Boletim Novembro 2010 - Associação de Amigos – Jardim Botânico
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Boletim Novembro 2010 - Associação de Amigos – Jardim Botânico
R. Jardim Botânico,1008, Casa 6 – Jardim Botânico 22470-180 Rio de Janeiro RJ sede: 2239-9742 loja: 3874-0794 e-mail: [email protected] site: www.amigosjb.org.br BOLETIM Novembro/2010 [Associação de Amigos do Jardim Botânico] EDITORIAL Direito de resposta sobre o Museu do Meio Ambiente O presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Professor Liszt Vieira, solicitou direito de resposta por não concordar com o teor do editorial do nosso boletim de setembro de 2010. Imediatamente respondemos ao Presidente Liszt concedendo-lhe, justamente, o direito de resposta que segue publicado abaixo. Aqui, as portas sempre lhe estiveram abertas e continuarão estando, porque a nossa única razão de existir é uma parceria com IPJBRJ. Somos, inclusive, profundamente reconhecidos à excelente gestão que vem sendo feita pela sua administração. Vamos continuar irmanados na preservação desta jóia que nos foi legada por D. João VI. A DIRETORIA “Em 28 de abril de 2010, representantes do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro apresentaram o projeto de expansão do Museu do Meio Ambiente à Assembleia de Sócios da Associação de Amigos. A despeito dessa apresentação, no editorial da edição de setembro/2010 deste Boletim foram veiculadas informações equivocadas em relação ao projeto e ao concurso público de arquitetura para expansão do Museu. Diante disso, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, do qual o Museu do Meio Ambiente faz parte, vem apresentar alguns esclarecimentos aos leitores, associados da AAJB. Logo no título, o referido editorial utilizou a denominação de Museu Botânico. Na verdade, o Museu do Meio Ambiente, como o próprio nome diz, não se atém aos temas de uma única ciência. Ele propõe uma abordagem mais ampla, multidisciplinar, tendo como missão sensibilizar a sociedade para a conservação da biodiversidade e a promoção de formas sustentáveis na relação entre a humanidade e o meio ambiente. Inaugurado em 2008, por ocasião do bicentenário do Jardim Botânico, o Museu do Meio Ambiente realizou, nesses dois anos, quatro exposições temporárias. Nesse período, sua equipe trabalhou intensamente no desenvolvimento dos programas de Divulgação Científica, Educativo, Museográfico, Exposições Temporárias e de Longa Duração. No processo de concepção das diversas atividades que o Museu deve oferecer, chegou-se à conclusão de que o prédio sede - um prédio histórico - não tinha condições de infraestrutura para atender a todos os programas museológicos. Assim, identificou-se a necessidade da criação de dois espaços adicionais: uma área expositiva de 1000m², com estrutura que atendesse às exigências atuais para abrigar uma exposição de longa duração, e um auditório, ao qual estivesse acoplada a área administrativa do Museu. Para garantir a transparência e a igualdade de oportunidades na escolha e contratação do projeto arquitetônico dos novos prédios e seu entorno, o Jardim Botânico estabeleceu um convênio com o Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB/RJ, que coordenou o "Concurso Público Nacional para escolha do Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização para a Expansão do Museu do Meio Ambiente". O concurso foi acompanhado pelo IPHAN-RJ e a elaboração do edital contou com consultorias especializadas nas áreas de sustentabilidade, conservação e patrimônio histórico, paisagismo e museologia. O edital pode ser consultado no sítio eletrônico do IABRJ. Os locais escolhidos para as novas construções foram de fato os mais adequados - tanto por já estarem nas proximidades do prédio sede, quanto por estarem completamente fora da área do arboreto do Jardim Botânico. Além disso, com o objetivo de preservar o conjunto paisagístico e ambiental, tomou-se a decisão de não acrescentar novas edificações, e sim substituir duas já existentes, a saber, o prédio da Biblioteca Barbosa Rodrigues e o prédio da fitossanidade. Os dois anexos do Museu do Meio Ambiente respeitarão a mancha dessas edificações. Não tem fundamento, portanto, qualquer alegação de que as novas construções causariam mutilações ao arboreto. É importante destacar que durante o processo de elaboração do edital, o IPHAN foi consultado em termos arquitetônicos, arqueológicos e paisagísticos. Todas as questões levantadas referentes a arquitetura, ao sítio arqueológico e à preservação do acervo de coleções vivas estavam previstas no edital e foram atendidas pelo projeto vencedor. O