dessa forma para que os demais também aprendam e
solidifiquem mais seus conhecimentos.
Experimentos que confirmem as informações obtidas, a nível escolar.
Os registros das avaliações e recuperação são efetuados de acordo com o
que define o Regimento escolar do Colégio.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A busca por entender os fenômenos naturais e pela explicação racional da
natureza levou o homem a propor concepções de mundo e interpretações que
influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade.
Segundo Kneller.1980.p.13, (a Ciência é intrinsecamente histórica. Não somente
o conhecimento científico, mas também as técnicas pelas quais ele é
produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as
apóiam, tudo isso muda em resposta a desenvolvimentos nelas e no mundo
social e cultural a que pertencem. Se quisermos entender o que a Ciência
realmente é, devemos considerá-la em primeiro lugar e acima de tudo uma
sucessão de movimentos dentro do movimento mais amplo da própria
civilização).
Assim, o processo de ensino e aprendizagem biológica, neste momento
propõe a discussão de fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma
abordagem pedagógica crítica para o Ensino da Biologia, destacando os
235
paradigmas do pensamento biológico no contexto histórico, social, político e cultural
em que emergiram, os quais revolucionaram a Ciência e ora compõem os
conteúdos estruturantes dos quais se desmembram os conteúdos específicos para
a disciplina. Os conteúdos e a prática pedagógica devem possuir a perspectiva de
trabalhar o pensamento analítico e crítico do aluno, rompendo o “relativismo
cultural”, a pedagogia das competências “e com a supremacia das práticas sociais
hegemônicas”.
A disciplina de Biologia deve contribuir para formar sujeitos críticos e
atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto
de estudo conhecido como o fenômeno vida, em suas complexidade de relações,
dando ênfase para a biodiversidade existente na flora e fauna paranaense, sua
distribuição geográfica, incluindo a biodiversidade étnicas que compõem a
população do estado (afro descendentes, índios e imigrantes diversos). Valorizando
os recursos tecnológicos desenvolvidos na área da biologia por instituições
paranaenses.
O ensino de Biologia tem como principal função, contextualizar e integrar os
sujeitos no espaço em que fazem parte de maneira consciente, com
responsabilidade naquilo que se propõem e interagem, e sabedores dos limites de
suas atitudes e atos. O conhecimento dessa disciplina se propõe a fazer os sujeitos
perceberem que para que se mantenha o equilíbrio entre os seres e o ambiente ao
qual estão inseridos e são dependentes, é necessário uma interação de forma
coerente, sábia e racional. O ensino de Biologia é uma maneira de contextualizar
os sujeitos nas perspectivas que são criadas a todo instante, como das mudanças
nas interações dos seres, das necessidades de reflexões sobre o meio e suas
dinâmicas, das dependências que evidenciam-se nos processos naturais a todo
momento e das impossibilidades que serão criadas, quando não existir coerência e
responsabilidade nas integrações existentes. Fazer o sujeito perceber as formas de
vida, a variabilidade nos fatores naturais e a grandiosidade da fauna e flora em
todos os ambientes. Caracterizar o ambiente próximo a realidade do sujeito. Tornálo não só conhecedor, mas principalmente, questionador e crítico, para que se torne
também um construtor.
Ao ensino de Biologia apregoa-se também a constatação pelo sujeito da
dinâmica que envolve todos os acontecimentos, inclusive o da evolução humana,
conturbada pelos vários momentos pela sobreposição de ideologias nas quais em
muitos momentos construiu-se a discriminação, a discórdia, a miséria, desastres e
poluição ambiental, e ainda outras conturbações que podem em muito, ter
influenciado nas características do ser humano atual.
OBJETIVOS GERAIS
– Desenvolver hábitos de estudos que visem o aluno a discutir, compreender e
refletir sobre os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações ,
perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem
relações ecológicas
garantindo a biodiversidade.
– Conduzir o educando à praticidade da leitura e a interpretação dos mecanismos
biológicos naturais e vitais para a manutenção da vida na Terra.
– Exercitar o raciocínio lógico, a leitura, a escrita e a interpretação em diferentes
fontes de pesquisa.
236
– Ampliar a bagagem sócia cultural do aluno, proporcionando aprendizado
dinâmico e consciente para que possam utiliza-lo no cotidiano.
– Promover atividades que possibilitem a reflexão e discussão de assuntos éticos
biológicos os quais comprometem a existência e qualidade de vida preparando-os
para o exercício da cidadania consciente.
- Apropriando-se sempre de ferramentas, como Leis (10.639/03 “História e Cultura
Afro-brasileiras e Africana, 13.381/01, sobre a História do Paraná, e algumas outras
sobre da Legislação Ambiental), será possível fazer um paradigma sobre a
igualdade nas relações e necessidades da humanidade, assim como, mudar outros
que impõe diferenças entre as pessoas, credos, cores, opções sexuais, outros.
Outra ferramenta de auxílio, as DCEs, quais norteiam um fluxo comum, que tendem
a influenciar em uma constante e um caminho para cada escola, se fazendo o
mesmo discurso quando da criação de bases comuns, que possam gerar
transformações nos educandos, na comunidade onnde ela poderá ajudar na
reflexão sobre como interfere e interferiu a ação antropológica no ambiente e na
construção social no Estado;
- Desenvolver na percepção dos alunos que é através de uma integração
responsável, será possível um equilíbrio e manutenção dos processos do meio,
fazendo alusão também a Legislação Ambiental e apropriando a Lei 14.037 de 20
de março de 2003, que instituiu o código de proteção aos animais no Estado.
- Fazer analise sobre a possibilidade da aplicação dos múltiplos avanços
biotecnológicos;
- Contextualizar a ética na biotecnologia;
- Elucidar os benefícios da engenharia genética;
- Caracterizar toda a diversidade dos seres vivos evidenciando principalmente as
suas performances, inclusive na necessidade de ambiente;
- Diagnosticar na evolução humana os problemas que se evidenciam, como
poluições, desigualdades, descriminações e racismo (fazendo alusão a Lei 10.639
de 20 de dez. de 1996, que possibilita a diagnose da característica cultural do povo
brasileiro), pobreza, desastres ambientais, desequilíbrios biológicos, aquecimento
global, subempregos, misérias, fome, moradias, água, gases, políticas, habitat,
outros;
- Desvendar através da teoria, as características da evolução humana na origem
dela (África provavelmente), processos de evolução, genética, interação da
alimentação, ambiente, filosofias, adaptações, etc.;
- Interpretar fenômenos meteorológicos e as possíveis causas dele, aludindo
principalmente às mudanças ambientais antrópicas como correspondentes;
- Capacitar os alunos com conhecimentos básicos do meio que integram e são
dependentes;
- Sistematizar os conteúdos programados dos livros;
- Prover o aluno com pressupostos que o integrem ao meio exercendo cidadania;
- Socializar conhecimentos biológicos de forma que o indivíduo se sinta parte de um
todo, inclusive do ambiente, e que sua ação com sensatez e coerência, possibilitam
sustentabilidade dele (a) próprio(a), dos demais com quem interage, dos animais e
planta, e também do planeta.
237
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o conteúdo estruturante intitulado :
- organização dos seres vivos: - o propósito é partir do pensamento biológico
descritivo que permita classificar os seres vivos para a análise da diversidade
biológica existente e das características e fatores que determinaram o aparecimento
e ou a extinção de algumas espécies ao ,longo da história.
- Mecanismos biológicos: - parte da visão mecanicista do pensamento biológico,
ampliando a discussão da organização dos seres vivos, baseando-se na visão
macroscópica e descritiva dessa natureza , para uma visão evolutiva, a fim de
compreender a construção dos conceitos científicos na Biologia.A diretriz privilegia
o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres
vivos funcionam e se relacionam entre si e com o meio ambiente.
- Biodiversidade: - pretende discutir os processos pelos quais os seres vivos
sofrem modificações , perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem
relações ecológicas , garantindo a diversidade de seres vivos, destacando a
construção do pensamento biológico evolutivo, considerandos também, os
pensamentos descritivos e mecanicistas citados nos conteúdos estruturantes
anteriores.
- Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida: - propõe a
percepção de como a aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o
contexto de vida da humanidade, e como requer a participação crítica de cidadão
responsáveis pela vida. Orienta que os conteúdos não devem ser ensinados com
um fim em si mesmos, como resultados científicos, mas que liguem à significação
humana e social numa continuidade, em que o conhecimento sistematizado supera
a apreensão da realidade realizada pela experiência imediata, onde o saber tende a
um conhecimento objetivo, mas, ao mesmo tempo, representa a possibilidade de
crítica frente a esse conteúdo.
CONTEÚDOS SERIADOS:
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Conteúdos previstos para a 1ª série do Ensino Médio.
– Organização dos Seres vivos:
A natureza da vida:
A origem da Biologia
Características dos seres vivos
Níveis de organização em biologia.
A base molecular da vida
Organogênese.(formação dos tecidos e órgãos)
Histologia; características gerais.
Reprodução e desenvolvimento.
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Reprodução humana.
Organização do corpo humano.
- Mecanismos biológicos:
A origem da vida na terra:
A formação da Terra.
Fronteiras da célula (permeabilidade celular)
Citologia (organelas celulares e suas respectivas funções).
Núcleo e cromossomo (características e funções).
Sentido humano.
Divisão celular.
Metabolismo celular (respiração celular, fermentação, fotossíntese e
quimiossíntese).
Histologia: funções específicas de cada grupo de tecido.
– Biodiversidade:
-Evolução e diversificação da vida.
Origem da célula eucariótica.
Origem da multicelularidade.
Dinâmica planetária e as idades da Terra.
Diversidade celular dos animais (histologia)
– Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida:
A biologia como ciência:
- Biogênese versus abiogênese.
- Teorias modernas sobre a origem da vida.
- A natureza do conhecimento científico.
- Relações entre ciência e tecnologia .
A verdade em ciência.
A descoberta da célula.
O controle gênico das atividades celulares.
Métodos contraceptivos.
Bebes de proveta (Paraná)
Clonagem de mamíferos (humana).
Pioneiros da embriologia experimentais.
– Conteúdos previstos para a 2ª série do Ensino Médio.
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– Organização dos seres vivos:
Sistemática e classificação.
Morfologia dos vírus
Reinos e suas características.
Morfologia das bactérias.
Morfologia dos fungos.
Morfologia das plantas.
Morfologia dos animais.
Morfologia do corpo humano.
– Mecanismos biológicos:
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•
•
•
•
•
Moneras e fermentação
Fungos e fermentação.
Respiração celular aeróbica e anaeróbica.
Fisiologia da respiração aeróbia.
Fisiologia dos sentidos.
Fisiologia da reprodução.
Fisiologia da circulação.
Fisiologia da digestão.
Fisiologia excreção.
Fisiologia neuro-motora.
Ciclos biogeoquímicos (bactérias e fungos).
– Biodiversidade:
A evolução da vida.
Evidencias moleculares da evolução.
Bactérias e o ciclo dos materiais.
Bactérias e suas respectivas bacterioses.
Vírus e suas respectivas viroses.
Plantas e suas utilidades.
Animais e suas utilidades.
Verminoses.
Aquecimento global e sua influência na vida
– Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida:
Viroses e epidemias.
Bacterioses e epidemias.
Micoses.
Tratamento das micoses, viroses e bacterioses.
Clonagem de plantas.
Clonagem de animais.
Tratamento das verminoses.
Saneamento básico.
Vacinação.
Doenças modernas.
DSTs e Aids.
Recursos tecnológicos no diagnóstico e tratamento das doenças.
– Conteúdos previstos para a 3ª série do ensino Médio.
- Organização dos Seres vivos:
Organização da matéria.
Organização da biosfera.
Organização do corpo humano.
Organização das células e tecidos.
Organização do núcleo celular e cromossomos.
Composição química dos genes.
Cariótipo.
Genoma.
Sexo e sexualidade.
- Mecanismos biológicos:
240
Reprodução celular.
Reprodução animal
Reprodução vegetal.
Atuação dos genes nas características hereditárias.
Síntese protéica.
Duplicação do DNA e divisão celular.
Fotossíntese e quimiossíntese.
Respiração celular aeróbica e anaeróbica.
Fermentação
Relações ecológicas entre os seres vivos.
Relações ecológicas entre o homem e o ambiente.
Sucessão ecológica e biomas.
Energia e matéria nos ecossistemas.
– Biodiversidade:
Dinâmica das populações biológicas:
(características das populações,fatores que regulam o tamanho de populações
biológicas, oscilações em populações naturais).
Decompositores e suas funções biológicas no ciclo da matéria.
Clonagem e a variação genética.
Evolução dos seres vivos: (breve histórico).
Pensamento evolucionista
Evidências da evolução biológica.
Teoria moderna da evolução.
Origem das espécies e dos grandes grupos de seres vivos.
Evolução humana.
Fundamentos da ecologia.
Grandes biomas do mundo.
Biomas brasileiros.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
– Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida:
A descoberta do modo de ação dos genes
Melhoramento genético das espécies.
Aconselhamento genético e prevenção das doenças hereditárias.
Genética molecular e suas aplicações.
Desvendando o genoma humano.
Humanidade e meio ambiente:
Impacto ambiental (poluição; solo, água e ar).
Interferência humana em ecossistema natural.
Caminhos e perspectivas.
METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO
241
Para garantir seus objetivos propõe-se que os temas sejam trabalhados
orientados pelos conteúdos estruturante propostos pela Diretriz Curricular do
Estado(Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodiversidade;
Implicações dos Avanços Tecnológicos Biológicos no Fenômeno Vida), observando
que o ensino da Biologia deva ser um procedimento de investigação que consista
na atenção sistemática de um fato natural, de mecanismos biológicos, de processos
que ocorrem no âmbito da biodiversidade, ressaltando que o método experimental
continua sendo responsável pelos avanços das pesquisas no campo da Biologia,
propondo discussões acerca da rigorosidade metódica para o avanço das ciências
e suas implicações , ou seja, seus efeitos na qualidade da vida humana, na saúde
do homem e nos impactos ambientais.
No processo pedagógico, recomenda-se que o professor adote o método
experimental como recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos da
Biologia, sem a preocupação de busca de resultados perfeitos, estando fora do
campo de estudos os aparatos tecnológicos sofisticados para experimentos que
envolvam a vivisseção de animais vivos domésticos ou exóticos bem como
experimentos que causem danos à fauna nativa, à biodiversidade e, de modo mais
amplo, ao próprio ser humano. Considera que os aspectos éticos da
experimentação animal estejam sustentados nos dispositivos da Lei estadual do
Paraná nº. 14.037, de 20 de março de 2003 (Código estadual de Proteção aos
animais); lei de Biossegurança: Resoluções do Conama /MMA (Conselho Nacional
de Meio Ambiente); e a Política Nacional da Biodiversidade.
A aula experimental deve ser um espaço de organização, discussão e
reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real. Nesse contexto, as aulas
experimentais podem significar uma crítica ao positivismo lógico e apontar soluções
para a construção racional do conhecimento científico em sala se aula, sem
dissociar as implicações desse conhecimento para o homem.
A experimentação deve ter como finalidade o uso de um método que privilegie
a construção do conhecimento, em caráter de superação à condição de
memorização direta, comportamentalista e liberal., devendo assegurar a relação
interativa entre professor e aluno, em que ambos sejam sujeitos ativos.
Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social que parta da
pedagogia histórico-crítica, centrada na valorização dos conhecimentos biológicos
às camadas populares,onde o método da prática social decorra das relações
dialéticas entre conteúdo de ensino e a concepção de mundo; entre a compreensão
da realidade e a intervenção nessa realidade.
O processo ensino aprendizagem tem o compromisso que valoriza a construção
histórica dos conhecimentos biológicos articulados à cultura científica, socialmente
valorizada, a formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, consolidando-se por
meio de um trabalho em que o professor reconheça a necessidade de superar
concepções pedagógicas anteriores , ao mesmo tempo em que compartilha com os
alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do
fenômeno vida, aceitando a inclusão de alunos com deficiência física (leve a
moderada).
A disciplina de Biologia deve ser capaz de relacionar diversos conhecimentos
específicos entre si e com outras áreas de conhecimento e deve priorizar o
desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e propiciar reflexão
constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões
emergentes.
242
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não passíveis de seriação
e hierarquização.
O processo ensino aprendizagem pretende que os conteúdos sejam abordados
de forma integrada, com ênfases aos aspectos essenciais do objeto de estudo da
disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da
Biologia, as quais deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio, num
aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar o aluno das significações
dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino. Há que se considerar
inclusive:
•
Aulas ministradas seguindo os pressupostos teóricos inseridos nos livros
didáticos;
•
Aulas de laboratório, adaptando os conteúdos programados em dinâmicas em
que o aluno coloque em prática a teoria contextualizada;
•
Visitação in loco quando for possível, contextualizando os conteúdos
programados: praças, parques, reservas ambientais, rios, mata ciliar, pátio da
escola e demais ambientes similares que possam subsidiar essa construção;
•
Trabalhos de pesquisa, onde os alunos além de desenvolver capacidades de
inter-relação social, poderão também descobrir e levantar dados que ainda não
foram contextualizados em sala de aula;
•
Filmes contextualizando os conteúdos dos livros;
•
Utilizar situações problemas características da região e dos próprios educandos,
respeitando a individualidade e o conhecimento trazido pelo aluno, valorizando o
conhecimento científico produzido e sua história (determinantes políticos, sociais
e ideológicos).
•
Trabalhar o conteúdo de forma integrada, relacionando os conhecimentos
trabalhados em épocas anteriores, com os conhecimentos apresentados pelos
alunos, reconhecendo a ciência como construção humana e seus diferentes
contextos.
Promover discussões e debates em sala de aula respeitando os paradigmas
para cada conteúdo estruturante levando-se em conta: a prática social, a
problematização, a instrumentalização para que o aprendizado ocorra e o
retorno a pratica social;
Far-se-á uso de diferentes técnicas e modalidades de ensino como aulas
expositivas, dialogada, atividades em grupos e individuais, interpretativas,
construtivas, analíticas, comparativas e ilustrativas.
Construção de relatórios a partir de expectativas criadas através de
experimentos, problemas sociais, histórias regionais, problemas sócio-culturais:
racismo, descriminação, desequilíbrios advindos da ação antrópica ao longo do
tempo, políticas publicas, música, dança, alimentação, saneamento básico, rios,
mata ciliar, histórias do município, problemas ambientais, fauna, flora, etc.;
•
•
•
•
Assistir palestras, fóruns, seminários, e tudo mais que estiver relacionado com
os conteúdos programados;
•
Fazer indicação de filmes, programas e sites da Internet, que estejam
relacionados com os conteúdos da disciplina.
243
•
Cabe ao professor analisar e ensinar a biologia como uma ciência em
transformação.
•
Cabe a escola trazer os conteúdos de volta para os currículos escolares, numa
perspectiva diferenciada em que se retome a história da produção do
conhecimento científico e da disciplina escolar e seus determinantes políticos,
sociais e ideológicos.
O desenvolvimento dos conteúdos integrantes devem ocorrer de forma
integrada.
O professor deve conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as
primeiras idéias dos alunos.
Cabe ao professor organizar os conteúdos de maneira sistemática que vise o
desenvolvimento do raciocínio lógico do aluno.
Permitir a participação do aluno e não tê-lo apenas como observador.
Propor atividades individuais e coletivas.
Propor atividades de pesquisas investigativas.
Observar mudanças de hábitos que valorizem o avanço positivo do educando.
•
•
•
•
•
•
•
AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA DISCIPLINA
Avaliar é um dos aspectos do processo pedagógico que mais necessita
de mudança na postura didática escolar, sendo assim ela será considerada e
concebida como um instrumento de aprendizagem permitindo fornecer constante
feedback para a promoção do avanço dos alunos.
A avaliação deverá ampliar o conceito e a prática ao conjunto de saberes ,
destrezas e atitudes que contemplem a aprendizagem de conceitos biológicos.
A avaliação será usada como um instrumento de análise que prevê um
conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de
modo que o docente e alunos se tornem observadores dos avanços e dificuldades,
a fim de superarem os obstáculos existentes.
Serão utilizados como instrumentos de avaliação: atividades descritivas,
objetivas e interpretativas, as quais serão realizados através de leituras e
interpretações de textos, gravuras, jogos, seminários, gincanas, filmes, excursões,
experiências simples e participação de oficinas pedagógicas, bem como as
resoluções de atividades de fixação e verificação (exercícios e provas).
RECUPERAÇÃO PARALELA
Todas as atividades desenvolvidas, em que o aluno não tenha uma performance
que atinja os índices mínimos estabelecidos, serão propostas novas atividades
como forma de superação de defasagem;
Também serão sugestionadas dinâmicas diferenciadas, para aqueles alunos que
não conseguem se adaptar ao que está sendo proposto possam interagir da forma
que lhes é mais coerente;
244
Os alunos que justificarem sua ausência nos dias programados de avaliação
poderão fazer a mesma, com atividades diferentes das que tinham sido propostas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das células. 2ª
ED. - VOL. 1, 2 e 3. São Paulo : Moderna. 2005.
BIOLOGIA/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.
Diretrizes Curriculares Estaduais – Biologia para o Ensino Médio. SEED. Paraná.
Superintendência da Educação. Julho. 2006.
LEI Nº 14037 - 20/03/2003 Publicado no Diário Oficial Nº 6456 de 11/04/2003.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo da História deve ser o instrumento para o individuo compreender e
transformar o mundo, a si mesmo e as relações entre as pessoas. Para isso, preciso
superar o ensino de História enquanto simples repasse de informações. O
conhecimento histórico é uma construção de vários sujeitos. Há que se buscar,
através de projetos de pesquisa, uma melhor compreensão do cotidiano das
pessoas, possibilitando-lhes a capacidade de se compreenderem enquanto sujeitos
da sua história.
Pretende-se que a história não seja apenas a introdução de novos temas,
mas também, a abertura para novas abordagens sobre as temáticas convencionais
onde sejam consideradas como históricas não apenas as experiências vitoriosas,
mas também as vencidas que, muitas vezes, são mais ricas e reveladoras de novos
sentidos.
Dessa forma, será possível viabilizar a interpretação de conteúdo norma
entre as relações estabelecidas no cotidiano da Escola e conhecimento produzido
universalmente.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O estudo da história no Ensino Médio objetiva a formação de um indivíduo
capaz de entender as relações de trabalho, as relações de poder e as relações
culturais, as quais se articulam e constituem o processo histórico numa seqüência
ao trabalho iniciado no Ensino Fundamental. O aluno deverá compreender que o
245
estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos no presente por
meio da análise de diferentes documentos históricos. No que diz respeito as
relações de poder, o aluno deve compreender que estas encontram-se em todos os
espaços sociais e também deve identificar, localizar as arenas decisórias e os
mecanismos que as constituíram.
Quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros
como construtores de uma cultura comum (compreendendo a especificidade de
cada sociedade e as relações entre elas), entender como se constituíram as
experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e
mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. Tais compreensões e
reconhecimentos devem, na medida do possível, contemplar a história local
(município, estado) bem como a história nacional e universal.
Estes objetivos se constituem em critérios que subsidiarão o processo
avaliativo da disciplina.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná reconhece a
importância do conhecimento sistematizado, fundamentado na idéia de conteúdos
estruturantes das disciplinas escolares. Para a disciplina de História no Ensino
Médio os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de poder e
as relações culturais, numa seqüência aos conteúdos estruturantes trabalhados no
Ensino Fundamental, onde os conteúdos estruturantes assumiram um caráter de
dimensão num sentido mais amplo.
No Ensino Médio estes conteúdos assumem um recorte mais específico
apontando para o estudo das relações humanas.
As ações e relações humanas constituem o processo histórico, o qual é
dinâmico. Privilegiou-se as relações culturais, de trabalho e de poder como recortes
deste processo histórico. Assim como as ações e relações humanas transformamse no tempo, a abordagem teórico metodológica sobre essas, são reelaboradas de
acordo com a exigência do contexto histórico em que os sujeitos estão inseridos.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de História são interligados entre si e
permitem a busca do entendimento da totalidade das ações humanas. A articulação
desses conteúdos são possíveis a partir das categorias de análise espaço e tempo,
as quais permitem a conexão para se compreender essas relações.
Estes conteúdos estruturantes permitem aos professores desenvolverem
seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas bem
como os que representam as demandas sociais estabelecidas em lei, tais como: a
lei 10639/09/2003 a qual estabelece obrigatoriedade da inclusão da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira” nos currículos escolares bem como a lei estadual
13381/12/2001 a qual torna obrigatório inclusão de conteúdos da História do
Paraná.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE:
246
1ª Série
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Sociedades Teocráticas
Recortes:
• O modo de produção asiático;
• O que produziam;
• Efeitos do trabalho nas sociedades teocráticas;
• O calendário vinculado ao trabalho.
PODER
Recortes:
• O Estado como necessidade;
- E Antes do Estado?
• Estruturas possíveis de Estado;
• Poder do Estado Teocrático.
CULTURA
Recortes:
• A religião como manutenção da ordem;
• Crenças religiosas e desenvolvimento das ciências;
- Medicina, anatomia, arquitetura, química, artes, etc.
O desenvolvimento da escrita.
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Sociedades Pré-Colombianas
Recortes:
• As atividades econômicas desenvolvidas por estes povos;
• Os tipos de trabalho praticados: livre, mita, escravidão;
• A Divisão social do trabalho.
Recortes:
• Teocracia;
• Sociedade Hierarquizada.
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
Recortes:
• Arte;
• Escrita;
• Religião;
• Calendário.
Conteúdo Específico: Sociedades Clássicas
247
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Recortes:
• O trabalho familiar;
• O trabalho do escravo e das mulheres;
• Quem eram os escravos.
Recortes:
• Evolução do poder em Atenas;
• O poder em outras cidades-estado gregas;
• Cidades-estado;
• Guerras gregas;
• Evolução do poder em Roma;
Guerras Romanas.
Recortes:
• Dominação cultural romana e as influencias sofridas;
• As mulheres e seu papel na sociedade greco-romana;
• A sociedade grega e romana;
• As conquistas da plebe;
• Revoltas de escravos;
• As ciências entre os gregos e romanos: filosofia, medicina,
arquitetura, artes, teatro, etc.
• A religião politeísta e o cristianismo (resgatando suas
origens).
Conteúdo Específico: Sociedade Feudal
Recortes:
• Origens e formação da sociedade feudal
- estruturas, ruralização, invasões bárbaras.
• Servidão e escravidão;
• Os outros trabalhadores: artesãos. Comerciantes,
ferreiros, sacerdotes, etc.
Recortes:
• A propriedade da terra como garantia de poder e riqueza;
• Influencias da Igreja Católica na manutenção da estrutura
social;
• Suserania e Vassalagem;
• O poder da Igreja e a Inquisição.
Recortes:
• Influencia e domínio cultural da Igreja: Teocracia.
Geocentrismo. Coletivismo, Fé;
• Manifestações de dominação e resistência camponeses
X nobreza;
• O papel da mulher na época medieval;
• As epidemias e as “soluções”.
2ª Série
248
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdo Específico: Transição da Idade Média para a Moderna
Recortes:
• Do feudalismo ao Capitalismo;
• O choque do trabalho indígena e europeu;
• O trabalho na África antes da colonização e durante a
mesma
• O negro na América;
• O trabalho do negro no Brasil atual;
• O incentivo do protestantismo ao acúmulo de riquezas.
Recortes:
• Dominação e resistência:
- Índios X Europeus
- Africanos X Europeus;
• Os Estados Nacionais;
• A contestação do poder da Igreja Católica.
Recortes:
• Choque cultural e assimilação;
- Índios X europeus
- Europeus X africanos
- Índios X africanos.
• Mitos, religiosidade e demais aspectos culturais na África
pré-colonial e no Brasil colonial;
• Reforma protestante como resposta aos anseios da
burguesia;
Conteúdo Específico: Revolução Industrial
Recortes:
• A evolução do trabalho
- Artesanato, manufatura, maquinofatura
• O controle do tempo: tempo profano X tempo sagrado;
• O trabalho da mulher e da criança;
• A mais-valia.
Recortes:
• A questão do capital e do poder econômico da burguesia;
• Os anseios da burguesia em relação ao poder;
- Independência da Treze Colônias
- Revoluções inglesa e francesa
Recortes:
• Novas ideologias burguesas: Iluminismo;
• Contestação das idéias burguesas: Socialismos;
• Industrialização; êxodo rural e urbanização;
• Os problemas da industrialização:
- poluição, crescimento desordenado das cidades.
• As mudanças provocadas pela industrialização;
- energia, transporte, consumo e consumismo.
249
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
Conteúdo Específico: Revolução Francesa
Recortes:
• Resquícios feudais na França do século XVIII;
• Transição para o Capitalismo Industrial e Financeiro;
Recortes:
•
•
•
•
Recortes:
•
O Absolutismo e os Estados Gerais;
Resistência dos Estados Absolutistas Europeus;
Partidos políticos da França e os atuais partidos
políticos brasileiros;
Governo Napoleônico e a continuidade da burguesia
no poder.
Lutas pela igualdade e busca da cidadania.
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Brasil Colonial e as Origens da
Desigualdade
Recortes:
• Escambo;
• Trabalho escravo: indígena e africano;
• O Trabalho livre e a Questão da Propriedade;
• Atividades econômicas;
• Mineração, pecuária e mineração no Paraná;
Recortes:
•
•
PODER
Recortes:
•
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
•
•
A terra como fonte de poder e riqueza;
Organização política colonial: centralização e
descentralização.
Religiosidade: Fé, teatro, inquisição, arquitetura e
escultura;
Cultura Popular;
Educação colonial;
Conteúdo Específico: Crise Colonial
Recortes:
• O desejo do lucro na colônia e a questão dos impostos;
• O que mudou no trabalho com a independência?
250
PODER
Recortes:
• A crise do Antigo Regime;
• Família Real no Brasil e o início do processo de
independência;
• A independência do Brasil e a maior sujeição ao capital
inglês;
Recortes:
• A cultura do período joanino, para quem?
• Influencia Iluministas;
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
Conteúdo Específico: Brasil Imperial
Recortes:
• A escravidão e a cafeicultura;
• A cafeicultura e a escravidão no Paraná;
• A industrialização brasileira;
• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
Recortes:
• A Constituição de 1824 e atual Constituição;
• Elite agrária e o desejo do poder;
• A experiência republicana nas Regências;
• Os partidos políticos na época regencial e atualmente;
• Parlamentarismo brasileiro e outros;
• Brasil Imperialista : Intervenções no Prata e Paraguai.
Recortes:
• Romantismo;
• Realismo;
• Naturalismo;
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Brasil Imperial
Recortes:
• A escravidão e a cafeicultura;
• A cafeicultura e a escravidão no Paraná;
• A industrialização brasileira;
• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
251
PODER
Recortes:
• A Constituição de 1824 e atual Constituição;
• Elite agrária e o desejo do poder;
• A experiência republicana nas Regências;
• Os partidos políticos na época regencial e atualmente;
• Parlamentarismo brasileiro e outros;
• Brasil Imperialista : Intervenções no Prata e Paraguai.
Recortes:
• Romantismo;
• Realismo;
• Naturalismo;
CULTURA
3ª Série
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
Conteúdo Específico: Imperialismo Capitalista
Recortes:
• Exploração do trabalhador africano e asiático;
• Exploração dos recursos naturais da África e da Ásia.
Recortes:
• A dominação econômica e política afro-asiática por parte
dos europeus;
• Formação e administração dos impérios coloniais;
• O apartheid.
Recortes:
• A dominação cultural européia e suas justificativas;
• Reações dos povos colonizados: Gandhi;
• Cultura afro-asiática.
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Conflitos Mundiais e Ideologias
Recortes:
• A crise de 1929, o perigo do excesso de crescimento;
• A Industrialização do Brasil;
• Abertura do mercado de trabalho para as mulheres;
• Imigração no Brasil e Paraná.
252
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
Recortes:
• Pan-eslavismo, pan-germanismo e revanchismo francês;
• Estados totalitários;
• Estado novo;
• Guerra Fria.
Recortes:
• Modernismo no Brasil;
• Cinema norte-americano;
• Movimentos de contra-cultura;
• Movimento estudantil.
Conteúdo Específico: Brasil Republicano
Recortes:
• A questão agrária no Brasil e América Latina;
• As condições de trabalho na nascente indústria brasileira
e atualmente;
• Atividades econômicas no Paraná republicano.
Recortes:
• Coronelismo;
• Oligarquias paranaenses;
• Leis trabalhistas de Vargas e a identificação com o
proletariado;
• Populismo no Brasil e América Latina.
Recortes:
• Movimentos messiânicos;
• Movimentos operários.
Conteúdo Específico: Ditaduras Militares
Recortes:
• As multinacionais nos países subdesenvolvidos;
• O salário e a inflação.
Recortes:
• O golpe de 64;
• Perseguições políticas;
• Tortura;
• Censura;
• Controle governamental dos sindicatos;
• Abertura econômica ao capital estrangeiro;
• Ditaduras militares na América Latina.
253
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
Recortes:
• Tropicalha;
• Movimento estudantil;
• Novo sindicalismo;
• Diretas Já;
• Anistia;
• Redemocratização.
Conteúdo Específico: Nova República
Recortes:
• Neoliberalismo e globalização.
TRABALHO
PODER
CULTURA
Recortes:
• Modernidade e corrupção;
• Planos econômicos;
• Mercosul e Alça;
• Imperialismo norte-americano.
Recortes:
• Constituição de 1988 e outras Constituições brasileiras;
• MST;
• A questão das Cotas;
• Os transgênicos certo ou errado?
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia proposta neste Projeto Político Pedagógico para a
disciplina de História no Ensino Médio, baseia-se nas Diretrizes Curriculares do
Ensino Médio no Paraná pautada pela utilização dos conteúdos estruturantes, os
quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os temas
selecionados pelos professores.
A problematização de situações relacionadas as dimensões econômicosocial, política e cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as
ações e relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos
estruturantes propostos neste documento: as relações de trabalho, as relações de
poder e as relações culturais. Para abordar esses conteúdos estruturantes tornase necessário que se proponha recortes espaço-temporais e conceituais à luz da
historiografia de referência. Estes recortes se constituem nos conteúdos específicos
(tais como: conceitos , acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados
pelos alunos do Ensino Médio. O professor ao elaborar o problema e selecionar o
conteúdo estruturante que melhor responde a problemática, constitui o tema. E este
se desdobra nos conteúdos específicos que fundamentam a resposta para
problemática.
Assim, propõe-se como encaminhamento metodológico que os conteúdos
estruturantes da disciplina de História sejam abordados através de temas, na
compreensão de que não é possível representar o passado em todo sua
254
complexidade. O historiador Ivo Mattozzi (2004) estabeleceu uma metodologia para
estudar um tema observando três dimensões.
1°) deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer
representar do ponto de vista da historiografia;
2°) deve-se delimitar o tema histórico em um período bem definido
demarcando referências temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu
início e seu final.;
3°) os professores e alunos devem definir um espaço ou território de
observação do conteúdo tematizado.
O que delimita esta demarcação espaço-temporal é a historiografia específica
escolhida e os documentos históricos disponíveis. Além dessas três dimensões, fazse necessário instituir um sentido a seleção temática realizada, o qual é dado pela
problematização.
Para o didata da História Ivo Mattozzi (2004), depois de selecionado o tema,
o professor se utilizará de três formas para construir uma narrativa histórica, sendo
elas:
Narração: É uma “forma de discurso” na qual o professor e o aluno ordenam os
fatos históricos que se sucederam em um “período de tempo”. Esta reconstrução
representa o processo histórico relativo as mudanças e transformações por meio de
acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final.
Descrição: É a forma de representar um contexto histórico. Ela é utilizada para
representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos.
Esta descrição permite também a utilização de narrações como exemplos ou provas
da descrição do contexto histórico abordado.
Argumentação, Explicação e Problematização: A problematização fundamenta a
explicação e a argumentação histórica. Diante disso, a narrativa histórica é a
construção uma resposta para a problemática focalizada. A explicação é a busca das
causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a
resposta dada a problemática, a qual é construída através da narração e da
descrição.
Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula proporciona
a produção de conhecimento histórico quando usado como fonte na qual buscam-se
respostas para as problematizações anteriormente formuladas. Assim os
documentos permitem a criação de conceitos sobre o passado e o questionamento
dos conceitos já construídos.
As correntes historiográficas tomadas como referência nessa Diretriz
romperam com a idéia do documento escrito como única fonte confiável para o
estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado: imagens, objetos
materias, oralidade e os mais diversos documentos escritos são utilizados como
vestígios do passado a partir dos quais é possível produzir o conhecimento
histórico. Nessa perspectiva, o documento deixou de ser “considerado apenas um
indício do passado, sendo ele mesmo determinado por quem o produziu. Assim, o
documento não é mais a prova do real, mas um indício que depende das questões
e dos problemas postos pelo historiador” (SCHIMIDT, in KUENZER, 2002, P. 223).
255
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor tenha
conhecimento sobre a especificidade de sua linguagem e sobre a sua natureza,
bem como os limites e possibilidades que o trato pedagógico de cada documento
apresenta.
Para tanto, são necessários observar três níveis de indagação:
1) Sobre a existência em si do documento: o que vem a ser o documento:
O que é capaz de dizer? Como podemos recuperar o sentido de seu
dizer? Por que tal documento existe? Quem fez, em que circunstâncias e
para que finalidade foi feito?
2) Sobre o significado do documento como objeto: o que significa como
simples objeto (isto é fruto do trabalho humano)? Como e por quem foi
produzido? Qual é a relação do documento (como um objeto particular) no
universo da produção? Qual a finalidade e o caráter necessário que
comanda sua existência?
3) Sobre o significado do documento como sujeito: por quem fala tal
documento? De que historia particular participou? Que ação de
pensamento está contida em seu significado? Em que consiste seu ato de
poder?
(MARSON, apud Bittencourt, p. 332).
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas, etc. são documentos que podem ser
transformados em materiais didáticos de grande valia na constituição do
conhecimento histórico.
Os documentos acima citados podem ser utilizados de diferentes maneiras
em sala de aula, como exemplificam Schmidt e Cainelli (2004): na elaboração de
biografias, confecção de dossiê, representação de danças folclóricas, exposição de
objetos sobre o passado que esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada
objeto exposto e o contexto em que os mesmos foram produzidos e estabelecer
relações entre as fontes.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina, no caso a História, que ocorre a
articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
Assim, narrativas, imagens, sons, etc. de outras disciplinas relacionadas devem ser
tratadas como documentos a ser abordados historiograficamente.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Propõe-se para o ensino de História a superação da avaliação classificatória e
como alternativa, uma avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A
avaliação deve estar contemplada no planejamento do professor e ser registrada de
maneira formal e criteriosa.
256
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade
principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse
processo e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo
professor, possibilitando o redimensionando deste, caso seja necessário. A
avaliação não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino
aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto
cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.
A avaliação do ensino de História, conforme orientam as Diretrizes no Estado
do Paraná, considera três aspectos importantes: a apropriação de conceitos
históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e
indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de diferentes atividades
como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e
documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras
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GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
264
Compreende-se a Geografia, enquanto espaço do Planeta Terra como um
todo, suas transformações físicas naturais e as provocadas pela ação do homem,
com suas implicações no contexto ambiental, social, econômico e político.
O embasamento teórico centra-se no percurso histórico das sociedades
humanas, em seus sucessivos alargamentos das fronteiras de apropriação do
Planeta.
Fronteiras horizontais: ultrapassagem dos ecúmenos naturais, valorização de
territórios inóspitos, transformação da natureza em recurso produtivo.
Fronteiras verticais: adensamentos humanos e fixação de estruturas desses
espaços, nacionalismos e expansionismos.
A crise contemporânea da idéia de progresso é um dos resultados desse
percurso. A ampliação da capacidade de gerar riquezas convive com a
disseminação da pobreza em escala global. A super utilização da natureza
anuncia desastres ecológicos de proporções desconhecidas. A constituição de
um espaço universal e planetário não eliminou os nacionalismos, expressos em
grandes ideais de liberdade, como também em disputas rancorosas. A
apropriação humana do espaço mundial integra cada vez mais,, a Geografia da
natureza com a Geografia das sociedades.
O homem explora e modifica a Natureza e cada vez mais, pelo aumento
constante da população, destrói a paisagem física natural interferindo
consideravelmente no ecossistemas.
Mesmo planejadas as transformações provocam implicações desastrosas e
desequilíbrio, afetando a sociedade como um todo.
A base da Geografia, portanto, enquanto conhecimento acarreta na
compreensão e conscientização das transformações, vinda como essas ciências
atualmente, a abranger e aprofundar questões não só espaciais , mas políticas e
sociais.
Analisam-se as distribuições de renda , de terra, a conservação do ambiente,
a fome, as relações fronteiriças de poder político e as relações de interdependência,
além de outras, ampliando a localização espaço – temporal através de técnicas
topográficas, instrumentos informatizados, auxílios via satélite com informações
mundiais científicas, pesquisas e levantamentos, além de todo um quadro de
monitoramento dos dados coletados, criados para a relação bem mais aprofundada
do homem no contexto modificado ou afetado mediante sua própria ação.
A busca de resoluções ao desequilíbrio, principalmente sócio-geográfico
mundial, é intenso , levando a outros caminhos a Geografia , como a adesão a
aspectos antes não considerados por essa ciência, vindo a ampliar a sua ação de
forma conjunta com as demais.
Assim, a geografia se supera e cria um perfil de estudo, análise,
planejamento e visão bem mais amplos, no entanto, de forma científica,
fundamentada na pesquisa e nos levantamentos e monitoramentos: e assim, se
redefine, se reestrutura, criando novos horizontes de atuação os quais perpassam
pelo conhecimento acumulado da sociedade. Torna-se dinâmica , questionadora,
planejadora, conscientizadora, da transformação provocada pelo homem,
resgatando o equilíbrio ocasionado por essas ações. Deixa de ser estática,
contestadora e cria movimentos de interferência para o resgate das modificações,
pela busca de reestruturação do espaço destruído e suas conseqüências,
265
construído para o equilíbrio ecológico e social, um dos maiores desafios da
atualidade.
Inclui-se a questão do uso da cidadania, da participação consciente e efetiva,
mediante a ação conjunta de todos, consciência essa, construída desde a educação
Infantil e que vem a se aprofundar e se consolidar nas ações, no Ensino Médio,
onde professor tem papel fundamental de, além de possibilitar o acesso às
informações, elucidar o conhecim,ento de forma contextualizada frente as relações
sociais, as transformações e as ações dos homens.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
-GEOPOLÍTICA
-DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
-Modos de produção e formações socioespaciais;
-Industrialização clássica, periférica e planejada;
-Distribuição espacial da industria nas diversas escalas geográficas;
-Oposição norte-sul e aspectos econômicos da produção.
GEOPOLÍTICA
-A nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos e a atual
oposição norte-sul;
-Fim do Estado de bem estar social e neoliberalismo;
-Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;
-Regionalização do espaço mundial;
-Os novos papéis das organizações internacionais.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;
-O meio ambiente e as grandes paisagens naturais do planeta;
-Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas
geográficas;
-Recursos naturais, conservacionismo ( uso sustentável de bens naturais ) e
preservacionismo ( áreas protegidas );
-Patrimônios culturais ecológicos;
-Produção do espaço geográficos e impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar
o clima.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
-Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;
-Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países.
2ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
-Revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço da produção;
-Internacionalização do capital e sistemas financeiros;
266
-Urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades grandes,
médias e pequenas.
GEOPOLÍTICA
-Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
-Conflitos rurais e estrutura fundiária;
-Questões territoriais indígenas.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-Crise ambiental:conflitos políticos e interesses econômicos.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
-Composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia;
-Relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação econômica do
país, da região do lugar;
-População urbana e população rural: composição etária, de gênero e de emprego;
-Diferentes grupos socioculturais e sua marcas na paisagem e no espaço urbano e
rural.
3ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
-Formação dos blocos econômicos regionais;
-Novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;
-Reestruturação do segundo mundo e economias de transição;
-Industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e
ambientais.
GEOPOLÍTICA
-Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais,
políticos, econômicos entre outros;
-Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem teto, entre outros.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;
-Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;
-Biotecnologia e impactos ambientais.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
-Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;
-Nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;
-Movimentos migratórios e suas implicações, econômico-culturais e sócioespaciais;
-Aspectos culturais das identidades regionais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Esta disciplina será desenvolvida através de constante articulação entre
professor e aluno, onde será cientificado o conhecimento já adquirido pelo aluno,
aprofundando-se e discutindo-se através de debates, seminários, os conteúdos
analisando-os na sua problemática social e seus reflexos enquanto movimento na
história mediante a construção dos fatos e s suas constatações, para que o aluno
perceba a geografia presente nas relações da vida.
267
Através de entrevistas e pesquisas, o planejamento da distribuição geográfica
no município, país e mundo, os limites urbanos e rurais e as implicações
econômicas e sociais para a indústria , o mundo produtivo, as forças de poder, a
população humana, animal e o ecossistema como um todo e as leis que são
aplicadas em cada caso.
