arquitectura de um pc
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arquitectura de um pc
António Lopes Paulo Matos ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia INDICE INDICE.............................................................................................................2 PREFÁCIO.......................................................................................................4 1. INFORMÁTICA (CONCEITOS GERAIS) .....................................................5 2. O COMPUTADOR .......................................................................................6 2.1. CONCEITOS GERAIS ..............................................................................6 2.2. ARQUITECTURA BÁSICA DE UM COMPUTADOR ................................8 2.2.1 AS MEMÓRIAS.....................................................................................10 3. COMPUTADOR BASEADO NO 286 .........................................................20 4. COMPUTADOR BASEADO NO 386 .........................................................22 4.1. CAIXA .....................................................................................................24 4.2. PLACA PRINCIPAL (Motherboard).........................................................26 4.3. MEMÓRIAS ............................................................................................31 5. PC BASEADO NO 80486 ..........................................................................33 5.1. C.P.U ‘s 80486........................................................................................33 5.2. Placa principal.........................................................................................37 6. COMPUTADORES BASEADOS NO PENTIUM ........................................45 6.1. O C:P:U:..................................................................................................45 6.1.1. O PENTIUM CLÁSSICO (PENTIUM 1)................................................45 6.1.2. PROCESSADORES PENTIUM MMX ..................................................48 6.1.3. PROCESSADOR PENTIUM PRO .......................................................49 António Lopes Paulo Matos 2 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6.1.4. PROCESSADOR PENTIUM II .............................................................51 6.1.5. PROCESSADOR PENTIUM III ............................................................52 6.1.6. PROCESSADOR CELERON...............................................................54 6.1.7. PENTIUM 4..........................................................................................57 6.1.8. PROCESSADOR ITANIUM .................................................................58 6.2. A PLACA PRINCIPAL .............................................................................59 6.3. AS MEMÓRIAS.......................................................................................63 6.3.1. AS MEMÓRIAS SDRAM PC 66/100/133 .............................................63 6.3.2. AS MEMÓRIAS DDR 266/333/400/440/500 (ou SDRAM II) ................64 A FOTOGRAFIAS.........................................................................................66 B FIGURAS...................................................................................................68 C ESQUEMAS ..............................................................................................69 D Bibiografia .................................................................................................70 António Lopes Paulo Matos 3 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia PREFÁCIO Os tempos modernos não começaram de uma vez por todas o meu avô já vivia numa época nova o meu neto talvez ainda vivia na antiga… a carne nova come-se com velhos garfos a época nova não o fizeram os automóveis nem os tanques nem os aviões sobre os telhados, nem os bombardeiros as novas antenas continuaram a difundir velhas asneiras a sabedoria continuou a passar de boca em boca . Berthold Brecht António Lopes Paulo Matos 4 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 1. INFORMÁTICA (CONCEITOS GERAIS) A informática estuda as técnicas de tratamento de informação e os seus procedimentos, de forma a descobrir outras maneiras mais rápidas, precisas, eficientes e baratas de a processar, recorrendo-se de sistemas automáticos de processamento de informação, a que normalmente chamamos de computadores. É um dos ramos de uma ciência bastante recente, que investiga as leis gerais da informação: a CIBERNÉTICA. INFORmação autoMÁTICA, como o próprio nome indica, tratamento automático da informação através da utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos automáticos, que têm por base o computador. Mas para que seja possível o tratamento dessa informação, as técnicas informáticas relacionam dois domínios de actividade, os quais dificilmente sobreviveriam um sem o outro: O Hardware, que é o domínio relacionado com os dispositivos físicos, e o Software, o domínio relacionado com os métodos computacionais, (academicamente falando..., o hardware a parte prática, o corpo, e o software a parte teórica, a alma...). Falamos de informação, e hoje em dia certamente já todos ouvimos falar de informação. A informação que nos chega através da televisão, do rádio, dos jornais, etc., mas o que é a informação? A informação é todo o dado ou facto, capaz (susceptível) de transportar conhecimento. Podemos dividi-la em duas: Informações automatizáveis, quando todo e qualquer conjunto de elementos alfanuméricos, ou simbólicos, cujo sentido seja explícito ou obtido por referência a uma tabela de conversão; Informações não automatizáveis, qualquer conjunto de elementos, puramente qualitativos. Os dados são toda a informação capaz de ser reduzida a um conjunto de símbolos objectivos, sujeitos a operações repetitivas e automatizáveis. António Lopes Paulo Matos 5 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 2. O COMPUTADOR 2.1. CONCEITOS GERAIS Mas afinal, o que é um computador? Como nasceu? É fácil...como o ser humano é das coisinhas mais preguiçosas que existe à face da terra, então tinha que inventar algo que lhe tirasse o trabalho. Foi assim que começou a utilizar os animais pesados e corpulentos para fazer os serviços pesados, mas como dava trabalho tomar conta e tratar dos animais, inventou as máquinas para substituir os animais (temos o caso do tractor agrícola). O Homem tinha resolvido o seu problema com o trabalho físico, mas o trabalho intelectual, como é que o poderia resolver, se ele era o ser mais inteligente à face da terra? Certamente não ia pôr um burro a pensar por ele...e por muito incrível que pareça, pensar também dá trabalho e também cansa. Certamente já ouviram dizer: "desculpa, mas não estou para pensar nisso agora, pois estou muito cansado...". Fig. 1 - Desenho de um computador (monitor, base, rato e teclado) E foi assim que o homem inventou o computador... António Lopes Paulo Matos 6 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia …Um complexo sistema de componentes electrónicos, que são usados para guardar e manipular dados, ou por outras palavras, não é mais que um aparelho que processa informação. Essa informação, esses dados, podem revestir-se da mais variada forma como por exemplo: Números, e funcionar como uma complexa máquina calculadora. Texto, se o utilizarmos como máquina de escrever. Uma mistura dos dois, ou seja, letras e números, a que nós chamamos de alfanumérico, e podemos citar como exemplo o caso de um programa para guardar os nomes, moradas e telefones dos nossos amigos. Estes programas são muitas vezes denominados de aplicações, é o chamado software. Para que esses programas funcionem, ou corram, o computador precisa de um software especial, denominado por Sistema Operativo (Operating System). Este tem o trabalho de interpretar as nossas instruções e pôr o computador a funcionar para nós. O S.O. tem de ser carregado (loaded) no computador, antes de qualquer outro programa, caso contrário, o computador recusa-se a correr seja o que for. ENTRADA PROCESSAMENTO SAÍDA Periférico entrada (teclado) Unidade Central de Processamento Periférico saída (monitor) Entrada de dados Processamento de dados Saída de resultados Esquema 1 - Esquema de funcionamento de um sistema informático Para comunicarmos com o computador, e ele connosco, vamos considerar nesta altura, simplesmente dois dispositivos (periféricos de entrada e saída de dados In / Out, I/O): António Lopes Paulo Matos 7 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 1º - O teclado, através do qual fornecemos as informações e damos as instruções, portanto um mecanismo de entrada (input - I ), 2º - O monitor ou écran, através do qual o S.O. envia as mensagens ou nos mostra os resultados, dispositivo de saída (output - O ). Não nos vamos dedicar nesta altura ao estudo da informática desde o “Ábaco aos nossos dias”, apesar de gostar da história da informática, mas vamos situar-nos, nos inícios/meados da década 80 (penso que nesta altura será melhor dizer que estou a falar de 1980, século passado, senão ainda pensam que estou a falar de 2080 (nunca se sabe quando isto poderá ser lido…)). 