Vontade de arquivo Criação performativa a

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Vontade de arquivo Criação performativa a
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Artes e Engenhos
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Vontade de arquivo
Criação performativa a partir de materiais de arquivo
Alexandre Pieroni Calado
Latoaria, Lisboa
21/22/23/24/25 Setembro, 2015
15 horas
A oficina partirá de espectáculos que trabalham no movimento entre arquivo e cena, para experimentar
procedimentos de trânsito entre cada um destes loci e reflectir sobre o potencial crítico da criação
explorando as visões pessoais da história das artes da cena. Serão realizados exercícios de criação cénica
tendo como ponto de partida fotografias e vídeos de espectáculos, assim como declarações de intenções dos
artistas e textos de apreciação crítica, dando particular atenção à história das artes cénicas em Portugal. Além
disso, serão estudados casos de reescrita dramatúrgica e de reencenação, sendo as sessões atravessadas pelo
debate sobre o sentido e o interesse em radicalizar o uso da citação e da intertextualidade no contexto das
artes performativas.
Talvez se possa pensar estas propostas artísticas baseadas no nexo arquivo/memória como algo constitutivo
do regime estético em que vivemos, para usar a noção do filósofo Jacques Rancière, no qual “o futuro da
arte, a sua distância do presente da não-arte, não cessa de colocar em cena o passado” (La Partage du
Sensible, 2000). Talvez se possa também pensá-la como uma vontade de arquivo, nos termos de André
Lepecki: não qualquer melancolia ante um passado perdido, e mais que o desenvolvimento de questões
trabalhadas antes, um desejo de olhar para trás para continuar a criar. Aliás, nos palcos contemporâneos
tem-se presenciado uma diversificada e insistente aparição de trabalhos explorando a temática. Podemos
mencionar Poor Theatre (2003), do Wooster Group, jogando com a tentativa de recriar Akropolis (1962),
do grande encenador e pesquisador Jerzy Grotowski, a partir dos registos videográficos; Cédric Andrieux
(2009), de Jérôme Bel, onde uma história da dança é apresentada a partir da biografia e experiências artísticas
arquivadas no corpo do bailarino; Seven Easy Pieces (2005), de Marina Abramovic, série de performances na
qual seis trabalhos considerados históricos no campo da performance art foram refeitas pela artista com base
em fotografias, indicações e conversas com os autores.
Referências bibliográficas
André Lepecki, 2010. «The body as archive, Will to Re-Enact and the Afterlives of Dances». Dance Research
Journal, Vol. 42, No. 2 (Winter 2010), pp. 28-48.
André Lepecki, 2006. «Redoing 18 Happenings in 6 parts». In: Allan Kaprow. 18 Happenings in 6 Parts:
9/10/11 November 2006. Barry Rosen, Michaela Unterdörfer (Hg.). München 2006: 45 – 50. (http://www.
perfomap.de/map1/iii.-kuenstlerische-praxis-als-forschung/redoing-201c18-happenings-in-6-parts201d)
Diana Taylor, 2013. O arquivo e o repertório. Belo Horizonte: UFMG.
Diana Taylor, 2014. «Arquivar a coisa». Revista Sala Preta, v. 14, n. 1, p. 23-38. (http://www.revistas.usp.br/
salapreta/article/view/81754)
Isabelle Launay, 2009. «Une fabrique de la mémopire en danse contemporaine ou l’art de citer». Conferência
proferida no SESC Santos. Disponível em: Paris8Dance – Site des études et recherches en danse ? Paris.
http://www.danse.univ-paris8.fr/chercheur_bib_ine_ens.php?type=ine&cc_id=4&ch_id=6 (Traduç?o em
portugu?s: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistadanca/article/viewArticle/7674)
Mark Franco, 1989. «Repeatability, Reconstruction and Beyond». Theatre Journal, Vol. 41, No. 1 (Mar., 1989),
pp. 56-74.
Referências de espectáculos
Cristian Duarte, The hot one hundred choreographers (2011).
Fabian Barba, A Mary Wigman dance evening (2009).
Jerome Bel, Le dernier spectacle (1998); Véronique Doisneau (2004); Le dernier spectacle (une conférence)
(2004); Pichet Klunchun and myself (2005); Lutz Förster (2009); Cédric Andrieux (2009).
