Flora da Mata do Estado, São Vicente Férrer, Pernambuco

Transcrição

Flora da Mata do Estado, São Vicente Férrer, Pernambuco
Maria de Fátima Araújo Lucena
Flora da Mata do Estado,
São Vicente Férrer,
Pernambuco, Brasil
RELATÓRIO TÉCNICO
Maria de Fátima Araújo Lucena
Flora da Mata do Estado,
São Vicente Férrer,
Pernambuco, Brasil
RELATÓRIO TÉCNICO
RECIFE -PE
NOVEMBRO, 2009
1
CRÉDITOS
CONSULTOR
Dra. Maria de Fátima Araújo Lucena
REVISÃO TÉCNICA
Diele Lôbo
Sônia Aline Roda
ORGANIZAÇÃO
Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste - CEPAN
FOTOGRAFIAS
Créditos nas legendas
APOIO
Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA/MMA
Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste - AMANE
Conservação Internacional do Brasil
Agencia Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – CPRH
Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBio
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
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Para citação bibliográfica: LUCENA, M. F. A. Flora da Mata do Estado, São Vicente Férrer,
Pernambuco, Brasil. Relatório Técnico. Recife: CEPAN. 2009.
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SUMÁRIO
1. Apresentação
2. Métodos
3. Vegetação e Flora
3.1 Vegetação
3.2 Flora
3.3 Espécies Ameaçadas de Extinção e Endêmicas
3.4 Espécies Exóticas Invasoras
4. Estado de Conservação e regeneração
5. Ameaças e Impactos à Biodiversidade
6. Considerações Finais
7. Referências Bibliográficas
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4
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9
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Apêndices
1. Famílias e espécies de Angiospermas amostradas na Mata do Estado,
São Vicente Férrer, PE
2. Famílias e espécies de Pteridófitas amostradas na Mata do Estado, São
Vicente Férrer, PE.
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1. APRESENTAÇÃO
Este relatório é destinado a caracterizar a vegetação e flora da Mata do Estado,
localizada no município de São Vicente Férrer - PE, cujas informações visam contribuir
com subsídios para endossar a proposta de criação de uma unidade de conservação
para esta área.
2. MÉTODOS
A caracterização da vegetação e flora da Mata do Estado foi realizada com base
em dados secundários, principalmente nos estudos realizados por Ferraz & Rodal
(2006) e Pietrobom & Barros (2002;2006). Para classificação da vegetação foi adotado
o sistema de Veloso et al. (1991) e, para as espécies, Cronquist (1988). A citação dos
nomes populares foi feita com base nas etiquetas da coleção depositada no Herbário
IPA - Dárdano de Andrade Lima, PEUFR - Prof. Vasconcelos Sobrinho (UFRPE) e base de
dados do Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal da Universidade Federal de
Pernambuco.
A indicação do status de conservação das espécies foi baseada nas listas
apresentadas pelo MMA (2008) e IUCN – União Internacional para Conservação da
Natureza (2009). As espécies endêmicas seguiram a indicação do projeto Endemismos
de Plantas Vasculares da Mata Atlântica (2009) e a classificação das espécies exóticas
invasoras foi baseada em CEPAN (2009).
3. VEGETAÇÃO E FLORA
3.1. VEGETAÇÃO
A cobertura vegetal predominante na Mata do Estado é classificada por Veloso
et al. (1991) como Floresta Ombrófila Densa Montana. A vegetação é caracterizada
estruturalmente por uma elevada área basal e ampla variação quanto à altura média,
4
provavelmente em função do tipo e profundidade do solo e condições microclimáticas.
Sendo possível o reconhecimento de cinco estratos: três arbóreos, um arbustivo e um
herbáceo (Rodal, et al., 1998).
Dos 1.521 indivíduos amostrados por Ferraz & Rodal (2006) em 1 ha, apenas
25% tinham altura menor ou igual a 6 m e enquanto que 50% tinham entre 6,1 e 12 m.
Quanto ao diâmetro do caule, 60 % dos indivíduos amostrados apresentaram diâmetro
entre 5 a 10 cm.
A densidade total (1.521 ind. ha-1) registrada na área foi semelhante às das
florestas ombrófilas e semideciduais de Pernambuco (ca. 1.600 ind. ha-1) referidas em
trabalhos que utilizaram os mesmos critérios de inclusão (DAP ≥5 cm) e área amostral.
3.2. FLORA
Foram registradas 375 espécies de angiospermas na Mata do Estado. Desse
total, 242 são espécies de árvores, 57 de trepadeiras, 46 de arbustos, 21 de ervas, sete
de epífitas e duas de hemiparasitas. As famílias com maior riqueza de espécies são
Leguminosae (34 espécies.), Myrtaceae (21), Rubiaceae (20), Lauraceae e Sapindaceae
(14), Sapotaceae (13), Moraceae (12), Apocynaceae e Euphorbiaceae (11), e
Meliaceae, Clusiaceae, Burseraceae e Melastomataceae (oito espécies cada). Sete
novas espécies foram registradas para a ciência (quatro espécies da família Lauraceae,
uma espécie da família Apocynaceae e duas espécies da família Sapindaceae) (Ferraz e
Rodal, 2008). Vale destacar ainda que o levantamento florístico da pteridoflora,
realizado na área por Pietrobom & Barros (2002), indica a ocorrência de 94 espécies
distribuídas em dezesseis famílias, com destaque para Adiantum humile (Adiantaceae)
que representa nova ocorrência para o estado de Pernambuco.
A Mata do Estado apresenta considerável riqueza de plantas trepadeiras com
57 espécies e 24 famílias. Apocynaceae é a família com maior riqueza, representada na
área, por seis espécies dos gêneros Prestonia, Peltastes, Odontadenia, e Mandevilla,
seguida pelas famílias Hippocrateaceae, Menispermaceae e Sapindaceae com cinco
espécies cada, Fabaceae com quatro e Vitaceae e Cucurbitaceae com três espécies.
