ICOMOS-Portugal

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ICOMOS-Portugal
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO - C.M.BEJA, CENFIC, 2007
Com o apoio de: ICOMOS-PORTUGAL, Projecto MITR, C.M. Albufeira, Misericórdia de Beja
OFICINA:
TÉCNICAS
TRADICIONAIS
DE REVESTIMENTO
OFICINA:
TÉCNICAS
TRADICIONAIS
DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA,2007
2007
C.M.BEJA,
CONSERVAÇÃO E RESTAURO DOS
REVESTIMENTOS E SUPERFÍCIES:
DOS PROBLEMAS AOS CONCEITOS
José Aguiar
(Professor Associado da FA – UT, Presidente do ICOMOS – Portugal)
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
como surge a “conservação” do urbano?
OS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
As tradições são postas em causa pela revolução
industrial, mas, no momento em que se anuncia um
mundo novo, (re)descobre-se o valor do que se perde.
Dessa nova consciência histórica, nascerá a
necessidade de manter contacto com os testemunhos
culturais do passado.
A luta pela salvaguarda patrimonial coexistirá
intimamente com o advento da própria modernidade,
surgindo, como esclareceu Choay, a «consagração»
de um novo tipo de culto: o dos MONUMENTOS
(F. Choay, L´Allégorie du Patrimoine. Paris: Ed. Du
Seuil, 1992)
Violet-le-Duc, Entretiens…
Galerie des Machines, 1889
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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como nasce uma cultura de “conservação”?
RESTAURO VERSUS CONSERVAÇÃO
A procura de aproximações teóricas ao início dos
sobressaltos da necessidade de salvaguarda,
conduzirá à gradual definição de uma nova disciplina a
que os continentais (sobretudo os Italianos e os
Franceses) chamarão Restauro e os Ingleses de
Conservação.
Diferença e disputa conceptual que ultrapassará em
muito o século e a vida dos seus protagonistas: John
Ruskin e Viollet-le-Duc.
John Ruskin
Violet-le-Duc
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como nasce uma cultura de “conservação”?
DA AMPLIAÇÃO DO CONCEITO DE
“MONUMENTO”
William Morris, manifesto da Society for the
Protection of Ancient Buildings (SPAB), as bases
da noção de “património vernacular”:
«If, for the rest, it be asked us to specify what
kind of amount of art, style, or other interest in a
building, makes it worth protecting, we ansewer,
anything which can be looked on as artistic,
picturesque, historical, antique, or substantial:
any work, in short, over which educated, artistic
people would think it worth while to argue at all».
Cf. W. Morris, manifesto da Society for the Protection of Ancient
Buildings, Londres, SPAB, 1877.
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da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
O NOVO CONCEITO DE “PATRIMÓNIO
URBANO”
F. Choay: o conceito de “Património Urbano”
surge quatro séculos depois do conceito de
“património histórico” e é um contributo
específico da cultura europeia!
Ao surgir o “urbanismo” como disciplina surge
também, por contraste e diferença, um novo
olhar sobre a arquitectura da cidade préindustrial.
Hoje já acrescentamos à cidade-património, a
paisagem, os territórios humanizados e
património intangível (dos saberes).
F. Choay, L´Allégorie du Patrimoine, Ed. Du Seuil, Paris, 1992.
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A primeira das CARTAS
CARTA DE ATENAS DO RESTAURO, 1931
Conclusões da Conferência Internacional de Atenas sobre a Restauração dos
Monumentos, organizada pelo Conselho Internacional dos Museus (antecessor
directo do actual International Council of Museums - ICOM, fundado em 1946).
20 países e Primeira Carta Internacional do Restauro ao ser adoptada pelo Comité
Internacional para a Cooperação Intelectual e aprovada pela Liga das Nações como
Recomendação aos Estados-Membros (10 de Outubro de 1932).