Olga de Soto, Sur les traces de La Table Verte. Une introduction (2011); Débords. Réflexions sur la Table
Verte (2012); Histoire(s) (2004); História (primeira versão) (2003).
Pichet Klunchun, Nijinsky Siam (2010).
Wooster Group, Hamlet (2007/2012); Poor Theatre (2004).
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A morte e a donzela
Alexandra Viveiros/Alexandre Pieroni Calado/ Gustavo Vargas
João Ferro Martins/João Seiça/Paula Garcia / Sandra Hung/Sofia Dinger
Julho 2015/Janeiro 2016
Texto
Elfriede Jelinek
Dramaturgia e encenação
Alexandre Pieroni Calado
Tradução
Anabela Mendes
Interpretação
Alexandra Viveiros
Gustavo Salinas Vargas
Paula Garcia
Sandra Hung
Sofia Dinger
Concepção plástica e espaço sonoro
João Ferro Martins
Vídeo
João Seiça
Colaboração científica
Bruno Monteiro
Vera San Payo de Lemos
Apoios e parcerias
Câmara Municipal de Almada, Almada
EGEAC, Lisboa
Festival Temps d’Images/DuplaCena, Lisboa
Alkantara, Lisboa
Fundação Calouste Gulbenkian
Teatro O Bando, Palmela
CENDREV/Teatro Garcia de Resende, Évora
Teatro Municipal de Almada, Almada
Companhia Olga Roriz, Lisboa
Latoaria, Lisboa
CENTA/Herdade Tapada da Tojeira, Castelo Branco
Cinemateca Portuguesa, Lisboa
Instituto Goethe de Lisboa
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova
de Lisboa, Almada
Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa
RTP/Rádio Antena 2, Lisboa
A morte e a donzela
Tradução, Residência artística, Formação, Colóquio, Criação e Circulação Teatral
Quadros em torno do feminino atravessados por um episódio fílmico, a partir do ciclo A morte e a donzela,
de Elfriede Jelinek, em homenagem a Rogério de Carvalho. Penteamos os estereótipos a contrapelo,
inventamos uma história possível da encenação, lançamo-nos numa instalação-concerto de máquinas de falar.
E uma Princesa tem que, no fim, regressar ao sub-mundo.
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A morte e a donzela
Descrição
Projecto de cruzamentos disciplinares que no modo de uma historiografia ficcional leva a cena uma
encenação de Rogério de Carvalho que ele nunca realizou a partir dos textos A morte e a donzela. Dramas
de princesas, de Elfriede Jelinek. O projecto compreende a tradução dos textos referidos, a montagem de
um espectáculo cruzando teatro, música e vídeo, bem como a realização de actividades satélite na área da
formação de públicos e da promoção da cultura teatral. Trata-se de uma proposta que contempla uma
importante articulação com a pesquisa e que estabelece um estreito diálogo com comunidades educativas e a
sociedade civil. Investigamos e damos o nosso contributo para a valorização das artes da cena em Portugal.
Na criação do espectáculo confluem dois interesses que têm ocupado Alexandre Pieroni Calado nos últimos
anos: a encenação contemporânea de grandes textos germânicos para teatro e o problema da preservação
do conhecimento imaterial das artes da cena. Depois de ter trabalhado Georg Büchner (Lenz /da beleza ou
o sistema nervoso dos peixes, 2009, A Morte de Danton/Olhar de Medusa, 2010, Leôncio e Lena/Mecânica das
Paixões, 2012, Woyzeck/Woyzeck 1978, 2014), e Heiner Müller (Quarteto, 2013), o encenador inicía agora
o seu trabalho com a laureada escritora austríaca. Jelinek trata de esfolar os arquétipos em A morte e a
donzela. À procura da verdade, Branca de Neve é aqui morta pelo Caçador. A Bela Adormecida é despertada
do seu sono pelo Príncipe que, em vez de a libertar, não lhe oferece senão uma existência subjugada a
esse «criador» que ele pretende ser. Rosamunde é forçada a reconhecer que o seu estatuto feminino
é incompatível com a escrita e que toda a actividade criativa feminina está condenada à morte. Jackie
(Kennedy), cercada pela morte dos seus próximos e prisioneira das imagens que os meios de comunicação
fazem dela, não pode mais viver outra que uma existência ilusória. (Ingeborg) e Sylvia (Plath) desesperam por
não conseguir fazer mexer o que quer que seja e descobrem-se encerradas num espaço fechado que lhes foi
destinado.
