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13 de julho 2016
Revista de Imprensa
1. Turismo de Portugal está à procura do adepto francês, CM TV - Notícias CM, 13-07-2016
1
2. 50ME pagos por energéticas não estão a baixar tarifas, Açoriano Oriental, 13-07-2016
2
3. Soares da Costa - Trabalhadores protestam por salários, Correio da Manhã, 13-07-2016
3
4. Nova sessão de valorização, Correio da Manhã, 13-07-2016
4
5. CPLP pode ser potência mundial no petróleo e gás, Dinheiro Vivo Online, 13-07-2016
5
6. Economias lusófonas valem quase três biliões de dólares, Dinheiro Vivo Online, 13-07-2016
7
7. Competitividade em debate no 42.º congresso da APAVT, Diário As Beiras, 13-07-2016
9
8. Governo replica exemplo de Coimbra pelo país, Diário As Beiras, 13-07-2016
10
9. EDP investiu 16 milhões de euros para limpar florestas, Diário de Coimbra, 13-07-2016
11
10. Congresso da APAVT realiza-se em Aveiro, Diário de Coimbra, 13-07-2016
12
11. António Ramalho à frente do Novo Banco a partir de 1 de agosto, Diário de Notícias, 13-07-2016
13
12. Bolsa anulou perdas do brexit, Diário de Notícias, 13-07-2016
14
13. Os argumentos de Centeno para evitar as sanções: brexit e crise dos refugiados, Diário de Notícias, 1307-2016
15
14. Dona dos cinemas do El Corte Inglés passa para as mãos de chineses, Diário de Notícias, 13-07-2016
18
15. Há mais turistas a ver Lisboa do lado de lá do Tejo, Diário de Notícias Online, 13-07-2016
20
16. "A Endesa ,na Península Ibérica, tem uma posição de liderança" -Entrevista a Nuno Ribeiro da Silva e
António Belo, Economia Ibérica (DN + JN), 13-07-2016
22
17. Impactos económicos da vitória no futebol: para além da cerveja, Económico Online, 13-07-2016
26
18. Turismo de Portugal convida Mathis e adepto francês a visitarem Portugal, Futebol 365 Online, 13-072016
28
19. PIB da Irlanda cresce 26,3%. Economistas estão "confusos", i, 13-07-2016
29
20. Dormidas na região de Lisboa sobem 9%, i, 13-07-2016
30
21. Novo Banco. Stock da Cunha sai e entre António Ramalho, i, 13-07-2016
31
22. Taxa de energia, i, 13-07-2016
32
23. Portugal obrigado a apresentar medidas para sanções serem simbólicas, Jornal de Notícias, 13-07-2016
33
24. Mais mil milhões na economia, Jornal de Notícias, 13-07-2016
36
25. Inflação sobe para 0,5 % em Junho, Negócios, 13-07-2016
37
26. António Ramalho assume presidência do Novo Banco a 1 de Agosto, Negócios, 13-07-2016
38
27. Electricidade em risco de subir com 50 milhões em falta, Negócios, 13-07-2016
39
28. Bolsa de Lisboa abre em alta acima dos 4.600 pontos, Negócios Online, 13-07-2016
40
29. Costa exclui medidas extraordinárias para evitar sanções, Público, 13-07-2016
41
30. Universidade cria aplicação para ajudar a navegar na ria de Aveiro, Público Online, 13-07-2016
45
31. Cavaco estraga unanimidade do Conselho de Estado sobre sanções, Público Online, 13-07-2016
47
32. Corveta Pereira D´Eça afundada para fomentar o turismo subaquático em Porto Santo, RTP Online, 1307-2016
49
33. Preços no consumidor recuam 0,8% em Junho em Espanha, Sábado Online, 13-07-2016
50
A1
Duração: 00:00:49
CM TV
ID: 65264559
1
OCS: CM TV - Notícias CM
13-07-2016 06:49
1
1
Turismo de Portugal está à procura do adepto francês
http://www.pt.cision.com/s/?l=f84c87df
O Turismo de Portugal está à procura do adepto francês que foi confortado por uma criança lusodescendente em Paris, depois da conquista do Euro 2016 por Portugal.
Página 1
A2
ID: 65264029
13-07-2016
Tiragem: 4640
Pág: 18
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 9,77 x 8,15 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
50 ME pagos por energéticas
não estão a baixar tarifas
O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
(ERSE), Vítor Santos, afirmou ontem no parlamento que os 50 milhões de euros da contribuição extraordinária cobrada às
energéticas não foram depositados no Fundo para a Sustentabilidade do Sistema Elétrico.
Em audição na Comissão de
Economia, Inovação e Obras Públicas, por requerimento do PS,
Vítor Santos disseque, "apesar de
estar estabelecido que a CESE
[Contribuição Extraordinária so-
bre o Setor Energético] devia ser
depositada no Fundo, [...] esse depósito não aconteceu". Em causa,
estão 50 milhões de euros (ME),
dos cerca de 150 ME pagos pelas
empresas do setor energético, que
deviam contribuir para desonerar as tarifas de eletricidade, através do referido fundo criado em
2014. "Há aqui um desvio que
pode ter reflexos tarifários", declarou o regulador, que explicou
o crescimento da dívidatarifária,
que até ao final do ano é de cerca
de 4,8 mil milhões de euros. •
Página 2
A3
ID: 65261460
13-07-2016
Tiragem: 140038
Pág: 28
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 10,44 x 6,50 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
DA~,A. TRABALHADOR :SPRO'rES'FANI POR SAIAM/5
LISBOA CEM
OPERÁRIOS
INVADIRAM
A SEDE DA
EMPRESA
EXIGINDO
OS SALÁRIOS
EM FALTA
ANTES
PASSARAM NO
MINISI ÉRIO
DO TRABALHO.
Página 3
A4
ID: 65261395
13-07-2016
OS CINCO MAIS
SOC Invest.
Orey Antunes
-
Martifer
Altri
Teixeira Duarte
7,50%
5,91%
3,59%
3,57%
Luz Saúde
r ,
Cimpor
-2,76%
-2,75%
-2,63%
-2,08%
F, Ramada
Pharol
Sont1e Indústria
Pág: 24
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,70 x 17,96 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
IBEX-35
PSI 20
OS CINCO MENOS
J
Tiragem: 140038
9 3
MESE°R
S
8506 y2,42%
TAXA
COTAÇÃO
1.6,3"
4590
+0,84%
DAX-30
9964 +13396
DOW JONES
18 347 +0,66%
o
P5120
-0,190%
0,000 p.p.
e
Nova sessão de valorização
AÇÕES
FECHO VAR. MAX.
QUANT.
FECHO VAR. MAX. MiN. QUANT.
AÇÕES
ALTRI
• 3,200 3.59 322 3,10 475.309
MONTEPIO
•
BPI
• 1.117 -0.18 1.12 1.11 2.417.090
MOTA ENGIL
• 1.515 -0,13 1,54
BCP
• 0.022 3.35 0.02 0,02 434.101.440
NAVIGATOR
•
2,580 0,98 2,61 2,56 705.397
CORT. AMORIM
• 7,280 -0,61 7,32 7,15
NOS
•
5.632 1,73 5,65 5,50 513.53/
CTT
• 7.141 2.19 7,23 7,01 409.726
PHAROL
•
0.148 -2,63 0.15
EDP
• 2.869 0,39 2.90 2.85 9.122.512
REN
•
2.593 0,31 2,61 2,55
315.149
EDP RENOVÁVEIS
• 6,955 1,02 6,97 6.87
SEMAPA
•
10.520 1.01 10,58 10,36
53.997
GALP
• 12.595 0,44 12,80 12.49 1.287.861
SONAE
•
0.691 1.02 0,70 0,68 5.129.263
SONAE CAPITAL
• 0,547 3.01 0,55 0,53 190.840
JERÓNIMO MARTINS • 14,200 -0,60 14,37 14.18
25.992
243.148
896.751
0.500 0,00 0,50 0,50 257.457
1,51
352.939
0,14 3.266.306
Cá O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, encerrou a sessão de ontem
em alta, pela quarta vez, ao crescer
0,84% para 4590 pontos. Das 18 cotadas que integram o índice, 12 valorizaram, uma ficou inalterada
(Montepio) e cinco encerraram em
terreno negativo. O destaque do
dia foi para o BCP. O banco liderado por Nuno Amado valorizou
3,35% para 0,0216 euros. Já o BPI
desvalorizou 0,18% para 1,117 eu ros. Também a apoiar o PSI 20 esteve a NOS, que valorizou 1,73%
para 5,632 euros. •
OUTRAS AÇÕES
AÇÕES
FECHO VAR. MAX. MIN. QUART.