Repercussões:
- uma nova praxis conservativa. O termo da fase de maior influência do restauro
estilístico, evoluindo-se, a partir daqui, no sentido da conservação estrita;
- o modelo de conservação pressuposto pela Carta influencia o processo de
reestruturação das políticas de conservação em diversos países europeus, como a
Itália (Carta del Restauro de 1931), ou Espanha (Lei de 13 de Maio de 1933, de
defesa e conservação do património histórico-artístico).
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CARTA DE ATENAS DO URBANISMO 1933
IV congresso do CIAM, Novembro de 1933:
Redacção do Grupo CIAM-France em 1941. Paris, Annales Techniques, 1945 (tradução livre):
O património arquitectónico [i.e. os monumentos] deveria ser salvaguardado:
- SE o seu valor arquitectónico correspondesse a um interesse geral;
- SE a sua conservação não provocasse o sacrifício das populações mantidas
em condições insalubres;
- SE fosse possível remediar a sua presença prejudicial por medidas radicais:
por exemplo o desvio de elementos vitais da circulação...)»
Recomenda-se ainda: «(...) a destruição de acrescentos e construções de
menor importância em torno dos monumentos o que permitiria [sic] criar
superfícies verdes>>.
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Da aversão do MODERNO à cidade histórica
Le Corbusier, legenda: como lidar com o “problema” dos centros históricos!
Em: Maneiras de Pensar o Urbanismo. Lisboa: Europa-América, 1977
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Da aversão do MODERNO à cidade histórica
Le Corbusier: Plan Voisan, e Unité
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A nova cidade de torres (libertando espaço para o verde)
Wassily Luckardt: An die Freude, 1919
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Torres ...transparentes?
Mies Van der Rohe, Torre de cristal
1919, ensaio posterior, 1921.
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A RENOVAÇÃO DEPOIS DA II GRANDE GUERRA
A necessidade de recuperar rapidamente as cidades europeias, para realojar
milhões de pessoas e permitir o relançamento da sua economia, obrigou a
actuações de extrema urgência e à aplicação de métodos expeditos de
reconstrução de monumentos (Montecassino), ou de cidades históricas
destruídas pela guerra (Varsóvia, Génova, Colónia, Bruxelas, Nápoles, etc.).
Daqui resulta, na prática, o abandono dos métodos de restauro anteriores à
guerra e a primazia da RENOVAÇÃO URBANA.
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Redevelopment project in Riquet, Paris
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Red Road flats, Glasgow, 1964-66
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Royston Estate
1969
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Nils Lund Future of Architecture, 1979
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Chelmsley estate, near Solihull.
Demolido em 1989
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da NOSSA AVERSÃO ainda recente à cidade histórica
PORTO:
Planos de renovação urbana dos
anos 50 e 60 propondo a
DEMOLIÇÃO da Ribeira-Barredo,
hoje inscrita na Lista do Património
Mundial da Unesco.
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A LEI MALRAUX DE 1962
“Secteurs Sauvegardés”, “Plan de sauvegarde et mise en valeur”, POS – Planos
de Ocupação do Solo. Operações-modelo de preservação de espaços urbanos
de grande valor, considerados como património nacional da França, intervindo
com grande profundidade e vasto suporte financeiro, debaixo de um forte controlo
por parte do Estado central. Política restritiva da reconstrução, da demolição e da
alteração do existente.
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INGLATERRA: cerca 10 000 Conservation Areas!
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O que é hoje PATRIMÓNIO? – UMA GRANDE OPORTUNIDADE!
França: Loi des paysages e Loi du Litoral
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A GRANDE QUESTÃO DE HOJE JÁ NÃO É
“CONSERVAR O QUÊ?” MAS SIM
“CONSERVAR COMO”?
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E PORTUGAL HOJE?
A CRUEZA DOS NÚMEROS: ao contrário da Europa, Portugal CONSERVA
POUCO, antes promove uma sistemática renovação urbana!