A presente proposta pretende criar um espectáculo com estes textos tendo por referencial as opções
estéticas e a linguagem de encenação de Rogério de Carvalho, premiado director português cujo trabalho se
tem desenvolvido em torno da relação dos actores com os mais significativos textos da dramaturgia moderna
e contemporânea. Na sequência de um trabalho centrado na exploração de documentos fotográficos de um
espectáculo do Teatro O Bando, em Pregação (2012), de uma investigação centrada em registos videográficos
de um espectáculo do Teatro Praga, em Quarteto (2013), e de uma montagem desenvolvida a partir dos
textos de apoio do Teatro da Cornucópia, em Woyzeck 1978 (2014), exploramos o elogio informado
como forma de preservar o património e o conhecimento performativo. Tendo Alexandre Pieroni Calado
trabalhado como actor com Rogério de Carvalho na sua recente encenação de Tartufo (2014), bem como
tendo sido seu aluno na Escola Superior de Teatro e Cinema (Hamlet, 2003; Os Europeus, 2004), o jovem
encenador encontra no veterano uma profíqua fonte de inspiração. Com efeito, a linguagem do encenador
luso-angolano afigura-se para o encenador luso-brasileiro como por demais meritória de cópia; e de variações
pessoais que prossigam o seu sentido de implacável rigor e de aposta na intensidade do jogo dos actores.
Acresce que tal movimento apenas se pode efectuar com uma simultânea afirmação daquilo que distingue
e separa as sensibilidades e o trabalho dos dois. Em particular, numa apropriação dos meios expressivos da
linguagem audiovisual que no caso de Rogério de Carvalho se manifesta de modo subsumido ao discurso
teatral, e que no caso de Alexandre Pieroni Calado tende a negociar o primeiro plano da economia
espectacular. Com efeito, este último propõe-se a continuar o trabalho de manipulação de vídeo em tempo
real e o uso da música ao vivo que têm tido lugar nas suas encenações recentes. Trata-se, assim, não tanto
de levar à cena o conjunto de pequenas peças de Elfriede Jelinek, mas antes de imaginar o que poderia ser
uma encenação destes textos pela mão de Rogério de Carvalho se este tivesse nascido em 1975, sob o
signo da video art e da música punk. Uma instalação-concerto onde as máquinas de falar disparam contra os
mecanismos da representação.
A lógica do projecto, contudo, não pretende encerrar-se na elaboração de um objecto performativo mas
abrir-se a um intenso diálogo com os circuitos culturais e as organizações sociais, prevendo a realização de
duas residências artísticas, dois colóquios científicos (um dedicado a Rogério de Carvalho, outro a Elfriede
Jelinek), uma leitura encenada de excertos do texto, ensaios abertos seguidos de discussão com o público,
bem como a circulação interregional e internacional do espectáculo.
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A morte e a donzela
Enquadramento
O conjunto publicado sob o título A morte e a donzela reúne textos destinados ao palco, articulados em
torno das questões relacionadas à construção social dos géneros e das políticas da identidade por meio
de um aturado exercício de permanente reconstrução da linguagem. Na esteira de grandes escritores
austríacos como Thomas Bernhard e Peter Handke, a autora propõe uma escrita atravessada por jogos de
linguagem e um uso desaforado das palavras, onde o realismo é abandonado em prol de uma exploração
corrosiva da força da palavra. Nesta verdadeira série, a reescrita dos contos tradicionais Branca de Neve
e Bela Adormercida, a revisão da peça Rosemunde, o trabalho com o romance A Parede, e o tratamento
de ícones femininos da cultura de massas como Jackie Kennedy e Lady Di concorrem para uma aguda e
desarmante reflexão sobre o feminino no ocidente. Nestes seis textos breves, o uso depravado da língua,
marcado pela musicalidade e pela visualidade cinematográfica, pelo ritmo e por certa proximidade à prosa
e ao ensaio, expõe os mecanismos da linguagem que contribuem para a estruturação das relações humanas
e sociais. Importa sublinhar quanto a Donzela é uma figura que está, de certo modo, num pré-estágio da
mulher, numa situação em que as coisas ainda não estão estabelecidas definitivamente. Nesta medida, ela
é o lugar por excelência dos conflitos e tensões envolvidos na produção de uma subjectividade feminina, o
tempo marcado pelo enfrentamento irresoluto entre a sociedade patriarcal e o indivíduo que se engendra.