Ferraz & Rodal (2008), ressaltam que, em geral, as famílias Hippocrateaceae,
Menispermaceae e Vitaceae foram observadas no interior da floresta, enquanto as
5
espécies Omphalea brasiliensis (Euphorbiaceae), Prestonia annularis, Peltastes
peltatus, Peltastes sp. nova (ambas Apocynaceae) e Heteropterys anomala
(Malpighiaceae), compõem tipicamente populações da borda da mata.
No estrato herbáceo, o estudo registrou 21 espécies distribuídas em catorze
famílias, cuja maioria está representada por apenas uma espécie; exceção para as
famílias Commelinaceae e Bromeliaceae com três espécies cada e Cyperaceae,
Poaceae, Marantaceae e Orchidaceae com duas espécies cada. Importante destacar as
densas populações de Dorstenia bahiensis (Moraceae), Coccocypesalum cordifolium
(Rubiaceae), Begonia saxicola (Begoniaceae) e Becquerelia cymosa e Hypolytrum
bullatum (Cyperaceae) no interior da floresta.
O componente arbustivo apresentou a ocorrência de 46 espécies e dezenove
famílias, com o subosque composto principalmente por nove espécies e quatro
gêneros da família Rubiaceae (Faramea, Palicourea, Psychotria e Rudgea) e Piperaceae
com três espécies. Destacam, que além dessas, Conchocarpus macrophyllus
(Rutaceae), Quararibea turbinata (Bombacaceae), Mollinedia selloi (Myrsinaceae) e
Picramnia glazioviana formam populações comuns a esse estrato. As palmeiras estão
representadas por duas espécies, dos gêneros Bactris e Desmoncus.
O componente arbóreo é também representado por uma alta riqueza de
espécies e ampla variação na altura. Das 26 famílias com maior densidade, grande
parte apresentou indivíduos com altura entre 20 e 30 m, exceção de Aquifoliaceae,
Melastomataceae, Quiinaceae e Sapindaceae, típicas do estrato mais baixo da mata. O
estrato emergente (árvores acima de 30 m) é constituído principalmente por espécies
Diplotropis purpurea (Fabaceae), Eschweilera ovata (Lecythidaceae), Helicostylis
tomentosa (Moraceae, Figura 1), Pouteria bangii (Sapotaceae), Plathymenia foliolosa
(Mimosaceae, Figura 2), Vochysia thyrsoidea (Vochysiaceae), Cupania sp. 2
(Sapindaceae), Copaifera langsdorffii e Dialium guianensis (Caesalpiniaceae) e
Psychotria sessilis (Rubiaceae).
Com populações menos abundantes foram
encontradas neste estrato indivíduos de Sloanea guianensis e S. parviflora
(Elaeocarpaceae), de Luehea ochrophylla e Apeiba tibourbou (Tiliaceae) e de
Byrsonima sp. 2 (Malpighiaceae). O dossel da Mata do Estado é principalmente
composto por Psychotria sessilis, Dendropanax arboreum, Ilex aff. sapotifolia e
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Diospyros serrana e o sudossel por Tovomita mangle, Quiina pernambucensis,
Paypayrola blanchetiana, Cupania oblongifolia e Protium aracouchini.
Figura 1 – Fruto de Amora da mata Helicostylis tomentosa (Foto Jussara Novaes).
Figura 2- Amarelo Plathymenia foliolosa, espécie emergente na Mata do Estado (Foto
Tarciso Leão).
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Vale, também, destacar a presença das espécies Philodendron rudgeanum,
Rodosphata oblongata (Araceae); Canistrum auranticum (Bromeliaceae), Omphalea
brasiliensis (Euphorbiaceae), Ctenanthe pernambucensis (Marantaceae), Faramea
multiflora (Rubiaceae), todas apenas presentes em ambientes com em bom estado de
conservação.
3.3. ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO E ENDÊMICAS
Constam como ameaçadas de extinção nas listas oficiais do Ministério do Meio
Ambiente (MMA, 2008) e da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN,
2009) cinco espécies nas categorias vulnerável e em perigo. São elas: Banara
brasiliensis, Canistrum aurantiacum, Cedrela odorata, Plathymenia foliolosa e Swartzia
pickelii. Além destas, Ferraz & Rodal (2006) registraram na Mata do Estado a possível
presença de Symplocos neglecta, espécie classificada na lista oficial das espécies
ameaçadas de extinção como presumivelmente extinta. Entretanto as autoras
destacam que este registro ainda requer confirmação através de consulta ao material
testemunho, depositado nos herbários, e verificação de eventuais alterações de
identificação por especialistas. A maioria das espécies que ocorrem na Mata do Estado
apresenta dados insuficientes que permitam a real definição do status de conservação
das mesmas.
Adicionalmente a Mata do Estado apresenta nove espécies consideradas como
vulneráveis à extinção regionalmente por Santos (2006), por apresentar apenas uma
população conhecida em toda floresta Atlântica ao norte do rio São Francisco. São
elas: Xylopia sericea (Annonaceae), Lamanonia ternata (Cunoniaceae), Erythroxylum
pulchrum (Erythroxylaceae), Dalbergia frutescens (Leguminosae), Inga subnuda
(Leguminosae), Cabralea canjerana (Meliaceae), Cedrela odorata (Meliaceae), Ficus
trigonata (Moraceae) e Vochysia thirsoidea (Vochysiaceae).
A Mata do Estado abriga três espécies de ocorrência exclusiva, i.e. endêmicas, da
floresta Atlântica ao norte do rio São Francisco, são elas:
Aechmea fulgens
(Bromeliaceae),
Swartzia
Canistrum
aurantiacum
(Bromeliaceae)
e
pickelii
(Caesalpinaceae). E outras endêmicas da floresta Atlântica: Rauvolfia grandilora
(Apocynaceae),
Tachigalia
paratyensis
(Caesalpinaceae),
Couepia
impressa
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(Chrysobalanaceae),
Clusia
pernambucensis
(Clusiaceae),
Tovomita
mangle
(Clusiaceae), Erythroxylum pulchrum (Erythroxylaceae), Hymenolobium janeirense
(Fabaceae), Citronella paniculata (Icacinaceae), Inga subnuda (Mimosaceae), Virola
gardneri (Myristicaceae), Myrcia grandiflora (Myrtaceae), Symplocos neglecta
(Symplocaceae), Luehea ochrophylla (Tiliaceae) e Paypayrola blanchetiana (Violaceae),
Hypolytrum bullatum (Cyperaceae) (Projeto Endemismo de Plantas Vasculares na Mata
Atlântica, 2009). Para esta última espécie, o limite norte de sua distribuição geográfica
é a população ocorrente na Mata do Estado.