A conscientização, através de análise constante do
aspecto político presente na disciplina de geografia e seus tratamentos
diferenciados através de sistemas governamentais diferentes e as relações com o
mundo produtivo, além da importância quanto ao aspecto espacial para um bom
desempenho no trabalho e nas relações com o mundo. A Geografia como produto
do trabalho, através da necessidade de modificações geográficas para adaptar-se
ao desenvolvimento, assim como a questão ambiental e social como fatores
geográficos, ( degradação, êxodo rural, super população, fome, desequilíbrio de
poder econômico, falta de condições adequadas de vida humana), para que o
indivíduo tenha, através de uma análise global, condições de, como agente,
contribuir na mudança social, através do conhecimento e de uma posição definida
consciente enquanto cidadão.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará de forma diagnóstica e cumulativa, levando em
consideração todos os resultados obtidos através da utilização das estratégias
( pesquisa, relatórios, exercícios, uso de filmes e documentários, redações,
sínteses, uso de textos de apoio, trabalho com mapas, debate de temas polêmicos,
uso do livro didático), além do uso de provas escritas, auto-avaliação e
comprometimento do aluno com a disciplina. Será qualitativa e apresentada em
valores quantitativos, devido às exigências normativas do ensino regular.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Para compreendermos o sentido da sociologia como disciplina na grade
curricular do Ensino Médio deveremos, antes de tudo, compreender os objetivos
que por meio dela se pretende atingir. Esses objetivos podem ser divididos em duas
classes: os que são específicos para a disciplina e os que não se restringem a ela,
indo ao encontro dos que foram traçados para o Ensino Médio a partir da Lei n.º.
9.394, de 1996.
Entretanto, antes de se estabelecer os objetivos para a disciplina, deveremos
dimensionar a importância da sociologia enquanto disciplina do nível médio de
ensino, o que significa perguntar sobre seu sentido, buscar compreender o que ela
tem de específico que não encontramos nas disciplinas de história, geografia ou
filosofia; enfim, perguntar qual sua especificidade em relação às demais disciplinas
de humanidades. Essa pergunta não é de fácil resposta e todo pesquisador da área
de ciências humanas sabe que as fronteiras entre as suas diversas áreas são
bastante tênues. E acrescenta-se a isso o fato de que transformar os saberes
científicos em saberes escolares implica em um grau de diferenciação e criação de
identidades entre as diversas disciplinas. A história e a geografia, provavelmente
devido à longa tradição no meio escolar, estão bem estabelecidas, possuem um
discurso construído sobre a realidade já aceito e amplamente disponível para todos
271
os professores. A sociologia conta com este agravante, qual seja, construir um
saber organizado de modo a ser viável sua introdução no nível médio de ensino. É
importante ressaltar que as ciências possuem fronteiras dadas, antes de tudo, por
divisões políticas internas e, em se tratando de ensino médio, é preciso criar essas
diferenças e afirmar uma identidade para a sociologia se desejamos sua reintrodução neste segmento de ensino.
Mas isto não responde à questão proposta: o que marca a especificidade da
sociologia e torna importante sua introdução nos meios escolares? Algumas
tentativas de resposta têm sido formuladas.
O filósofo e sociólogo Gilson Teixeira Leite (Jornal A Gazeta em 11/12/00)
afirmou que “se é imprescindível dominar a informática e todas as novas tecnologias
para uma colocação qualificada no mercado de trabalho, também se faz necessário,
no universo educacional, problematizar a vida do próprio aluno, sua existência real
num mundo real, com suas implicações nos diversos campos da vida: ético-moral,
sociopolítico, religioso, cultural e econômico”. E conclui que “a volta das disciplinas
humanísticas – filosofia, sociologia, antropologia, psicologia, entre outras – tem
muito a contribuir com a formação do jovem naquilo que lhe é mais peculiar: o
questionamento. Desmistificando ideologias e apurando o pensamento crítico das
novas gerações, poderemos continuar sonhando, e construindo, um país, não de
iguais, mas justo para mulheres e homens que apenas querem viver”.
Isto nos remete à contribuição que a sociologia pode dar para o
desenvolvimento do pensamento crítico, não porque teria um conteúdo
imprescindível – não devemos pensar de modo messiânico na sociologia. Nem o
pensamento crítico se desenvolve devido à aprendizagem de algum tipo especial de
conteúdo. Como Gilson bem expressou, a sociologia tem a contribuir para o
desenvolvimento do pensamento crítico, ao lado de outras disciplinas, pois promove
o contato do aluno com sua realidade, e podemos acrescentar, bem como o
confronto com realidades distantes e culturalmente diferentes. É justamente nesse
movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e de
aproximação sobre realidades outras que desenvolvemos uma compreensão de
outro nível e crítica.
A cientista política Marta Zorzal e Silva (Gazeta Mercantil, 11/12/00), numa
interessante reflexão sobre as mudanças no mundo contemporâneo – no campo
das tecnologias, nas relações de trabalho e nas relações culturais – afirma que a
informação tornou-se elemento estratégico para o mundo globalizado devido “aos
impactos dos processos que têm sido denominados de globalização”.
A autora ainda observa que “a informação em si é um dado bruto (...) o ato de
transformar a informação em conhecimento não é uma tarefa simples. Exige
capacidade de processamento da mesma. Significa (...) saber o que pode ser feito
com os “tijolos de saberes” que o sistema de ensino fornece (...) isto implica em
capacidade de raciocínio, de questionamento, do confronto de outras fontes e
experiências, enfim, habilidades que se adquire ao ser treinado a ver os mesmos
panoramas a partir de diferentes perspectivas. Essa é a habilidade que se adquire
por excelência com o estudo das ciências humanas e, em especial, com a filosofia e
a sociologia. É da essência destes campos de conhecimento a tarefa de
desenvolver o pensamento, sem nenhuma utilidade ou objetivo prático. A
272
preocupação maior está em educar o olhar e processar tanto informações como
saberes já produzidos”.
Diante do desafio de nosso tempo ela questiona a nossa capacidade de
desenvolvermos o gerenciamento da informação para que possamos ter
competitividade no mercado global. Mas lembra que a maioria dos países do Leste
Asiático superou suas condições e tornaram-se competitivos. Entre os vários fatores
que permitiram esse avanço, Marta Zorzal afirma que se destaca a educação:
“todos construíram sólidos alicerces fundados na boa educação pública estendida a
maioria da população”. Mas a educação deve conter esse aspecto de permitir o
confronto de diferentes perspectivas e que é por excelência o que faz a sociologia.
O conhecimento sociológico certamente beneficiará nosso educando na
medida em que lhe permitirá uma análise mais acurada da realidade que o cerca e
na qual está inserido. Mais que isto, a sociologia constitui contribuição decisiva para
a formação da pessoa humana, já que nega o individualismo e demonstra
claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, à sociedade na qual
estamos inseridos. Segundo a socióloga Cristina Costa “o conhecimento sociológico
é mais profundo e amplo do que a simples formação técnica – representa uma
tomada de consciência de aspectos importantes da ação humana e da realidade na
qual se manifesta. Adquirir uma visão sociológica do mundo ultrapassa a simples
profissionalização, pois, nos mais diversos campos do comportamento humano, o
conhecimento sociológico pode levar a um maior comprometimento e
responsabilidade para com a sociedade em que se vive” (Sociologia – introdução à
ciência da sociedade, Cristina Costa, Editora Moderna, 1997).
Ora, é evidente a contribuição da sociologia no que tange à “compreensão
das práticas sociais”, à “preparação básica para o trabalho” e ao “exercício da
cidadania” ou, ainda, para o desenvolvimento de uma estética da sensibilidade, uma
política da igualdade e uma ética da identidade. Exatamente devido a essa
compreensão, a LDB, em seu artigo 36, estabelece que “ao final do ensino médio o
educando demonstre (...) domínio dos conhecimentos de filosofia e sociologia
necessários ao exercício da cidadania”; também a resolução nº 3/98, em seu artigo
10, inciso i, parágrafo 2º, diz que “as propostas pedagógicas das escolas deverão
assegurar tratamento interdisciplinar e contextualizado para (...) conhecimentos de
filosofia e sociologia necessários ao exercício da cidadania”; por fim, podemos
acrescentar, os PCNs (Ensino Médio, volume 4, na página 11) orientam que “o
objetivo foi afirmar que conhecimentos dessas (...) disciplinas são indispensáveis à
formação básica do cidadão, seja no que diz respeito aos principais conceitos e
métodos com que operam, seja no que diz respeito a situações concretas do
cotidiano social”.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E INSTITUIÇÕES SOCIAIS
-CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
-TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
-PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
273
-DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
CONTEÚDOS POR SÉRIE: 1ª E 2ª SÉRIES
Surgimento do pensamento sociológico
conceito de sociologia; A sociologia como manifestação do pensamento moderno;
Os pensadores sociais; O senso comum. Sociologia – do positivismo à concepção
crítica; A sociologia de Durkheim; Os fatos sociais; Indivíduos e sociedades; Causas
do progresso e divisão social.
As concepções de Karl Marx Contribuições de Marx; O método dialético; Forças
produtivas X relações de produção As classes sociais;A luta de classes.
Estrutura da sociedade o que é infra-estrutura; O que é superestrutura; Ética e
sociedade;
Classes sociais e Estado As concepções recentes 9classes sociais e Estado);
Classes sociais na sociedade capitalista.
Divisão do trabalho Trabalho humano/transformador; Divisão social do trabalho;
Qualificação da força de trabalho; Ética profissional.
Estado democrático x Estado autoritário O Estado brasileiro após 1964; O poder;
O regime militar; A abertura política; A cidadania; Ética política.
Cultura e Sociedade
A cultura; Cultura popular; Cultura de massa; O meio
ambiente e as diferentes culturas.
A Família e o Gênero A família como instituição em mudança; Família – casamento
e sexualidade; A mulher e o homem na sociedade; Ética familiar.
A sociologia e o terceiro milênio O Estado; Nacionalismo e novas tendências;
Fragmentação e totalidade Valor do trabalho Valores, violência, fome, miséria,
religião, conflitos, diferenças sociais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No encaminhamento para o ensino de Sociologia deve-se utilizar vários
instrumentos metodológicos, sempre de forma adequada aos objetivos pretendidos.
As aulas expositivas, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da
lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa
de campo e bibliográfica serão usados constantemente.
274
Todas as atividades devem partir de explicitação e explicação das
problemáticas sociais concretas e contextualizadas.
A análise, pesquisas diversas, mesas redondas, debates, constatações locais
através de entrevistas, levantamentos, questionários e tabulações devem estar
presentes na disciplina de sociologia. A realidade em que a escola, a comunidade
escolar e os alunos vivem precisa ser levada em conta para se aprofundar temas e
se provocar discussões a nível de busca de leitura do contexto nos aspectos
sociológicos.
A utilização de filmes como fonte de leitura e entendimento das relações
sociais também precisa estar presente, provocando o enriquecimento dos alunos
como um todo.
A busca de conclusões e de leituras de sociedade devem ser a base para o
entendimento do contexto, bem como para a busca de soluções ou de interferências
no meio, através de uma leitura dialógica constante nas atividades, trabalhos e
apresentações dessa disciplina.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
. Participação das atividades programadas;
. Desempenho nos trabalhos escritos e capacidade de superação das dificuldades;
. Análise de textos;
. Avaliação escrita;
. Auto-Avaliação.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e
democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de
compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre
de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opera por
questionamentos, conceitos e categorias de pensamento, que busca articular a
totalidade espaço-temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento e a
experiência humana.
Considera-se que a Filosofia como disciplina na matriz curricular do Ensino
Médio pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do
mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte, como defende
Ribeiro:
Mas essas discussões, nascendo da política, da cultura ou do
comportamento, [problemas] não podem dispensar conteúdos filosóficos nem se
pulverizar: gosto da idéia de ciclos de filmes, que dialoguem entre si, falando, por
exemplo, na condição social dos personagens, no amor que vivem, na vinda do
imigrante, na luta contra a opressão. Há muito espaço para pensar e, portanto, para
a Filosofia. (2005).
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a história da Filosofia
traz consigo o problema de seu ensino. Esse problema já estava presente no
embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Naquele momento
tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no
277
ensino. Platão admitia que sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a
prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado,
também pensava que se o ensino de Filosofia se limitasse à transmissão de
“técnicas” de sedução do ouvinte por meio de discursos o perigo seria outro: a
Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso
pernicioso do conhecimento.
A Filosofia se ocupa de questões cujas respostas estão longe de se obter
pela Ciência. Russell diz que problemas como a estrutura do universo, a origem das
noções de bem e mal, os efeitos que a consciência humana projeta sobre o mundo,
etc. são temas discutidos mais propriamente pela Filosofia, porque ainda são
desafiantes e carecem de respostas.
A filosofia no Ensino Médio deve garantir algumas das características
essenciais da disciplina: a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo
provocativa com o presente.
Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos dos
valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a
ocupar e uma rica contribuição a dar. A Filosofia gira basicamente em torno de
problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por sua
vez devidamente utilizados, geram discussões promissoras e criativas que
desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. É por essa razão que eles
permanecem atuais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina, que
se constituíram historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que
neste momento ganham sentido e significado político, social e educacional, tendo
em vista o estudante de Ensino Médio.
O professor de Filosofia, dada a sua formação, sua especialização, suas
leituras, poderá fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o
recorte – conteúdo específico  que julgar adequado e possível.
O Livro Didático Público de Filosofia desenvolve conteúdos específicos a
partir de recortes dos conteúdos estruturantes propostos pela diretriz utilizada como
referência para este projeto político pedegógico.
Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo conteúdo
não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos estudantes
para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem etc. O
valor é atribuído ao conhecimento no âmbito de uma cultura particular de um
determinado momento histórico.
Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos como isolados entre
si, estanques, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam
continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a história, enfim, com as
demais disciplinas.
onsidera-se que, do ponto de vista didático-pedagógico, o ensino de qualquer
das disciplinas do currículo escolar não pode prescindir de conteúdos objetivamente
278
mediadores da construção do conhecimento. Por isso o currículo de Filosofia
coloca-se frente a duas exigências que emergem da fundamentação desta proposta:
a) o ensino de Filosofia não se confunde simplesmente com o ensino de conteúdos;
e b) enquanto disciplina análoga a qualquer outra disciplina do currículo, tem nos
seus conteúdos elementos mediadores fundamentais para que possa desenvolver o
específico do ensino de Filosofia  a problematização, a investigação e a criação de
conceitos.
Os conteúdos, como mediadores da reflexão filosófica, devem estar
vinculados à tradição filosófica, confrontando diferentes pontos de vista e
concepções, de modo que o estudante perceba a diversidade de problemas e de
abordagens. Num ambiente de investigação, de redescobertas e recriações, podese garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora,
suas próprias questões e tentativas de respostas.
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a
investigação e a criação de conceitos.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,
por isso é importante que na busca de resolução do problema haja preocupação
também com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que
remeta o estudante a sua própria realidade. Dessa forma, partindo de problemas
atuais estudados a partir da história da Filosofia, do estudo dos textos clássicos, de
interpretação científica e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino
Médio pode formular seus conceitos, construir seu discurso filosófico. O texto
filosófico que ajudou os filósofos a entender e analisar filosoficamente o problema
em questão será trazido para o presente com o objetivo de fazer entender o que
ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, entender os problemas de nossa
sociedade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Conteúdos estruturantes: Mito e filosofia
Conteúdos específicos: O que é mito?
Funções do mito.
Mitologia grega.
Passagem do mito à filosofia.
O surgimento da filosofia.
O que é filosofia?
Ironia e maiêutica.
Características do conhecimento filosófico.
Mitos contemporâneos.
279
Conteúdo estruturante: Teoria do conhecimento.
Conteúdos específicos: O problema do conhecimento.
Fundamentos do conhecimento.
Filosofia e método.
Racionalismo.
Empirismo.
Ceticismo.
Criticismo.
Materialismo.
Positivismo.
Crise da razão.
Perspectivas do conhecimento na contemporaneidade.
Conteúdo estruturante: Ética
Ética e moral.
Concepções éticas.
O que é liberdade?
Liberdade e autonomia.
Liberdade e determinismo.
Sociabilidade e reconhecimento.
Autoridade e autoritarismo.
Responsabilidade e liberdade.
Questões de gênero.
Diversidade e sociedade.
Conteúdo estruturante: Filosofia política.
Conteúdos específicos: Origens da política.
A essência da Política.
Política e Poder.
Política e violência.
Política e liberdade subjetiva.
política e sociabilidade.
Formas de governo.
Liberdade política.
Crises na política contemporânea.
280
A função do político na contemporaneidade.
Conteúdo estruturante: filosofia da ciência
Conteúdos específicos: senso comum e ciência.
Concepções de ciência.
Progresso e ciência.
Positivismo científico.
Política e ciência.
Ética e ciência.
Bioética.
Saber científico e saber filosófico.
O método científico.
Ciência empírica e ciência experimental.
Conteúdo estruturante: Estética.
Conteúdos específicos: pensar e beleza.
Estética ou filosofia da arte?
Concepções de estética.
Concepções de arte.
Arte como conhecimento.
Necessidade ou finali8dade da arte.
Arte e política.
Crítica do gosto.
Arte e movimento: cinema, teatro e dança.
Perspectivas Contemporâneas: Arte conceitual e outras perspectivas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A diretriz de Filosofia no Estado do Paraná faz a opção pelo trabalho com
conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se
constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos
e sociedades diferentes, e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio,
ganham especial sentido e significado político, social e educacional.
Dada a amplitude da Filosofia com seus conteúdos, sua história, seus
filósofos e a, ainda limitada, oferta de aulas na matriz curricular, fazem-se
necessários recortes conteúdos estruturantes -, sem que, entretanto, se cogite
esgotar seus conteúdos.
281
Os conteúdos estruturantes – Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento,
Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência - estão presentes em
todos os períodos da história da Filosofia - no antigo, no medieval, no moderno e no
contemporâneo. Cabe apenas lembrar que em cada um desses grandes períodos
os conteúdos estruturantes aqui apresentados recebem tratamento diferenciado.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de
Filosofia, assunto bastante debatido na história da disciplina, é garantir que os
métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A idéia de que em conteúdos
como, por exemplo, moral e política praticamente não existem verdades absolutas
é tese freqüentemente defendida por filósofos. Ocorre que, essa discussão, levada
para o ensino, será inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões
definitivas provocará nos estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que,
como lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico, deve ser muito bem
compreendida. Russell (2001, p.146), diante dessa polêmica, respondeu:
[...] Se perguntardes a um matemático, a um mineralogista, a um historiador,
ou a qualquer classe de cientista, que definido corpo de verdades foi pela sua
ciência estabelecido, a sua exposição durará tanto tempo quanto estiverdes
disposto a dar-lhe ouvidos. Se fizerdes, porém, essa mesma pergunta a um filósofo,
terá ele de confessar-vos, se for sincero, que os estudos a que ele se dedica não
chegaram a resultados de valor positivo que se possam comparar aos das demais
ciências.
Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão
a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar: ensinamos Filosofia ou ensinamos a
filosofar? Muitos citam Kant para lembrar que não é possível ensinar Filosofia, mas
sim a filosofar, uma vez que não é possível separar a Filosofia do filosofar. Kant
quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria Filosofia. Do mesmo
modo, para Hegel não é possível conhecer o conteúdo da Filosofia sem filosofar. A
Filosofia constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele.
Nessa perspectiva a diretriz curricular para o ensino de Filosofia, na qual
baseamos este documento, indica que não é possível filosofar sem Filosofia e
estudar Filosofia sem filosofar. Portanto, entende-se que o ensino de Filosofia pode
ser um espaço de estudo da Filosofia e do filosofar.
A Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um
conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de
pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para criação de conceitos, unindo a
Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de
Filosofia. Portanto, as experiências com abordagem estritamente cronológica não
costumam favorecer esse necessário diálogo.
Quando Deleuze e Guattari escrevem sobre a formação profissional
comercial do conceito, fazem-no numa perspectiva comparativa das três idades do
conceito.
A primeira idade - a enciclopédica – apresenta uma concepção abstrata do
conceito. Seria como se ele existisse num plano de transcendência, concebido
como universal, com finalidade de explicar a imanência, ou seja, a história. “Hegel
mostrava, assim, que o conceito nada tem a ver com uma idéia geral e abstrata,
nem tampouco com uma sabedoria incriada, que não dependeria da própria
Filosofia” (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p.20). O problema apontado por Deleuze e
282
Guattari é que, por mais que os pós-kantianos considerem a perspectiva histórica, o
que implica a criação e a autoposição dos conceitos, estariam em busca da
construção de uma enciclopédia dos conceitos universais. Trata-se da busca de
uma perfeição inatingível e distante do plano de imanência da história da maioria
dos humanos.
A segunda idade do conceito - a pedagógica - toma ares de simplicidade
porque aproxima a Filosofia de sua vocação original de criar conceitos,
considerando, porém “as condições da sua criação como fatores de momentos que
permanecem singulares” (Idem, 1992, p. 21). Ao conceber a filosofia como criação
de conceitos esta diretriz não a vê como uma enciclopédia universal do conceito.
Não se trata, evidentemente, de defesa apolítica da singularidade. O argumento de
que “o primeiro princípio da Filosofia é que os Universais não explicam nada, eles
próprios devem ser explicados” (idem, p.15) implica a idéia da existência de
espaços para tais explicações e de filósofos dispostos a explicá-los. Assim, se a
criação de conceitos é acessível a todos e se todos são potencialmente filósofos,
então todos poderão rivalizar nos agóns4. Trata-se, portanto, da valorização da
criação singular num plano de imanência, num contexto histórico da convivência
com os outros e das possíveis criações coletivas.
Não se questiona a necessidade da criação de conceitos universais - a
unidade de uma sociedade, suas leis, seus valores morais - uma vez que eles só
podem resultar de um processo de amplos e profundos debates entre
singularidades conscientes do seu papel político e da necessária construção de
consensos que não se cristalizam porque são abertos a autoposição e a novas
criações.
A terceira idade – a da formação comercial do conceito – é entendida por
Deleuze e Guattari (1992) como o fundo do poço da vergonha, um desastre
absoluto, a morte do pensamento por sua rendição aos interesses do capitalismo
universal e por seu caráter imediatista, uma vez que o conceito se transmuta em
mero instrumento ao sabor do mercado, em simulacro, em jogo de linguagem,
desprovido de crítica, de criação e das potencialidades transformadoras.
O movimento geral que substituiu a crítica pela promoção comercial não
deixou de afetar a Filosofia. O simulacro, a simulação de um pacote de
macarrão tornou-se o verdadeiro conceito, e o apresentador-expositor do
produto, mercadoria ou obra de arte, tornou-se o filósofo, o personagem
conceitual, o artista. (DELEUZE & GUATTARI, 1992, p.19).
A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço
de criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da
imaginação, da investigação e da criação de conceitos. O que se espera é que o
estudante, ao tomar contato com os problemas e textos filosóficos possa pensar e
argumentar criticamente e que nesse processo crie e recrie para si os conceitos
filosóficos. Essa idéia não deve ser confundida com a criação de conceitos numa
perspectiva acadêmica de alta especialização.
Trata-se, então, de levar esses adolescentes a experienciarem essa
atividade reflexiva de compartilhamento desse processo de construção de
4
Termo grego que designa assembléia, espaço de reuniões, debates e disputas.
283
conceitos e valores, experiência eminentemente pessoal e subjetivada, mas
que precisa ser suscitada, alimentada, sustentada, provocada, instigada. Eis
aí o desafio didático com que nos deparamos. (SEVERINO, 2004, p.108).
Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos nos
currículos escolares. Por isso os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na
perspectiva dos estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico
e social, estudados e analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios
para que possam pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos.
Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia não significa trabalhar numa
perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única preocupação do ensino
de Filosofia. Eles serão importantes desde que atualizem o problema filosófico a ser
tratado com os estudantes.
A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto propiciará o
entendimento das estruturas lógicas e argumentativas, o cuidado com a precisão
dos enunciados e com o encadeamento e clareza das idéias e a busca da
superação do caráter fragmentário do conhecimento. É preciso que o professor
tenha uma ação consciente e reflexiva, para não praticar uma leitura em que o texto
seja um fim em si mesmo. O domínio é necessário: o problema está no formalismo e
no tecnicismo estrutural da leitura do texto, tecnicismo esse que desconsidera,
quando não descarta, a necessidade não só da compreensão do contexto histórico,
social e político da sua produção, como também da sua própria leitura.
Essas reflexões introduzem a questão do papel do professor de Filosofia
neste contexto do ensino de Filosofia no Ensino Médio.
Cabe ao professor de Filosofia tentar pensar filosoficamente para, acima de
tudo, conseguir construir espaços de problematização compartilhados com os
estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e
formulações da história da Filosofia e com a elaboração de conceitos.
[...] O que a [...] Filosofia pretende, portanto, é provocar o despertar da
consciência de ensinar a pensar filosoficamente, isto é, ensinar a exercer a
critica radical (isto é, que chega às raízes), ou ensinar a pensar do ponto de
vista da totalidade, o que é equivalente, pois é na totalidade que as coisas
mergulham suas raízes. Pensar, ou apreender a parte na perspectiva do
todo, e o todo na perspectiva da parte. Devemos indagar pelo que se acha
na origem da Filosofia, e não em seu começo, ou seja, qual é a raiz de que
brota a necessidade de filosofar (CORBISIER, 1986, p. 86-86).
O trabalho realizado pelo professor poderá assegurar ao estudante a
experiência do “específico” da atividade filosófica. O exercício filosófico poderá
manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações,
leituras filosóficas e análises de textos, organiza debates, sugere pesquisas,
sistematizações.
O professor busca ensinar a pensar filosoficamente, a organizar
perguntas num problema filosófico, a ler e escrever filosoficamente, a
investigar e dialogar filosoficamente, a avaliar filosoficamente, a criar saídas
284
filosóficas para o problema investigado. E vai ensinar tudo isso na prática,
sem fórmulas a serem reproduzidas (ASPIS, 2004 p. 310).
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos
por meio da investigação, enfim no trabalho em direção à criação de conceitos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Segundo Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma
especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia
como prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos encontra
seu sentido na experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência
esse acontecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não
determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não
tem finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista
garantir a qualidade que professores, estudantes e a própria instituição de ensino
estão construindo coletivamente. Sendo assim, apesar de sua inequívoca
importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a
perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história de
Filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua
capacidade de tratar deste ou daquele tema.
O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, conforme salienta
Langón:
Ora, parece-me que a atividade filosófica do mestre consiste em gerar
ou dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto
reside à fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar,
dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras,
ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle”
[...] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um
querer fácil (2003, p.94).
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em jogo é a
capacidade dele de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que
deve ser levado em consideração é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos
temas e discursos.
É relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar
e criar conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual
discurso tem após o estudo da Filosofia. A avaliação de Filosofia tem início já com a
sensibilização, coletando o que o estudante pensava antes e o que pensa após o
285
estudo. Com isso é possível entender avaliação como um processo que se dá no
processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de línguas estrangeiras ( LE ) no Brasil e a
estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da organização
social no decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Falar sobre o ensino de línguas estrangeiras no Brasil remete
diretamente à criação do sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do
287
prestígio das línguas estrangeiras nas escolas, estão relacionadas às razões
sociais, econômicas e políticas.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Assim, como princípio social e dinâmico não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código lingüístico, é heterogênea, ideológica e opaca.
Nessa perspectiva, a língua repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas
sociedades, organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e
estabelece entendimentos possíveis. Segundo Bakhtin ( 1988 ), toda enunciação
envolve a presença de duas vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não
há discurso individual, no sentido de que todo discurso se constrói no processo de
interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo criado na relação
entre o eu e o tu que os sujeitos se constituem socialmente. Sendo assim, é no
engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que
somos. Daí a LE apresentar-se como um espaço para ampliar o contato com outras
formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade.
A aprendizagem de uma língua estrangeira contribui para o processo
filosófico como um todo. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem,
aumenta a compreensão de como a linguagem funciona, desenvolve maior
consciência do funcionamento da própria língua materna, promove uma apreciação
dos costumes e valores de outras culturas e possibilita a auto-percepção do aluno
como ser humano e como cidadão.
Entre as línguas estrangeiras contemporâneas, a inglesa é a hegemônica,
dando particular acesso à ciência e à tecnologia modernas, à comunicação
intercultural e ao mundo dos negócios, sendo certamente um diferenciador sóciocultural. Entretanto, a posição dominante do inglês nos campos de negócios, na
cultura popular e nas relações internacionais coloca-o como a língua do poder
econômico e dos interesses sociais, constituindo-se em possível ameaça para as
demais línguas. Nesse sentido, torna-se ainda mais necessária a sua
aprendizagem, a fim de se criar condições para a negociação, a troca e a
integração. Desta forma, os alunos passam de meros consumidores passivos de
cultura e de conhecimento a criadores ativos, pois o uso de uma língua estrangeira
é uma forma de agir no mundo para transformá-lo.
Buscar essa transformação, ensinando o inglês em sala de aula, torna-se
hoje uma tarefa um tanto árduo, visto que há um número ainda reduzido de horasaula para a disciplina; não há um investimento total em um material que ainda seja
adequado ao atendimento das necessidades do aluno e das competências /
habilidades que os professores precisam desenvolver nele, ocasionando muitas
vezes, o repasse de textos e exercícios mecânicos, sem o contato dele com a
linguagem representada por meio de ilustrações e isso é necessário também para a
sua aprendizagem, senão, as aulas correm o risco de serem chatas, sem motivação
e o aluno não ter aprendido nem a metade do que foi planejado pelo professor.
A língua inglesa precisa ser desenvolvida na escola com dinamismo,
segurança, entendimento, cooperação, estrutura, confiança e integração mútua
entre professor e alunos. Para que isso ocorra, devemos buscar incessantemente
novos e melhores caminhos para o seu ensinamento e entendimento, onde os
alunos sintam prazer em sua aprendizagem e o professor satisfação em seu ensino.
As aulas devem configurar espaços nos quais identidades são construídas conforme
288
as interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo
que se revelam no dia-a-dia. Objetivam-se também, dessa forma, que os alunos
desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel da LE na sociedade;
leiam, entendam, escrevam e falem o idioma, a fim de manifestar seu pensamento;
dominem as estruturas gramaticais básicas da língua inglesa de modo gradativo;
dominem um vocabulário básico que permita uma comunicação satisfatória em
diferentes situações; compreendam a importância do inglês como instrumento de
comunicação universal; ampliem seu universo, entrando em contato com a cultura e
a civilização de outros países que falam o inglês; aprendam uma língua estrangeira
de forma viva, dinâmica e enriquecedora; desenvolvam atividades que propiciem a
comunicação através do uso formal e informal da língua estrangeira moderna,
trabalhando situações cotidianas vividas pelos alunos e outras modalidades
comunicativas; considerem a interligação das outras disciplinas da grade curricular
com a língua inglesa, no desenvolvimento de atividades interdisciplinares; percebam
que vivem num mundo plurilíngue; tenham uma experiência de se expressar e de
ver o mundo, ampliando a compreensão de seu próprio papel como cidadão de seu
país e do mundo; reconheçam que a aquisição de uma língua estrangeira permite
acessar bens culturais da humanidade; leiam e valorizem a leitura como fonte de
informação e prazer; se estimulem no confronto entre a oralidade e a escrita;
desenvolvam atitudes e atividades sócio-interacionistas para um melhor
desempenho cognitivo; desenvolvam as habilidades básicas na língua-alvo, por
meio da observação, da reflexão, do reconhecimento e da crítica dos aspectos
linguísticos-culturais, preparando-se para a sua formação consciente e responsável,
como cidadãos de uma coletividade em constante evolução e transformações;
compreendam o por quê de estudar uma língua estrangeira moderna e estabeleçam
o seu papel enquanto sujeito da aprendizagem dentro deste contexto; convivam
prazerosamente com a aprendizagem, utilizando-se desta como fonte de lazer e
informação; conheçam e façam uso da língua estrangeira moderna como
instrumento de acesso às culturas, comparando, analisando e valorizando sua
própria língua; aprendam a língua percebendo o mundo e as maneiras de construir
sentidos, formando subjetividades; construam identidades com a interação entre
professores pelas representações e visões de mundo que vão sendo reveladas
dia-a-dia; aprendam conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de
avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos de e no
mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a LE e a
inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção
das identidades transformadoras; utilizem a LE em situações de comunicação
( produção e compreensão de textos verbais e não-verbais ); façam uso da língua
que estão aprendendo em situações significativas, relevantes e contextualizadas;
tenham a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação
humana; concebam a língua como discurso, conhecendo-a e usando-a, para que se
percebam como parte integrante da sociedade e como participantes ativos do
mundo em que vivem; usem a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivenciem formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas; compreendam que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheçam e
compreendam a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
289
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O estudo de língua estrangeira através de seu conteúdo estruturante – o
discurso – possibilitará ao aluno uma consciência crítica e transformadora da
realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que compõem a
aprendizagem. A língua, falada ou escrita, permite-nos interagir com textos de
vários gêneros que formam o discurso, sem a superficialidade de frases ou palavras
desconectadas, conduzindo toda a complexidade das ações humanas, envolvendo
a negociação de significados, pelas nossas próprias limitações em utilizá-la e do
nosso interlocutor em interpretar a enunciação. Através dos conteúdos estruturantes
são identificados os conteúdos específicos da disciplina, bem como o
encaminhamento metodológico coerente com a concepção de ensino de LE
proposta pelas DCEs.
Para que ocorra a interdiscursividade numa proposta de trabalho interativo e
dinâmico, deve-se procurar a produção de diversos significados, por meio de
atividades de produção escrita, oral, de leitura, verbal e não-verbal. Deve-se partir
de um texto de linguagem num contexto em uso, da atualidade, focando a
abordagem crítica de leitura, enfatizando o trabalho pedagógico na interação ativa
dos sujeitos com o discurso, para que se comuniquem bem em diferentes formas
discursivas sob diferentes tipos de texto.
O professor deve considerar a diversidade de textos existentes e a
especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, a fim de
estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino. Contudo,
deve-se levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a manutenção de uma
progressão entre as séries, considerando as especificidades da LE ofertada, as
condições de trabalho existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a
articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.
Na seleção dos textos, deve-se analisar os elementos lingüísticos-discursivos
neles presentes, em diferentes textos( narrativos, descritivos, ficcionais,
informativos, jornalísticos, crônicas, científicos, etc. ), de forma que se objetive fins
educativos e que apresentem possibilidades de tratamento de assuntos polêmicos,
adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos.
Os alunos podem ter a oportunidade também de participar ativamente da
escolha das temáticas dos textos, para que se estabeleçam relações entre ações
individuais e coletivas, onde eles poderão compreender a vinculação entre autointeresse do grupo e escolher conteúdos mais significativos porque resultam da
participação de todos.
Pode-se então definir e elencar os conteúdos específicos, relacionando-os
aos estruturantes e com a série a ser trabalhada em ordem crescente ( Ensino
Fundamental e Ensino Médio ) e separados posteriormente no planejamento anual
pelo professor:
5ª Série: greetings, the alphabet, verb to be (present), articles, demonstratives,
colors, numbers, simple present, interrogative words, plural of nouns, there is/are,
how much, prepositions, occupations.
290
SEXTAS SÉRIES:
Estilos e modos de vida;
A natureza: a vida animal e vegetal, espécies em extinção;
Festas e comemorações;
Números;
O meio ambiente e Ecologia;
Lugares e pontos turísticos;
Tradições e costumes típicos de países e regiões;
Etnias;
Meios de transporte;
Profissões.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Inmediate future, time, ordinal numbers, dates, possessive adjectives and
pronouns, genitive case, auxiliar verbs, prepositions, present continuous tense.
SÉTIMA SÉRIE:
Saúde;
Genética;
Síndromes e pessoas com necessidades especiais;
Esportes;
O corpo humano;
Doenças;
A fome;
Drogas;
O aborto.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Imperative, past tense, regular and irregular verbs, prepositions, objetive
pronouns, indefinites, future tense, conditional.
OITAVA SÉRIE:
Alimentos;
291
Religiões;
Música;
A mulher;
História e cultura afro e suas manifestações artísticas (música, dança e arte)
O preconceito;
O bulling.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Interrogative pronouns, reflexive pronouns, indefinite pronoun, comparative
and superlative, relative pronouns, adverbs, present perfect.
METODOLOGIAS:
Visando tornar o estudo da língua inglesa cada vez mais real e
dinâmico deve-se levar em consideração a competência linguística e,
principalmente, a competência comunicativa, para uma melhor interação entre os
alunos. Para tanto, seguem-se os encaminhamentos metodológicos necessários:
Usar recursos ilustrativos ( recortes de jornais e revistas, encartes de CDs, rótulos e
embalagens, manuais de instrução );
Trazer textos atuais ( diálogos, informes, anúncios ), que permitam o conhecimento
cultural e a adequação dos costumes vivenciados em sua língua materna à língua
inglesa;
Produzir pequenos textos: diálogos, cartas, quadrinhos, propagandas, manuais de
instrução, rótulos, cartões postais, receitas culinárias, roteiros turísticos, etc;
Conhecer parcialmente o vocabulário, ao se trabalhar textos, somente as palavras
mais importantes ( palavras-chave );
Estimular a repetição de frases articuladas;
Treinar a leitura de diversos textos;
Traduzir e explicar, em português, as regras gramaticais;
Fazer os exercícios oralmente em primeiro lugar. Depois repeti-los por escrito;
Propor dramatizações das situações vividas nos textos, em grupos;
Trabalhar a compreensão e a produção orais e escritas;
Desenvolver atividades recreativas ( jogos, brincadeiras, piadas );
Debates, em português, de algum texto polêmico trabalhado em inglês;
Favorecer o trabalho em duplas ou grupos maiores;
Propiciar a análise musical ( o canto e a tradução );
Praticar o aquecimento, preparar o aluno para o que vai ser trabalhado;
Usar exemplos significativos e exercícios concretos, coerentes e lógicos;
Fazer sempre a transferência para a realidade do aluno;
Engajar os alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras;
Trabalhar o texto como um espaço para a discussão de temáticas fundamentais
para o desenvolvimento intercultural, manifestando por um pensar e agir críticos;
292
Trabalhar o texto a partir de temas referentes a questões sociais emergentes,
abordando assuntos relevantes na mídia nacional e internacional ou no mundo
editorial;
Interagir o texto com a linguagem escrita, interpretativa, visual, auditiva e oral;
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc, ressaltando as suas diferenças
estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se
destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas
experiências com a língua materna;
Ler em LE familiarizando o aluno com os diferentes gêneros textuais, provenientes
das várias práticas sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua que
se está aprendendo – literatura, publicidade, jornalismo, mídia, etc;
Ao trabalhar a oralidade, expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes
discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os
alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.
É importante também que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua
que está aprendendo;
Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional e
significativa, pois em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou
em alguém de quem se constrói uma representação, levando assim o aluno a
produzir um diálogo imaginário – fundamental para a construção do texto e de sua
coerência;
Articular o ensino de LE com as demais disciplinas do currículo, relacionando os
vários conhecimentos;
AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada em função de todas as atividades desenvolvidas no
período letivo e das habilidades esperadas do aluno. Ela deve ser parte
integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a construção dos
saberes. Segundo a LDB/96, ela deve ser cumulativa e contínua e que os
aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Além de ser útil para a
verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá para que o professor
repense a sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades
de seus alunos. É através dela, que é possível perceber, quais são os
conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam
ser mais abordados para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos
em língua estrangeira. Deve-se considerar os seguintes aspectos:
Quanto ao desempenho:
A participação;
O interesse;
A prontidão na realização das tarefas propostas;
O relacionamento em grupo;
A relação com o professor;
O cumprimento de todas as situações de aprendizagem oferecidas;
Quanto aos instrumentos de avaliação:
• Testes orais e escritos;
293
• Trabalhos individuais e em grupo resultantes de pesquisas;
• Exercícios de produção de linguagem;
• Quanto ao aprendizado:
Será avaliado o nível e o avanço no aprendizado em relação ao domínio e
compreensão da língua estrangeira, considerando o entendimento a nível de
tradução, dialogação e redação com segurança e autonomia frente ao
conhecimento adquirido.
“A avaliação não será totalmente baseada em notas e conceitos, levando em
conta somente o resultado do que o aluno faz, mas, sobretudo, nas hipóteses que
ele usa para fazer o que faz do jeito que faz.”
RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A recuperação será paralela no decorrer do ano letivo, sendo monitorada pela
orientação pedagógica.
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
297
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – INTEGRADO
BASE NACIONAL COMUM
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
EMENTA
Concepções teóricas e práticas da Língua Portuguesa. O discurso e as práticas de
oralidade, a leitura e a escrita como princípios norteadores do Ensino de Língua
Materna. Concepções teóricas e práticas da Literatura.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Na área da Língua Portuguesa é onde se reconhece a linguagem num contexto de
realidade social e histórica, como um fato linguístico do qual o homem se serve para
construir a sua história.
E, para que o indivíduo se torne um ser participante na sociedade, é necessário que
compreenda as diversas formas de articulação existentes atualmente na estrutura
da Língua Portuguesa, adquirindo o domínio da linguagem oral, escrita e leitura para
que possa atuar com consciência no mundo, formado pelo domínio do
conhecimento e suas diversas relações na sociedade.
Segundo os postulados socio-interacionistas, que fundamenta o ensino da Língua
Portuguesa e Literatura no ensino médio, a língua configura um espaço de interação
entre sujeitos que se constituem através dessa interação, pois, a língua só se
constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem.
A linguagem será vista, assim, como atividade que se realiza historicamente entre
sujeitos, constituindo-se nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os
gêneros discursivos são fundamento para o trabalho pedagógico com a linguagem
verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita:
eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal
com “as outras linguagens” ( as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a
semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as
charges, a multimídia e todas as formas infográficas), percebendo seu chão comum
de sociointeracionais e suas especificidades de diferentes suportes tecnológicos,
modos de composição e de geração de significados.
A aptidão para ler e produzir textos com proficiência é o mais significativo indicador
de bom desempenho linguístico. Ler com proficiência implica ser capaz de
apreender os significados inscritos no interior de um texto e de correlacionar tais
significados com o conhecimento de mundo que circula no meio social em que o
texto é produzido.
A utilidade dessas aptidões no âmbito da escola, é o seu caráter interdisciplinar o
traço de maior relevo, já que interfere decisivamente no aprendizado de todas as
demais matérias do currículo, no âmbito da vida extra-escolar, constitui uma
condição indispensável para o exercício da cidadania, na medida em que torna o
indivíduo capaz de compreender o significado das vozes que se manifestam no
debate social e de pronunciar-se com sua própria voz.
298
O ensino da leitura e produção de textos é prioridade em Língua Portuguesa; é
necessário também dar um passo além de conhecimentos gramaticais isolados, já
que a construção de um texto envolve mecanismos mais complexos do que a mera
justaposição de uma frase ao lado de outra, que é descrever os mecanismos de
construção textual e capacitar o aluno a operar com eles.
O ensino da literatura deverá estabelecer uma relação lúdica do aluno com o texto,
numa interação dinâmica, capaz de promover uma visão mais ampla, abrindo-lhe
um caminho de possibilidades de leituras e fruição do trabalho estético com as
palavras.
Enfim, o direito à educação linguìstica foi nos transmitido através de uma concepção
que a torna como um conjunto de práticas interacionais, social e histoticamente
constituídas e se constituindo.
“A linguagem permeia o conhecimento e as formas de conhecer, os pensamentos e
as formas de pensar, a comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos
de agir” (PCN-EM)
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Demonstrar domínio básico da norma culta da Língua Portuguesa, oral,
escrita, videográfica, cinematográfica e do uso das diferentes linguagens;
- Produzir textos adequados às pesquisas e trabalhos, formular dúvidas e
elaborar conclusões;
- Utilizar técnicas de expressão oral e de redação para expor idéias, relatar
informações, defender pontos de vista, com clareza, sequência, objetividade,
consequência argumentativa e adequação vocabular, analisando os fatores
que limitam o processo de comunicação;
- Instrumentalizar o aluno para identificar os aspectos próprios de cada gênero
literário tanto na leitura como na produção;
- Saber ver e ouvir (uma conversa, um informe de rádio, um noticiário de TV,
um discurso);
- Reconhecer o uso da gramática a serviço da comunicação, visando levar o
aluno a tomar consciência do funcionamento da língua como sistema de
estruturas variadas, proporcionando ao aluno a construção de conceitos
gramaticais;
- Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações
representando de diferentes formas para enfrentar situações-problema,
segundo uma visão crítica com vistas a tomada de decisões.