Neste edifício em construção que é também uma ruína, Jelinek respiga os fragmentos da fantasia e do
imaginário em transformação para nos lançar à cara os processos de sujeição e humilhação que se ocultam
no nosso dia-a-dia e nos produtos das indústrias culturais de massas. Uma atitude que a leva a autointitular-se
uma Trümmerfrau da linguagem, comprometida em desmontar estereótipos e expôr tabus incómodos. As
princesas de Elfriede Jelinek são um contraponto contemporâneo e paródico aos nobres shakespeareanos,
são mitos em descontrução. São anti-princesas que não se insurgem contra os dramas das suas vidas ou
os destinos que lhes são impostos. O humor de jelinek revela-se não apenas na maneira grotesca como
estas princesas pronunciam os discursos masculinos, mas também através da distorção de frases feitas, a
reelaboração de citações, os tracadilhos e outros jogos de linguagem.
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A morte e a donzela
Equipa artística e técnica
Texto
Elfriede Jelinek
Tradução
Anabela Mendes
Versão dramatúrgica e encenação
Alexandre Pieroni Calado
Interpretação
Alexandra Viveiros
Gustavo Vargas
Paula Garcia
Sandra Hung
Sofia Dinger
Concepção plástica e espaço sonoro
João Ferro Martins
Realização vídeo
João Seiça
Desenho de comunicação
Miguel Pacheco Gomes
Direcção técnica
João Chicó
Colaboração científica
Bruno Monteiro
Vera San Payo de Lemos
Parcerias e apoio confirmados
Câmara Municipal de Almada, Almada
Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa
EGEAC, Lisboa
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Festival Temps d’Images/DuplaCena, Lisboa
Alkantara, Lisboa
Teatro O Bando, Palmela
CENDREV/Teatro Garcia de Resende, Évora
Teatro Municipal de Almada, Almada
Companhia Olga Roriz, Lisboa
Latoaria, Lisboa
CENTA/Herdade Tapada da Tojeira, Castelo Branco
Cinemateca Portuguesa, Lisboa
Instituto Goethe de Lisboa
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Almada
Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa
RTP/Rádio Antena 2, Lisboa
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A morte e a donzela
Calendarização das actividades
(Pré-produção, investigação e tradução)
Abril/Julho, 2015
(Residência, confirmado)
Teatro O Bando, Palmela
20/21/22/23/24/25 Julho, 2015
(Residência, confirmado)
CENTA/Herdade Tapada da Tojeira, Castelo Branco
14/20 Setembro, 2015
(Formação, confirmado)
Latoaria, Lisboa
21/25 Setembro, 2015
(Residência, confirmado)
Companhia Olga Roriz, Lisboa
27 Setembro/15 Dezembro, 2015
(Colóquio Quem tem medo de Elfriede Jelinek, confirmado)
Instituto Goethe de Lisboa
20 Outubro, 2015
(Abertura do processo/Vídeo)
A morte e a donzela/fragmentos
Outubro, 2015
(Colóquio A máquina de filmar de Rogério de Carvalho, confirmado)
Cinemateca Portuguesa, Lisboa
5 Novembro, 2015
(Ante-estreia)
Mostra de Teatro de Almada
Novembro 2015
(Espectáculo, confirmado)
Temps d’Images/Alkantara, Lisboa
18/19/20/21/22 Dezembro, 2015
(Espectáculo, confirmado)
Teatro O Bando, Palmela
16/17 Janeiro 2016
(Espectáculo, confirmado)
CENDREV/Teatro Garcia de Resende, Évora
Janeiro 2016
(Espectáculo, confirmado)
Teatro-Cine de Torres Vedras, Torres Vedras
Janeiro 2016
(Espectáculo, confirmado)
Teatro Municipal de Almada, Almada
Janeiro 2016
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A morte e a donzela
Notas biográficas
Alexandre Pieroni Calado (1975). Direcção artística, dramaturgia e encenação.