ORAO-PARA
0.200 0.00 -
CIMPOR
0.353 -2.76 0.38 0.35
IMPRESA
0225 0,00 0,23 0,23 254.857
CORNA
0.270 -0.74 0.77 0,27 38.568
1.528
COMPTA
ESTORIL SOL
1.640 0.00 -
F.RAMADA
5.300 -2.75 5.46 5,15 2.659
-
F.C. PORTO
0,550 000 -
OUNTT
0.230 1,32 0,23 0.23
-
MEDIA CAPITAL
IBERSOL
10.500 0.00 -
-
535
-
7,50 1.29 1.20
492
OREY ANTUNES
1290
SONAE INDUS
0.005 -2.08 0.00 0.00 3.751.106
INAPA
0.103 -1.91 0.11 0.10 53.598
SONAECOM
2,270 -0,87 2,35 2.20
5.141
USORARCA
0,020 0,00 - -
BENF1CA
0,921 0.11 0.96 0.92
3.525
LUZ SAUDE
2.300 -16.36 2.30 2.30
10
spontio
0,660 0.00 -
MARIVER
0,197 5.91 0.20 0.19
5.380
SUMOL* COMPAL S 1,740 0,00 - -
1.426
-
NOVABASE
1,994 1.22 2,00 1,95
TEIXEIRA DUARTE
0,203 357 0.21 0.19 73.631
REDITUS
0,190 0,00 - -
TOYOTA CAETANO
1.150 0.00 -
-
SA0 GEST
0,065 0.00 0.07 0,07 8.750
VAA VISTA ALEGRE
0,080 0,00 -
-
SDC
0,015 66.67 0.02 0.014.249.997
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A5
CPLP pode ser potência mundial no petróleo e gás
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Dinheiro Vivo Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:https://www.dinheirovivo.pt/lusa/cplp-pode-potencia-mundial-no-petroleo-gas/
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem o potencial para, em bloco, ser a maior
produtora de petróleo e gás e uma potência mundial, considerou o vice-presidente da Confederação
Empresarial da organização.
Em entrevista à Lusa a propósito dos 20 anos da CPLP, que se assinalam a 17 de julho, Mário Costa
sublinhou que "a CPLP pode ser uma potência mundial, não só pelo poder económico dos nove países
que compõem a comunidade, mas pelo acesso que dá a 86 países que representam 30% da população
mundial".
Para o empresário, que é também presidente da União de Exportadores da CPLP, esta comunidade
tem o potencial de ser "a maior produtora mundial de gás e petróleo", principalmente quando se
desbloquearam as explorações de gás natural em Moçambique, no virar da década.
Fazendo um balanço geral dos últimos 20 anos da CPLP, Mário Costa elogiou a decisão de criar um
novo pilar da lusofonia - a economia -, que se juntou aos pilares político e cultural.
"A CPLP resolveu, em 2010, dar uma nova dinâmica à organização, porque consolidada que estava a
parte política e cultural, a CPLP podia cair no vazio", disse Mário Costa, considerando que os países
devem ajudar-se uns aos outros.
"Portugal e Brasil são economias maduras, mas estagnadas, com o mercado interno a cair, mas têm
empresas com 'know-how' e tecnologia que precisam de se internacionalizar", exemplificou o gestor,
apontando que "as outras são economias virgens, muito dependentes do preço do petróleo, cujo
preço, ao descer, deixou de chegar para cobrir as necessidades das populações".
Na semana passada, nas vésperas do terceiro Fórum dos Exportadores da CPLP, Mário Costa já tinha
avançado à Lusa que um dos problemas que a CPLP enfrenta na realização de negócios é a
desconfiança que ainda existe por causa "da relação conturbada entre os países nos tempos do
colonialismo, que ainda é um estigma entre os mais velhos".
É por isso, continuou, que os jovens assumem um papel importante nesta estratégia: "Daqui a duas
décadas, quando forem empresários, políticos, líderes de opinião, quando os jovens estiverem no
poder político ou económico, podemos ter uma comunidade, uma verdadeira comunidade que faça uso
da coisa mais importante que temos no mundo dos negócios, que é a língua comum".
Para isso, acrescentou, seria útil a criação de "corredores diplomáticos, com as divisas a fluir com
maior rapidez, com mais intercâmbio de mercadorias através de corredores livres para os negócios, e
uma diferença de tratamento relativamente aos vistos, porque um empresário não pode ser tratado da
mesma maneira que um turista".
Segundo Mário Costa, "todos os governantes dos países lusófonos estão muito interessados em que
haja legislação que favoreça os negócios neste espaço, e até aceitam que a UE-CPLP leve parceiros
para criar legislação, porque uma das grandes deficiências é a certificação dos produtos agrícolas, e
por isso não conseguem escoar a sua produção para o exterior".
Página 5
A União de Exportadores é uma organização que funciona no âmbito da Confederação Empresarial da
CPLP, assente em quatro objetivos: capacitar e internacionalizar empresas, colocar em prática as
políticas económicas dos Estados e ajudar projetos privados que dinamizem os negócios entre as
empresas lusófonas.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
13.07.201608:28
Dinheiro Vivo/Lusa
Página 6
A7
Economias lusófonas valem quase três biliões de dólares
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Dinheiro Vivo Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=7a3002fa
Evolução mostra uma comunidade a três velocidades, com Brasil e Guiné Equatorial em recessão, e
com Moçambique em forte abrandamento
As nove economias dos países da CPLP valem quase três biliões de dólares (2,7 biliões de euros), mas
a evolução mostra uma comunidade a três velocidades, com Brasil e Guiné Equatorial em recessão, e
com Moçambique em forte abrandamento.
De acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional para este ano e para 2017, feitas no
princípio de maio, o Brasil e a Guiné Equatorial são os únicos dois países em recessão, seguindo-se
depois um grupo de três países cuja expansão económica deverá ficar abaixo dos 3% este ano Angola, Cabo Verde e Portugal.
No pelotão deste grupo que se fosse um país seria a sexta maior economia mundial, mantêm-se a
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, num grupo liderado por Moçambique, que terá o
maior crescimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): 6% este ano e 6,8% em
2017, um valor entretanto revisto em baixa pelo próprio FMI, que espera agora um crescimento de
4,5% para este ano.
Angola, a maior economia lusófona africana, tem um PIB que ronda os 120 mil milhões de dólares,
mas está inserida em dois espaços regionais mais alargados: a África Austral, cujo PIB conjunto dos
15 membros chega quase a 650 mil milhões (onde está também Moçambique, cujo PIB ronda os 15
mil milhões de dólares), e a África Central, cujos 10 membros valem quase 250 mil milhões.
Na Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) estão também a Guiné Equatorial
(PIB de 15,6 mil milhões) e São Tomé e Príncipe, com uma riqueza interna de 300 milhões de dólares.
Na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que vale 675 mil milhões de
dólares, estão Cabo Verde, com uma riqueza de 1,9 mil milhões, e a Guiné-Bissau, com 900 milhões
de dólares.
O Brasil, o gigante económico da lusofonia, vale 2,2 biliões de dólares, e está inserido no Mercosul,
cuja riqueza económica ascende a quase 3,5 biliões de dólares.
Na Ásia, Timor-Leste, com um PIB de 1,6 mil milhões de dólares, está inserido na ASEAN, uma
comunidade de 11 países com uma riqueza conjunta de 2,4 biliões de dólares.
As previsões de crescimento das várias economias escondem, no entanto, uma realidade dura, por
exemplo em Moçambique: à crise da dívida que atravessa, fruto da ocultação de empréstimos no valor
de mais de 1,4 mil milhões de dólares nos últimos anos, junta-se também a crise política e militar,
além da crise agrícola, resultado das condições climatéricas.
Moçambique, um país apresentado como caso de sucesso pelo próprio FMI há dois anos, afunda-se
agora numa espiral de notícias negativas, que começam na subida de 50% dos juros exigidos pelos
Página 7
investidores para transacionarem os 700 milhões de dólares em títulos de dívida pública, passam pela
desconfiança dos mercados internacionais e pela suspensão das ajudas dos doadores, e terminam nas
críticas internas que são cada vez mais audíveis não só nos jornais, mas nas ruas, onde a contestação
está a crescer.
A contestação, claro, não chega aos calcanhares da situação vivida no Brasil, cuja mudança de
Presidente agradou aos mercados e investidores internacionais, mas que precisa do apoio político para
conseguir as leis e regulamentos que impedem um crescimento mais rápido do Brasil: a lei laboral e o
sistema fiscal são exemplos de reformas estruturais que todos os analistas dão quando questionados
sobre os caminhos para a recuperação económica brasileira.
Em Angola, a desvalorização do kwanza foi também a responsável pela perda do poder de compra,
mas as dificuldades económicas começaram quando a queda do preço do petróleo pôs a nu a falta de
reformas estruturais para diversificar a economia, que continua excessivamente dependente do 'ouro
negro' e, por isso, extremamente vulnerável às flutuações do preço do barril, que vale bem menos de
metade do que valia há menos de dois anos.
O maior produtor de petróleo na África subsaariana e a terceira maior economia africana viu-se,
assim, obrigado a pedir ajuda técnica ao FMI, apesar de rejeitar a assistência financeira, depois de se
ver a braços com uma crise cambial, orçamental, financeira e económica.