Segmento da reabilitação no sector da construção em 2002. Enquadramento internacional. Fonte: Euroconstruct, 2003.
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E PORTUGAL HOJE?
Portugal: recordista Europeu?
Um dos países mais pobres da Europa com os maiores números de fogos
devolutos, sem uso previsível a curto prazo: e dispomos de um dos parques
habitacionais mais recentes da Europa e do Mundo!
Em Lisboa, cidade com pouco mais de 560.000 habitantes e que tem
perdido população a um ritmo alarmante nas últimas décadas, a taxa de
ocupação completa dos fogos existentes, em construção, licenciados e/ou
projectados ultrapassa já uma capacidade de 930.000
habitantes!
Temos metade da população e
projectamos para o dobro?
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E PORTUGAL HOJE?
Com uma DEMOGRAFIA
DE 1,46 FILHOS POR
FAMÍLIA …projectamos
hoje construir para quatro
vezes mais portugueses?
Expresso de 23 de Junho de
2007: Portugal com 10
milhões de habitantes tem
40 milhões de habitações
previstos em PDM´s
aprovados pelos nossos
municípios!
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PORTUGAL ANOS 90: RENOVAÇÃO URBANA EM VEZ DE REABILITAÇÃO
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Contradições: depois de destruídas as periferias
chegou a vez da cidade existente?
Temos Planos que prevêem nos CH´s
índices de construção superiores ao
edificado existente (qualquer demolição será
premiada em termos económicos).
Ainda há demasiado abandono e até
desastres projectados.
Compensa não fazer nada e deixar cair, para
especular, perante a ausência de uma
fiscalidade activa incidindo sobre os bens
imobiliários.
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Coop Himmelbau, Wolf D.Prix &
Helmut Swiczinsky 1983-89.
Crise disciplinar na arquitectura: a crítica e os lobbies
predominantes da cultura arquitectónica privilegiam um pluralismo consumista, o
hedonismo, a (pseudo)ruptura e a deconstrução ...sobretudo na construção no
construído!
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Contradições: EM PLENA CRISE DE PROJECTO... PROJECTAR NA CIDADE
HISTÓRICA E CONSTRUIR NO CONSTRUÍDO SURGE COMO UMA OPORTUNIDADE
MILAGREIRA!
Projectos em “centros
históricos” europeus:
Ghery, Undertwasser,
Hollein, Domenig
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Contradições: reabilitação urbana ou fachadismo?
Nas últimas décadas do século XX em cidades como
Lisboa, mas também em muitas outras cidades com
núcleos históricos, o fachadismo tornou-se a
“solução-tipo” de intervenção em zonas consolidadas.
Diz Choay que «Só a memória viva pode, em matéria
patrimonial, garantir um uso legítimo à noção de
autenticidade». Pouco a pouco estamos a criar um
museu de dissecações, a céu aberto, que me
lembram as palavras de Philippot: «(…) existe a
quase inerente tendência dos museus ao ar livre [a
cidade histórica, ou os sítios arqueológicos] para
evoluirem no sentido de uma Disneylandia: Isto já não
se trata de preservação da história no presente, mas
antes a projecção da fantasia nos objectos do
passado, o que é uma variedade especial de
falsificação».
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PORTUGAL: a CIDADE HISTÓRICA É PROBLEMA OU OPORTUNIDADE?
Transfomou-se a cidade histórica num bem de consumo, onde explode a
vulgata do kitsch, dos «fast food´s», das lojas do atroz produto “típico”; a extrema
banalização do que era único e essencial! Como o criador do Frankenstein
perguntamos: Meu Deus, o que fizemos?
NO SUCESSO DOS (mal “ditos”) CENTROS HISTÓRICOS O GERMEN DA
SUA DESTRUIÇÃO IDENTITÁRIA!
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PORTUGAL: TURISMO OU RESIDENTES?
Os centros históricos não são (só) museus
……and we are not typical!
