Sintomas Oftalmológicos Benignos agudos

Transcrição

Sintomas Oftalmológicos Benignos agudos
Intervenção Farmacêutica
em Oftalmologia
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Serviços disponibilizados nas farmácias comunitárias:








Dispensa de produtos oftálmicos (óculos para presbiopia, produtos de higiene oftálmica e soluções para lentes contacto)
Dispensa de suplementos alimentares oftálmicos
Dispensa de tratamento ocular
Aconselhamento em sintomas oftalmológicos benignos agudos
Aconselhamento sobre prescrição médica
Informação sobre lentes de contacto
Informação sobre doença ocular crónica
Referenciação à consulta médica
Journal Français D´ophtalmologie. 2011; 34(3):168-174
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Comportamentos dos profissionais de farmácia:
 11% dos profissionais referenciam corretamente os utentes para a consulta médica sem aconselharem qualquer produto;
 89% dos profissionais aconselham MNSRM;
 72% dos profissionais aconselham MNSRM e referenciação à consulta médica.
Knowledge, Attitude, Practice Pattern of Ophtalmic Drugs in Pharmacist and its´Over the Counter Misuse. 2012 (Free Paper)
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
“Look after your Eyes” Public Health Campaign (Julho 2013)
Members of the public are being encouraged to ‘look in’ to their local pharmacy in July
to discover how their health affects their eyesight, and the simple steps they can take
to avoid the sight loss which currently affects around 100,000 people in Wales.
The “look after your eyes” campaign aims to improve public awareness of eye health
and encourage people to take greater care of their eyes. The campaign will run from
Monday 1 July until Wednesday 31 July in all 714 pharmacies across Wales.
As part of the campaign, pharmacies will be reminding the 50,000 people who visit a
pharmacy every day that around 50% of all sight loss is avoidable with early detection
and treatment. They will advise people that adopting a healthier lifestyle can protect
their vision – including reducing their chance of developing age related macular
degeneration (AMD) by quitting smoking, and avoiding eye diseases such as Diabetic
Retinopathy which are linked to obesity.
http://www.cpwales.org.uk
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
“Look after your Eyes” Public Health Campaign (Julho 2013)
During the initiative, pharmacists reminded members of the public about the
prevalence of avoidable sight loss and how living a healthier lifestyle could protect
their vision.
As a result, pharmacists referred 348 people for an NHS eye examination during
the month-long campaign, with a further 83 people to Welsh Eye Care Services. In
addition, 50% of Optometry Wales’ members received at least one referral from a
pharmacy, with 15% receiving five or more.
http://www.optometry.co.uk
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Intervenção farmacêutica em oftalmologia:





Doença Ocular Crónica
Emergência Oftalmológica
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Olho Seco
Uso correto do medicamento
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Intervenção farmacêutica em oftalmologia:
 Doença Ocular Crónica
 Glaucoma Ângulo Aberto
 Retinopatia Diabética
 Degenerescência Macular Relacionada com a Idade
 Blefarite
 Emergência Oftalmológica
 Sintomas Oftalmológicos Benignos agudos
 Olho Seco
 Uso correto do medicamento
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Glaucoma Ângulo Aberto
Classificação do Glaucoma:
 Glaucoma Congénito
 Glaucoma Ângulo Fechado URGÊNCIA OFTALMOLÓGICA
 Glaucoma Ângulo Aberto – tratamento farmacológico
 Glaucoma Fármaco induzido
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Glaucoma Ângulo Aberto
•
•
•
•
•
•
Neuropatia ótica adquirida, progressiva e crónica;
Representa 60-70% dos casos de glaucoma;
O líquido produzido pelo olho drena lentamente a partir da câmara anterior
A elevação da pressão ocular ocorre lentamente (PIO>21mmHg);
Bilateral mas assimétrico;
Assintomático nas fases iniciais (os sintomas só surgem quando há lesão
irreversível do nervo ótico);
• Sintomas: perda de visão periférica (visão em túnel).
Semergen. 2013; 39(1):26-33
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Glaucoma Ângulo Aberto
Terapêutica Farmacológica de 1ª Linha
Classe Terapêutica
Bloqueadores beta
Prostaglandinas
Fármacos
Nomes Comerciais
Contraindicações
Efeitos Secundários
Betaxolol, Carteolol,
Levobunol, Timolol
Bertocil, Arteoptic,
Phisioglau, Betagan,
Timoptol, Nyolol,
Timoglau
Insuf. Cardíaca
Arritmias
Asma e DPOC
Miastenia grave
Bradicardia
Hipotensão
Broncoespasmo
Bimatoprost,
Latanaprost, Tafluprost
Lumigan, Xalatan,
Saflutan
Uveíte e antecedentes de
uveíte
Glaucomas de origem
inflamatório
Pigmentação da iris
Ardor após aplicação
Semergen. 2013; 39(1):26-33
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Glaucoma Ângulo Aberto
Terapêutica Farmacológica de 2ª Linha
Classe Terapêutica
Fármacos
Nomes Comerciais
Contraindicações
Efeitos Secundários
Inib. Anidrase
Carbónica
Brinzolamida
Dorzolamida
Azopt, Trusopt,
Dorzolamida MG
Alergia a sulfamidas
Ardor nos olhos
Alterações do paladar
Agentes
adrenérgicos alfa
Clonidina
Brimonidina
Edolglau, Alphagan,
Bglau
Alterações cardiovasculares
graves
HTA
iMAO, ADTs
Ardor nos olhos
Alterações do paladar
Salagen
Pacientes jovens
Antecedentes de uveíte ou
cataratas
Asmáticos
Alteração da acuidade
visual e espasmo de
acomodação em jovens
Agentes colinérgicos Pilocarpina
Semergen. 2013; 39(1):26-33
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Glaucoma Ângulo Aberto
Intervenção Farmacêutica
 Promoção da adesão à terapêutica
 Monitorização das prescrições
 Ensino da técnica de aplicação de colírio