13.07.201608:23
Dinheiro Vivo/Lusa
Página 8
A9
ID: 65263000
13-07-2016
Tiragem: 12000
Pág: 32
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,60 x 22,87 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Competitividade
em debate
no 42.º congresso
da APAVT
111 “Turismo: Liberdade de
Escolha e Fatores de Competitividade” é o tema escolhido para o
42.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de
Viagens e Turismo (APAVT), evento
que decorre de 8 a 11 de dezembro
de 2016, na cidade de Aveiro.
O tema e o logótipo do congresso,
que apresenta uma versão estilizada do moliceiro, um dos ícones
da cidade anfitriã, foram ontem
oficialmente apresentados em
cerimónia realizada em Lisboa,
onde marcaram presença cerca de
uma centena de convidados, entre
agentes de viagens e operadores
turísticos, fornecedores de diversos ramos da indústria turística,
dirigentes associativos, políticos e
corpo diplomático. Os presidentes
da APAVT, do Turismo Centro de
Portugal e da Câmara Municipal
de Aveiro, respetivamente, Pedro
Costa Ferreira, Pedro Machado e
Ribau Esteves, a par da secretária
de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, foram os oradores
nesta cerimónia, onde foi também
anunciada a abertura das inscrições
para aquele que é considerado o
mais importante fórum de debate
turístico do calendário nacional.
Segundo afirmou Pedro Costa Ferreira, o congresso irá iniciar-se, na
linha dos anteriores, com a intervenção de um destacado economista português sobre o tema dos
«Desafios e a Responsabilidade de
ser Português», prosseguindo nos
dias seguintes com debates sobre o
«Consumidor do Futuro e o Futuro
das Agências de Viagens», «Fatores
de Competitividade: Uma Estratégia para Portugal» e «Fatores de
Competitividade: Estratégias para
as Empresas», nos quais se conta
com a presença de reputados oradores nacionais e internacionais.
Página 9
A10
ID: 65262355
13-07-2016
Tiragem: 12000
Pág: 7
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 9,13 x 14,42 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
DR
Ana Mendes Godinho junto dos alunos da Pós-Graduação
Governo replica exemplo
de Coimbra pelo país
111 A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, referiu ontem
que o exemplo de Coimbra,
a nível turístico, vai ser replicado pelo país. Na sessão de
encerramento do seminário
“A Cidade como espaço de
Turismo”, a governante entende que a aposta da cidade
no turismo patrimonial está
a ser importante para reduzir
os índices de sazonalidade
turística do país. Como tal,
uma das medidas que o Estado irá implementar é “colocar a “render” o nosso património”. “Ainda mais quando
as pessoas estão dispostas a
pagar para viver o que não
podem viver noutro lado”,
afirmou.
Para que isso seja possível,
o Estado criou um conjunto
de propostas. A saber: “abertura de uma linha de capital
de risco para apoiar projetos
que coloquem o património
numa montra do país, lançar o programa de wi-fi grátis nos centros históricos e
criar uma central de reservas
on-line”. Mas, para que que
estas iniciativas sejam um
sucesso, a secretário de Estado exortou todos os agentes
ligados ao setor “a trabalhar
em rede”. A. A.
Página 10
A11
ID: 65262586
13-07-2016
Tiragem: 8585
Pág: 23
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 16,94 x 16,72 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
EDP investiu 16 milhões de
euros para limpar florestas
Investimento Além da limpeza das florestas, a EDP verifica, a partir de drones,
se estão a ser cumpridas as distâncias das árvores aos condutores
A rede aérea de distribuição de energia atravessa a zona florestal
Nos últimos três anos a EDP
Distribuição efectuou a limpeza da floresta nas faixas de
protecção de aproximadamente 25500 km da rede aérea
de distribuição de energia eléctrica de alta e média tensão,
com um investimento de 16
milhões de euros.
Em Portugal, cerca de 80%
daquela rede, com total de 82
175 km, tem um traçado aéreo
com uma parte significativa
cruzando zona florestal.
Esta intervenção tem contribuído para tornar as linhas aéreas mais resilientes a fenómenos atmosféricos adversos que
têm ocorrido com maior frequência nos últimos anos. Por
outro lado, é essencial para a
prevenção dos fogos florestais,
facilitando uma intervenção directa ao seu combate e reduzindo os efeitos da sua passagem. As acções são efectuadas
em colaboração com as autarquias, seguindo Planos Municipais da Floresta Contra Incêndios com rigoroso cumprimento da legislação em vigor
A par da limpeza florestal, a
EDP Distribuição mantém a
rede eléctrica aérea sob vigilância permanente, com programas de monitorização das
linhas, recorrendo de forma
crescente a novas tecnologias.
São realizadas inspecções visuais, termográficas e com medição por laser, garantindo por
essa via a verificação da distância regulamentar dos condutores às árvores, suportando
planos de manutenção correctiva. Este procedimento, realizado há alguns anos com helicóptero, tem sido efectuado,
mais recentemente, com recurso a drones.|
Página 11
A12
ID: 65262599
13-07-2016
Tiragem: 8585
Pág: 24
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 20,61 x 10,73 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Congresso da APAVT
realiza-se em Aveiro
Turismo Evento, que tem lugar em Dezembro, foi apresentado ontem em Lisboa
«Turismo: Liberdade de Escolha
e Factores de Competitividade»
é o tema escolhido para o 42.º
Congresso Nacional da Associação Portuguesa dasAgências
de Viagens e Turismo (APAVT),
evento que decorre de 8 a 11 de
Dezembro de 2016, na cidade
de Aveiro, ontem apresentado
em Lisboa, bem como o logotipo, que apresenta uma versão
estilizada do moliceiro.
Foi um momento aproveitado por Pedro Costa Ferreira,
presidente da APAVT para re-
cordar o regresso a Aveiro, 30
anos depois, frisando ainda a
importância das entidades regionais de turismo e do território, bem como da estruturação
do produto e a ligação às autarquias.
Foi precisamente o presidente
da Turismo do Centro de Portugal (TCP), Pedro Machado,
que se mostrou «muito satisfeito por acolher mais um congresso emAveiro, em particular,
com o mote da competitividade
que assenta, portanto, nos três
Pedro Costa Ferreira entre Pedro Machado e Ribau Esteves
C’s da TCP: “Crescimento”,
“Competitividade” e “Coesão».
«Vamos poder levar para o
centro de Portugal, um elemento estruturante da operação Turística nacional, que é levar os agentes de viagem», disse
ainda, destacando «o empenho
e seriedade» de Ribau Esteves.
O presidente da autarquia
aveirense aproveitou para agradecer à APAVT a escolha da cidade para a realização do congresso e destacou a nova campanha de marketing territorial
“Aveiro Cidade dos Canais”.
«Canais como referencia
identitária, explorando outros
canais, como o conhecimento,
economia, exportações, região
com emigrantes pelos quatro
cantos do mundo», disse o autarca, elogiando a escolha do
moliceiro como tema central do
logotipo deste 42.º Congresso
da APAVT.|
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ID: 65261022
13-07-2016
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Corte: 1 de 1
António Ramalho à
frente do Novo Banco
a partir de 1 de agosto
BANCA António Ramalho vai assumir a liderança do Novo Banco a I de agosto.
Até lá, Stock da Cunha, que irá regressar
ao Lloyds, fica em funções, "permitindo
urna transição que assegura que são
prosseguidos os objetivos traçados,
bem como a execução do plano
de reestruturação", refere o Banco
de Portugal António Ramalho, na foto à
direita, como ministro da Economia,
Caldeira Cabral, e o coordenador do processo de venda do Novo Banco, Sérgio
Monteiro, tem "uma longa experiência
de gestão no setor financeiro", tendo
sido "nos anos mais recentes presidente
do conselho de administração da Unicre
[2006 a 2010] e membro do conselho de
administração executivo do BCP [2010 a
2012j", conclui a instituição liderada por
Carlos Costa. É hoje presidente do conselho de administração da
lnfraestruturas de Portugal
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ID: 65261054
13-07-2016
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Bolsa anulou perdas do brexit
Abolsa portuguesa, impulsionada pela forte valorização das ações do BCP e dos (Ti;
ganhou ontem mais 0,84%, com o PSI 20 a
atingir 4590,90 pontos, o valor mais alto desde 22 de junho, a véspera do referendo britânico que culminou com a vitória do brexit...
e com o colapso dos mercados financeiros.
O banco liderado por Nuno Amado deu mais
um salto de 3,35%, no mesmo dia em que
Angela Merkel, a chanceler alemã, se mostrou convencida de que "a Itália, os parceiros
europeus e as instituições comunitárias vão
resolver rapidamente o problema dos ban-
cos italianos", descartando a possibilidade
de uma nova crise na União Europeia. As
ações dos CTT subiram 2,19%. Manuel
Champalimaud anunciou que reforçou a
posição que detinha no operador postal,
sendo já o maior acionista individual com
7,24% do capital. A curva altista da bolsa foi
reforçada pela NOS (+1,73%), EDP Renováveis (+1,02%), depois de anunciado que a
EDP Brasil vai antecipar o pagamento de dividas no valor de 354 milhões de euros; e
Galp (+0,44%), a beneficiar da forte subida
do preço do petróleo.