3.4. ESPÉCIES EXÓTICAS E INVASORAS
Artocarpus heterophyllus (jaqueira), Elaeis guianensis (dendê), Mangifera indica
(mangueira) e Hedychium coronarium (lírio do brejo) são espécies exóticas invasoras
registradas na Mata do Estado, consideradas invasoras no estado de Pernambuco e em
outras regiões no Brasil e no mundo (CEPAN, 2009). A jaqueira e a mangueira são
árvores de grande porte originária da Índia e na mata do Estado estão presentes em
bordas das florestas e nos sítios de moradores. O dendê é uma palmeira originária da
costa ocidental da África. O lírio do brejo é uma erva de origem asiática que ocupa
áreas úmidas e sub-bosque de floresta.
Na Mata do Estado ainda é desconhecido o grau de invasão e os impactos sobre a
biodiversidade destas espécies. Entretanto, em outras regiões os principais impactos
estas espécies são causados pelos grandes adensamentos e dominância sobre espécies
nativas. Outros impactos: a) Jaqueira – pode inibir a germinação de sementes de
plantas nativas por alelopatia,e b) Mangueira – alguns estudos apontam que a invasão
da mangueira no ambiente ciliar tem gerado alteração no pH da água pelo
apodrecimento de folhas e frutos.
4. ESTADO DE CONSERVAÇÃO E REGENERAÇÃO DA MATA DO ESTADO
A caracterização da vegetação incluindo dados da fisionomia, da estrutura, da
flora e os poucos impactos observados nas áreas estudadas, permitem definir o status
de conservação das mesmas como de bom a regular a depender do fragmento.
9
Importante ressaltar, que mais estudos das populações das espécies abundantes e
raras no local, permitirá avaliar com maior exatidão o estado de conservação. Porém, a
proteção destas espécies vegetais depende fundamentalmente de medidas de
preservação a serem efetivadas pelos poderes públicos e/ou por particulares. Tais
estudos possibilitarão também incluir, com mais precisão, determinadas espécies nas
categorias propostas pela IUCN. Para diversos táxons os dados são ainda considerados
como insuficientes. Estudos de campo, especialmente focados em inventários com
metodologia padronizada nos diferentes fragmentos que compõem a área são
necessários para a adequada avaliação da caracterização florística e ambiental.
5. AMEAÇAS E IMPACTOS À BIODIVERSIDADE
As alterações ambientais observadas na mata e seus arredores são conseqüências do
uso da terra para plantio, especialmente de bananas, uvas e agricultura de subsistência. O
avanço da cultura da banana tem provocado forte pressão antrópica no local, colocando em
risco a dinâmica de algumas populações de plantas (variação populacional), poluição de
algumas nascentes e a estabilidade do solo.
O desmatamento em trechos da mata ou até mesmo o registro de corte seletivo de
madeira (para lenha e/ou construção civil) tem efetivado o declínio lento ou moderado de
algumas populações de determinadas espécies como Virola gardneri (urucuba), Platymenia
foliolosa (pau amarelo), Diplotropis purpurea (sucupira-preta) e Copaifera langsdorfii (pau
d’óleo).
Outro cuidado especial, que deve ser levado em consideração, é a proteção das
nascentes. O avanço das plantações de banana, mesmo em pequena escala,
compromete a manutenção desses mananciais, seja através do desmatamento
aleatório, seja pelo uso indevido e contaminação do solo com agrotóxicos. Esses
impactos foram observados nitidamente evidenciados em vários trechos do
fragmento. Escoamento superficial da água em alguns trechos com visível processo de
erosão também foi observado. Se tais atividades não forem planejadas respeitando as
potencialidades e vulnerabilidades do ambiente, podem vir a comprometer os estados
de conservação encontrados.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A área merece uma política de conservação urgente, através da criação de uma
UC pública, a fim de conservar a biodiversidade lá existente, manter os recursos
hídricos e incentivar ações de desenvolvimento sustentável. A Mata do Estado, por
apresentar os aspectos abaixo relacionados, pode ser caracterizada como de extrema
importância biológica para a região da zona da mata norte do Estado de Pernambuco,
em especial aos municípios envolvidos diretamente pela sua riqueza biológica (São
Vicente Férrer, Limoeiro e Macaparana). Com base nos diversos inventários florísticos
já disponíveis para a porção norte da Floresta Atlântica pernambucana fica evidente
que a diversidade de plantas na área ainda está subestimada. Isto reforça a
necessidade de especial atenção à área de maneira a garantir a preservação dessas
espécies.
Aspectos que merecem destaque:
- Riqueza florística: apesar de subestimada, apresenta inúmeras espécies raras, seja
por suas populações reduzidas ou por apresentarem distribuição geográfica restrita
(Ex: Cedrela odorata, Jacaratia, Prunus sellowii, Garcinia gardneriana).
- Novas espécies de plantas catalogadas para ciência (quatro espécies da família
Lauraceae,duas espécies da família Sapindaceae e uma espécie da família
Apocynaceae); endêmicas até o momento da área.
- Potencial hídrico: ocorrência de 32 nascentes que formam a bacia hidrográfica do rio
Goiana e rio Capibaribe Mirim.
- Dimensão total do fragmento: 600 ha de floresta em faixa contínua.
- Espécies ameaçadas: ocorrência de sete espécies ameaçadas de extinção e uma
anteriormente considerada como presumivelmente extinta com base na lista do
IBAMA de 2002. A lista mais atual sugere a possibilidade de um número maior de
espécies com algum grau de vulnerabilidade de acordo com os critérios da UICN.
- Estado de conservação: de maneira geral pode ser considerado de boa qualidade.