despiste de interações medicamentosas ou de interações fármaco-doença
Diabetic Retinopathy & Glaucoma Management http://www.pharmacytimes.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Retinopatia Diabética
 Complicação tardia da diabetes;
 Alteração dos vasos sanguíneos, em resultado da hiperglicemia não
controlada, que passam a permitir a passagem de líquido e sangue para a
retina – edema macular diabético;
 Sintomas: os sintomas surgem em estádios avançados da doença e incluem
visão turva (dificuldade em ler, conduzir ou reconhecer as pessoas), pontos
negros ou flutuantes no campo de visão (moscas ou teias de aranha), flashes
de luzes e perda súbita de visão;
 Tratamento: fotocoagulação, injeção intravítrea, vitrectomia, corticosteróies
oftálmicos.
Diabetic Retinopathy & Glaucoma Management http://www.pharmacytimes.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Retinopatia Diabética
Intervenção Farmacêutica







Promoção da adesão à terapêutica antidiabética;
Serviços Farmacêuticos Diferenciados – Consulta Farmacêutica e Revisão Terapêutica;
Sensibilização para a necessidade de cumprir os objetivos terapêuticos (Hb A1c < 7%);
Ensino da utilização dos dispositivos de medição e monitorização;
Medição periódica da glicemia, pressão arterial e colesterol;
Ações de sensibilização na comunidade sobre a patologia e os fatores de risco;
Promoção de consulta médicas regulares por médico especialista.
Diabetic Retinopathy & Glaucoma Management http://www.pharmacytimes.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Degenerescência Macular Relacionada com a Idade




Doença degenerativa, multifatorial que resulta do envelhecimento da zona
central da retina;
Causa perda progressiva da visão central ficando a visão periférica
inalterada;
Desenvolve-se gradualmente e sem dor e a perda de visão resultante é
irreversível;
Sintomas: mancha escura ou esbranquiçada no centro do campo visual;
perda rápida da acuidade visual; diminuição da sensibilidade ao contraste;
imagens enevoadas; alteração das cores e aumento da sensibilidade à luz;
distorção de linha direitas .
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Degenerescência Macular Relacionada com a Idade
Intervenção Farmacêutica
 Deteção Precoce - Grelha de Amsler
Referenciação a consulta médica de urgência, no espaço de 1-3
semanas!
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Degenerescência Macular Relacionada com a Idade
Intervenção Farmacêutica
 Suplementos Alimentares
 Vitamina A
 Vitamina C
 Vitamina E
 Zinco
 Selénio
 Carotenóides (luteína e zeaxantina)
 Ácidos gordos essenciais (ómega 3)
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Blefarite