NO SUCESSO DOS (mal ditos) CENTROS HISTÓRICOS O GERMEN DA SUA
DESTRUIÇÃO IDENTITÁRIA!
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PORTUGAL: A HISTÓRIA É UM PROBLEMA OU UMA OPORTUNIDADE?
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O “CEU” TEM UMA NOVA CARTA!
NOVA CARTA DE ATENAS 2003
Contradição estrutural: a cidade de amanhã já existe hoje!
A Nova Carta de Atenas 2003, A visão do C.E.U. sobre as Cidades do séc. XXI.
Lisboa, 20 de Novembro de 2003. Tradução portuguesa: Professor Paulo
Correia (coordenador do Grupo de Trabalho da Carta); e Dr.ª Isabel Costa Lobo.
O C.E.U. apresentou para o novo Milénio, e cito: «(…) uma Visão de uma rede
de cidades em que estas: Conservarão a sua riqueza cultural e a sua
diversidade, resultantes da sua longa história.
A visão futura: uma cidade coerente no tempo!
«A cidade de amanhã já existe hoje».
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Então….
e os revestimentos???
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SERÁ A COR UMA
MARIQUICE?
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REVESTIMENTO
de arquitectura da universidade C.M.BEJA,
técnica de 2007
Lisboa
E será verdade que, aos verdadeiros
homens, a “cor” não interessa mesmo nada?
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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Será MESMO verdade que aos
homens a “cor” não interessa
“mesmo nada”?
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E porque é que as mulheres VÊM
MELHOR (e apreciam mais) a cor?
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Cerca de 80% de toda a informação que o ser humano recebe é de natureza
óptica e compõe-se simultaneamente de formas e cores (considerando
também as cores acromáticas).
Calcula-se que aproximadamente
40% de todas as informações que
os homens normalmente recebem
se referem à cor.
Harald Kuppers, Fundamentos de la teoría de los colores, Gustavo Gili, Barcelona, 1978 (4ª
edição espanhola de 1994), p. 7.
Sendo a vida de qualquer ser humano tão dependente deste fenómeno, é
interessante observar o pouco que se conhece sobre a cor.
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a cor e visão humana
Existem pessoas que só vêm a branco e negro
(monocromatismo), outras que apenas distinguem
gamas cinzento-amareladas das gamas azuis, ou os
vermelhos de determinados verdes (dicromasia).
Uma visão defeituosa da cor (congénita ou adquirida)
como o daltonismo, ou o acromatismo (quando é total),
é muito comum entre a população masculina, atingindo
aproximadamente os 8%. Este tipo de patologias são
bastante mais raras entre as mulheres, não atingindo
sequer 1% por cento. O daltonismo atinge mais
de 5% dos homens e apenas um décimo
dessa percentagem de mulheres (0.5%).
Teste de Ishihara (acromatismo) e tábua de Stilling-Hertel,
(daltonismo),
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E o que é a cor?
«O mundo externo é incolor. Está formado por matéria incolor e energia também
incolor. A cor só existe como impressão sensorial do observador. (...) A cor é única
e exclusivamente a sensação de cor».
Harald Kuppers, 1978
A cor não é uma propriedade fixa dos materiais, pois estes possuem distintos
aspectos cromáticos que se traduzem na capacidade de produzir diferentes
impressões sensoriais de cor num observador, dependendo do seu estado físico e
em função das características da iluminação que sobre esses materiais incide ou
que esses materiais percorre.
Em sentido estrito, a cor (ou estímulo de cor) é um produto sensorial da visão e do
funcionamento do cérebro humano. Nesse sentido, como afirma Kuppers, a cor é
apenas sensação de cor!
COR é a sensação de cor!
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Cores que provêm das nossas diferentes culturas!
Palácio de Catherina I (1756), Tsarskoye Selo, arredores do São Petersburgo.