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ID: 65260881
13-07-2016
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Corte: 1 de 3
Comissão Europeia
Centeno usa brexit
e refugiados
para tentar evitar
sanções do défice
Contas. "Execução orçamental de 2016 está a ser seguida à risca",
logo "não há plano B", diz Centeno. Mais medidas só no OE 2017
LUIS REIS RIBEIRO
Pela primeira vez na história do Pacto de Estabilidade, há países que vão
ser multados por violarem a regra
que impõe que o défice público seja
inferior a 3% do produto interno
bruto (PIB). São Portugal e Espanha,
confirmou ontem o Ecofin, o conselho dos ministros das Finanças da
União Europeia. Lisboa lamenta a
decisão "contraproducente" e diz
que vai dar tudo para obter uma
"multa zero". Financeiramente, até
pode não haver impacto, mas morahnente há.
Em Bruxelas, à saída do encontro,
Mário Centeno revelou um pouco
como foram os trabalhos. "O que argumentámos até aqui foi que a avaliação deveria ter em conta todo um
contexto económico, financeiro, social, quer durante os anos de aplicação dos programas [anos 2013,14 e
151quer atualmente, porque a Europa não pode tomar decisões esquecendo que existem tensões
grandes dentro da Europa que têm
de ter uma resposta política", referiu
o ministro.
Edeu exemplos: "A questão do referendo do Reino Unido e dos refugiados são matérias às quais se tem
dedicado muito tempo no Ecofin e
nos vários conselhos europeus."
MasWolfgangSchãuble, o todo-poderoso ministro alemão, foi perentório."Tívemos um debate sobre
se é inteligente tomar esta decisão
no contexto atual do referendo britânico, mas eu e outros dissemos
que era muito importante que as regras europeias se apliquem." A ideia
"não é castigar os países, é incentivá-los".
O processo punitivo contra Portugal e Espanha foi, portanto, aprovado pelo Ecofin. Poucos estavam
contra. Irlanda, Espanha e França
foram as vozes mais amigas das pretensões portuguesas.
Mas Centeno garantiu que mesmo com multas (zero na melhor das
hipóteses) continua a não ser preci-
so um plano B. Ou seja, o governo irão ter"multa zero" e que a suspenrecusa avançar com mais medidas são de fundos estruturais pode ser
(cortes na despesa, sobretudo, mas evitada. "Depois de vermos a argutambém aumentos extra de receita) mentação e tendo em conta os vápara aplacar as exigências de Bruxe- rios fatores, como os esforços feitos
las.
e a crise económica e financeira
Do outro lado da negociação, a com que os dois países tiveram de liideia forte é que quanto mais garan- dar e as medidas que se propõem
tias, compromissos e medidas no- tomar, há a possibilidade de a mulvas o governo der, mais fácil será ta ser reduzida mesmo a zero."
chegar à sanção zero e ao não con- A suspensão dos fundos estruturais
gelamento de fundos.
"só entrará em vigor no próximo
Ainda ontem de manhã Jeroen ano", pelo que Portugal e Espanha
Dijsselbloem, ministro das Finan- "terão tempo para reagire corrigira
ças da Holanda e chefe do Eurogru- situação, evitando a perda de funpo (um dos mais agressivos a favor dos".
da punição), disse esperar que os
Centeno relativizou a necessidadois países tenham "uma reação de de medidas. A redução do défice
ofensiva e digam o que vão fazer é o caminho normal das contas púpara resolver os problemas e não blicas nos próximos anos, dando a
uma reação defensiva Sanções zero entender que as medidas adicionais
são uma possibilidade", mas têm de em que a Europa tanto insiste deaparecer medidas que suportem vem aparecer sim, mas no Orçaessa benesse. "Serão necessárias mento de 2017, a apresentar em
mais medidas", foi a frase que ficou meados de outubro.
a ecoar na sala.
O Ecofin sublinhou que o procesValdis Dombrovskis, comissário so contra Portugal avança (regressa
europeu para o euro, também ad- à Comissão Europeia) por falta de
mitiu que Portugal e Espanha pode- medidas efetivas no passado que lograssem reduzir o défice para menos de 3%. Foi de 3,2% do PIB no
ano passado.
A resposta de Centeno foi que
"em 2016 a execução orçamental
está a ser seguida à risca. Não há plano B". "Não há nada que se possa fa,L
zer em termos de execução orçamental de 2016", porque esta está a
Não se podem tomar
correr em linha com o esperado e
decisões esquecendo que
"não hámais nenhuma referência a
mais medidas, em lado nenhum",
existem tensões grandes
por parte do Ecofin, que falou unina Europa, diz Centeno.
camente sobre o passado, "o período de 2013 a 2015".
Schãuble contrapõe,
O governante português constatou que "a partir daqui, o valor das
insistindo que é muito
sanções, a continuação do procesimportante que as regras
so, não é automático, há uma decieuropeias se apliquem.
são política sobre a matéria e é neste momento que os argumentos políticos têm de prevalecer".
No fim, ganhou a
Considerou, como sempre tem
Alemanha. Ecofin abre
feito, que a decisão do Ecofin é " insanções contra Portugal e
j ustificada e contraproducente" e
Espanha. Podem é ser zero.
que "a Europa é dos cidadãos não
X rápido
SEM CASTIGO
França violou 11
vezes regra dos 3%
> Os países membros da
U E violaram a barreira de
3% dos défices orçamentais 165 vezes, contabilizou o instituto Ifo, um dos
mais influentes da
Alemanha e conhecido
pelo apoio incondicional
às regras mais duras da
disciplina orçamentaL Em
apenas 51 casos essa violação era permitida por os
países estarem em recessão, mas nunca as transgressões deram lugar a
multas—até hoje.
Curiosamente, o pior
transgressor é a França,
com 11 violações não autorizadas entre 2002 e o
ano passado, seguindo-se
o trio Grécia, Portugal e
Polónia, todos com dez.
Nesta lista entra ainda a
Alemanha, com cinco infrações injustificadas.
Do outro lado estão os
bem-comportados Suécia,
Luxemburgo, Estónia,
Finlândia e Dinamarca,
que nunca violaram o
Pacto de Estabilidade.
das regulamentações". A partir de
Lisboa, o primeiro-ministro António Costa também criticou. "Confio
que na Comissão Europeia impere
mais bom senso do que na reunião
do Eurogrupo e que o presidente
Juncicer tenha o bom senso que outros presidentes não têm revelado
ter relativamente à condução deste
processo."
A negociação que se segue visa
chegar a uma solução que não penalize o país, pelo menos financeiramente, aaescentou Centena "Vamos iniciar o processo de contactos
diretos com a Comissão Europeia
para explicara posição do governo,
que, como sabem, é contrária ao
procedimento em curso." O governo quer"tim processo em que o pais
não seja prejudicado", ou seja, que
haja "sanção zero".
Relativamente àhipótese de congelamento de fundos europeus,
Centeno explicou que "o entendimento que temos, e que temos vindo a trabalhar coma Comissão Europeia, é que a medida relativamente aos fundos não vai ter uma
materialização prática".
Portugal, tal como Espanha, tem
agora dez dias para "argumentar"
em sua defesa contra a ideia de punição europeia. A Comissão Europeia terá 20 dias para recomendar o
modelo das multas efetivas ao pais
(de que tipo e de que valor, não excedendo a multa os 0,2% do PIB,
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ID: 65260881
13-07-2016
Michel Sapin, ministro
francês (à esquerda), tem
dado algum apoio a Gente=
(à direita). Mas o caso mais
crítico de contas públicas
ainda pode estar para vir
se a banca italiana estiver
mal como se diz. AI, o rosto
da crise será Pler Carlo
Padoan (ao centro)
cerca de 360 milhões de euros). Depois de a Comissão deliberar,oConselho tem dez dias para aprovar. Ou
não.
Marcelo fala em teimosia
O Presidente lamenta a"teimosia"
da Comissão quanto às décimas do
défice e diz não estar preocupado,
pois acredita que vem aí uma sanção zero. "Portugal tem um governo
em funções e não há da parte da comissão-podia haver mas não hádúvidas sobre como está a correr a
execução orçamentaL A Comissão
não formulou nenhuma dúvida.
É difícil o governo estar ele próprio
a levantar dúvidas perante uma posição pacífica da Comissão", disse
Marcelo Rebelo de Sousa
Discurso distinto teve Maria Luís,
que apontou o dedo ao governo na
responsabilidade pelas eventuais
sanções. 'As contas do ano passado
foram fechadas pelo atual governo e
as decisões mais relevantes foram tomadas pelo atual governo", disse a exministra das Finanças, para a seguir
defender o seu ponto de vista: "Não
faltam argumentos técnicos para defender que Portugal efetivamente
não poderia estar sequer sujeito a esta
discussão da aplicação de sanções e
foi na apresentação desses argtunentos que o governo falhou, ou por incompetência, ou - o que julgo que
será maiso caso, espero quesejamais
o caso -por razões políticas."
