Mesopotâmia - arquitecturananoite

Transcrição

Mesopotâmia - arquitecturananoite
MESOPOTÂMIA
O nascimento das primeiras
civilizações:
Para estudar e perceber a arquitectura, enquanto parte integrante da vida quotidiana
humana, teremos de nos remeter ao entendimento dos limites e fronteiras do
aglomerado edificado, e percebê-los à luz do conjunto urbano, formado pelas suas
individuais tipologias arquitectónicas.
Perceber as cidades de hoje, enquanto fruto das civilizações da antiguidade, ou
mesmo enquanto resultado de um processo de evolução que se começou a gerar
aquando dos primeiros passos do hominídeo no sentido de se abrigar e sobreviver à
fúria do seu meio envolvente, e consequentemente progredindo em inteligência e
memória para assegurar a melhoria da sua qualidade de vida, pode ser uma forma de
compreender a arquitectura e todas as artes, enquanto obra do pensamento e da
consciência humana que tem buscado incessantemente pelo conforto e pelo bem
estar, assim como pela compreensão do meio em que habita, usando das suas formas
de expressão como veículo das suas consternações.
Ao passo de cada gesto, o homem foi gerando as suas
infraestruturas, num tempo ainda vazio de códigos de
comunicação elaborados e padronizados – como a escrita.
Infraestruturas, necessárias à sua utilidade, enquanto actor
espacial, no território.
Desenvolveu utensílios, que por sua vez serviam para criar
outros, como auxiliares à caça e à pesca, para a sua
sobrevivência primária.
Depois de ocupar as cavernas e de ter aprendido a gerar e
controlar o fogo, tornou o seu lar apto à habitabilidade segura
e protegida. Ensinou, explicou e narrou os seus medos e
conquistas, em pinturas, com tinturas que aprendeu a produzir,
e gerou a consciência.
Através da experiência acumulada e transmitida pelos meios de expressão que
então se haviam conquistado, o Homem começou a perceber os ritmos cósmicos e
celestes, assim como a perceber as estações ciclicas, e a sua influência nas zonas
de caça. Com isto também a população ia aumentando em número e em
longevidade, e através do aumento da segurança no meio natural, o homem pôde
começar a sedentarizar-se por periodos cíclicos em lugares que conferiam boa
subsistência.
Com o passar do tempo, foi progredindo, descobrindo materiais de construção
para construir as suas casas e cabanas, monumentos fúnebres ou de culto
astronómico, que erigia em lugares especiais e que materializavam a sua
consciência e as suas crenças.
Foi organizando não só o seu território, mas também
construíndo hierarquias. O ancião e a mulher,
símbolos da sabedoria e da fertilidade tinham um
estatudo especial na hierarquia dos grupos,
significavam a continuidade da vida, e tinham um
papel importante na decisão do rumo das suas
aldeias. De certa forma geraram-se os clãs, e com
eles a supermacia uns em relação a outros.
As mãos do homem começaram a especializar-se na
confecção de novas ferramentas, mais esbeltas e
eficazes, e surgiram as especificidades de ofícios.
Lentamente, mas progressivamente, à medida que o
homem começa a alimentar a sua consciência de
mundo, começa também a ser líder ou chefe de clã
ou tribo, substituindo a mulher nesse papel, e
começam a gerar-se as companhias de armas e
tropas para o ajudarem na arte da guerra.
O aumento do território é um objectivo, sendo
dessas investidas, materializadas em invasões de
territórios de outros clãs, de onde resultam os
escravos, e assim, progressivamente dá-se o
aparecimento das democracias militares.
Enquanto isto acontece, vai-se percebendo que
determinadas plantas podem ser colhidas, percebese que podem ser semeadas, e com isto desenvolvese um sedentarismo mais prolongado, com a prática
da agricultura e da domesticação de animais que
proporcionam alimento e vestimenta.
Começa-se então a acumular excedentes
provenientes das terras férteis aradas e cultivadas, e
procura-se acondicionar estes produtos para não
deixar estragar o que pode ser uma fonte de
sustento ou rendimento.
É dessa necessidade que nasce a arte da cerâmica, e
foi um dos ofícios que contribuiu para haver
especialização de trabalho, e que directa ou
indirectamente levou à passagem de comunidades
organizadas segundo o poder matriarcal, para um
tipo de comunidade patriarcal.