- Compreender e valorizar as variedades dialéticas da língua;
- Observar, no momento de produção: funções organizadoras de linguagem,
coerência, coesão, enunciação (marca de pessoas, tempo e espaço);
- Elaborar resumos, sínteses, roteiros, índices, entrevistas, seminários,
resenhas;
- Ler, interpretar, criticar, argumentar, resumir, sintetizar e criar;
- Ler e interpretar textos diversos;
- Envolver-se no mundo da leitura e adquirir autonomia para ler;
- Ler por prazer, fruição do texto para prazer estético;
Ler, interpretar textos em diferentes níveis de linguagem (literário, informativo,
opinativo, noticioso).
-
299
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
-
Exposições de pesquisas; idéias
-
Depoimentos;
-
Entrevistas;
-
Seminários.
Linguagem Escrita
-Relatórios de experiências.
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
-Redação oficial e comercial
Literatura.
-Linguagem literária e não literária;
-Gêneros não literários;
-Crônica;
-Conto;
-Romance;
-Poema;
-Novela;
-Estilos literários: trovadorismo, humanismo e classicismo;
-Literatura brasileira – séc XVI: literatura informativa;
-Estilos literários: barroco, arcadismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Língua, fala, níveis da fala;
-Funções da linguagem;
-Figuras de linguagem;
-Fonética;
-Ortografia;
-Emprego da crase;
-Estrutura e formação das palavras;
-Emprego do hífen;
Pontuação;
300
Coesão e coerência.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
2ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
-
Exposições de pesquisas; idéias
-
Depoimentos;
-
Entrevistas;
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo e simbolismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Classes das palavras: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição, conjunção e interjeição;
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
301
-Análise das opções expressivas.
3ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
-
Exposições de pesquisas; idéias
-
Depoimentos;
-
Entrevistas;
-
Relatos;
-
Seminários
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos;
-Redação oficial e comercial;
-Relatório de experiências;
-Notícias;
-Reportagens;
-Artigos
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: pré-modernismo, modernismo, tendências contemporâneas.
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Sentenças simples: estruturas básicas;
-Sentenças construídas com verbos intransitivos, transitivos e de ligação;
-Sentenças complexas: coordenação e subordinação;
-Estruturas sinônimas;
-Sentenças reduzidas;
-Colocação pronominal;
-Regência verbal e nominal;
-Concordância verbal e nominal;
-Vícios de linguagem.
302
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
4ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
-
Exposições de pesquisas; idéias, relatórios;
-
Depoimentos;
-
Entrevistas;
-
Relatos;
-
Sínteses;
-
Seminários
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos;
-Redação oficial e comercial;
-Relatório de experiências;
-Notícias;
-Reportagens;
-Artigos;
-Projetos.
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: pré-modernismo, modernismo, tendências contemporâneas.
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Sentenças simples: estruturas básicas;
-Sentenças construídas com verbos intransitivos, transitivos e de ligação;
-Sentenças complexas: coordenação e subordinação;
-Estruturas sinônimas;
-Sentenças reduzidas;
-Colocação pronominal;
303
-Regência verbal e nominal;
-Concordância verbal e nominal;
-Vícios de linguagem.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
-Observações:
1- Os estudos referentes à parte gramatical da língua, serão desenvolvidos de
forma concomitante com os textos.
2- Os textos para os estudos serão de fontes variadas como: jornais, revistas,
letras de músicas, filmes, artigos de autores renomados, livros didáticos e
outros. Desta forma será possível trabalhar a partir de discussão de um texto
literário, para se chegar à composição de artigos de caráter científico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
“Concepção de linguagem e procedimentos metodológicos não são
realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona a
metodologia do professor de Língua Portuguesa. “ (FARACO, 2005)
No encaminhamento metodológico da disciplina, o material linguístico
articulador será “o texto”. Não apenas textos isolados, mas preferencialmente
textos em confronto, todos os tipos de textos; textos de autores consagrados, textos
dos alunos, textos do professor, do jornal, da revista, do folheto de rua... as ações
metodológicas devem envolver a leitura, produção e análise dos textos.
O professor buscará não seguir uma única organização, mas sim, usará uma
metodologia que favoreça a diversificação das atividades, compreendendo o
trabalho individual, o trabalho em duplas ou em pequenos grupos e o trabalho com
toda a turma, além de atividades expositivas do professor.
Os conteúdos serão desenvolvidos numa seqüência gradual de complexidade
de acordo com as exigências de cada estrutura textual, utilizando estruturas
variadas.
A análise das obras literárias terá um acompanhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosíficos, éticos, econômicos e culturais,
relacionados aos tempos atuais.
Os temas gramaticais serão abordados por meio de diferentes trajetos,
combinando percursos mais intuitivos, estimulando a capacidade do aluno na
observação dos fenômenos da língua e mais expositivos, estimulando no aluno a
construção de um saber mais sistematizado desses fenômenos da língua. Por
considerarmos que estudar um conjunto de temas gramaticais, postos numa
sequência desprovida de qualquer articulação funcional, não é indicador de um bom
desempenho linguístico, houve a tentativa de apresentar uma exposição mais
sistemática de temas gramaticais. Enfim, selecionando os elementos gramaticais
304
indispensáveis para se entender os fenômenos linguísticos que ocorrem “ao vivo”,
nos textos.
A análise das obras literárias terá um encaminhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosóficos, éticos, econômicos e culturais, procurando
contribuir para que os alunos percebam a dinâmica histórico-cultural do fazer
literário; que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e que também
aprendam a fruir a força e a beleza do fazer literário.
Tais procedimentos serão atingidos através de:
-Exposição oral crítico-reflexiva;
- Debates;
- Pesquisa bibliográfica;
- Leitura e análise crítica de textos individuais e de grupo;
-Seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS
A avaliação será dada contínua e cumulativamente já que não se pode
fragmentar o processo de domínio das práticas socioverbais.
A avaliação pressupõe, então, uma clara articulação entre professor e aluno;
objetivos e práticas metodológicas, tendo uma definida função formativa.
É inquestionável que transformações no ensino não se separam de
transformações sociais mais amplas. Todavia, acredita-se que a formação teórica e
prática dos alunos deve estar aliada a uma consciência política das tarefas sociais
que deve cumprir, pode contribuir para a formação social dos alunos.
Os alunos serão avaliados como um todo, através da:
-
participação do aluno em sala de aula;
testes orais; testes escritos; produções de textos; provas; participação em
debates; apresentação de pesquisas; leitura oral; interpretação de texto.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS
EMENTA
Textos em diferentes
gêneros textuais. Conhecimentos linguísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos e culturais. Práticas de oralidade, de leitura e de
escrita – trabalhadas simultaneamente. Articulação com as demais disciplinas do
currículo relacionando os vários conhecimentos.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Atualmente a língua de acesso a milhares de outras comunidades e a que
melhor representa a nova cultura mundial em formação é, sem dúvida, o inglês.
Quem consegue entender e expressar-se nessa língua tem condições de
comunicar-se com um número imenso de pessoas em todo o mundo. Assim, o
conhecimento de inglês possibilita “viajar” pelo mundo sem deslocar-se pois ele
306
permite visitar museus, galerias e bibliotecas via internet, estabelecer contatos
com pessoas que vivem do outro lado do planeta através de chats, fazer compras
no exterior por catálogos, entender o significado de uma canção ou de um
manual de instruções, recepcionar estrangeiros, passar por exames de seleção,
entre muitas outras coisas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Inglesa visa:
-
Proporcionar ao aluno conhecimento sobre novas culturas e suas
diversidades culturais, colaborando para a elaboração da consciência da
própria identidade;
Ampliar suas experiências culturais ao comparar e contrastar a sua cultura
com a estrangeira, transformando o aluno em um sujeito crítico capaz de
interagir criticamente com o mundo à sua volta;
Conhecer e usar a Língua Estrangeira Moderna como instrumento de acesso
a informações, a outras culturas e grupos sociais;
Comunicar-se utilizando-se das funções básicas da L.E.M., tais como:
apresentar alguém, solicitar e fornecer informações, cumprimentar e receber
cumprimentos;
Compreender a realidade e seus processos sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e culturais.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
-
-
Textos de diferentes gêneros: literário, informativo, narrativo, descritivo,
dissertativo, publicitário, jornalístico, diálogo com linguagem verbal ou não
verbal para que o aluno perceba as diferentes formas lingüísticas que cada
um apresenta;
Conhecimento gramatical de acordo com o texto trabalhando a estruturação
necessária para que o aluno possa expressar suas idéias claramente;
Produção escrita a partir dos estudos vistos anteriormente. Serão
desenvolvidos variados trabalhos para que os alunos expressem sua opinião
com clareza;
Leitura dos diferentes tipos de discursos procurando compreende-los em sua
especificidade e também a familiarização com os sons específicos da L.E.M.,
léxico, entonação, estruturação;
Atividades de listening através de músicas, filmes, entrevistas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento centra-se nos quatro temas de conhecimento: leitura,
escrita, escuta e a fala.
As aulas serão trabalhadas com textos. Para se encaminhar à leitura de
textos, sempre deve-se partir do diagnóstico de conhecimento. Perguntas orais
307
sobre o tema para um pré conhecimento do assunto, com levantamento de
vocabulário de palavras já conhecidas.
Leitura individual, silenciosa e oral.
Identificação de palavras cognatas, vocabulário visto, estruturação, outros.
Identificação da idéia central: se o autor é favorável ou desfavorável sobre o tema –
considerar e provocar sempre a opinião do aluno.
-
Levantamento de questões sobre o tema
-
Explicação da estruturação;
-
Criação de frases, slogans, mensagens sobre os temas trabalhados.
-
Atividades em grupos através de cartazes, painéis, murais e outros, utilizando
recursos gráficos, artísticos, poesias, músicas e outros recursos do dia a dia dos
alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS
Deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a
construção de saberes.
A avaliação deve ser contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
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308
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
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ARTE
EMENTA
Teatro e Dança
EMENTA: Conhecimento teórico- prático dos fundamentos do teatro, dança, música
e artes visuais como elementos essenciais para a formação dos sentidos humanos
e familiarização dos bens culturais produzidos na história da humanidade. O
conhecimento em arte constitui-se pelos seus elementos formais
composição,
e de
relacionados aos movimentos e períodos e a compreensão do
tempo e espaço nas obras de arte e no cotidiano.
Teatro e Dança
Música/Artes Visuais
EMENTA: Conhecimento teórico prático dos elementos básicos da linguagem
musical e a utilização da música como instrumental para a educação infantil e anos
iniciais.
Conhecimento teórico-prático dos fundamentos das artes visuais. Enfoque da arte
como área do conhecimento nas suas dimensões de criação, apreciação e
comunicação como instrumental para a educação infantil e anos iniciais.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O homem é um ser criador. É criando que deixa a sua marca durante a breve
passagem que faz pela vida, na tentativa de permanecer vivo na memória de seus
semelhantes.
Quando o homem compõe, modela, dança ou escreve, quando constrói uma
casa para morar ou entalha um brinquedo, quando usa formas e cores, gestos e
ritmos, é um ser que cria, que pensa. É um artista.
O ser humano aprecia a criação desde pequenino e com o passar do tempo
essa criação torna-se cada vez mais elevada, desde que seja incentivado a todo
momento. Cabe ao professor das séries iniciais proporcionar inúmeros momentos
de criação com seus alunos, garantindo assim a possibilidade de um futuro digno,
pois o mundo atual exige cada vez mais pessoas criativas.
Cada momento corresponde a uma forma de arte. Por essa razão o universo
artístico é tão múltiplo, fascinante e necessário, para a plena realização do ser
humano.
309
A arte é um bem necessário e deve ser vivenciada de forma integral todos os
dias.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Construir e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para a
compreensçao de fenômenos naturais do processo histórico e das
maniofestaçãoes artísticas;
Enfrentar com confiança e disposição novas situações;
Ter iniciativas na busca de informações de que necessite manifestar o desejo
de aprender, o gesto pela pesquisa e apreço pelo conhecimento;
Conhecer e desenvolver habilidades motoras como fonte de saúde e
equilíbrio;
Conhecer a cultura da humanidade como forma de expressão da
sensibilidade humana;
Compreender as manifestações artísticas como prática social , como
invenção a partir de uma realidade concreta;
Possibilitar ao aluno traduzir a leitura da realidade, o conhecimento, a
compreensão do mundo humano que se quer refletir e expressar;
Proporcionar aos alunos do magistério conhecimento artístico necessário
para sua futura prática docente;
Proporcionar momentos que elevem a arte para primeiro plano, incentivando
assim a sua prática interdisciplinar em todo e qualquer momento;
Relacionar as artes com o nosso dia-a-dia proporcionando ao aluno a criação
de sua própria arte;
Proporcionar ao aluno a valorização do ser PENSAR e CRIAR, através de
propostas pedagógicas relacionadas com a arte moderna;
Proporcionar ao aluno o conhecimento teórico prático dos princípios
fundamentais nos quatro campos artísticos: PLÁSTICA, MÚSICA, DANÇA E
TEATRO, como instrumental para a educação infantil e séries iniciais;
Relacionar criações artísticas do aluno, tanto na plástica, na música, na
dança e no teatro, com temas paralelos, como a sexualidade, a cidadania, a
ética, o meio ambiente e a pluralidade cultural;
Incentivar o aluno a pensar
e decidir o que fazer, adaptando ou
transformando um trabalho artístico;
Desenvolvimento da sensibilidade do aluno;
Reconhecimento das artes ao longo da história da humanidade;
Apreciação das diferentes formas de expressão artística.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
PLÁSTICA
- Arte Pré-histórica; arte egípsia; arte grega; renascimento; arte barroca; arte
moderna; função da Arte no mundo atual; Elementos Visuais: ponto, linha,
forma, cor, textura, plano, volume; Composições bidimensionais: desenho,
pintura, colagem, gravua; Composições tridimensionais: modelagem,
maquete, dobradura, escultura, móbile; Qualidades plásticas: equilíbrio,
harmonia, dinâmica.
310
MÚSICA
- Evolução da música ao longo da história; ritmos musicais; Elementos
sonoros: altura, duração, timbre, intensidade, densidade;
qualidades
sonoras; instrumentos musicais: sopro, percursão; Padrôes sonoros: erudito,
popular, folclórico; cantos; construção de instrumentos musicais.
TEATRO
- Elementos da Ação Dramática: roteiro, enredo, drama; Personagem:
expressão verbal, expressão gestual, expressão facial; Espaço Cênico:
cenário, sonoplastia, iluminação; Ação Dramática: improvisação, jogos
dramáticos, mímica, dramatização, faz-de-conta; Técnicas: teatro imagem,
teatro simultâneo, teatro debate.
DANÇA
- Evolução da dança desde a pré-história; estilos de dança; ritmos;
movimentos corporais em relação a: Espaço:direção, nível e altura,
dimensão, distância; Dinâmica: leve, médio, forte; Tempo: lento, médio,
rápido; Coreografias: improvisada, original.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As aulas serão realizadas, considerando:
- Explicações e demonstrações de livros, fotos e vídeos;
- Utilização das técnicas;
- Experiências práticas nas áreas de expressão;
- Elaboração de trabalhos variados;
- Leitura de textos e resolução de problemas;
- Desenhos e técnicas criativas;
- Pesquisas;
- Apresentações de trabalhos em todas as áreas de expressão artística;
- Exposição dos trabalhos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS
Lembrando que arte não se ensina, e sim, se expressa, centrado no
espontaneísmo e na liberação das emoções, a avaliação acontecerá da seguinte
forma:
- Das habilidades técnicas e do domínio dos materiais que serão utilizados
pelo aluno na sua expressão;
- Análise da produtividade verificando se atingiram os objetivos propostos;
- Controle do ensino/aprendizagem através das análises das avaliações e
planejamento de modos criativos de avaliação dos quais os alunos podem
participar e compreender.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
EDUCAÇÃO FÍSICA
EMENTA
Aspectos históricos da disciplina de Educação Física. Elementos lúdicos da Cultura
Corporal (jogos, dança, luta, esporte, ginástica) levando em consideração a “práxis”
pedagógica. Reflexões críticas da educação psicomotora.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física, assim como as demais disciplinas de tradição
curricular, em sua evolução histórica sofreu influências de pensamento filosófico,
tendências políticas, científicas e pedagógicas que contribuíram para a formação/
conformação do trabalhador em seus aspectos bio-psico-sociais.
A Educação Física como uma área de conhecimento da cultura
corporal de movimento e a Educação Física Escolar como uma disciplina que
introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão
que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir
dos jogos, dos esportes, das lutas e das danças em benefício do exercício crítico da
cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
Para tanto, é necessário desenvolver uma concepção de Educação
Física em que a atividade intelectual e a atividade corporal se harmonizem de forma
a melhor integrarem o ser humano no relacionamento consigo mesmo, com os
outros, com os objetos e com o mundo, resgatando historicamente a cultura
produzida pela sociedade ao se situarem na contemporaneidade.
A formação de docentes deve estar articulada com a análise do papel
da educação na sociedade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
315
-
-
Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de:
Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como
capacidade para discutir e modificar regras;
Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, e consciente da
sua importância na vida do cidadão;
Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as
diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir
os objetivos a que se propôs;
Reconhecer na convivência e nas práticas pacíficas, maneiras eficazes de
crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura
democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate;
Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física,
enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de mercado de
trabalho.
Compreender o funcionamento do organismo humano
de forma a
reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como melhoria
de suas aptidões físicas;
Conceituar esforço, intensidade e frequência, aplicando-as em suas práticas
corporais;
Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de
descerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura
autônoma, na seleção de atividades procedimentos para a manutenção ou
aquisição da saúde;
Compreender as diferentes manifewstações da cultura corporal,
reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e
expressão.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima).
- Índice de massa corporal ( IMC) – obesidade e suas conseqüências.
- Atividade física e saúde.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- a Educação Física no contexto histórico cultural ( história, teoria, tendências,
concepções).
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL, FUTSAL.
- Evolução histórica e social.
- O esporte como fenômeno social e político.
- Fundamentos básicos.
- Regras e penalidades.
- Jogo com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas pelo grupo.
316
ATLETISMO:
- Evolução histórica e social.
- O atletismo como fenômeno social e político.
- Corridas de velocidade e resistência.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Evolução histórica e social – os diferentes tipos de ginástica.
- Ginástica geral.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Evolução histórica e social dos jogos.
- Jogos populares.
- Diferença entre jogo e desporto.
DANÇA:
- Evolução histórica e social.
- Ritmo.
- A dança como linguagem corporal.
2ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
- Crescimento e Desenvolvimento infantil – modificações bio- psico- sociais.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de corpo – sendo determinado pelos aspectos biológicos,
cognitivo, social e
comportamental.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogos adaptados com regras modificadas pelo grupo.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Salto em altura.
- Salto em distância.
- Regras oficiais.
317
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Ginástica localizada.
- Ginástica aeróbica.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Brincadeiras populares: amarelinha, pular corda, elástico, bolinhas de
gude.
DANÇA:
- Ritmo.
- Danças brasileiras: samba, baião, valsa, afoxé, xaxado.
3ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
- Fases e estágios motores na 1ª e 2ª infância.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de movimento humano.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Arremesso de peso.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- As lutas como manifestações sociais.
- Análise sobre os dados da realidade das relações positivas e
negativas com relação a
prática de lutas e a violência.
GINÁSTICA:
- A ginástica esportivizada: ginástica artística.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Jogos cooperativos.
318
- Brincadeiras de roda.
DANÇA:
- Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, de salão.
4ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima).
- Índice de massa corporal ( IMC).
- Desenvolvimento motor e aprendizagem motora.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- A criança e a cultura corporal de movimentos: o resgate do lúdico e a
expressão da criatividade.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL, FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogos adaptados com regras modificadas pelo grupo.
- Regras e penalidades.
LUTAS:
- As lutas como manifestações sociais.
- Análise sobre os dados da realidade das relações positivas e
negativas com relação a
prática de lutas e a violência.
GINÁSTICA:
- A ginástica esportivizada: ginástica rítmica.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Classificação dos jogos.
- Jogos pré- desportivos.
- Cantigas de roda.
DANÇA:
- Danças folclóricas brasileiras.
METODOLÓGIA DA DISCIPLINA
A necessidade de entender a Educação Física no contexto geral da
educação, ou seja, articulada no processo ensino- aprendizagem, é premente e leva
à reflexão do que é o verdadeiro ensino da Educação Física nas escolas.
A Educação Física enquanto área do conhecimento e aspecto da
educação, envolvida com o movimento, deverá contribuir para mudanças e
319
transformações individuais e coletivamente aliando-se a base didática, pedagógica
dando novo sentido e direção à sua prática.
É tarefa da Educação Física escolar é garantir o acesso dos alunos às
práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo de vida
pessoal de praticá-las com conhecimento e consciência corporal desenvolvendo
suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, oferecer instrumentos
que sejam capazes de apreciá-las criticamente, visando seu aprimoramento como
seres humanos.
A ação pedagógica deverá se embasar nas possibilidades educativas
do movimento humano. A prática desse movimento deverá promover novas
realidades comportamentais de caráter individual e social que correspondam às
exigências físicas, motoras, afetivas e cognitivas atuais de uma sociedade em
constante transformação.
A metodologia praticada para alunos/ alunas do curso Formação de
Docentes deverá estar vinculada à ação pedagógica destes futuramente,
compreendendo melhor a função da escola e as características de quem aprende.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação da aprendizagem deve estar de acordo com os princípios,
conteúdos e objetivos que expressam uma concepção de educação física numa
perspectiva crítico superadora visando buscar novas formas de entendimento e
compreensão de seus significados no contexto escolar.
A avaliação deve estar voltada à aprendizagem de todos os alunos
através de um processo contínuo e sistemático com ênfase em avaliações
diagnósticas e formativas, onde os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo são
vistos de forma globalizada, buscando a superação de dificuldades através da
realimentação dos conteúdos e apreciação crítica do próprio trabalho ( autoavaliação).
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade
Normal. SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Profissional. Ctba. 2006.
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é educação física. Brasiliense, São Paulo,
1987.
MEDINA, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo e mente.
Papirus, São Paulo,1986.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro. Scipione.
320
GONÇALVES, Maria Cristina et ali. Aprendendo a educação física. Bolsa
Nacional do Livro, 1996.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de ensino da educação física.
Cortez, 1992.
DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO
MÉDIO. SEED/PR, 2006.
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Orientações curriculares educação
física. 2005
MIYAGIMA, Cláudio. Apostila curso de aperfeiçoamento para professores
de educação física atuantes no 2º grau- habilitação magistério. SEED/PR
MAGILL, Richard A. A aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São
Paulo, 1984.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
MATEMÁTICA
EMENTA
Conjuntos do Números Reais, Noções sobre Números Complexos, Polinômios,
Noções Básicas de Geometria Não-Euclidiana, Análise Combinatória, Biômio de
Newton, Estatística e Matemática Financeira. Funções, Progressões, Matrizes,
Determinantes, Sistemas Lineares, Geometria Plana, Trignometria, Geometria
Espacial e de Posição, Probabilidade.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Matemática que será ministrada aos alunos deste
curso, tem um significado muito grande, pois será o embasamento para conseguir
êxito em um vestibular, ou em sua vida profissional que escolher.
É através dela que o aluno vai relacionando os conteúdos vistos
anteriormente, e se os resultados são positivos ou negativos.
Também tem a finalidade de instruir o nosso aluno para enfrentar a
matemática do nosso dia a dia, pois sem ela a vida social será bem mais difícil.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Intensificar no aluno o gosto pelas ciências exatas, bem como com o
raciocínio lógico na solução dos problemas ocasionais.
321
Levar o aluno a desenvolver a capacidade de efetuar operações
matemáticas, analisar e aplicar conhecimentos já adquiridos na sua vida cotidiana
bem como na sua atividade profissional.
*Leitura , interpretação e produção de textos matemáticos, vinculados ao
conteúdo trabalhado.
*Utilizar os conceitos matemáticos na resolução de situações –
problemas.
*Uso adequado da matemática nos termos tratados.
*Analisar as propriedades matemáticas envolvendo figuras geométricas,
números e variáveis.
*Transcrever linguagem matemática para simbólica.
*Ler interpretar e representar matematicamente, elaborar um texto
matemático.
*Conhecer e aprender a usar corretamente as novas tecnologias da
matemática.
*Desenvolver novas estratégias para selecionar problemas.
*Utilizar o conhecimento dentro da matemática e relacioná-lo
interdisciplinarmente.
*Desenvolver conhecimentos especificos para medir e comparar
grandezas, calcular, construir tabelas e gráficos.
*Conhecer e relacionar as relações entre as medidas dos ângulos do
triângulo.
*Promover a compreensão do significado, da estrutura e da função dos
conceitos trigonométricos.
*Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na
sociedade em que vive.
*Promover a apreciação das atividades matemáticas enquanto práticas
culturais.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
CONTEÚDO DA 1ª SÉRIE
I – NÚMEROS REAIS
Trabalhar uma revisão dos conjuntos : N, Z, Q, I e R.
Trabalhar a revisão das quatro operações nos números reais
Matemática financeira: Razões, Regra de Três, Porcentagem, Juros Simples.
Relações : Conceitos e Representação no Plano Cartesiano.
II – FUNÇÕES
1. Função do primeiro grau
2. Função do segundo grau
3. Função Modular
4. Função Exponencial
5. Função Logarítmica
322
III – PROGRESÕES
1. Progressão Aritmética
- Seqüências numéricas
- Introdução a P. A.
- Fórmula do termo Geral
- Interpolação Aritmética
- Som dos Termos de uma P. A.
2. Progressão Geométrica
- Introdução a P. G.
- Classificação das P. G.
- Fórmula do termo geral da P. G.
- Interpolação Geométrica
- Soma dos Termos de uma P. G.
- Produto dos termos de uma P. G.
IV - MATRIZAES
1. Noções de Matrizes
2. Representação genérica de uma matriz
3. Tipos de matrizes
4. Igualdade de matrizes
5. Adição e Subtração de matrizes
6. Multiplicação de um número real por uma matriz
7. Matriz transposta
8. Matriz inversível
CONTEÚDO DA 2ª SÉRIE
I - DETERMINANTES
1. Introdução aos determinantes
2. Calculo de determinantes de ordem 1 , 2 e 3
3. Regra de Sarrus
4. Cofator de um elemento de uma matriz de ordem n, com n > 2
5. Determinante de um a matriz quadrada de ordem n
6. Propriedades dos determinante
II - SISTEMAS LINEARES
1. Resolução de uma equação linear
2. Sistemas de Equações lineares
3. Matrizes de um sistema linear
4. Regra de Cramer
5. Classificação de um sistema linear
6. Fatorial
7. Números binomiais
8. Triângulo de Pascal
9. Desenvolvimento do Binômio de Newton
III - ANALISE COMBINATORIA
1. Introdução a Analise Combinatória
2. Principio Fundamental da contagem
3. Arranjos
323
4. Permutação simples
5. Combinação simples
CONTEÚDO DA 3ª SÉRIE
I – TRIGONÔMETRIA
1. Medida de um arco de circunferência
2. Medida de um ângulo central
3. Razões trigonométrica no triângulo retângulo
4. Propriedades e relações do seno, cosseno, e tangente de um ângulo
agudo
5. O ciclo trigonométrico
6. O arco trigonométrico
7. A função seno
8. A função cosseno
9. A função tangente
10. Relações entre as funções trigonométricas
11. Recorrência ao arco do primeiro quadrante
12. Equação do tipo sen x = sen a , cos x = cos a e tg x = tg a
II - GEOMETRIA ANALITICA
1. Distância entre dois pontos no plano 0xy
2. Razão de secção de um segmento por um ponto
3. Ponto médio de um segmento
4. Baricentro de um triangulo
5. Área de um triângulo
6. Condição de alinhamento de três pontos
7. Equação do feixe de retas que passa em um ponto
8. Equação geral da reta e outras formas
9. Problemas que envolvem a intersecção de duas retas
10. Paralelismo, perpendicularismo e ângulo entre duas retas
11. Distância de um ponto a uma reta concorrente
III - GEOMETRIA ESPACIAL
1. Retas e planos
2. Diedros
3. Ângulos poliédricos
4. Poliedros
5. Relação de Euler
6. Poliedro regulares
7. Prismas
8. Área lateral e total de um prisma
9. Paralelepípedos
10. Volume do prisma
11. Pirâmides
12. Pirâmide regular
13. Tetraedro
14. Secção transversal de uma pirâmide
15. Volume da Pirâmide
324
16. Cilindros
17. Cones
18. Esferas
19. Circunferências
CONTEÚDOS DA 4ª. SÉRIE
I - PROBABILIDADE
1. Espaço amostral
2. Eventos
3. Probabilidade da união de dois eventos
4. Propriedades das probabilidades
5. Adição de probabilidades
6. Multiplicação de probabilidades
II - POLINÔMIOS
1. Função polinomial
2. Valor numérico de um polinômio
3. Grau de um polinômio
4. Polinômios idênticos
5. Operações com polinômios
6. Divisão de polinômio por binômio do primeiro grau
III - NUMEROS COMPLEXOS
1. Conjunto dos números complexos
2. Igualdade de números complexos
3. Operações com números complexos
4. Forma trigonométrica dos números complexos
5. Equações polinomiais ou algébricas
6. Raiz de um equaçã
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para o desenvolvimento das aulas de matemática aplicando os conteúdos,
adotamos aulas expositivas, textos auxiliares, situações problemas, pesquisas
em forma de trabalhos usando o quadro negro, a biblioteca e os materiais
didáticos disponíveis no colégio.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados pelos conteúdos estruturantes e contidos nas
ementas apropriados, (participação, interesse, assiduidade e educação), mais
testes, provas, e atividades em classe e extra-classe, trabalho de pesquisa.
A recuperação paralela, será proporcionada aos alunos que precisarem,
participando da correção das provas e testes, e apresentação de um trabalho com a
cópia de todos os conteúdos do bimestre com os exemplos e exercícios resolvidos,
mais a copiadas avaliações corrigidas.
325
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
CARAÇA, B.J.
Conceitos fundamentais da Matematica .
Lisboa: s.c.p., 1970
BIANCHINI, Edvaldo ePACCOLA, Herval.
São Paulo: – Ed. Moderna
Curso de Matemática . volume Único.
BUCCHI, Paulo. Matemática. volume único, São Paulo: Ed. Moderna
CENTURIÓN, M. Conteúdo e Metodologia da Matemática : Números e Operações.
São Paulo: Scipione, 1994
BOYER, C. B, . Historia da Matemática . São Paulo: Edusp, 1974
LONGEN, Adilson .Matemática – Coleção Nova Didática – Ensino Médio. Curitiba:
Positivo, 2004.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
FÍSICA
EMENTA
Movimentos: tempo, espaço, massa, leis de conservação (momentum e energia) e
movimento oscilatório; Termodinâmica: leis da termodinâmica, entropia e calor;
Eletromagnetismo: conceito de carga elétrica, conceito de campo elétrico e
magnético, leis de Maxwell, onda eletromagnéticas e Ópitca;
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Introdução
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade: a
necessidade de descobrir os segredos das coisas e da natureza. Para alcançar
esse objetivo – o de descobrir como as coisas funcionam – nem sempre a simples
observação é suficiente, por isso, no curso da história da humanidade o homem
vem desenvolvendo experimentos que simulem os fenômenos naturais com o
propósito de melhor estudá-los. A interpretação lógica e criativa dos resultados
desses experimentos tem se caracterizado como os pilares básicos do
conhecimento científico, e da própria Física.
Entretanto, a Física não está, de modo semelhante à outras áreas do
conhecimento, atrelada a meras repetições, mas caracteriza-se como meio de
326
produção de conhecimentos por meio de pesquisas de laboratório, e, ligadas à
produção industrial, científica e tecnológica.
Muitas vezes, sequer se percebe sua aplicabilidade e importância no dia a
dia, quer em equipamentos, conforto, trabalho e laser. A Física é parte integrante da
vida cotidiana do ser humano, ainda que este a desconheça.
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto a utilização dos
conhecimentos científicos e tecnológicos, bem com o repensar dos efeitos de sua
utilização sobre o ser humano e sobre o ambiente no qual é utilizado.
Encaminhamento Filosófico
A Física, enquanto ciência, é muito interessante pelo aspectos gerais que ela
contempla, desde a imensidão do cosmo até a minúsculo reino das partículas subnucleares, dos fenômenos sub ao super-luminares, mas para isso deve ser
abordado de um modo adequando e atualizado.
Já estão superadas as épocas nas quais ela era apresentada como um
conjunto de regras prontas e terminadas que poderiam ser utilizadas em dados
momentos cruciais, tal como os da era do determinismo (século XIX). A teoria da
relatividade e a mecânica quântica, desenvolvidas a partir da década de 20,
modificaram as formas de se ver e interpretar o mundo, exigindo do ser humano
uma maior criatividade, sem cercear a caracterização básica da ciência – que é
método científico – para investigar, apresentando-o como aspecto formativo de
desenvolver o raciocínio científico, e como aspecto informativo, mediante o qual o
educando edifique seus conhecimentos com dados a serem memorizados,
adequada e racionalmente.
Segundo esta forma de pensar, segue-se um relacionamento lógico de
interação entre os aspectos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Analisar e interpretar os fenômenos naturais, identificando-os como
físicos ou não, situando-os dentro das muitas divisões da física.
Reconhecer os fenômenos físicos e as leis a ele relacionadas.
Reconhecer as aplicações da física nas diversas aplicações tecnológicas.
Interpretar os conceitos de movimentos relacionando-os com seu
cotidiano.
Aplicar as Leis de Newton da Mecânica Clássica e interpretar seu sentido
mais abstrato, sob implicações filosóficas.
Explicar os conceitos de trabalho e energia.
Identificar os Princípios da Termodinâmica, associando a eles as
transformações recíprocas de calor em trabalho, associando às aplicações
tecnológicas do seu dia a dia.
Explicar o funcionamento das máquinas térmicas.
Explicar e aplicar os conceitos de força, campo e trabalho elétrico.
Listar pontos importantes da eletrodinâmica e apontar sua aplicação.
Explicar, apontando as aplicações do eletromagnetismo.
327
CONTEÚDOS POR SÉRIE
3ª SÉRIE
10.0– Introdução à Física
15.0– Energia
10.1Conceitos
15.1Trabalho
10.2Importância
15.2Potência
10.3Divisões
15.3Energia Mecânica
10.4Sistema
Internacional
de
15.4Conservação da Energia
Unidades
16.0– Estática
11.0– Cinemática
16.1Força Resultante
11.1Movimento e Repouso
16.2Decomposição de Forças
11.2Trajetórias
16.3Resultante de sistemas de três
11.3Velocidade e Aceleração
ou mais forças
12.0– Movimentos Retilíneos
17.0Equilíbrio de corpos rígidos
12.1Uniforme
17.1Torque
12.1.1 Funções Horárias
17.2Binários
12.2Uniformemente Variados
17.3Condições de Equilíbrio
12.2.1 Propriedades
18.0– Equilíbrio de Partículas
12.2.2 Funções Horárias
18.1Partículas em equilíbrio sob
13.0– Forças
ação de duas forças
13.1Conceito
18.2Partículas em equilíbrio sob a
13.2Lei de Hooke
ação de três ou mais forças
13.3Peso
19.0– Centro de Gravidade
14.0– Dinâmica
19.1Centro de gravidade
14.1Conceitos
14.2Leis de Newton
14.3Força de Atrito
14.4Força Centrípeta
328
3ª SÉRIE
20.0– Termometria
25.6Rendimento das Máquinas
20.1Temperatura e sua medida
térmicas
20.2Equilíbrio térmico
25.7Ciclo de Carnot
20.3Escalas termométricas e sua26.0– Óptica
conversão
26.1Luz e fontes
20.4Escalas Arbitrárias
26.2Princípios da óptica geométrica
21.0– Calorimetria
26.3Fenômenos Luminosos
21.1Conceitos
26.4Conseqüências da propagação
21.2Quantidade de Calor
retilínea
21.3Capacidade Térmica
26.5Sistemas ópticos
21.4Princípio das trocas de calor 27.0– Reflexão da Luz
21.5Calorímetros
27.1Espelhos Planos
22.0– Mudanças de Estado Físico
27.1.1 Formação de Imagens
22.1Mudanças de fase
27.1.2 Campo Visual
22.2Leis das mudanças de fase
27.1.3 Espelhos angulares
22.3Quantidade de calor latente
27.1.4 Rotação e translação
22.4Diagramas de aquecimento
de espelhos
23.0– Dilatação
27.2Espelhos esféricos
23.1Dilatação Linear
27.2.1 Elementos
23.2Dilatação superficial
27.2.2 Focos e condições de
23.3Dilatação Volumétrica
Gauss
23.4Dilatação dos líquidos
27.2.3 Raios notáveis
23.5Lâminas bimetálicas
27.2.4 Formação de Imagens
24.0– Gases Perfeitos
27.2.5 Equações
dos
24.1Variáveis de estado
espelhos esféricos
24.2Condições
normais
de28.0– Refração da Luz
temperatura e pressão
28.1Definições
24.3Equação de Clapeyron
28.2Índice de refração
24.4Lei Geral dos gases perfeitos
28.3Leis da Refração
24.5Transformações
Gasosas
28.4Reflexão total e ângulo limite
Particulares
28.5Lâminas de faces paralelas
25.0– Termodinâmica
28.6Prismas
25.1Trabalho termodinâmico
28.7Lentes esféricas
25.2Transformações cíclicas
28.7.1 Nomenclatura
25.3Energia Interna de uma gás
28.7.2 Elementos
25.4Primeira
Lei
da
28.7.3 Raios Notáveis
Termodinâmica
28.7.4 Formação de Imagens
25.4.1 Definições
28.7.5 Equações das lentes
25.4.2 Aplicações
esféricas
25.5Segunda
Lei
da
Termodinâmica
1. Carga Elétrica
1.1. Carga elétrica
1.2. Eletrização
4ª SÉRIE
9. Circuitos Elétricos
9.1. Conceitos
9.2. Lei de Ohm Generalizada
329
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
1.3. Eletroscópios
9.3. Leis de Kirchhoff
1.4. Princípios Associados
10. Magnetismo
1.4.1.Atração e Repulsão
10.1.Conceito
1.4.2.Quantização
10.2.Imãs e Pólos
1.4.3.Conservação
da
Carga
10.3.Princípios
Elétrica
11. Efeito Magnético da Corrente Elétrica
Força Elétrica
11.1.Experimento de Örsted
2.1. Força Elétrica
11.2.Campo Magnético em torno de:
2.2. Campo Elétrico
11.2.1.Fio Retilíneo
Corrente Elétrica
11.2.2.Espira
3.1. Conceito
11.2.3.Solenóides
3.2. Tipos de Correntes
11.2.4. Aplicações:
3.3. Sentidos
11.2.4.1.Eletroimãs
3.4. Intensidade de Corrente
11.2.4.2.Campainhas
Lei de Ohm
11.2.4.3.Relés
4.1. Resistores e Resistência
12. Força Magnética sobre cargas
4.2. Leis de Ohm
12.1.Movimento de cargas em campos
4.3. Associação de Resístores
magnéticos
4.3.1.Série
12.2.Lei de Lorenz
4.3.2.Paralela
12.3.Aplicações:
Potência Elétrica
12.3.1.Espectrômetro de Massa
5.1. Conceito
13. Força magnética sobre Condutores
5.2. Aplicações
13.1.Condutores em meio a campo
Energia Elétrica
magnético
6.1. Transformações
13.2.Interações entre condutores
6.2. Consumo da Energia Elétrica
14. Indução Eletromagnética
6.3. Conta de “Luz”
14.1.Fluxo Magnético
Geradores Elétricos
14.2.Corrente Induzida
7.1. Conceito
14.2.1.Lei de Faraday
7.2. Equações
14.2.2.Lei de Lenz
Receptores ativos
14.3.Aplicações
8.1. Conceito
14.3.1.Geradores
8.2. Equações
14.3.2.Motores Elétricos
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A principal preocupação do desenvolvimento da Física assenta-se na
tentativa de expor os conhecimentos formulados através dos séculos – e que
portanto faz parte da bagagem histórica e cultural da humanidade, de forma
simples, sem no entanto atentar contra o necessário rigor científico.
A função dos exercícios a serem desenvolvidos pelos alunos é o de fixar
conceitos estudados, tanto por meio da pesquisa bibliográfica, nas diversas formas
de mídia e ainda àquelas advindas do uso da Web ou diretamente com autoridades
nos assuntos, todos servindo de modelos para a construção de raciocínios a serem
aplicados em situações cotidianas, possibilitando a aquisição de conhecimentos à
medida que a disciplina vai sendo desenvolvida durante o curso.
O uso de apresentações, que individuais ou em grupos, com ou sem recursos de
multimídia, e relatórios impressos visam aperfeiçoar as habilidades de comunicação,
tanto nos níveis de lingua materna, como das linguagens científicas e matemáticas.
330
O desenvolvimento das habilidades de previsão e verificação de hipóteses, que tem
por objetivo básico o desenvolvimento da habilidade de se utilizar o método
científico, será desenvolvido por meio de trabalhos experimentais sempre que for
possível.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e
desempenho apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes,
provas, atividades em classe e extra-classe, bem como trabalhos de pesquisa.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ALONSO, M.; FINN, E. J. Física: Um Curso Universitário. São Paulo: Edgard
Blucher, 1972.
CHAVES, A. Física. 4 vol. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores, 2000.
GREF.Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2ª ed. 3 vol. São Paulo:
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Scipione, 2002.
MÁXIMO, A ; ALVARENGA, B. Física: volume único. São Paulo:Scipione, 1997.
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2002.
TIPLER, P.. Física Para Cientístas e Engenheiros. 4 vol. Rio de Janeiro, RJ: Livros
Técnicos e Científicos, 1995.
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LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
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331
QUÍMICA
EMENTA
A relação Química - sociedade - tecnologia: Interações e transformações no
meio ambiente; - Experimentos; - A química e as transformações na história da
produção. Estudo das propriedades específicas dos materiais. Processos de
separação e purificação. Estados dos materiais. Átomo e tabela periódica.
Transformações químicas e quantidades. Ligações químicas, interações
intermoleculares e propriedades dos materiais. Soluções e solubilidade.
Termoquímica. Eletroquímica. Equilíbrio químico. Propriedades coligativas. A
química das drogas e medicamentos e as funções orgânicas.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade, a
necessidade de descobrir os segredos da natureza. Para alcançar estes objetivos,
nem sempre a simples observação é suficiente. Por isso, há séculos o homem vem
criando experimentos que simulam os fenômenos naturais. A interpretação lógica e
criativa dos resultados desses experimentos tem sido um dos pilares do
conhecimento científico.
No entanto a Química e a Física, assim como as outras ciências, que estão
limitadas às pesquisas de laboratório e à produção industrial. Ao contrário, embora
às vezes você não perceba, a Química e a Física estão presentes à nossa vida e
são partes importantes dela.
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto à
utilização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e de seus efeitos no ser
humano e no meio ambiente.
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências tem alcance econômico,
social e político.
Tanto a Química quanto a Física são ciências realmente interessantes para
o aluno quando elas são abordadas de forma adequada e atualizada. Já passaram
os tempos em que eram apresentadas como um conjunto de regras a serem
puramente decoradas para uso no momento oportuno. Elas tem atualmente
aspectos informativos mediante o qual o aluno edifica seu conhecimento com dados
que deve guardar racionalmente, depois de um relacionamento lógico entre eles.
O aprendizado de Química pelos alunos do Ensino Médio implica que eles
compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma
abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamento as informações
advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões
autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Esse aprendizado deve
possibilitar aos alunos a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto
332
da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações
tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais e econômicas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Conhecer fatos.
Idéias sobre a constituição do átomo.
Relacionar matéria e energia.
Identificar tipos de ligações.
Compreender fenômenos atmosféricos.
Utilizar corretamente a atmosfera, hidrosfera e a litosfera.
Sintetizar a tabela periódica.
Reconhecer os tipos de reações químicas.
Identificar as funções da química inorgânica.
Compreender as leis químicas.
Conscientizar o aluno da importância da Química no cotidiano;
Interpretar algumas fórmulas relacionadas ao seu dia a dia;
Confrontar conhecimentos adquiridos ao longo do ano com sua
realidade;
Aprimorar seu senso crítico;
Conhecer as potencialidades da área da Química;
Ter consciência do que a Química pode fazer pelo nosso futuro;
Discutir o conhecimento popular, explicando-o através da ciência.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
3ª SÉRIE
Introdução à química
Matéria.
Substâncias.
Estados físicos.
Mudanças de estado físico.
Misturas.
Estrutura atômica
Histórico.
Teorias.
Conceito de Z, A, n, p e elétrons.
Isotopia, isobaria, isotonia.
Os quatro números quânticos.
Classificação Periódica dos Elementos
Ligações químicas
Iônica.
Covalente.
Metálica.
Função química
333
-
Ácido.
Base.
Sal.
Óxido.
Nox.
Equações químicas.
Acerto de coeficientes.
Reações químicas
Massa atômica
Massa molecular
Cálculo estequiométrico
Dispersões;
Classificação de soluções;
Coeficiente de solubilidade;
Título e Porcentagem em Peso de uma solução;
Concentração Comum e Densidade de uma solução.