Licenciado Pré-Bolonha em Teatro, pela Escola Superior de Teatro e Cinema (IPL Lisboa). Mestre em História
e Filosofia da Ciência, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNL Lisboa). Doutor em Artes Cênicas, pela
Escola de Comunicação e Artes (USP São Paulo). Apresentou os trabalhos Woyzeck 1978 (Latoaria Lisboa,
Incrível Almadense, Teatro Garcia de Resende, Teatro O Bando Palmela 2014), Quarteto (Latoaria Lisboa,
Moagem Fundão, Teatro Municipal de Almada, O Bando Palmela 2013), Pregação (Teatro A Comuna, Fórum
Romeu Correia 2012), Tête de Meduse (UQAM Montréal, TUSP São Paulo 2010), da beleza ou o sistema
nervoso dos peixes (Teatro Taborda Lisboa 2009, Espaço Viga São Paulo 2008), e dirigiu os espectáculos
Húmus: Tríptico#2 (Rennes, 2014), Mecânica das Paixões (Cineteatro Covilhã, Fórum Romeu Correia
Almada, Teatro Politécnica Lisboa 2012) e Miss Puss / Mestre Gato (Teatro Taborda Lisboa, Fórum
Romeu Correia Almada, O Bando Palmela 2007). Foi assistente de encenação de Ivica Buljan em Cais Oeste
(TMAlmada 2014) e actor em Tartufo (enc. Rogério de Carvalho, TMAlmada, 2014), Errâncias – por mares
já há muito navegados (enc. Anabela Mendes, Sociedade de Geografia de Lisboa/Lisboa, 2007; Fundação
Oriente Panjin / Índia, 2008), Faustiando (enc. Anabela Mendes, FCT-UNL/Almada, ESTC-IPL/Amadora,
Goethe Institut/Lisboa, Ibero-Amerikanisches Institut/Berlin, 2005), Os últimos dias de Sócrates (enc.
Amândio Pinheiro, Tapada das Necessidades/Lisboa, 2005), entre outros.
Anabela Mendes (1951). Tradução e colaboração científica.
Germanista e Professora no Departamento de Estudos Germanísticos da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa. É investigadora e conferencista em Literatura de Expressão Alemã, Cultura Alemã,
Estética e Filosofia da Arte, Ciência e Arte, Teoria e Estética do Teatro, Sociologia das Artes do Espectáculo,
Literatura Portuguesa, Literatura e Ciência, Literatura de Viagens. Possui vasto número de publicações nestas
áreas (em português, alemão e inglês) e participa com regularidade em colóquios nacionais e internacionais.
Nos últimos anos organizou colóquios internacionais e transdisciplinares sobre Johann Wolfgang von Goethe
e Fernando Pessoa, Garcia de Orta e Alexander von Humboldt, Aby M. Warburg e as suas travessias
elípticas pela arte, história e cultura. Recentemente concebeu e coordenou um projecto internacional e
transdisciplinar dedicado a Viagens de Longo Curso: Roteiros e mapeações. É tradutora literária, desde 1972,
de peças de Thomas Bernhard, Bertolt Brecht Daniil Charms, Thea Dorn, Rainer Werner Fassbinder, Peter
Handke, Ödo von Horváth, Wassily Kandinsky, Heinrich von Kleist, Heiner Müller, Arthur Schnitzler, Patrick
Süsskind, Frank Wedekind.
Alexandra Viveiros (1986). Interpretação.
Licenciada pela Escola Superior de Teatro em Cinema em Formação de Actores/Encenadores. Frequentou o
curso de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa até ao 2º ano. Leccionou a disciplina de
Expressão Dramática no programa Educação
pela Arte na Escola EB1 Vale de Alcântara. Em teatro trabalhou com: Jorge Silva Melo, Álvaro Correia,
Mónica Calle, João Brites, Carlos Pessoa, Miguel Loureiro, Francisco Salgado, entre outros. E no cinema
trabalhou com MarcoMartins, João Seiça, Pedro Palma.