Inflamação das margens da pálpebra;
Pálpebras apresentam-se vermelhas e irritadas, com espessamento e
frequentemente com formação de escamas e crostas ou de úlceras
superficiais;
Classificam-se em blefarite infeciosa (resultado de infeção bacteriana) e
blefarite seborreica (secundárias a um excesso de produção das glândulas
sebáceas que desenbocam nos folículos à volta das pestanas);
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Doença Ocular Crónica
Blefarite
Tratamento não farmacológico
1º passo - Aplicação de calor local – aplicação de compressas quentes durante
15-20 minutos, duas a quatro vezes por dia;
2º passo- Higiene palpebral – o olho afetado deve ser limpo com uma
compressa embebida numa solução específica para limpeza palpebral; após
limpeza, o doente deve usar soro fisiológico ou água para enxaguar os restos da
solução;
3º passo- Massagem das pálpebras – massagem suave na base dos cílios para
drenar as secreções
Tratamento farmacológico (reservado aos casos mais graves)
 Associações de antibióticos tópicos com corticosteródes
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Intervenção Farmacêutica em Oftalmologia:
 Doença Ocular Crónica
 Emergência Oftalmológica
 Glaucoma Ângulo Fechado
 Descolamento da Retina
 Sensação de Corpo Estranho
 Queimadura
 Sintomas Oftalmológicos Benignos agudos
 Olho Seco
 Uso correto do medicamento
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Emergência Oftalmológica
Glaucoma Ângulo Fechado
•
•
•
•
Representa 10% de todos os glaucomas;
Sintomatologia unilateral e aguda;
Elevação súbita da pressão intraocular (PIO > 40mmHg);
Sinais: hiperemia conjuntival, edema com perda de transparência da córnea,
dificuldade em visualizar detalhes da iris em comparação com o olho
colateral, pupila ovalada em midríase, olho duro à pressão;
• Sintomatologia característica: início súbito, dor ocular, diminuição da
acuidade visual, náuseas, vómitos;
• Referenciação imediata para OFTALMOLOGIA.
Semergen. 2013; 39(1):26-33
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Emergência Oftalmológica
Glaucoma Ângulo Fechado
Fármacos que causam ou exacerbam o glaucoma de ângulo fechado:
 ADTs (amitriptilina)
 Antidepressivos heterocíclicos (mirtazapina, trazodona,
reboxetina)
 SSRIs (citalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina,
sertralina, venlafaxina, duloxetina)
 Benzodiazepinas
 Descongestionantes nasais adrenérgicos tópicos
 Medicações atropínicas (atropina, ipratropio e
tiotrópio, antiparkinsónicos anticolinérgicos)
 Antihistamínicos H1 e H2 (exceto loratadina,
desloratadina e fexodenadina)
 Antipsicóticos (clorpromazina, levopromazina,
clozapina)
 Agonistas adrenérgicos β2 (salbutamol e
terbutalina)
 Anticoagulantes orais
 Nitroglicerina
 Carbamazepina
 Cardesartan
Semergen. 2013; 39(1):26-33
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Emergência Oftalmológica
Descolamento da retina
 Separação da retina neuro sensorial do epitélio pigmentado da retina que
conduz a uma rápida degeneração dos foto recetores devido à isquemia;
 Sintomatologia unilateral e aguda;
 Sintomas: perda total ou parcial do campo visual; o descolamento é
precedido por fotopsias (clarões luminosos semelhantes a relâmpagos ou
faíscas), pontos escuros que se deslocam no campo visual e visão turva;
 Fatores de risco: miopia, cirurgia ás cataratas, retinopatia diabética, história
familiar de descolamento da retina, idade avançada e trauma;
 Referenciação imediata para OFTALMOLOGIA.
Am Fam Physician. 2007; 76(6):829-36
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Emergência Oftalmológica
Sensação de Corpo Estranho
 “Corpos estranhos” mais comuns: grãos de areia, insetos e limalhas;
 Sintomas: dor ou picada local, lacrimejo, dificuldade em manter as pálpebras abertas.
Primeiros socorros:
 Lavar o olho com soro fisiológico ou água corrente;
 NÃO esfregar o olho nem tentar remover o corpo estranho com cotonetes, gaze ou lenço de papel;
 Fazer um penso oclusivo e referenciar à consulta médica, se necessário.
Referenciação imediata para OFTALMOLOGIA em caso de:
 Partículas aderentes aos globo ocular
 Impactos a alta velocidade
 Não melhoria do desconforto ocular após lavagem ocular abundante e repouso.
The American Journal of Medicine. 2006; 119:302-6
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Emergência Oftalmológica
Queimadura
 Térmicas ou químicas;
 Queimaduras químicas por alcalinos (amoníaco, lixivia, cal) são mais
perigosas do que queimaduras por ácidos (sulfúrico, clorídrico, acético);
 Tratamento é mandatório mesmo antes de se procurar ajuda especializada –
lavar abundantemente o olho exposto com uma solução salina esterilizada
ou, na ausência desta, com água corrente;
 Referenciação imediata para OFTALMOLOGIA.
Am Fam Physician. 2007; 76(6):829-36
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Intervenção Farmacêutica em Oftalmologia:
 Doença Ocular Crónica
 Emergência Oftalmológica
 Sintomas Oftalmológicos Benignos agudos
 Conjuntivites
 Hemorragia Subconjuntival
 Hordéolo
 Olho Seco
 Uso correto do medicamento
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Bacteriana
 Apresentação unilateral; o olho colateral é afetado em 1-2 dias;
 Instalação rápida e altamente contagiosa;
 Sintomas:
 Olho vermelho
 Dor ligeira a moderada/desconforto ocular
 Secreção mucopurulenta amarelada, esbranquiçada ou esverdeada.
Bacterial Conjunctivitis http://emediccine.medscape.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Bacteriana
Tratamento Farmacológico: antibioterapia tópica administrada na forma de colírio, gel ou pomada oftálmica
 Cloranfenicol (Clorocil, Micetinoftalmina )
 Ácido Fusídico (Fucithalmic )
 Tetraciclinas (Terricil )
 Aminoglicosídeos (Gentocil )
 Quinolonas (Oftacilox , Oftaquix , Floxedol , Exocin )
A benignidade da infeção associada ás elevadas concentrações que se podem atingir no tratamento tópico explicam algum
empirismo na seleção do antibiótico.
Prontuário Terapêutico.2013
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Bacteriana
Tratamento Farmacológico:
Colírios – salvo indicação em contrário, os colírios com antibacterianos devem ser utilizados por instilação de 1 gota de
hora em hora ou de 2 em 2h reduzindo-se a frequência da aplicação em função da resposta à infeção; o tratamento deve
ser prolongado 48h após o desaparecimento da sintomatologia.
Gel ou pomada oftálmica – quando usados em associação com colírios, são aplicados preferencialmente à noite; quando
usados isoladamente devem ser aplicados 3-4 vezes por dia.
Reforçar a importância do cumprimento dos esquemas posológicos
por forma a minimizar as resistências a antibióticos!
Prontuário Terapêutico.2013
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Bacteriana
Tratamento Não Farmacológico:
 Lavar as mãos frequentemente, evitar mexer nos olhos afetados;
 Quando a secreção mucopurulenta é abundante, recomendar a limpeza do olho várias vezes por dia e imediatamente
antes da aplicação do antibiótico – utilizar compressas esterilizadas e soro fisiológico unidoses ou produtos adequados
à higiene ocular;
 Eliminar lentes de contacto infetadas;
 Não partilhar toalhas ou cosméticos.
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Viral
 Apresentação unilateral; o olho colateral é afetado em 1-2 dias;
 Altamente contagiosa (10-12 dias);
 Os sintomas pioram nos primeiros 3-5 dias melhorando gradualmente em
1-2 semanas;
 Infeção evolui espontânea e favoravelmente em 2-4 semanas;
 Sintomas:
 Hiperemia conjuntival
 Secreção hialina
 Prurido
 Sensibilidade à luz.
Viral Conjunctivitis http://emediccine.medscape.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Viral
Tratamento Farmacológico: recomendado apenas em caso de infeção por Herpes simplex ou varicela-zoster vírus
 Aciclovir (Zovirax)
 Ganciclovir (Virgan )
Aplicação 5xdia até ter ocorrido reparação do epitélio; o tratamento deve manter-se alguns dias após a cicatrização.
Prontuário Terapêutico.2013
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Viral
Tratamento Não Farmacológico:
 Compressas frias
 Soro fisiológico estéril (unidoses)
 Lubrificantes oftálmicos
Viral Conjunctivitis http://emediccine.medscape.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Alérgica
 Resulta do contacto do olho com alérgenos (pólen, poluentes, fármacos,
cosméticos, lentes de contacto);
 Associada a outras doenças alérgicas como asma, rinite alérgica e dermatite
atópica;
 Sintomas:
 Normalmente é bilateral
 Olho vermelho
 Pode manifestar-se com reação alérgica generalizada (com sintomas
respiratórios) ou com queixas isoladas
 Prurido característico.
Allergic Conjunctivitis http://emediccine.medscape.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Alérgica
Tratamento Farmacológico:






Lubrificantes oftálmicos (casos mais simples)
Anti-histamínicos oftálmicos (casos moderados)
Inib da desgranulação dos mastócitos
Descongestionantes  precaução no aconselhamento!
Anti-inflamatórios
Corticosteroides oftálmicos (casos graves)  indicação de oftalmologista!
Allergic Conjunctivitis http://emediccine.medscape.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Alérgica
Classe Terapêutica
Fármacos
Nomes Comerciais
Anti-histamínicos
Azelastina; Levocabastina
Allergodil ;
Livostin
Inid desgranução
mastócitos
Cromoglicato sódio
Nedocromil
Cromabak; Fenolip; Opticron
Tilavist
Descongestionantes
(agonistas α)
Fenilefrina
Oximetazolina
Tetrizolina
Visadron
Alerjon; Oxylin
Visine
AINEs
Cetorolac
Acular; Elipa
Contraindicações
Glaucoma ângulo fechado
Patologias cardiovasculares
Prontuário Terapêutico.2013
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Conjuntivites
Conjuntivite Alérgica
Tratamento Não Farmacológico:
 Evitar a exposição ao alergeno!
 Aplicação de compressas frias
 Aplicação de lubrificantes oftálmicos  se a sintomatologia não melhorar em 7 dias, referenciar para a consulta
médica.
Allergic Conjunctivitis http://emediccine.medscape.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Hemorragia Subconjuntival