Molaridade e Molalidade de uma solução;
Fração Molar de uma solução;
Normalidade de uma solução.
Relação de unidades de concentração;
Diluição de uma solução;
Misturas de soluções;
4ª SÉRIE
-
Titulometria de uma solução.
Noções de Equilíbrio químico;
Potencial Hidrogeniônico de uma solução;
Potencial Hidroxiliônico de uma solução.
Histórico sobre Química Orgânica
A experiência de Wöhler;
Elementos Organógenos;
Compostos de Transição;
Propriedades Fundamentais do Carbono;
Classificação das cadeias carbônicas;
Definição de Radical Orgânico;
Regras de Nomenclatura segundo a IUPAC.
Hidrocarbonetos. Alcanos, Alcenos, Alcinos, Ciclanos, Ciclenos e
Aromáticos;
Funções Químicas Orgânicas Oxigenadas. Fenóis, Enóis e
Álcoois.
Éteres;
Ácidos Carboxílicos, Aldeídos e Cetonas;
Derivados de Ácidos Carboxílicos;
Halogenados Orgânicos.
Compostos Nitrogenados;
Aminoácidos, Proteínas;
Glicídios.
334
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A principal preocupação do desenvolvimento da Química é procurar expor a
matéria numa linguagem simples e com a maior clareza possível, sem prejudicar o
rigor científico necessário.
Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos
referentes à ética e cidadania, bem como serão abordados os temas transversais
estabelecidos pela escola.
A função de exercícios, apresentações e trabalhos é fixar os conceitos
estudados, servindo de modelos para construir raciocínios no dia a dia,
possibilitando a aquisição do conhecimento à medida que a matéria vai sendo
desenvolvida durante o curso.
Explanação oral formando grupos para discussão dos tópicos
relacionados;
Utilização do quadro-negro e giz;
Utilização do vídeo, trazendo temas atuais;
Utilização do computador, através do acesso à internet como
forma de pesquisa;
Apresentação de algumas aulas práticas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Serão observadas e levadas em consideração as pesquisas feitas em sala
de aula ou em horário diferente das aulas.
A participação ativa do aluno durante as aulas teóricas ou aulas de
resolução de exercícios, considerando o interesse demonstrado;
Resultados das provas, testes e trabalhos feitos com datas marcadas
previamente.
Entrega de relatórios das aulas práticas que eventualmente possam ocorrer.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
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Profissional. Ctba. 2006.
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DIAS,Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e práticas. São Paulo:
Gaia, 2003.
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para o 2º Grau: Guia do Professor. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 1994.
MORTIMER, Eduardo Fleury. Química para o ensino médio. São Paulo: Scipione,
2002.
VANIN, José Atílio. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São
Paulo : Moderna, 1994.
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CHASSOT, A. Alfabetização Científica. Questões e desafios para a educação. Ijuí :
Editora Unijuí, 2000
DELIZOICOV, D; ANGOTTI, J.A. & PERNAMBUCO, M.M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002
GEPEQ .Interações e transformações I - Professor . São Paulo: EDUSP, 2002.
GEPEQ .Interações e transformações II - Professor . São Paulo: EDUSP, 2002.
GOLDFARB, A.M.A . Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.
KUHN, T.S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2003.
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professor /pesquisador. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.
MATEUS, A . J. Química na cabeça. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
MÓL, G.S.; SANTOS, W.L.P. (orgs).Química na sociedade: projeto de ensino de
química em um contexto social. V.1 e 2 . Brasília: Editora UNB, 1998
MORTIMER, E.F. Linguagem e formação de conceitos no ensino das ciências. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2000.
NETO, B.B.; SCARMINIO, I.S; BRUNS, R.E . Como fazer Experimentos. Pesquisa e
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
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BIOLOGIA
EMENTA
A Ciência no decorrer da história da humanidade. Organização dos Seres
Vivos, classificação e distribuição dos seres vivos. Mecanismos Biológicos,
funcionamento dos sistemas biológicos. Biodiversidade, relações ecológicas,
variabilidade genética, origem e evolução dos seres vivos. Implicações dos Avanços
Biológicos no Fenômeno Vida, pesquisa científica, avanços científicos e
tecnológicos, ciência e transformações sociais, bioética. Educação ambiental e
desenvolvimento humano, social, político e econômico. Saúde Pública e Escolar.
Orientação Sexual, embriologia, formação humana, medidas preventivas.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLIN A
O ensino de Biologia tem como principal função, contextualizar e integrar os
sujeitos no espaço em que fazem parte de maneira consciente, com
responsabilidade e sabedores dos limites de suas atitudes e atos. Fazer os sujeitos
perceberem que para que se mantenha o equilíbrio entre os seres e o ambiente ao
qual estão inseridos e são dependentes, é necessário uma interação de forma
coerente. Contextualizar os sujeitos nas perspectivas que são criadas a todo
instante, das mudanças que ocorrem nas interações que os seres fazem, das
necessidades de fazerem-se reflexões sobre o meio e suas dinâmicas, das
dependências que se evidenciam nos processos naturais a todo o momento e das
impossibilidades que serão criadas, quando não existir coerência e responsabilidade
nas integrações existentes. Fazer o sujeito perceber as formas de vida, a
variabilidade nos fatores naturais e a grandiosidade da fauna e flora em todos os
ambientes. Caracterizar o ambiente próximo à realidade do sujeito. Torná-lo não só
conhecedor, mas principalmente, questionador e crítico, para que se torne também
um construtor.
Através do uso de livros como pressuposto teórico, onde o aluno já possui
os conceitos básicos e um princípio na introdução dos estudos será dimensionado
aulas alternativas, como práticas em laboratórios, no pátio da escola e visitas ao
meio em que a escola está inserida, para que se construa não só uma reflexão
sobre o que se pressupõe nos conteúdos, mas principalmente, fazer com que in
loco, o aluno construa seus conhecimentos através da percepção na realidade,
sobrepondo o abstrato, onde as metodologias monótonas, pouco interessantes,
desestimulante e pouco eficaz, se evidenciam.
337
Nessa categoria de Ensino, FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO
INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – INTEGRADO,
fazer com que os educandos se apropriem dos conhecimentos básicos da Biologia e
possam disseminar esses como forma de conscientizar futuramente e inibir
processos que futuramente serão mais drásticos e efetivos que os atuais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Desenvolver conhecimento do meio e das interações que nele ocorrem focando
sempre as dependências que existem e a necessidade de integração com
racionalidade;
-
Levar os alunos perceberem que é através de uma integração responsável, será
possível um equilíbrio e manutenção dos processos do meio;
-
Capacitar os alunos com conhecimentos básicos do meio que integram;
-
Transpor conteúdos programados dos livros em uso na escola;
-
Demonstrar maneiras alternativas de ensinar a Biologia, utilizando a prática
como ferramenta mas efetiva.
CONTEÚDOS PROGRAMADOS
PRIMEIRA SÉRIE
-
Introdução à biologia;
-
Origem do Universo;
-
Origem da vida;
-
Princípios científicos: uso e adaptação deles;
-
Ciência e tecnologia: perspectivas futuras;
-
Ecologia: conceitos fundamentais;
-
Biologia celular;
-
Embriologia;
-
Reprodução;
-
DSTs;
-
Anticoncepcionais;
-
Tecidos animais: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso;
-
Engenharia genética: clonagem, transgenia, células tronco;
-
Bioética.
- Sistemas e aparelhos do organismo humano;
- Educação Ambiental;
- Saúde pública e escolar. .
338
SEGUNDA SÉRIE
-
Introdução ao estudo dos seres vivos;
-
Taxonomia;
-
Epidemologia;
-
Vírus: um grupo sem reino;
-
Bactérias: um reino oculto;
-
Reino Protista;
-
Reino Plantae;
-
Histologia vegetal;
-
Organologia vegetal;
-
Fisiologia vegetal;
-
Introdução geral ao Reino Animalia;
-
Filo Porífera;
-
Filo Celenterata;
-
Filo Equinoderma;
-
Filo Platelminte;
-
Filo Nematelminte;
-
Filo Anelídea;
-
Filo Molusca;
-
Filo Artrópoda;
-
Filo Chordata.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
-
Aulas ministradas seguindo os pressupostos teóricos inseridos nos livros em
uso;
-
Aulas em laboratório, adaptando os conteúdos programados em dinâmicas em
que o aluno coloque em prática a teoria contextualizada;
-
Aulas no laboratório de informática, utilizando-se dos conteúdos programados,
capacitando os sujeitos nas ferramentas desse meio;
-
Visitação in loco quando for possível, contextualizando os conteúdos
programados;
-
Trabalhos de pesquisa, onde os alunos além de desenvolver suas capacidades
de inter-relação social, poderão também descobrir e levantar dados que ainda
não foram contextualizados em sala de aula;
-
Filmes contextualizando os conteúdos da apostila;
339
-
Aulas elaboradas pelos alunos contextualizando conteúdos previstos, mas com
dinâmicas que serão possivelmente aproveitadas pelos educandos quando
efetivarem suas formações docentes.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
-
Serão realizadas atividades em que o aluno possa colocar em prática, parte da
teoria que está sendo desenvolvida nos conteúdos propostos, como:
-
debates das questões propostas nas apostilas;
-
dissertação de assuntos propostos nos conteúdos;
-
pesquisas sobre questões da apostila, do professor, dos alunos, dos meios de
comunicação, outros;
-
interação de grupo para debates e proposição de idéias;
-
questões relativas aos assuntos em foco na sala de aula.
-
Também, as aulas que deverão ser programadas e efetivadas pelos educandos,
terão que ser apresentadas como “Planos de Aula” e relatórios constando
conteúdos e aplicação deles, deverão ser construídos constantemente.
-
Todas as atividades desenvolvidas, em que o aluno não tenha um desempenho
que atinja os índices mínimos estabelecidos, serão propostas novas atividades
como forma de superação de defasagem;
-
Também serão sugestionadas dinâmicas diferenciadas, para aqueles alunos que
não conseguem se adaptar ao que está sendo proposto, possam interagir da
forma que lhes é mais coerente;
-
Os alunos que justificarem sua ausência nos dias programados de avaliação
poderão fazer a mesma, com atividades diferentes das que tinham sido
propostas.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
BIZZO, N. Ciência: fácil ou difícil ? São Paulo: Ática. 2002.
DIAS. G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 8 ed. São Paulo:Gaia. 2003
__________ Iniciação à temática ambiental. 2 ed. São Paulo:Gaia, 2002.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo:Editora da
Universidade de São Paulo. 1987.
SANTOS. M. A . Biologia Educacional. 17ª ed. São Paulo:Ática. 2002.
SCLIAR, M. et all. Saúde pública: histórias, políticas e revoltas. São Paulo: Scipione.
2002.
SUPLICY, M. Sexo para adolescentes: amor, puberdade, masturbação,
homossexualidade, anticoncepção, DST/AIDS, drogas. São Paulo:FTD, 1998.
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TELAROLLI JR. R. Epidemias no Brasil: uma abordagem biológica e social. São
Paulo:Moderna, 1995
Amabis, José Mariano; Martho, Gilberto Rodrigues. BIOLOGIA DAS CÉLULAS. 2ª
ED. - VOL. 1, 2 e 3. São Paulo : Moderna. 2005.
Dias, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 8ª ed. São Paulo : Gaia.
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Krasilchik, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo : Editora da
Universidade de São Paulo. 1987.
Lopes, Sonia. BIO.vol. único,- 1ª edição. São Paulo : Saraiva. 2004.
Santos, M. A. Biologia educacional. 17ª ed. São Paulo : Ática. 2002.
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
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HISTÓRIA
EMENTA:
Ações e relações humanas como objeto de estudo da história. Categorias de
análise: espaço e tempo como contextualizadoras do objeto de estudo. A
construção histórica das comunidades e sociedades e seus processos de trabalho
no espaço e no tempo. A configuração das relações de poder nos espaços sociais
no tempo. As experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e as
permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. A história e
cultura Afro-brasileira e história do Paraná. Análise de fontes e historicidade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
O estudo da história no Curso de Formação de Docentes objetiva a formação
de um indivíduo capaz de entender as relações de trabalho, as relações de poder e
as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo histórico, bem
como
compreender que o estudo do passado se realiza a partir de
questionamentos feitos no presente por meio da análise de diferentes documentos
históricos.
O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no
mundo contemporâneo, como estas se configuraram e como o mundo do trabalho
se constituiu em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes
às relações de trabalho.
No que diz respeito as relações de poder, o aluno deve compreender que
estas encontram-se em todos os espaços sociais e também deve identificar,
localizar as arenas decisórias e os mecanismos que as constituíram.
Quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros
como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de
341
cada sociedade e as relações entre elas. O aluno deverá entender como se
constituíram as experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as
permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. Tais
compreensões e reconhecimentos devem, na medida do possível, contemplar a
história local (município, estado) bem como a história nacional e universal.
Estes objetivos se constituem em critérios que subsidiarão o processo
avaliativo da disciplina.
CONTEÚDOS:
A proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná reconhece a
importância do conhecimento sistematizado, fundamentado na idéia de conteúdos
estruturantes das disciplinas escolares. Para a disciplina de História no Ensino
Médio os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de poder e
as relações culturais, os quais dão seqüência aos conteúdos estruturantes
trabalhados no Ensino Fundamental onde os conteúdos estruturantes assumiram
um caráter de dimensão num sentido mais amplo. Ensino Médio estes conteúdos
assumem um recorte mais específico apontando para o estudo das relações
humanas.
As ações e relações humanas constituem o processo histórico, o que é
dinâmico. Privilegiou-se as relações culturais, de trabalho e de poder como recortes
deste processo histórico. Assim como as ações e relações humanas transformamse no tempo, a abordagem teórico metodológica sobre essas, são reelaboradas de
acordo com a exigência do contexto histórico em que os sujeitos estão inseridos.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de História são interligados entre si
e permitem a busca do entendimento da totalidade das ações humanas. A
articulação desses conteúdos são possíveis a partir das categorias de análise
espaço e tempo, as quais permitem a conexão para se compreender essas
relações.
Estes conteúdos estruturantes permitem aos professores desenvolverem
seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas bem
como os que representam as demandas sociais estabelecidas em lei, tais como: a
lei 10639/09/2003 a qual estabelece obrigatoriedade da inclusão da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira” nos currículos escolares bem como a lei estadual
13381/12/2001 a qual torna obrigatório inclusão de conteúdos da História do
Paraná. Cabe aqui ressaltar que no caso do Curso de Formação de Docentes é
essencial incluir também os conteúdos referentes a história local (município) .
RELAÇÕES DE TRABALHO
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a
natureza. A execução do trabalho requer o emprego físico e mental, estes esforços
transformaram elementos da natureza em bens que satisfazem as necessidades
humanas. Ao realizar as atividades de transformação de elementos da natureza, os
homens se relacionam entre si. Estas relações de trabalho permitem diversas
formas de organização do mundo do trabalho. Na sociedade capitalista o trabalho
assumiu uma forma muito específica. O emprego assalariado. Para entender como
se construiu este modelo bem como suas conseqüências, faz-se necessário
entender como as relações de trabalho foram construídas historicamente.
342
Para o estudo das relações de trabalho são fundamentais as contribuições dos
historiadores da corrente historiográfica Nova Esquerda Inglesa, como Eric J.
Hobsbawn e Edward P. Thompson que a partir da concepção marxista passaram a
repensar a análise histórica por meio de conceitos superando, assim, a visão
economicista e determinista do processo histórico.
Para Hobsbawn (1998, pp. 178-179) o conceito de modo de produção se refere a
um modelo que explica a maneira de produzir predominante em determinado
contexto histórico. Este modelo explicativo pretende abarcar a totalidade das
relações de trabalho possíveis de existir nos diversos contextos espaço-temporais,
assim os modos de produção não devem ser analisados evolutivamente. Isso quer
dizer que a escravidão pode perfeitamente coexistir e até surgir, após um período
de trabalho servil, porque um modo de produção predominante coexiste e interage
com várias outras relações de produção em um mesmo contexto. Este historiador
utiliza a noção de mundo de trabalho, que se refere a condição na qual os sujeitos
estão inseridos ao construírem as relações de trabalho, ampliando desse modo o
conceito marxista de modo de produção.
Thompson (1998 e 2004) entende que o conceito de experiência histórica
possui duas dimensões. A primeira afirma que a classe social e sua respectiva
consciência de classe são fenômenos produzidos pelas experiências e valores
herdados e compartilhados pelos sujeitos históricos ao construírem sua identidade.
A segunda dimensão do conceito se refere à prática do historiador, que deve ser
pautada na análise e verificação de documentos para que se produza a metodologia
da investigação histórica.
Para os historiadores da Nova Esquerda Inglesa o resgate da história dos
trabalhadores é possível quando o historiador reúne vários documentos, (inclusive
aqueles que a historiografia tradicional não aceitava como fonte histórica, como, por
exemplo, um boletim de ocorrência), analisando-os a luz de uma teoria para verificar
se as informações retiradas dos documentos correspondem a teoria por ele optada,
caso isso não ocorra o historiador deve construir um novo modelo teórico para o seu
objeto de investigação.
O estudo de relações de trabalho no Ensino Médio deve contemplar diversos
tipos de fontes históricas para que professores e alunos possam a partir diferentes
visões perceber a História para além dos documentos oficiais.
A Nova Esquerda Inglesa entende que a consciência de classe dos sujeitos
não se constrói somente entre a luta de classes da burguesia versus proletariado,
mas também em conflitos intra-classes e nas relações interclasses, por meio da
experiência vivida pelos trabalhadores.
Por isso, o estudo das relações de trabalho deve considerar as esferas:
doméstica; a prática comunitária; as manifestações artísticas e intelectuais, e a
participação nas instâncias de representações: políticas; trabalhistas e comunitárias.
A investigação sobre as relações de trabalho a partir de problemáticas do
presente, tais como: impactos ambientais, movimentos sociais e culturais,
desemprego, desigualdade social, fome, violência etc., e articulados aos demais
conteúdos estruturantes, permite aos alunos e professores entender como as
relações de trabalho foram construídas no decorrer do processo histórico.
RELAÇÕES DE PODER
Pode-se definir poder como “a capacidade ou possibilidade de agir ou de
produzir efeitos” e “pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos” (BOBBIO in
343
BOBBIO, MATTEUCCI e PASQUINO, 2000, p. 993). O poder não possui forma de
coisa ou de objeto, mas se manifesta como relações sociais e ideológicas
estabelecidas entre aquele que exerce e aquele que se submete, portanto, o que
existe são as relações de poder.
O estudo das relações de poder geralmente remete a idéia de poder
político. Porém as relações de poder não se limitam somente à dimensão política,
essas relações encontram-se também na dimensão econômico-social e na
dimensão cultural, ou seja, em todo corpo social.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa, criticam a historiografia política
tradicional pois esta se limitou a explicar o poder tendo como referência somente o
Estado. A Nova Esquerda Inglesa analisa as relações de poder a partir da
valorização das condições materiais, das estruturas sócio-econômicas, das classes
e grupos sociais, dos movimentos coletivos em geral e a reintroduz a ideologia
como categoria analítica do discurso histórico.
Para a corrente historiográfica Nova História Cultural, o estudo das
relações de poder remete às esferas das representações, do imaginário e das
práticas sociais. Radicalizando esta idéia, Michel Foucault optou pela idéia de
“poderes”. Esta concepção entende os saberes enquanto poderes; poderes que são
exercidos nas instituições, tais como: nas escolas; nas prisões, nos hospitais; nas
famílias e comunidades; nos estados nacionais, nas igrejas e nos organismos
internacionais políticos, econômicos e culturais. Ele também valorizou a pluralidade
das redes de poder ou micropoderes e propôs o estudo das relações entre as
diferentes práticas sociais discursivas.
O entendimento que as relações de poder são exercidas nas diversas
instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as
diversas instituições, permite ao aluno perceber que estas relações fazem parte de
seu cotidiano. Assim ele poderá identificar onde se localizam as arenas decisórias,
porque determinada decisão foi tomada e de que forma foi ela executada ou
implementada para que ele entenda como, quando e onde reagir a mediadas em
processo de definição.
RELAÇÕES CULTURAIS
As relações culturais são a correspondência dialética entre as estruturas
materiais e simbólicas de um determinado contexto histórico. Diante disso, pensouse nas relações culturais como conteúdo estruturante para o Ensino Médio. O
conceito de cultura aqui proposto, parte de Raymond Willians (2003), o qual
afirmava que esta é comum a todos os seres humanos, na medida em que existe
uma estrutura comum de modos de pensar, agir e perceber o mundo, que leva à
constituição de organizações sociais diferentes. As diferenças culturais existem
devido às diversas interpretações construídas por sujeitos históricos que estão
inseridos em grupos sociais distintos na divisão social do trabalho.
Assim, na forma de organizar a vida político-econômica, as sociedades
contemporâneas não são tão diferentes, pois são poucas as sociedades que
destoam do padrão cultural imposto pelo capitalismo contemporâneo. Em outras
palavras, as classes dominadas existem numa relação de poder com as classes
dominantes, de tal modo que ambas partilham um processo social comum, portanto,
de uma experiência histórica comum, produto dessa história coletiva. No entanto, os
benefícios produzidos por esta sociedade e seu controle se repartem
desigualmente.
344
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e relações entre elas. O processo histórico constituído na relação entre
as diversas sociedades é o que pode ser chamado de cultura comum.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa repensaram o conceito de
cultura a partir de sujeitos históricos antes ignorados pela história tradicional e
passaram a valorizar uma “história vista de baixo”.
Para Thompson, o conceito de experiência histórica é o elemento
articulador entre as relações humanas, pois esta se expressa na constituição de
uma cultura comum. Assim, este historiador afirmava que a cultura comum dos
trabalhadores urbanos e camponeses na Inglaterra do século XVIII, “longe de ter a
permanência rígida que a palavra ‘tradição’ sugere, o costume era um terreno de
mudança e de conflito, um lugar onde interesses opostos formulavam reivindicações
opostas” (1998, pp. 16-17).
Hobsbawn entende que as tradições culturais são inventadas dentre do
contexto da luta de classes, intra-classes e das relações interclasses. Neste conflito
existem grupos dominantes que lutam por um consenso hegemônico, enquanto
outros grupos sociais resistem criando uma contra-hegemonia a partir de suas
experiências e valores (HOBSBAWN e RANGER, 2002).
Os historiadores da Nova História Cultural abordam as relações culturais a a
partir de conceitos que superam a dicotomia entre a cultura de elite e a cultura
popular. Roger Chartier analisa a cultura a partir das práticas, apropriações e
representações culturais que os sujeitos têm em relação aos artefatos culturais
(literários, visuais ou mentais). Já Carlo Ginzburg estuda a circularidade entre as
culturas por meio de um recorte local onde se valorizam as ações e os valores de
sujeitos comuns, de suas famílias e comunidades. Esta abordagem é denominada
micro-história ou microanálise e permite reavaliar as macroanálises.
Tanto os historiadores da Nova Esquerda Inglesa como os da Nova Históra
Cultural utilizam-se de documentos antes desvalorizados pela historiografia
tradicional, tais como processos judiciais, interrogatórios, boletins de ocorrência,
canções populares, relatos de tradições orais, livros populares, etc. O uso destas
evidências possibilitou aos historiadores a construção de narrativas históricas que
incorporavam olhares alternativos em relação as ações dos sujeitos ao produzir e
vivenciar o processo histórico de constituição da humanidade.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia proposta neste Projeto Político Pedagógico para a
disciplina de História no Curso de Formação de Docentes, baseia-se na Diretriz
Curricular do Ensino Médio no Paraná pautada pela utilização dos conteúdos
estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os
temas selecionados pelos professores.
A problematização de situações relacionadas as dimensões econômicosocial, política e cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as
ações e relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos
estruturantes propostos neste documento: as relações de trabalho, as relações de
poder e as relações culturais. Para abordar esses conteúdos estruturantes tornase necessário que se proponha recortes espaço-temporais e conceituais à luz da
historiografia de referência. Estes recortes se constituem nos conteúdos específicos
345
(tais como: conceitos , acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados
pelos alunos do Ensino Médio. O professor ao elaborar o problema e selecionar o
conteúdo estruturante que melhor responde a problemática, constitui o tema. E este
se desdobra nos conteúdos específicos que fundamentam a resposta para
problemática.
Assim, propõe-se como encaminhamento metodológico que os conteúdos
estruturantes da disciplina de História sejam abordados através de temas, na
compreensão de que não é possível representar o passado em todo sua
complexidade. O historiador Ivo Mattozzi (2004) estabeleceu uma metodologia para
estudar um tema observando três dimensões.
1º) Deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer
representar do ponto de vista da historiografia;
2ª) deve-se delimitar o tema histórico em um período bem definido
demarcando referências temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu
início e seu final.;
3º) os professores e alunos devem definir um espaço ou território de
observação do conteúdo tematizado. O que delimita esta demarcação espaçotemporal é a historiografia específica escolhida e os documentos históricos
disponíveis.
Além dessas três dimensões, faz-se necessário instituir um sentido a seleção
temática realizada, o qual é dado pela problematização.
Para o didata da História Ivo Mattozzi (2004), depois de selecionado o tema, o
professor se utilizará de três formas para construir uma narrativa histórica, sendo
elas:
Narração: É uma “forma de discurso” na qual o professor e o aluno ordenam os
fatos históricos que se sucederam em um “período de tempo”. Esta reconstrução
representa o processo histórico relativo as mudanças e transformações por meio de
acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final.
Descrição: É a forma de representar um contexto histórico. Ela é utilizada para
representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos.
Esta descrição permite também a utilização de narrações como exemplos ou provas
da descrição do contexto histórico abordado.
Argumentação, Explicação e Problematização: A problematização fundamenta a
explicação e a argumentação histórica. Diante disso, a narrativa histórica é a
construção uma resposta para a problemática focalizada. A explicação é a busca das
causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a
resposta dada a problemática, a qual é construída através da narração e da
descrição.
Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula proporciona
a produção de conhecimento histórico quando usado como fonte na qual buscam-se
respostas para as problematizações anteriormente formuladas. Assim os
documentos permitem a criação de conceitos sobre o passado e o questionamento
dos conceitos já construídos.
346
As correntes historiográficas tomadas como referência nessa Diretriz
romperam com a idéia do documento escrito como única fonte confiável para o
estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado: imagens, objetos
materias, oralidade e os mais diversos documentos escritos são utilizados como
vestígios do passado a partir dos quais é possível produzir o conhecimento
histórico. Nessa perspectiva, o documento deixou de ser “considerado apenas um
indício do passado, sendo ele mesmo determinado por quem o produziu. Assim, o
documento não é mais a prova do real, mas um indício que depende das questões
e dos problemas postos pelo historiador” (SCHIMIDT, in KUENZER, 2002, P. 223).
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor tenha
conhecimento sobre a especificidade de sua linguagem e sobre a sua natureza,
bem como os limites e possibilidades que o trato pedagógico de cada documento
apresenta.
Para tanto, são necessários observar três níveis de indagação:
4) Sobre a existência em si do documento: o que vem a ser o documento:
O que é capaz de dizer? Como podemos recuperar o sentido de seu
dizer? Por que tal documento existe? Quem fez, em que circunstâncias e
para que finalidade foi feito?
5) Sobre o significado do documento como objeto: o que significa como
simples objeto (isto é fruto do trabalho humano)? Como e por quem foi
produzido? Qual é a relação do documento (como um objeto particular) no
universo da produção? Qual a finalidade e o caráter necessário que
comanda sua existência?
6) Sobre o significado do documento como sujeito: por quem fala tal
documento? De que historia particular participou? Que ação de
pensamento está contida em seu significado? Em que consiste seu ato de
poder?
(MARSON, apud Bittencourt, p. 332).
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas, etc. são documentos que podem ser
transformados em materiais didáticos de grande valia na constituição do
conhecimento histórico.
Os documentos acima citados podem ser utilizados de diferentes maneiras
em sala de aula, como exemplificam Schmidt e Cainelli (2004): na elaboração de
biografias, confecção de dossiê, representação de danças folclóricas, exposição de
objetos sobre o passado que esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada
objeto exposto e o contexto em que os mesmos foram produzidos e estabelecer
relações entre as fontes.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina, no caso a História, que ocorre a
articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
Assim, narrativas, imagens, sons, etc. de outras disciplinas relacionadas devem ser
tratadas como documentos a ser abordados historiograficamente.
347
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Propõe-se para o ensino de História a superação da avaliação classificatória e
como alternativa, uma avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A
avaliação deve estar contemplada no planejamento do professor e ser registrada de
maneira formal e criteriosa.
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade
principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse
processo e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo
professor, possibilitando o redimensionando deste, caso seja necessário. A
avaliação não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino
aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto
cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.
A avaliação do ensino de História, conforme orientam as Diretrizes no Estado
do Paraná, considera três aspectos importantes: a apropriação de conceitos
históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e
indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de diferentes atividades
como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e
documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras
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355
GEOGRAFIA
EMENTA: Histórico da Geografia como ciência. Objeto de estudo e de ensino da
Geografia: o espaço geográfico. Conceitos básicos da Geografia: Paisagem,
Região, Lugar, Território, Natureza e Sociedade. A interpretação do objeto de
estudo e dos conceitos básicos nas diferentes linhas de pensamento geográfico.
Análise espacial: histórica, social, econômica e cultural nas diferentes escalas
geográficas, tais como local, regional, nacional e global. Categorias de análise do
espaço geográfico: relações espaço-temporais e relações sociedade-natureza.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Em uma época em que as informações são transmitidas pelos meios de
comunicação com rapidez e em grande volume, a Geografia tem assumido um
papel muito importante, pois entender e acompanhar as mudanças, os fatos e os
fenômenos que ocorrem no mundo, sem os conhecimentos geográficos , torna-se
quase impossível.
Para compreender a organizações e as transformações sofridas no espaço
geográfico- lugar onde as manifestações da natureza e as atividade humanas- fazse necessário a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo
que vive, para atuar neste espaço, visando um mundo mais ético e desigual.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Adquirir pleno domínio da linguagem cartográfica, com mapas, gráficos, imagens
de satélites, que constituem a maneira de representar os fatos e os fenômenos
no espaço geográfico.
-
Dominar as noções de escala no conhecimento geográfico, que vão ajudá-lo a
reconhecer os fenômenos geográficos: escala cartográfica e escala geográfica.
-
Comparar os fenômenos geográficos e reconhecer as semelhanças e diferenças
existentes entre eles, explicando por que elas existem.
-
Identificar as particularidades de uma paisagem, lugar ou território no espaço
geográfico, reconhecendo os fenômenos aí encontrados, determinando o
processo de sua formação e o papel da tecnologia dos grupos humanos que
habitam ou já habitaram esse determinado lugar, paisagem ou território.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
356
I - A Geografia como ciência
•
•
•
•
•
•
A superfície terrestre
Conceitos e princípios metodológicos
O campo de estudo
Concepções
Importância
Conceitos básicos da Geografia: lugar, paisagem, território, região, natureza e
sociedade.
II – A questão ambiental
•
•
•
•
•
•
A localização no espaço geográfico
Cartografia: construção e leitura de mapas
O planeta terra: movimentos de rotação e de translação
O tempo geológico e as placas tectônicas: a estrutura da Terra
A dinâmica interna do relevo
A dinâmica externa do relevo: as várias Fisionomias da superfície terrestre
Os grandes biomas terrestres
III – A dinâmica populacional
•
•
•
•
•
Distribuição da população no mundo e no Brasil
Crescimento demográfico no mundo e no Brasil
Teorias demográficas
A estrutura etária no mundo e no Brasil
Os deslocamentos populacionais: as diferentes migrações
IV – O Espaço Urbano
•
•
A urbanização no mundo
O fenômeno urbano no Brasil
2ª Série
I – O Espaço Agrário
•
•
Agricultura mundial : importância; sistemas agrícolas; biotecnologia e agricultura.
O espaço agrário brasileiro : - a influncia dos fatores naturais nas atividade
agrárias;
- principais áreas agropecuárias brasileiras .
• A questão da terra: - a estrutura fundiária do Brasil
- a modernização do espaço agrário e a concentração de
terras:
- Movimentos políticos rurais;
- a questão da reforma agrária.
357
II – Energia e meio Ambiente
•
•
•
•
•
As fontes de energia: - fontes primárias e secundárias:
- desenvolvimento industrial e energia;
- as fontes alternativas
- a dependência mundial em relação aos combustíveis
fósseis.
A produção de combustíveis fósseis no mundo.
Combustíveis fósseis no Brasil.
A produção de energia elétrica no mundo.
A energia elétrica no Brasil.
III – O Espaço Industrial
•
•
•
•
A produção industrial
A indústria no mundo
Indústria e meio ambiente
O turismo
IV – O Mundo Globalizado
•
•
•
•
•
•
•
•
•
O modo de produção capitalista
Bipolarização e guerra fria
O fim da ordem bipolar
Socialismo hoje
Conflitos étnicos separatistas
O oriente médio e a nova ordem
Blocos regionais e a globalização
A economia global
Ambientalismo no mundo globalizado.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia sugere um encaminhamento interdisciplinar de forma
contextualizada de modo a garantir a compreensão do todo com o cotidiano da vida
e da escola.
O desenvolvimento das aulas deverá ter como base, portanto, a construção
da identidade pessoal do educando, através da formação de uma personalidade
democrática e na construção da identidade social do educando através do estudo
de temas e conceitos referentes à vida social e de uma vivência escolar interatuante
propiciadora
de
participações
sociais
organizadas,
preparadoras
ou
providenciadoras do exercício da cidadania.
Além da aula expositiva, os debates, análises de textos com diferentes
visões, análises de realidades sociais diferentes , relações culturais , étnicas, legais,
regimentais, institucionais de diferentes épocas em contraste com as atuais,
deverão permear na prática docente e no desenvolvimento discente para que o
358
educando possa se situar historica , social, geográfica e filosoficamente dentro da
realidade em que vive.
Também os recursos audio-visuais estão inseridos no encaminhamento para
que possam usufruir dessas amostras para melhor compreensão da sociedade
como um todo devendo ser debatidos após as visitações.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará de forma diagnóstica e cumulativa, levando em
consideração todos os resultados obtidos através da utilização das estratégias
( pesquisas: relatórios das aulas expositivas, após exercícios, uso de filmes e
documentarios, com relatórios, redações, resenhas e opiniões, uso de textos de
apoio, logo após a exposição do conteúdo, trabalhos com mapas mediante uso de
atlas, em grupos; entrevistas com a comunidade em relação ao assunto trabalhado;
debate de temas polêmicos; palestras na escola ou em outras instituições com
entrega de relatórios; visitas em locais acessíveis e ligados ao conteúdo; exercícios
feitos do livro didático e outros;leitura e anotações do livro didático utilizado e
outros), além do uso de provas escritas e orais, auto-avaliação e comprometimento
do aluno com a disciplina. Será qualitativa e apresentada em valores quantitativos,
devido às exigências normativas do ensino regular.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ADAS, M. Panorama Geográfico do Brasil. São Paulo:Moderna, 2000.
ALMEIDA, R; PASSINI, E. - O Espaço Geográfico, ensino e representação. São
Paulo:Contexto, 1991.
ALMEIDA, R. D. de Do Desenho ao Mapa. São Paulo: Contexto, 2003.
ARCHELA, R. S. e GOMES, M. F. V. B. - Geografia para o ensino médio - Manual
de Aulas Práticas. Londrina:Ed. UEL,1999.
ANDRADE, Manuel C. de. Uma Geografia Para o Século XXI. Campinas: Papirus,
1994.
______ Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
ANDRADE, Licia et ali - Oficinas Ecológicas. Petrópolis, Vozes, 1996.
CARLOS, Ana Fani A. (org.) - A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto,
1999.
______ O Lugar no/do Mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
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CARVALHO, Maria Inez. Fim de Século : a escola e a Geografia. Ijuí : Ed. UNIJUÍ,
1998.
CASTRO, Iná e outros (Orgs.). Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1995.
CAVALCANTI, Lana S. Geografia, Escola e Construção do conhecimento.
Campinas: Papirus, 1998.
CASTROGIOVANNI, Antônio C. (org.) - Geografia em Sala de Aula, Práticas e
Reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.
______ Ensino de Geografia Práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre:
Mediação, 2002.
CHRISTOFOLETTI, Antônio (Org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel,
1982.
CASCINO, Fábio A. Da Educação Ambiental à Ecopedagogia. São Paulo,
Edusp, 1996.
________________ - Educação Ambiental. São Paulo, Senac, 1999.
CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zey. Introdução à geografia cultural. Rio
de Janeiro : Bertrand Brasil, 2003.
CORNELL, Joseph - Brincar e Aprender com a Natureza. São Paulo,
Melhoramentos, 1996.
________________ - A Alegria de Aprender com a Natureza. São Paulo,
Melhoramentos, 1995.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1995.
DIAS, Genebaldo F. - Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental. São
Paulo, Global, 1994.
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FORQUIN, J.C. Escola
e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do
conhecimento escolar. Porto Alegre : Artes Médicas, 1993.
FOUREZ, G. A construção das ciências : introdução à filosofia e à ética das
ciências. São Paulo : Unesp, 1995.
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ou formação politécnica? In: Educação e Realidade. Porto Alegre, nº. 14,jan/jun
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FREIRE, Paulo - Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.
GADOTTI, Moacir - Pedagogia da Terra. São Paulo, Petrópolis, 2000.
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GIANSANTI, Roberto - O Desafio do Desenvolvimento Sustentável. São
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GUIMARÃES, R. (et al.) Geografia Pesquisa e Ação. São Paulo: Moderna, 2000.
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GOMES, P. C. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
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GOODSON, Y. Currículo: Teoria e História. Petrópolis: Vozes, 1995.
HAESBAERT, Rogério. Territórios Alternativos. Niterói : EDUFF; São Paulo :
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JACOBI, Pedro . Sustentabilidade e Mudança Sociocultural Debates Sócioambientais, ano 5, n° 12, 1999.
KOZEL, S.; FILIZOLA, R. Didática da Geografia : memórias da terra - o espaço
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LACOSTE, Yves.
A Geografia - Isso Serve, em Primeiro Lugar para Fazer a
Guerra. Campinas: Papirus, 1988.
MORAES, Antônio C. R. Geografia - Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec,
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______ Geografia Crítica - A Valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984.
______. Ideologias Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.
MOREIRA, Antônio F. e SILVA, Tomás T. (Orgs.). Currículo, Cultura e Sociedade.
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MOREIRA, Ruy. O Círculo e a Espiral (A Crise Paradigmática do Mundo Moderno).
Rio de Janeiro: Cooautor, 1993.
NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade : ensaios sobre a
metodologia das ciências sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986.
OLIVEIRA, Ariovaldo U. Para Onde vai o Ensino da Geografia? São Paulo:
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______ (org) Reformas no Mundo da Educação: Parâmetros curriculares e
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PASSINI, Elza, Y - Alfabetização Cartográfica e o Livro Didático. Belo Horizonte: Lê,
1994.
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QUAINI, Máximo.
A Construção da Geografia Humana. Rio de Janeiro: Paz e
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RAMONET, I. Geopolítica do Caos. Petrópolis: Vozes, 1998.
RUA, J.; WASZKIAVICUS, F.A; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
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______ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo:
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______ Técnica, Espaço e Tempo: o meio técnico-científico informacional. São
Paulo, Hucitec, 1996.
______ Por uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
______. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
______. A Construção do Espaço. São Paulo: Nobel, 1986.
______ O Espaço Interdisciplinar. São Paulo: Nobel, 1986.
______. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1986.
SILVA, Armando C. da.
De Quem é o Pedaço? Espaço e Cultura. São Paulo:
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VESENTINI, José W. Para uma Geografia Crítica na Escola. São Paulo: Ática, 1992.
KRAJEWSKI, Angela Corrêa - Geografia – Pesquisa e Ação . Vol. Único- 2 ed- São
Paulo: Ed Moderna , 2003.
ALMEIDA, Lucia Marina Alves e RIGOLIN, Tércio Barbosa – Geografia Vol. Único-2
ed- São Paulo: Ed.Ática,2005
LUCCI, Elian Alabi e outros – Geografia Geral e do Brasil – Vol. Único-1 ed. São
Paulo: Ed. Saraiva, 2003
FERREIRA, Graça Maria Lemos – Atlas Geográfico : Espaço Munidial 1 ed. – São
Paulo: Moderna, 1998
Periódicos: Super Interessante, Galileu, Veja, Época, Jornais.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
DISCIPLINAS DA FORMAÇÃO ESPECÍFICA
362
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA
Concepções de história. A história e a educação. A transição do modo de
produção feudal para o modo de produção capitalista. A Educação Humanista e a
reforma. As relações entre a Europa e a América. A educação jesuítica. O
Iluminismo e sua influência na educação brasileira. As pedagogias dominantes e
não- dominantes e seus contextos históricos.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina FHE deve prever como primeiro tópico: “reflexões acerca da
pertinência e objetivos da disciplina no Curso de Formação de Docentes”. Por que
razões ela se faz presente no curso? Quais as contribuições que ela pode trazer
para a melhoria da qualidade formativa e, conseqüentemente, da futura prática dos
alunos?
Então é preciso aprofundar a concepção dialética de história e sua utilização
em estudos sobre o fenômeno educacional. Os conteúdos clássicos da educação
(greco-romanos, especificamente) são necessários para o entendimento de como o
modelo “educacional” ocidental contemporâneo se manteve fiel aos eixos originados
naquelas sociedades. Eixos que serão retomados pela Educação Humanística, pela
reforma e contra-reforma. Do mesmo modo, o modelo social e educacional
valorizado no medievo e contraposto pelo iluminismo estão diretamente
relacionados às construções históricas iniciadas nas sociedades clássicas. Fugir
desta cronologia parece aligeirar e enfraquecer a compreensão da totalidade
histórica, responsável pelo modelo ocidental de sociedade e educação.
Pelas mesmas razões a Educação do Período Feudal (cristã/católica)
merece maior atenção. A compreensão dos rompimentos históricos da transição do
feudalismo ao capitalismo carecem dos conteúdos referentes àquele período. Um
dos conteúdos principais (senão o principal) para a compreensão do modelo ideal
contemporâneo de ser humano e de sociedade a ser perseguido pela educação, é o
que trata desta transição.
Os valores liberais clássicos são gestados neste período. Compreender os
determinantes históricos da gênese do pensamento liberal é fundamental para forjar
a crítica consistente e a transformação destes mesmos valores. Neste momento
histórico são fincadas as cunhas que marcarão as problemáticas educacionais
posteriores expressas, dentre outras maneiras, na dicotomia indivíduo x sociedade;
autonomia x dependência; opressão x liberdade; essência x aparência;
transformação x manutenção social; universalidade x contingência. O entendimento
da situação peculiar do Brasil e demais países da América Espanhola e Portuguesa
no cenário da colonização européia, em muito contribui para situar adequadamente
a educação brasileira na Colônia, Império e Primeira República, principalmente.
A Educação Jesuítica por dois séculos organizou e efetivou a educação
institucionalizada do Brasil, montando até uma grande rede física neste período
363
(1549-1759). Dada a fragilidade das ações estatais no campo educacional, os
herdeiros da educação jesuítica garantiram por muito tempo ainda a manutenção
deste modelo pedagógico no Brasil.
Os temas a serem tratados deverão abordar as pedagogias cunhadas de
tradicional liberal e as pedagogias não-liberais. A reflexão realizada por Saviani
(1998) no livro “Escola e Democracia” é fundamental. Do ponto de vista pedagógico
(O que ensinar? Como ensinar? Por que ensinar? A favor de quem ensinar?) a
história da educação brasileira explicita que as políticas educacionais (tanto da rede
pública quanto da rede privada/confessional) estão polarizadas entre, de um lado, a
perspectiva pedagógica conteudista que se convencionou nominar de pedagogia
tradicional; de outro lado, a perspectiva formalista/individualizante que atendia às
necessidades elitistas.
O conteúdo da disciplina de FHE deverá priorizar o debate entre a educação
tradicional e a educação nova: a explicitação dos conteúdos históricos, das
respectivas correntes filosóficas e seus pressupostos, do pensamento pedagógico
correspondente, suas principais características e a materialidade que alcançou no
Brasil, passível de ser observada na análise da política educacional e dos
programas escolares.
O conteúdo pertinente a estas correntes pedagógicas, suas vinculações às
especificidades dos diferentes projetos das classes sociais no Brasil a partir do ano
de 1930 é que deve ocupar a parte final da disciplina FHE, no Curso de Formação
de Docentes. Esse tema deverá favorecer a correlação entre os principais
elementos do sistema capitalista brasileiro e os diferentes projetos políticopedagógicos de estado. Aqui, o diálogo com a disciplina de Política Educacional
deve ser acentuado.
Com certo grau de aprofundamento nestes conteúdos, os/as alunos/as se
apropriarão da principal discussão que acompanha a história da Educação Brasileira
e terão importante contribuição da disciplina FHE para compreenderem de modo
mais substancial a realidade educacional brasileira e nela interferirem de modo
efetivo.