resultado do concurso foi homologado pela comissão julgadora em 20 de maio de 2010. Em junho, o Jardim Botânico encaminhou oficialmente o projeto vencedor ao IPHAN-RJ para avaliação. Por tudo o que foi aqui mencionado, ficam claros o cuidado e a lisura com que o Jardim Botânico do Rio de Janeiro procedeu em todas as etapas do processo. Os esforços da atual gestão têm sido redobrados no sentido de oferecer para a cidade e o país esse projeto pioneiro na América Latina, não só quanto ao tema, como também pelo fato de ser o primeiro museu brasileiro concebido em um prédio sustentável.” Notícias Nova exposição de plantas medicinais A Coleção de Plantas Medicinais do JBRJ, composta por cerca de 150 espécies (incluindo as espécies do canteiro e do arboreto), está sendo revitalizada. Após sete meses de obras, a coleção já conta com novos canteiros, novos ambientes e permanecerá aberta aos finais de semana. As melhorias contaram com o patrocínio da Indústria de Fitomedicamentos Herbarium. Dois painéis foram colocados na entrada do espaço: um explorando o tema "Saúde e Biodiversidade" e outro composto por um mapa de toda a área da coleção. Os painéis formam a representação gráfica do yin e yang, simbolizando o equilíbrio das forças da natureza. Dentro do espaço, há uma divisão de áreas que comportam diferentes canteiros. Essas áreas são dividas por diferentes temas para a compreensão das plantas medicinais: “saúde e cotidiano”, “ciência e cultura”, “lendas e mitos”, “tradição”, “ciência e novas descobertas”, “sistemas do corpo humano” e “zona de troca”. As placas possibilitam a identificação com nome vulgar e científico de cada planta, informam a parte do vegetal utilizada para obtenção do medicamento, o uso terapêutico e suas restrições, a atuação principal e as atuações secundárias no corpo humano e indicam se a informação é científica ou vem do saber popular. A exposição aborda a longa trajetória do homem e o uso de plantas medicinais, mostrando a diversidade que a temática traz. A nova exposição mais dinâmica - possibilita o diálogo com o público, incentivando e enriquecendo a aproximação do homem com a natureza. "Um pé de quê?" vira coleção literária e enciclopédia virtual de espécies da flora brasileira. Acesse: www.umpedeque.com.br Na sede da AAJB encontra-se, disponível aos sócios, um acervo de fitas de vídeo do programa. Os cuidados com o arboreto Há dez anos o programa de TV "Um pé de quê?" colabora para a consciência sustentável por meio da valorização da flora brasileira. Produzido em parceria por Canal Futura e Pindorama Filmes, o programa é apresentado por Regina Casé, tem direção de Estevão Ciavatta e conta com a parceria e consultoria de Instituto Plantarum, SOS Mata Atlântica e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Visando a ampliação da educação ambiental, "Um pé de quê?" vai virar coleção literária e enciclopédia online. O objetivo é reforçar a oferta de material de pesquisa para o uso pedagógico em escolas, seminários, oficinas, workshops, congressos, entre outros. A coleção será composta por sete livros, lançados até 2012 pela editora Martins Fontes. Cada livro apresentará uma espécie dos sete biomas existentes no Brasil. O primeiro será da Mata Atlântica, que foi símbolo da exploração predatória do período colonial. O livro, com texto adaptado por Fabiana Barcinski do programa exibido em 2001, descreve as origens, os aspectos botânicos, as características físicas e a importante participação do pau-brasil na história do Brasil. A obra conta ainda com ilustrações de Eloar Guazelli. A enciclopédia virtual entra no ar esse mês e disponibilizará informações e vídeos sobre as 116 árvores que foram retratadas ao longo dos dez anos do programa. O conteúdo será gratuito e permitirá que os visitantes conheçam mais sobre as características, curiosidades e classificações científicas Um passeio pelo arboreto pode ser renovador para os visitantes, mas manter a harmonia natural requer esforço. Martha Ronchini Ribeiro Gonçalves, coordenadora de conservação de área verde, coordena o trabalho de 68 funcionários, sendo 50 dentro do arboreto, divididos entre operadores, jardineiros, motoristas, entre outros. Martha Ronchini explica que devido a parceria do Jardim Botânico com a VALE, foi incluido mais 26 auxiliares, facilitanto o trabalho de conservação no arboreto. Os funcionários participam de uma rota semanal de trabalho: capinam, limpam, moldam jardins, replantam, retiram árvores mortas, etc. Entre as melhorias executadas atualmente no arboreto estão: o replantio na aléia de pau-mulato, na aléia dos cravos e na aléia das arecas. A