Visão de Futuro | 2010 1 F3M – Information Systems, SA

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Visão de Futuro | 2010 1 F3M – Information Systems, SA
Visão de Futuro | 2010
F3M – Information Systems, S.A.
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Visão de Futuro | 2010
Reunir várias entidades do sector óptico nacional e discutir o futuro do sector bem como os temas cruciais para os empresários e intervenientes
da área foram os objectivos do evento Visão de Futuro 2010, que a F3M promoveu no passado dia 17 de Setembro, em Lisboa.
Abordando temáticas que vão desde as Novas Tecnologias aplicadas ao sector (catálogo virtual, montra interactiva, portal e tecnologia 3D),
passando pelo Customer Care (database marketing e estratégias de fidelização) até ao Marketing inteiramente direccionado para a óptica
(relacional, serviços, loja online e ponto de venda) o evento contou com a participação de importantes referências no sector da óptica. É
importante registar que esta é já a segunda edição deste evento e que, face à natureza dos temas abordados se tem afirmado como evento de
excelência para os profissionais da óptica.
O evento Visão de Futuro 2010 caracterizou-se pela sintonia de opiniões entre oradores e participantes quanto aos vectores fundamentais para a
competitividade das PMEs nacionais e das empresas do sector da óptica em particular. A qualificação dos profissionais do sector, o efectivo
balanceamento do talento das equipas, a diferenciação dos serviços, a definição dos segmentos de clientes alvo e a inovação foram temas comuns a
todas as intervenções efectuadas, tendo sido apontados como factores fundamentais para o incremento da competitividade do sector da óptica.
Na primeira intervenção do Visão de Futuro 2010, José Fernandes, Director do Departamento Apoio ao Desenvolvimento e Academias da Microsoft em
Portugal, abordou estas temáticas na perspectiva tecnológica, apresentando soluções que a Microsoft disponibiliza na actualidade e a visão da empresa
norte americana relativamente à evolução no sector TIC.
A importância e o contributo que a evolução tecnológica tem para o aumento da competitividade e produtividade das empresas foram salientados nesta
intervenção. José Fernandes deu particular destaque ao Cloud Computing, o novo paradigma de disponibilização de serviços de tecnologia de informação
que terá seguramente um enorme impacto em todo o tipo de organizações. A simplicidade e a rapidez que este novo modelo de computação possibilita
na disponibilização de serviços de aplicações informáticas e infra-estrutura hardware elimina o tempo que habitualmente medeia entre a decisão de
adesão aos serviços e a efectiva disponibilidade dos mesmos. Este novo paradigma facilita igualmente os modelos de negócio "pay as you go" em que as
empresas vêem aumentar o leque de opções de serviços e aplicações a que podem ter acesso, pelos períodos que realmente lhes interessa e variando, a
cada momento, o número de colaboradores com acesso aos mesmos em função das necessidades da organização.
A disponibilização imediata dos serviços TI, a inexistência de avultados investimentos iniciais em TIC, o acesso a aplicações que anteriormente apenas as
organizações maiores tinham possibilidades de utilizar e a flexibilidade para ajustar níveis e períodos de utilização, terão seguramente um forte impacto
no incremento das capacidades e na redução de investimento das empresas.
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António Saraiva, Presidente da CIP, foi o segundo orador do Visão de Futuro 2010, abordando as temáticas em discussão na perspectiva da competição
à escala global. Começou por caracterizar o contexto global, altamente competitivo e de enorme dificuldade económico-financeira, em que as PMEs estão
inseridas, tendo de seguida afirmado a sua confiança que o tecido empresarial nacional irá vencer os desafios que tem pela frente. António Saraiva
apresentou também as vias que no seu entendimento deverão ser seguidas para aumentarmos a competitividade das PMEs, tendo destacado o vector da
internacionalização e da necessidade das empresas produzirem bens e serviços transaccionáveis no mercado global. Para tal é imperioso a aposta na
qualificação. Qualificar pessoas e criar saber requer investimento em formação e em investigação. Defendeu também a ideia de que colectivamente
teremos que assumir nas nossas empresas uma atitude mais competitiva, exigente e inovadora, para que a oferta nacional seja melhor, seja diferente e
como tal, mais atractiva no mercado global. O somatório do factor qualificação com o factor nova atitude resultará num ambiente mais adequado para
que as empresas sejam mais inovadoras na oferta que apresentam no mercado global.
Por fim, António Saraiva apelou para que o estado assuma o papel de regulador da actividade económica e limite a sua intervenção e acção directa na
actividade económica que distorcem as regras de mercado.