Cerâmica encontrada num túmulo próximo
a Nínive - período Ubaid (4000 - 3500 a.E.C.)
Com a cerâmica e a organização das culturas agrícolas, e
ainda com os novos materiais descobertos para fazer
utensílios e armas, como o bronze, e mais tarde o ferro,
surgem no primórdio das sociedades, a venda e a troca
de bens entre familias e indivìduos que se
especializaram em determinado ofício e assim podem
trocar os seus produtos, por outros de que a sua família
necessite.
Também a invensão da roda, como utilidade na
locomoção pelo terreno, possibilitou uma nova era de
mobilidade.
Às estadias prolongadas sedentárias nos terrenos férteis,
juntavam-se as deslocações nómadas para outras
regiões onde o clima se mostrava mais propício para a
estadia, mas também as trocas comerciais se tornavam
mais auspíciosas, uma vez que mais facilmente se
podiam transportar tanto os alimentos agrícolas, como
os animais e bens materiais. Trabalhar a terra também
passou a ser mais fácil. Usava-se o arado, o qual
receberia o contributo para a melhoria do seu processo
de construção a descoberta do ferro.
Se por um lado o homem ia aumentando os seus bens,
também a sua individualidade ia crescendo,
organizando-se as comunidades em castas, que
passavam a dividir a população em classes de ricos ou
poderosos, pobres mas livres, e escravos. A sociedade
como a conhecemos hoje, originou-se assim, não sendo
hoje muito diferente do que foi, aquando do
aparecimento da civilização organizada, mediante
cultos, crenças e necessidades de sobrevivência. Rico
ou poderoso, é e era aquele que mais possuia, tanto
bens materiais, como pessoas que para ele trabalham,
mas também, a espiritualidade ou dialética suficiente
para reúnir em si o poder e a riqueza, para isso
podendo usar o trabalho daqueles que se inferiorizaram
pela ignorância ou ingenuidade sendo subjugados aos
seus impérios.
Na mesopotâmia começam a ser navegáveis os
rios, que acabam por ser dilatadores do
fenómeno de vendas e trocas comerciais e
culturais, e aí os povoamentos de desenvolvem
para gerar o nascimento das primeiras cidades
da história, segundo a asserção de que hoje
temos de cidade e urbanismo, sediadas no vale
da crescente fértil.
Nesta região, Terra Entre Dois Rios (Tigre e
Eufrates), considerada uma zona de boa
fertilidade das terras, a organização da
colectividade pelas mãos de um sacerdote ou
rei com poder divino, conseguiu arranjar forma
de escoar os pântanos que tornavam a zona
inabitável por mais do que uma temporada, e
a arranjar meios de canalizar as àguas dos rios
para assegurar a irrigação das culturas onde a
àgua não chegasse.
A civilização Suméria constrói então as suas
casas de barro local, cozido ou seco ao sol, pois
na região não havia senão pouca madeira, e
nenhuma pedra.
Para além das casas, constróem –se muralhas,
templos ligados aos cultos celestes, palácios
com jogos de luz e sombra, com percursos
orgânicos e labirinticos, revestem-se os
exteriores e os interiores com ladrilhos
coloridos e pratica-se a religiosidade e a arte
da guerra.
«(…) O vale do Tigre e do Eufrates, (…) estreita faixa de terreno fértil protegida de
ambos os lados por desertos, é uma bacia larga e pouco profunda, com raras defesas
naturais, onde se entrecruzam os dois rios e seus afluentes, fácilmente acessível de
qualquer lado. Os factores geográficos não favoreciam assim a unificação política. Só
mil anos depois de ter começado a civilização mesopotâmica apareceram chefes com
essa ambição e nem à custa de guerras quase permanentes conseguiram realizá-la
por muito tempo.»
Jason, O próximo oriente antigo, pg.70-71
OS SUMÉRIOS
«(…) Um pouco antes do quarto milénio a.C. chegaram à Mesopotâmia Meridional,
vindos da Pérsia, e nos anos seguintes fundaram aí certo número de cidades – estados e
desenvolveram a sua escrita própria, de caracteres cuneiformes (em forma de cunha)
gravados em tabuletas de barro. »
(…)« como não dispunham de pedra, os Sumérios ergueram casas de adobes e madeira,
de modo que pouco ficou da sua arquitectura, a não ser os alicerces.»(…)
Jason, O próximo oriente antigo, pg.70-71
«A sua escrita era cuneiforme, com cerca de 400500 signos silábicos, tendo sido usada durante
cerca de um milénio. Esses signos eram
primeiramente desenhos de objetos reais,
animais, ações, símbolos - portanto, ideográfica -,
tendo depois evoluído para combinações de
elementos em forma de cunha, donde lhe advém
o nome. Esta escrita influenciaria muitas línguas
do Médio Oriente.»
http://www.infopedia.pt/$sumerios
A escrita foi inventada pelos
Sumérios cerca de 3500 anos a.c.