- Potencialidades de uso sustentável: o envolvimento dos atores locais poderá garantir
o uso sustentável de ao menos parte dos recursos disponibilizados pela a área
florestada, seja ele através de manejo agroflorestal, ecoparques, entre outros.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barbosa, M.R.V; Sothers, C.; Mayo, S.; Gamarra, C.F.L.; Mesquita, A.C. (Org.).2006.
Checklist das Plantas do Nordeste Brasileiro: Angiospermas e Gymnospermas.
Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, (1),71-74.
Ferraz, E.M.N.; Rodal, M.J.N. 2006. Caracterização fisionômica - estrutural de um
remanescente de floresta ombrófila montana de Pernambuco, Brasil. Acta Botanica
Brasilica. 20(4): 911-926.
Ferraz, E.M.N.; Rodal, M.J.N. 2008. Floristic Characterization of a Remnant
Ombrophilous Montane Forest at São Vicente Férrer, Pernambuco, Brazil. In:
W.Thomas. (Ed.). 2008. The Atlantic Coastal Forest of Northeastern Brazil. 474-516p.
Pietrobom, M.R.; Barros, I.C.L. 2002. Pteridófitas de um remanescente de floresta
atlântica em São Vicente Férrer, Pernambuco, Brasil: Pteridaceae. Acta Botanica
Brasilica. 16(4): 457-479.
Pietrobom, M.R.; Barros, I.C.L. 2006. Pteridófitas da Mata do Estado, município de
São Vicente Férrer, Pernambuco, Brasil: Chave para as Famílias Gleicheniaceae,
Hymenophyllaceae, Marattiacea e Vittaraceae. Rev. Biol. Neotrop. 3(2): 125 -138
Uchoa Neto, C.M.; Tabarelli, M. 2002. Diagnóstico e estratégia de conservação do
Centro de Endemismo Pernambuco. CEPAN. Termo de Referência N° CS FY02 / 00X
Conservation International do Brasil.69p.
Veloso, H.P.; Rangel-Filho, A.L.R.; Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação
brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro, IBGE.
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APÊNDICES
Apêndice 1 - Famílias e espécies de Angiospermas amostradas na Mata do Estado, São
Vicente Férrer, PE. Os nomes entre parênteses indicam o especialista e o herbário
onde foi realizada a identificação. Hábito: Arv.=Árvore Arb.=Arbusto, Erv.=Erva
Ep.=Epífita, Trep.=Trepadeira, Hemi=Hemiparasita; Status Ameaça: VU= vulnerável à
extinção, EN= em perigo, EX= extinta. Fonte: Ferraz & Rodal (2006).
Família
Acanthaceae
Alstroemeriaceae
Anacardiaceae
(D. Johnson/NY)
Annonaceae
Apocynaceae
Espécie
Ruellia cearensis
Lindau
Ruellia sp.
Bomarea salsiloides
Roem.
Tapirira guianensis
Aubl.
Thyrsodium
spruceanum Benth.
Anaxagorea
dolichocarpa Sprague
& Sandwith
Guateria
schlechtendaliana
Mart.
Annona glabra L.
Cymbopetalum
brasiliense (Vell. &
Conc.) Benth. ex.
Baill.
Xilopia frutescens
Aubl.
Xilopia sericea A.St.
Hil.
Aspidosperma
discolor A.DC.
Aspidosperma
spruceanum Benth.
ex Müell Arg.
Himatanthus
phagedaenicus
(Mart.)
Mandevilla scabra
(Roem. & Schult.)K.
Schum.
Mandevilla lasiocarpa
Hábito
Arb.
Nome popular
_
Arb.
Trep.
_
Arv.
Arv.
Cupiúba/Pau
Pombo
Caboatã
Arb.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
Arv.
Arv.
Arv.
Anona
Arv.
Embira
vermelha
_
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Cabo-demachado
_
Trep.
Banana-depapagaio/Janaú
ba
_
Trep.
_
13
Família
Aquifoliaceae
(M.Groppo
Jr./SPF)
Araceae
Araliaceae
Arecaceae
Aristolochiaceae
Asclepiadaceae
Asteraceae
Espécie
(A. DC.) Malme
Odontadenia sp.
Peltastes peltatus
(Vell.) Woodson
Peltastes sp.nov.
Peschieria sp.
Prestonia annularis
(L.f.)
Rauvolfia grandiflora
Mart. ex A.DC.
Ilex aff. sapotifolia
Reissek
Hábito
Monstera adansonii
Schott
Philodendron
rudgeanum Schott
Rodosphata
oblongata Poepp.
Dendropanax
arboreum (L.) Planch.
& Decn
Schefflera morototoni
(Aubl.) MaguireA
Bactris humilis
(Wallace) Burret
Desmoncus sp.
Euterpe sp.
Aristolochia
pubescens Willd.
Aristolochia cf.
regens Vahl
Macroditassa
laurifólia (Decne.)
Fontella
Matalea sp.
Achyrocline
satureoides (Lam.)
DC.
Albertinia brasiliensis
Spreng.
Baccharis oxiodonta
DC.
Elephantopus mollis
Kunth
Nome popular
Trep.
Trep.
_
_
Trep.
Arv.
Trep.
_
_
_
Arv.
_
Arv.
Mate
Ep.
Costela-de-adão
Ep.
Imbé
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
Ep.
Arv.
_
Arv.
Sambaqui
Arb.
Arb.
Arv.
Trep.
Coquinho-damata
Titara
_
Papo-de-peru
Trep.
Papo-de-peru
Trep.
_
Trep.
Arb.
_
_
Arb.
_
Arb.
_
Erv.
_
14
Família
Begoniaceae
Bignoniaceae
Bombacaceae
Boraginaceae
.
Bromeliaceae
Burseraceae
Espécie
Vernonia brasiliana
(L.) Druce
Begonia scabra
Scharank
Arrabidea conjugata
(Vell.) Mart.
Arrabidea selloi
(Spreng.) Sandwith
Callichlamys latifolia
(Rich.) K. Schum.
Godmania dardanoi
(J.C.Gomes)
A.H.Gentry
Lundia cordata DC.
Jacaranda puberula
Cham.