2.2. ARQUITECTURA BÁSICA DE UM COMPUTADOR Vamos então situar-nos nessa época, quando começou a circular um pequeno “brinquedo” o spectrum 8K, que para todos os efeitos era um computador… era constituído por uma unidade central que incluía o teclado, como se fosse um portátil dos nossos dias, mas muito mais pequeno, a televisão de nossa casa fazia de monitor, e o gravador de cassetes (de áudio) muito utilizado nessa altura, fazia de entrada e saída de dados, onde se guardavam os programas que utilizávamos, nomeadamente de contabilidade. Utilizava um C.I. (circuito integrado) da Zilog e que era o famoso Z80. Inventado por Clive Sinclair, também conhecido por Lord Sinclair, rapidamente passou dos 32K para 64K e depois para 128K , ficando-se por aqui devido em parte a algumas arquitecturas emergentes, nomeadamente o Amiga 500 da Commodore, o Macintoch Plus da Apple, o Atari, entre outros. De salientar que todos eles tinham uma arquitectura própria, sendo por isso incompatíveis uns com os outros, ou seja… se eu tivesse um programa de um amiga, não o podia utilizar nem no mac nem noutro qualquer. Como na altura a IBM (International Busines Machine) tinha bastante poder (ainda hoje tem), ouve uma tendência para os fabricantes de computadores começarem a colocar no mercado, computadores compatíveis com o PC da IMB, e daí o ouvir-se dizer que determinado programa ou acessório ou até computador, António Lopes Paulo Matos 8 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia era PC compatível, ou IBM compatível, como podemos ver num dos comentários da fig 3. Apesar da incompatibilidade entre computadores que ainda hoje em dia existe, o esquema de modelo de computador proposto por Von Newman, na década de 40, quando começaram a surgir os primeiros computadores electrónicos inteiramente operacionais, ainda hoje se mantém e obedece ao esquema em baixo, que está um pouco mais detalhado do que o vimos anteriormente. Periféricos de Entrada ou Input C. P. U. - Unidade Central de Processamento Unidade de controlo Unidade Aritmética Lógica Periféricos de Saída ou Output Memória Principal Periféricos auxiliares de armazenamento de dados, Memórias auxiliares Esquema 2 - Estrutura interna de um computador de acordo com Von Newman Partindo deste esquema vamos ver mais pormenorizadamente a arquitectura de um Computador Pessoal, e a sua evolução desde os anos 80, analisando os diversos tipos de memórias, os processadores e um componente também bastante importante e que até agora não se “sub-entendeu” e que é a peça que suporta o processador e as memórias, além de um conjunto de circuitos electrónicos e que faz o transporte da informação entre os diversos componentes, a placa principal ou motherboard, responsável pelas trocas de informação no interior do computador e para o exterior do mesmo. António Lopes Paulo Matos 9 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 2.2.1 AS MEMÓRIAS Pelo esquema 2 (da página anterior), podemos observar que o mesmo, além de outros elementos é constituído por dois tipos de memórias: A memória principal, central ou primária, e a memória auxiliar que é mais vulgarmente conhecida como memória secundária ou massa. A memória auxiliar ou massa é onde o computador guarda a informação para mais tarde a podermos usar (uma hora, um dia, um mês, um ano, ou até mais), e que pode ser uma disquete, um disco uma cassete, cartões perfurados, ou outro dispositivo de armazenamento de informação como podemos ver alguns exemplos na foto 1 Foto 1 - Diversos tipos de memória massa Nesta altura iremos abordar simplesmente a memória principal, que poderemos dividir em 2 tipos fundamentais: a memória ROM e RAM. A memória ROM (Read Only Memory), é uma memória só de leitura, e é bastante importante para o arranque e configuração da máquina, não sendo no entanto importante para o tratamento da informação, vamos nesta altura deixá-la de lado. António Lopes Paulo Matos 10 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia A memória RAM ( Random Access Memory) como o próprio nome indica é uma memória de acesso aleatório, portanto muito mais rápida que a leitura sequencial, como é por exemplo o caso de uma cassete que se quisermos a informação que está no fim da mesma, temos que a ler toda a informação até chegarmos ao final da fita onde se encontra a nossa informação. A memória é constituída por conjuntos de células capazes de armazenar dados e instruções. Cada célula representa uma posição de memória, designada por endereço de memória e que é representado por um código alfanumérico de 6 dígitos como por exemplo 3F8 – 3FF através da qual a unidade de controlo pode identificá-la. Ao contrário da ROM esta é uma memória volátil, ou seja, quando se desliga o computador, ou se por qualquer motivo falta a electricidade, o que vai dar ao mesmo, esta é completamente apagada, perdendo-se assim toda a informação, que não tivermos guardado na memória auxiliar. É nesta memória que o computador armazena os dados que estão em uso, assim como os resultados parciais e finais do processamento, acabando por desempenhar um papel bastante importante no desempenho global do sistema. Por este motivo a memória RAM fica situada o mais perto possível do processador. Esta é constituída por uns chips como indicado na fig. 2 ou na foto 2. Entalhe Fig. 2 – Desenho de chip de memória Existem também dois tipos de memória RAM: A DRAM (Dynamic RAM) e a SRAM (Static RAM). António Lopes Paulo Matos 11 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia A DRAM é constituída internamente por condensadores e transístores tem maior capacidade de armazenamento, mas é mais lenta que a SRAM. A SRAM é constituída internamente só por transístores, o que faz com que seja mais rápida que a DRAM, mas o seu fabrico acaba também por ficar mais dispendioso. Foto 2 – Placa com chips de memória 2.2.1.1. A Memória Cache Ao conjunto de chips de memória SRAM deu-se o nome de memória Cache Esta memória funciona copiando os dados acedidos mais recentemente, colocando-os na área de alta velocidade da memória chamada SRAM. A cache SRAM tem o seu posicionamento entre a “memória principal” DRAM e o processador. Os dados são transferidos da DRAM para a SRAM, e desta para o processador. Assim sendo o processador acede aos dados de entrada e saída da SRAM a uma velocidade muito mais rápida, permitindo desta forma que as aplicações sejam executadas muito mais depressa. António Lopes Paulo Matos 12 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Como a maior parte dos programas executa instruções sequenciais e repetitivas, a probabilidade do processador encontrar os dados guardados na cache, é bastante grande, e se estes lá estiverem, a cache envia-os logo, caso contrário se o processador precisa de recorrer à memória principal ou ao disco, para a ceder aos dados, nessa altura dá-se uma quebra de performance. Por isso o controlador de cache oferece várias características que incrementam a performance do sistema durante as quebras de leitura de cache. A paginação de memória DRAM aumenta a performance durante essas falhas de leitura. Permite também que o refrescamento e os golpes de cache, ocorram ao mesmo tempo, sem que o processador necessite de esperar durante os ciclos de refrescamento. Baseada no C.I. 8088 da Intel a I.B.M. construiu um computador conhecido por IBM PC XT que funcionava com uma frequência de relógio de 4,77 Mhz e utilizava até 1 Mb de memória (foto 3), drive de disquetes de 51/4 e disco de 10/20 Mb. Um computador que a IBM pensava vender cerca de 400 unidades nesse ano, e que acabou por vender mais de 2000 unidades. Foto 3 - Placa de memória configurável, com 0.5 ou 1Mb de memória António Lopes Paulo Matos 13 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Facilmente os fabricantes independentes descobriram que estava ali uma galinha de ovos d’ouro, tentando cada um oferecer ao utilizador o melhor equipamento possível, acabando por acrescentar a seu belo prazer, determinadas características que não estavam presentes no projecto XT original. Um dos fabricantes que contribui imenso para a proliferação dos pc’s foi a Amstrad quer pelo preço que praticavam quer pelas características inovadoras que possuíam. O PC é o que se pode ver na Foto 4. Foto 4 - Computador Amstrad 1512 Não consegui resistir e fotocopiei para a página seguinte a publicidade da época feita pelo representante da marca. Não ao 1512 mas ao seu sucessor. António Lopes Paulo Matos 14 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia António Lopes Paulo Matos 15 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Fig. 3 - Publicidade feita pelo representante da Amstrad António Lopes Paulo Matos 16 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Fig. 4 - Características “avançadíssimas” do Amstrad Um dos defeitos deste tipo de computador, apesar do fabricante ser de opinião contrária, é que o monitor era alimentado pela unidade central, não permitindo assim a escolha de outro tipo de monitor…o que aliás também era difícil de encontrar na altura. Além do Amstrad outros computadores havia que também utilizavam o C.I. 8088/8086 mas eram construídos à moda de consola como o caso do Schneider que podemos ver na foto 5 o modelo EURO PC II ou do Commodore 64 na foto 6, com o drive de disquetes de 5 ¼ ao lado. António Lopes Paulo Matos 17 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 5 - Fotografia de um computador Schneider Foto 6 - Fotografia de um computador Commodore 64 Uma das alterações feitas pela maioria dos fabricantes foi a criação do modelo Turbo do XT. A Intel após o lançamento do 8088, lançou outras versões melhoradas deste C.I. que foram o 8088-2 e o 8088-1 que podiam funcionar a uma velocidade máxima de 8 e 10 Mhz respectivamente, os quais