OS PERCURSOS DA ÀGUA
«(…) o desenvolvimento dos sistemas de escoamento de àguas, canalização e irrigação
converteu aquela zona pantanosa numa outra de considerável fertilidade,
assegurando aos seus habitantes uma eficaz administração de alimentos
relativamente estável. Como resultado de tudo isto, o excedente de bens materiais e
energia humana empregrou-se na construção de cidades agora de maior tamanho. Em
analogia com o que havia sucedido anteriormente com a construção megalítica na
Europa, na Mesopotâmia os primeiros edifícios permanentes serviram para satisfazer
as funções públicas mais peremptórias, que supriam a necessidade de salvar o abismo
existente entre os humanos e os deuses. No entanto, apesar de tais edificios terem sido
patrocionados por reis, principes ou governadores individuais, não deixavam de ter o
carácter de materialização de uma vontade pública. Apartir daqui, a civilização
humana e a sua materialização arquitectónica colocaram-se em marcha.»
Tradução do texto espanhol: La invención de la arquitectura: de las cavernas a las ciuudades, cap. 9,pgs. 163-165; ROTH, L.M.«Entender
la arquitectura», Barcelona, Gustavo Gilli, 2003.
A RELIGIÃO:
«Cada cidade estado tinha o seu Deus local, considerado como seu «rei» e senhor.
Possuía também um chefe humano para governá-la, o intendente do soberano
divino. O deus era uma espécie de defensor dos seus fiéis junto das outras
divindades que regiam as forças da Natureza: o vento, o tempo, a àgua, a
fertilidade, os astros. O conceito de propriedade divina não era uma simples ficção
religiosa, acreditava-se à letra que o deus era proprietário do território da cidade e
também do trabalho e da produção dos habitantes, submetidos às suas ordens
através do intendente humano. É um sistema económico conhecido por
«socialismo teocrático», uma cidade planificada cujo centro administrativo era o
templo. Este procedia ao ajustamento da mão-de-obra e dos recursos públicos
necessários aos empreendimentos da comunidade, como a construção de diques
ou de valas de irrigação, e armazenava e distribuía uma parte considerável das
colheitas. Tudo isto exigia a manutenção de pormenorizados documentos escritos.
Por isso, não é de admirar que os textos das inscrições sumerianas primitivas
sejam mais de indole económica e administrativa que religiosa, embora a escrita
fosse um privilégio sacerdotal.»
Jason, O próximo oriente antigo, pg.70-71
Cidades – Estado da Mesopotâmia
1. Civilização Suméria
2. Acádia
Civilização Suméria:
Cidade - Estado de Eridu
Eridu, uma das principais cidades da civilização da Mesopotâmia, a par de Ur,
Lagash e Uruk, tinha também um zigurate, o centro de toda a sua vida religiosa,
construídos no III milénio a. C..
Reconstrução do Templo de Eridu
A IMPORTÂNCIA DO TEMPLO E DO PALÁCIO:
«Em 3.500 a.C. surgem centros como Uruk, com uma instituição urbana fundamental, o
templo, chamado de zigurate, que expressava simbolicamente o poder.
Os templos foram responsáveis pelo desenvolvimento de vários aspectos da sociedade,
como a escrita, o Estado, o sistema jurídico, a arte e a arquitetura, entre outros.
O sul mesopotâmico foi palco de inúmeras disputas militares entre os vários centros
urbanos pela hegemonia política de territórios vizinhos por volta de 2800 a.C. O
resultado dessas guerras transformou o desenvolvimento dessas cidades: as revoltas no
interior do país levaram a uma migração significativa do campo para a cidade, fazendo
com que a maioria da população se tornasse urbana; maciças fortificações foram
construídas para garantir a segurança destas cidades, definindo assim a diferença entre
o espaço urbano e o rural e restringindo o acesso às cidades através dos portões das
muralhas.