Olho vermelho muito intenso;
Uni ou bilateral;
Indolor;
Não há comprometimento da visão;
Não há secreção;
Autolimitado - melhora espontaneamente em 7-14 dias;

Pode resultar de trauma com lesão conjuntiva, esforço (carregar objetos
pesados, tosse, espirros), distúrbios da pressão arterial ou alterações da
coagulação;

Não requer tratamento!
Managing Common Eye Conditions in the Pharmacy http://www.pharmacist.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Hordéolo
 Abcesso palpável doloroso, eritematoso que se apresenta de forma aguda na
pálpebra;
 Muito comum em pessoas com blefarite crónica;
 Sintomas:
 Dor, vermelhidão e sensibilidade na margem da pálpebra;
 Área tumescente pequena e arredondada com um ponto amarelo no
centro da intumescência;
 Lacrimejo, fotofobia e sensação de corpo estranho podem estar
presentes;
Não espremer a glândula afetada! Na maioria dos casos drena
espontaneamente com descarga de pus e alívio da dor.
Infeções e Inflamações da pálpebras. CIM Ficha Técnica nº. 64
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Sintomas Oftalmológicos Benignos Agudos
Hordéolo
Tratamento:
 Aplicação de compressas quentes 10-15 min, 2-4 x dia;
 Aplicação de pomadas antibacterianas oftálmicas 4x dia na fase inicial passando depois a aplicar 2x dia;
 Nos casos mais graves, pode ser necessário proceder a incisão e drenagem  referenciar para a consulta médica.
Infeções e Inflamações da pálpebras. CIM Ficha Técnica nº. 64
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Intervenção Farmacêutica em Oftalmologia:





Doença Ocular Crónica
Emergência Oftalmológica
Sintomas Oftalmológicos Benignos agudos
Olho Seco
Uso correto do medicamento
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Olho Seco
Causas:

Insuficiência lacrimal – deficiente produção de líquido lacrimal ou um desequilíbrio na composição do mesmo;

Olho seco evaporativo – aumento da evaporação lacrimal mesmo em presença de uma secreção lacrimal normal;

