O analfabeto político e a ilusão da pseudodemocracia
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O analfabeto político e a ilusão da pseudodemocracia
O analfabeto político e a ilusão da pseudodemocracia - Simplicíssimo Escrito por Celso Afonso Brum Sagastume Ter, 23 de Maio de 2006 22:00 - Pior que o analfabeto político é quem se deixa iludir por um sistema político que corrompe até o mais bem intencionado dos cidadãos. Pior que não ouvir, não falar, nem participar dos acontecimentos políticos é se deixar levar pelo engodo dos que querem iludir com promessas que nunca serão cumpridas ou servir como massa de manobra para defender interesses duvidosos ou causas inúteis. Enquanto o analfabeto político não faz nada para tentar mudar a situação, os iludidos pela pseudodemocracia acham que só precisam "votar certo" para que tudo se resolva. Enquanto o analfabeto político diz que odeia a política, os iludidos pela pseudodemocracia fazem campanhas apaixonadas para o "candidato maravilhoso" que vai mudar tudo e acabar com todos os problemas. Depois das eleições, ganhe quem ganhar, o analfabeto político vai continuar não fazendo nada e os iludidos pela pseudodemocracia vão continuar defendendo seus candidatos eleitos e criticando os adversários, também eleitos, pois para eles só existe um certo (seu candidato) e um errado (seu adversário). E os problemas sociais vão continuar praticamente como sempre foram, porque nem o analfabeto político nem os iludidos pela pseudodemocracia conseguem perceber que enquanto não houver uma mudança do sistema político que proporcione poder ao povo durante o mandato e que mantenha os eleitos subordinados constantemente a quem os elegeu, não haverá democracia, só ilusão. Ilusão esta que só beneficia o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra e corrupto. Então não basta deixar de ser um analfabeto político e se tornar um iludido pela pseudodemocracia, é necessário que se busque a verdadeira democracia através de uma mudança no sistema político. E isso só será possível quando as pessoas se dispuserem a buscar, discutir e colocar em prática idéias que possam tornar a política um campo de realizações e não de ilusões. Celso Afonso Brum Sagastume - sobre texto de Bertold Brecht 1/1
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