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As nossas diversas cores provêm das nossas diferentes
culturas, costumes, e tradições, expressando as heranças e
distintas forma de viver de cada cultura
(Imagens: Prof. Pedro Abreu. 2005).
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Cores que vêm das nossas diferentes culturas, costumes, e
tradições, expressando as heranças e distintas forma de viver
de cada povo. (Imagens: Prof. Pedro Abreu. 2005).
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colore loci
A intimidade entre cor e genius loci incute na imagem urbana valores culturais
próprios a esse território e enquanto reflexo da sociedade que o habitou ao longo
da história, tornando-se assim a cor um importante legado identitário e
antropológico!
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colore loci
Na cidade histórica sempre permaneceram gamas
restritas de cores, persistindo os códigos da sua
aplicação ao longo do tempo. Os recursos do meio
envolvente, as capacidades produtivas, as relações
culturais com o mundo exterior e os factos políticos
sempre se articularam em lógicas específicas que
induziram estéticas locais.
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OLHOS QUE NÃO VÊM!
Em Arquitectura olhar não é fácil !
Só vemos o que conhecemos, o que adjectivamos. Umas das lições essenciais,
que recebi de Fernando Távora, referia-se à dificuldade de ver em arquitectura.
Dizia Távora (arq. Professor Porto), nas suas saudosas aulas, que era impossível
ver o que ignoramos, amar (arquitectonicamente) o que desconhecemos; …que
passamos anos a passar por coisas, olhar para coisas que não vemos, que não
temos sequer a consciência que existem, até um dia em que se faz luz (ou cor!).
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OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
2007
O só branco!
C.M.BEJA, 2007
E a pedra à vista do “picar até ao osso”!
SOFRERÃO OS PORTUGUESES DE CROMOFOBIA?
O branco, ou a pedra à vista do “picar até ao osso”, a não-cor tornaram-se as
cores de referência para o histórico e para o não histórico, situação que continua
hoje a manter-se em muitos dos nossos regulamentos municipais e Planos
Directores. Discutimos pouco, ou quase nada, a forma como “apresentamos” ao
olhar as nossas cidades e arquitecturas históricas!
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
SERÃO OS PORTUGUESES POBRES
(EM COR E REVESTIMENTOS) MAS HONRADOS?
Segóvia e Castelo de Colleoni, junto a Bérgamo
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
José Aguiar
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Com o apoio de: ICOMOS-PORTUGAL, Projecto MITR, C.M. Albufeira, Misericórdia de Beja
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C.M.BEJA, 2007
SERÃO OS PORTUGUESES POBRES
(EM COR E REVESTIMENTOS) MAS HONRADOS?
Praga e Porto Fino
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
José Aguiar
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
Ou serão os Portugueses
ricos em expressividade
comercial ou
contestatária (sic! ...ainda
que monocromáticos)?
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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C.M.BEJA, 2007
poéticos...mas monocromáticos?
Coimbra 2006
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
José Aguiar
C.M.BEJA, 2007
PRIMEIRO PROBLEMA: O POUCO (OU FALSO)
CONHECIMENTO! Como eram realmente as superfícies e
revestimentos dos nossos centros históricos, seriam Brancos de cal, no
Sul Mediterrânico?
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
Como eram realmente as superfícies e revestimentos dos nossos
centros históricos, seriam - Brancos de cal, no Sul Mediterrânico e - de
pedra “à vista” no Norte Atlântico?
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
PORQUE DESAPARECEU A COR?
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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Le Corbusier,
C.M.BEJA, 2007
Quand les cathédrales étaient blanches. Paris, 1937
Quand les cathédrales étaint peintes. Paris, 1993
A Erlande-Brandenburg,
Hoje começamos a redescobrir por todo o lado, que, afinal, as catedrais não
eram brancas mas sim policromas!
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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C.M.BEJA, 2007
Jacques-Ignace Hitthorf (Colonia, 1793 - Paris, 1867): Reconstituição do Panteão
de Roma1822; Restituição de uma antiga Basílica Romana!