VIAS
TECNOCRATA
Mais medidas antes
do Orçamento
> A Unha dura do Ecofin, liderada
pela Alemanha, quer mais medidas. O governo já disse que não
está disponível para mostrar
qualquer plano B. Mas se este se
concretizasse, com aumento de
impostos e corte nas despesas,
significava que a coligação com
os partidos à esquerda- os mais
verbais contra as "ingerências"
da Europa - seria abanada.
POLÍTICA
Europa mais realista
face à tensão social
> É o cenário em que o governo
aposta. Não avança com o
plano B, consegue reduzir as
sanções a zero, alegando que
a retoma de Portugal está na
sua Infância", que o país não
merece ser punido por erros
passados, que a Europa está
numa zona de perigo (bnodt
e a crise na banca) e que as
multas só agravam o risco.
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 3
Madrid sobe
IRC em 2017.
Encaixe é de
6000 milhões
Irlanda cresceu
26,3% e a culpa é
das multinacionais
RESPOSTA Madrid já tem a receita
FENÓMENO Números são
explicados em grande
parte pela deslocalização
das sedes de empresas
para Dublin
para convencer os parceiros europeus de que o défice irá mesmo
baixar, evitando as sanções de Bruxelas. Luis de Guindos, ministro da
Economia, prometeu ontem aumentar o imposto sobre os lucros
das empresas em 2017, uma medida que permitirá reforçar as receitas fiscais em seis mil milhões de
euros.
"O que vamos assinalar é o compromisso de Espanha em colocar o
défice em menos de 3% do PIB já
em 2017 e a medida fundamental
para o conseguir é a alteração nos
pagamentos por conta do imposto
sobre sociedades, estabelecendo
uma taxa mínima a partir de certo
patamar", explicou o ministro.
Esta medida - que terá de ser
aprovada pelo novo governo, que
ainda não está formado - será
acompanhada de uma poupança
de 1500 milhões de euros no pagamento de juros da divida e de uma
melhoria na luta contra a fraude
fiscal, que poderá render mil milhões de euros adicionais aos cofies
do Estado.
A receita desenhada por Luis de
Guindos constará do documento
de defesa que Espanha, tal como
Portugal, terá de apresentar nos
próximos dez dias para convencer
Bruxelas a impor, no máximo, uma
simbólica sanção zero por Madrid
e Lisboa não terem adotado "medidas eficazes" para corrigir os défices excessivos. O governo espanhol
tinha como meta atingir um défice
orçamental de 4,2% do PIB em
2015; fechou o ano com um buraco
de 5,1% do PIB nas contas públicas.
"Vamos apresentar muito rapidamente à Comissão Europeia,
amanhã Ihojel mesmo, as nossas
alegações, em que incluiremos todos os avanços importantes e as reformas estruturais que o governo
espanhol já conseguiu realizar", garantiu o ministro da Economia espanhol, que realçou a importância
de este processo sancionatório terminar com a maior rapidez possível para evitar mais estragos na
imagem do país.
' "Espanha não apresenta hoje
nenhum risco financeiro, nem
bancário, nem económico à zona
eu ro, ao contrário do que acontecia há somente três ou quatro
anos. Por isso, cada dia que passa
estou mais convencido de que não
haverá sanções. Seria um paradoxo inexplicável que a economia
que mais cresce e que mais cria
emprego fosse agora alvo de uma
multa".
grande aumento de ativos é isto
o que acontece", disse Michael
Connolly, do CSO, argumentando que os números depois de
explicados são "credíveis".
O outro lado da moeda
Os números deixaram► os econo- Mas a Irlanda não está em peso
mistas de boca aberta O cresci- a comemorar a notícia. Michael
mento da Irlanda em 2015 pas- Noonan, ministro das Finansou de uma previsão de 7,8% - ças, está até preocupado. O seu
valor que já era impressionante, primeiro alerta é que o aumenuma vez que o país foi alvo de to artificial do PIB não terá conum resgate em 2010 - para uns sequências na economia real.
surpreendentes 26,3%. Os nú- Noonan lembra que no momeros são oficiais e foram reve- mento em que uma grande emlados ontem pelo gabinete cen- presa passa a ter sede na Irlantral de estatísticas (CSO) da Ir- da os seus lucros globais são inlanda. Como se explica este cluídos no PIB do país. Mas isso
crescimento?
não quer dizer que tenham
Há vários fatores importantes consequência direta na criação
para perceber o que se está a pas- de emprego e ainda fazem ausar. Para começar, o
mentar as contribuições para a
gabinete de estatística deu conta de
União Europeia.
um aumento no
Para se ter uma
número de aviões
ideia, desde 2008
exportados pela Irpara cá o PIB aumentou sete mil
landa para atividades de locação. Este
milhões de euros à
crescimento - as
conta destas desexportações mais
localizações.
do que duplicaram
Na sua conta de
-faria aumentar o
1Witter. Paul KrugPIB, claro, mas não
man. Prémio Noseria suficiente O ministro das Finanças bel da Economia,
não poupou crítipara o atirar para
diz que não havrá
um valor de dois dí- efeitos na economia real cas à "economia
gitos.
de duendes". Num
Há porém um fator mais rele- dos tweets, em que argumentava
vante: foi detetado "um enorme que o crescimento não fazia senaumento no capital das empre- tido, questionava o porquê de os
sas". E é com este novo dado que números das multinacionais
se percebe o fenómeno irlandês. aparecerem no PIB.
Mais longe foi Aidan Regan,
Jack Allen, analista da Capital
Economics, citado pela Bloom- diretor do Dublin European Insberg, explica É reflexo da deslo- titute, ao dizer que as contas são
calização da sede de algumas uma farsa. E deu um exemplo:
grandes empresas para a Irlan- as companhias de leasing de
da, onde beneficiam de impos- aviões estão a transferir as suas
tos baixos. Ainda nesta semana, sedes fiscais para a Irlanda mas
só para dar um exemplo, a Mota- nenhuma dessas aeronaves - e
-Engil anunciou que iria abrir os empregos que trazem consiuma sede naquele país. E o mes- go - está num aeroporto irlanmo se passa com muitas compa- dês. Em Dublin, "estarão 20 pesnhias de leasingde aviões.
soas a gerir um fundo financei1Yocando por miúdos, o que ro para pagar menos ao fisco".
acontece é que a Irlanda está a
Outro economista citado
cobrar impostos muitos baixos pela Bloomberg, e que por estes
às multinacionais (IRC de dias dará uma palestra sobre
12,5%, quando em Portugal a economia irlandesa, confessa
taxa nominal é de 21%) e com que não sabe o que dirá: "A Iristo atrai muitas companhias landa está a crescer a uma taxa
que deslocalizam as suas sedes razoável, talvez de 5,5%." Por
para Dublin. A consequência isso, a única certeza que Jim
imediata é que os ativos conta- Power tem é que ninguém na
bilizados no PIB disparam.
plateia o ouvirá dizer que a eco"Somos uma economia pe- nomia cresceu 26,3%.
quena e se conseguimos um ANA KOTOWICZ
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ID: 65260881
13-07-2016
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País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 3 de 3
Os argumentos de
Centeno para evitar
as sanções: brexit e
crise dos refugiados
União Europeia. É a primeira vez na história do Pacto de Estabilidade
que há países multados por violarem o défice de 3% - mas a multa pode
ser zero. Centeno lembra que há "tensões grandes na Europa
que exigem resposta política" e sublinha que a execução de 2016
está a ser "seguida à risca". Novas medidas só em -701
- - 7. . DN+PAGS 2E3
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ID: 65261046
13-07-2016
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País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
Grupo chinês compra
dona dos cinemas
do El Corte Inglés
Cinema. Em Lisboa e no Porto mudam de mãos 45 salas, incluindo
as dos DolceVita Tejo e Arrábida 20. Mas deverão manter a marca UCI
ANA MARCELA
Os cinemas do El Corte Inglés, do
DolceVitaTejo, em Lisboa, eArrábida 20, no Porto, mudaram de mãos,
depois de a britânica Odeon-UCI
ter sido adquirida pelaAMC EntertainmentHoldings, empresa controlada pelo grupo chinêsWanda
Group, do milionárioWangJianlin.
Um negócio avaliado em 921 milhões de libras (1,079 mil milhões
de euros). O primeiro negócio do
pós- brexita ultrapassara barreira
dos mil milhões de euros.
"É uma oportunidade única—
adquirira cadeia de cinemas líder
na Europa e criar o maior e melhor
exibidor de cinema do mundo",
afirma Adam Aron, diretor-geral e
presidente da AMC. Detida há 12
anos pelo fundo Terra Firma, a
Odeon-UCI é a maior operadora
europeia, com 242 cinemas e 2236
salas. Em Portugal, onde enfrenta
a liderança da NOS Audiovisuais,
gere três cinema (dois em Lisboa e
um no Porto) e 45 salas. Apesar da
mudança de mãos, os cinemas deverão continuar a operar no mercado português sob a marca UCI.