os fabricantes de computadores começaram logo a utilizar, aumentando assim a frequência de operação e consequentemente o desempenho da própria máquina, ficando estas também com um desempenho superior aos próprios XT da IBM. António Lopes Paulo Matos 18 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Nestes microcomputadores o Turbo podia ser activado através de uma combinação de teclas [Alt] [Ctrl] [+/-]. Esta comutação era necessária pois na altura muitos programas trabalhavam em tempo real e não utilizavam o relógio de tempo real para a sua aferição, mas sim o relógio do próprio computador. Por isso muitos programas, em especial os jogos, acabavam por não funcionar, tendo neste caso a alternativa do PC funcionar em LOW. A foto seguinte mostra-nos uma placa principal da Amstrad onde além do C.I. 8086 (1) podemos ver o controlador de vídeo da Paradise(2), as slots de expansão de 8 bits(3), as memórias cache, as memórias ram soldadas à placa e suporte para o co-processador aritmético o 8087 ou o “Weitec” (4). A título de curiosidade era possível ”correr” o Auto-cad neste computador, mesmo sem disco rígido, pois era fornecido em quatro disketes de 360 Kb. 2 3 4 1 Foto 7 - Placa principal de um computador Amstrad António Lopes Paulo Matos 19 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 3. COMPUTADOR BASEADO NO 286 De seguida (em 1982) aparece o 80286 dando início, ou continuação, ao que seria o reinado 80X86, que era mais rápido que o 8088 ou o 8086, com desempenho de 1,2 e 2,6 MIPS (Milhões de instruções por segundo). Este circuito integrado que passaremos a chamar de C.P.U. (em Inglês: Central Processing Unit) e cuja sigla em português U.C.P. quer dizer Unidade Central de Processamento, como o seu nome indica, é ele que vai fazer o processamento de toda a informação. É considerado o coração de todo o sistema pois tem como função a de interpretar e executar os programas, acabando por ser o elemento nuclear, que controla directa ou indirectamente todo o sistema. Apesar do seu tempo de vida ter sido bastante curto, de qualquer modo não queria deixar de o referir e podemos observá-lo na foto 8 integrando uma placa principal, que tem mais o aspecto de uma placa de expansão, uma particularidade deste tipo de processador, é que foi fabricado em dois modelos, um deles com pinos para encaixar no suporte, e o outro em vez de pinos tem chapas de contactos para outro tipo de suporte. Foto 8 Placa principal de um 80286 António Lopes Paulo Matos 20 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 9 – C.P.U. 80286 a 10 MHz Além dos processadores fabricados pela Intel, os quais iremos abordar, outros fabricantes desenvolveram outros processadores compatíveis com a intel, ou pelo menos com o mesmo tipo de arquitectura o caso da IBM, AMD, TEXAS; CYRYX, entre outros, que utilizavam a arquitectura CISC (Complex Instrution Set Computing). A Motorola desenvolveu um tipo de arquitectura para os Apple (foto 10), a arquitectura RISC (Reduced Instruction Set Computing), incompatível com a IBM. Foto 10 – Computador Macintosh Plus da Apple António Lopes Paulo Matos 21 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 4. COMPUTADOR BASEADO NO 386 Em 1985 construído com 270.000 transístores surge o 80386 (foto11) sendo o primeiro processador com um bus (barramento) de 32 bits, que trabalhando com frequências de 25, 33 e 40 Mhz, consegue um desempenho de 5 a 16 MIPS. Foto 11 - C.P.U. 80386 DX40 O aparecimento do 386 acaba por ser um marco bastante importante na história dos processadores pois com ele é introduzido o multiprocessamento. Trabalhando com máquinas virtuais 8088, consegue assim correr diversas aplicações em simultâneo. Outro aspecto interessante é que toda a arquitectura dos computadores passa a funcionar cada vez mais em volta do CPU, ou seja, cria-se o processador e todo os restantes componentes são criados em função das potencialidades ou necessidades do mesmo. Cerca de 2 anos mais tarde a Intel lança uma versão mais barata do 386, que consiste num processador com um bus de 16 bits. Com o aumento da complexidade das máquinas deixou-se para trás a arquitectura XT, dando lugar a uma nova arquitectura: a AT da qual apresentamos o seu esquema de funcionamento (esquema 3). António Lopes Paulo Matos 22 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia AT BUS Controlador de sistema 80386 Controlador de buffer de dados 80387 64KB/128Kb Cache secundária 1 ou 2 bancos de DRAM para configuração de 1MB a 32 MB IPC (controlador de periféricos) Esquema 3 - Funcionamento de 80386 Consiste num controlador de sistema e um buffer de dados, combinado com um controlador de periféricos. O controlador de sistema controla a memória o barramento e o interface com o C.P.U. António Lopes Paulo Matos 23 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 4.1. CAIXA Os fabricantes aperceberam-se das vantagens de fornecerem as unidades centrais e os monitores em separado, até porque começaram a ser vendidos às peças para as pessoas os montarem, de acordo com as suas necessidades e gostos pessoais dando assim origem às caixas que usamos ainda hoje em dia, com aspecto desktop ou minitower como na foto 11. Foto 12 Caixa tipo com utilização de display (onde a seta aponta) Talvez com uma modificação ou outra, sendo a principal, quando apareceram os primeiros 386, a da introdução de uma pequena placa (foto 12) com dígitos (display) que nos primeiros tempos indicava a frequência de relógio do computador e depois passou só a indicar Hi ou Low ou Turbo, e que era accionado através de um pequeno comutador colocado ao lado dos displays e que actuavam sobre eles e a placa principal acabando por fazer as funções das três teclas como vimos atrás mas que mais tarde desapareceram quando da chegada do 586 ao mercado. António Lopes Paulo Matos 24 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 13 – Display’s utilizados até ao 80486 António Lopes Paulo Matos 25 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 4.2. PLACA PRINCIPAL (Motherboard) Ao pegarmos nesta placa podemos observar que a mesma se encontra como que dividida por diversas áreas: Foto 14 - Placa principal de um sistema 386SX25 Uma área com conectores pretos ( slots) dois de 8 bits, e seis de 16 bits, para as diversas placas de controlo (discos, som, fax, vídeo, etc.). Uma área com quatro slots brancos, que constituem 2 bancos de memória RAM (Random Access Memory). Perpendicularmente a estes slots, e do lado superior esquerdo, vê-mos uma peça alongada branca, o conector onde vão encaixar as fichas de alimentação da placa principal, o conector de teclado, e a bateria. António Lopes Paulo Matos 26 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Do lado direito uma área com vários suportes mais pequenos, que parecem suportes para circuitos integrados, e que na realidade são para os chips de memória cache, que neste caso se encontram vazios. Perto dos bancos de memória, um pouco abaixo, temos o BIOS de teclado, que normalmente é chamado de controlador de teclado, e do lado direito ao fundo, o BIOS de sistema. Normalmente identificam-se pelas etiquetas que possuem, as quais têm inscritas a data de fabrico, nº de série, e características. Do lado direito dos slots pretos, temos um chip quadrado ao qual vulgarmente chamamos de chip set . Do lado direito deste e ligeiramente a cima temos o processador, que neste caso é um 386SX25 da A.M.D., e que vem soldado à própria placa, não permitindo fazer o seu upgrade. Por baixo do processador vemos o encaixe de 68 pinos para o coprocessador aritmético, que neste caso seria 387SX, o qual deixou de existir a partir do 486, em virtude dos fabricantes de processadores o começarem a incluir no próprio processador. Vemos também um certo número de pinos, alguns deles com uma peça revestida de plástico, que são os jumpers e nos permitem fazer a configuração da placa. Podem ainda reparar que a placa contem uns orifícios os quais servem para alojar uns pinos de plástico, que vão segurar e ao mesmo tempo, isolar a placa do chassi, com excepção dos dois orifícios situados abaixo da bateria os quais são para apertar a placa com parafusos, sendo estes dois os únicos pontos de fixação rígida da placa. António Lopes Paulo Matos 27 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 15 - Placa principal 386 configurável António Lopes Paulo Matos 28 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Esquema 4 - Esquema da placa da foto 11 Esta placa principal é bastante semelhante à que vimos anteriormente, aqui podemos ver os chips de cache já no seu respectivo lugar, ocupando metade dos encaixes, o que nos permite passar para o dobro a quantidade de cache. 1. Socket (suporte) para microprocessador 80386 com velocidades de 25MHz, 33 MHz ou 40 MHz. 2. Suporte para co-processador aritmético (ou matemático) que permite a colocação de um 80387 ou do Weitek 3167. 3. PC Chips (Chip 5) Integradted System Controller (ISC) Como o seu nome indica, sistema de controlo integrado, este chip contém o controlo lógico do barramento AT, conversão lógica dos dados de barramento, reset lógico do CPU, gerador do relógio para o CPU, teclado e timer, DMA/refresh lógico e interface lógico de periféricos. 4. PC Chips (Chip 6) Integrated Memory Controller (IMC) Este Chip contém um sofisticado controlador (para a época), directmapped cache com write back operation, e controlador fast page mode DRAM. 5. Suporte e chips de memória cache Com capacidade para oito chips de SRAM ( Static Random Access Memory), estes contêm o código de cache e dados. António Lopes Paulo Matos 29 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6. 