A Moderna interpretação da tradição clássica (e dos templos
clássicos) como máquinas acromáticas de estética tectónica é falsa
(i.e. a Lâmpada da Verdade, de Ruskin também conta mentiras!)!
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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EM PORTUGAL HAVIA COR E O ORNAMENTO NÃO ERA CRIME!
Charola Convento de Cristo, Tomar
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José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
C.M.BEJA, 2007
Évora: o BRANCO (rematado a
amarelo) tornado uma norma
IMPOSITIVA
Para controlo estético Évora copiou parágrafo a parágrafo o regulamento de Lisboa
de 1930 (por sua vez baseado no Código de Postura da Câmara Municipal de Lisboa
de 1869), no Regulamento da Construção Urbana para cidade de Évora, imposto em
1937. A partir daí Évora estabeleceu um zonamento cromático que obrigava, na
áreas históricas intra-muros, ao «(...) branco, como é tradicional, não podendo
adoptar-se qualquer outra [cor] sem autorização expressa da Câmara». Estas
condições foram agravadas por Deliberações Municipais de 1942 que irão impor a
necessidade de um parecer, caso a caso, da própria DGEMN.
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mais que simples pinturas: á cor é uma
linguagem e uma gramática arquitectónica!
(Silves e Albufeira)
José Aguiar
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uma linguagem e uma gramática arquitectónicas!
(Paderne)
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a cor é mais que abrir latas de tintas: os fingidos!
Loulé e Évora
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Évora: a descoberta de fingidos!
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técnicas avançadas de pintura mural: fingidos arquitecturais
Fingidos de pilastras nas Beiras
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Évora: fingidos arquitecturais!
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técnicas avançadas: pintura mural
(Coimbra, Sintra)
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A constatação de que existiam e eram frequentes entre
nós as técnicas avançadas de pintura mural
(São Francisco, Évora)
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Acabamentos e
texturas (rebocos):
PEDRA ARTIFICIAL E
IMITAÇÕES DE PEDRA
Argamassas coloradas na própria massa,
acabando-se com a passagem de rolos, ou
picando com uma bojarda, simulando as diversas
texturas da pedra, para o que é fulcral a cuidada
selecção dos ligantes e agregados (cor e
dimensões).
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mais que tintas e argamassas: materiais de cor!
Outras cais: as cais
negras, ou pardas
ou d´obra (cais
impuras).
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uma arquitectura de juntas e
argamassas! Évora
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COR MAIS QUE TINTAS: arquitectura de juntas e argamassas! Évora!
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COR MAIS QUE TINTAS: arquitectura de argamassas! Évora
Sé de Évora
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A COR DE PEDRA COM ARGAMASSAS: PEDRA FINGIDA (CIREX)!
Porto Alegre
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A COR É MAIS QUE TINTAS: ornatos em relevo (o stucco)!
Ornatos em relevo (stucco), Lagos e Évora.
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A COR É MAIS QUE TINTAS: ornatos em relevo (o stucco)!
Ornatos em relevo (stucco), Paderne e Albufeira
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ornatos em relevo (o stucco)!
Ornatos em relevo, Luz de Tavira
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a cor nas massas: guarnecimentos e barramentos
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esgrafitos!
Sintra, Évora
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A COR É
MAIS
QUE
TINTAS!
Esgrafitos!
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Esgrafitos; Évora!
Os estudos de Sofia
Salema,
sobre os ESGRAFITOS
de Évora!
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A COR É MAIS QUE TINTAS: esgrafitos de Évora!
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Esgrafitos: ÉVORA!
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Esgrafitos: Évora!
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Restauro de esgrafitos: Évora, anos 80, J. Cordovil!
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Restauro de esgrafitos: J. Cordovil!
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Não esquecendo os azulejos!
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Azulejos nas paredes e telhas esmaltadas nos beirados!