Integrou recentemente o elenco de “Woyzeck 1978”, de Alexandre Pieroni Calado, espectáculo que esteve
em digressão por vários teatros do país. Estreou-se profissionalmente com a companhia Artistas Unidos onde
participou em vários dos seus espéctáculos, destacando, “Esta noite improvisa-se”, “Morte de Danton”, “Seis
personagens à procura de autor”.
Gustavo Vargas (1980). Interpretação.
Licenciou-se em Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema e em Engenharia do
Ambiente, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia. Em teatro trabalhou com os encenadores Alexandre
Pieroni Calado (A Lição, de Eugène Ionesco, 2005 e Woyzeck 1978, a partir de Woyzeck, de Georg Buchner,
2014), Emmanuel Demarcy-Mota (Tanto Amor Desperdiçado, de William Shakespeare, 2007), Martim
Pedroso (Pentesileia, de Heinrich von Kleist, 2010), e Jorge Silva Melo (A Morte de Danton, de Georg
Buchner (2012). Em cinema trabalhou com Sérgio Brás D’Almeida (Corações Plásticos, 2008), Maxim
Dierickx (Abrigo, 2009), Pedro Palma (Wordless, 2011) M. Reza Hajipour (The Baby, 2011), Leonardo
António (O Frágil Som do Meu Motor, 2012 e Agora que Sou Grande, 2015), Claudio Bonivento (Anita
Garibladi, 2012), Patrícia Couveiro (Por Favor, Não Toques na Minha Afro, 2012), Rodolfo Silveira (Lado
Esquerdo, 2014), Alberto Graça (Entre a Dor e o Nada, 2015) e Julius Berg (Mata Hari, 2015). Trabalha em
televisão desde 2006.
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A morte e a donzela
Paula Garcia (1977). Interpretação.
Licenciou-se em actores/encenadores pela E.S.T.C. e frequentou diversos workshops dos quais destaca a
Master Class, com Marcia Haufrecht, no âmbito dos Cursos de Arrábida pela Fundação Oriente. É pósgraduada em Comunicação e Artes pela Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa. Em teatro, trabalhou com António Augusto Barros, Sílvia Brito, Nuno Cardoso, Rogério de Carvalho,
Alexandre Calado, Paulo Lage, Sofia Lobo e Joana Linda, entre outros. Foi co-criadora do espectáculo Vénus
<3 Adonis, com André Godinho (CCB, Festival Temps d’Images 2012), Batalha, com Rui Neto e Francisco
Salgado (Teatro da Trindade) e criadora de Um Título para Macbeth (Casa Conveniente). Em cinema,
trabalhou para Alison Murray, Atom Egoyan, Inês Oliveira, André Godinho, Mariana Gaivão, Leonardo
António e Carlos Conceição, entre outros.
Sandra Hung (1974). Interpretação.
Licenciada em Teatro/Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, do Instituto
Politécnico de Lisboa, ESTC/IPL. Fez Erasmus no Conservatoire Royal de Bruxelles. Realizou estágio no
Théâtre du Soleil com Ariane Mnouchkine. Tem o Curso de Formação de Actores, pelo Instituto de
Formação, Investigação e Criação Teatral (IFICT), ministrado por Paula Freitas e Adolf Gutkin. Trabalhou
como actriz com Adolf Gutkin, João Brites, Rogério de Carvalho, Anabela Mendes, Mónica Calle e Alexandre
Pieroni Calado. Co-criadora com Francisco Salgado do espectáculo Medeia (Latoaria Lisboa, Cineteatro
Curvo Semedo Montemor-O-Novo, Teatro Municipal Joaquim Benite Almada 2014). Partilha a encenação
de Húmus - Tríptico, Prémio FATAL 2014 (Festival Entrer dans l’arène Rennes, Rennes, França; Teatro da
Politécnica, Lisboa 2014). Faz a dramaturgia e a encenação de Verbo Müller (Teatro Municipal de Almada,
Almada; 12a Mostra Internacional de Teatro de Santo André, Vila Nova Santo André - NNT 2011). Escreve
e encena Tartarugas e Migração – Prémio “Espectáculo Destaque” da Mostra Paschoal Carlos Magno, Festival
Internacional De Teatro Universitário de Blumenau, Santa Catarina, Brasil, (FITUB, Brasil 2010). Trabalhou
como actriz em Quarteto de Heiner Müller, encenação Alexandre Pieroni Calado (Latoaria, Lisboa; Moagem,
Fundão; Teatro Municipal de Almada; Almada; Teatro O Bando, Palmela 2013).