82C206 Integrated Peripherals Controller (IPC) Este chip providencia o controlo de todos os periféricos requeridos pela placa de sistema, com excepção do teclado que tem controlador próprio. 7. Slots de expansão Esta placa contém seis slots de 16 bits e duas de 8 bits. 8. Main Memory (Memória principal) Suporte para alojar 8 SIMM (Single In-Line Memory Module) de 256K, 1MB ou 4MB. Esta placa pode ser configurada desde 1MB a 32 Mb de memória. 9. System BIOS (Bios de sistema) Neste caso o chip de BIOS (Basic Input Output System - Sistema Básico de Entrada e Saída) é da AMI. O chip de BIOS também é uma memória, mas é do tipo ROM (Read Only Memory), 10. Keyboard Controller (Controlador de Teclado) A sua função é simplesmente a de controlar o dispositivo de entrada que é o teclado. António Lopes Paulo Matos 30 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 4.3. MEMÓRIAS As memórias utilizadas por estes computadores eram constituídas essencialmente por SIMM’s de 30 contactos que quer dizer (Single Inline Memory Module). Os formatos, ou configurações mais comuns eram módulos de 1Mb, 2Mb, 4Mb e 8Mb cujos chips tinham normalmente velocidades de 60 ou 70 nanossegundos. Foto 16 – SIMM de 30 contactos De notar dois pormenores importantes: Primeiro: a placa de memória na parte inferior, num dos lados tem uma abertura, que vai encaixar numa saliência da slot. Alinhamos a memória por esta de modo a ficar o pino 1 da SIMM, coincidente com o pino 1 da slot. Fig. 5 – Pormenor de encaixe de SIMM de 30 contactos Segundo: a placa de memória coloca-se inclinada, fazendo um ângulo de cerca de 70º com a slot, que é a posição de estacionamento, e com uma ligeira pressão empurra-se a mesma para baixo e horizontalmente, como podem ver pela foto 16e 17, de maneira a que os dois orifícios encaixem numas saliências das slots de memória. Dois grampos de cada lado da slot, fazem mola e não deixam a SIMM cair ou soltar-se. António Lopes Paulo Matos 31 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia A mesma foto serve para vermos a maneira correcta de as encaixar. Foto 17 – Maneira correcta de instalar memória Na foto 18 vemos a maneira incorrecta de as instalar. Devemos evitar ao máximo o contacto dos dedos ou mãos com qualquer componente electrónico, pois a electricidade estática que possuímos é por vezes suficiente para provocar uma descarga eléctrica e danificar os componentes. Sendo assim devemos instalar Foto 18 – Forma incorrecta de instalar memórias António Lopes Paulo Matos 32 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 5. PC BASEADO NO 80486 5.1. C.P.U ‘s 80486 A Intel continua com a sua tecnologia de barramento 32 bits já usado no 386DX embora como é evidente, introduza novas características, nomeadamente o Power Save Mode que falaremos mais adiante. Na família do 486 apesar de poderemos distinguir principalmente três modelos, (486SX, 486DX e o 486DX2), vamos analisar cinco, os que foram mais usados em Portugal. O 486SX (foto 16) lançado em Abril de 1991 e que é o modelo básico da família, apesar de ter sido lançado mais tarde que o DX, já possuía uma memória cache integrada L1 com 8Kb. Construído com 900 000 transístores e uma frequência de relógio de 16, 20, 25 e 33 Mhz poderia ver a sua velocidade aumentada para o dobro, nos modelos SX2, através de um processo que consistia na duplicação da frequência de relógio. A série SX era assim o modelo barato da família. Foto 19 – C.P.U. 80486 SX 25 O 486DX lançado em Abril de 1989, possuía igualmente uma memória cache integrada L1 de 8 Kb, mas era construído com 1 250 000 transístores e tinha a sua frequência de relógio a 20, 25, 30, 40 e 50 Mhz. A grande inovação neste processador consistia na incorporação no próprio chip, de um coAntónio Lopes Paulo Matos 33 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia processador matemático compatível com o 80387 conhecida por A.L.U. (Unidade Lógica e Aritmética, ou também por F.P.U. Floting Point Unit), que anteriormente era adquirido à parte e aplicado na placa principal. Nota curiosa: o nome de código deste processador era P4. Foto 20 – C.P.U. 80486 DX 33 Em Março de 1992 a Intel lança o 486DX2 com uma velocidades de relógio de 20, 25 e 33 Mhz aplicando-lhe o mesmo princípio do duplicador de relógio, já usado no SX2, permitindo-lhe assim frequências até 66 Mhz. Foto 21 – C.P.U. 80486 DX2 / 50 Tendo já na forja o Pentium, a Intel sai com um novo processador o Pentium OverDrive. A placa principal já vem preparada para este processador, pois utiliza o mesmo suporte do 486, em virtude de eles terem a sua pinagem (pinouts) compatível, o que acaba por ser um “upgrade” para a família dos 486, sem António Lopes Paulo Matos 34 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia necessidade de mudar mais nada a não ser o processador. A frequência de relógio deste processador é de 66 Mhz, que foi a velocidade máxima atingida até à altura sem recorrer à multiplicação de relógio. Foto 22 – C.P.U. Overdrive PR66 Em Março de 1994 já depois de ter lançado o Pentium a Intel lança mais um processador, o 486DX4 com características parecidas com o DX2 com frequências de 25 e 33 Mhz, mas com um triplicador de relógio, permitindolhe assim velocidades de 75 a 100 Mhz, e com o dobro da cache interna L1, que passou a ser de 16 Kb. Foto 23 - C.P.U. 80486 DX 4 / 100 A partir do 486DX devido à quantidade elevada de transístores que o compunha foi necessário a utilização de chapas de refrigeração como podemos ver na foto 24 e em alguns casos até o uso de ventoinhas como é o caso do Overdrive. António Lopes Paulo Matos 35 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 24 – C.P.U. 80486 DX 33 com chapa de refrigeração Outra diferença introduzida pela Intel (citada no inicio do capitulo), foi o modo de poupança de energia (power saving mode). Estes processadores eram “exactamente” iguais aos respectivos 486 mas acresciam-lhe um S à sua referência. Quando digo “exactamente” iguais é evidente que me refiro aos barramentos, frequências, performances, etc. O processador possuía mais umas instruções que lhe permitia baixar a frequência de relógio até zero, por assim dizer desligar o processador, desde que este estivesse inactivo à mais de x horas. Seria lançado em 1994, e seria utilizado essencialmente em portáteis. As placas principais para estes processadores deveriam possuir as mesmas características que estes. António Lopes Paulo Matos 36 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 5.2. Placa principal As primeiras placas principais para 486 (foto 25) eram relativamente parecidas com as do 386 mas com duas diferenças principais. Deixou de aparecer o suporte para o co-processador aritmético em virtude do mesmo poder ser integrado com o processador, e em termos de slots de expansão além da de 8 bits e das outras de 16 bits, aparece agora o novo barramento o VL bus (Vesa Local Bus) de 32 bits e que é usado principalmente para as controladoras de disco e placas gráficas, e que na foto corresponde ao prolongamento de 16 bits, neste caso são três e são de cor castanha. Foto 25 – Placa principal para um 80486 As placas principais (foto 26) vão evoluindo, deixa de aparecer o suporte PGA de 239 pinos e passa a ser fornecido o suporte ZIF para CPU ( Zero Insertion Force) e que neste caso é o Socket 3 de 237 pinos. António Lopes Paulo Matos 37 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 26 – Placa principal com suporte ZIF Este tipo de suporte facilita imenso a substituição do processador quer em caso de avaria, ou até de um possível upgrade, pois até à data era costume usar-se uma chaves de parafusos para os remover, o que era bastante complicado podendo inclusive danificar o processador. Mesmo para a situação inversa, ou seja, para colocar o processador no suporte, era necessário exercer bastante força neste para que o mesmo ficasse bem encaixado. Os “bons profissionais” contudo usavam uma pequena ferramenta chamada “saca-cpu’s”, da qual podemos ver a fotografia 27, e em uso na foto 28. Foto 27 – “Saca-CPU’s” António Lopes Paulo Matos 38 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 28 – Pormenor de remoção de um C.P.U. São também fornecidas com dois tipos de suportes para as memórias, em virtude do aparecimento das novas SIMMS de 72 contactos, o que permite o aproveitamento ainda das memórias antigas. Aliás este tem sido o lema na evolução informática, a retro compatibilidade, ou seja, as novas placas, ou outros componentes, vão mantendo durante algum tempo os dois tipos de tecnologia Em termos de tecnologia de fabrico estamos perante o circuito impresso de dupla face, e onde podemos ver ainda alguns componentes como resistências, transístores e condensadores, utilizando o processo de soldadura tradicional, ou seja soldados na face oposta à sua colocação Este processo consiste na introdução dos pernos do componente nos furos previamente feitos na placa, e posterior soldadura dos mesmos, através de processos próprios onde as placas são colocadas em tabuleiros rolantes, levando um banho de estanho na face inferior, soldando desta maneira os componentes à placa. Nesta placa principal (foto 29) podemos observar o abolição dos suportes de 30 contactos das memórias, e a abolição da slot de 8 bits, aparecendo em António Lopes Paulo Matos 39 