As temáticas que perpassam a Educação brasileira contemporânea devem
ser abordadas, ainda que brevemente. Reflexões sobre as características do
capitalismo e as demandas que lança sobre o sistema escolar deverão ajudar os/as
alunos/as a entenderem as diferentes perspectivas pedagógicas que têm
influenciado as escolas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
•
•
•
Conhecer o percurso da História da Educação Brasileira;
Perceber que a realidade educacional presente só pode ser bem observada
através da análise de fatos passados;
Entender as diferentes perspectivas pedagógicas que têm influenciado as
escolas;
Perceber que a História da Educação brasileira evolui em rupturas marcantes
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
364
1. Fundamentação conceitual
1.1 História
1.2 Historiografia
1.3 História da Educação
1.4 Concepções de História: Positivista / Materialista Histórica
2. Contextualização da História da Educação
2.1 Educação Antiga e Medieval
2.2 Educação Clássica – Educação Grega x Educação Romana – influência no setor
educacional mundial
2.3 Nascimento do Cristianismo e sua expansão
2.4 Transição Feudalismo – Capitalismo
2.5 Renascimento e Educação Humanística
2.6 Reforma Protestante – Contra-reforma – aspectos educacionais
2.7 Iluminismo – influências na educação brasileira
3. Educação Brasileira
3.1 Educação Brasileira no período Colonial e Imperial – Pedagogia Tradicional
3.2 Primeira República (1889) – transição Pedagogia Tradicional / Nova
3.3 Período 2ª República
3.4 Período do Estado Novo
3.5 Período da Nova República
3.6 Período da Abertura Política
3.7 O ideário da pedagogia dominante e não dominante
3.8 A LDB e as perspectivas da escola pública
3.9 Educação Brasileira: tendências neoliberais, pós modernas x materialismo
histórico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A instrumentação metodológica deve possibilitar aos professores o
desenvolvimento de um trabalho crítico e não linear da História da educação através
de:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Entrevistas;
Pesquisas;
Estudos comparativos;
Leituras;
Discussões;
Exposição escolar;
Réplicas – montagem e exposição;
Avaliação (cognitiva);
Seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Será contínua e cumulativa, considerando o nível de participação e interesse
nas atividades propostas, além das atividades realizadas pelos/as alunos/as.
365
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREITAG, B. Escola, Estado e Sociedade. São Paulo: Moraes, 1986.
GHIRARDELLI, P. História da Educação. São Paulo: Atualidades Pedagógicas,
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PARANÁ/SEC – Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino fundamental, em nível médio, na
modalidade normal. Curitiba, 2003.
- Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 – Estabelece Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados, 2000.
História e História da Educação: o debate teórico-metodológico atual.
Campinas: Autores Associados, 1998.
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA
Pensar filosoficamente (criticamente) o ser social, a produção do conhecimento e
a educação a partir de temas, tendo como eixo de análise o pensamento e a
história; introdução à Filosofia (filosofia como questão e como resposta; atitude
filosófica); conhecimento (formas de conhecer, o conhecimento e os primeiros
filósofos, os filósofos modernos e a teoria do conhecimento). Trabalho (atividade
humana, alienação). Ética (fundamentos da ética e da moral) a corporeidade como
produção histórica) Cultura (o homem como ser no mundo) Ciência (a revolução
científica moderna).
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo do conhecimento humano, da forma como conhecemos e
compreendemos o mundo que nos cerca, tem recebido valiosas contribuições nas
últimas décadas. Conhecer é, sob um certo prisma, obter ordem a partir do ruído
desordenado das nossas sensações. Conhecer e aprender são processos que se
interligam. Mas, o que é conhecimento? Conhecimento é, primeiramente, um
processo simultaneamente cerebral, social e cultural, ou seja, a conjugação de
termos inatos, adquiridos e construídos que produzem uma ponte de união para o
conhecido a partir do desconhecido no ato de aprender.
Do ponto de partida básico para a reflexão é o conhecimento da relação
filosófica numa perspectiva sócio-histórica, onde o homem é entendido como ser
366
que se constrói permanentemente na relação consigo mesmo, com a natureza e
com a sociedade de seu tempo e as sociedades do passado.
As reformas que vêm se efetuando na educação em formas de políticas
governamentais e de Estado são, sem dúvida, conseqüência das transformações
que vêm ocorrendo no mundo. Ao mesmo tempo que é modificada pelo mundo da
produção, ela também é capaz de modificá-la.Importa, pois redimensionar a ação
educativa dentro do cenário sócio político e do próprio discurso educacional,
oportunizando reflexões onde o espaço educacional estabeleça relações concretas
com o processo social, repensar o processo educativo no sentido de oferecer ao
sujeito condições de compreender o meio onde está.
As formas como a humanidade elaborou o conhecimento se transformaram
ao longo da sua história. Entre os gregos antigos, podemos dizer que a produção do
conhecimento estava ligada à contemplação da natureza que nos cerca, objetivando
a apreensão da sua essência, por meio da reflexão e da filosofia.
Incertezas, no que diz respeito à nossa capacidade de conhecer, passam a
fazer parte do universo de ação da ciência; abrem-se fronteiras, de acordo com a
afirmação de Pascal: "Nem toda a contradição é indício de falsidade, nem a nãocontradição é indício de verdade". "Na ciência moderna, a percepção ocorre
diretamente através da mente. Cada vez mais as teorias determinam a forma e a
função dos instrumentos de observação. São as teorias e secundariamente os
instrumentos que nos colocam em contato com o real" (Leodoro 1998).
Com o desenvolvimento do conhecimento em rede, esse passa a ser
representado não como um acúmulo linear, lógico e cronológico de saber e de
informações, mas sim por um "mapa multidimensional" com fronteiras mais ou
menos claras entre disciplinas e campos, com pontes escondidas entre eles em
outras "dimensões", como num modelo de "infecção epidemiológica": descobertas,
conceitos, idéias, técnicas e fatos empíricos de uma área podem vir a ter
implicações inesperadas em outras áreas aparentemente desconexas e distantes.
Os riscos passam a ser a energia propulsora do pensamento complexo e as
certezas absolutizadoras tornam-se, desta maneira, obstáculos à evolução do
conhecimento científico. Segundo Japiassú: "O pensamento só progride arriscando
suas próprias certezas".
Qual é então o objetivo da educação? Educação se relaciona
fundamentalmente ao método que é o aprender a aprender. Segundo Morin: "o fim
do método é ajudar a pensar por si mesmo para responder ao desafio da
complexidade dos problemas". Dito de outra forma, o objetivo da educação é "o
esclarecimento e a problematização dos meios e fins do empreendimento humano
de conhecer o mundo" (Leodoro 1998).
O modelo de escola hegemônico no século XX privilegiou uma forma de
consciência do ser humano, e conseqüentemente a sua cultura, não é construída a
partir do vazio: "Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao
contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência" (Marx 1978). Assim
sendo, a prática da educação tem que estar coerente com o panorama atual, não
somente em termos das atualidades que surgem a todo instante mas também,
principalmente, de acordo com os seus pressupostos. O fato de que a
interdisciplinaridade vem no bojo de toda uma globalização muitas vezes nefasta
367
para países pobres como o Brasil, não pode nos impedir de aproveitar a
oportunidade para construir uma educação que realmente colabore com a
construção de uma cidadania efetiva; nas palavras de J. T. Santomé: "Poucas vezes
ao longo da história foi tão urgente a aposta em uma educação verdadeiramente
comprometida com valores de democracia, solidariedade e crítica, se quisermos
ajudar cidadãos e cidadãs a enfrentar essas políticas de flexibilidade,
descentralização e autonomia propugnadas nas esferas trabalhistas. É preciso
formar pessoas com capacidade de crítica e solidariedade, se não quisermos deixálas ainda mais indefesas".
Fundamentos Filosóficos é aqui entendida, então, como processo de
formação e de aprendizagem socialmente elaborado e destinado a contribuir na
promoção da pessoa humana enquanto sujeito da transformação social, que
transforma e é transformado.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O objetivo geral da disciplina é formular, discutir e elucidar algumas questões
básicas da educação e procurar responder a elas.
Dentro desse objetivo, considera-se alguns pontos, sendo:
1 – Refletir sobre o contexto atual em que vivemos, a chamada Sociedade da
Informação, em especial sobre o papel da tecnologia nessa
sociedade,
esclarecendo os desafios que este contexto coloca à nossa visão de educação e do
papel da escola.
2 – Analisar, em grandes linhas, os grandes paradigmas da Educação, existentes na
História da Filosofia e verificar como alguns dos principais modelos e algumas das
principais teorias da Educação se encaixam dentro desses paradigmas.
3 – Analisar em detalhes o paradigma da Educação como Transmissão de
Informação ( a herança cultural da sociedade ou da humanidade) e o papel central
que ele dá aos conteúdos disciplinares como objeto da educação, ao ensino, como
método e ao professor, como ensinante e principal agente da educação.
4 – Analisar em detalhe o paradigma da Educação como Transmissão como
Desenvolvimento Humano e o papel central que ele dá ao aluno, como ator principal
e protagonista de sua própria educação, à sua ação em busca de seus interesses,
de resposta às suas questões e de resoluções de seus problemas, como principal
método de aprendizagem e à construção de competências como o objetivo da
educação.
5 – Analisar, em grandes linhas, as características gerias da nova escola, voltada
para a promoção do desenvolvimento humano ( e não para a transmissão de
informações organizadas em disciplina).
6 – Discutir o currículo, mostrando como a construção de competências pode ser
organizada ao redor dos Quatro Pilares.
368
7 – Discutir os agentes educacionais que atuam dentro da nova escola e discutir o
papel do aluno, professores, funcionários e direção da escola, bem como a forma de
gestão da nova escola e a organização de seus tempos e espaços.
8 – Refletir sobre a Educação como desenvolvimento humano em seus aspectos
formais e não – formais, discutindo quais seriam os objetivos educacionais que
poderiam ser alcançados dentro da instituição escolar, qual é o impacto dos
mecanismos informais de educação e qual deve ser o papel do Estado, da
sociedade, da escola e do lar na educação.
9 – Refletir sobre o papel da tecnologia na educação para o desenvolvimento
humano, em especial dos meios de comunicação de massa e do computador
interligado em rede (internet).
•
Compreender as transformações da organização da escola no contexto atual
à luz dos fundamentos da ação educativa.
•
Conhecer os
institucional;
•
Refletir sobre a qualidade da escola sob os elementos: ambiente educativo,
prática pedagógica, avaliação, gestão escolar democrática, formação e
condições de trabalho dos profissionais da escola, espaço físico escolar e
acesso, permanência e sucesso na escola.
•
Analisar, a partir de indicadores, a qualidade da escola com vistas a
elaboração de solução para os problemas.
•
Organizar projetos educativos que atendam às soluções adequadas aos
problemas detectados
pressupostos
teóricos
e
metodológicos
da
avaliação
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Os principais paradigmas da educação;
•
A educação como desenvolvimento humano do indivíduo;
•
Ambiente Educativo;
•
Métodos e Práticas Pedagógicas;
•
Gestão Escolar Democrática;
•
Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola;
•
Espaço Físico Escolar;
•
Acesso, permanência e sucesso da escola;
•
A sociedade, o meio e o indivíduo;
•
A educação e a aprendizagem;
•
O paradigma do desenvolvimento humano,
369
•
A tecnologia na educação e no desenvolvimento humano;
•
A questão da avaliação.
Para uma análise das instituições escolares.
370
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É preciso que nós educadores, estejamos atentos ao momento histórico
vivenciado, promovendo a interação de conteúdo trabalhado, vivências e contexto
social. É relevante que refletimos sobre nossas próprias práticas, sobre os desafios
que nos são postos no plano da ação concreta. O contexto mutante em que vivemos
nos indica caminhos que envolvem riscos, mas, somente a práxis, que é a unidade
promovida entre a teoria e a ação, é capaz de superar esses riscos.
É importante também sempre ter em mente que aulas transversais e
interdisciplinares são tarefas complexas; sendo assim, a grande tarefa do professor
é, de certa forma, modelar o caos e saber se comunicar e se expressar, interagindo
de forma efetiva com seus alunos. O professor tem que tomar a decisão de forma
autônoma sobre o que ensinar a cada momento e sobre qual o fluxo das
diversidades na educação. Portanto, deve se basear no seu conhecimento do
campo sobre o qual está ensinando e deve também se basear de forma consciente
nos objetivos e pressupostos pedagógicos de seu trabalho. Dessa maneira, existe
uma certa imprevisibilidade na prática educacional que pode sempre vir a ser fértil,
já que pode apontar para outros e melhores caminhos. Há várias rotas possíveis
para se ensinar quaisquer conteúdos, existindo a possibilidade e a flexibilidade de
sempre se poder pensar em novas estratégias.
O professor deve sentir de forma clara que ele tem que ser a ponte entre
duas linguagens a do cientista e a do estudante (e talvez uma terceira, a dos livros
didáticos!) e não somente a ponte entre dois campos de conhecimento, o dos
conceitos científicos estabelecidos e o dos conceitos espontâneos. Mudanças de
paradigmas, para ocorrerem de fato, pressupõem um verdadeiro diálogo e não
somente a recepção de conceitos prontos. Dessa forma, traduzir as idéias em
sentenças longas e menos concisas, estreitas e estanques, pode vir a ser bastante
produtivo. Apresentar as equações em palavras, além de em símbolos matemáticos,
também é seguramente interessante. A aula é sempre um processo de
comunicação/diálogo com a possibilidade do uso de diferentes signos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os temas propostos da disciplina serão discutidos em encontros presenciais
em salas de aula e através de discussões (discutitivas ou dialógicas), em grupos de
trabalhos e individuais.
O rendimento será avaliado através de :
•
•
sua participação nas discussões em sala de aula;
trabalhos em grupos e individuais.
BIBLIOGRAFIA
371
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ALVES, G. L. A produção da escola pública contemporânea. Campo Grande, MS:
Ed. UFMS; Campinas, SP: Autores Associados, 2001.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2003.
LALANDE, A Vocabulário técnico e crítico de filosofia. 2 ed. São Paulo, SP, 1996.
LUCHESI, C. C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994. Coleção
Magistério 2º grau. Série formação do professor.
LUCKESI, C. C. , PASSOS, E. S. Introdução à filosofia: aprendendo a pensar. 5
ed. São Paulo: Cortez, 2004.
KLEIN, L. R. Proposta político-pedagógica para o Ensino Fundamental. Campo
Grande, MS: Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, 2000.
KLEIN, L. R., CAVAZOTTI, M.A.
Considerações sobre elementos teórico-
metodológicos, a propósito de uma proposta de currículo básico. In: Cadernos
Pedagógicos e Culturais/ Centro Educacional de Niterói. Vol.1, n. 1 (Set./Dez.
1992)
LALANDE, A Vocabulário técnico e crítico de filosofia. 2 ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1996.
LURIA, A.R.
O problema da linguagem e da consciência. In: Pensamento e
linguagem. As últimas conferências de Luria. Porto Alegre, RS.: Artes Médicas,
2001.
MANACORDA, M.Marx e a pedagogia moderna.SP: Cortez, 1991.
MANACORDA, m. História da educação. SP: Cortez,1989.
MAO Tsé-tung. Sobre a prática e sobre a contradição. São Paulo: Expressão
Popular, 1999.
MARX, K., ENGELS, F. A ideologia alemã. 10 ed., São Paulo: Hucitec, 1996
MARX, K. Para a Crítica da Economia Política (1857). Trad. Edgar Malagodi. São
Paulo: Abril Cultural, 1996. Col. Os Pensadores.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica. Primeiras aproximações. Campinas, SP:
Autores Associados, 2003.
SUCHODOLSKI,B.A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosoficas. Lisboa: livros
Horizontes, 1984.
372
_____ Escola e democracia. 36 ed. revista Campinas, SP.: Autores Associados,
2003. Coleção Polêmicas do Nosso Tempo.
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1998.
Leitura dos clássicos recomendada:
Aristóteles: Política
Bacon: Novo Organon
Brecht: Galileu, Galilei
Comenius: Didática Magna
Engels: A origem da família, da propriedade privada e do Estado
Marx: Manifesto do partido comunista
Pico de la Mirandola: Discurso sobre a dignidade do homem
Rousseau: Ensaio sobre a origem da desigualdade
Thomas Morus: A utopia
Voltaire: Cândido
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA
A Educação na perspectiva sociológica e antropológica. As teorias clássicas e
contemporâneas sobre a sociedade e a educação. Estudos socioantropológicos
sobre a educação e a escola no Brasil (urbano e rural) . Concepções de
criança/infância como construção histórica e social. A infância no Brasil (urbano e
rural). A educação no campo. Experiências das escolas rurais, do Movimento dos
Trabalhadores Sem-terra e das ONGs voltadas para a educação dos Trabalhadores
Temporários do Campo, entre outras.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
“A busca do conhecimento é um processo constante na
incomplexibilidade
do eterno processo de aprender, gerador de angústia.
A condução do processo deve aliar conhecimento ao
comprometimento
político-pedagógico do profissional da educação.”
Situar o aluno do Curso de Formação de Docentes-Educação Infantil e Séries
Iniciais, em relação à Sociologia é uma necessidade para formar sujeitos
conscientes.
As origens do pensamento sociológico clássico ocorreu entre os séculos XVII
e XIX, no apogeu do pensamento iluminista, que forjou todo o ideal da Revolução
Francesa e da Revolução Industrial , revoluções que serviram de base para a
373
instalação da
sociedade capitalista.
Naquele
momento histórico
houve
modificações nas formas de pensamento e provocaram modificações na forma de
conhecer a natureza e a cultura. É, então que surgem pensadores com o objetivo de
propor ações tanto para manter como para reformar a sociedade de seu tempo.
Entre os pensadores que contribuíram para a formação do pensamento sociológico,
destacamos :Émile Durkein e Karl Marx.
O primeiro representa o pensamento positivista- o da manutenção do
capitalismo; o segundo representa a corrente de pensamento histórico-críticacontrário ao positivismo.
Analisar estas estruturas e suas relações é um passo importante para
determinar o ângulo a partir do qual iremos abordar os conteúdos da Sociologia Da
Educação- Curso de Formação De Docentes -,arrrolados na grade curricular .
Partindo disso, discutir as formas de manifestação da cultura e analisar como
a escola vem tratando a questão da cultura; a relação entre o desenvolvimento
capitalista e o caráter da vida familiar, dentro de uma perspectiva histórica; a cultura
da escola e o relacionamento com os agentes sociais pertencentes a grupos
minoritários (deficientes, etc.); analisar sociologicamente a escola que temos na
atualidade:Educação Infantil(0 a 6),Ensino Fundamental, a Educação Especial; as
relações sócio-pedagógicas ( travadas dentro do ensino ); e escola do meio rural e
urbano. Uma análise sociológica.
Os problemas educacionais são compreendidos, quando situados dentro de
um referido contexto social.
E o profissional em educação deve ser detentor de conhecimento para
assim, gerar
transformações através de “consciências” cidadãs.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Trata-se de uma disciplina que entra no programa de Formação de Docentes
para articular teorias sociológicas com as práticas de ensino, visando :
-a educação para a autonomia;
-a educação para e pela cooperação em oposição à competição existente;
- a educação pela prática da cidadania na escola, na relação professor-aluno,
aluno-aluno.
Objetiva-se uma educação que alargue os horizontes culturais, exercite o espírito
crítico e a cidadania.
E, especifica,mente , ao aluno do curso de formação de docentes, propiciar
condições para que o aluno venha a atuar no curso e na profissão , como :
-profissional autônomo e consciente em suas tomadas de decisões;
-docente transformador e formador de cidadãos “conscientes “ e transformadores da
sociedade de seu tempo.
4.0. Conteúdos
1- Surgimento do Pensamento Sociológico.
1.1- O conceito de Sociologia.
1.2- O concito de sociologia da educação.
374
1.31.41.51.61.71.8-
Métodos utilizados pelos Sociólogos.
Campo profissional -Sociólogo.
Breve histórico da evolução da sociologia.
Figuras expoentes: Emile Durkhein, Karl Marx .
Teorias sobre Sociedade e educação.
Concepções: educação. Sociedade. Educação.
2-Cultura
2.1- O conceito de cultura.
2.2- A cultura da escola
-Traços culturais característicos da cultura de Educação Infantil, dos alunos
das series iniciais do Ensino Fundamental.
-Traços de cultura do professor Educação Infantil.
-As mídias eletrônicas (TV, rádio, etc) e a expressão de diferentes culturas.
1- Concepções de criança/ infância como construções históricas - social
2- A infância no Brasil: urbano e rural
3- Educação no campo-MST-ONGS.
7-Análise sociológica da escola no Brasil
- O Ensino Fundamental nas series iniciais. (1ª a 4ª)
- A Educação Infantil. (0 a 6 anos)
- A Educação Inclusiva
2- Educação e Sociedade no Brasil
- Educação escolar
- Acesso e Evasão
- O Fracasso escolar no Brasil-análise sociológica dos aspectos: sociais,
políticos, econômicos e culturais.
3- Sala de Aula:
- Interação social
- Diversidade
- Relação professor -aluno
- Relação professor-aluno
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A questão de ordem metodológica referentes ao ensino da Sociologia da
Educação, tendo em vista os objetivos propostos, são:
Participação reflexiva –( essência do método Paulo Freire)
Entrevistas: sociólogo, jornalista .
Problematização (respostas dos alunos)
Estudos e análise dos dados ou informações coletados pelos alunos.
Elaboração de conclusões.
375
Leituras de relatos de pesquisas sociológicas ou de trechos delas,( publicadas
em jornais, revistas, livros).
Debates mediados pelo professor da disciplina
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será objetiva considerando o conhecimento adquirido e também será
subjetiva enquanto construção do conhecimento e relação deste com o contexto
social. Seguirá os critérios regulamentados pela escola, usando-se sempre o bom
senso da leitura de mundo a partir da realidade e visão sendo construída de cada
aluno a partir de seu universo de vivências. Será considerado também o potencial
de interferência que o aluno percebe, visando melhor qualidade de vida no conjunto
da sociedade.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
Bibliografia para o aluno (livros didáticos)
Sociologia da educação
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação: uma Introdução ao estudo da escola
no processo de transformação social. São Paulo: Loyola, 1988
TOMAZI, N. D. Sociologia da Educação. São Paulo: Atual, 1997
RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
VIEIRA, Evaldo. Sociologia da Educação: Reproduzir e Transformar. São Paulo:
FTD, 1994
Sociologia Geral
COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. 2.ª ed. São
Paulo: Moderna, 1997
MARCONDES, Ciro. Ideologia. O que todo Cidadão precisa saber sobre ideologia.
São Paulo: Global, 1985
MARTINS, Carlos B. O que é Sociologia. 7.ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984
MEKSENAS, Paulo. Aprendendo Sociologia: a paixão de conhecer a vida. 4.ª ed.
São Paulo: Loyola, 1987
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2.ªed. São Paulo: Cortez, 1994
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia. 23a ed. São Paulo: Ática,
2000
376
QUINTANEIRO, Tania et al. Um Toque de Clássicos: Durkheim, Marx, Weber.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996.
RIDENTI, Marcelo. Política pra quê? São Paulo: 1992
SEVERINO, A J. Métodos de Estudo para o 2.º Grau. Campinas: Papirus, 1989
TOMAZI, Nelson D. (org.). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993.
COSTA, Cristina. Sociologia. Introdução à ciência da sociedade. São Paulo,
Moderna, 2000.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio Grande do sul, Paz e Terra, 1979.
KIRAJEWSKI, Ângela C. Geografia, Pesquisa e Ação.
KISHIOMOTO, Tizuco Morchida, org, Jogo, Brinquedo e Brincadeira e a
educação, São Paulo, Cortez, 1996.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação. São Paulo, Loyola, 1998.
REFERENCIAS para Formação de Professores. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília. 2002.
TOSCANO, Moema. Introdução à Sociologia Educacional. 2ª ed. São Paulo,
1984.
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA:
Introdução ao estudo da Psicologia; Introdução à Psicologia da educação;
Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia
contemporânea: Skinner e a psicologia Comportamental; Teoria da aprendizagem;
Social de A. Brandura; A Psicanálise de Freud e educação; Epistemologia Genética
de Piaget;
Gestat, Teoria da aprendizagem significativa ; Teoria do
Aconselhamento
A disciplina de Fundamentos Psicológicos da Educação visa a oferecer ao
aluno do Curso de Formação de Docentes informações sobre propostas de
“educação para o pensar”, abordando a prática e seus fundamentos psicológicos e
filosóficos,e valorizando a promoção do pensamento reflexivo pelo professor - de
modo a propiciar aos educandos em sala de aula, além do domínio de
conhecimentos historicamente acumulado, o desenvolvimento de capacidade que
lhes permita produzir um pensamento próprio, crítico e criativo.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Tendências pedagógicas
Como expoentes no estudo das tendências pedagógicas que
dominaram, ou estiveram em confronto, dentro da política educacional brasileira
em determinados períodos, José Carlos Libâneo5 e Dermeval Saviani6 já
5
6
LIBÂNEO, J.C. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1986.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados,1995.
377
debateram suficientemente a questão, desde as origens de cada tendência até
seus representantes principais (incluindo a discussão sobre suas bases
filosóficas-epistemológicas). Em função disso não temos a intenção nem a
necessidade de retomar as classificações feitas por estes autores, as quais têm
se tornado parte do discurso dos professores. Contudo, o fato de se ter discutido
e apontado caminhos não implica em que no nosso cotidiano as coisas estejam
bem claras sobre qual a postura pedagógica tomamos.
Na práxis educativa corrente na maioria das escolas e na maioria
das instituições de cunho educativo ainda temos muitas dificuldades, somos
limitados e nos confundimos com o bombardeio de propostas, autores,
psicologias e tendências.
De dentro do mar de confusões conceituais, chavões, modismos,
pactos de mediocridade, medos, desesperança e da falta de recursos materiais
mínimos, queremos buscar um desvendamento inicial de uma questão ainda
indefinida: a relação entre a chamada Pedagogia Histórico-Crítica e a
contribuição da Psicologia Sócio-Histórica.
O que poderá haver de comum entre Vigotski e uma pedagogia crítica?7
Entendemos que deva ser, fundamentalmente, a base filosófica materialista
dialética a partir da qual pretende-se entender o homem na totalidade das
relações que compõem sua existência. O eixo comum entre Vigotski e uma
pedagogia crítica há de ser a visão de mundo, a concepção de homem, e o
método de abordagem da realidade. Nos autores da Psicologia Sócio-Histórica o
método dialético é fundamental. Para VIGOTSKI (1984)8 ele se traduz em três
pontos básicos:
a) Entender o objeto de estudo como processo e não como
fato;
b) Explicar a essência de tais processos e não ficar na sua
aparência; e
c) Estudar os processos já formados pelo entendimento de sua
gênese.
O que temos colocado até agora vai na direção de dizer que as
produções da Psicologia Sócio-Histórica têm sua gênese em um contexto
histórico específico e formam um sistema teórico vastíssimo com sua própria
coerência e pluralidade interna, com sua autonomia em relação a outras
tendências em Psicologia.
Ao mesmo tempo, a Psicologia Sócio-Histórica, principalmente nos
trabalhos de Vigotski não é uma ramificação de alguma outra corrente
psicológica, como o Behaviorismo, a Psicanálise, a Gestalt ou a teoria de Piaget,
mas é uma tendência própria e distinta de todas as anteriores, ainda que
dialogue com elas e não negue suas contribuições. Pode-se dizer também que a
Psicologia em Vigotski é mais do que uma ciência psicológica fechada em si
mesma, é uma proposta de construção de uma ciência social ampla e unificada
(abordando questões filosóficas mais amplas, passando pela semiótica, pela
7
Existe inclusive uma discussão sobre o que vem a ser uma pedagogia crítica uma vez que se pode colocar
várias tendências pedagógicas dentro de uma denominação geral como “Pedagogia Progressiva”. Mesmo se
definíssemos Pedagogia Crítica , restringindo-a às tendências de inspiração marxista, ainda assim teriamos uma
gama de tendências possíveis, desde althusserianos a gramsscinianos. O que talvez deva ser um ponto comum
entre as tendências de cunho progressista , às quais a contribuição de Vigostski possa se aliar, seja a posição
politica de pensar a educação como determinada socialmente, como um dos determinantes da formação social
da mente, e o empenho pela socialização real dos bens econômicos como um príncipio inalienável.
8
VYGOTSKI,L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes,1984.
378
antropologia cultural, sociologia, e teoria da evolução; e propondo trabalhos em
educação, psicopatologia, neuropsicologia, análises estéticas e semióticas da
linguagem literária e cinematográfica, entre outros).
Da mesma forma que a psicologia vigotskiana não pode se reduzir
à Pedagogia, uma pedagogia crítica e voltada ao contexto da sociedade
brasileira e de seu sistema educacional também não pode se reduzir à psicologia
sócio-histórica. A pedagogia não se resume às questões psicológicas (mesmo
que se trate de uma visão psicológica abrangente como a de Vigotski). A
pedagogia em autores como Saviani, Libâneo, e muitos outros importantes
autores brasileiros, levanta questões fundamentais sobre as políticas
educacionais historicamente instituidas em nosso país, sobre as características
peculiares à estruturação do capitalismo brasileiro e seus reflexos sobre as
nossas instituições educacionais públicas e/ou privadas, e ainda outros aspectos
políticos e filosóficos para os quais a própria psicologia sócio-histórica (em toda a
sua abrangência) não atenta. O fato é que toda a pedagogia tem em sua base,
uma concepção psicológica (explícita ou não), tanto quanto uma fundamentação
teórico-metodológica, uma concepção filosófica e um direcionamento político.
Resta saber em que sentido a psicologia é incorporada por cada tendência
pedagógica, e quais os fundamentos da diferentes psicologias que embasam as
distintas pedagogias.
Resta perguntar: poderão Vigotski e a Psicologia Sócio-Histórica
contribuir para uma pedagogia crítica? Tudo indica que sim. A proposta
psicológica de Vigotski e de seus colaboradores e seguidores, dentre suas
diversas possibilidades entra em cheio na questão do processo de aquisição do
conhecimento, na medida em que estuda a gênese dos processos mentais
complexos, propriamente humanos e tal gênese se dá nas relações sociais nas
quais o indivíduo ativamente se insere. A atividade coletiva, e fundamentalmente
a atividade onde a própria interação com pessoas mais experientes orienta o
sujeito na conquista de determinados objetivos, tem um papel fundamental na
formação da mente.
É possível (e necessário) aprofundarmo-nos nas obras de Vigotski
para ampliar nossas possibilidades de trabalho com o conhecimento e
especificamente com a apropriação do conhecimento científico no contexto
escolar. Contudo isso não exclui a necessidade da compreensão da escola
enquanto realidade política - dentro de um sistema sócio-econômico
historicamente determinado, entre outras questões, para as quais Vigotski, por
exemplo, não dedicou seus principais trabalhos.
De qualquer maneira, a discussão sobre as bases econômicas,
políticas e culturais da educação não ficará completa sem a reflexão sobre a
gnoseologia (teoria do conhecimento), a epistemologia (filosofia do
conhecimento científico) e a psicologia cognitiva. É nesses três últimos campos,
fundamentalmente, que poderemos avançar com a ajuda de autores como
Leontiev, Luria, Vigotski, entre outros.
Concepções de aprendizagem
A proposta pedagógica que deriva da concepção de aprendizagem
nos trabalhos de Vigotski distingue-se, por exemplo, das propostas behaviorista
e psicanalítica.
O Behaviorismo em sua proposta tem visado a melhor adaptação
possível do indivíduo ao sistema educativo tal como se coloca tradicionalmente.
379
Pretende um sujeito mais apto a lidar com os controles sociais e capaz de
exercer o "contra-controle", tal fato só será possível na medida em que for
possibilitado ao sujeito um amplo repertório de comportamentos verbais (os
conhecimentos, dentro desta visão) e domínio de técnicas socialmente utilizadas.
Esta ampliação de repertório que possibilita ao sujeito um número cada vez
maior de formas de atuação social de modo que não apenas seja socialmente
manipulado, mas passe também a controlar determinadas variáveis de forma
que tenha uma vida mais reforçadora.
A aquisição de repertórios comportamentais passa
inevitavelmente pelo processo de modelagem (uma das formas de
condicionamento), regulado pelo educador que controla a situação educacional
através de reforçamentos e (menos freqüentemente) punições. O controle sobre
os comportamentos do aluno é inevitável, uma vez que a liberdade na análise
skinneriana é uma espécie de mito metafísico, desta forma cabe exercer o
controle da melhor maneira possível.
Numa visão skinneriana, os processos cognitivos são relegados a
um segundo plano, sendo o pensamento equivalente ao comportamento verbal
encoberto, fala sem vocalização9. Skinner considera as explicações cognitivistas
desnecessárias e de origem metafísica. Contudo o próprio behaviorismo tem sua
evolução história, e frente à inevitável necessidade de revisão de alguns de seus
paradigmas mecanicistas, têm surgido várias formas alternativas de
behaviorismo, mesclando interpretações cognitivistas, sócio-culturais, e em
alguns casos, até existencialistas.
Dentro desta evidente crise epistemológica, ainda não fica claro
como as diversas posturas de dentro do behaviorismo encaminharão uma
proposta pedagógica que supere os trabalhos de Skinner com as famosas
máquinas de ensinar. O que fica mais ou menos claro é a postura de que existe
a necessidade em elaborar adequados esquemas de modelagem, e técnicas de
controle que possibilitem aos alunos atingirem o comportamento desejado.
A proposta psicanalítica, tradicionalmente muito mais distante de
questões educativas do que o próprio behaviorimo (que em essência é uma
teoria da aprendizagem), remete o professor à posição de um dos modelos
fundamentais10 para a formação dos alunos, pessoa sobre a qual incidem os
mecanismos inconscientes de identificação e projeção, numa relação
transferencial. De certa forma, como lembra BRUNER11 (texto sem data) a
proposta psicanalítica coloca o professor numa posição de terapeuta, cuja
função é proteger a criança, resgatando-a do drama familiar e das hipocrisias
sociais.
Usando os termos lacanianos, o professor tanto quanto o
terapeuta está em um lugar de sujeito do suposto saber. Quando um cliente
busca a análise movido por um componente fundamental de sua estrutura
psíquica que é a angústia ou a ansiedade, ele imagina que o terapeuta sabe algo
sobre seus problemas, e mais, sobre como solucioná-los. A boa análise será
9
Como veremos mais tarde a teoria da relação entre pensamento e linguagem em Vygotski nada tem a ver com
isso, pois entende que pensamento e fala se influenciam mutuamente mas não são idênticos e que a passagem da
fala externa à fala interior implica transformações qualaitativas na estrutura da linguagem e do pensamento.
10
Em que se pese que a questão dos modelos também foi posta por Bandura , autor que tem interface com o
behaviorismo.
11
BRUNER, J. Concepciones de la Infancia: Freud, Piaget y Vygotsky. Tradução par ao espanhol de Maria
Victoria Sebastián, s/d.
380
aquela que utiliza-se desses mecanismos do cliente apenas para auxiliá-lo a
entender que ninguém tem a solução para os seus problemas e que ele mesmo
é que vai ter que enfrentá-los por si mesmo. O que a análise possibilita é que o
cliente reconstrua suas formas de significação sobre o real e sobre sua própria
posição no mundo, desencavando significados ocultos no inconsciente desde
tempos muito remotos e dando a estes significados uma nova estruturação de
significantes, através de sua reatualização via transferência.
Na psicanálise propriamente dita, enquanto prática terapêutica, o
que se visa não é inculcar no cliente a personalidade do terapeuta, não é
modelá-lo de acordo com os moldes sociais vigentes, mas criar um espaço para
que ele mesmo re-construa seu saber sobre si e lide melhor com a sua estrutura
de personalidade (a qual para a psicanálise não pode ser mudada). Pode-se
deduzir daí que o papel do professor não seja o de assumir o lugar daquele que
sabe, mas o de dar lugar ao conhecimento do outro. Contudo mais uma vez
ainda não fica claro qual a posição da psicanálise no que diz respeito ao
processo de apropriação do conhecimento sistemático, ou de outros códigos
culturais a serem trabalhados em instituições pedagógicas. A postura pode
oscilar entre a lida com o aperfeiçoamento dos modelos para que a identificação
do educando com o educador se dê a contento, e o espontaneísmo (e a suposta
neutralidade) do educador/terapeuta frente a alguém sobre quem nada se sabe,
e para quem nada se tem a ensinar. Há quem, de dentro da própria psicanálise,
diga que ela não pode ser tomada como uma "psicologia" (pois ela é uma outra
esfera do conhecimento humano que está além das preocupações da
"psicologia"), que dizer então da psicanálise como relação à pedagogia?
Realmente para Freud, o que gera a cultura é internalização do
social, refreando os impulsos biológicos, que vão ter vazão pela sublimação.
Para Freud é um absurdo falar de psicologia social como uma "área da
psicologia", uma vez que toda a psicologia já é social. Ao mesmo tempo este
social de Freud é um contexto mais ou menos circunscrito à relação familiar,
triádica, do complexo de Édipo, é uma relação estrutural que se repete
independente do contexto histórico, não é variável no tempo nem no espaço.
Não está ao nosso alcance a realização de uma discussão mais
aprofundada sobre as relações entre tendências psicológicas como a psicanálise
e o behaviorismo com a pedagogia, o que pudemos fazer até aqui foi apenas
levantar alguns pontos de interseção entre a educação e estas teorias. É
impossível fazermos uma avaliação neutra destas concepções uma vez que
temos um compromisso político e uma concepção de sociedade diferentes do
que tradicionalmente manifestaram tais tendências. Sempre corremos o risco de
fazer avaliações simplistas das teorias que não são as que entendemos como as
mais avançadas nem as mais coerentes com a nossa concepção de homem e de
mundo. No entanto fica aberto um espaço de debate, estamos ansiosos para
poder saber mais sobre o que há de mais atual dentro destas posições teóricas
no que diz respeito à educação, e em que sentido elas poderão contribuir para
uma pedagogia crítica e para uma sociedade realmente democrática.
A proposta de Vigotski (em relação aos conteúdos escolares) visa
a reformulação do próprio espaço vital no qual se dá o trabalho pedagógico. A
organização do meio educativo deve estar de acordo com os princípios que
regem a formação dos processos cognitivos do aluno enquanto sujeito concreto
(isto é: o sujeito que se faz na/pela relação que estabeleceu e estabelece com
todo o contexto social), possibilitando-lhe meios e oportunidades inserir-se de
381
forma ativa e criadora no próprio processo de conhecer. Cabe ao processo
educativo propiciar real acesso e domínio dos conhecimentos culturalmente
formulados e validados, assim como dos mediadores necessários para a
formação ética, e do caráter, na medida em que se trabalha com o sujeito
entendido como totalidade.
Conforme dissemos, em Vigotski, o próprio processo
ensino/apren-dizagem tem que ser reformulado, enquanto outras tendências
procuram mudar os alunos em função de se adequarem melhor à transmissão de
conhecimento tal como se coloca no modelo escolar (ou educacional) vigente em
um determinado contexto social (por exemplo: criando sistemas de reforçamento
para que o aluno preste mais atenção a uma aula, que não o motiva; ou
confrontando-o com os limites de seu princípio do prazer, levando-o a entender
que a escola nunca poderá satisfazê-lo realmente pois todas as suas angústias
remetem à castração e não à inadequação do sistema).
Vigotski, ao contrário, não centra-se unicamente nos aspectos
relativos ao sujeito que aprende (considerado individualmente), ele propõe uma
estruturação do próprio trabalho epistêmico em função da apropriação do
conhecimento pelo aluno (entendendo este trabalho epistêmico em seus
múltiplos determinantes sociais e individuais, subjetivos e objetivos). Não se trata
de adequar o sujeito à escola, nem mesmo a escola ao sujeito, mas de estruturar
a relação entre sujeitos, instituição e objetos de conhecimento, de acordo com os
princípios psicológicos e sócio-históricos que regem a gênese do psiquismo
humano e tendo como meta o avanço de todos os seres humanos em níveis
mais avançados de compreensão da realidade e de relações éticas, estéticas e
políticas. Não limitando-se simplesmente a adequação do sujeito às
possibilidades do sistema educativo e da sociedade vigentes, a concepção
vigotskiana tem em si uma profunda aposta na superação dos limites humanos,
rumando às possibilidades ainda não atingidas e às fases de desenvolvimento
futuras.
De certa forma Vigotski tem em comum com Piaget a postura de
que a contribuição da psicologia à educação não pode restringir-se à adaptação
do educando ao sistema educativo. Neste sentido ambos diferenciam-se de
algumas concepções de aprendizagem menos comprometidas com o sujeito do
conhecimento enquanto ser ativo e criador. Contudo, como já tem se tornado do
conhecimento dos profissionais que atuam em educação, esta convergência
entre Piaget e Vigotski não exclui o fato de haverem diferenças quanto às
posturas pedagógicas derivadas das concepções destes dois grandes
pensadores.
As concepções de Vigotski e Piaget, entre convergências e
divergências que ainda precisam ser estudadas mais a fundo, apresentam pelo
menos dois pontos fundamentais de distinção: a) a importância da linguagem na
formação dos processos psicológicos complexos (ou superiores); e b) o
significado e a posição das relações sociais no curso do desenvolvimento da
criança. Sem pretender, neste momento explorar as múltiplas possibilidades do
confronto entre as idéias destes autores, faremos algumas breves colocações
sobre o postura de Piaget e Vigotski com relação à educação, a partir de um
artigo de Jerome Bruner12.
12
BRUNER,J. Concepciones de la Infancia: Freud, Piaget y Vygotsky. Tradução para o espanhol de Maria
Victoria Sebastián,s/d/
382
Piaget coloca o processo de desenvolvimento como um monólogo,
onde a criança enfrenta o mundo sozinha e tem como tarefa (que corresponda a
seu nível de desenvolvimento) construir uma representação desse mundo,
podendo assimilar e acomodar os resultados, de acordo com os processos
lógicos, de um jogo, por exemplo. Bruner considera surpreendente a ausência de
interesse e respeito à função do professor em Piaget, pois a criança em
desenvolvimento é um ser solitário que trata de resolver por si os problemas de
seu mundo.
Outro aspecto marcante em Piaget é o papel secundário que dá
linguagem, apesar deste autor colocá-la como uma das manifestações
importantes da função simbólica, não a considera como responsável direta pelas
alterações estruturais, só tendo função decisiva a partir dos estágios operativos,
especialmente o formal.Com relação às concepções de Vigotski sobre a
aprendizagem, BRUNER (s/d)13 coloca o seguinte:
Chego à conclusão de que foi Vigotski, mais do que seus
companheiros titãs [Freud e Piaget], quem concebeu o problema da educação
em seus termos mais viáveis. Para Vigotski, a educação era uma continuação
do diálogo pelo qual se constrói um mundo social de realidades construídas. A
consciência do professor e sua capacidade para fazer com que esta
consciência seja acessível a outros como ajuda para obter conhecimentos e
habilidades, é um ponto crucial em sua teoria. É muito interessante que esta
forma de diálogo seja o mesmo processo que cria a realidade historicamente
condicionada da cultura. Assim, nesta organização, a educação levada a cabo
pelo professor é uma continuação do processo que cria a cultura. A educação
'sem mestre', em sua concepção é impossível.
Além de Vigotski e Piaget, um outro autor importante, que pode
constituir-se em uma alternativa as concepções tradicionais de aprendizagem,
mas que é ainda pouco estudado no Brasil é Henri Wallon (1879-1962). Na
concepção de Wallon, que em muito se aproxima das idéias de Vigotski (por
partirem de uma mesma concepção filosófica), predominava essencialmente a
aposta no avanço do desenvolvimento em função das relações sociais,
decorrente de sua concepção de criança e de desenvolvimento infantil.
Segundo WEREBE14 (1986), para Wallon "a constituição biológica,
ao nascer, não será a única lei do destino ulterior da criança. Seus efeitos podem
ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais de sua existência,
sem que a escolha pessoal esteja ausente".
Contudo o "otimismo" walloniano com relação à educação não é
acrítico, nem espontaneísta. Wallon foi um dos pioneiros na crítica à ilusão
daqueles que acreditavam fazer obras revolucionárias a partir de propostas
educacionais utópicas (no sentido restrito do termo), fantasiosas, isoladas e de
alcance limitado. Ou seja uma educação de qualidade não poderia se restringir a
grupos minoritários, por mais "inovadora" que fosse.
As comparações críticas e aprofundadas entre diferentes formas
de encarar o desenvolvimento do psiquismo e o processo de aprendizagem,
exigem um grande esforço que não podemos realizar neste momento, dados os
limites deste artigo. Além de tudo são questões polêmicas, sobre as quais
13
BRUNER, J. Concepciones de la Infancia: Freud,Piaget y Vygotsky. Tradução para o espanhol de Maria
Victoria Sebastián,s/d.