Olho seco fármaco induzido: anticolinérgicos, anti-histamínicos, diuréticos, hormonas, descongestionantes nasais,
contracetivos orais, antiparkinsónicos, ADTs, entre outros.
Nonprescription Products for Minor Eye Conditions http://www.pharmacist.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Olho Seco
Sintomas:
 Desconforto ocular (secura, irritação, sensação de corpo estranho)
 Fotossensibilidade
 Visão turva
 Fadiga ocular
 Olho vermelho
 Intolerância a lentes de contacto
 Inicialmente os doentes apresentas hipersecreção lacrimal
A evolução dos sintomas é gradual, bilateral e crónica.
Nonprescription Products for Minor Eye Conditions http://www.pharmacist.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Olho Seco
Tratamento Não Farmacológico:
 Evitar ambientes secos ou com substâncias irritantes (fumo, pó)
 Uso de óculos em dias de vento ou para nadar
 Aumentar a frequência do pestanejar
 Pausas durante a utilização de computadores
 Evitar esfregar os olhos
 Suplementos alimentares (ómega-3)
Nonprescription Products for Minor Eye Conditions http://www.pharmacist.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Olho Seco
Tratamento Farmacológico:
 Lágrimas artificiais
 Pomada/Gel oftálmico
Substâncias Ativas
Nomes Comerciais
Álcool polivinílico
Liquifilm
Carbómero
Siccafluid, Liposic, Vidisic,
Lacryvisc, Optive
Hipromelose
Artelac, Davilose
Povidona
Oculotec
Ác. Hialurónico
Oxyal, Hyabak, Hylo-Comod,
HolonVision, Opticol
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Olho Seco
Tratamento Farmacológico:
Lágrimas artificiais – utilização diária 1-2x dia; casos mais severos a frequência de aplicação pode ser aumentada para 4x
dia;
Pomada/Gel oftálmico – utilização reservada para noite (a maior viscosidade do produto aumenta o tempo de retenção
na superfície ocular)
Nota: em situações crónicas, devem ser preferidas as formulações em unidose.
Se o doente não melhora, após utilização de diferentes formulações, deve ser referenciado para a consulta médica.
Treatment Options for Dry Eye Disease http://www.pharmacist.com
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Resumindo…
Fatores de referenciação à consulta médica










Dor ocular severa
Perda visual súbita
Exposição química
Trauma ocular
Presença de corpo estranho
Secreção purulenta
Anormalidades corneanas
Cirurgia recente
Olho cronicamente vermelho
Sintomatologia que não melhora ou agravamento dos sintomas
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Intervenção Farmacêutica em Oftalmologia:





Doença Ocular Crónica
Emergência Oftalmológica
Sintomas Oftalmológicos Benignos agudos
Olho Seco
Uso correto do medicamento
 Técnica de aplicação e cuidados especiais
 Conservação
 Prazo de utilização
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Uso Correto do Medicamento Oftálmico
Técnica de aplicação e cuidados especiais
1. Lavar cuidadosamente as mãos
2. Retirar lentes de contacto, caso aplicável
3. Limpar o olho com gaze esterilizada e soro fisiológico (importante caso
existam secreções!)
4. Destapar o colírio evitando contaminação da tampa
5. Agitar o frasco (importante no caso de suspensões!)
6. Com uma das mãos, baixar a pálpebra inferior do olho onde se vai proceder
à aplicação por forma a criar uma “bolsa”
7. Deixar cair uma gota no saco conjuntival tendo o cuidado de nunca tocar
com o aplicador no olho
8. Pestanejar suavemente ou manter os olhos fechados durante 1 a 2 min
9. Limpar o medicamento em excesso com uma gaze esterilizada
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Uso Correto do Medicamento Oftálmico
Conservação
 À semelhança da maioria dos medicamentos, a medicamentos e produtos para uso oftálmico devem ser conservados em
local seco e fresco (temperaturas < 25ºC) e ao abrigo da luz;
 Alguns medicamentos devem conservar-se no frigorífico até ao momento da sua abertura;
 Embalagens unidose, por não terem conservantes, destinam-se a utilização única devendo e excedente de fármaco não
aplicado ser rejeitado pelo doente.
Intervenção Farmacêutica em
Oftalmologia
Uso Correto do Medicamento Oftálmico
Prazo de validade e prazo de utilização
 Os medicamentos e produtos oftálmicos não devem ser utilizados após expiração do prazo inscrito na embalagem;
 Após abertura, fármacos acondicionados em dispensadores multidose, devem ser utilizados no prazo de 1 mês
(alguns podem ser utilizados durante 4 ou 6 meses) – ver embalagem!
 Após cumprimento do esquema terapêutico, o excedente medicamentoso deve ser rejeitado e convenientemente
eliminado (ValorMed).
Obrigado pela vossa
atenção!

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