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia sua substituição umas novas de cor branca com uma nova tecnologia a PCI de 64 bits Foto 29 – Placa principal de um 80486 com slots PCI A preocupação dos fabricantes mantém-se, e para que as pessoas possam aproveitar as antigas SIMM’s de 30 contactos nestas novas placas principais, criaram um suporte especial que pode conter até 4 SIMMS de memória de 30 contactos, e que faz a conversão para os actuais 72 contactos, como podemos observar na foto30. António Lopes Paulo Matos 40 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 30 – Suporte para SIMM’s de 30 contactos Em termos de fabrico começa a ser utilizada a soldadura de superfície, ou seja os componentes são muito mais pequenos, e em vez de serem soldados na face oposta à sua colocação, evitam-se os furos e estes são soldados na mesma face onde estão situados. Outros fabricantes há que optam pela integração (foto 31), são normalmente os grandes fabricantes de marca como por exemplo HP, Compacq ou IBM, entre outros, sendo estas placas fornecidas com o equipamento que comercializam. De notar neste caso que a mesma já vem preparada para o Pentium OverDrive, bastando para isso alterar um ou outro jumper que desactiva o processador existente e que vem soldado à placa. O suporte para memórias já é do novo tipo de 72 contactos. Foto 31 – Placa principal com os componentes integrados Apesar de só vermos uma slot de 16 bits, esta era usada para acomodar uma outra placa com mais slots . António Lopes Paulo Matos 41 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 5.3. AS MEMÓRIAS (SIMM, DIMM, FPM, EDO, ECC) Com estes novos processadores (os 80486) com um barramento interno de 32 bits, era necessário que os fabricantes de memórias também oferecessem algo de diferente para se poder obter mais rendimento destes sistemas. Apareceram as novas SIMM’s de 72 contactos com um barramento de 32 bits cujo exemplo podemos ver na foto 32. Foto 32 – SIMM de memória de 72 contactos Eram fornecidas em módulos de 4Mb, 8Mb, 16Mb, 32 Mb e 64Mb. Com velocidades idênticas às suas antecessoras, ou seja cerca de 60 ou 70 nanossegundos. Aparecem também as memórias EDO RAM (Extended Data Output RAM) cuja diferença principal em relação às FPM’s ( Fast Page Mode RAM) é que esta nova memória consegue trabalhar com Wait States de 5-2-2-2 conseguindo desta maneira performances de cerca de 20% superior às FPM’s Em relação aos módulos aparecem os DIMM’s (Double Inline Memory Module) cuja vantagem é fornecerem o dobro da capacidade de memória na mesma placa, pois como o seu nome sugere estes continham chips de memórias de ambos os lados, como podemos ver na foto 33 além de poderem trabalhar com o modo ECC (Error Correction Code) que faz a correcção e detecção de erros. António Lopes Paulo Matos 42 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 33 – Módulo de DIMM de 72 contactos Contrariamente ao que muita gente pensa, e pior …diz, a ranhura que se encontra a meio da placa e que divide os 72 contactos em 36 contactos para cada lado, não foi “inventada” para as pessoas acidentalmente não colocarem lá as SIMM’s de 30 contactos, como vimos pela foto 30 era completamente impossível colocar lá essas memórias… ou melhor, impossível… impossível não era… mas era a mesma coisa que eu tentar calçar uma criança de 3 anos com as minhas botas… O que se passa é que os fabricantes de memórias para Pc’s, também fabricam memórias para impressoras, fax’s, etc. e aí sim, muitas vezes poderse-ia confundir os módulos. Para se perceber melhor o que digo podemos ver a foto 34, onde estão colocados lado a lado com as ranhuras encostadas, uma SIMM de 72 contactos para Pc e uma SIMM de 80 contactos usada para outro fim, onde até podemos ver que além do corte ou chanfre ao lado do contacto 1, podemos ver outro no lado oposto, ou seja, ao lado do contacto 80. De notar que neste caso a ranhura central separa 38 e 42 contactos, não ficando exactamente ao meio. António Lopes Paulo Matos 43 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 34 – Em cima SIMM de 72 contactos para pc em baixo SIMM de 80 contactos para outros fins António Lopes Paulo Matos 44 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6. COMPUTADORES BASEADOS NO PENTIUM 6.1. O C:P:U: 6.1.1. O PENTIUM CLÁSSICO (PENTIUM 1) Até ao surgimento do Pentium todos os processadores utilizavam uma tecnologia CISC (Complex Instruction Set Computing).Esta classe de processadores possui um elevado conjunto de instruções e uma área denominada micro-código, responsável pelo seu armazenamento. O processador manipula cada instrução individualmente e à medida que novas instruções são acrescidas neste tipo de tecnologia, o descodificador de instruções internas do processador tende a ficar cada vez mais complexo o que o torna inevitavelmente mais lento. O micro fica maior, o que acarreta além da lentidão, um processador fisicamente maior e mais difícil de ser construído ou manipulado. Isto quer dizer que, paradoxalmente, quanto mais potente for o processador, mais lento e difícil de ser construído ele ficaria. Para ultrapassar esse problema, a Intel melhorou os seus processadores com características específicas para que pudesse haver um aumento de performance, como a cache de memória interna e a arquitectura superescalar (o Pentium funciona como se fossem dois processadores a trabalharem em paralelo, é capaz de executar duas instruções por impulso de relógio interno). Mas a solução ideal que a Intel aplica para construir processadores mais rápidos é a utilização da tecnologia RISC (Reduced Instruction Set Computing). Como já vinha a fazer a Motorola com os CPU’s para a Apple. Ao contrário da tecnologia CISC, os processadores RISC são muito mais simples de serem construídos, pois não possuem descodificadores de instruções ou micro-códigos. Em cada bit de uma instrução um sistema de controlo interno abre ou fecha um circuito lógico dentro do processador directamente, facto que os torna muito mais rápidos. António Lopes Paulo Matos 45 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia O processador Pentium possuía 64 bits de barramento. A Intel registrou a marca Pentium para ter um nome próprio para novo e poderoso processador. Na foto 35 podemos observar esses processadores, nomeadamente com utilização de chapa de refrigeração e ventilador. Estes processadores utilizavam o socket 4 de 273 pinos.. Foto 35 - Processador Pentium 60 Possui 3,1 milhões de transístores 3X (vezes) a mais que o 486, cache interna de 16Kb (8KB para extracção de instruções e 8KB para dados). Os primeiros Pentium tem clock de 60 e 66 Mhz, após ter incrementado largura do barramento local para 64 bits ele pode atingir clock's mais elevados. Possui no processador algumas instruções RISC, sendo o primeiro a implementa uma unidade de execução superescalar, significa que sob certas condições podia executar 2 instruções por ciclo de clock. Estes primeiros Pentium’s são na realidade dois processadores 80486 num só, com um algoritmo de processamento paralelo. Talvez por causa desta confusão toda estes primeiros processadores saíram para o mercado com um problema de virgula flutuante. Depois da barraca toda que foi, a Intel recebeu todos os processadores das pessoas que os quiseram reclamar, fornecendo-lhes em troca outros já em bom estado. António Lopes Paulo Matos 46 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Ao longo dos cinco anos, que é o tempo médio de vida de uma família de processadores, este Pentium começou com uma frequência de relógio de 60 Mhz tendo terminado nos 200 Mhz,. Tendo para isso mudado o socket do seu processador cinco vezes. Na foto 36 podemos observar o Pentium 75, utilizando uma chapa de refrigeração maior, dispensando desta maneira o uso do ventilador. Este processador apesar de ser mais pequeno que o seu antecessor, utiliza um socket, o 5, com mais pinos, 296. Foto 36 – Pentium 75 O co-processador matemático foi totalmente redesenhado, agora ele aceita um nível de desempenho de 3 a 10 vezes a do 486, possuía um auto-teste automático incorporado verificando todos os conectores com placa mãe, cache e registradores. O núcleo do Pentium pode variar de 0,6µm a 0,4µm. Clock's 60, 66, 75, 90, 100, 120, 133, 150, 166 e 200. António Lopes Paulo Matos 47 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6.1.2. PROCESSADORES PENTIUM MMX Com a tecnologia MMX, PC's entrarão num novo nível de performance de multimédia. Ganha-se em som vívido, ricas cores, rendimento 3D realístico, animação suave e vídeo. Os tipos de aplicativos que irão se beneficiar do desempenho oferecido pela tecnologia MMX, ao longo do tempo, incluem: digitalização e manipulação de imagens, videoconferências, plug-ins e browser's para Internet, editoração e play-back de vídeo, impressão, fax, compressão, descodificação e programas para escritórios. Na foto 37 podemos observar o Pentium MMX 233 Foto 37 – Pentium MMX233 Existe a expectativa que de que nos próximos anos periféricos como placas de vídeo, som e modem percam sua finalidade, tendo em vista que as funções que elas executam serão emuladas vias software. As principais características incorporadas no MMX referem-se a novas instruções e ao aumento da quantidade de cache. Se observarmos o número de instruções dos processadores, observaremos que em dois momentos ouve um aumento significativo destas. A primeira vez António Lopes Paulo Matos 48 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia em 1985 no