As necessidades de guerra exigiram um maior desenvolvimento da autoridade política e
militar induzindo a criação da segunda principal instituição urbana: o palácio. As cidades
mesopotâmicas passaram, então, a contar com dois centros de poder: um político e
militar – o palácio –, e outro económico e religioso – o templo –, um espaço profano,
outro sagrado.»
Fonte bibliográfica da internet: ver bibliografiA
Templo Branco
Templo Branco
O templo mede 22 x 17 metros.
O acesso ao templo era feito
através de três portas, sendo a
principal localizada no lado sul.
Cidade – Estado de URUK
«O templo marcava o centro da vida espiritual e temporal na civilização suméria. Era uma
estrutura monumental, montada sobre uma colina artificial, o zigurate, sobre o qual se construía
o templo a coroar o conjunto, que se compunha também pelos armazéns, oficinas e casas dos
escribas dispostos em volta do polo central.
A mítica Torre de Babel foi destruída mas ainda se mantém o Templo Branco da cidade Uruk,
identificada na Bíblia como Erech.
Este templo é constituído por um monte de 12 metros de altura, construído com tijolos, que
antecede o santuário servido por rampas e escadarias que conduzem ao espaço mais sagrado, a
cella, onde se celebravam os sacrifícios rituais oferecidos à imagem do deus, que neste caso seria
Anu, o deus do Céu, mas a sua escultura perdeu-se.
A cella é uma sala estreita, que corre todo o comprimento do templo e está ladeada por câmaras
de enormes dimensões. A entrada principal está colocada do lado sudoeste, para obrigar o crente
a fazer uma via sacra até atingir o local místico. »
www.infopedia.pt/$templos-de-eridu-e-de-uruk
«NA CIDADE SUMÉRIA DE URUK na actual Warka, o Templo Branco, assim chamado
por arqueólogos, pela cor que recobria a sua grande sala interior, foi construído entre
os anos 3500 e 3000 a. C. e é um dos primeiros exemplos de zigurates coroado por um
templo.»
Tradução do texto espanhol: La invención de la arquitectura: de las cavernas a las ciuudades, cap. 9,pgs.
163-165; ROTH, L.M.«Entender la arquitectura», Barcelona, Gustavo Gilli, 2003.
3000 a.C. –
Cidade – Estado de UR
ZIGURATE DE UR
«O zigurate dedicado ao Deus da Lua, na cidade suméria de Ur, erigido
aproximadamente entre os anos 2113 e 2006 a.C. pelo Rei Ur Nammu, ilustra o
desenvolvimento desta tipologia durante o periodo sumério. O conjunto é uma sólida
massa de barro, no interior o revestimento é de ladrilhos de barro brando, e as
fachadas são cobertas com uma capa de mais de dois metros de espessura de
ladrillhos cozidos acentados com betume.o seu traçado consiste em três plataformas
sucessivas que vão diminuindo de tamanho à medida que sobem em altura. Para se
lhe aceder sobe-se por um complicado sistema de amplas escadas rectas, e o conjunto
está rematado por um templo situado na cúspide.»
Tradução do texto espanhol: La invención de la arquitectura: de las cavernas a las ciuudades, cap. 9,pgs. 163165; ROTH, L.M.«Entender la arquitectura», Barcelona, Gustavo Gilli, 2003.
Cidade – Estado de LAGASH
Civilização Acádia
«Já para o fim do Periodo Dinástico Arcaico, entrou em declínio o socialismo
teocrático das cidades – estado sumerianas. Os «intendentes do deus» acabaram
por se tornar monarcas de facto e os mais ambiciosos procuraram alargar os seus
domínios à custa dos vizinhos. Pela mesma altura, populações semíticas da
Mesopotâmia Setentrional encaminharam-se para o Sul em número crescente,
acabando por ganhar ascendente, nalguns lugares, sobre os Sumérios, cuja
civilização adoptaram, embora não estivessem tão ligados à sua concepção de
cidade-estado. Assim, não é se surpreender que o semita Sargão, da Acádia, e os
seus sucessores (2340-2180 a.C.) fossem os primeiros chefes mesopotâmicos que
se proclamaram abertamente reis e manifestaram a ambição de governar a terra
inteira. (…)»
- Jason, O próximo oriente antigo ps. 75-76
2500 a.C.
o
Sargão I de Acádia unifica a Mesopotâmia
«Foi o primeiro rei a unir a Mesopotâmia sob o
comando de uma só pessoa e o seu império, o
acádico por ele montado, passou a ser um padrão
para outros governantes.»