Com esta aquisição, o grupo do
milionário chinês Wang Jianlin
passa a deter 627 cinemas e mais
de 7600 salas em oito países, como
Reino Unido, Irlanda, Itália, Espanha, Áustria e Alemanha. Posição
que poderá ser reforçada se nos Estados Unidos fechar a compra da
Carmike. AAMC está disposta a desembolsar 1,1 mil milhões de dólares (995,6 milhões de euros) pela
quarta maior cadeia de cinemas
nos EUA—com 276 cinemas e 2954
salas, presente até março em 41 estados—, reforçando a sua posição
num mercado onde é a segunda
maior cadeia, depois da Regal Entertainment Group.
Apesar da Carmike ter adiado,
no final de junho, uma decisão sobre a venda— a votação foi adiada
para 15 de julho, depois de alguns
acionistas considerarem os 30 dólares por ação oferecidos pelaAMC
um valor baixo—, aAMC diz manter
ainda o interesse. Mais, a "transação oportunística" da Odeon-UCI
não impede uma futura comprada
Carmike, já que a "a AMC tem os
compromissos financeiros e a flexibilidade para realizar ambas as
transações", garante.
A compra da Odeon-UCI é uma
operação avaliada em mais de mil
milhões de euros, mas o mesmo
implica a absorção de uma dívida
líquida de 477,2 milhões (407 milhões de libras). Ou seja, aAMC vai
apenas pagar 500 milhões de libras
(586 milhões de euros) pelos ativos,
75% em dinheiro e 25% em ações.
A operação, que deverá estar
concluída até ao final do ano, está
ainda sujeita ao OK da Direção-Geral da Concorrência da Comissão
Europeia e à consulta do Conselho
de Empresas da Europa.
O timingda compra foi acelerado pelo brexit. Em maio, aAMC estaria disposta a pagar até cerca de
900 milhões de libras. Com a libra a
cair para mínimos históricos face
ao dólar depois do referendo do
1079
> milhões de euros
É o valor da compra da Odeon-UCI.
A operação implica que a AMC absorva
477,2 milhões de euros de dívida
líquida da cadeia de cinema britânica.
Reino Unido para a saída da UE, a
aquisição, que vinha a ser negociada nos últimos três anos, foi concluída.
"Embora existam ainda algumas incertezas, a queda da libra
para os valores mais baixos das últimas três décadas face ao dólar
dão-nos a confiança de que esta
transação irá gerar valor a longo
prazo para os nossos clientes, parceiros e acionista?, admite Adam
Aron. AAMC terá poupado cerca
de 144 milhões de euros, beneficiando da desvalorização da libra,
noticia a Reuters.
A Odeon-UCI não revela nas
suas contas o peso do mercado
português nas receitas, mas nos últimos 12 meses, até 31 de março, a
companhia faturou globalmente
mais de mil milhões de euros, segundo os dados divulgados pelas
empresas.
Nas contas de março, a Odeon-UCI dava conta de crescimentos
ao nível da venda de bilhetes, bem
como planos para nos próximos
quatro anos abrir 20 novos cinemas em mercados como Reino
Unido, Alemanha e Itália.
Planos que não se sabe se se irão
manter dada a mudança acionista.
Mas da Odeon-UCI aAMC espera
um "aumento de público e de faturação". Como? Através da "introdução de reconhecidas estratégias
de costumerexperience. Será dada
primazia às iniciativas de crescimento da AMC, como a introdução de assentos reclináveis, uma
melhor oferta food & beverage, e
auditórios superiores de grande
formato".
AAMC renovou alguns dos seus
cinemas com assentos reclináveis, tendo registado um aumento de 75% no número de espectadores nestas localizações. Estratégia que quer aplicar às salas da
Odeon-UCI.
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ID: 65261046
13-07-2016
Tiragem: 25772
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
NEGÓCIO
Dona dos cinemas
do El Corte Inglés
passa para as
mãos de chineses
• Em Lisboa e no Porto, entre os cinemas UCA do El Corte Inglés e dos
DolceVita Tejo e Arrábida, 45 salas
passam a ser geridas por chineses.
A britânica Odeon-UCI foi comprada pela AMC Entertainment Holdings, empresa americana controlada pelo grupo chinês Wanda, do
milionário Wang Jianlin. O negócio
foi avaliado em mil milhões de euros. DINHEIRO PÁG. 14
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Há mais turistas a ver Lisboa do lado de lá do Tejo
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
13-07-2016
Meio:
Diário de Notícias Online
Autores:
Ana Bela Ferreira
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=9d6ff79c
13 DE JULHO DE 201600:29
Aposta em turismo de nicho como o equestre, mergulho, natureza e enoturismo são algumas das
razões que explicam as 2,3 milhões dormidas de turistas nos 18 municípios da região
Andar a cavalo em Alcochete, desportos náuticos na região de Almada e prova de vinhos na Arrábida.
São alguns dos trunfos que levaram ao aumento de 17,7% nas dormidas de turistas nos primeiros três
meses do ano na Margem Sul. Um crescimento em linha com os 18 municípios da região de Lisboa,
que aumentou 9%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao todo, registaram-se 2,3 milhões de dormidas na região. Na Margem Sul do Tejo, onde se
registaram 116 831 dormidas, Sesimbra foi o município que mais cresceu (25%, para 21 005
dormidas), mas não é o que mais turistas tem. Aí ganha Almada com 37 398 (mais 12%, que em
2015).
Os números espelham uma série de estratégias levadas a cabo pela Entidade Regional de Turismo da
Região de Lisboa (ERT-RL) no sentido de "realçar outras áreas que não só Lisboa e as marcas
consolidadas de Cascais ou Sintra", indica o responsável por este organismo, Vítor Costa. Para isso, foi
construído um plano estratégico para o desenvolvimento turístico da região entre 2015 e 2019.
"Identificámos alguns produtos como o enoturismo, a natureza, o turismo náutico. Outro nicho é o
turismo equestre, para a região do Arco do Tejo (Alcochete e Montijo). Na Arrábida, que também já
está mais desenvolvida, é mais o enoturismo, mas também a natureza. Depois há zonas de
mergulho", explica Vítor Costa.
Além disso, o objetivo é diversificar as ofertas para tornar a região atrativa ao longo do ano. Aliás os
próprios números, referentes ao período entre janeiro e março refletem isso. "Depende dos produtos,
temos ofertas mais para o verão, e outras para o resto do ano. O essencial é mais descentralizar. É
organizar os produtos de maneira que os fluxos sejam descentralizados de Lisboa", acrescenta o
responsável da ERT-RL.
Para estas ofertas concretas contribuem iniciativas como a Stopover da TAP, à qual a região se
associou, como lembra Vítor Costa. E que consiste numa estadia de 24, 48 ou 72 horas para quem
está a fazer escala em Lisboa, em condições especiais. Outra aposta é por exemplo criar "ofertas
específicas, como por exemplo, pelas festas do Montijo fizemos ofertas para participar na procissão,
preços para quem quer só almoçar ou jantar, sem estadia. temos organizado alguns produtos deste
tipo e começa a dar alguns frutos", aponta.
O responsável pelo turismo de toda esta área reforça ainda as parcerias com as autarquias e as
empresas locais, na criação de ofertas turísticas. "Aproveitamos o enquadramento territorial das
autarquias e os próprios eventos que estas organizam e nós divulgamos. Depois promovemos também
produtos de certas empresas locais, para promover também os produtos de nicho."
Página 20
Sesimbra quer ser mais que mar
Da região a sul do Tejo, Sesimbra foi onde as dormidas mais aumentaram. Um resultado que a
câmara municipal espera manter, já que garante "tratar-se de um crescimento sustentado dos últimos
três anos". A vice-presidente da autarquia, Felícia Costa, justifica o crescimento turístico da zona com
"um investimento da autarquia - e também dos privados - na requalificação urbana, dos espaços
públicos ou na melhoria de acesso às praias".
Apesar de considerar que o município pode crescer além do turismo balnear, a autarca não tem
dúvidas que este é uma mais-valia para a região. "Temos investido na preservação do património
natural, como a intervenção na Lagoa de Albufeira, porque sabemos que o turismo de praia é muito
importante". São os espanhóis, alemães, franceses, dinamarqueses e ingleses que mais visitam a
cidade e muitos deles, refere Felícia Costa, aproveitam para visitar a zona envolvente. "Os turistas não
se ficam por aqui, fazem as rotas do vinho, visitam a Arrábida é toda uma região que se desenvolve".