lançamento dos chips 386 que viabilizaram o conceito de multitarefa e a interface Windows para os PC's e agora com o MMX em que foram adicionado 57 novas e poderosas instruções especificamente desenhadas para manipular e processar dados de vídeo, de áudio e gráficos eficientemente. Essas instruções são orientadas às sequências altamente repetitivas e paralelas geralmente existentes nas operações de multimédia. Estas instruções são capazes de manipular dados agrupados em pacotes de 64 bits enquanto que a instruções existentes até então manipulavam dados de 8 ou 16bits. Estas instruções usam um processo chamado Instrução Única de Múltiplos Dados (SIMD) permite que uma instrução execute a mesma função em múltiplas partes dos dados, ou seja, ela permite que uma operação em vez de ser executada em um único bloco possa ser executada ao mesmo tempo em vários blocos de 8 e 16 bits (8 bits para imagem e 16 bits para som). Assim será reduzido o número de voltas intensivas de computação comuns com vídeo, áudio, gráficos e animação, tornando o processamento muito mais rápido. Usa novo padrão de conexão com a placa mãe denominado Socket7. Opera a voltagens de 2,8V. Foi aumentada para o dobro a cache L1 no chip para 32K no processador. Assim, mais instruções e dados podem ser armazenados no chip, reduzindo o número de vezes que o processador tem para aceder às áreas de memória mais lentas para obter informação. Nova tecnologia de 0.35µm, clock's 166, 200, 233 Mhz. 6.1.3. PROCESSADOR PENTIUM PRO Para a compatibilização dos sistemas operativos e aplicações a Intel apresenta a construção de um processador híbrido, o Pentium Pro. Internamente é um processador RISC, o que teoricamente, o tornaria muito mais rápido que um Pentium comum nas mesmas condições de velocidade. Para o Pentium Pro compreender as instruções CISC, a Intel inferiu internamente um descodificador CISC, que transforma todas estas instruções recebidas, em instruções RISC equivalentes para executar a tarefa António Lopes Paulo Matos 49 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia pretendida. Esta tecnologia híbrida continuará a ser usada nos processadores Intel durante muitas mais gerações. Foi lançado com frequências de 150 MHZ, 166, 180 MHZ e 200 MHZ , e utilizava o socket 8 de 387 pinos, tendo sido optimizado para aplicações de 32-bits usados em sistemas avançados. Micro arquitectura de execução dinâmica Pacote contendo processador, cache e interface para o sistema de barramento, escalável para até 4 processadores e 4 GB de memória Cache L1 de 8K/8K separado entre dados e instruções, possui separação entre o barramento de sistema externo e o barramento de cache de alta velocidade interno Possui cache de nível 2 (Cache L2) interna, podendo trabalhar na mesma velocidade do processador. Para se obter o mesmo desempenho de 256KB interno, para um processador de mesma potência, seria necessário 2MB de cache externo. Arquitectura Dual Independent Bus: O barramento interno é dividido em dois barramentos um para a cache L2 e o outro do sistema do processador para a memória principal. Esta arquitectura de barramento resolve o problema de limitação da largura de banda do barramento, oferecendo largura de banda de desempenho até três vezes superior à dos processadores de barramento único como o existente no processador Pentium. Isto significa um desempenho mais rápido do sistema como um todo. Execução dinâmica: é uma técnica que usa a combinação de 3 processos para aumentar a velocidade de execução do software que consiste em colocar o processador a monitorar passos à frente no software (20 a 30 instruções a frente do contador de programa) antecipando-os. António Lopes Paulo Matos 50 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia O processador analisa quais instruções são dependentes de cada resultado, criando uma lista optimizada dessas instruções, e baseado nesta lista, instruções são carregadas especulativamente, permitindo assim que este consiga realizar três instruções em um único ciclo de clock (Pentium permitia 2 instruções), agilizando o trabalho em sistemas que utilizam processamento paralelo. Como o chip Pentium Pro possui capacidade de processamento até duas vezes superior ao do Pentium, máquinas equipadas com este processador podem substituir as que se baseiam no modelo Dual - Pentium, obtendo o mesmo resultado em uma plataforma mais simples, por consequência mais económica e mais fácil de usar. Isto é uma grande vantagem, considerando que muitos softwares, não empregam de maneira eficiente a tecnologia de multiprocessamento simétrico (SMP). 6.1.4. PROCESSADOR PENTIUM II No dia 7 de Maio de 1997 a Intel lançou o processador Pentium II com 7,5 milhões de transístores, que com o objetivo de possibilitar novos níveis de desempenho e recursos de computação visual aos usuários de desktop e estações de trabalho nas empresas. O processador Pentium II, lançado nas velocidades de 233, 266 e 300 MHz, combina as avançadas tecnologias do Processador Pentium Pro com os recursos da tecnologia de aperfeiçoamento de meios electrónicos MMX. Esta associação confere aos utilizadores de empresas maior poder para direccionar a computação empresarial, oferece recursos sofisticados para pequenas empresas e incorpora o processador Intel de velocidade superior às estações de trabalho. A expectativa é que o PC transformará rotineiramente todos os tipos de dados brutos em detalhados modelos em 3D em uma questão de segundos, contribuindo assim para que os usuários assimilem melhor as informações de que dispõem e que as transacções interactivas de empresas combinarão vídeo, áudio e recursos gráficos realistas para informar ou demonstrar novos produtos ou serviços a clientes potenciais. António Lopes Paulo Matos 51 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia As frequências relógio destes processadores Pentium II variam entre 233 e 400 Mhz, podendo a sua frequência de barramento externo chegar a 66Mhz ou seja 528Mg/s, o seu encapsulamento é o SECC1 (forma de cartucho) ele é conectado somente em Slot1, núcleo de 0.25 µm. O co-processador matemático integrado deste processador possui um bug na instrução de conversão de números de ponto flutuante (números reais, com precisão de 80 bits) para números inteiros (que possuem precisão somente de 16 ou 32 bits). As chances do bug ocorrer: 1 em 8,6 bilhões na conversão de um número de ponto flutuante para inteiro de 16 bits ou 1 em 563 triliões na conversão de um número de ponto flutuante para inteiro de 32 bits. Este bug está sendo chamado de "Dan0411", por ter sido descoberto por um certo "Dan" em 11 de Abril de 1997 (04-11, no formato americano). 6.1.5. PROCESSADOR PENTIUM III A frequência de relógio do Pentium III varia hoje de 500 Mhz a 933 Mhz, sua frequência de barramento externo pode chegar a 133Mhz, ou seja, 1,06 GB/s, pode aceder até 4GB de memória usando cache, Possui um número de série gravado em uma ROM dentro do processador, onde fornece o número do processador, configurações de clock e voltagem, ela é chamada de PIROM (Pentium Information Rom) com ela é quase impossívelo o overclock e a falsificação. O primeiro Pentium III a ser lançado era no formato de um cartucho (SECC2) onde era encaixado em um slot chamado Slot1, o mesmo do PentiumII. O processador Pentium III integra a micro arquitectura. Execução Dinâmica P6, a arquitectura para Barramento Dual Independente (DIB), um barramento com sistema multi-transacção e a tecnologia para optimização de multimédia Intel® MMX™. Além disso, o processador Intel Pentium III oferece extensões de Internet Streaming SIMD, 70 novas instruções possibilitando um avanço significativo em imagens, 3D, streaming de áudio e vídeo e reconhecimento de voz para uma melhor experiência na Internet. António Lopes Paulo Matos 52 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Os novos modelos de Pentium III, chamado FCPGA (Flip Chip Pin Grid Array) ou Coppermine (seu nome código), que em vez de usar um cartucho como os modelos tradicionais de Pentium II e Pentium III, usa pinagem soquete 370, a mesma do processador Celeron. Teoricamente toda placa principal soquete 370 aceita esse novo modelo de processador, mas não é isso o que ocorre na prática. A maioria das placas principais, soquete 370 fabricadas antes do lançamento desse processador não aceitam a sua instalação, por motivos de compatibilidade que não são resolvidos com um simples upgrade de BIOS. Portanto, ao comprar uma placa principal para o Pentium III FCPGA devemos ter o cuidado de verificar se a placa aceita correctamente esse processador. Mas não é só na pinagem que o Pentium III FCPGA é diferente. Internamente ele possui somente 256 KB de memória cache L2, a metade da quantidade de memória cache existente no Pentium II e Pentium III convencional. Em compensação, a cache do Pentium III FCPGA é acedida na mesma frequência de operação do processador, enquanto nos modelos de cartucho esse circuito é acedido na metade da frequência de operação. Isto é, no Pentium III-550 FCPGA o cache é acedido a 550 MHz, enquanto que no Pentium III-550 em cartucho esse circuito é a somente 275 MHz. No final das contas, apesar de ter menos memória cache, esse novo processador acaba sendo mais rápido. Após a VIA Technologies surpreender a todos na CeBIT 2001 com o menor processador do mundo para PC's, graças a sua tecnologia de produção com transístores de 0,15 mícron, a Intel acaba de anunciar que a sua nova fábrica em Oregon (EUA) começou a produzir os seus primeiros processadores com transístores de 0,13 mícron. O novo Pentium III fabricado com transístores de 0,13 mícron será conhecido como Pentium III Tualatin. Segundo a Intel, como este processador é alimentado com somente 1,2 volts, será necessário que ele utilize um novo soquete, o soquete FC-PGA 2. Placas principais com o soquete FC-PGA 2 são totalmente compatíveis com os processadores actuais, de soquete FC-PGA e PPGA, já as placas actuais de soquete FCPGA, não poderão António Lopes Paulo Matos utilizar os processadores Pentium III Tualatin. 