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OU TINTAS QUANDO A CERÂMICA ERA
CARA:
fingidos de azulejos!
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OU TINTAS QUANDO A CERÂMICA ERA CARA: fingidos de azulejos!
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ÉVORA, a necessidade de CONSERVAR e RESTAURAR não só
dos Monumentos mas também a Cidade Histórica, contra a triste
realidade da demasiada substituição e da encapotada renovação!
Évora, Rua 5 de Outubro, restauro de esgrafitos e de fingidos de azulejos: consolidação;
restituição da adesão; (re)integração cromática (Sofia Lopes c/ apoio de Irene Frazão)
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Évora: Rua 5 de Outubro, conservação e restauro de esgrafitos e de fingidos
de azulejos: consolidação; restituição da adesão; (re)integração cromática
(Restauradora: Sofia Lopes c/ apoio de Irene Frazão)
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ÉVORA: A URGENTE NECESSIDADE DE CAMINHAR DE
RENOVAÇÕES ACRÍTICAS PARA A CONSERVAÇÃO!
Rua 5 de Outubro, conservação e restauro de fachadas urbanas.
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PORQUE PERDEMOS A COR
NA ARQUITECTURA?
O IMPACTO DE TRÊS HIGIENISMOS:
1. OS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O HIGIENISMO
URBANÍSTICO DE OITOCENTOS
2. O RURALISMO NACIONAL-MINIMALISTA DO FASCISMO
(PORTUGUÊS SUAVE)
3. O HIGIENISMO MONOCROMÁTICO MODERNO
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PORQUE A ARQUITECTURA PERDEU
COR?
1. OS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O
HIGIENISMO URBANÍSTICO DE OITOCENTOS
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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PORQUE A ARQUITECTURA
PERDEU COR?
2. O RURALISMO NACIONAL-MINIMALISTA DO FASCISMO (O
PORTUGUÊS SUAVE)
1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria, Família”
.....Autoridade! Restauração: a primeira
palavra de ordem do regime!
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1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria, Família” .....Autoridade!
Restauração: a primeira palavra de ordem do regime!
.
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PORQUE A ARQUITECTURA PERDEU COR?
3. O HIGIENISMO MONOCROMÁTICO DA ARQUITECTURA MODERNA
A renovação urbana depois da IIGG.
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Com o apoio de: ICOMOS-PORTUGAL, Projecto MITR, C.M. Albufeira, Misericórdia de Beja
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A cor ainda se toma HOJE, na arquitectura, como algo de
perigoso ou de trivial, e certamente corruptor de uma
cultura “mais séria”!
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A ARQUITECTURA está a reaprender a
trabalhar com a cor.
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O PATRIMÓNIO CULTURAL E O INTANGÍVEL
AS CULTURAS E OS
SABERES COMO
PATRIMÓNIO
CONVENÇÕES DA UNESCO
1972, World Heritage
2003, Intangible Cultural Heritage
2005, Cultural Diversity
J. Jokilehto, Brandi in the World of Today. Lisboa,
LNEC, Maio de 2006
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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técnicas de pintura mural
Fingidos de pilastras nas Beiras
PINTURA DE CAL: pigmentos (terras).
Tese de Milene Gil Duarte
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técnicas de pintura mural
A IMPORTÂNCIA VITAL
DO EXECUTANTE E DO
SEU SABER FAZER!
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PATRIMÓNIO DE SABERES
PADERNE, 2006:
Aperfeiçoamento em Técnicas de Construção Tradicional
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PATRIMÓNIO DE SABERES
PADERNE, 2006:
Aperfeiçoamento em Técnicas de Construção Tradicional
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PATRIMÓNIO DE SABERES
GUIMARÃES, 2006:
Prática reflectida de reabilitação urbana
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PATRIMÓNIO DE SABERES
GUIMARÃES, 2006:
Prática reflectida de reabilitação urbana
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PATRIMÓNIO DE SABERES
MÉRTOLA, 2007:
Reabilitação urbana: práticas concertadas!