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/Sargao0I.html
1900-1200 a.C.
o
Primeiro império babilónico.
o
Reino de Hamurabi.
o
Código de Hamurabi.
Civilização BABILÓNICA
«O segundo milénio a.C. foi um periodo de agitação quase permanente na
Mesopotâmia.
A convulsão étnica que levou os Hicsos ao Egipto teve
um impacto ainda mais perturbador no vale do Tigre e
do Eufrates. O poder central só esteve nas mãos de
soberanos indígenas entre 1760 e 1600 a.C., quando a
Babilónia assumiu o papel outrora desempenhado
pela Acádia ou Ur.
Hamurabi, o fundador da Dinastia Babilónica, é a
maior figura da época. Aliando os feitos militares a um
profundo respeito pela tradição sumeriana
considerava-se como o «pastor preferido» do deus Sol
Shamash, cuja missão era «fazer reinar a justiça sobre
a Terra».
Durante este reinado e os que se seguiram, a Babilónia
tornou-se o centro cultural da Suméria e a cidade
manteria o seu prestígio por mais de um milénio,
mesmo depois de perdida a hegemonia política.»
Reino de Hamurabi - Babilónia
- Jason, O próximo oriente antigo
Inicialmente a Babilónia «(…)Surgiu como um pequeno estabelecimento urbano, por
volta de 3700 a.C., e desenvolveu-se ao longo das margens ocidentais do Eufrates.
No final do III milénio a.C., a Babilónia era uma cidade modesta, submetida à terceira
dinastia de Ur.
No século XVIII a.C., a primeira
dinastia de Babilónia dominou a
região e tornou-se uma potência, sob
o comando de Hamurabi (1792-1750
a.C.). Mas a unidade política
demonstrou-se frágil ao longo dos
séculos e, em 1595 a.C., a cidade foi
tomada pelos hititas, povos do norte
da
Anatólia,
actual
Turquia,
transformando-se, então, numa cidade
de menor importância no cenário
político»
O CÓDIGO DE HAMURABI:
«A mais notável realização de Hamurabi foi o seu código, justamente famoso como
a primeira redacção unificada de um corpo de leis, de concepção espantosamente
racional e humana. Está gravado numa grande estela de diorite em cujo topo figura
o rei perante o deus-Sol, de braço direito erguido, num gesto de quem fala, como se
estivesse apresentando a sua obra de codificação ao divino soberano.(…)»
- Jason, O próximo oriente antigo
1290 a.C.
o
Êxodo hebreu do Egito (Moisés).
1200 a.C.
o
Fim do reino babilónico e dominação assíria na Mesopotâmia.
A ASSÍRIA – Cidade Estado ASSUR
2000 a.C.
o
Primeira civilização assíria.
o
Invasão dos hititas.
Os assírios viviam do pastoreio e habitavam as margens do rio Tigre. O seu sistema
Hierarquico militar altamente guerreiro, levou à espansão e hegemonia desta
civilização tanto a nivel territorial como económico.
«Sob a direcção de uma série de soberanos capazes, o domínio assírio alastrou
gradualmente até abranger não só a Mesopotâmia mas também as regiões vizinhas.
No auge do seu poder, entre c. 1000 e 612 a.C., o império assírio estendia-se desde a
península Sinai à Arménia. Até o Baixo Egipto foi atacado com êxito em 671 a.C.»
Janson, O Próximo Oriente Antigo, pg. 78
As cinco cidades Assírias:
Ashur
Nineveh
Arbel
Nimrod (Calah)
Arrapkha
CIDADELA de Sargão II -721-705 a.C.
O PALÁCIO DE SARGÃO II, «da segunda
metade do séc. VIII a.C. (…) estava isolado
no centro urbano, numa cidadela de
muralhas torreadas, apenas com duas
portas. Ainda que os Assírios empregassem
o tijolo como os Sumérios, costumavam
revestir as passagens da entradas e a parte
inferior das paredes das salas principais
com grandes placas de pedra (mais fáceis
de encontrar na Mesopotâmia
Setentrional), onde esculpiam baixosrelevos ou típicos demónios guardiões, nos
quais o relevo se associa à escultura de
vulto redondo.»
As esculturas e os baixos
relevos serviam para intimidar e
impressionar os visitantes,
representando o poder real, as
suas conquistas, enfim a
entidade majestosa do império.