Sofia Dinger (1984). Interpretação.
Licenciatura em Teatro – ramo Actores Escola Superior de Teatro e Cinema e USP – Universidade de
São Paulo (2005-2009). Curso da Academia Contemporânea do Espectáculo – Formação de Actores
(2002/2005). Em teatro trabalhou em: Os sete pecados mortais, de Mónica Calle, Teatro Meridional,
Companhia Olga Roriz, Espaço d’O Negócio/ZDB, Latoaria, Comuna, DNA, Teatro da Politécnica Lisboa
(12/2014). A grande ilusão, de Sofia Dinger Espaço Alkantara Lisboa (11/2014). As ondas, de Sara Carinhas
Espaço Primeiros Sintomas (reposição festival Santiago a Mil/ Santiago do Chile e São Luiz Teatro Municipal)
Lisboa (11/2013). Noites Brancas, de Sofia Dinger Teatro Maria Matos, Lisboa (07/2013). Atlas, de Ana
Borralho e João Galante Auditório Curvo Semedo, Montemor-o-Novo (05/2013). Os Maias, de Gonçalo
Amorim Auditório Municipal de Gaia, V.N.de Gaia (02/2013). Hoje não amanhecerá, de Tiago Vieira Casa
Conveniente, Lisboa (09/2012). Peça curta para um motor Sofia Dinger Espaço dos Primeiros Sintomas,
Lisboa (07/2012). Quando eu for uma boa actriz, prometes que vens ver-me? Sofia Dinger Teatro de Almada
,Almada,(05/2012). Noite do Manifesto Sofia Dinger Teatro Maria Matos, Lisboa (04/2012). Esta é a minha
cidade e eu quero viver nela- edição especial Porto Joana Craveiro co-production between Teatro do Vestido
e Teatro Nacional S.João, Mosteiro de S.Bento da Vitótia, Porto (03/2012). Ifigénia e Isaac A kills B Centro
de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (02/2012). Melodrama para dois actores e um
fantasma Rui Catalão Teatro Maria Matos , Lisboa (01/2012). Titus: Laboratório de Sangue David Pereira
Bastos Casa Conveniente, Lisboa (11/2011). Nothing’s ever yours to keep (versão final) Sofia Dinger
digressão pela rede 5 Sentidos (Teatro Municipal da Guarda, Teatro Maria Matos, Teatro Virgínia, Teatro
Viriato , Centro Cultural Vila Flor), integrada no TRi-Ciclo,, ciclo de criadores Emergentes (10/2011), entre
outros. Recebeu o prémio Actriz-Revelação 2011 pelo Instituto Bernardo Santareno, a Menção Honrosa
pela interpretação em “Lullaby” pelo Júri do 16º Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira
(2012), e teve “A grande ilusão” considerada uma das dez melhores peças do ano 2014 pelo crítico João
Carneiro, do jornal Expresso.
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A morte e a donzela
João Ferro Martins (1979). Concepção plástica e espaço sonoro.
Licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design (IPL Caldas da Rainha). Trabalha como
artista visual, sonoro e performativo. As suas exposições individuais mais recentes incluem La cosa che vuoi
dirmi è bella o brutta? (3+1 Arte Contemporânea, Lisboa 2014), Reprise (Espaço Padaria Independente Galeria Fernando Santos, Porto 2014), Contínuo (João Ferro Martins e Miguel Palma, Museu Carris, Lisboa
2013), , Ficção Científica (Atelier Concorde, Lisboa 2012), Ana Santos e João Ferro Martins (The Goma,
Galeria de Arte, Madrid 2011), F.O.R.M.E.L. - Faux, Ordinaire, Revêche, Manipulateur, Egoïste, Lascif (Caroline
Pagès Gallery, Lisboa 2011), From L to L and back again (João Ferro Martins e Ruth Proctor, The Mews,
Project Space, Londres 2011), Suite per vino solo (Ve.Sch - Verein für Raum und Form in der bildenden
Kunst, Viena 2011). Desenvolveu temas sonoros originais para o espectáculo Quarteto (2013) e para
Woyzeck 1978 (2014), de Alexandre Pieroni Calado.