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IMITAÇÕES DE PEDRA: MILENE GIL DUARTE, MÉRTOLA
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O ESTUDO DOS PIGMENTOS ALENTEJANOS:
MILENE GIL DUARTE
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IMITAÇÕES DE PEDRA: NOVA CONSERVAÇÃO, MÉRTOLA
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
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IMITAÇÕES DE PEDRA: NOVA CONSERVAÇÃO, MÉRTOLA
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
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IMITAÇÕES DE PEDRA: NOVA CONSERVAÇÃO, MÉRTOLA
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
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portamento
emTÉCNICAS
argamassas
de erstauro;DE Ana
Velosa, Pozolanas e adjuvantes hidráulicos;
Martha
OFICINA:
TRADICIONAIS
REVESTIMENTO
C.M.BEJA,
2007 Tav
dologias de consolidação em revestimentos exteriores; Sofia Salema, Esgrafitos de Évora; Eduarda Moreira da S
icas fingidos a Norte do país; Antónia Noites, Azulejos industriais no Centro Histórico do Porto; etc.etc.etc. D
C: 2000: AGUIAR, José; GONÇALVES, T.; RODRIGUES, J. D. – “Renewal of lime wall coverings with lime b
tings: some theoretical issues and the case study of Torre das Cabaças, in Santarém”, in Proceedings of the Works
ompatible Restoration Mortars for the Protection of European Cultural Heritage, Istambul, 1-2 October 2000. AGUIA
tudos cromáticos nas intervenções de conservação em centros históricos. Bases para a sua aplicação à reali
uguesa, (tese elaborada no LNEC, apresentada à Universidade de Évora para obtenção do grau de Doutor
servação do Património Arquitectónico), Évora, UE/LNEC, 1999 (defendida em Maio de 2000). AGUIAR, J. - C
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mónio e Reabilitação Urbana, Rio de Janeiro, Perfeitura do Rio/CML, 2000. AGUIAR, J., Cor e conservação da image
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José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
José Aguiar
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criter
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OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO - C.M.BEJA, CENFIC, 2007
Com o apoio de: ICOMOS-PORTUGAL, Projecto MITR, C.M. Albufeira, Misericórdia de Beja
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
FAUTL
CIAUD CENTRO DE INVESTIGAÇÃO EM ARQUITECTURA URBANISMO E
DESIGN
Laboratório de Valorização do Património
Coordenação: Professora Doutora Maria Calado.
Laboratório da Cor
Coordenação: Professora Doutora Maria João Durão.
Laboratório de Inovação em Design
Coordenação: Professor Doutor Fernando Moreira da Silva
Laboratório de Materiais
Coordenação: Professor Doutor Fernando da Silva Pinheiro.
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
http://mestrado-reabilitacao.fa.utl.pt/
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO - C.M.BEJA, CENFIC, 2007
Com o apoio de: ICOMOS-PORTUGAL, Projecto MITR, C.M. Albufeira, Misericórdia de Beja
OFICINA: TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REVESTIMENTO
C.M.BEJA, 2007
«La couleur est par
excellence la partie
de l'art
qui détient le don
magique.
Alors que le sujet,
la forme, la ligne
s'adressent
d'abord à la
pensée,
la couleur n'a
aucun sens pour
l'intelligence,
mais elle a tous les
pouvoirs sur la
sensibilité».
Delacroix
«A côr é por excelência a parte da arte que possui o dom mágico. Enquanto o tema, a forma, a linha dirigemse sobretudo ao pensamento, a cor não tem qualquer sentido para a inteligência, mas detém todos os poderes
sobre a sensibilidade». Retirado de: Fernando Gonçalves: Cidade que temos. Cidade que queremos. Ordem
dos Arquitectos. Lisboa | 29 de Maio de 2004
José Aguiar, FAUTL / ICOMOS-Portugal
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