Pithecoctenium
crucigerum (L.)
A.H.Gentry
Tabebuia
impetiginosa (Mart.
Ex DC) Standl.
Tabebuia umbellata
(Sonder) Sandwith
Eriothecacrenulatical
yx A. Robyns E. Ferraz
950
Quararibea turbinata
Poir
Cordia ecalyculata
Vell.
Cordia multispicata
Cham.
Cordia nodosa Lam.
Cordia sellowiana
Cham.
Tournefortia bicolor
Sw.
Aechmea fulgens
Brongn.
Canistrum
aurantiacum E.
Morran
Tillandsia tenuifolia L.
Crepidospermum
Hábito
Arb.
Nome popular
_
Erv.
_
Trep.
_
Trep.
_
Trep.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
Arv.
Trep.
Arv.
Trep.
_
Jacarandá/Caro
ba
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Munguba
Arv.
_
Arv.
Arb.
_
Arb.
Arv.
Grão-de-galo
Gargaúba
Arb.
_
Erv.
Arb.
_
Ep.
Arv.
_
_
EN
15
Família
(D. Daly/NY)
Cactaceae
Caesalpiniaceae
(R.C.Barneby/NY;
L.P. de
Queiroz/HUEFS)
Caricaceae
Cecropiaceae
(P. Carauta/GUA)
Celastraceae
(R.M.C.
Okano/VIC)
Chrysobalanaceae
Espécie
atlanticum Daly
Protium aracouchini
(Aubl.) Marchal
Protium giganteum
Engl. E. Ferraz 956
Protium heptaphylum
(Aubl.) Marchal
Epiphyllum
phyllanthus (L.) Haw.
Bauhinia sp.
Hábito
Caesalpinia ferrea
Mart.
Cassia ferruginea
Schard. ex. DC.
Copaifera langsdorfii
Desf.
Dialium
guianense
Benth.
Hymenaea sp
Senna
aversiflora
(Herb.)
Irwin
&
Barneby
Senna georgica Irwin
& Barneby
Swartzia pickelii Killip
ex Ducke
Tachigalia
paratyensis
(Vell.)Lima
Jacaratia
dodecaphylla (Vell.)
A.DC.
Pourouma guianensis
Aubl
Maytenus sp
Couepia impressa
Prance
Hirtella triandra Sw.
Licania kunthiana
Hook. f.
Parinari aff. excelsa
Sabine
Arv.
Nome popular
Ep.
Amescla-decheiro
Amescla-decheiro
Amescla-decheiro
_
Arb.
_
Arv.
Pau-ferro
Arv.
Canafístula
Arv.
Copaíba
Arv.
Jitaí/Cururu
Arv.
Arb.
Jatobá
Trep.
_
Arv.
JacarandáBranco
_
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
EN
Mamoeirobranco/mamote
/mamão bravo
Embaúba-damata
_
Oiti
_
Cariperana/Bafo
de boi
_
16
Família
Clusiaceae
(V. Bittrich/UEC)
Combretaceae
Commelinaceae
Connaraceae
Convolvulaceae
Costaceae
Cucurbitaceae
Cunoniaceae
(C. Zickel/PEUFR)
Cyperaceae
Espécie
Clusia dardanoi
G.Mariz
Clusia
pernambucensis G.
Mariz
Garcinia gardneriana
Planch. & Triana
Rheedia brasiliensis
(Mart.) Planch. &
Triana
Symphonia
globulifera L.f.
Tovomita
brevistaminea Engl.
Tovomita mangle G.
Mariz
Vismia guianensis
(Aubl.) Choisy
Buchenavia capitata
(Vahl) Eichler
Dichorisandra
thyrsiflora J.C.Mikan
Dichorisandra sp.
Commelina sp.
Connarus blanchetii
Planch. var.
laurifolius (Baker)
Forero
Rourea doriana Baker
Ipomoea tiliacea
(Willd.) Choisy
Merremia macrocalyx
(Ruiz & Pav.) O’Donell
Costus scaber Ruiz &
Pav.
Cayaponia trilobata
Guranica bignoniácea
(Poepp. & Endl.)
Cogn.
Psiguria umbrosa
(Kunth) C.Jefrey
Lamanonia ternata
Vell.
Becquerelia cymosa
Brongn.
Hábito
Arv.
Nome popular
_
Arv.
Pororoca, Matapau
Arv.
Bacupari
Arv.
Bacupari
Arv.
Bulandi-de-leite
Arv.
Mangue-domato
Mangue-damata
Lacre
Arv.
Arv.
Arv.
Arb.
Esparrado/Imbir
idiba
_
Erv.
Erv.
Arv.
_
_
_
Arv.
Trep.
_
_
Trep.
_
Arb.
_
Trep.
Trep.
_
_
Trep.
_
Arv.
_
Erv.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
17
Família
Espécie
Hypolytrum bullatum
C.B. Clarke
Dilleniaceae
Davilla flexuosa A. St.
Hil.
Doliocarpus dentatus
(Aubl.) Standl.
Ebenaceae
Diospyro sserrana
(C. Sother/K)
Sothers
Elaeocarpaceae
Sloanea guianensis
(M.J.E. Coode/K)
Benth.
Sloanea cf. parviflora
Planch. ex Benth.
Erythroxylaceae
Erythroxylum
(A. Amaral Júnior/ pulchrum A. St.-Hill.
BOTU; I.B. Loyola/ Erythroxylum
PEUFR)
mucronatum Benth.
Erythroxylum
squamatum Sw.
Euphorbiaceae (A. Aparisthimium
Laurênio; M.F.
cordatum Baill
Lucena e S.I. da
Cnidoscolus urens (L.)
Silva/PEUFR)
Arthur
Croton
floribundus
Spreng
Croton hirtus L’Her.
Croton
urticifolius
Lam.
Dalechampia
ilheotica Wawra
Hieronima oblonga
(Tul.) Müll. Arg.
Mabea occidentalis
(Benth.) Müll. Arg.
Margaritaria nobilis
L.f.
Omphalea brsiliensis
Müll. Arg.
Senefeldera
multiflora Mart.