João Seiça (1977). Realização vídeo.
MA Screen Directing, Drama Centre London, Central Saint Martins College of Arts and Design, University
of the Arts London (2010). Licenciatura em Eng. Física, Universidade Nova de Lisboa (2002). Frequenta
Doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento na Universidade de Lisboa (2014 - …).
Melhor Filme Experimental, FreeNetWorld Film Festival, Sérvia (2012). Melhor Videoclip, LeiriaFilmFest
(2012). Melhor Fotografia, CinEuphoria (2011). Filmes nomeados em: Van d’Or Awards (2012), London
Short Film Festival (2013), Cannes in a Van (2012), ShortCutz (London (2012), Lisboa (2011), Porto, Viseu),
Festival Caminhos do Cinema Português (2011), Inconnu Film Festival (2010), CAMERA Film Festival
(Oxford) (2010), Portobello Film Festival (2010), Branchage Jersey Film Festival (2009).
Miguel Pacheco Gomes. Desenho de comunicação.
Licenciado em Design de Comunicação ESBAL. Mestre em Ensino de Artes Visuais pela Universidade de
Évora. Desempenhou funções como: curador e produtor de diversos ciclos e conferências na área das Artes
Visuais e Design: ciclo 2//, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa; 3+, 3+ AC/DC e 3+ 2/
DC na Escola de Artes da Universidade de Évora e na Escola Secundária Gabriel Pereira, em Évora. Foi ainda
o Designer de Comunicação português convidado para, na Eslovénia, participar no Mejart, intercâmbio de
25 artistas e designers provenientes de Portugal, Espanha, França, Itália e Eslovénia. Desde então produz
com a Artista Visual, Luísa Jacinto, os programas de rádio: Zero, Zero, Sete, 1/4 e Until para a estação
de rádio RádioZero de Lisboa; coordena o AS/P/SA, arquivo sonoro online; trabalhou como Designer
de Comunicação: na Lagos Sports, num estúdio de Arquitectura e noutro de Arquitectura Paisagista e
actualmente como docente das disciplinas de Artes Visuais no ensino básico e secundário. Foi ainda, no
decorrer deste ano, um dos Artistas Visuais seleccionados a participar no Encontro de Artistas Novos
«Cidade da Cultura» na Cidade da Cultura de Galícia em Santiago de Compostela, Espanha.
João Chicó. Direcção técnica.
João Chicó. Completou o curso de Produção de Espectáculos pela ETIC e o curso de Gestão e Produção
das Artes do Espectáculo do Fórum Dança. Frequentou o 1º Ano do curso de Sociologia na Universidade
Lusófona. Trabalhou com O Bando (2003-09), FIAR (2003- ), Clara Andermatt, Amélia Bentes, Chapitô,
Backlight e Ligações II. Em 2011 funda a Fosso de Orquestra. É Director Técnico dos Artistas Unidos desde
2012 até a actualidade, assumindo desde essa também a direcção técnica do FATAL..
Artes e Engenhos
É uma associação que promove trabalhos de artes performativas, som e fotografia, com sede na Faculdade
de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Conta com um núcleo de criadores teatrais e com
colaboradores nas áreas das artes visuais, design, engenharia e arquitectura. A par dos projectos de criação
e difusão, desenvolve conferências, cursos e acções com comunidades. Os parceiros das suas actividades
têm sido, entre outros, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Goethe-Institut de Lisboa, o Atelier RE.AL, a
Companhia Olga Roriz, o Teatro O Bando, a Latoaria, o Teatro Garcia de Resende, a Moagem, as Oficinas do
Convento, o Projecto Ruínas, a Câmara Municipal de Almada.
www.arteseengenhos.com
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A morte e a donzela

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