retirada das palmeiras imperiais que nascem espontaneamente pelo jardim, replantando-as na aléia das palmeiras. Mapeamento para a retirada de todas as árvores mortas, preparo de uma armação de bambu para a proteção de novas mudas de espécies raras da Mata Atlântica, doadas pela Vale de Linhares. O mapeamento de todo o Jardim Botânico para a localização de árvores que possuíam erva-de-passarinho (planta parasita, que ataca geralmente as plantas tropicais, lenhosas e as árvores, sugando sua seiva e podendo causar a morte da planta.) e a limpeza de cada planta contaminada, retirando a praga uma a uma. Muitos outros cuidados acontecem diariamente no arboreto, com a ajuda de Martha Ronchini, os jardineiros cuidam da beleza desse espaço, não só por obrigação ao trabalho, mas, principalmente, por amor. O cuidado deve ser exercitado por todos os freqüentadores do Jardim Programação Botânico, para continuarmos desfrutando dessa beleza incontestável e renovando nossas energias a cada visita. Preserve! Palestras na sede da AAJB Novembro de 2010: Data: 27/11 Horário: 10h30 Martha Ronchini, coordenadora de conservação de área verde. Tema: Alguns dos 68 funcionários que trabalham para a conservação do arboreto. Novo curso na sede da AAJB Em breve, na Associação de Amigos do Jardim Botânico, estará disponível um curso básico em educação ambiental, com a professora Lilian Gama. O curso será composto por seis aulas que acontecerão de 8h às 12h. Com previsão para 2011, a data de realização será combinada após atingir o número necessário de alunos. Segue abaixo a programação do curso: 1º dia: apresentação e noções básicas de ecologia. 2º dia: a importância da educação ambiental, seu histórico, objetivos e finalidades. 3º dia: a educação ambiental não formal - campanhas. 4º dia: metodologia de projetos em educação ambiental. 5º dia: dinâmicas - aula prática no jardim. 6º dia: projetos urbanos. Para se inscrever no curso entre em contato com a sede da AAJB através do email: [email protected] ou pelo tel.: 2239-9742 / 2259-5026 "Mais do que árvores, a ONG Floresta Brasil e o projeto Novo Horizonte plantam florestas para recuperar solos degradados e nascentes!" Palestrante: André Rívola - Engenheiro, associado da ONG Floresta Brasil, fundada em janeiro de 2004 na cidade do Rio de Janeiro. Foi Presidente do Conselho de Administração dessa instituição por 3 gestões e vem coordenando a implementação do Projeto Novo Horizonte, desde seu início, em julho de 2007. Apresentação de depoimentos, fotos, gráficos, fotos de satélite e vídeos que mostram como a retirada das florestas pode estar resultando no ressecamento do subsolo de regiões inteiras do Brasil. O Cineclube do Jardim tem como objetivo promover a discussão da sétima arte a partir da exibição de ciclos de filmes nacionais e estrangeiros, com comentários e debates conduzidos pelo cineasta Walter Lima Júnior. Local: Sala Multimídia do Centro de Visitantes do Jardim Botânico Data e horário: todas as terças-feiras às 19h Entrada: livre O Jardim Botânico oferece estacionamento gratuito no local nas noites de exibição. Programação de novembro de 2010: MOSTRA "O CINEMA NOIR" Dia 9 O Tesouro de Sierra Madre (The Treasure of Sierra Madre), de John Huston. EUA, 1948. 126 minutos. Aventura. Legendado. Com Humphrey Bogart, Walter Huston, Tim Holt. Sinopse: História de três homens na corrida pelo ouro em terras mexicanas. Nessa busca desesperada pela riqueza, cada um deles vai revelando suas verdadeiras personalidades e caráter. Dia 16 Baixeza (Criss Cross), de Robert Siodmak. EUA, 1948. 89 minutos. Drama. Legendado. Com Burt Lancaster, Yvone de Carlo, Dan Duryea. Classificação indicativa: Livre Sinopse: Sem conseguir esquecer a exesposa, Steve Thompson volta a Los Angeles para tentar uma reconciliação. Anna também mostra interesse na reaproximação, mas seu envolvimento com um gângster vai colocar o casal em perigo. Dia 23 Mortalmente Perigosa (Gun Crazy), de Joseph H. Lewis. EUA, 1949. 86 minutos. Drama. Legendas em espanhol. Com Peggy Cummins, John Dall. Sinopse: Um homem obcecado por armas de fogo desde a infância forma uma perigosa dupla com uma insinuante e misteriosa atiradora. Dia 30 Carmen Jones, de Otto Preminger. EUA, 1954. Legendado. Com Dorothy Dandridge, Harry Belafonte. Música de Bizet, letras de Oscar Hammerstein. Classificação indicativa: Livre Sinopse: Desejada por todos os homens da base militar onde trabalha em uma fábrica de pára-quedas, Carmen Jones se sente atraída por Joe, que está prestes a embarcar para uma escola de pilotos e está noivo de Cindy.
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