1100 a.C.
o
Destruição do Império Hitita.
o
o
o
Nabucodonosor da Babilónia unifica o reino.
Segundo Império Babilónico.
Nasce o reino de Israel.
Templo de Ishtar en Ishchali
NEO ASSÍRIA
A primeira biblioteca do mundo foi erguida em Nínive, a
cidade mais importante da Assíria, pelo rei Assurbanipal II
(668-626 a.C.) - século VII a.C.
A PRIMEIRA BIBLIOTECA DO MUNDO - NÍNIVE
Era composta por uma coleção de mais ou menos 25 mil placas de argila, com textos em
escrita cuneiforme – em sumério e acádico – sobre o mundo natural, geografia,
matemática, astrologia e medicina; manuais de exorcismo e de augúrios; códigos de leis;
relatos de aventuras e textos religiosos.
Nínive, cujo nome significa
“bela”, fica situada na margem
ocidental do rio Tigre e foi a
capital da Assíria (atual Iraque).
ZIGURATE em Nínive na Assíria
PALÁCIO IMPERIAL em Nínive capital da Assíria
700 a.C.
• Reino dos medos.
600 a.C.
• Na Babilónia: Reino de Nabucodonosor II
600 a.C. Na Babilónia: Reino de Nabucodonosor II
Ficou famoso pela conquista do Reino de Judá e pela destruição de Jerusalém e do seu
Templo ( o Templo de Salomão) em 587 a.C., além disso ficou para a história pelas de
suas monumentais construções na cidade da Babilónia, entre elas os Jardins Suspensos
da Babilónia, obra que ficou conhecida como uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Este rei dominou a Palestina, e
escravizou o povo hebreu.
«A cidade sofreu sucessivas invasões, destruições e reconstruções, mas manteve a
sua supremacia cultural e religiosa através dos tempos.
Sob a dinastia neobabilónica (625-539 a.C.), a cidade tornou-se a capital do
mundo oriental e recebeu enormes riquezas arrecadadas com os tributos pagos
pelos reinos conquistados, possibilitando a construção de obras monumentais
como a muralha, os palácios e os templos.
Sob o reinado de Nabucodonosor II (604-562 a.C.), a Babilónia tinha cerca de mil
hectares de extensão uma muralha, com oito portas, que possuía 18 km de
comprimento e 30 m de largura.»
550-331 a.C.
• Ciro, o Grande, conquista Ecbatana, capital dos medos, e a Babilónia.
• Início do reinado persa.
331 a.C.
Alexandre Magno derrota os persas na Batalha de Gaugamela e conquista a
Mesopotâmia.
PÉRSIA - PERSÉPOLIS
Os persas celebravam o culto ao ar
– livre, não desenvolvendo a
arquitectura religiosa.
No entanto os seus palácios eram
edifícios
enormes
e
impressionantes.
« O mais ambicioso, em Persépolis,
foi começado sob Dario I, em 518
a.C..
O seu traçado geral – um imenso
número de câmaras, salas e pátios
reunidos sobre uma plataforma
alteada (…)
As colunas são usadas em grande
escala.
A sala do trono de Dario, cerca de
125 m2, tinha um tecto de madeira
sustentado por 36 colunas de 12
metros de altura (…)»
Jason, O Próximo Oriente, pg. 82
Bibliografia
Bibliografia digital
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesopot%C3%A2mia
http://www.infopedia.pt/$templos-de-eridu-e-de-uruk
http://www.bibliotecapleyades.net/sitchin/guerradioses/guerradioses09.htm
http://www.infopedia.pt/$sumerios
Bibliografia de imagens
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http://www.chivalryclub.com.br/blog/whisky-guide-o-grao-que-nao-pode-faltar/
http://osemprefixe.blogspot.com/2009/03/se-eu-vivesse-numa-aldeia-neolitica.html
http://dalegoma.blogspot.com/2011/06/nuestros-antepasados-se-las-sabian.html
http://cpantiguidade.com/2010/03/02/educacao-na-mesopotamia/
http://sabetudoo.blogspot.com/2011/03/o-comercio-e-divisao-do-trabalho.html
http://www.crq4.org.br/?p=texto.php&c=ceramicasleiamais1
http://enenuru.net/html/gal/balagemain.htm
http://www.ghandchi.com/iranscope/Anthology/KavehFarrokh/TCC.htm
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