Rui Correia, Presidente da Associação Nacional dos Ópticos, iniciou a terceira intervenção com uma reflexão sobre a problemática das políticas agressivas
de descontos na óptica nacional. Para Rui Correia, os ópticos têm sido fortemente pressionados por entidades externas ao sector, tendo apresentado
como exemplos as seguradoras e as entidades gestoras de cartões de benefícios, para praticarem descontos superiores aos 20%, considerando que este
é o valor limite máximo sustentável. Estas imposições e práticas de políticas agressivas de descontos resultam no esmagamento das margens de lucro
dos fornecedores e dos retalhistas. Rui Correia classifica de insustentável a situação actual do sector, tendo apresentado dados médios e globais que
demonstram a contracção verificada em 2008 e que posicionam o sector em resultados inferiores ou aproximados aos verificados no ano de 2006. Dos
números apresentados destacam-se a quebra de 12% no volume global de vendas e da margem bruta, entre 2007 e 2008, e um resultado líquido de
2,2% em 2008 que representa uma quebra de 54% relativamente a 2007. Uma vez que os custos diminuíram proporcionalmente menos que as receitas,
as dificuldades de tesouraria que daí resultaram foram maioritariamente solucionadas pelo acréscimo do endividamento bancário. Naturalmente que a
previsão de resultados para 2009 apontam para uma evolução de sentido negativo, consequência do aumento das dificuldades verificadas nesse ano.
Rui Correia concluiu a intervenção apresentando a sua visão sobre a estratégia que o sector deve seguir rumo à sustentabilidade. O primeiro ponto
apresentado assenta no investimento na qualificação de empresários e colaboradores e na modernização dos espaços, visando o incremento da
capacidade de atrair e fidelizar clientes.
O segundo ponto assenta na segmentação do mercado, elegendo como alvo o segmento das vendas premium, sustentada no incremento da proximidade
e dos canais de relacionamento com o cliente.
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O terceiro e último ponto, consiste no desenvolvimento de uma política de responsabilidade social e de valorização dos serviços prestados pelo sector, no
âmbito dos cuidados primários de saúde visual das populações.
António Paraíso, o quarto orador do Visão de Futuro 2010, iniciou a sua intervenção abordando a relação existente entre a diferenciação dos produtos
comercializados por uma óptica e a conquista de clientes, frisando que um produto pode e deve ser a combinação de um bem tangível, de um serviço e
de uma ideia ou informação. Segundo António Paraíso, a diferenciação deverá resultar do facto de não existirem no universo duas pessoas iguais, logo os
serviços e a informação prestados pelos colaboradores do atendimento deverão ser devidamente preparados para tirarem o máximo partido das
qualidades únicas que cada colaborador possui.
António Paraíso prosseguiu defendendo a opinião que o serviço é, na óptica, o factor mais importante para captar e fidelizar clientes, pois é por esta via
que será possível conquistar a confiança do cliente. Tendo em consideração este facto, António Paraíso apresentou a abordagem teatral a aplicar nas
empresas de serviços, estabelecendo o paralelismo entre uma óptica e o modelo de organização de uma peça de teatro. Nesta analogia, o objectivo final
consiste em deliciar o cliente e não apenas satisfazê-lo, sendo obrigatório que quem interage com clientes seja capaz de demonstrar paixão pelos
mesmos, algo que requer talento inato e qualificação adquirida através de formação específica. O espaço físico da óptica terá que ser atraente e
acolhedora para proporcionar bem-estar ao cliente e, ao mesmo tempo, ser funcional e possuir o layout adequado para que os colaboradores alcancem o
desempenho adequado para deliciar o cliente. Tudo deverá ser cuidadosamente planeado e preparado e os colaboradores que não interagem com
clientes também terão que possuir a competência e a atitude necessários para que no final a prestação do serviço delicie o cliente.
Por fim, António Paraíso abordou os temas da selecção dos segmentos de clientes em que a óptica deve apostar, afirmando que é virtualmente
impossível deliciar todos os perfis de cliente, e da relação existente entre a sensibilidade que o cliente demonstra em relação ao preço e a motivação, a
necessidade ou o gosto, para efectuar a compra. Para os casos em que o cliente compra por necessidade, o orador apresentou ideias força, inspiradas no
atendimento de luxo, para criar no cliente os sentimentos de confiança e de prazer.
Na segunda e última parte do Evento, a F3M deu a conhecer a todos os presentes alguns dos produtos inovadores em que está a efectuar um forte
investimento.
No caso concreto, foi efectuada uma demonstração de dois produtos produzidos pela F3M e expostos no Evento “Sentidos Sem Barreiras”, e que
consistiam numa montra interactiva e num catálogo de artigos com ecrã touch-screen.
A montra interactiva permite a um qualquer cliente da óptica interagir com artigos expostos por exemplo numa montra ou vitrina, uma vez que tocando
na montra num determinado local, é devolvida informação através de conteúdos multimédia, referente ao objecto que se encontra nesse local.
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Esta solução permite uma utilização 24horas por dia sem qualquer obstrução da visualização dos objectos expostos numa montra, contribuindo desta
forma para uma maior interacção dos clientes com a óptica.
Em relação ao catálogo virtual com ecrã touch-screen, trata-se de uma solução que uma vez mais permite uma total interacção dos clientes com os
produtos disponibilizados pela óptica de uma forma simples e atractiva.
Ambos os produtos primam pela inovação e são uma aposta clara no que concerne à utilização das novas tecnologias, sendo o seu baixo custo, outro dos
factores relevantes a destacar.
Face ao sucesso destas iniciativas perspectiva-se a realização de novos eventos para o sector da óptica. Agradecemos a sua
presença e esperamos contar consigo para as edições futuras.
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