Ana Bela Ferreira
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Economia Ibérica (DN + JN)
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Especial Empresas e negócios internacionais
•
António Belo, da Câmara de Comércio
e Indústria Luso-Espanhola (à
direita), e Nuno Ribeiro da Silva,
administrador da Endesa Portugal,
foram os convidados de António
Perez Metelo (à esquerda) em mais
uma edição da Economia Ibérica
. • •„
',•
;3-1-fts`ECONOMIA
-"'
54 41£ .16.,
IBERICA
..MOÇO
.4.13 1.4
Popular
O Jornal de Notícias, o Diário de
Notícias e a TSF estão a fazer a análise
da realidade empresarial do mercado
ibérico, numa série de entrevistas ao
pequeno-almoço conduzidas pelo
jornalista António Perez Metelo a
responsáveis de empresas portuguesas
com dimensão internacional e ibérica e
a representantes da Câmara de
Comércio e Indústria Luso-Espanhola.
Esta iniciativa decorre na sede do
Banco Popular e termina em 23
novembro com uma conferência a
realizar no Centro Cultural de Belém
4100144
4 °a Wie
Para a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, o alívio fiscal sobre o setor da energia é essencial para aumentar a competitividade da Península Ibérica. A Endesa conta como, apesar da redução da procura e dos desafios e custos impostos pela proteção do
ambiente, ainda há espaço para prestar serviços de qualidade e, pela diferença, assumir a dianteira face aos restantes operadores
Endesa, na Península Ibérica,
tem uma posição de liderança"
ANTÓNIO
PEREZ
METELO
Nuno Ribeiro da Silva, presidente
da Endesa Portugal, eAntónio
Belo, membro da direção da
Câmara de Comércio e Indústria
Luso-Espanhola (CCILE), sejam
muito bem-vindos a esta
Economia Ibérica. Nuno, começo
por sLVI pelos números que a
Endesa copiosamente publica,
com grande atualidade de facto,
que este negócio não está em expansão, está numa situação de
cortes no produto final-embora
no gás não, mas em termos gerais.
Portanto, está, penso eu, numa
grande recomposição. Para já,
para começar; qual é aposição da
Endesa na Península Ibérica?
Nuno Ribeiro da Silva (N.R.S.) -A
Endesa, na Península Ibérica-e incluindo também as ilhas Canárias
e as Baleares - tem uma posição de
liderança, enquanto primeiro fornecedor em termos de energia elétrica e segundo no gás natural.
Porque hoje, cada vez mais, há urna
estreita associação na prestação de
serviços, portanto, de venda a clientes, de eletricidade e de gás. Aí ia
Endesal, tem urna posição de liderança. Em Portugal, é o segundo operador. Portanto, a seguir ao incumbente...
A EDP, claro.
A Endesa tem cerca de 20% do mercado elétrico em Portugal.
E vejo que está a crescer no
segmento liberalizado, não é?
Sim, está a crescer no segmento liberalizado, nomeadamente junto
do que nós chamamos grande público, ou seja, no fundo, nas nossas
casas, clientes domésticos.
O que, em comércio, se diria o
retalho, não é?
Exatamente. Onde, ainda, o mercado está muito centrado na incumbente, embora liberalizada já
a maior parte da procura do consumo. No entanto, essa liberalização digamos que tem um "se", que
é o facto de o incumbente dispor
decerta de 85% do mettado no segmento doméstico. Já no segmento
empresarial há uma repartição
muito mais equilibrada de quotas
e a Endesa, inclusivamente, lidera,
à frente dos outros operadores, o
segmento chamado de clientes industriais. Essencialmente, estamos
a falar de grandes consumidores.
Claro. Já lá iremos, aos desafios
que este setor está seguramente a
pôr à Endesa e a todas as empresas
desse setor. António, pergunto-lhe
a si: Que ecos desta questão da
energia elétrica- fala-se tanto, é
tão discutido hoje, nas instâncias
políticas e na praça pública, a importância vital da recomposição
deste setor - se ouvem na Câmara
de Comércio e indústria Luso-Espanhola por empresas de um
lado e de outro da fronteira que
ainda existe entre nós?
António Belo (A.B.) -A Câmara de
Comércio tem excelentes repre- ►
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Corte: 2 de 4
Empresas e negócios internacionais
;.1,0,V,1, I • •
A =5.bs
.-
ECONOMIA
IBÉRICA
A
1,10,1C A
Popular
Obrem o«
Não perca a grande conferência sobre
Economia ibérica.Popular que o Banco
Popular, o Diário de Noticias. o Jornal
de Noticias e a TSF organizam no dia
23 de novembro, no Centro Cultural de
Belém,•em Lisboa
NUNO RIBEIRO DA SILVA
Administrador da Endesa
Portugal
> Presidente do
Conselho
Administrativo da Endesa
Portugal
desde 2010,
Nuno Ribeiro da
Silva tem duas licenciaturas em Engenharia e Economia -,
ambas peto Instituto Superior
Técnico, que cumula com
mestrados em áreas de economia e energia. Tendo passado por várias empresas de renome, como a CP ou a
Rodoviária Nacional, ingressou na EDP em 1985. Foi deputado e esteve ligado a várias
secretarias de Estado, tendo
mesmo sido secretário de
Estado da Energia e da
Juventude entre 1987 e 1993.
Foi professor catedrático em
várias instituições e pertence
à direção de diversas associações como a CIP ou a AIP.
ANTÓNIO BELO
> Membro da CCILE
> Formado em
Direção de empresas pela
Universidade
de Navarro,
António Beto
pertence à junta
diretiva da Câmara de
Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE) desde
2008. Presidente do conselho
de administração da Mapfre
Seguros de Vida desde 2010,
António Belo tem vindo a desempenhar diversos cargos
administrativos nesta seguradora a partir de 1993, pertencendo à direção regional
ibérica do Grupo Mapfre
desde 2013. Pertence também, desde 2008, à direção
da Associação Portuguesa de
Seguradores, dirigindo ainda
a respetiva Comissão de
Estatísticas a partir de 2014.
Endesa tem cerca
de 20% do mercado
elétrico em Portugal"
•
►sentantes do setor energético, como
é o caso do engenheiro Mino Ribeiro
da Silva, que, de alguma forma,
transportam para o seio da organização, efetivamente, uma informação muito interessante acerca da
evolução do setor cá em Portugal.
Como o engenheiro Nuno Ribeiro
da Silva terminou de comentar, efetivamente o setor tem apresentado
umaevoluçãoextremamentepositiva e há uma abertura que se reflete especialmente no grande consumidor, como acabou de ser dito, por
ganhos efetivos face à concorrência que se começou a verificar nos
últimos anos. Hoje temos um conjunto de operadores com quotas
bem distribuídas que beneficiam,
de alguma forma, o consumidor
final. E quando estamos a falar...
E a abertura dos mercados foi feita
de forma, digamos...
Bastante natural.
Bastante manai, gradual, sem repelões.
Bastante natural. Pelo menos, é essa
a sensação do consumidor. Mais
na perspetiva do consumidor, é a
isso que se assiste. Como foi referido, o setor produtivo tem sido bastante beneficiado com isso, mas
também, na perspetiva do particular, penso que estão a ser dados
passos bastante importantes nesse
sentido. Apesar, julgo eu, de alguma especulação que gira sempre à
voltado setor, dos custos que a energia tem em Portugal, aquilo que vai
sendo bastante evidente é que nós,
a esse nível, nos posicionamos até
dentro de unia realidade comparativa com a Europa bastante razoável. Pelo menos é a sensação
que vou tendo, não só como consumidor como dos ecos que beneficio dentro daCâmara doCoinéttia
Nono, nós conhecemo-nos há
muito tempo e eu sempre ovi com
grandes preocupações ecológicas.
Suponho que muito antes de ter
assumido as sucessivas responsabilidades maiores até chegar a esta
posição. Para es empresas como a
Endesa, esta nova visão do problema dos gases com efeito de estufa,
da sustentablfidade energética do
planeta, etc. representa um grande desafio de se repensar e de se
restruturar, não é assim?
N.R.S.-É. É um desafio de primeira prioridade, de segunda prioridade e de terceira prioridade. Em
particular o setor energético - não
só o elétrico mas também a área
dos derivados do-petróleo, etc. -,
digamos que é o inimigo público
número um sob o ponto de vista
ambiental. Não só em termos de
emissões dos chamados gases de
efeito de estufa mas também nas
cadeias energéticas existe todo um
conjunto de operações de grande
risco e, muitas vezes, de agressividade para o ambiente.
Sim. Desde a extração até ao trensporteem altatensão,queprovoca
controvérsia sobre os campos que
ela produz àvolta,etc.Tudo isso.
Exatamente. Quer dizer, a extração
dos combustíveis primários -o carvão, o petróleo, o gás -, depois o
transporte... Não é raro haver acidentes no transporte: roturas de pipelines, navios que sofrem acidentes, derrames de todo o tipo. Depois,
as transformações sucessivas até
ao que nós chamamos a energia
final, que é aquela que nós servimos ao cliente para utilização e que
não é o carvão em bruto ou o petróleo ou o gás em bruto.
Claro.