53 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Provavelmente as placas principais de Slot 1 poderão utilizar este processador através de um adaptador de soquete FC-PGA 2 para Slot 1. Outra diferença do Pentium III Tualatin será com relação ao seu formato, ele será fabricado com placas de silício de 300 milímetros, 100 milímetros a mais do que os processadores actuais utilizam. De acordo com a Intel, com o aumento das placas de silício, será possível reduzir o preço deste processador em 30 %. Também será incluído em seu encapsulamento um pequeno dissipador, de forma parecida com o que é utilizado nos processadores K6-2 e K6-3. 6.1.6. PROCESSADOR CELERON É um Pentium II sem memória cache L2 integrado, mas lançaram o CeleronA que tem 32Kb de cache L1 (16K para infraestrutura e 16K para informação, data) e 128Kb de L2 aumentando seu desempenho, ele é conectado em Slot 1 ou em PGA, ele é actualmente a linha económica da Intel para concorrer com o Duron da AMD. Trabalha com, Bus externo de 66Mhz a 100Mhz, núcleo do processador é de 0,18µm. Podemos observá-lo na foto 38 onde está com ventoinha, na foto 39 sem dissipador e sem ventoinha, e finalmente na foto 40 visto por baixo Foto 38 – Pentium Celeron António Lopes Paulo Matos 54 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 39 – Pentium Celerom sem dissipador e sem ventilador Foto 40 – Pentium Celeron visto por baixo Utiliza os tipos de Encapsulamentos 280-Pin Mobile Module (MMC1) - 400Pin Mobile Module (MMC2), Ball Grid Array (BGA),- Micro PGA (Pin Grid Array). Velocidade (Computadores Normais) 800MHz, 766MHz, 733MHz, 700 MHz, 667 MHz, 633 MHz, 600 MHz, 566 MHz, 533 MHz, e 500MHz. Velocidade (Computadores Portáteis) 750 MHz, 700 MHz, 650 MHz, 600 MHz, 550 MHz, António Lopes Paulo Matos 55 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 500 MHz, 450 MHz, e 400 MHz todos com baixo consumo de energia, são mais caros que os para computadores normais. A Intel lançou também um processador com a tecnologia ( Ultra Low Voltage Technology ) com 500MHz para ser usado em sub notebooks. António Lopes Paulo Matos 56 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6.1.7. PENTIUM 4 O Pentium 4 é um processador Intel de sexta geração, assim como ocorre com o Pentium Pro, Pentium II, Pentium III e Celeron. Em outras palavras, apesar de usar um novo nome, esse processador usa a mesma estrutura interna de seu antecessor, Pentium III. Com algumas modificações para torná-lo mais rápido, é claro. Entre as novidades da arquitectura interna desse processador estão a sua Unidade Lógica Aritmética (ULA ou ALU) que trabalha com o dobro do clock interno do processador, aumentando o desempenho em cálculos usando números inteiros. Por exemplo, em um hipotético Pentium 4 de 800 MHz, a sua ULA trabalhará a 1,6 GHz. Tecnologia SSE-2, contendo 144 novas instruções em relação à tecnologia SSE ("MMX2") que é usada pelo Pentium III. A novidade é o uso de registradores de 128 bits, permitindo a manipulação de mais dados pequenos por vez (16 dados de 8 bits por vez, por exemplo). Barramento de dados externo de 128 bits, isto é, o Pentium 4 conversará com a memória RAM usando 128 bits por vez. Esse processador continua a ser um processador de 32 bits, pois utiliza a mesma arquitectura básica do 386 (instruções x86 ou IA-32). A nomenclatura "processador de 32 bits" ou "processador de 64 bits" normalmente refere-se ao software que o processador poderá executar. Esse processador continua a usar o mesmo software existente hoje (Windows 9x, Windows 2000, etc), que é um software de 32 bits. A tecnologia hyper-pipelined dobra a capacidade de profundidade de encadeamento para 20 estágios, aumentando bastante o desempenho do processador e capacidade de frequência. Com um barramento externo operando a uma taxa de 3,2 GB/s. poderíamos ser levados a pensar que o barramento externo desse processador seria de 400 MHz. Mas isso não é verdade. Como o barramento externo dobrou de tamanho, passando de 64 bits para 128 bits, a taxa de transferência também dobrou. Por exemplo, num Pentium III, sua taxa de transferência externa é de António Lopes Paulo Matos 57 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 800 MB/s, por operar externamente a 100 MHz a 64 bits por vez. Passando esse barramento para 128 bits, teremos uma taxa de 1,6 GB/s. Logo, muito possivelmente o barramento externo do Pentium 4 será de 200 MHz. Cache L2 integrado trabalhando na mesma frequência interna do processador, assim como ocorre no Celeron e nos últimos modelos de Pentium III. Disponível em 1.30, 1.40 e 1.50 GH 6.1.8. PROCESSADOR ITANIUM Possui tecnologia RISC e não CISC como nos processadores anteriores, usado principalmente em workstation, (em grandes empresas) opera com: Unix, Linux e Windows NT, seu preço é bastante salgado. Como características principais destacamos o EPIC (Explicitly Parallel Instruction Computing) que possibilita que o processador trabalhe com 20 operações simultaneamente. Possui melhor performance para trabalhar com dados criptografados incluindo SSL e IPSec informação. Endereça número ilimitado de memória, possui um sistema de detecção e correcção de erros. Cache L1 e L2 dentro do processador e a possibilidade de uma cache L3 de 2Mg a 4Mg a operar a 800Mhz. António Lopes Paulo Matos 58 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6.2. A PLACA PRINCIPAL Como a tecnologia das placas principais acompanha muito de perto os processadores, e as memórias muitas das características destes reflectem-se na construção da própria placa principal. Sendo assim evitarei a duplicação de informação, cingindo-me às principais que não sejam referidas, quer na parte dos processadores, quer na parte das memórias. Foto 41 - Placa principal para os primeiros Pentium’s A grande alteração acaba por ser utilização do socket 4 para o novo tipo de processador em relação aos restantes componentes nada de especial a comentar. Com o aparecimento do Pentium 75 que usa um sockt 7 de 296 pinos, que à partida deveria ser maior que o seu antecessor, tal não se verifica, devido ao processo de fabrico destes novos Pentium’s., aparece também uma nova placa principal de que podemos ver a sua foto (42) António Lopes Paulo Matos 59 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 42 - Placa principal com socket 7 Aparece um novo tipo de placa principal, não devido aos processadores, mas devido às memórias passa a coexistir durante algum tempo os suportes para as memórias de 72 contactos, e agora também para as novas memórias de 168 contacto. Foto 43 – Placa principal já com os novos suportes para as memórias. António Lopes Paulo Matos 60 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia A intel já “chatiada” com a concorrência sai para o mercado com um processador completamente diferente em termos de caixa quer de suporte, patenteando-os de modo que ninguém os pudesse copiar. É o aparecimento do processador vertical que deixa de usar o socket, para passar a usar o(a) slot. Pode-se dizer que esta primeira placa principal é realmente a primeira placa construída exclusivamente para o Pentium. Salvo raras excepções todas elas vinham com a possibilidade de serem configuradas para Pentium, AMD, Cyrix, entre outras. Foi com o aparecimento do Pentium que as pessoas, ou firmas, tiveram que optar de uma vez por todas por determinada arquitectura. Antes do aparecimento do Pentium podia comprar um computador com um AMD e se por qualquer motivo não ficasse satisfeito, bastaria trocar o processador e configurar a placa principal para outro. A partir desta altura a pinagem dos processadores é completamente incompatível. Foto 44 – Placa principal com slot 1 António Lopes Paulo Matos 61 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Esta placa sim. Já faz alguma diferença das anteriores…Acabou de uma vez por todas com os suportes das memórias antigas, passando a ser fornecida só com os suportes para memórias com 168 contactos. Aparece o tal slot 1 para os novos processadores Pentium, a fonte passa a ser do tipo ATX , que além de outras diferenças a que salta mais à vista é que num sistema com fonte AT quando se encerrava o computador ele ficava na situação de “PODE DESLIGAR O COMPUTADOR”, e só a partir daí é que poderíamos ir ao interruptor e desligá-lo. Com estas novas placas principais quando mandamos o computador encerrar, ele quando chega a essa situação desliga-se. Isto tudo devido não só a alterações da placa mas também da própria fonte de alimentação e até o próprio interruptor caixa passou a ter que ser diferente. Outro pormenor muito importante é o aparecimento do suporte AGP (Aceleratede Gráfics Port) para as novas placas gráficas com este tipo de barramento, que acabam por ir tirar algum trabalho ao processador. António Lopes Paulo Matos 62 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6.3. AS MEMÓRIAS 6.3.1. AS MEMÓRIAS SDRAM PC 66/100/133 