Fabaceae
Bowdichia virgilioides
(R.C. Barneby/NY; Kunth
L.P. de
Calopogonium
Queiroz/HUEFS)
velutinum
(Benth.)
Amshoff
Dalbergia frutescens
Hábito
Erv.
Nome popular
_
Trep.
_
Trep.
_
Arv.
_
Arv.
Mamajuda
Arv.
Mamajuda
Arv.
Cumixá
Arv.
Cumixá
Arv.
Cumixá
Arv.
Mameleiro
Arb.
Urtiga
Arv.
Capixingui
Arb.
Arb.
_
_
Trep.
_
Arv.
Jerimum
Arv.
Arv.
Canudo-decachimbo
_
Trep.
Cruapé
Arv.
_
Arv.
Sucupira
Trep.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
Arv.
18
Família
Flacourtiaceae
Gesneriaceae
Hippocrateaceae
(J.A.
Lombardi/BHCB)
Icacinaceae
Espécie
Vell.
Desmodium
tortuosum (Sw.) DC.
Desmodium
uncinatum (Jacq.) DC.
Diioclea
virgata
(Rich.) Amshoff
Diplotropis purpurea
(Rich.) Amshoff
Hymenolobium
janeirense Kulm
Machaerium hirtum
(Vell.) Stelfed
Machaerium
salzmanii Benth.
Pterocarpus violaceus
Vogel
Rhyncosia
phaseoloides
(Sw.)
DC.
Banara
brasiliensis
(Schott) Benth.
Casearia
javitensis
Humb. Bonpl & Kunth
Casearia sylvestris Sw
Hábito
Prockia crucis L.
Sinningia
barbata
Baill.
Cheiloclinium
cognatum
(Miers)
A.C.Sm.
Prionostema aspera
(Lam.) Miers
Salacia
elliptica
(Mart.) ex. Schult.) G.
Don.
Salacia
multiflora
(Lam.) G.Don.
Tontelea divergens
A.C. Sm.
Tontelea
miersi
(Peyr.) A.C.Sm.
Citronella paniculata
(Mart.) R.A.Howard
Nome popular
Arb.
_
Arb.
_
Trep.
_
Arv.
Sucupira-preta
Arv.
Sucupiraangelim
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
Arv.
Trep.
_
Arv.
Pau-sangue
Trep.
_
Arv.
_
Arv.
Cafezinho
Arv.
Arv.
Erv.
Cafezinho-domato
_
_
Arv.
_
Trep.
_
Trep.
_
Trep.
_
Trep.
_
Trep.
_
Arv.
Erva-de-anta
VU
19
Família
Iridaceae
Lauraceae.
Lecythidaceae
Loganiaceae
Malpighiaceae
Malvaceae
Marantaceae
Espécie
Discophora
guianensis Miers
Cipura sp.
Aiouea sp
Aniba firmula (Ness)
Mez
Cinnamomum
triplinerve (Ruiz &
Pav.)
Nectandra cuspidata
(Nees & Mart.) Nees
Ocotea
glomerata
(Nees) Mez
Ocotea
longifólia
Humb. Bompl. &
Kunth
Ocotea sp. 1 (sp.
nov.)
Ocotea sp. 3 (sp.
nov.)
Ocotea sp. 5 (sp.
nov.)
Nectandra cuspidata
(Nees & Mart.) Nees
Eschweilera
ovata
(Cambess.) Miers
Gustavia augusta L.
Lecythis
lurida
(Miers) Mori
Lecythis
pisonis
Cambess.
Strychnos bahiensis
Krukoff
Byrsonima
crispa
Juss.
Byrsonima sericea DC
Byrsonima sp. 1
Byrsonima sp. 2
Byrsonima sp. 3
Heteropteris anômala
A.Juss.
Malvaceae 1
Malvaceae 2
Pavonia sp.
Ctenanthe
Hábito
Arv.
Nome popular
_
Erv.
Arv.
Arv.
_
_
_
Arv.
Canela
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
Arv.
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Louro-canela
Arv.
Imbiriba
Arv.
Arv.
Sapucarana
Sapucaia
Arv.
Sapucaia
Trep.
_
Arv.
_
Arv.
Arv.
Arv.
Arv.
Trep.
Murici
_
_
_
_
Arb.
Arb.
Arb.
Erv.
_
_
_
_
20
Família
Melastomataceae
(R.
oldenberg/UFPR)
Meliaceae
Menispermaceae
Mimosaceae
(R.C.
Barneby/NY;L.P.
de
Queiroz/HUEFS; F.
Garcia/VIC)
Espécie
pernambucensis
Yoschida & Mayo
Stromanthe tonkat
Aubl.
Clidemia
debilis
Crueg.
Miconia
albicans
(Sw.) Triana
Miconia amacurensis
Wurdack
Miconia calvescens
DC.
Miconia
hipoleuca
(Benth.) Triana
Miconia minutiflora
(Bonpl.)
Miconia
nervosa
(Sm.) Triana
Miconia
prasina
(Sw.) DC.
Cabralea canjerana
(vell.) Mart.
Cedrela odorata
Guarea
kunthiana
A.Juss.
Guarea macrophylla
Vahl
Trichilia
lepidota
Mart.
Trichilia sylvatica C.
DC.
Trichilia sp.
Cissampelos
andromorpha DC.
Hyperbaena
dominguensis (DC.)
Benth.
Orthomene sp.
Albizia polycephala
(Benth.) Killip
Inga capitata Desv.
Inga edulis (Vell.)
Mart.
Inga
flagelliformis
(Vell.) Mart.
Hábito
Nome popular
Erv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Carrasco
Arv.
_
Arv.
Sabiazeira
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Canjarana
Arv.
Arv.
Cedro
_
Arv.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
VU
Arv.
Arv.
_
Arv.
Trep.
_
_
Trep.
_
Trep.
Arv.
_
Angicobranco/Cambuí
Ingá
Ingá-cipó/Ingámacaco
_
Arv.
Arv.
Arv.
21
Família
Monimiaceae
Moraceae
(P. Carauta/GUA)
Myristicaceae
Myrsinaceae
.