14
WEREBE, M. J. G. e NADEL-BRULFERT,J. N. Henri Wallon. São Paulo: Ática, 1986.
383
pairam muitas dúvidas. De qualquer maneira, de uma forma bem simplificada
podemos dizer que as teorias do desenvolvimento do psiquismo em Vigotski,
Piaget e Wallon diferenciam-se marcadamente da Psicanálise e do Behaviorismo
(nas suas formas ortodoxas, pelo menos) em termos de proposta educacional.
Entretanto existem, como vimos, diferenças marcantes entre os princípios
epistemológicos da Psicanálise e do Behaviorismo, e também uma marcada
distinção entre Piaget e Vigotski no que diz respeito ao papel da linguagem e das
relações sociais no desenvolvimento da criança, já Vigotski e Wallon estão muito
mais próximos em termos de bases filosóficas e de concepção de
desenvolvimento do que quaisquer outras tendências.
Assim, podemos afirmar que para Vigotski o professor deve ser
organizador do meio educativo, mas não pode se considerar o motor principal do
processo do processo de aprendizagem, o aluno deve participar ativamente no
processo de aprendizagem. Mas o professor em Vigotski não pode omitir-se, e
não se limita a mero "facilitador", ao contrário, é também um ser ativo e com um
sério compromisso, na medida em que propicia recursos e organiza-os de forma
a possibilitar o avanço do aluno com relação aos conhecimentos e aos próprios
processos mentais envolvidos na atividade ensino/aprendizagem. Tais avanços
não existirão sem intervenção, sem preparo do professor, nem sem a ação
conjunta, onde o aluno cria seus próprios meios e é construtor ativo de seus
próprios processos psicológicos superiores com o auxílio do outro - numa
integração dialética do individual com o social.
Se o professor é sempre sujeito ativo, organizando, intervindo
sempre que necessário, possibilitando momentos de trabalho coletivo e
individual, e assim por diante, isso não exclui sua posição de constante aprendiz.
Enfim, aprendiz em sua prática social, em seu trabalho cotidiano de interação
com os alunos e com o conhecimento, em suas leituras, seus momentos de
discussão com seus pares e em sua luta política.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Possibilitar aos futuros professores o contato com um corpo organizado de
idéias que subsidiam e justificam o processo e o desenvolvimento do campo do
currículo na escola básica.
Analisar criticamente a teoria e a história do currículo, enfoques da nova ·
Contextualizar e discutir as diferentes concepções curriculares da escola básica.·
Compreender o ensino na escola e a complexidade dos fenômenos
educativos.·
Analisar a ordenação geral do currículo na escola, no âmbito político e
macroorganizativo, o projeto pedagógico da escola, e o papel dos professores no
desenvolvimento do currículo.
Conhecer conceitos básicos de teóricos da psicologia geral, do
desenvolvimento e da aprendizagem visando fundamentar a compreensão dos
processos pedagógicos.
fundamentar conceitos importantes para compreensão e análise de formas
diversas de interações pedagógicas que visem aprendizagem e desenvolvimento.
levar o aluno a conhecer a contribuição de alguns autores para a psicologia do
desenvolvimento e aprendizagem.
384
contribuir para que o aluno desenvolva referencial teórico que lhe permita
refletir sobre as situações de ensino-aprendizagem vivenciadas em diferentes
contextos.
conhecer os fundamentos psicológicos que embasam as propostas curriculares
oficiais de modo a poder posicionar-se criticamente frente a estas.
conheçer nos diferentes autores as bases epistemológicas que os sustentam,
distinguindo os enfoques teóricos do processo de desenvolvimento e aprendizagem.
analisar as dimensões teóricas, conceituais, técnicas e práticas da psicologia
no campo educacional e escolar.
estudar as proposições da Psicologia da Educação no marco de uma
aproximação com outras áreas do saber, especialmente a Filosofia, a História, a
Sociologia e a Antropologia.
CONTEÚDOS
Psicologia Geral
Psicologia : surgimento e desenvolvimento.
Fundamentos teóricos da Psicologia e sua aplicabilidade no contexto
educacional. Perspectivas atuais e futuras da Psicologia no contexto educacional.
Principais Escolas psicológicas e seus representantes
Psicologia da Aprendizagem
As "teorias da aprendizagem": processos e princípios básicos para explicar a
aprendizagem
As teorias de Pavlov, Watson e Skinner
A aprendizagem verbal significativa
O processamento da informação e a aprendizagem escolar
A teoria da assimilação e as condições para uma aprendizagem significativa.
A teoria sociocultural do desenvolvimento da aprendizagem.Contribuições da
psicologia sócio-construtivista: Resultados da aprendizagem: factuais, conceitual,
procedimentais e atitudinais.
A associação entre erro e fracasso escolar.
A excepcionalidade. Enfoque psicossocial da excepcionalidade
Contribuições da psicologia para propostas oficiais de ensino (parâmetros
curriculares, programas e projetos) no contexto brasileiro.
Contribuições da psicologia cognitiva: Aprendizagem significativa, por
descoberta e receptiva.
Processos de aprendizagem: atenção, motivação, memória, metacognição
As aprendizagens escolares fundamentais
A aprendizagem de conteúdos escolares: características, ampliação e
diferenciação.
A aprendizagem de fatos, conceitos e princípios.
A aprendizagem de procedimentos.
A aprendizagem de valores, normas e atitudes.
O caráter integrado das aprendizagens escolares.
Fatores psicossociais, relacionais e contextuais implicados na aprendizagem
escolar
O papel das representações e expectativas na aprendizagem escolar
385
A interação professor-aluno.A interação entre alunos. Processo de
aprendizagem: atividade mental, conflito cognitivo, auto-reflexão e o "ensinar a
aprender".
(In) disciplina na escola: diferentes perspectivas de análise. A psicogênese dos
conceitos morais - a construção da autonomia moral e intelectual.
A ética como tema transversal. Educação moral, limites e disciplina escolar.
Autonomia moral e o exercício da cidadania.
Os processos de socialização e a relação família-escola.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Metodologia utilizada para as aulas de Fundamentos Psicológicos da
Educação no Curso de Formação de Docentes no Colégio Estadual Barão de
Antonina pode estar voltada para a realização de observações práticas em escolas
de ensino fundamental da rede pública, ou particular observando e registrando o
cotidiano da escola, na realização do estágio Supervisionado. Ao lado disso,
também podem realizar pesquisas de campo, estudando processos cognitivos da
criança ligados aos conteúdos específicos da disciplina. Como resultado, essa
iniciação ao universo da pesquisa é acompanhada, via de regra, por novas
compreensões dos conceitos que as crianças constroem durante seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem.
As aulas consistirão de momentos de orientação, reflexão e discussão das
situações vividas, bem como de discussões contextualizadas de artigos e textos
estudados nas disciplinas teóricas de fundamentos e de metodologias do ensino.
Também as aulas devem possibilitar ao participante o domínio de metodologias que
possam subsidiá-lo no oferecimento de uma “educação para o pensar”.
Serão utilizados os seguintes procedimentos:
Aulas teóricas
Estudo dirigido.
Exposições dialogadas,
Elaboração de resenhas e discussões em pequenos e grandes grupos
Leitura e discussão de textos.
Participação das atividades individuais ou em grupo
Exercícios individuais ou em grupo
Elaboração e apresentação de seminários.
Atividades práticas em escolas de séries iniciais (observação);
trabalho de campo;
experimentação;
jogos de simulação e desempenho de papéis;
visitas à escolas
projetos individuais e em grupos;
palestras com convidados;
estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;
leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.
fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre outros.
386
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, poderão ser
encaminhadas as atividades da disciplina, através dos mais variados recursos
pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s educativos, entre outros.
Outras atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as que
envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos,
dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre
outras.
CRITÉRIOS DEAVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Neste momento histórico, é emergencial um repensar sobre a educação
pública no tocante a seus interesses, possibilidades e limitações.
Precisamos encontrar alternativas para superar os obstáculos, desfazer
concepções pedagógicas inadequadas que ainda subsistem na escola. Um dos
principais obstáculos a enfrentar em nossas práticas educacionais é o processo
avaliativo. Este, precisa ser redimensionado a fim de expressar uma concepção
clara da sua intenção pedagógica, conforme o que dispõe a Lei de Diretrizes e
Bases para a Educação Nacional (9394/96): em seu artigo 24, inciso V “a) avaliação
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais” (BRASIL, 1996, p. 14).
Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as limitações e
as fragilidades do processo de ensino e de aprendizagem, possibilitando uma
intervenção pedagógica consciente, objetivando a promoção da aprendizagem
significativa, de forma contínua e não meritocrática. Nesse sentido a avaliação é não
pontual, diagnóstica (por isso, dinâmica) e inclusiva. À avaliação interessa o que
estava acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que poderá acontecer
depois com o educando, na medida em que ela está a serviço de um projeto
pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser em construção
permanente. Para um verdadeiro processo de avaliação, (...) [o que interessa é] sua
aprendizagem, e, consequentemente, o seu crescimento; daí ela ser diagnóstica,
permitindo que se tomem decisões para melhorar; e, por conseqüência ser
inclusiva, já que, em vez de descartar, excluir, convida para a melhoria. (LUCKESI
2000, p.2)
A avaliação na perspectiva de uma aprendizagem significativa ocorre no
próprio processo de ensino e de aprendizagem com a reflexão e ação de alunos e
professores, na práxis pedagógica, no cotidiano da sala de aula, por meio das
discussões coletivas, da realização de atividades em grupos ou individuais. É
preciso estabelecer a dialética entre ação e reflexão, prática e teoria, meios e fins,
conhecimento científico e escolar, cultura e escola. Este se constitui em um dos
principais desafios de uma educação comprometida com a aprendizagem
significativa, isto é “dar sentido à linguagem que usamos, é estabelecer relações
entre os vários elementos de um universo simbólico, é relacionar o conhecimento
elaborado com os fatos do dia-a-dia, vividos pelo sujeito da aprendizagem ou por
outros sujeitos”(MORETTO, 2002, p.17).
Cabe destacar que a avaliação não se destina somente aos educandos,
mas também, ao processo de ensino e de aprendizagem, aos educadores, ao
estabelecimento de ensino, ao sistema, enfim, a todas as esferas envolvidas no
processo. Esta é uma postura a ser adotada, em que, quem avalia não é somente o
387
professor, mas todos os partícipes do processo, impulsionados a descobrir,
percorrer as trajetórias do conhecimento e redimensionar as formas de pensar.
Nesse sentido, Lima (2003), reitera que:
A avaliação, considerada de modo geral, tem uma dimensão formadora:
ela tem como uma de suas funções, em qualquer esfera da vida cotidiana, promover
o desenvolvimento das pessoas nas mais variadas situações. Na escola, a
avaliação tem a função de revelar o desempenho presente, as possibilidades de
desempenho futuro e os encaminhamentos necessários para as práticas que
precisam ser modificadas, apontando novos caminhos e possibilitando a superação
dos problemas atuais, abrindo as possibilidades educativas do futuro, assim sendo:
a) a clareza sobre a concepção de Psicologia adotada que deve ser
consonante com a fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola, de
projeto político pedagógico e de sua proposta curricular;
b) o entendimento da construção do conhecimento como histórica, nãoneutra, provisória e contextualizada;
c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte
do conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos
professores;
d) a inserção gradual de conceitos elaborados pela Psicologia e sua
aplicação em situações cotidianas dos alunos;
e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no
contexto social;
f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das
análises realizadas;
g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por
exemplo:textos, desenhos, recortes e colagens, provas escritas, relatórios, etc
h) a participação e interesse dos alunos, evidenciando o envolvimento nos
debates empreendidos em sala de aula e nas atividades desenvolvidas.
i) a auto-avaliaçäo do desempenho nas aulas, como análise e reflexão
sobre as implicações que o futuro professor enfrentará na sua prática futura
Sendo assim, o processo avaliativo da disciplina acontecerá ao longo do
desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se privilegiar o diálogo nas
relações estabelecidas, entre os diversos sujeitos envolvidos, o conhecimento e a
diversidade cultural, bem como a interação entre a ação e a reflexão. O processo
avaliativo deve considerar ainda os seguintes aspectos:
Depreende-se dessas discussões que o resgate do sentido do avaliar
enquanto processo é uma necessidade premente. O processo avaliativo não
poderá, em hipótese alguma, ser reduzido a um único instrumento, nem restrito a
um só momento ou a uma única maneira. Nesse sentido, os professores precisam
utilizar diversos instrumentos avaliativos com intenção de diagnosticar os avanços
apresentados pelos alunos, bem como planejar as intervenções necessárias ao
processo de aprendizagem. Dentre os instrumentos sugere-se: entrevistas,
pesquisas, construção de modelos, interpretação de dados coletados,Observação
direta da participação e interesse do aluno, trabalhos de campo, registros de
observação, testes, exercício ou outras produções escritas, que podem ser
realizadas individual e/ou coletivamente. Os referidos instrumentos de avaliação,
geralmente, agregam os objetivos propostos pelos educadores, tendo em vista a
seleção e os encaminhamentos pedagógicos dados aos conteúdos.
388
BIBLIOGRAFIA
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Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
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389
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
EMENTA
Contexto sociopolítico e econômico em que emerge e se processa a educação
infantil e seus aspectos culturais constitutivos. Concepções de infância.
Contribuições da História, Psicologia, Filosofia e Sociologia. Infância e sociedade.
Infância e cultura. História do atendimento à criança brasileira. A política de
educação pré-escolar no Brasil. Perspectiva histórica do profissional de educação
infantil no Brasil. História, legislação e políticas públicas.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A expansão da educação infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma
crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a
participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças na organização e
estrutura das famílias. Por outro lado, a sociedade está mais consciente da
importância das experiências na primeira infância, o que motiva demandas por uma
educação institucional para crianças de zero a seis anos.
A conjunção desses fatores ensejou um movimento da sociedade civil e de
órgãos governamentais para que o atendimento às crianças de zero a seis anos
fosse reconhecido na Constituição Federal de 19988. A partir de então, a educação
infantil em creches e pré-escolas passou a ser, ao menos do ponto de vista legal,
um dever do Estado e um direito da criança (artigo 208, inciso IV). O Estatuto da
Criança e do Adoslescente, de 1990, destaca também o direito da criança a este
atendimento.
Confirmando todas essas mudanças, a LDBEN de 1996, estabelece de forma
incisiva o vínculo entre o atendimento às crianças de zero a seis anos e a educação.
Aparecem, ao longo do texto, diversas referências específicas à educação infantil.
A educação infantil é considerada portanto, a primeira etapa da educação
básica (título V, capítulo II, seção II, art. 29), tendo como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de zero a seis anos de idade. O texto da
LDBEN marca ainda a complementaridade entre as instituições de educação infantil
e a família.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê ainda que é
dever do município incumbir-se dessa modalidade de ensino, bem como sobre a
formação dos professores e a avaliação.
Mas até chegarmos a esse ponto muito se passou em termos de lutas e de
conquistas em termos de educação infantil, ou seja a pré-escola de antigamente.
Foi a partir de 1975 , que o ministro Ney Braga, compreendendo o valor de cuidar
das crianças antes dos sete anos, incluiu em sua política integrada de Educação,
expressando o que denominou “ ação preventiva”, a educação pré-escolar como
recurso para evitar-se a baixa produtividade observada no então ensino de 1º grau,
uma forma de ampliar-se o “currículo escondido” da criança que se inicia nos
processos de alfabetização, quando de seu ingresso no 1º grau.
Nesta época a educação infantil, a pré-escola da época, era denominada de
educação compensatória. A proposta era de voltar-se o atendimento a crianças
390
carentes, visando com isso obter certa iguladde no desenvolvimento e desempenho
que as outras crianças com mais condições financeiras.
Vários documentos foram escritos com críticas a esse modelo, sendo que
defendiam que a educação pré- escolar tem objetivos e valor em si mesma, ou seja
seu principal objetivo era o de desenvolver a criança na idade anterior à escola, ou
seja deveria ter o cunho preparatório para o ensino de 1º grau.
Havia um certo conceito de que a pré-escola resolveria todas as deficiências,
carências e privações culturais das crianças da época. Atribuição esta que não lhe
cabia e nem era possível de ser realizada, concebida como a redentora da maioria
dos males sociais. É obvio que não conseguiu ser isso.
A discussão em torno da política que vinha direcionando o atendimento do
pré-escolar no Brasil, evidencia uma indefinição quanto às suas funções e uma
descaraterização dos objetivos que prentendia atingir. A tendência da época, no
discurso oficial dos governos da época era de despojar a pré-escola de seu caráter
meramente compensatório, relativizando seu compromisso com a escola de 1º grau
da época, incorporando os fracassos escolares em seus processos e não culpando
somente a educação infantil pelo insucesso do aluno.
Em suma, as crianças em idade de zero a seis anos vinham para a escola
para serem cuidadas e alimentadas, sem o cunho educativo que se propões para
hoje, ou seja relegando esse atendimento ao mero assistencialismo, cuja avaliação
pouco importava.
Com esse breve sobrevôo sobre a história e a política que tivemos no Brasil
em relação a educação infantil, chegamos a sua denominação atual e a
obrigatoriedade recém confirmada pela Lei dos nove anos de ensino fundamental,
que incorpora mais um ano de escolarização a todas as crianças brasileiras.
Há outros dilemas a serem tratados na disciplina de Fundamentos Históricos
e Políticos da Educação Infantil, como a questão de alfabetizar ou não nessa
modalidade de ensino, o que se fez e faz nesse aspecto da etapa inicial da
educação básica e em especial a desestruturação das famílias neste século em que
vivemos, ou seja aprofundar as discussões sobre o real papel da educação infantil
em nosso século.
Muito se conquistou em termos de educação infantil, muito avançamos e
temos a descobrir sobre ela. O fato é que precisamos nos debruçar sobre sua
história e suas políticas para entendermos que rumo ela seguirá e continuará
contribuindo e consideravelmente para que os alunos nela matriculados tenham um
desempenho comprovadamente melhor na escola, pois um ano a mais de
escolarização de uma criança, acrescenta e muito em sua caminhada educacional.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Compreender que a educação infantil tem uma história de lutas e conquistas
em termos de definição e reconhecimento de seu papel na escolarização da criança;
Perceber a história social da criança e da família ao longo dos últimos anos;
Entender como é e era o cotidiano de creches e pré-escolas no Brasil;
Estudar a contribuição de Jean Piaget para a história e a política de educação
infantil em nosso país;
Pesquisar sobre a infância e seu contexto sócio-político;
Entender como a infância vem sendo tratada e entendida no Brasil;
391
Refletir sobre o papel do profissional de educação infantil no Brasil,
localizando-o na história e política de seu trabalho, o que mudou e continua a
mudar.
Entender a história, a legislação e as políticas públicas para a educação
infantil no Brasil.
CONTEÚDOS
Educação infantil: uma história de lutas e conquistas em termos de definição
e reconhecimento de seu papel na escolarização da criança;
A história social da criança e da família ao longo dos últimos anos;
O cotidiano de creches e pré-escolas no Brasil, no contexto antigo e atual,
semelhas e diferenças;
A contribuição de Jean Piaget para a história e a política de educação infantil
em nosso país;
A infância das crianças brasileiras e seu contexto e interesse sócio-político;
A infância: como ela vem sendo tratada e entendida no Brasil ao longo dos
últimos 20 anos;
O papel do profissional de educação infantil no Brasil, o que mudou e
continua a mudar em relação a sua atribuição como educador.
A história, a legislação e as políticas públicas para a educação infantil no
Brasil.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As aulas serão feitas com discussão dos conteúdos elencados a seguir,
através da exposição dialogada de textos, apresentação de mini seminários, textos
escritos elaborados como síntese, dentre outros.
AVALIAÇÃO:
Não há como conceber a avaliação senão no desenrolar do processo de
organização do trabalho pedagógico, já que é ali que se percebe o que precisa ser
melhor construído e o que o aluno já sistematizou e incorporou ao seu cabedal de
conhecimentos.
Avaliaremos através de atividades de entendimento dos conteúdos
trabalhados e discutidos, através de seminários, debates, atividades de revisão e
socialização das elaborações dos alunos.
Normalmente, na própria explicação do professor, são sanadas as dúvidas mais
freqüentes e vai se percebendo o nível de entendimento dos alunos.
BIBLIOGRAFIA
392
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
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CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
EMENTA
Reflexão crítica de questões ético-políticas e educacionais na ação do educador
quanto à interação dos alunos com necessidades educacionais especiais. A
proposta de inclusão visando a qualidade de aprendizagem e sociabilidade para
todos, e principalmente, ao aluno com necessidades educacionais especiais.
Conceito, legislação, fundamentos históricos, sociopolíticos e éticos. Formas de
atendimento da Educação Especial nos sistemas de ensino. A ação do educador
junto ao corpo discente: discente, inclusão, prevenção das deficiências; as
especificidades de atendimento educacional aos alunos com necessidades
educacionais especiais e apoio pedagógico especializado nas áreas da educação
393
especial. Avaliação no contexto escolar; adaptações curriculares. As áreas da
educação especial: Conceito, atendimento especial, Apoio. Áreas de Condutas
Típicas; área de Deficiência Física; Área de Deficiência Mental; Área de
Superdotação/Altas Habilidades; Área da Surdez; Área da Deficiência Visual;
Educação, Profissional; Múltiplas Deficiências.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Especial destina-se a todas as pessoas portadoras de
deficiências físicas, sensoriais, mentais, superdotação intelectual ou distúrbios
emocionais, sociais ou de aprendizagem, com necessidade de atendimento
educacional especializado, visando á sua aprendizagem e desenvolvimento, sendo
estas dificuldades temporárias ou permanente.
Embora a terminologia Educação Especial possa repassar a conotação de
uma prática educacional compartimentalizada e, portanto, á margem do contexto
geral de educação, ela se constitui em parte integrante da Educação Geral,
comungando em seus pressupostos fundamentais, concernentes á finalidade
primordial de proporcionar meios para alcançar a realização integral do individuo,
para capacitá-lo a agir livremente, a ser responsável pelos seus atos, a alcançar o
Maximo de suas potencialidades e a transformar-se em membro útil e participante
da sociedade em que vive.
A Educação Especial fundamenta-se a necessidade da oferta da Educação
Especial, considerando-se que, de acordo com estimativas da ONU, 10% da
população apresenta algum tipo de excepcionalidade.
A necessidade de conhecer os princípios que norteiam a Educação Especial,
no atual contexto educacional, não se limita mais ao grupo restrito de docentes que
atuam no ensino especial, mas se estende aos demais professor da pré-escola,
ensino fundamental e, até mesmo, aos outros grupos de ensino, em decorrência,
cada vez maior, da inserção do educando portador de deficiência no ensino regular.
O domínio desses princípios educacionais em muito contribuirá para que os
profissionais da Educação detectem precocemente problemas reais ou potencias
determinante de alguma excepcionalidade, podendo encaminhar esses alunos a
programas de atendimento educacional especializado em caráter temporário ou
permanente.
A premência da inclusão da disciplina Concepção Norteadora da Educação
Especial no contexto curricular dos cursos Formação de Docentes Média abordando
conteúdos específicos da Educação Especial.
Portanto, esta disciplina é essencial para o desenvolvimento completo de um
profissional da educação, visando a necessidade da inclusão e o seu grande fator
social.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Desenvolver uma visão critica a respeito dos principais fatos históricos,
sociais e culturais da Educação Especial no Brasil.
394
- Instrumentalizar o aluno com saberes e teorias psicológicas
contemporâneas provocando a reflexão sobre as articulações entre tais teorias e as
praticam pedagógicas na Educação Especial.
-Proceder ao levantamento histórico do desenvolvimento da Educação
Especial no Brasil.
-Refletir sobre a concepção de Educação Especial para compreender os
diferentes contextos sociais e as possíveis implicações das Necessidades
Educativas Especiais.
-Analisar a importância da inclusão e suas aplicações na sociedade.
-Evidenciar as atuais possibilidades do fazer pedagógico na Educação
Especial.
-Pesquisar sobre deficiência, prevenção e trabalho pedagógico.
-Discutir as diferentes abordagens da Psicologia Escolar na Educação
Especial.
CONTEÚDOS
Reflexão critica de questões ético-políticas e educacionais na ação do
educador quanto à interação dos alunos com necessidades educacionais.
A proposta de inclusão visando a qualidade de aprendizagem e sociabilidade
para todos, e principalmente, ao aluno com necessidades educacionais especiais.
Conceito, legislação, fundamentos históricos, sóciopolíticos e éticos.
Formas de atendimento da Ed. Especial nos sistemas de ensino.
A ação do educador junto ao corpo discente: discente, inclusão, prevenção
das deficiências; as especificidades de atendimento educacional aos alunos com
necessidades educacionais especiais e apoio pedagógico especializado nas áreas
da educação especial.
Avaliação no contexto escolar; adaptações curriculares.
As áreas da Educação Especial: conceito, atendimento especial, apoio.
Áreas de condutas típicas; área de Deficiência Física; Área de Deficiência
Mental; Área de Superdotação/Altas.
Mecanismos de inserção da pessoa portador de necessidades especiais no
contexto educacional.
Avaliação Psico-Educacional e sua importância.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A inclusão envolve um processo de reforma e da reestruturação da escola
como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso
a oportunidades sociais oferecidas pela escola.
Esta disciplina visa a formação de profissionais da educação, com propostas
que enfatizam a criação de projetos educacionais, proporcionando o
desenvolvimento humano, cultural e social de crianças portadoras de necessidades
especiais.
Problematizando e analisando as situações da pratica social de ensinar, o
professor utiliza o conhecimento elaborado das ciências das artes da Filosofia, da
pedagogia e das ciências da educação E DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, como
ferramenta para a compreensão e a proposição do real.
395
O processo dialógico estará configurado em aulas esportivas, leituras dos
textos, discussões de trabalhos, resolução de atividades, pesquisas, leituras
independentes, e outros.
As atividades em sala de aula serão pautadas também com atividades
extracurriculares, como pesquisas, visitações em classes de recursos e de apoio,
especializadas e outros.
Bem como será necessário um constante diálogo com diversos compêndios,
assistência a palestras, eventos e outros.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados no decorrer do curso em todos os momentos, na
sua plena participação, assiduidade nas aulas de trabalho Pedagógico da
Educação Infantil; Serão solicitados no decorrer do curso trabalhos produzidos
individualmente, como trabalho em grupo, a data de entrega será levada em conta ,
e a participação e o interesse efetivo nas aulas .
O processo de avaliação deverá ser continuo, cumulativo e diversificado,
observando a diversidade de aspectos que integram o desenvolvimento humano.
A avaliação levará em conta os objetivos gerais e específicos, observando o
segmento programático dos conteúdos.
Será atribuída nota de 0 a 10 para os trabalhos a serem realizados
observando-se a interação entre ensinar e aprender.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
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Apostilas.
Revistas – NOVA ESCOLA.
TRABALHO PEDAGOGICO NA EDUCAÇAO INFANTIL
EMENTA
Gestão, organização e políticas para a Educação Infantil. Natureza e especificidade
do trabalho pedagógico. Particularidades dos processos educativos na Educação
397
Infantil, organização curricular, articulação entre cuidar e educar, tempo e espaço
nas instituições educadoras, planejamento, avaliação e concepções de educação. O
jogo, o brinquedo e a brincadeira na educação infantil. Os processos de
desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da criança de 0 a 6 anos,
estimulação precoce, linguagens, cultura e mediação entre a escola e a família.
Gestão democrática, autonomia e programas de descentralização. Relações entre
público e privado, Financiamento da educação no Brasil – origem e destino das
fontes de recurso. Políticas públicas para a Educação Infantil e suas implicações
para a organização do trabalho pedagógico. Análise crítica do Referencial Curricular
Nacional (MEC) e das Diretrizes Curriculares Nacionais (CNE) para a Educação
Infantil. Legislação federal e estadual para a educação infantil, contexto de sua
elaboração, interpretações possíveis dos textos legais e implicações para os
Centros de Educação Infantil.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Partimos do pressuposto teórico que afirma serem os primeiros anos de vida
transcendentais para a evolução da criança como pessoa autônoma, criativa e
socializada. É a etapa básica para o posterior equilíbrio da personalidade e para o
desenvolvimento da inteligência. A Educação Infantil, que abrange o período de 0 a
5 anos, deverá ser a etapa propícia para implementar uma tarefa educativapreventiva, com vistas ao desenvolvimento global da criança .Aporte importante,
neste momento, é entender esse currículo como instrumento que responda às
necessidades sociais da comunidade onde se insere e, a partir disso, desvelar para
quem e para que se trabalha. Ter clareza quanto ao papel que a Escola Infantil
assume diante de sua comunidade nos remete a explicitar os princípios que
nortearão o instrumento chamado currículo. No bojo de uma ação conjunta,
envolvendo todos os educadores, pais e funcionários que atuam na Instituição e no
desenrolar de ações sócio-históricas, o currículo se construirá. Morsiani e Orsoni
(1997) assim sintetizam o que se deve buscar obter com a formação prévia e em
serviço dos professores. Segundo elas, que discutem especificamente o perfil dos
professores da educação infantil, estes devem: (saber:) o que se refere aos
conteúdos da formação de base e à importância da cultura, permitindo o confronto
do conhecimento teórico com a situação real vivida com as crianças. Esse aspecto
requer uma formação permanente que alimente a prática docente; (saber ser: )para
atingir essa meta é necessário que exista uma estrutura de apoio na instituição, que
dê condições aos professores para lidar com o estresse, prevendo momentos de
descanso e rodízio de funções; (saber interagir: )os professores precisam interagir
com vários "outros" e não só com o aluno. Sua competência social deve incluir o
desempenho de seu papel na dinâmica da equipe de trabalho, em seu
relacionamento com as famílias e os profissionais de outras agências educativas e
sociais;
(saber fazer: )para desempenhar bem seu trabalho cotidiano, os
professores precisam aprender a refletir sobre sua prática, construindo um projeto
educativo próprio, utilizando a documentação, a avaliação, a pesquisa e a
observação.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
398
No decorrer do curso os alunos da Formação Docente, vivenciarão situações que
lhes oportunem conhecimentos teóricos e práticos para a atuação na educação
infantil, situações essas que os mesmos possam na sua pratica pedagógica
desenvolver os seguintes objetivos com os pequenos:
criar um ambiente favorável ao desenvolvimento e ao ajustamento social e afetivo;
- propiciar à criança o desenvolvimento da criatividade, especialmente como
elemento
de
auto-preservação;
- proporcionar à criança seu desenvolvimento individual para que ela tenha
capacidade de estabelecer novas relações entre situações já vivenciadas e as que
serão
apresentadas
e
nas
quais
deverá
se
integrar;
- estimular a curiosidade, a iniciativa e a independência da criança;
- desenvolver a psicomotricidade que favoreça o desenvolvimento da
personalidade e melhor preparar para o aprendizado da leitura e da
escrita;
- promover iniciação à matemática e ao pensamento científico;
- propiciar o desenvolvimento de hábitos de asseio, ordem, economia e
iniciativa;
promover
o
senso
de
auto-disciplina
consciente;
- propiciar o desenvolvimento de habilidades específicas para a
eficiência da aprendizagem na escola de ensino fundamental;
- possibilitar o diagnóstico oportuno e preventivo das deficiências do
desenvolvimento da criança, orientando e encaminhando a profissionais
especializados.
CONTEÚDOS
Interpretação da proposta curricular para a educação infantil;
Organização curricular;
Articulação entre cuidar e educar tempo e espaço nas instituições da educação
infantil;
Concepções de educação;
Planejamento, avaliação;
O brinquedo, o jogo, a brincadeira na educação infantil;
Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da criança de
0 a 6 anos
Mediações entre escola e família;
Estimulações na educação infantil
Diversas linguagens;
Multiculturalismo, as diferenças;
Particularidades do processo educativo na educação infantil;
Organização curricular;
Brincadeira na educação infantil;
Os processos de desenvolvimento;
Concepções de educação;
Importância da família nesse processo;
399
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Encontramos, no meio educacional, uma forte tendência em valorizar a
observação das brincadeiras infantis, muitas vezes, como um fim em si mesmo. A
observação é fundamental para que os professores possam compreender as
necessidades das crianças, o seu nível de desenvolvimento e sua forma de
organização e, assim para planejarem a sua ação educativa, ou seja, é um
importante meio para sustentar a intervenção pedagógica e garantir uma
aprendizagem significativa.
Dentro desta perspectiva, o professor é um mediador entre a atividade de seus
alunos e os recursos disponíveis e deve garantir, através de suas ações, usando de
diversas linguagens para que a aprendizagem de seu grupo seja contínua. Para
tanto, precisa oferecer uma variedade de materiais adequados às necessidades
observadas, como também, alternar situações de brincar livre com situações de
brincar dirigido, para que haja a possibilidade de interação de todos.
Seguindo este pensamento as aulas da disciplina de trabalho pedagógico da
educação infantil, serão direcionadas para como trabalhar na pratica com crianças
de 0 a 5 anos. Será proporcionado recortes da base legal da educação infantil,
relacionando continuamente com pratica, Os alunos terão base teórica, a partir de
aulas expositivas, estudo de documentos, literatura afins, analises de vídeo, debates
e reflexões dos mesmos, e a pratica onde os mesmos colocarão todos os
conhecimentos teóricos e suas experiências pessoais na organização,
planejamento, e execução, de aulas para a educação infantil.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados no decorrer do curso em todos os momentos, na
sua plena participação, assiduidade nas aulas de trabalho Pedagógico da
Educação Infantil; Serão solicitados no decorrer do curso trabalhos produzidos
individualmente, como trabalho em grupo, a data de entrega será levada em conta ,
e a participação e o interesse efetivo nas aulas .
O processo de avaliação deverá ser continuo, cumulativo e diversificado,
observando a diversidade de aspectos que integram o desenvolvimento humano.
A avaliação levará em conta os objetivos gerais e específicos, observando o
segmento programático dos conteúdos.
Será atribuída nota de 0 a 10 para os trabalhos a serem realizados
observando-se a interação entre ensinar e aprender.
Dentro da visão interacionista, será avaliado o aluno através da participação,
do interesse, de atitudes críticas e inteligentes, bem como, através das produções
individuais e /ou coletivas, dos trabalhos apresentados e dos projetos realizados.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
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LDB
ECA
CONSTITUICAO FEDERAL
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
EMENTA
Organização do sistema Escolar Brasileiro: Níveis e Modalidades de Ensino.
Elementos Teórico-Metodológicos para a análise de Políticas Públicas. Políticas
para a Educação Básica. A concretização das Políticas Educacionais na Unidade
Escolar. Recursos Financeiros para a Educação no Brasil. O trabalho pedagógico
na educação básica: diferentes níveis e modalidades de ensino. Fundamentos da
prática educativa. Análise crítica da prática pedagógica. Projeto Pedagógico – o
408
atendimento da criança de 0 a 10 anos em espaços educativos diversos: creches,
centros de educação infantil, centros culturais. Planejamento da ação educativa.
Avaliação escolar. A avaliação como articulador do trabalho pedagógico. O currículo
e a organização do trabalho escolar. Paradigmas curriculares e modalidades de
ensino. O currículo na Educação no Estado do Paraná. Análise da política
educacional para a educação básica. Apresentação e Análise Crítica dos PCNs e
Temas Transversais.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O compromisso com a construção da cidadania necessariamente uma pratica
educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e
responsabilidades em relação á vida pessoal e coletiva e a afirmação do principio da
participação política.
Neste final de milênio, a sociedade brasileira vive um momento de rápidas
transformações econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços
na cultura e na educação transcorrem de forma bastante lenta.
Em função de uma economia dependente não se desenvolveu uma cultura e
um sistema educacional que pudessem fortalecer a economia, fazendo-a caminhar
para a auto suficiência.
O exercício da cidadania, que pressupõe a participação política de todos na
definição de rumos que serão assumidas pela nação e que se expressa não apenas
na escolha de representantes políticos e governantes, mas também na participação
em movimentos sociais, no envolvimento com temas e questões nacionais, e em
todos os níveis da vida cotidiana, e a pratica é pouco desenvolvida entre nós.
Em tempos de virada do milênio é preciso questionar a posição que esta
reservada aos jovens na escola, nos grupos comunitários, na nação.
Diante dessa conjuntura, há uma expectativa brasileira para que a educação
se posicione na linha de frente da luta contra as exclusões, contribuído para a
promoção e integração de todos os brasileiros, voltando-se à construção da
cidadania, não como meta a ser atingida num futuro distante, mas como pratica
efetiva.
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a
necessidade dê-se construir uma escola voltada para a formulação de cidadãos.
A era em que estamos esta voltada para uma reformulação de currículos e
idéias.
Dessa forma pretende-se criar condições, que permitam aos nossos jovens
ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos
como necessário ao exercício da cidadania, como a disciplina de Organização do
Trabalho Pedagógico.
Esta disciplina procura desenvolver nos alunos a sua função dentro de nossa
sociedade que é:
-aprender a conhecer – (espírito investigativo e visão critica).
-aprender a fazer – (relacionamento no grupo).
-aprender a viver com os outros-(compreensão de interdependência).
-aprender a ser – (desenvolver a personalidade-autonomia).
A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que garante as
aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e
participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na
409
sociedade em que vivemos e na qual esperam ver atendidas suas necessidades
individuais, sociais, políticas e econômicas.
Assim a disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico tem a função
filosófica de construção de saberes, levando o aluno a raciocinar, interagir,
colaborar com a formação de uma sociedade mais criativa, ativa e participativa,
onde a formação do educando é o nosso principal compromisso.
Queremos formar profissionais da Educação, com uma visão ampla do
conhecimento e conscientes da responsabilidade social da sua profissão.
A Sociedade Contemporânea caracteriza-se por transformações que exigem
uma escola capaz de educar indivíduos aptos a responderem aos desafios de seu
tempo.
Essa escola pressupõe um professor cuja formação é de maior importância na
perspectiva humana, técnica e as exigências contemporâneas.
Através da organização do trabalho pedagógico pretendemos criar espaços
para uma reflexão critica sobre as tendências pedagógicas e a contemporaneidade,
uma reflexão necessária para a construção do conhecimento, oportunizando uma
visão geral do panorama em que vivemos e suas influencias no tratamento dos
problemas e questões pedagógicas atuais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Compreender a Organização do Trabalho Pedagógico, afim de obter uma
visão clara e geral sobre as influencias do avanço tecnológico nas atividades
educacionais.
- Discutir conceitos para melhor caracterizar a organização do Trabalho
pedagógico na educação infantil fundamental;
- Analisar os fundamentos da pratica pedagógica:do planejamento á avaliação;
- Compreender o currículo e suas modalidades;
- Aprender o currículo através da analise critica do PCN e temas transversais.
CONTEÚDOS
● Formação e profissionalização do docente.
● Aspectos históricos e legais.
● Modalidades da formação.
● A pratica docente.
● Valorização profissional.
● Os novos mapas culturais e sua influencia no trabalho pedagógico:
● a contemporaneidade e a globalização.
● Tendências pedagógicas no mundo contemporâneo:
● tendências libertarias:
● tendências libertadora:
● tendências histórico critica:
● O currículo e o planejamento:
● Projeto Político Pedagógico (escola):
● Plano de curso;
410
Projeto de trabalho.
● Avaliação escolar:
● a avaliação nos seus aspectos;
● tipos de avaliação;
● critérios de avaliação;
● avaliação X qualidade;
● mitos sobre a avaliação.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As ações metodológicas devem envolver o confronto e a leitura, a produção e
a analise de todos os tipos de textos.
Também a exposição oral pelo professor e constante articulação professoraluno sobre conteúdos básicos gramaticais essenciais para um texto bem
articulado.
Leituras analises e produção de textos visando o domínio da linguagem
escrita, consciência e percepção da possibilidade de intervenção enquanto agentes
social, principalmente na estrutura da língua oficial.
Exposições de diversas técnicas para composição de correspondências
comerciais especificando as diferenças na estrutura textual e utilidades no mundo
do trabalho, e outros que venham atender as necessidades do conhecimento do
aluno, para lhes possibilitar uma maior interação e atuação no mundo em que estão
inseridos, tanto econômica, como social e produtivamente enquanto cidadãos
participantes e conscientes junto ao movimento histórico das produções sociais e
cientificas.
É importante trabalhar com os alunos desenvolvendo a criatividade através
de trabalho, aulas expositivas, provas, debates, produções individuais, cartazes e
outros, caracterizando a problematizarão da pratica pedagógica desenvolvida nas
series iniciais.
Através da interação e da construção do saber será realizada atividades com
teoria e pratica dos conteúdos.
Confecção de diversos materiais e apresentações de aulas simuladas pelas
alunas.
Através da linguagem, enquanto possibilidade de representação, abstração e
generalização do mundo em que vivemos, é possível passar da consciência
sensível, á consciência racional.
Utilizando-a, a ser humano torna sólidos seus traços acumulando,
transmitindo conhecimentos, transformando no meio em que vive.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Aos resultados obtidos no processo de avaliação, que se Dara de forma
continua, cumulativa e diversificada, servirão de parâmetro para analises, reflexão e
aperfeiçoamento de todo o processo, incidindo sobre a diversidade de aspectos que
integram o desenvolvimento do ser humano nas suas três dimensões: cognitiva,
relacional-social e efetivo-emocional.
411
Nessas condições o aluno devera ser capas de gerar respostas adequadas
em problemas atuais através da redação de textos que envolvam a correspondência
oficial e comercial, demonstrando um domínio nos métodos e técnicas de redação.
O professor devera perceber ao longo do processo educativo o avanço do
aluno no conhecimento especifico das habilidades de técnicas de redação que lhe
proporcione a abertura de conhecimentos adquirida e a adquirir, em consonância
com a metodologia utilizada pelo professor e o resultado efetivo desta interação
entre ensinar e aprender.
Estas avaliações terão como base os objetivos propostos, e será de forma
continua, formativa e participativa.
As atividades serão de estudo de textos indicados, realização de atividades
orientadas, questionamentos e contribuições apresentadas pelos alunos, avaliações
individuais e coletivas, apresentações de aulas simuladas e outras.
A forma de avaliação constara com os seguintes critérios:
→ Participação
→ Interesse
→ Organização
→ Criatividade
→ Coerência
→ Idéias inovadoras
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LITERATURA INFANTIL
EMENTA
História e características da literatura infantil. A literatura infantil para crianças de 0 a
6 anos: aspectos lúdico e formativo. A importância da literatura para a aquisição da
linguagem oral e escrita. Clássicos Infantis: possibilidade de adaptações e criações.
O pressuposto da educação artística e de domínio cultural da língua portuguesa
funda-se também no ensino da literatura infantil, que deve ser apropriada pelo futuro
professor. Conhecer e interpretar as diferentes correntes literárias.
415
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ato de ouvir e contar Historias esta, quase sempre presente nas nossas
vidas: Desde que nascemos, aprendemos por meio das experiências concretas das
quais participamos, mas também atravéz daquelas experiências das quais tomamos
conhecimentos atravéz do que os outros nos contam.
Todos temos necessidades de contar que vivenciamos, sentimos, pensamos,
sonhamos... Dessa necessidade humana surgiu à literatura: do desejo de ouvir
para, através dessa pratica, compartilha.
Contadas em verso ou em prosa, as Historias permitirão que a humanidade
passasse, de geração a geração, sua Historia-seus feitos suas decepções, seus
amores, seus sonhos, seus temores, suas esperanças...
Que de nos não lembra de uma Historia em particular, contada por alguém
querido, de um modo especial que, talvez por isto mesmo, ate hoje somos capazes
de lembrar: Fadas, reis e rainhas, florestas mágicas, loucas aventuras, romances,
historias familiares, poderes gigantescos que , por alguns instantes eram
nossos...Faziam parte do nosso mundo.
Eram historias que nos faziam acreditar e realizar tudo, ou quase tudo...
Se fizermos um esforço de memória, perceberemos que não eram apenas os textos
que aprendiam nossa atenção:o tom de voz de quem contava a historia( enchendo
de vida cada personagem), o local onde nos instalávamos (a cama quentinha, o
sofá, uma almofada macia), a chance de ouvirmos novamente as partes (ou
historias) de que mais gostávamos eram elementos que nos cativavam, que nos
faziam desejar ouvir mais.
Todos estes elementos, e muitos mais, tornavam o momento de ouvir historias um
momento especial.
Quando depois íamos contar para nossos amigos a historia que alguém nos contara
exercíamos o papel de contadores, nossos amigos contavam para os amigos deles
e, assim por diante.
Era uma brincadeira em que os papeis estavam sempre se invertendo:ora um, ora
outro contava,ora um ora outro ouvia.
Se observarmos atentamente, veremos que é destas praticas, de ouvir e contar
historias, que surge a nossa relação com a leitura e a literatura.
Portanto, quanto mais acentuarmos no dia-a-dia da escola estes momentos, mais
estaremos contribuindo para formar crianças que gostem de ler e vejam no livro, na
leitura e na literatura uma fonte de prazer e divertimento.