Com o aparecimento dos Pentium’s, as memórias também tiveram que ser alteradas. Surgem os módulos de SIMM’s de 168 contactos com capacidades de 32Mb, 64Mb, 128Mb (foto xx) e mais tarde com o aparecimento das DIMM’s de 168 contactos, chega-se aos 128 Mb, 256 Mb, 512 Mb e 1Gb Estas memórias são do tipo SD (RAM) Synchronous Dynamic RAM, utiliza uma arquitectura superescalar sememlhante aos microprocessadores “pipelined”. Neste tipo de memória além de se falar na velocidade de acesso que ronda os 10 nanossegundos, também entra em linha de conta a frequência a que as mesmas podem trabalhar, e assim temos as PC66 com frequências de 66 Mhz, as PC100 com frequências de 100 Mhz, e finalmente PC133 que funcionavam à frequência de 133 Mhz. Conforme se pode ver pela foto xx estas possuíam dois pequenos rasgos para encaixarem na posição correcta, evitando que as pessoas as inserissem ao contrario, acabando por danificá-las. Foto 45 - SIMM de memória de 168 contactos = António Lopes Paulo Matos 63 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6.3.2. AS MEMÓRIAS DDR 266/333/400/440/500 (ou SDRAM II) Outro tipo de módulo que aparece é o DDR’s (Double Data RateSynchronous), com frequências de 266 Mhz, 333 Mhz, 400 Mhz e 440 Mhz. Estas DDR podem ser fornecidas no formato SIMM (foto xx) e pouco mais tarde no DIMM’s (foto xx) com capacidades que vão desde 128 Mb a 1 Gb, sendo no entanto estes últimos pouco usados, quer pelo seu preço, quer por não justificar para o comum dos mortais o uso de tal quantidade de memória. São memórias que conseguem transferir dados a quantidade (velocidade) de duas vezes por ciclo de relógio, conseguindo assim transferir dados entre ela e o processador a velocidade de 2.4 Gb por segundo. As DDR 266 são conhecidas por PC2100, as DDR 333 são conhecidas por PC 2700, e as DDR 400 por xxxx. Estes módulos de DDR’s são exactamente do mesmo tamanho dos dos SIMM’s ou DIMM’s de pc 66/100/133 mas são de 184 contactos, 92 de cada lado da placa, e com uma só ranhura mais ou menos ao meio desta, enquanto que os seus antecessores tinham duas ranhuras Foto 46 – Módulo DDR - PC333 António Lopes Paulo Matos 64 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6.3.3. AS MEMÓRIAS RAMBUS DRAM (Rambus Dynamic RAM) Uma jogada falhada da Intel para conseguir colocar os sistemas baseados nos seus processadores com uma performance bastante superior aos seus concorrentes, acabou por resultar num fracasso quer devido ao preço exorbitante destas memórias, o que tornava este sistema extremamente caro, quer à empresa Rambus Inc. que acabou por colocar a Intel em tribunal devido à “utilização abusiva” do seu nome, numa memória. Esta foi pensada nos sistemas que iriam funcionar a mais de 500MHZ. Utiliza um canal estreito de uma largura de banda alta, para poder transmitir dados até 10 vezes mais rápido que as tradicionais memórias DRAM. Trabalhavam a 500 Mhz e mais tarde a 800 Mhz. Esta memória funciona só aos pares, e se uma placa principal tiver 4 slots para memória, podemos usar só dois, mas os outros dois levam uma placa chamada CRIMM que são módulos de continuidade ou terminação como se usava nos dispositivos SCSSII. Estes módulos de memória são chamados RIMM’s, podemos observá-los nas fotos xx Foto 47 – RIMM de RAMBUS - PC1066 António Lopes Paulo Matos 65 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia A FOTOGRAFIAS Foto 1 - Diversos tipos de memória massa....................................................10 Foto 2 – Placa com chips de memória...........................................................12 Foto 3 - Placa de memória configurável, com 0.5 ou 1Mb de memória .........13 Foto 4 - Computador Amstrad 1512...............................................................14 Foto 5 - Fotografia de um computador Schneider..........................................18 Foto 6 - Fotografia de um computador Commodore 64 .................................18 Foto 7 - Placa principal de um computador Amstrad .....................................19 Foto 8 Placa principal de um 80286...............................................................20 Foto 9 – C.P.U. 80286 a 10 MHz ...................................................................21 Foto 10 – Computador Macintosh Plus da Apple...........................................21 Foto 11 - C.P.U. 80386 DX40 .......................................................................22 Foto 12 Caixa tipo com utilização de display (onde a seta aponta) ...............24 Foto 13 – Display’s utilizados até ao 80486...................................................25 Foto 14 - Placa principal de um sistema 386SX25 ........................................26 Foto 15 - Placa principal 386 configurável .....................................................28 Foto 16 – SIMM de 30 contactos ...................................................................31 Foto 17 – Maneira correcta de instalar memória............................................32 Foto 18 – Forma incorrecta de instalar memórias..........................................32 Foto 19 – C.P.U. 80486 SX 25.......................................................................33 Foto 20 – C.P.U. 80486 DX 33 ......................................................................34 Foto 21 – C.P.U. 80486 DX2 / 50 ..................................................................34 Foto 22 – C.P.U. Overdrive PR66..................................................................35 Foto 23 - C.P.U. 80486 DX 4 / 100 ................................................................35 Foto 24 – C.P.U. 80486 DX 33 com chapa de refrigeração...........................36 António Lopes Paulo Matos 66 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 25 – Placa principal para um 80486 ......................................................37 Foto 26 – Placa principal com suporte ZIF ....................................................38 Foto 27 – “Saca-CPU’s”.................................................................................38 Foto 28 – Pormenor de remoção de um C.P.U..............................................39 Foto 29 – Placa principal de um 80486 com slots PCI...................................40 Foto 30 – Suporte para SIMM’s de 30 contactos ...........................................41 Foto 31 – Placa principal com os componentes integrados...........................41 Foto 32 – SIMM de memória de 72 contactos ...............................................42 Foto 33 – Módulo de DIMM de 72 contactos .................................................43 Foto 34 – Em cima SIMM de 72 contactos para pc em baixo SIMM de 80 contactos para outros fins ........................................................................44 Foto 35 - Processador Pentium 60 ................................................................46 Foto 36 – Pentium 75.....................................................................................47 Foto 37 – Pentium MMX233 ..........................................................................48 Foto 38 – Pentium Celeron ............................................................................54 Foto 39 – Pentium Celerom sem dissipador e sem ventilador .......................55 Foto 40 – Pentium Celeron visto por baixo ....................................................55 Foto 41 - Placa principal para os primeiros Pentium’s ..................................59 Foto 42 - Placa principal com socket 7 .........................................................60 Foto 43 – Placa principal já com os novos suportes para as memórias. .......60 Foto 44 – Placa principal com slot 1 ..............................................................61 Foto 45 - SIMM de memória de 168 contactos ..............................................63 Foto 46 – Módulo DDR - PC333 ....................................................................64 Foto 47 – RIMM de RAMBUS - PC1066........................................................65 António Lopes Paulo Matos 67 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia B FIGURAS Fig. 1 - Desenho de um computador (monitor, base, rato e teclado) ...............6 Fig. 2 – Desenho de chip de memória ...........................................................11 Fig. 3 - Publicidade feita pelo representante da Amstrad ..............................16 Fig. 4 - Características “avançadíssimas” do Amstrad...................................17 Fig. 5 – Pormenor de encaixe de SIMM de 30 contactos ..............................31 António Lopes Paulo Matos 68 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia C ESQUEMAS Esquema 1 - Esquema de funcionamento de um sistema informático ............7 Esquema 2 - Estrutura interna de um computador de acordo com Von Newman ...................................................................................................................9 Esquema 3 - Funcionamento de 80386 .........................................................23 Esquema 4 - Esquema da placa da foto 11 ...................................................29 António Lopes Paulo Matos 69 de 70 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia D Bibiografia http://www.laercio.com.br/site2/artigos/old/old-029/old-029.htm http://www.intel.com/pressroom/kits/quickreffam.htm#i486 http://www.intel.com/pressroom/kits/quickrefyr.htm#1971 http://www.intel.com/pressroom/kits/IntelTop#IntelTop Paulo Matos, “Apontamentos Dispersos” António Lopes Paulo Matos 70 de 70