Myrtaceae
(G. Barroso/RB)
Espécie
Inga subnuda subsp.
subnuda T.D. Penn
Inga ingoides (Rich.)
Willd.
Inga subnuda subsp.
Subnuda T.D.Penn.
Inga thibaudiana DC.
Inga sp.
Macrosamanea
pedicellaris
Plathymenia foliolosa
Benth.
Stryphnodendron
pulcherrimum (Willd.)
Hochr.
Mollinedia
selloi
(Spreng.) A.DC.
Siparuna guianensis
A.DC.
Brosimum guianensis
Aubl.
Brosimum rubescens
Taubert
Clarisia
racemosa
Ruiz & Pav.
Dorstenia bahiensis
Klotzsch ex Fischer &
Meyers
Helicostylis
tomentosa (Poepp. &
Endl.) Rusby
Sorocea hilari
Gaudich.
Sorocea klotzschiana
Baill
Virola gardneri (A.
DC.) Warb.
Ardisia
semicrenta
Sw.
Myrsine guianensis A.
DC
Campomanesia
eugenioides
(Cambess.) Legrand
Eugenia cauliflora O.
Hábito
Arv.
Nome popular
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Arv.
Arv.
Ingá-da mata
Arv.
Pau-amarelo
Arv.
Favinha
Arb.
_
Arb.
_
Arv.
Quiri
Arv.
Conduru
Arv.
Oiticica
Arv.
_
Arv.
Amora-da-mata
Arv.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
Jaguarana
VU
Arv.
Arv.
Urucuba
Arv.
_
Arv.
Pororoca
Arv.
Guabirobeira
Arv.
_
22
Família
Nyctaginaceae
(A. Furlan/HRCB)
Ochnaceae
Olacaceae
Orchidaceae
Passifloraceae
Espécie
Berg
Eugenia diplocampta
Diels
Eugenia sp.1
Myrcia
aff.
amazonica DC.
Myrcia fallax (Rich.)
DC.
Myrcia grandiflora O.
Berg
Myrcia
magnoliaefolia DC.
Myrcia sylvatica (G.
Meyer) DC.
Myrcia
tomentosa
(Aubl.) DC.
Psidium
guineense
Sw.
Guapira graciliflora
(Mart.
Ex.J.A.Schmidt)
Lundell
Guapira
hirsuta
(Choisy) Lundell
Guapira
opposita
(Vell.) Reitz
Hábito
Guapira
venosa
(Choisy) Lundell
Ouratea hexasperma
(A. St.-Hil.) Baill.
Heisteria
perianthomega (vell.)
Sleumer
Schoepfia brasiliensis
A.DC.
Ximenia americana L.
Erythrodes sp.
Sarcoglotis
grandiflora Klotzsch
Zygostates cf. lunata
Lindl.
Passiflora kermesina
Link & Otto
Nome popular
Arv.
_
Arv.
Arv.
_
_
Arv.
Murta preta
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Araça
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Arv.
Paupiranha/João
mole
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Ameixa
Arv.
Erv.
Erv.
Ameixa
espinho
_
_
Ep.
_
Trep.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
de
23
Família
Phytolacaceae
Piperaceae
Poaceae
Polygalaceae
Polygonaceae
(E. Melo/HUEFS)
Quiinaceae
Ranunculaceae
Rhamnaceae
Rosaceae
Rubiaceae
(D. Zappi/K)
Espécie
Tetrastylis
ovatis
(Vell.) Killip
Phytolaca thyrsiflora
Fenzl ex J.A.Schmidt
Piper amplum Kunth
Piper arboreum Aubl.
Piper
glabratum
Kunth
Ottonia sp.
Peperonia sp.
Eremetis sp.
Ichnanthus
grandifolius
(Trin.)Zuloaga
&
Soderstr
Polygala sp.
Securidaca sp.
Coccoloba
confusa
Haw
Coccoloba ochreolata
Wedd.
Quiina
pernambucensis Pires
& Andrade-Lima
Clematis dióica L.
Gouania
blanchetiana Miq.
Prunus sellowii
Hábito
_
Amaioua guianensis
Aubl.
Cococypselum
cordifolium Nees &
Mart.
Coutarea hexandra
(Jacq.) K. Schum.
Faramea multiflora A.
Rich.
Ixora venulosa Benth.
Malanea macrophylla
Bartl. ex Griseb.
Palicourea
crocea
(Sw.) Roem. & Schult.
Posoqueira latifolia
(Rudge) Roem. &
Nome popular
_
Arb.
_
Arb.
Arb.
Arb.
_
_
_
Trep.
Ep.
Erv.
Erv.
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
_
_
Erv.
Trep.
Arv.
_
_
_
Trep.
_
Arv.
_
Trep.
Trep.
_
_
Arv.
Arv.
Pessegueiro-domato
Carvoeiro
Erv.
_
Arv.
_
Arb.
Buquê de viúva
Arv.
Arv.
_
_
Arb.
_
Arv.
_
24
Família
Rutaceae
(F.F.
Melo/PEUFR)
Sapindaceae
(G.
Sommer/RJ;M.S.
Ferrucci/Instituto
de Botánica del
NE)
Espécie
Schltdl
Psychotria
cf.
bahiensis
(Benth.)
Steyerm.
Psychotria barbiflora
DC.
Pasychotria
bracteocardia
(DC.)Mull. Arg.
Psychotria
carthaginensis Jacq.
Psychotria deflexa
DC.
Psychotria
erecta
(Aubl.) Standl. &
Steyerm.
Psychotria martiana
Mull. Arg.
Psychotria
sessilis
(Vell.) Müll. Arg
Randia sp.
Rudgea
aff.
Erthrocarpa
Mull.
Arg.
Tocoyena sellowiana
Aubl.
Cocnchocarpus
macrophylla (Mikan)
Kallunki & Pirani
Zanthoxylum
petiolare A. St. Hil. &
Tul.
Zanthoxylum
rhoifolium Lam
Hábito
Allophylus
semidentatus (Mart.)
Radlk.
Allophylus sericeus
(Vell.) Radlk.
Cupania oblongifolia
Mart.
Cupania revoluta
Radlk.