Somente iremos formar crianças que gostem de ler e tenham uma relação
prazerosa com a leitura se propiciarmos a elas, desde muito cedo, um contato
freqüente e agradável com o objeto livro e com o ato de ouvir e contar historias, em
primeiro lugar e, após, com o conteúdo desse objeto, a historia propriamente ditacom seus textos e ilustrações.
O livro parte integrante do dia-a-dia das nossas crianças é o primeiro passo para
iniciarmos o processo de sua formação como leitores.
Cabe destacar ainda, refere-se a leitores como sendo pessoas que leiam, com
fluência e freqüência, mas também por prazer, por alegria, por desejo próprio.
É igualmente frisar que, quando me refiro a leitura, estou concebendo-a como um
processo amplo de construção de sentidos que não se reduz apenas ao domínio da
palavra escrita, mas que, fundamentalmente, abrange as diversas linguagens.
416
Por fim, é sempre bom lembrar que a literatura é arte.
Arte que se utiliza da palavra como meio de expressão, de algum modo, dar sentido
a nossa existência.
Se nos, na nossa pratica cotidiana, deixarmos um espaço para que esta forma de
manifestação artística nos conquiste seremos, com certeza, mais plenos de sentido,
mais enriquecidos e, mas felizes.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-Compreender a importância e características da literatura infantil no processo
escolar e sua evolução na historia.
-Valorizar o aspecto lúdico e formativo da literatura infantil, e sua aplicação.
-Conhecer diferentes teorias literárias.
CONTEÚDOS
Literatura infantil
Historia e características da literatura infantil.
A literatura infantil para a crianças de 0 a 6 anos:aspectos lúdico e formativo. A
importância da literatura para a aquisição da linguagem oral e escrita.
Clássicos infantis:possibilidades de adaptações e criações.
O pressupostos da educação artística e de domínio cultural da língua portuguesa
funda-se também no ensino da literatura infantil, que deve ser apropriada pelo futuro
professor.
Conhecer e interpretar as diferentes correntes literárias.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Tão importante quanto as aulas teóricas é o contato dos alunos com livros e textos
de diversos correntes literárias em especial livros para crianças.
Só a reflexão e discussão dos problemas que cercam a literatura infantil e a leitura
constante e critica da obra destinada a infância possibilitarão uma atuação eficiente
do educador.
É necessário compreender, observar e respeitar a faixa etária de cada leitor para
que não se torne em vão o trabalho com a literatura.
Confeccionar materiais para leitura (textos, livros, poesias etc) em diferentes
materiais também despertar o gosto e o prazer da literatura.
O professor poderá indicar aos alunos bibliografia relativa a teoria literária.
CRITÉRIOS DEAVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Avaliação é continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre as quantitativas em função dos objetos propostos.
Recuperação Paralela será oferecida aos alunos que não alcançaram o rendimento
mínimo.
417
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5. ed. São Paulo:
Scipione, 1995.
ASSMAN, Juracy (org) Literatura e alfabetização: do plano do choro ao plano da
ação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BELINE, Ana Helena Cizotto. Trabalhando com a descrição. São Paulo: Atica, 1994.
Bettellheim, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1980.
BERALDO, Alda. Trabalhando com a poesia. São Paulo: Atica, 1990, v. 1 e 2.
BORDINI, Maria da Gloria, Poesia infantil. São Paulo: Atica, 1991.
CADEMORTONI, Ligia. O que é literatura infantil. São Paulo: Brasiliense, 1995.
CARVALHO, Marlene. Guia pratico do alfabetizador. São Paulo: Atica, 1998.
CIRNE, Moacyr. A exploração criativa dos quadrinhos. Petrópolis: Vozes, 1977.
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FARACO, Carlos Alberto. Trabalhando com a narrativa. São Paulo:atica, 1996.
KAERCHER, Gladis E. Pereira da Silva et alii. Convivendo com crianças.In.
CRAIDY, Carmem M. O educador de todos os dias: convivendo com as crianças de
0 a 6 anos. Porto Alegre: Mediação, 1998.
KEDE, Sonia Salomão. Personagens da literatura infanto-juvenil. São Paulo: atica,
1991.
KLEIMAN, A. B. Oficina de leitura. Campinas: Ponte/Unicamp, 1993.
LAJOLO, M. e ZILBERMAN, R. Literatura infantil brasileira:historia e historias. São
Paulo: atica, 1988.
LEITE, Ligia Chiappini M. Invasão da catedral: literatura e ensino em debate. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 1983.
MACHADO, I. A. Literatura e redação: os gêneros literários e a tradição oral. São
Paulo: Scipione, 1994.
PALO, Maria José; OLIVEIRA, Maria Rosa D. Literatura infantil:voz de criança. São
Paulo: Atica, 1992.
418
ROCCO, Maria Tereza Fraga. Literatura/ensino: uma problemática. São Paulo:
Atica, 1995.
SILVA, Ezequiel Teodoro da. A produção de leitura na escola: pesquisas e
propostas. São Paulo: Atica, 1995.
YUNES, Eliana e PONDE, Gloria. Leitura e leituras da literatura infantil. São Paulo:
FTD, 1989.
ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da Leitura: perspectivas
interdisciplinares. São Paulo: Atica, 1995.
419
METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E ALFABETIZAÇÃO
EMENTA
A leitura e a escrita como atividades sociais significativas. A atuação do professor
de Língua e Alfabetização: pressupostos teórico-práticos. As contribuições das
diferentes Ciências(História, Filosofia, Psicologia, Pedagogia, Lingüística,
Psicolingüística, Sociolingüística) na formação do professor de Língua Portuguesa
e Alfabetização. Estudo e análise crítica dos diferentes processos de Ensino da
Língua Portuguesa, da Alfabetização e do Letramento . Considerações teóricometodológicas para a prática pedagógica de Alfabetização e Letramento.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Educar é sempre uma aposta no outro. Ao contrário do ceticismo dos que
querem “ver para crer”, costuma-se dizer que o educador é aquele que buscará
sempre “crer para ver”. De fato, quem não apostar que existem nos alunos as
qualidades que, muitas vezes, não se fazem presentes nos seus atos, não se
presta, verdadeiramente, ao ato educativo.
(Costa: 200pg 15)
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
Entender a escrita como um bem cultural, historicamente construído e
elaborado a partir de uma necessidade;
Conhecer os diversos métodos e técnicas de alfabetização ao longo do
tempo;
Instrumentalizar o aluno para uma atuação eficaz, segura, criativa e
consistente dentro da docência em classes de alfabetização;
Perceber que a aquisição da escrita é um processo contínuo que se inicia no
letramento e se efetiva ao longo da vida;
Aprender que a leitura precede à escrita e que ela vai melhorando a partir da
prática e da necessidade, ou seja aprende-se a escrever, escrevendo;
Compreender que a alfabetização não é só ler e escrever, mas que existem
diversos tipos de analfabetos em outros códigos (como saber dirigir, operar um
computador – analfabeto digital);
Reconhecer as fases da escrita e sua evolução histórica;
Conhecer o estudo da psicogênese da linguagem escrita de Emília Ferreiro e
sua grande contribuição para que entendamos como a criança aprende a ler, sob a
ótica dela e não do adulto;
Verificar as diferenças e semelhas da alfabetização de crianças e de adultos;
Reconhecer a importância de ler e escrever bem, partindo dos anos iniciais
do ensino fundamental;
Conceber que a língua portuguesa permeia todas as outras disciplinas e por
isso é tão essencial.
420
CONTEÚDOS
Linguagem e Sociedade;
Concepção de Linguagem, de linguagem escrita, de alfabetização e de letramento;
Concepção de Ensino e de Aprendizagem;
Teorias sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e escrita;
Concepção de variação lingüística;
Conceito de texto, de leitura e de escrita;
Padrões silábicos da Língua;
Tipologia Textual e funções da linguagem;
Processo de avaliação;
História da escrita;
Análise crítica dos processos de alfabetização;
Noções básicas e fonética;
Características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;
Procedimentos metodológicos;
Leitura e Interpretação;
Produção e reescrita de textos;
Análise Lingüística;
Atividades de sistematização para o domínio do código;
Análise critica dos PCNs w dos RCNEI;
Análise crítica dos diferentes Programas de Alfabetização desenvolvidos no Brasil;
Análise Critica de materiais didáticos de alfabetização e ensino da Língua
Portuguesa;
O papel da escola como promotora de alfabetização e letramento; Como
alfabetizar letrado.
Todo bom alfabetizador deve acreditar que a criança ou adulto pode aprender
a ler e a escrever. A construção do conhecimento em cada pessoa perpassa o
mesmo caminho que a humanidade percorreu para chegar no estágio atual, ou seja
a escrita é tão importante para a humanidade que divide até tempos históricos, já
que possibilita o registro da linguagem verbal, mas não é meramente só isso.
O processo pedagógico consiste, basicamente, na transmissão do
conhecimento acumulado pelos homens ao longo de sua história. Para uma melhor
compreensão dos elementos envolvidos nesse processo – o conhecimento, o aluno
e o professor – é necessário, antes, recuperá-los no interior da realidade humana
que historicamente os constitui. Assim num primeiro momento nosso esforço será
no sentido de explicitar o movimento histórico e produção da linguagem oral e
escrita.
O uso da fala foi adquirido por processos de seleção natural operando ao
longo de um milhão de anos. O hábito de usar símbolos escritos para representar a
fala é apenas um dispositivo útil que tem existido há pouco tempo para poder ter
sido inscrito em nossos genes, possa isso ocorrer ou não meio milhão de anos à
frente. Qualquer linguagem pode ser transposta para qualquer sistema de símbolos
escritos que o usuário da linguagem possa escolher, sem que isto afete a estrutura
básica da linguagem. Em suma, o homem que lêem contraste com o homem que
fala, não é biologicamente determinado.
A alfabetização é, portanto, uma construção histórico cultural. Essa
compreensão nos faz refletir sobre o nosso papel como alfabetizadores e
professores que trabalharão com a língua portuguesa. Não podemos entender o
421
processo de alfabetização pensando que ele acontece sempre da mesma forma em
cada pessoa, enquanto aquisição individual de habilidades de leitura e escrita,
enfatizando o caráter de memorização e ignorando as diferente condições de cada
um.
A alfabetização nesta perspectiva significa entendê-la de modo que o
alfabetizando seja considerado um autor, onde possa ocupar e assumir vários
papéis: leitor, escritor, narrador, protagonista, dentre outros.
A alfabetização é um marco na vida das pessoas porque interfere na
qualidade de vida dos indivíduos, grupos sociais e até mesmo nas sociedades como
um todo. O trabalho a ser realizado pela escola pode instituir e inaugurar modos
diferentes de interação entre os indivíduos. As experiências podem ampliar e
redimensionar os diferentes espaços e momentos de interlocução. Alfabetizar-se
pode tornar-se um rico momento de aprendizagem compartilhada, mais do que
qualquer outro na escola e na vida.
Acreditar que é possível fazer com que todos aprendam a ler e escrever é
ousar é acreditar que todos podem ser incluídos no mundo do conhecimento, que
faz toda a diferença na vida da pessoa. É algo que nunca será esquecido. É obvio
que a alfabetização que falamos aqui não é somente ler e escrever no estágio
inicial, é entender o que acontece, o que o interlocutor está querendo dizer,
interpretar, para que incorpore o conhecimento necessário para ampliar a sua visão
de mundo.
A língua portuguesa é a essência da escola e do conhecimento. Não há como
trabalhar nenhuma outra disciplina a não ser pela língua portuguesa, por isso a
importância de alfabetizar corretamente e com todo o cuidado e respeito necessário
às individualidades, sem acelerar demais o processo, exigindo aquilo que a pessoa
ainda não tem condições de dar e não frustrando as suas perspectivas, caso já
esteja mais avançada.
O segredo do sucesso no processo de alfabetização e consequentemente no
trabalho com a língua portuguesa nos anos iniciais do ensino fundamental é sem
dúvida algo significativo e que merece atenção especial e mais que isso, a
consciência de que a motivação, a vontade de participar desse processo é
essencial. A criança precisa querer aprender a ler e a escrever, fazer parte do grupo
de pessoas leitoras. Cabe ao professor inspirar na criança essa vontade, esse
desejo de aprender. E para essa tarefa não há receita pronta.
Ler para a criança e para o adulto em fase inicial de alfabetização é um meio
importante de despertar a vontade de ler sozinho. Afinal, o ler precede o escrever.
O convívio com a linguagem escrita, em suas diferentes manifestações, deve
ser compreendido como uma atividade real e significativa. Ao professor cabe
garantir esse processo, organizando as atividades e fornecendo informações
necessárias à compreensão da língua escrita, enquanto um objeto cultural
historicamente construído.
A alfabetização tem um caráter mais amplo do que somente o da aquisição
da leitura e da escrita, constituindo-se com efeito, em um processo de apropriação
de diferentes linguagens entre elas as da matemática, das artes, das ciências
sociais e naturais.
“ ... a escrita não é apenas um objeto de conhecimento na escola. Como forma de
linguagem, ela é constitutiva do conhecimento na interação. Não se trata, então,
apenas de “ensinar” (no sentido de transmitir a escrita, mas de usar, fazer funcionar,
a escrita como intervenção e interlocução na sala de aula, experenciando a
linguagem, nas suas várias possibilidades. No movimento das interações sociais e
422
nos momentos das interlocuções, a linguagem se cria, se transforma, se constrói,
como conhecimento humano.” (Smolka, 1989: 45).
Neste movimento, é preciso compreender a linguagem escrita e a
alfabetização de modo mais amplo, na sua dimensão discursiva pela qual a criança
aprende a ouvir, a entender o outro pela leitura; aprende a falar, a dizer o que ela
quer pela escrita, sendo que esse aprender significa fazer, usar, praticar, conhecer,
enquanto escreve a criança aprende a escrever e aprende sobre a escrita.
Em suma, faremos as aulas de modo a capacitar as docentes a trabalhar com
a alfabetização e a língua portuguesa nos anos iniciais de ensino fundamental, de
forma segura, aprendendo a fazer na prática os desafios de ensinar a ler e a
escrever, essa gostosa aventura, cheia de desafios e conquistas.
As aulas serão de exposição dialogada, com textos de diversos autores,
numa linguagem simples, mas que dê conta de trabalhar o conhecimento
necessário. Também faremos mini seminários, trabalhos em grupos e individuais.
Evolução histórica da escrita;
A importância de ler para as crianças, motivando-as a entrar no mundo da
leitura e da escrita;
A linguagem como um meio de inserção social;
O alfabeto como um código produzido historicamente;
Outros tipos de códigos escritos e letras;
O trabalho com o texto;
O professor como escriba do aluno;
Ler no sentido amplo – entender (dificuldades no processo de interpretação
da escrita);
Escrita: desafio em traduzir o pensamento;
Tipos de textos;
Reestruturação de textos: por onde começar e como proceder;
Sistematização de atividades a serem realizadas nas aulas de língua
portuguesa e alfabetização;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Em suma, faremos as aulas de modo a capacitar as docentes a trabalhar com
a alfabetização e a língua portuguesa nos anos iniciais de ensino fundamental, de
forma segura, aprendendo a fazer na prática os desafios de ensinar a ler e a
escrever, essa gostosa aventura, cheia de desafios e conquistas.
As aulas serão de exposição dialogada, com textos de diversos autores,
numa linguagem simples, mas que dê conta de trabalhar o conhecimento
necessário. Também faremos mini seminários, trabalhos em grupos e individuais.
AVALIAÇÃO:
Não há como conceber a avaliação senão no desenrolar do processo de
organização do trabalho pedagógico, já que é ali que se percebe o que precisa ser
melhor construído e o que o aluno já sistematizou e incorporou ao seu cabedal de
conhecimentos.
423
Avaliaremos através de atividades de entendimento dos conteúdos
trabalhados e discutidos, através de seminários, debates, atividades de revisão e
socialização das elaborações dos alunos.
Normalmente, na própria explicação do professor, são sanadas as dúvidas mais
freqüentes e vai se percebendo o nível de entendimento dos alunos.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
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BETTELHEIM, Bruno e Zelan, K. Psicanálise da Alfabetização. Porto Alegre, Artes
Médicas, 1984.
BRAGGIO,Silva L. Bigonjal. Leitura e Alfabetização- da concepção Mecanicista
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CADERNSO DA ESCOLA GUAICURÚ -vol. 5 Proposta Metodológica de Língua
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1995.
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COLOMER, T. e Camps, A. Ensinar a Ler, Ensinar a Compreender. Porto Alegre.
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FERREIRO, Emília. Reflexões sobre a Alfabetização. São Paulo, Cortez, 1992.
FRANCHI, Eglê Pontes. Pedagogia da Alfabetização: da oralidade à escrita.
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GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de militância e
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GRAFF, Harvey J. Os Labirintos da Alfabetização: reflexões sobre o passado e o
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Artes Médicas: 1994.
KAUFMAN, Ana Mariae Rodrigues, Maria Helena. Escola, Leitura e Produção de
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SCLIAR, Cabral,L. Princípios do sistema alfabético do português do Brasil, editora
Contexto, S. P. 2003. - Guia Prático de Alfabetização, editora Contexto S. P.
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SMOLKA,Ana Luíza Bustamante, A criança na fase inicial da escrita: a
lfabetização como proeso discursivo, Editora da Unicamp, S. P. 1988.
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TFOUNI, L. V. Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso. Campinas, S. P.
Pontes Editores, 1998 - Letramento e Alfabetização, S. P. Cortez Editores, 1995.
VYGOTSKY, L. S. Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA
EMENTA
Concepções de Ciência e de Conhecimento Matemático das Escolas Tradicional,
Nova, Tecnicista, Construtivismo e Pedagogia Histórico-Crítica;; Pressupostos
teórico-metodológicos do ensino e aprendizagem de Matemática e/ou Tendências
em Educação Matemática: Conceitos Matemáticos, Linguagem Matemática e suas
Representações,
Cálculos
e/ou
Algoritmos,
Resolução
de
Problemas,
Etnomatemática, Modelagem Matemática, Alfabetização Tecnológica, História da
425
Matemática e Jogos e Desafios; Pressupostos teórico-metodológicos da
Alfabetização Matemátic.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Considerando-se que a Educação é o meio de desenvolvimento humano
integral, instrumento gerador das transformações sociais, base da autonomia, da
visão prospectiva, sendo fator de progresso, integração e conquista do sentimento e
da consciência de cidadania, compreende-se que é na instituição de ensino, pela
ação educativa que esta deve ser efetivada. Para tanto, a escola deve estar apta a
garantir uma formação integral, voltada para a capacidade e anseios de sua
clientela, buscando um ensino democrático e de qualidade.
Evidencia-se assim, a real preocupação em se capacitar profissionais do
ensino para atuarem nesta perspectiva de educação. Desta forma, no curso de
formação de docentes, as práticas são aliadas aos conceitos teóricos de forma a
serem entrelaçados às vivências diárias dos alunos, visando demonstrar qual a
finalidade de se compreender os conceitos estudados em busca de soluções e
meios que facilitem e aprimorem sua qualidade de vida.
No caso da metodologia do Ensino da Matemática, busca-se novas
alternativas de ensinar aos alunos do curso de magistério, a melhor maneira de
levar os conceitos desta disciplina aos alunos das Séries Iniciais e Educação
Infantil, sempre estimulando neles a curiosidade e o prazer em aprender, tornando o
ensino significativo para o educando. Para isso, é preciso demonstrar uma
matemática viva, que vai desenvolvendo com o aluno paralelos entre o
conhecimento científico e os conceitos prévios vivenciados, demonstrando formas
diferenciadas de se trabalhar em busca de um mesmo propósito.
A Matemática, dentro da metodologia de ensino, deve contribuir para que os
futuros educadores estejam aptos a desenvolverem em suas práticas, um ensino
voltado para a cidadania, respeitando cada aluno na sua realidade cultural, levandoos a identificar os conceitos matemáticos como meio para compreender e
transformar o mundo a sua volta, através de analises, pesquisas e investigações.
O profissional da educação, deve fazer uso do conhecimento matemático
para auxiliar seus alunos na inter-relação dos aspectos qualitativos e quantitativos
da realidade, compreendendo que esta ciência não se faz presente apenas no
cotidiano das pessoas, mas também é importante na realização de pesquisas e
produção de novos conhecimentos sendo estes de ordem natural, social e cultural.
Desse modo, o desenvolvimento da matemática deve ser entendida,
mediante um processo de conflitos entre muitos elementos contrastantes, o abstrato
e o concreto, o particular e o geral, o formal e o informal, o finito e o infinito, o
discreto e o contínuo, que resultam em problemas a serem identificados e
resolvidos, independente da forma pela qual se atingiu a solução, mas se esta é ou
não coerente e correta.
A forma com que o professor se relaciona com a área do conhecimento e a
metodologia aplicada em sala de aula, é fundamental para a efetivação do processo
de ensino e aprendizagem. Isto requer do educador conhecimento suficiente e
segurança sobre o que esta ensinando, para que os alunos, ao questionarem,
encontrem nele um meio de sanar sua dúvida. Sendo assim, os alunos de formação
426
docente serão também instigados e orientados através da disciplina de Metodologia
de Ensino da Matemática, a buscarem formas de esclarecerem suas dificuldades
nesta disciplina, para que em sua prática, ao se defrontarem com as possíveis
dúvidas de seus alunos, estejam preparados para por sua vez, orientá-los. Pois o
professor, deve ser o mediador do processo de ensino-aprendizagem, estando
comprometido com a construção da cidadania do aluno, estabelecendo uma postura
crítica e reflexiva perante o conhecimento historicamente situado dentro e fora da
matemática, através da produção de significados, de trabalhos interativos e de
pesquisa.
A tempos a disciplina de matemática foi caracterizada como difícil e
angustiante em seu entendimento. Muitos alunos criaram inconscientemente
aversão ao estudo desta ciência por terem encontrado em sua vida escolar
professores que faziam uso de conceitos abstratos a fim de reprimi-los através das
avaliações ou eles próprios não a compreendiam bem ao ponto de repassar este
conhecimento. Com isso, gerações de pessoas passam a crer que a matemática é
um conhecimento apropriado à estudiosos e profissionais da área sem ter nenhuma
relação com sua vida. Neste sentido, o papel do educador de matemática é um dos
grandes desafios para o ensino, pois deixa de ser o “dono da verdade”, para se
tornar uma disciplina que está dentro do contexto cultural.
Na atual perspectiva de educação, admite-se que todo cidadão deve saber
comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar resultados com
precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo o uso da linguagem oral e
estabelecendo relações entre elas e diferentes representações matemáticas. Uma
forma de desenvolver esta capacidade é ensinar a matemática utilizando nas aulas
jogos, materiais concretos, brincadeiras lúdicas, recursos tecnológicos e outras
formas mais que seja possível construir o conhecimento com prazer, alegria e
atenção. Estabelecer conexões entre os conceitos matemáticos e temas das outras
áreas de ensino, é fundamental para que o aluno compreenda que nenhum
conhecimento é isolado e acabado, participando em conjunto para melhor
compreendermos o funcionamento do mundo em que vivemos.
Se entendermos que a matemática entra em nossas vidas no momento da
concepção: somos resultado de uma soma de frações onde genes paternos
combinados com parte dos genes maternos (sendo parte é fracionário), resulta no
novo ser (inteiro), constatamos que esta área de estudo é vida que faz parte da vida
do homem desde seu surgimento e não somente quando ele sentiu necessidade de
registrar quantidades exteriores a sua estrutura humana. Várias outras relações do
cotidiano que parecem sem sentido, são puramente matemáticas. Realizamos todos
os dias, cálculos matemáticos sem percebermos que estamos nos utilizando da
ciência matemática. Desta forma, somente entendendo o porquê, descobrindo o
vínculo que mantém nossa vida diária, é que, desde os momentos iniciais da criança
na escola ela se dará conta de que a Matemática é presença constante em nossas
vidas. Esse é o principal anseio da disciplina de Metodologia de Ensino de
Matemática no curso de formação de Docentes.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Proporcionar aos alunos do curso de formação de docentes, conhecimentos
inerentes à disciplina de matemática através de diferentes formas de se ensinar
427
e aprender os conceitos desta área para possivelmente atuarem nas classes de
Séries Iniciais e Educação Infantil.
- Subsidiar os alunos na compreensão dos conceitos matemáticos;
- Promover a criatividade na construção de materiais didáticos relativos à
matemática;
- Apresentar diferentes metodologias de ensino para serem utilizadas nas práticas
de ensino a fim de se fazer valer a aprendizagem dos conceitos da disciplina;
- Instigar nos alunos a concentração, o raciocínio e a interação através de
problemas e situações matemáticas.
CONTEÚDOS
-
-
-
-
-
-
História da Matemática
Classificação de coleções:
Formação de grupos, determinação de critérios
Ordenações e seriações
Idéia de número
Número como quantidade
Apresentação dos números naturais
Sistema de contagem
A história dos números
Sistema de numeração; egípcio, maia, romano e grego
Antecessor e sucessor
Formação de grupos com a mesma quantidade de elementos
Contagem e registro
Agrupamentos
A criação e a difusão do Sistema de Numeração decimal
Organização do sistema de numeração
Uso da quantidade e valor posicional
Adição e subtração: uso do ábaco, justificativa para os algoritmos usuais, as
idéias da subtração ( aditiva, subtrativa e comparativa)
Multiplicação: adição de parcelas iguais
Divisão: subtração de parcelas iguais
Exploração das formas
Formação de grupos de elementos de uso cotidiano segundo critérios
geométricos
Classificação de sólidos geométricos
Comparação entre sólidos e outras formas
Os fundamentos da geometria
O homem modifica a natureza e altera o meio ambiente
Geometria prática e geometria abstrata, as origens sociais dessa dicotomização
Euclides: a organização do pensamento geométrico
A quantificação de elementos do espaço
Comparação de objetos, medições
Medidas arbitrárias: pés, palmos, dedos, etc
Estudo das medições de tempo, capacidade, massa e de valor
As frações de medida, o fracionamento decimal dos padrões universais
A idéia de Fração
428
-
-
-
Frações de todo discreto e de todo contínuo, frações de medida
Relação entre número decimal e fração
Equivalência entre frações
Operações com frações
O uso de frações unitárias
As dificuldades enfrentadas pelos povos na representação as frações
Organização do Sistema de números decimais
Uso social dos números decimais; operações
Multiplicação: uso da idéia de área, algoritmo usual, ábaco
Divisão: uso da idéia de troca do Sistema de números decimais
Elementos da Matemática comercial
Regras de três
Porcentagem
Estudo das figuras planas
Obtenção de figuras planas a partir dos sólidos geométricos
Classificação das figuras planas: critérios possíveis
Noções de ângulos, paralelos e perpendiculares
Elementos dos sólidos e dos polígonos: nomenclatura e classificação
O ensino de geometria
A revolução geométrica não - Euclidiana
O uso convencional das medidas
O metro e sua relação com o Sistema de numeração decimal
Múltiplos e submúltiplos mais usados, equivalências
Pensamento Matemático
Matemática tradicional
Matemática moderna
Análise do ensino de matemática segundo uma concepção histórico crítica
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As ações metodológicas devem envolver o confronto entre o conhecimento
científico e o de mundo, a interpretação, a comparação, a produção e a análise de
todos os tipos de problemas relacionados com a matemática. Através da exposição
dos conceitos pelo professor e constante articulação professor – aluno - realidade
sobre conteúdos matemáticos correlacionados com a prática de sala de aula, tornase possível compreender a matemática como fundamental na construção da
cidadania sendo meio de intervenção enquanto agente social, principalmente na
contextualização da realidade.
Para tanto faz-se necessário o desenvolvimento de trabalhos que estimulem
a criatividade, organização de aulas expositivas, provas debates, produções
individuais, cartazes, confecção de materiais, resolução de problemas entre outros
No processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula,
valores como respeito pela opinião dos colegas, pelo trabalho em grupo,
responsabilidade, lealdade e tolerância serão enfatizados de forma a tornar o ensino
de Metodologia da Matemática mais eficiente e eficaz, como também para contribuir
no desenvolvimento daqueles valores humanos, que são objetivos concomitantes do
processo educativo.
Assim, alunos com diferentes histórias de vida, podem desenvolver e
apresentar diferentes leituras ou perfis conceituais sobre questões que envolvam a
429
matemática cotidiana, que poderão interferir nas habilidades cognitivas. O
aprendizado será conduzido levando-se em conta essas diferenças.
Desenvolver-se-á uma visão mais ampla do conhecimento, que possibilite ao
educando melhor compreensão do mundo físico e para a construção da cidadania ,
colocar-se-á em pauta em sala de aula , conhecimentos socialmente relevantes, que
façam sentido e possam se integrar à vida do aluno bem como, de sua futura prática
educativa.
Sabendo-se que as interpretações dos acontecimentos da nossa vida diária
estão continuamente se transformando, pois sempre surgem novos fatos, novas
concepções e novas formas de interpretação dos problemas matemáticos, dos
dados estatísticos e das demais informações advindas do mundo exterior ao da sala
de aula, torna-se necessário reconhecer as tendências, ter acesso a meios de
comunicação e saber interpretar os fatos reais que auxiliem a sobrevivência do ser
humano através do uso da linguagem matemática.
Todos os conteúdos serão trabalhados com pesquisas em livros, com mini
aulas práticas, através de pesquisas, relatos de professores da área e alunos, para
que se compreenda o processo de construção do conhecimento em matemática
pelos alunos de Séries Iniciais e Educação Infantil.
Será utilizado nas aulas recursos audio-visuais, com acesso à informática,
pretende-se que os educandos identifiquem as várias possibilidades de se efetuar o
processo de ensino a fim de motivar a aprendizagem.
Os conteúdos irão abranger de forma interrelacionada com outras disciplinas,
fatos, conceitos, procedimentos e valores respeitando e procurando desenvolver o
senso crítico bem como contribuir para a formação da cidadania nos tópicos social,
político, econômico e ético.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
O ponto de partida para se compreender o processo ensino-aprendizagem é
a concepção de que o ser humano é a resultante da interação do herdado com o
ambiente, sendo o conhecimento, portanto, uma constante construção e
reconstrução.
Desta forma, o ensino de Metodologia do Ensino de Matemática, é muito
mais do que o uso de métodos estabelecidos para a comprovação de idéias
cientificas, consiste em fazer com que o educando leia o mundo em que vive com
seus próprios olhos e com os da ciência para posteriormente, estar apto a
desenvolver futuramente em seus esta capacidade .
Através de atividades tais como trabalhos em grupos e ou individuais,
discussões coletivas, produção de materiais, participação nas atividades, empenho
no desenvolvimento de seus trabalhos, responsabilidades inerente ao curso,
estratégias na resolução de problemas, entre outros, os educandos serão avaliados
no processo de aprendizagem, para que assim o professor tome conhecimento
sobre quão significativas e atrativas vem sendo suas aulas no anseio pela
efetivação do processo de ensino aprendizagem.
A avaliação do ensino de Metodologia da Matemática será baseada nas
informações disponíveis em todo o processo ativo e coletivo, nas interações alunoaluno, aluno-professor e aluno-professor-objeto de conhecimento.
Será diagnóstica, permanente e cumulativa, utilizará técnicas e instrumentos
diversificados, criando condições para que os alunos preocupem-se mais com a
aplicação dos conhecimentos do que com a memorização, possibilitando ao aluno
430
uma compreensão dos principais conceitos matemáticos bem como a melhor forma
de desenvolve-los em sala de aula, criando uma estreita relação com as vivências
dos alunos e o mundo real ao qual estão inseridos, identificando as aplicações da
matemática na tecnologia, nos aspectos sociais, políticos, econômicos e
corriqueiros durante toda a história do homem. Desta forma, o aluno do curso de
formação de docentes deve ser capaz de compreender os conceitos matemáticos
dentro desta visão de ensino da disciplina, estando preparado para a educação de
qualidade dentro da democracia dos conhecimentos e voltada para a cidadania.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade
Normal. SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Profissional. Ctba. 2006.
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Paulo: Cortez, 1991.
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Rio de Janeiro: Ao livro técnico S/A, 1970.
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- Proposta curricular da habilitação Magistério: Metodologia do Ensino de
Matemática. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação, 1993.
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTORIA
EMENTA
História e memória social; as finalidades do ensino de História na sociedade
brasileira contemporânea . A transposição didática da história e a construção da
compreensão e explicação histórica . Relação entre a construção da noção de
tempo e espaço e leitura do mundo pela criança. O trabalho com as fontes
históricas . Objetivos e conteúdos programáticos de história dos anos iniciais do
Ensino Fundamental. Planejamento, seleção e avaliação em história . Análise
critica do material didático.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Didática da História encontra-se, explicita como se pensa a História, a
formação do professor e conseqüentemente a sua prática. Assim, crer na
possibilidade de construção do conhecimento no âmbito da Didática da História é
crer na possibilidade de que, ensinar História não é reproduzir informações, mas sim
preocupar-se com a construção do conhecimento histórico escolar. E,
indubitavelmente toda essa reflexão precisa passar pelo processo de formação do
professor.A historia hoje não e mais aceita como conhecimento enciclopédico,
431
conhecimento estanque , passivo em contraponto ao passado hoje a Historia tem
movimento , ela questiona, indaga, investiga, aprofunda;se,fazendo sempre relação
com o presente . (Segundo a Professora_) Maria Schimidt, a disciplina de historia
enfrenta alguns desafios como: Superar a contraposição entre a formação
profissional reduzida e a simples aprendizagem, romper com a idéia que a disciplina
de historia e um saber enciclopédico, transformar a ciência de vanguarda em uma
cultura elementar de massa, transpassar a idéia de reprodutores de conhecimento,
contribuir na formação de profissionais que compreendam com a dimensão de seu
trabalho, e que estejam efetivamente comprometidos com formação dos seus
alunos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O objetivo ‘educar para a cidadania’ é associado comumente ao ensino de
História para tanto necessário se fará:
-
Possibilitar a compreensão da questão relacionada ao tempo realidade e ao
tempo histórico;
-
Conhecer o processo histórico na sua totalidade;
-
Propiciar momentos de reflexão, em que o aluno compreenda a historia
enquanto processo;
-
Reconhecer-se como ser social e sua integração na sociedade;
-
Desenvolver a capacidade de observação, reflexão e argumentação dos
alunos;
-
Permitir ao aluno uma visão mais cientifica da realidade,
-
Estabelecer uma relação critica com o presente e passado,
-
Possibilitar o conhecimento de elementos norteadores para a pratica docente;
CONTEUDOS
-
Visão critica da realidade enquanto totalidade;
Os vínculos do homem com seu desenvolvimento social;
Relação entre a construção da noção de tempo e espaço;
Leitura de mundo pela criança;
Objetivos da disciplina;
Planejamento de atividades;
Materiais de ensino;
O fato
histórico vinculado aos aspectos geográficos,políticos,sociais,e
econômicos da humanidade;
Conteúdos programáticos de historia de 1ª a 4ª serie;
Analise critico de material didático;
432
-
Analise critica e elaboração de recursos didáticos;
Historia e linguagem;
Historia e documentação;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Aulas expositivas e dialogadas, seminários sobre as diferentes formas do estudo da
história, debates, apresentações, análises através de filmes de diferentes enfoques
sobre os acontecimentos históricos, as heranças históricas e seus reflexos, a
história pessoal e a sociedade atual, comparações, contradições, registros
históricos, diferentes formas de como se encaminhar com crianças a história.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação da aprendizagem dar-se-á de forma contínua, cumulativa e,
somativa, compreendendo a verificação da aprendizagem e o controle de
freqüência.O aluno e visto como único, e ser observado em todo o processo de
aprendizagem. A verificação contínua da aprendizagem ocorrerá por meio dos
exercícios, trabalhos individuais, trabalhos em grupo, seminários, debates, reflexões
e outras atividades e instrumentos utilizados, durante ou após cada unidade
estudada. A avaliação será também construída tendo como pressupostos:os
conteúdos e sua apropriação;a relação dos alunos com os conteúdos no sentido
que seja feita uma reelaboraçao do conhecimento já existente;
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
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METODOLOGIA DE ENSINO DA GEOGRAFIA
EMENTA
Concepções de Geografia - A Geografia como Ciência; Compreensão do Espaço
produzido pela sociedade ( espaço relacional); Aspectos teóricos - metodológicos
de ensino da geografia; Objetivos e finalidades do Ensino da Geografia na
434
Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e
Anos Iniciais do ensino fundamental, atendendo as especificidades do estado do
Paraná ( quilombolas, indígenas, campo e ilhas ) Relação entre conteúdos,
Método e Avaliação; Os conteúdos básicos de Geografia na Educação Infantil e
Anos Iniciais; Diferentes Tendências da Geografia, Bibliografia e concepção de
Geografia como ciência ; Análise Crítica e elaboração de recursos didáticos para
Educação Infantil e Anos Iniciais, Análise Crítica dos livros didáticos dos Anos
Iniciais.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
É a liberdade que, fundando a ação humana no que ela tem de próprio e
característica, possibilita e justifica a tarefa da educação.
É preciso pressupor a liberdade para conceber a educação como esforço
dotado de sentido, dirigindo a formação do homem. Formar significa formar algo
com acepção definida, trazer a luz o problema.
Atividade humana é objetiva, sempre realizar algo em realização de algo, em
função de valores, metas. Nós encontramos em uma realidade que se transforma
em uma velocidade, imensurável e diversas visões, teorias, eventos, inovações,
transformações, em vários segmentos acontecem.
Portanto, a geografia é tão abrangente, pois o conteúdo da disciplina de geografia é
o mundo, seus espaços, seus movimentos, seu dinamismo, os geógrafos são os
mais indicados a explicar as transformações terrestres para possibilitar a sua
compreensão. O mundo esta em permanente reinvenção.
Segundo Diretriz Curricular do Paraná, a pratica diária do ensino, deve ser
estar na conscientização dos alunos, a formação integral do aluno para a cidadania.
Desenvolvendo a capacidade de perceber e questionar a organização da sociedade
enquanto construção histórica dos homens , relacionando e analisando a parti do
local para e do global; Formando e conscientizando para a dignidade humana.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Compreender o mundo, pensando refletindo e concientizando-se;
Localizar-se no espaço
Posicionar-se criticamente como agente transformador considerar a
diversidade cultural
Entender o espaço geográfico e suas características naturais;
Buscar justiça social;
Analisar e elaborar recursos didáticos;
Apropriar-se de aspectos teóricos metodológicos do ensino da geografia.
CONTEUDOS
-
Aspectos teóricos do ensino da geografia;
Aspectos metodológicos do ensino da geografia;
Objetivos da metodologia do ensino da geografia;
Concepções de geografia;
Planejamentos de aula de geografia;
435
-
Geografia, e a busca da justiça social;
Multiculturalismo.
Concepções de Geografia;
A geografia como ciência;
Compreensão do espaço produzido pela sociedade;
Espaço relacional;
Analise critica de livros didáticos; O papel da geografia no currículo; Analise
critica e elaboração dos recursos didáticos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A geografia por ser dinâmica esta presente em todos os momentos da nossa
vida, esta concreticidade fará parte das aulas de Metodologia do Ensino de
Geografia.
As aulas serão mescladas de teoria e prática, como atuar ministrando a
disciplina de geografia para turmas de 1ª a 4 ª serie. As experiências dos discentes
tomarão forma e farão parte do planejamento.
As aulas serão expositivas, com dinâmicas, sempre relacionando a parte
legal teórica com a pratica pedagógica de geografia.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
O processo de avaliação se faz necessário, tanto como uma exigência legal,
como diagnostico reflexivo, para o professor repensar sua pratica, sua metodologia,
o que avançou, o que é preciso retomar. A avaliação é um momento de reflexão
para o aluno e para o professor.
A avaliação decorrerá em todos os momentos do curso de formação
docente,a freqüência, a participação, responsabilidade nas entregas de trabalhos, a
apresentação dos trabalhos e o conteúdo sistematizado no trabalhos apresentados ,
auto avaliação,
O aluno será avaliado no todo e não de uma forma estanque e única,
numérica, e sim diariamente nos encontros, esses critérios serão observados para
diagnostico da aula e da prática metodológica do professor.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
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VESENTINI,Jose W. Para uma geografia Critica na Escola. São Paulo: Atica, 1992.
439
METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS
EMENTA
O Ensino de Ciências e a construção de uma cultura científica que possibilite
ao cidadão comparar as diferentes explicações sobre o mundo.
A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo.
Aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das
relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania. A construção dos conceitos
científicos.
O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de
ciências. O papel dos professores, das famílias e das comunidades na
aprendizagem formal e Informal de ciências.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
“QUANDO O DESEJO HUMANO DE COMPREENDER O MUNDO ESTÁ
ORGANIZADO DE FORMA CRITERIOSA PARA COLETAR, TESTAR E
PARTILHAR, TEMOS O QUE CHAMAMOS DE CIÊNCIA.”
(Harlan e Rivkin, 2002.)
“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará
assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que
adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser
empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto”.
(Albert Einstein)
Nos últimos anos tem ganhado crescente importância a relação da
Metodologia de Ensino de Ciências com as concepções que os alunos têm a
respeito dos conceitos científicos e suas repercussões na formulação curricular. Da
mesma forma, a história da ciência vem adquirindo relevância para a Metodologia
de Ensino . No entanto, até há bem pouco tempo, o ensino de ciências era visto
primordialmente como parte obrigatória em planos de reformulação econômica e
social, dada a sua inter-relação com o desenvolvimento das forças produtivas.
Nestas últimas três décadas, as orientações metodológicas têm variado
profundamente, colocando em evidência uma série de particularidades inerentes à
área, bem como algumas incompreensões que ainda hoje subsistem redesenhando
a iconografia do modelo metodológico.
A pesquisa das concepções dos professores sobre modelos
metodológicos tem sugerido a urgência e a necessidade de repensar as grandes
linhas que têm balizado a pesquisa de metodologias de ensino de ciências.
“... a pesquisa na escola é uma maneira de educar e uma estratégia que
facilita a educação (...) e a consideramos uma necessidade da cidadania moderna.
440
(...) Educar pela pesquisa é um enfoque propedêutico, ligado ao desafio de construir
a capacidade de reconstruir, na educação básica e superior...
(...) É um desafio voltado para considerar a pesquisa como maneira de
educar”.(DEMO, 1998, apud MARTINS, 2001:43).
Discutir com o grupo a importância do ensino de Ciências para auxiliar o
estudante na compreensão do mundo em que vive e a necessidade da utilização
dos conhecimentos trazidos pelo aluno sobre o assunto que está sendo estudado,
oportunizando assim a sua manifestação de pensamento e a elaboração de um
conhecimento mais sistematizado sobre o assunto, baseado nos conhecimentos
adquiridos pela humanidade ao longo de sua história.
A ciência é um modo de conhecimento. O homem não apenas adquire
conhecimento como também o produz. O que significa “produzir conhecimentos e
saberes”, segundo Martins: “Para isso, parte de verdades conhecidas acerca de
realidades existentes, posiciona-se criticamente diante delas, reavalia-as, elaboraas, indaga-as, inclusive sua própria existência, e dessa operação produz os saberes
– os conhecimentos”.(Martins, 2001: 59).
Assim a partir da indagação, da dúvida, dos questionamentos tem-se a
fonte geradora de verdadeiros estudos científicos sobre o objeto da ciência que são
as leis e fenômenos que existem na natureza. A partir destas dúvidas, indagações e
da busca de regularidades que nos permitirão conhecer melhor os fenômenos da
natureza é que o homem torna-se não apenas receptor da ciência, mas também
produtor deste tipo de conhecimento.
A utilização de projetos escolares como metodologia de ensinoaprendizagem de Ciências é um dos caminhos possíveis para tornar o aluno mais
crítico e responsável pelo mundo que o rodeia.
O estabelecimento de relações interdisciplinares, a vinculação de
informações com os procedimentos didáticos são objetivos do trabalho com a
metodologia do ensino de Ciências.
o Núcleo de Conteúdos Básicos
O Núcleo de Conteúdos Básicos, com três eixos, enfoca o contexto
histórico e sociocultural, o contexto da educação básica e o contexto do exercício
profissional e contempla:
conhecimentos que subsidiarão o aluno para a análise da realidade em
que está inserido e do processo histórico que a determina;
conhecimentos relacionados à compreensão das relações entre educação
e trabalho e outras demandadas pela sociedade;
conhecimentos voltados à educação básica e à organização do trabalho
pedagógico, gestão e coordenação educacional;
conhecimentos relativos à formação profissional, voltados à atuação na
escola, e em outros espaços educativos não formais;
conhecimentos relativos à prática pedagógica, como elementos
integradores do currículo, articulados com o saber acadêmico, pesquisa e extensão
e prática profissional.
b) Núcleo de Conteúdos de aprofundamento e atuação profissional :
O Núcleo de Conteúdos de aprofundamento e atuação profissional,
enfoca conteúdos e metodologias de ensino das ciências básicas que compõem o
441
currículo das Séries Iniciais de Ensino Fundamental e/ou da Educação Infantil, que
prevê o reconhecimento de habilidades e competências extra-curriculares.
A disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências tem como premissa o
trabalho com questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e
exploratórias. Nesse sentido, a disciplina se traduz em mais um momento de
reflexão, discussão e ação acerca dos conteúdos de Ciências e sua articulação com
os aspectos relevantes da cidadania. O espaço de intercessão entre esta área do
conhecimento e os temas da vida cidadã, através da articulação entre vários dos
seus aspectos como a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio
ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura e as linguagens, orientam as
práticas pedagógicas, no sentido de permitir que cada aluno busque na vida em
sociedade, a justiça, a igualdade e a equidade (BRASIL, 1998). Isso permite a
ampliação das discussões sobre essas questões e contribui para a constituição de
saberes, conhecimentos, valores e práticas sociais essenciais ao exercício da
cidadania.
Diante do exposto, a disciplina não pode se furtar a investigar e pesquisar
assuntos atuais no contexto local, estadual, nacional, mundial e universal. Neste
sentido, o ensino de Ciências deve priorizar metodologias que oportunizem aos
alunos situações concretas de aprendizagem, bem como discussões e
questionamentos que suscitem uma reflexão mais apurada sobre as inovações no
campo da Ciência, da Tecnologia e da Sociedade, incluindo os aspectos políticos,
sociais, econômicos, culturais, ambientais, éticos, históricos e religiosos. Dessa
forma o ensino de Ciências, no Ensino Fundamental, possibilitará aos sujeitos do
processo de ensino e de aprendizagem a capacidade de entender a realidade, de
situar-se no mundo participando de forma ativa na sociedade, (...) de compreender
criticamente uma notícia, de ler um texto científico, de entender e avaliar questões
de ordem social e política, (...) para que os indivíduos se sintam alfabetizados
científica e tecnologicamente (...) [proporcionando] o desenvolvimento de uma
postura crítica e reflexiva (...) frente as descobertas e os fatos científicos do mundo
real. (ROSA, 2004, p.9)
Diante disso, a responsabilidade maior ao ensinar Metodologia do
Ensino de Ciências está intimamente ligada a um ensino que promova a
alfabetização científica, entendida aqui, “como um processo pelo qual a linguagem
das Ciências Naturais adquire significados, constituindo-se um meio para o
indivíduo ampliar o seu universo de conhecimento, a sua cultura, como cidadão
inserido na sociedade” (LORENZETTI e DELIZOICOV, 2001, p.8-9).
Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas
em laboratório têm sido super valorizadas como o recurso que torna concreto o
tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a repetir
procedimentos e roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo
conteúdo,sem uma maior reflexão sobre os vários fenômenos e fatores intrínsecos
envolvidos.
No entanto, é consenso, entre os professores, que as aulas
práticas sejam desenvolvidas, desde que os conceitos a serem trabalhados não
sejam simplificados de forma extrema e garantam a interpretação de fatos,
fenômenos e conceitos, tendo como principal referência os princípios específicos da
disciplina de Ciências (historicidade, inter-relação, intencionalidade, aplicabilidade,
provisoriedade). Nesse sentido, as atividades práticas têm o seu conceito ampliado
e “segundo Hodson [correspondem a] qualquer trabalho em que os alunos estejam
ativos e não passivos. Atividades interativas baseadas no uso do computador,
442
análise e interpretação de dados apresentados, resolução de problemas, elaboração
de modelos, interpretação de gráficos, pesquisas bibliográficas e entrevistas, são
alguns exemplos nos quais os alunos se envolvem ativamente” (ROSITO 20 apud
MORAES, 2003, p. 196).
Desse modo, espera-se que por meio das atividades práticas,
mais especificamente através das “aulas práticas” os educandos compreendam e
reflitam as noções e conceitos pertinentes aos fenômenos em estudo, bem como
sobre os processos de extração e industrialização da matéria-prima, os impactos
ambientais decorrentes desses processos, os materiais utilizados, os procedimentos
dessas atividades e o destino dos resíduos, caracterizando uma abordagem ampla
e processual dos fenômenos estudados.
Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos e
equipamentos precisa ser reconhecido pelos educandos, considerando desde a sua
origem, composição química, funcionalidade, até a sua relevância, não só no
momento da atividade prática para estudo do fenômeno em questão, mas também
na vida cotidiana, sem deixar de considerar, sempre, os princípios específicos da
disciplina de Ciências e os aspectos políticos, sociais, econômicos, culturais,
ambientais, éticos, históricos e religiosos envolvidos.
Nesse sentido, o essencial é o desenvolvimento da educação
para a ciência. A experimentação formal em laboratórios didáticos, por si só, não
resulta na apropriação dos conteúdos/conceitos pelos alunos. Sendo assim, é
importante lembrar que as atividades práticas acontecem em diversos ambientes,
na escola ou fora dela, ou seja, o laboratório não é o único cenário para o
desenvolvimento dessas ações.
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento
dos conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias
metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos
da disciplina de Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se
ter clara a necessidade de períodos pré e pós atividade vinculando teoria e prática),
visando à construção de noções e conceitos significativos. Esse encaminhamento
evita a dicotomia entre teoria e prática, eliminando o caráter autoritário e dogmático,
conferido pela utilização de roteiros e procedimentos que induzem a respostas
prontas ou a comprovação de leis, teorias ou fenômenos.
As aulas práticas a serem desenvolvidas no contexto escolar na
concepção aqui proposta, devem considerar sempre a ação e a reflexão, portanto,
“não basta envolver os alunos na realização de experimentos, mas também procurar
integrar o trabalho prático com a discussão, análise e interpretação dos dados
obtidos” (ROSITO, apud MORAES, 2003, p. 203).
Ao considerar a concepção, os princípios gerais do Ensino
fundamental, os princípios específicos da disciplina de Ciências e os pressupostos
teórico-metodológicos aqui apresentados, julga-se necessário que o planejamento
das atividades possibilitem uma participação dos alunos enquanto sujeitos ativos
que colaboram progressivamente na construção do seu conhecimento.
Os encaminhamentos sugeridos para a disciplina em questão
reforçam a postura dos professores como mediadores e pesquisadores capazes de
considerar o desenvolvimento cognitivo dos educandos, seus conhecimentos
prévios, o contexto histórico atual, a sua realidade local, a diversidade cultural e os
diferentes ritmos de aprendizagem .
Dessa forma, os professores poderão desenvolver nas aulas da
disciplina de Ciências, temáticas emergenciais da sociedade contemporânea, numa
443
abordagem que inter-relacione “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS),
concebendo a Ciência como um processo social, histórico e não dogmático; a
Tecnologia “como aplicação das diferentes formas de conhecimento para atender às
necessidades sociais” e a sociedade como um meio, no qual os sujeitos podem
perceber, por meio da Educação CTS, “o poder de influência que eles têm como
cidadãos”, sendo “estimulados a participar democraticamente” expressando suas
opiniões (SOLOMON 21 apud SANTOS e SCHNETZLER, 2003, p. 61).
Cabe ressaltar aqui a importância dos registros que os alunos
fazem no decorrer das atividades desenvolvidas nas aulas da disciplina, pois
através destes, o professor poderá realizar uma intervenção pedagógica adequada,
mediando o processo de ensino e de aprendizagem.
Como se pode perceber,esta disciplina pretende propiciar ao aluno o
entendimento dos fenômenos naturais e sócio-culturais e suas interações e
transformações no ambiente.
Para tanto, o professor tem a responsabilidade de planejar as
intervenções, no sentido de possibilitar ao educando o desenvolvimento da
criatividade, da consciência crítica, do trabalho em equipe e do respeito à
diversidade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Contribuir para a formação do futuro professor através da oportunidade de
vivenciar e refletir sobre a prática educativa no ensino fundamental (1ª à 4ª série) no
que diz respeito à concepção, planejamento, execução e avaliação da atividade
educativa e de projetos educacionais considerando as metodologias de ensino de
Ciências.
Atender à necessidade e demanda crescentes de qualificação de
professores;
Prover aos futuros professores embasamento de conteúdos científicos e
de metodologias de ensino atuais;
Instrumentalizar os alunos de modo que tenham autonomia para refletirem
e redimensionarem sua prática pedagógica, e produzirem conhecimentos que
possam ser difundidos no ensino de ciências naturais
Criar condições de continuidade de estudos, pesquisas e formação
profissional de modo a estabelecer um diálogo contínuo entre o saber científico e o
saber escolar;
Enfatizar a interdisciplinaridade como um fator essencial à formação e ao
exercício profissional ;
Formar profissionais comprometidos com os valores estéticos, políticos e
éticos inspiradores da sociedade democrática;
Oferecer aos professores em formação condições de aprendizagem dos
conhecimentos a serem socializados nas séries iniciais do ensino fundamental e
suas respectivas metodologias, em consonância com a LDBEN e as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o ensino fundamental;
Oferecer aos professores em formação condições para conhecer e
selecionar metodologias adequadas aos conhecimentos a serem ensinados e ao
processo ensino aprendizagem que irão conduzir;
Propiciar conhecimentos sobre a dimensão cultural, social, política e
econômica da educação;
444
Propiciar aos professores em formação estímulo e condições para o
desenvolvimento de capacidades e atitudes de interação, comunicação, autonomia
e responsabilidade, bem como vivenciar experiências interdisciplinares;
Fornecer condições aos professores em formação o para atuação
multidisciplinar nas séries iniciais do ensino fundamental, contribuindo para o
desenvolvimento da cidadania;
Formar profissionais dotados de competências para atuação frente à
diversidade de seus alunos nos aspectos sociais, afetivos, psicológicos, físicos e
culturais na perspectiva da educação inclusiva;
Contribuir para a formação de professores que tenham sua prática
ancorada na pesquisa como fonte de aperfeiçoamento profissional constante.
Articular o conhecimento adquirido na disciplinas de metodologias de
ensino de ciências para sistematizar a observação, problematizar e refletir sobre o
processo pedagógico que ocorre no contexto escolar, observados no estágio
Identificar no planejamento e avaliação do ensino da disciplina o que se
refere a: seleção e seqüência de conteúdos; métodos e procedimentos utilizados;
direção e organização das atividades; formas de controle e avaliação do ensino e da
aprendizagem; integração com o projeto pedagógico da escola.
Reconhecer formas de trabalho pedagógico que visem a promoção do
desenvolvimento social, psicológico e cognitivo dos alunos da 1ª à 4ª série do
ensino fundamental.
Propor e discutir alternativas possíveis para o ensino de ciências.
Utilizar novas tecnologias de informação e comunicação, aplicáveis nas
salas de aula das escolas do Ensino Fundamental
Desenvolver projetos de pesquisa baseados na investigação e ação
educativas ambientais.
Trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar e contextualizada,
orientando os futuros professores sobre como incorporar tal forma de trabalho em
sua prática escolar;
Fornecer elementos para a compreensão do mundo e suas transformações.
Identificar os vários componentes do ambiente, diferentes características
e propriedades.
Compreender as interações entre os componentes do ambiente e os processos de transformação na dinâmica ambiental.
Perceber a interação entre o ser humano e o ambiente,
Perceber as informações científicas como um meio para a promoção da
saúde individual e coletiva.
Relacionar os avanços tecnológicos às necessidades do ser humano.
A disciplina Metodologia do Ensino de Ciências faz parte da matriz
curricular Curso de Formação de Docentes e tem como metas fornecer subsídios
teórico-metodológicos e de recursos para a atuação na área de Ciências nas séries
iniciais do Ensino Fundamental além de refletir sobre essa prática. Para isto,
procura-se discutir com os alunos as diferentes concepções sobre o ensino de
ciências, enfatizando-se a visão da metodologia de ensino enquanto ferramenta
educacional, integrada ao processo de construção coletiva do projeto pedagógico da
unidade educacional.
Especificamente para o ensino de ciências é importante que na
formação do professor sejam discutidas questões referentes ao histórico do Ensino
445
de Ciências no Brasil, às diferentes concepções de Conhecimento Científico e às
diversas Tendências no Ensino de Ciências. Busca-se com isto preencher lacunas
na formação básica dos discentes em relação aos conteúdos das Ciências.
1)
Explicitação e fundamentação das metodologias e práticas
estabelecidas durante o processo de ensino-aprendizagem nas disciplinas de cunho
científico.
2) Reflexão sobre um conteúdo científico a ser desenvolvido com as
crianças e a correspondente adequação das metodologias de ensino praticadas.
3) esta proposta engloba uma abordagem em dois níveis: um primeiro
refere-se à aprendizagem de conteúdos universais em Ciências; um segundo referese à análise e fundamentação, sistematizando a atividade didática de modo que
esta se torne um instrumento de trabalho para o futuro professor.
Como já apontado anteriormente, busca-se a utilização da
metodologia enquanto ferramenta do processo de ensino-aprendizagem, visto como
uma unidade e não como uma dicotomia. Nesta perspectiva da disciplina
Metodologia do Ensino de Ciências que se procura situações que podem
enriquecer a formação dos alunos tanto em termos de conteúdo específico quanto
em metodologia de ensino.
Assim, esta disciplina tem por objetivo principal propiciar aos
futuros professores uma vivência nas diversas atividades que pudessem ser
repetidas com os alunos das séries iniciais enfocando as diferentes concepções
para o ensino de ciências e as diversas metodologias que se podem ser utilizadas
no desenvolvimento destes conteúdos escolares.
CONTEÚDOS
Organização
As contribuições do processo coletivo de elaboração das Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, para a disciplina de Ciências, expressam os
consensos necessários a serem observados na elaboração das propostas
curriculares e no planejamento dos professores.Nessa perspectiva, faz-se
necessário que nós educadores transitemos ao longo do processo de ensino e de
aprendizagem, analisando-o em sua totalidade, considerando os vários ângulos
possíveis no entrelaçamento dos conteúdos.
Nesse sentido, cabe ressaltar que ao se ministrar um conteúdo da
disciplina de Ciências, os professores considerarão as diferentes abordagens de
conceitos relacionados aos conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre
tantos outros. Essa relação e inter-relação de tais conceitos na abordagem de
conteúdos de Ciências se dará no sentido de desfragmentar o ensino, tornando-o
mais integrado entre si e com as múltiplas implicações da Ciência, da Tecnologia e
da Sociedade. Isso permitirá a construção de redes que entrelacem os
conhecimentos com outros saberes historicamente produzidos. No que se refere ao
tratamento dos conteúdos, considerando a impossibilidade de ministrar todos, cabe
aos professores adequarem a qualidade e quantidade de conteúdos trabalhados,
procedendo "recortes" pertinentes e propositais 23 no montante de conteúdos da
área de Ciências, tendo como referência os princípios específicos apresentados.
Portanto, é imprescindível aos professores terem “sensibilidade e discernimento
para selecionar temas e atividades que atendam aos interesses dos alunos e à
complexidade de objetivos” (TRIVELATO, 1992, p. 70)
446
Nesse sentido, “a relevância de um conteúdo é determinada por diversos
fatores, entre eles as características psicossociais dos alunos, seu grau de
desenvolvimento intelectual, a aplicabilidade dos objetos de conhecimentos
ensinados, a capacidade do aluno estabelecer relações entre o conteúdo ensinado,
as necessidades de seu dia-a-dia e o contexto cultural dos alunos.” (MORETTO,
2002, p.17).
Nessa perspectiva, para elaborar o planejamento da disciplina de
Ciências, é essencial considerar:
a concepção da área de Ciências;
os princípios gerais do Ensino Fundamental;
os princípios específicos apresentados para a disciplina de Ciências;
os pressupostos teórico-metodológicos;
as reais necessidades de aprendizagem dos alunos;
os aspectos relacionados à Ciência, à Tecnologia e à Sociedade;
os Temas da Vida Cidadã: problemas de natureza sócio-cultural;
os aspectos intrínsecos (políticos, sociais, econômicos, culturais,
ambientais,
éticos, históricos e religiosos).
Para tanto, é importante respeitar e considerar a autonomia escolar na
gestão dos conteúdos com o objetivo de atender as “características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela” (LDBEN 9394/96,
Art.26).
Temáticas
As temáticas propostas são de caráter sugestivo e têm a
finalidade de contribuir para o enriquecimento dos conteúdos desenvolvidos na
disciplina de Ciências do Ensino Fundamental através dos diferentes
encaminhamentos metodológicos, suscitando o envolvimento dos educandos em
reflexões, discussões e ações que remetam a um olhar crítico sobre as questões
emergenciais do mundo atual. Nesta experiência de formação dos alunos do curso
procurar-se-á discutir a importância do planejamento das atividades a serem
desenvolvidas.
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Poluição e contaminação da água, do ar e do solo nos diferentes
ambientes.
Consumo e desperdício dos recursos naturais.
Problemas ambientais: causas e efeitos.
Consumismo e produção de lixo.
História da Ciência.
Viagens espaciais: a conquista do espaço.
Astronomia e Astronáutica: sua história e suas influências na vida
humana.
Água: seu ciclo na natureza e seus estados físicos.
Solo: tipos, características básicas e principais diferenças.
Erosão e assoreamento: causas e conseqüências.
Uso do solo: sua manutenção com técnicas responsáveis.
Cobertura vegetal e mata ciliar: importância e preservação.
Ecossistemas regionais e locais: biodiversidade.
Organização dos seres vivos: seus níveis.
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Os seres vivos e os fenômenos químicos: fermentação e
decomposição.
Controle biológico versus Agrotóxicos: saúde ou lucratividade?
Cadeia e teia alimentar: relações de interdependência.
Sistemas do corpo humano: aspectos morfo-fisiológicos e suas
relações de
interdependência.
Sexualidade: suas relações, significações e implicações na
sociedade.
A minha, a sua e a nossa saúde: uma atitude responsável.
O corpo humano e os fenômenos físicos, químicos e biológicos.
Os esportes e o uso de “doping”.
O código de defesa do consumidor e os órgãos fiscalizadores:
nossos deveres
e direitos.
A tecnologia das ciências e as implicações sociais.
A ética e os avanços científicos e tecnológicos na atualidade.
Química e Agricultura: relações de interesses.
As ciências no cotidiano: nos alimentos, na cozinha, nos rótulos, no
trânsito,
nas indústrias, na mídia.
Energia e suas fontes: no ambiente, na química, na física, nos
seres vivos.
Energias alternativas: custo/benefício.
As temáticas aqui apresentadas não pretendem esgotar as possibilidades
de abordagem de conteúdos através de temas relevantes, veiculados pelos meios
de comunicação e informação, bem como por aqueles que surgem no contexto da
comunidade escolar. A presente proposição para a disciplina tem o objetivo de
apontar alternativas para a inserção do conhecimento científico, numa perspectiva
integradora, na qual as temáticas e conteúdos são tratados nos aspectos físicos,
químicos e biológicos, considerando o cotidiano do aluno e a realidade social onde
este se insere (SANTOS et. al. 2005b).
Vale ressaltar que, ao proceder o encaminhamento das temáticas
e dos conteúdos, é imprescindível que os professores estabeleçam, sempre, uma
relação desta diretriz e os aspectos políticos, sociais, econômicos, culturais,
ambientais, éticos, históricos e religiosos, como prioritários em uma educação
científica para renovar o ensino, “considerando a ciência como parte da cultura do
nosso tempo” (CACHAPUZ, A., 2005, p.31).
Conteúdos
O conteúdo da disciplina é a articulação entre teoria e prática das,
alicerçadas em uma visão mais ampla de educação e sociedade, bem como a
implementação de métodos de observação da natureza o produção de
conhecimento e, portanto a base dos conteúdos a serem trabalhadas envolve:
Os objetivos de Ciências Naturais no ensino fundamental são
o ponto de partida para a análise reflexões a respeito das metodologias para que o
aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar
448
como indivíduo, como cidadão, e mediador destes conhecimentos de natureza
científica e tecnológica.
• Epistemologia e ensino de ciências.
• Ciência e desenvolvimento humano.
• Práticas e metodologias no ensino de ciências como instrumentos
de mediação e construção de conceitos.
• Concepções alternativas, transposição didática e contrato
pedagógico no ensino de ciências.
• Orientação para elaboração de materiais didáticos que podem ser
utilizados para as séries iniciais
• Planejamento e organização de atividades e desenvolvimento de
projetos interdisciplinares que envolvem os diversos conteúdos de
ciências das séries iniciais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Metodologia do Ensino de Ciências para o Curso de Formação de
Docentes no Colégio Estadual Barão de Antonina pode estar voltada para a
realização de observações práticas do Ensino de ciências em escolas de ensino
fundamental da rede pública, ou particular observando e registrando o cotidiano de
uma escola. Ao lado disso, também podem realizar pesquisas de campo,
estudando processos cognitivos da criança ligados aos conteúdos específicos da
disciplina. Como resultado, essa iniciação ao universo da pesquisa em ensino de
Ciências é acompanhada, via de regra, por novas compreensões dos conceitos que
as crianças constróem para explicar os fenômenos que elas observam.
As aulas consistirão de momentos de orientação, reflexão e discussão
das situações vividas, bem como de discussões contextualizadas de artigos e textos
estudados nas disciplinas teóricas de fundamentos e de metodologias do ensino.
Serão utilizados os seguintes procedimentos:
• Aulas teóricas
• Estudo dirigido.
• Exposições dialogadas,
• Elaboração de resenhas e discussões em pequenos e grandes grupos
• Leitura e discussão de textos.
• Participação das atividades individuais ou em grupo
• Exercícios individuais ou em grupo
• Elaboração e apresentação de seminários.
• Atividades práticas em escolas de séries iniciais
• observação;
• trabalho de campo;
• experimentação;
• jogos de simulação e desempenho de papéis;
•  visitas à escolas, laboratórios, museus;
• projetos individuais e em grupos;
• palestras com convidados;
• estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;
• leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.
• fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre outros.
• construção de modelos;
449
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os
professores poderão encaminhar as atividades da disciplina de Metodologia do
Ensino de Ciências, através dos mais variados recursos pedagógicos: slides, fitas
VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s educativos, entre outros. Outras atividades que
estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as que envolvem música,
desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações, história em
quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Neste momento histórico, é emergencial um repensar sobre a educação
pública no tocante a seus interesses, possibilidades e limitações.
Precisamos encontrar alternativas para superar os obstáculos,
desfazer concepções pedagógicas inadequadas que ainda subsistem na escola. Um
dos principais obstáculos a enfrentar em nossas práticas educacionais é o processo
avaliativo. Este, precisa ser redimensionado a fim de expressar uma concepção
clara da sua intenção pedagógica, conforme o que dispõe a Lei de Diretrizes e
Bases para a Educação Nacional (9394/96): em seu artigo 24, inciso V “a) avaliação
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais” (BRASIL, 1996, p. 14).
Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as
limitações e as fragilidades do processo de ensino e de aprendizagem,
possibilitando uma intervenção pedagógica consciente, objetivando a promoção da
aprendizagem significativa, de forma contínua e não meritocrática. Nesse sentido a
avaliação é não pontual, diagnóstica (por isso, dinâmica) e inclusiva. À avaliação
interessa o que estava acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que
poderá acontecer depois com o educando, na medida em que ela está a serviço de
um projeto pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser em
construção permanente. Para um verdadeiro processo de avaliação, (...) [o que
interessa é] sua aprendizagem, e, conseqüentemente, o seu crescimento; daí ela
ser diagnóstica, permitindo que se tomem decisões para melhorar; e, por
conseqüência ser inclusiva, já que, em vez de descartar, excluir, convida para a
melhoria. (LUCKESI 2000, p.2)
A avaliação na perspectiva de uma aprendizagem significativa
ocorre no próprio processo de ensino e de aprendizagem com a reflexão e ação de
alunos e professores, na práxis pedagógica, no cotidiano da sala de aula, por meio
das discussões coletivas, da realização de atividades em grupos ou individuais. É
preciso estabelecer a dialética entre ação e reflexão, prática e teoria, meios e fins,
conhecimento científico e escolar, cultura e escola. Este se constitui em um dos
principais desafios de uma educação comprometida com a aprendizagem
significativa, isto é “dar sentido à linguagem que usamos, é estabelecer relações
entre os vários elementos de um universo simbólico, é relacionar o conhecimento
elaborado com os fatos do dia-a-dia, vividos pelo sujeito da aprendizagem ou por
outros sujeitos”(MORETTO, 2002, p.17).
Cabe destacar que a avaliação não se destina somente aos
educandos, mas também, ao processo de ensino e de aprendizagem, aos
educadores, ao estabelecimento de ensino, ao sistema, enfim, a todas as esferas
envolvidas no processo. Esta é uma postura a ser adotada, em que, quem avalia
não é somente o professor, mas todos os partícipes do processo, impulsionados a
450
descobrir, percorrer as trajetórias do conhecimento e redimensionar as formas de
pensar.
Nesse sentido, Lima (2003), reitera que:
A avaliação, considerada de modo geral, tem uma dimensão formadora:
ela tem como uma de suas funções, em qualquer esfera da vida cotidiana, promover
o desenvolvimento das pessoas nas mais variadas situações. Na escola, a
avaliação tem a função de revelar o desempenho presente, as possibilidades de
desempenho futuro e os encaminhamentos necessários para as práticas que
precisam ser modificadas, apontando novos caminhos e possibilitando a superação
dos problemas atuais, abrindo as possibilidades educativas do futuro.
a) a clareza sobre a concepção de Ciências adotada que deve ser
consonante com a fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola, de
projeto político pedagógico e de sua proposta curricular;
b) o entendimento da construção do conhecimento científico como
histórica, não-neutra, provisória e contextualizada;
c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte
do conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos
professores;
d) a inserção gradual de conceitos elaborados pela Ciência e sua
aplicação em situações cotidianas dos alunos;
e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no
contexto social;
f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das
análises realizadas;
g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por
exemplo:textos, desenhos, recortes e colagens, provas escritas, relatórios, etc
h) a participação e interesse dos alunos, evidenciando o envolvimento nos
debates empreendidos em sala de aula e nas atividades desenvolvidas.
i) a auto-avaliaçäo do desempenho nas aulas, como análise e reflexão
sobre as implicações que o futuro professor enfrentará na sua prática futura.
Sendo assim, o processo avaliativo da disciplina acontecerá ao
longo do desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se privilegiar o
diálogo nas relações estabelecidas, entre os diversos sujeitos envolvidos, o
conhecimento e a diversidade cultural, bem como a interação entre a ação e a
reflexão. O processo avaliativo deve considerar ainda os seguintes aspectos:
Depreende-se dessas discussões que o resgate do sentido do avaliar
enquanto processo é uma necessidade premente. O processo avaliativo não
poderá, em hipótese alguma, ser reduzido a um único instrumento, nem restrito a
um só momento ou a uma única maneira. Nesse sentido, os professores precisam
utilizar diversos instrumentos avaliativos com intenção de diagnosticar os avanços
apresentados pelos alunos, bem como planejar as intervenções necessárias ao
processo de aprendizagem. Dentre os instrumentos sugere-se: entrevistas,
pesquisas, construção de modelos, interpretação de dados coletados, Observação
direta da participação e interesse do aluno, trabalhos de campo, registros de
observação ou outras produções escritas, que podem ser realizadas individual e/ou
coletivamente. Os referidos instrumentos de avaliação, geralmente, agregam os
objetivos propostos pelos educadores, tendo em vista a seleção e os
encaminhamentos pedagógicos dados aos conteúdos.
451
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METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE
EMENTA
452
O papel da arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho, como
expressão; Estudos das diferentes concepções de arte; Conhecimento, trabalho e
expressão e sua relação com o ensino; Estudo das tendências pedagógicas Escola Tradicional, Nova e Tecnicista - com ênfase nos marcos históricos e
culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático dos
elementos formais e de composição das artes Visuais, da Música , da Dança e do
Teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a Educação
Infantil e anos iniciais . Abordagens metodológicas para o ensino de artes. A
atividade artistica na escola: fazer e apreciar a produção artística. As atividades
artísticas como instrumental para a Educação Infantil e anos iniciais.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A arte está ligada a um processo de construção dos sentidos que envolve o
ser humano, pois no ato de criar, atuam diferentes processos: mentais, visuais,
motores entre outros.
As atividades artísticas não devem ser vistas como mera cópia de técnicas
prontas, um puro fazer, subestimando a capacidade do aluno.
As atividades artísticas na escola devem possibilitar o aluno a conhecer os
diferentes estilos, e com isso compreender a arte, ‘quer na nossa vida quer na
escola, enquanto forma de representação das visões de mundo, maneira sempre
renovada de interpretar a realidade por meio de uma música, do fazer teatral, da
dança e da pintura’.
Considerando a arte como atividade criadora devemos sempre integrar a
estética, o gosto pessoal e a espontaneidade, pois, a arte tem por função conciliar a
idéia e a representação sensível por meio da estética preconizando o conhecimento
antes de tudo.
Como função do ensino da arte e de seu método corresponde a possibilidade
de extrair dela toda a riqueza humana, possibilitando ao homem se expressar, sem
afirmar, e com isso, se humanizar.
“A correlação entre o caráter humano dos sentidos e a finalidade da arte na
vida humana que se converte no pressuposto básico do ensino da arte na escola,
não deixando dúvida em relação à contribuição da Educação Artística, enquanto
um projeto político – estético que possibilite a superação do empobrecimento
espiritual a que o homem está subordinado na sociedade capitalista’.
Em suma, o conhecimento artístico, em sua tarefa de revelar o significado
humano objetivado nas obras de arte, é uma fonte de prazer estético e de
humanização.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Instrumentalizar o aluno para que ele construa progressivamente o domínio
dos meios de expressão artística, bem como, os diferentes modos de ver e compor
453
o que contribuirá significativamente para a articulação de uma concepção de arte,
coerente com uma concepção crítica de educação.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Fundamentos:
• O que se entende por arte.
• Aspectos históricos.
• Modos de ver e compor.
• Alfabetização estética.
Encaminhamentos Metodológicos da Educação Artística para as séries iniciais:
•
Relação conteúdo/método/avaliação.
•
Procedimento metodológico: ver/saber/fazer.
•
Avaliação: objeto/caráter/critério.
Conteúdos da educação Artística nas séries iniciais:
PLÁSTICA
•
Composição: formas de representação.
•
Descrição e representação das formas quanto à: aparência, função,
natureza, estrutura básica, figura e fundo.
•
Caracterização das formas quanto a: linha de contorno, textura, cor,
detalhes, proporção, deformação.
•
Organização das formas e do espaço em relação a: posição, movimento,
proporção, equilíbrio.
•
Estrutura da forma e do espaço e suas relações: equilíbrio,
decomposição, profundidade.
TEATRO
•
O teatro como linguagem: a representação a partir da situação de teatro.
•
Do espaço real ao aspecto imaginário.
•
O corpo como instrumento de representação: voz, gesto, movimento.
•
Construção da representação a partir: história, roteiro e enredo.
•
Construção do personagem.
454
MÚSICA
•
Composição: formas musicais.
•
Som: fontes sonoras, movimentos, atributos do som.
•
Ritmo: natureza, andamento, acentuação.
•
Voz: dicção, respiração, afinação, tessitura.
•
Audição – Execução – Interpretação: palavração, eco rítmico e melódico,
ostinato, esquema corporal.
DANÇA
•
A história da Dança.
•
A dança como linguagem de expressão.
•
Ritmos e estilos.
•
Brinquedos cantados.
•
A Expressão Corporal e a criança.
•
A importância da dança no desenvolvimento do aluno.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
•
Abordagem dos assuntos.
•
Debate e discussão entre aluno/professor.
•
Explicações e demonstrações de técnicas artísticas.
•
Utilização das técnicas a partir do conhecimento.
•
Elaboração e apresentação de trabalhos.
•
Pesquisas
•
Planos de aulas.
•
Trabalhos em equipes.
•
Criação do Portifólio da “metodologia do ensino da arte”.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
455
Será processo de avaliação o desempenho do aluno e o interesse
em adquirir os conteúdos abordados nas aulas, assim como a qualidade em
enriquecer cada vez mais seu portifólio desta disciplina.
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METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
EMENTA
O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor,
cognitivo e afetivo-social do ser humano. Desenvolvimento motor e aprendizagem
motora. A Educação Física como componente curricular. A cultura corporal de
movimentos: ação e reflexão. A criança e a cultura corporal de movimentos: o
resgate do lúdico e a expressão da criatividade.
462
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A busca da identidade da Educação Física esta relacionada com uma
profunda reflexão e redefinição da postura docente, que deixa de lado a reprodução
de movimentos estereotipados e parte em busca da produção do saber.
As discussões hoje em torno do assunto rumam para a necessidade de tornála mais comprometida com o homem concreto (determinado pelas relações
sociais ), com as mudanças sociais e com um ensino de qualidade para a maioria
da população.
A necessidade de contextualizar a Educação Física no universo das metodologias
esta associada á questão da formação de professores de modo geral e esta, por
sua vez, deve estar articulada com a analise do papel da Educação na sociedade.
Afirmar que é competência da escola e da educação a transformação da
sociedade, é muita pretensão, pois existem também outras instancias sociais
legitimas como a família, os partidos políticos, as seitas religiosas etc, que
interferem nesta questão.
Enfim, é ao conjunto da sociedade que se confere este poder, porém, o que
se pode e se deve fazer é sintonizar a escola com o movimento social mais amplo
de transformação de sociedade, considerando-se "que uma boa escolarização
permite adquirir uma visão de mundo menos mística e folclórica, o que pode ser um
ponto de partida para um conhecimento critico da sociedade".
A garantia de uma boa escolarização está ligada diretamente á formação de
um profissional competente, ou seja, politicamente consciente do seu papel e do
papel da educação na sociedade, bem como de sua atuação comprometida com as
questões da maioria da população.
Segundo Soares se apóiam no resgate pela escola, do conhecimento
enquanto uma totalidade do saber e não como saberes complementares, na
superação da unilateralidade do trabalho intelectual entendendo a educação integral
aquela que contempla inclusive o desenvolvimento da sensibilidade humana, seja
através da Educação Física ou da Educação Artística.
Para que se possa entender o processo de ensino dentro de um contexto
histórico-social e político, assim como a sua estrutura e organização, e ainda sua
dimensão individual e coletiva, se faz necessário a vinculação da Educação Física
com o corpo teórico das disciplinas de fundamentos da Educação, resguardando o
objeto de estudo de cada disciplina. Entende-se que só com a integração concreta
das ações estaremos nos aproximando de uma Educação integral do homem.
A metodologia do Ensino de Educação Física deve trabalhar "o ato motor"
partindo dessa fundamentação teórica-cientifica abordada pelas demais disciplinas
e se inter-relacionar no processo de ensino como um todo, através de seu campo de
ação:Quando nos referimos ao movimento humano, o entendemos não como
exclusivo da Educação Física, mas que deve ser também explorando até a
exaltação em todas as ações pedagógicas da escola.
A escola precisa preparar o aluno e entendê-lo não como um mero
acumulador de informações, mas trabalhá-lo como uma pessoa inteira, com sua
afetividade, suas percepções, sua expressão, seus sentimentos, seus sentidos,
suas ações, sua critica, sua criatividade...
A Educação tem a responsabilidade com o educando de ampliar seus
referenciais de mundo e de trabalhar simultaneamente com todas as linguagens:
escrita, sonora, dramática, lógica, corporal, etc.
463
Para ocorrer uma mudança substancial no processo de ensino, no que diz
respeito á integração de áreas, não basta mudar o discurso sobre ele, atribuindo ao
futuro professor uma nova visão desse processo:é preciso alterá-lo na pratica, de tal
modo que, os agentes (futuros professores)vivenciem este novo processo, reflitam
acerca dele e o sistematizem coletivamente.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-Encaminhar o processo ensino aprendizagem numa dimensão de totalidade,
fundamentando-se numa concepção de mundo, de sociedade, de homem e de
corpo, expressando uma direção de transformação e mudanças.
-Efetivar uma ação pedagógica permeada pela ludicidade.
-Vincular a disciplina metodológica de Educação Física com as demais no contexto
educacional.
CONTEÚDOS
Educação Física no Brasil. Tendências da Educação Física.
A Educação Física como componente curricular.
A educação física e sua relação com o desenvolvimento integral do ser humano.
O movimento humano:ação e reflexão.
Aprendizagem motora.
Desenvolvimento motor.
A criança e o lúdico.
A criatividade nas varias expressões.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A necessidade de entender a importância da Educação Física no contexto
geral da educação, ou seja, articulada no processo ensino-aprendizagem, é
premente e leva a reflexão do que é o verdadeiro ensino da Educação Física na
escola brasileira.
Concebe-se a Educação Física como sendo aquela que deve propiciar ao
educando o conhecimento de seu corpo, usando-o como instrumento de expressão
consciente na busca de sua liberdade e satisfação de suas necessidades.
Deve permitir-lhe ainda a exploração motora, vivendo através das atividades
propostas, momentos que lhe de, a partir de suas vivencias, condições de criar
novas formas de movimento.
A metodologia do Ensino de Educação Física deve estar fundamentada na
produção de conhecimentos, ter conteúdos concretos, indissociáveis da realidade
social, ter consciência de seus condicionantes histórico-sociais e principalmente ser
um instrumento de apropriação do saber.
Deve ter como principio a relação "ação a compreensão " e vice-versa até a
síntese "teoria e pratica", entendida como um processo unitário, buscando abrir
novas perspectivas para o educando.
Pretende-se que esta pratica seja humanista, mas centrada numa concepção
histórico-critica de educação, que tenha uma base cientifica, e principalmente que
464
seja voltada para o aluno, respeitando seus interesses, sua maturação e sua
experiência anteriormente adquirida.
Assim entende-se que é necessário desenvolver uma concepção de
Educação Física em que a atividade intelectual e a atividade corporal, ao invés de
se confrontarem, se harmonizem de forma a melhor integrarem o ser humano no
seu relacionamento consigo mesmo, com as coisas, o outro e o mundo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Entendendo a avaliação como sendo um processo continuo, participativo,
descentralizado e fomentador da compreensão do ser humano em sua totalidade,
pode-se dizer que ela representa o instrumento de reflexão, de diagnose, de
realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.
A avaliação deve estar em sintonia direta com os princípios, conteúdos e
objetivos, que expressam por sua vez, uma concepção de METODOLOGIA DO
ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA numa perspectiva histórico-critica, visando a
fornecer ao corpo docente da escola, informações que permitam compreender
melhor cada aluno e entendê-lo nas suas relações.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
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PRÁTICA DE FORMAÇÃO / ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EMENTA
Sentidos e significados do trabalho docente; Pluralidade cultural, as diversidades,
as desigualdades e a educação; Condicionantes da infância e da família no Brasil
e a organização da educação; A ação docente, as práticas pedagógicas e a
formulação da didática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental; Fundamentos teórico-metodológicos da pesquisa.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estágio supervisionado na Formação de Professores é o elemento
curricular do curso responsável por assegurar a unidade teoria e prática desta
formação. O estágio é entendido, desta forma, como um elemento decisivo no que
diz respeito à qualidade de ensino.
Isso posto, nos parece que a primeira questão que deve ser pensada sobre
qual encaminhamento determinar para o processo de estágio supervisionado é a
definição de que professor se pretende formar e para qual escola. Logo, significa
pensar que saberes estão implicados na formação do educador. Desta forma, se
destaca que trabalhamos na formação daqueles que provavelmente atuarão na
escola pública, por ser esta a escola que, na realidade brasileira capitalista, atende
à maioria da população, ou seja, os filhos das camadas trabalhadoras.
Assim, nos cabe refletir em que sentido e de que forma a organização do
estágio supervisionado na formação de professores pode colaborar para sua
‘elevação cultural’ (Gramsci) e, nesta direção, contribuir significativamente para a
ampliação qualitativa do ensino ofertado às classes trabalhadoras.
Nas palavras de Saviani (1996, p.145) “é a educação que determina os
saberes que entram na formação do educador”, tentar responder à questão
enunciada acima nos remete à necessária consideração da função social da escola
e sua dimensão política de sociedade capitalista. Este sentido da escola pode ser
explicado pela análise que Saviani (1992) faz, numa perspectiva histórico-crítica,
sobre a natureza e a especificidade da educação.
A educação é entendida, por este autor, como um fenômeno próprio dos
seres humanos. Seres humanos que produzem sua existência. Esta produção se dá
no processo de adaptação natureza x homem, promovendo sua transformação. Esta
ação intencional é denominada trabalho.
O trabalho é, pois, a ação por meio da qual o homem produz o mundo
humano. Assim, a educação é um processo de trabalho. Porém, explica Saviani, a
educação situa-se no trabalho não-material, cujo produto não se separa do ato de
produção; ou seja, a aula (produto do trabalho do professor) é produzida e
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consumida ao mesmo tempo. A aula se realiza no momento exato do seu consumo,
pelo aluno.
Partindo deste entendimento, Saviani define então a especificidade da
educação referida aos conhecimentos, idéias, conceitos, valores, atitudes, hábitos,
símbolos, como elementos próprios do ato educativo necessário à formação de
cada indivíduo que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações
pedagógicas. A partir do que seja o processo educativo e o trabalho docente, este
mesmo autor elenca cinco saberes a serem integrados no processo de formação do
educador; e que tomamos aqui como elemento direcionador da organização do
estágio supervisionado. Os saberes são: atitudinal, crítico-contextual, específico,
pedagógico e didático.
• Saber atitudinal: compreende o domínio dos comportamentos e vivências
considerados adequados ao trabalho educativo. Entre eles se destacam as
atitudes e posturas como: disciplina, pontualidade, coerência, clareza, justiça,
respeito às pessoas dos educandos, atenção às suas dificuldades.
• Saber crítico-social: expressa a compreensão das condições sócio-históricas
que determinam a tarefa educativa. Pretende-se que o educador saiba
compreender o contexto com base no qual e para o qual se desenvolve o
trabalho educativo.
• Saber específico: corresponde às disciplinas que integram os currículos
(conhecimentos). Os conhecimentos produzidos pelas ciências da educação
e sistematizados nas teorias educacionais integram o saber pedagógico.
• Saber didático-curricular: corresponde ao entendimento da dinâmica do
trabalho pedagógico, ou seja, os conhecimentos relativos às formas de
organização e realização da atividade educativa no âmbito da relação
educador-educando.
Estes saberes devem nortear o curso de formação de professores.
Resgatamos aqui o entendimento de que o estágio supervisionado é o elemento por
meio do qual se pretende estabelecer a relação teoria / prática na formação do
educador. O professor precisa compreender os fundamentos teóricos da sua
atuação profissional.
A teoria e a prática, concebidas como dimensão de um mesmo processo
unitário, que se efetivam segundo Vasquez através de uma dinâmica, em que a
teoria orienta a ação, entendida como transformação da realidade, e esta por sua
vez, pode orientar a própria teoria, fazendo-a avançar e progredir.
“Embora diferentes, teoria e prática são inseparáveis, não se confundem.
Portanto, a questão fundamental do estágio supervisionado reside no
desenvolvimento do seu significado e no redimensionamento no contexto da
formação teórico-prática como um processo unitário”. (SEED/Pr, 1898 p.03)
Transpondo este entendimento para a organização do estágio supervisionado
afirma-se que o curso de formação de docentes não é a prática em si, mas a teoria
sobre essa prática. “A relação entre teoria e prática é, para Marx práxis, a medida
em que a teoria, como guia de ação, molda a atividade do homem”. (VASQUEZ,
1968)
Portanto, o que se pretende é instrumentalizar o aluno do Curso de Formação
de Docentes na construção de sua práxis pedagógica. Práxis entendida aqui, no
sentido marxiano de atitude humana de transformação da natureza e da sociedade.
Pois como já disse Marx, não basta conhecer e interpretar o mundo (teórico), é
preciso transformá-lo.
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No entanto, há que se definir em ‘como’ organizar o estágio supervisionado
de maneira a estabelecer uma relação teoria e prática e possibilitar a construção de
uma práxis pedagógica por parte do futuro profissional que está em processo de
formação. Isto nos remete à definição de um método de trabalho. Em se tratando da
perspectiva de construção de uma práxis pedagógica comprometida com a
transformação necessária para a efetivação do papel da escola no atual contexto
social, econômico e político em que a escola está inserida, o método sobre o qual
podemos pensar a organização do estágio supervisionado é o método dialético
materialista, relacionado com a proposta do estágio supervisionado.
O método dialético materialista pode ser elucidador do movimento de
construção do pensamento que deve se dar no estágio supervisionado do curso de
Formação de Docentes, uma vez que o objetivo enunciado é a construção de uma
práxis pedagógica realizada pela relação teoria e prática, construídas no curso.
Assim, o Estágio Supervisionado do Curso de Formação de Docentes,
constituir-se-á num PROJETO DE ESTÁGIO, onde diferentes disciplinas fornecerão
subsídios para a compreensão dos determinantes desta prática pedagógica.
Buscou-se o entendimento de que o estágio se constitui como elemento
articulador da relação teoria e prática e, enquanto tal, deve ser pensado na
perspectiva da formação de profissionais da educação capazes de analisar o
contexto em que o sistema educacional no qual atuam está inserido, construir
conhecimentos que possam explicar e indicar alternativas para a construção de uma
práxis pedagógica que vá de encontro às necessidades de uma