Cupania sp. nov 1
Arv.
Nome popular
Arb.
_
Arb.
_
Arb.
_
Arv.
_
Arb.
_
Arb.
_
Arb.
_
Arv.
_
Arv.
_
_
Arv.
_
Arb.
_
Arv.
Limaozinho
Arv.
Limãozinho/
Laranjinha-domato
Arv.
_
Arv.
Arv.
Caboatá
folha larga
_
Arv.
_
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
da
25
Família
Sapotaceae
(T.D.
Pennington/K)
Simaroubaceae
(W.W.
Thomas/NY)
Smilacaceae
Solanaceae
Espécie
Cupania sp. nov. 2
Paullinia micrantha
Cambess.
Serjania caracasana
(Jacq.) Willd.
Serjania
communis
Cambess.
Serjania
glabrata
Kunth
Serjania paucidentata
Talisia macrophylla
Radlk
Talisia elefhantiphes
Sandwith
Talisia
macrophyla
Radlk.
Chrysophyllum
lucentifolium
Cronquist
Diplöon cuspidatum
(Hoehne) Cronquist
Manilkara cf.
salzmannii (A.DC.)
Lam.
Micropholis compta
Pierre
Pouteria
bangii
(Rusbv.) T.D.Penn.
Pouteriacf. gardneri
(Mart. & Miq.) Baehni
Pouteria hispida
Eyma
Pouteria sp. 1
Pouteria sp. 2
Sarcaulus brasiliensis
(A.DC.) Eyma
Picramnia gardneri
Planch.
Hábito
Arv.
Trep.
Picramnia glazioviana
Engl.
Simarouba
amara
Aubl
Smilax spruceana DC.
Brunfelsia
uniflora
Nome popular
_
_
Trep.
_
Trep.
_
Trep.
_
Trep.
Arv.
_
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Bucho-de-veado
Arv.
_
Arv.
Leiteiro
Arv.
_
Arv.
Arv.
Arv.
_
_
_
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Praíba
Trep.
Arb.
Cipó japecanga
Manacá
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
26
Família
Viscaceae
Espécie
(Pohl) D. Don
Cestrum
megalophyllum Dunal
Cyphomandrqa sp.
Lycianthes pauciflora
(Vahl) Bitter
Solanum argenteum
Dunal
Solanum
asperum
Rich.
Solanum paraibanum
M.F.Agra
Byttneria catalpifolia
Jacq.
Guazuma
ulmifolia
Lam. var. tomentella
K. Schum
Styrax
camporum
Pohl
Symplocos
cf.
neglecta Brand
Apeiba tibourbou
Aubl.
Luehea ochrophylla
Mart.
Triumfetta
abutiloides A. St. Hil.
Trema micrantha (L.)
Blume
Urera baccifera (L.)
Gaudich.
Styrax
camporum
Pohl.
Aegiphila sellowiana
Cham.
Aegiphila viteliniflora
Wall.
Cytharexylon sp.
Vitex capitata Vahl
Amphyrrhox sp.
Paypayrola
blanchetiana Tul.
Phoradendron sp.
Vitaceae
Cissus erosa Rich.
Sterculiaceae (L.J.
Dorr/US)
Styracaceae
Symplocaceae
Tiliaceae
Ulmaceae
Urticaceae
Styracaceae
Verbenaceae
Violaceae
Hábito
Nome popular
Arv.
_
Arv.
Arb.
_
_
Arb.
_
Arb.
__
Trep.
_
Arb.
_
Arv.
Mutamba
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Pau-de-jangada
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
EX
Açoita cavalo
Arb.
_
Arb.
_
Arb.
Urtigão
Arv.
_
Arv.
_
Arv.
Arv.
Salgueiro
_
Arv.
_
Hemi
Erva
passarinho
_
Trep.
de
27
Família
Vochysiaceae
(F. França/HUEFS)
Espécie
Cissus stipulata Vell.
Cissus verticillata (L.)
Nicolson & C.E.Jarvis
Vochysia thyrsoidea
Pohl
Hábito
Trep.
Trep.
Nome popular
_
_
Arv.
Pau-de-tucano
Categoria Ameaça
MMA
IUCN
28
Apêndice 2 - Famílias e espécies de Pteridófitas amostradas na Mata do Estado, São
Vicente Férrer, PE.
Família
Pteridaceae
Espécie
Acrostichum daneaefolium Langsd. & Fisch.
Adiantopsis radiata (L.) Fée
Adiantum dioganum Glaz. & Bak.
Adiantum dolosum Kunze
Adiantum humile Kunze
Adiantum latifolium Lam.
Adiantum obliquum Willd.
Adiantum petiolatum Desv.
Adiantum pulverulentum L
Adiantum terminatum Kunze & Miq.
Adiantum tetraphyllum H.B. & Willd.
Doryopteris collina (Raddi) J. Sm
Doryopteris multipartita (Fée) Tryon
Doryopteris pedata (L.) Fée
Doryopteris varians (Raddi) J. Sm.
Hemionitis palmata L.
Pityrogramma calomelanos (L.) Link
Pteris biaurita L.
Pteris denticulata var. denticulata Sw.
Pteris leptophylla Sw.
Cyatheaceae
Alsophila sternbergii (Sternb.) Conant
Cyathea abreviata Fernandes
Cyathea microdonta (Desv.) Domin
Cyathea phalerata Mart.
Cyathea pungens (Willd.) Domin
Dennstaedtiaceae Hypolepis repens (L.) C. Presl
Lindsaea lancea (L.) Bedd. var. lancea
Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon
Saccoloma elegans Kaulf.
Gleicheniaceae
Dicranopteris fexuosa (Schrad.) Underw.
Hymenophyllaceae Trichomanes hymenoides Hedw.
Trichomanes krausii Hook. & Grev.
Trichomanes ovale (Fourn.) W. Boer.
Marattiaceae
Danaea elliptica sm
Vittariaceae
Ananthacorus angustifolius (Sw.) Underw. &
Maxon
Vittaria lineata (L.) Sm
Fonte: Pietrobom & Barros (2006); Pietrobom & Barros (2002).
29

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