A transformação para a eletric idade. Portanto, há toda uma cadeia,
uma fieira de operações extremamente sensíveis, com quantidades
colossais a serem manipuladas, manuseadas, transformadas e que
estão associadas a riscos ambientais. Estes riscos) têm sido mitigados. De qualquer forma, o problema hoje mais crítico, que é este
repto que estamos afazer à atmosfera e ao planeta com as emissões
de gases com efeito de estufa, com
impacto nas alterações climáticas,
é, para as empresas elétricas em
particular, um desafio definitivo,
que condiciona enormemente toda
a perspetiva e as decisões das tecnologias a que nós recorremos para
produzira eletricidade que é necessária. Uma variável absolutamente crítica, hoje, é saber, depois
de toda a discussão que tem havido recentemente com Paris, com a
chamada Conferência COP-21, o
preço que o CO2 irá ter, digamos,
no mundo, no mercado mundial.
Portanto, deixa de ser um problema difuso, fora dos preços, que alguém há de resolver, para se meter
o problema dentro e pôr-lhe o
preço certo, digamos assim.
Exatamente. O que, aliás, é funda-
66% do que pagamos
na fatura elétrica não tem
nada que ver com os custos
económicos da eletricidade
Fazer pagar.
... e fazer pagar, um pouco dentro
do princípio generalizado do p o luidor-pagador. Portanto, uma variável importantíssima para estabilizaras angústias com que as empresas elétricas hoje se confrontam
quando têm de optar porfa7Ps uma
central a gás ou uma central a vento,
ou a água, ou a sol, ou nuclear é
quanto ela vai custar com a adoção
das medidas que foram negociadas
pela comunidade mundial, homeadamente na COP-21 e quanto
vai custar a emissão de uma tonelada de COz.
E diga-me, muito precisamente, a
Endesa Portugal - Jápercebi que
A Câmara de Comércio tem
excelentes representantes do
setor energético, que
transportam para o seio da
organização informação
muito interessante acerca do
setor em Portugal
mental. Ouseja, há sempre duas ma-
neiras de atacar este tipo de problemas: ou é como um ato administrativo a proibir ou então é integrar
na economia...
tem isso nasua agenda- está a
proceder amodificações internas
para fazer faces estes novos desafios?
Sim. Fizemos, por exemplo, uma
adaptação dos equipamentos
de emissão de uma central a carvão...
Para diminuir as emissões, dam.
Para diminuir as emissões.
Qual é acentrall
A do Pego, portanto, ao pé de
Abrantes.Agora, essesequipamentos que instalámos diminuíram as
emissões de NOx, ou seja, de óxidos
de azoto, de produtos sulfurosos, de
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 3 de 4
Nuno Ribeiro da Silva,
administrador da Endesa
Portugal (à esquerda),
explicou como é possível
ser líder num mercado de
grande maturidade como
o da energia. António
Belo (à direita) falou dos
ecos que a Câmara de
Comércio e Indústria
Luso-Espanhola recebe
dos seus associados
deambos os lados
da fronteira quanto
ao setor energético
partículas, mas o CO2 não temos,
hoje, maneira..
Deo travar devidamente.
De evitar a sua emissão. Resulta de
operações físicas e químicas.
Muito bem. Há uma polémica que
não se cala, digamos assim, de
rendas excessivas no setor elétrico em Portugal. Com o conhecimento que a câmara tem da situação em Espanha e em
Portugal, qual é a ideia da COLE
em relação a Isso, se é que entrou
nessa discussão? É possível. a
pouco e pouco, ir reduzindo os
preços do Kilowatt para os cidadãos em geral, em primeiro lugar
em Portugal e, porventura, também em Espanha?
A.B. - Vamos lá a ver, a ideia que
tenho sobre essa questão - e volta
à...
Porque esta questãoestáligada à
anterior, não é?
Exatamente, volta à questão anterior que me foi colocada Eu julgo
que, do ponto de vista da eficiência
e do ponto de visto produtivo, o setor
elétrico tem dado passos muito significativos em PortugaL Acho que
é uma boa referência do ponto de
vista-europeu, se quisermos, e não
me parece que seja por aí que, efetivamente, essa escala, que está a
colocar, seja colocada ao mercado Nuno,querdizer alguma coisa
português. Penso que se algum fator sobre isto?
há que otimizar, apesar dos tempos N.R.S. - Só dois comentários na
bastante difíceis que passamos a sequência dessa referência.
esse nível cá em Portugal, será a Mesmo falando nos nossos dois
questão fiscal. Há espaço, do ponto países, Portugal e Espanha, por
de vista fiscal, para melhorar subs- exemplo uma outra área que não
tancialmente a nossa competitivi- tanto a eletricidade mas os comdade a esse nível, comparativamente bustíveis, em que frequentemencom...
te aparece a referência a que as gaMas isso é baixar impostos, não é? solinas ou os gasóleos são mais baisso é baixar receitas do Estado. É
ratos em Espanha ou em Portugal,
isso que me está a dizer, não é?
etc. Isto coloca diretamente o dedo
(Risos).
na ferida deste ponto da fiscalidaExatamente.
de: E, nomeadamente, em dois
Os tempos estão dfficds peralta°, países tão próximos, tão integracomo também concederá.
dos como os nossos e as nossas
Era o que eu terminava por dizer. economias.
Efetivamente, o contexto não é É isso que ~caos diferenciais
nada favorável. Dificilmente o go- de preço, não é?
verno português conseguirá atin- É isso que explica. No caso, por
gir os objetivos que persegue, com exemplo, dos derivados do petróuma recuperação que era bastan- leo, o que acontece é que a Espanha
te necessária, nomeadamente para tem uma fiscalidade na gasolina e
o fortalecimento da economia por- no gasóleo, para facilitar, que é intuguesa do ponto de vista das me- ferior à media europeia e nós temos
didas fiscais, da política fiscal, que uma fiscalidade superior à média
o país tem. Portanto, julgo que tam- europeia. E, portanto, o contraste
bém no setor energético, isso teria é grande.
um impacto e um resultado bas- Pois. Isso é dano.
tante significativo. Julgo que este Depois, no caso em particular da
será o aspeto mais importante do eletricidade. Se formos ver os cusponto de vista dessa questão, das tos de produção e de serviço elétrico ao consumidor...
rendas, que está a colocar.
Ou seja, os custos económicos •
diretos.
Os custos económicos, exatamente. O sistema espanhol e o português compara muito bem como
resto da Europa. O que acontece é
que, efetivamente- desculpe a expressão, António -, se utiliza um
bocado, nomeadamente o setor
elétrico, como o saco onde cabem
toda uma série de medidas de política que não têm nada que ver com
osetor elétrico. Recentemente decidiu-se atribuir a um milhão de famílias...
Uma taxa sodaL
Uma taxa social, uma tarifa social,
portanto, eletricidade subsidiada.
Bom! Quem paga - às vezes os teclames, da propaganda política,
que aparecem na rua dão outra
ideia - isso são as empresas elétricas, não é o Estado. Por exemplo, a
União Europeia diz e aponta que,
sim senhor, se um governo decide
uma atribuição de um subsídio, por
qualquer razão, de natureza de política social, de política de desenvolvimento regional, de solidariedade nacional, o que seja, isso deve
ir ao bolso específico. Ou seja, seria
algo a ser suportado pela Segurança
Social, não o sistema elétrico.
Pois,masnão
Portanto, estamos realmente -e só
para se ter uma ideia e para terminar- com uma carga fiscal sobre a
eletricidade em que quase dois terços, digo bem, quase 66% do que
pagamos nafaturaelétrica, não tem
nada que ver com os custos económicos da eletricidade.
Nuno, peço-lhe agora respostas
mais rápidas, mas queria-lhe perguntar: Do ponto de vistado emprego e do volume de negócios,
que perspetivas há parao resto do
ano de 2016 e 2017f Estabilização?
Expansão moderada? O quê?
Eu diria expansão moderada.
Expansão moderada até porque,
como °António disse no princípio...
Tem havido uma retração.
Exatamente. Não tem havido um
aumento da procura, que é uma situação também única na história,
digamos. Não tem havido. Fm parte
por boas razões, porque há reflexões importantes de todas as medidas...
Pois, pois. É que a maior eficiênda
energética representa menos
necessidade de oferta.
Exatamente. Mas isso é positivo, porque há menos emissões, há toda
uma série de efeitos positivos.
Por isso é que eu dizia que todos
estes movimentos são desafios
paraas empresas.
Exatamente, imensos, imensos.
Não quero exagerar o adjetivo e não
costumo inflacionara minha verve,
mas está-se, de facto, num momento histórico de um conjunto
de desafios para o setor energético
em geral e elétrico em particular
como realmente nunca ocorreu.
Mas dizendo que, apesar de a procura global estar praticamente estagnada-até porque as nossas so-
ciedades já estão muito maduras
em termos de eletrificação-, pode-se dar um salto com a mobilidade. Portanto, o consumo dos transportes e dos veículos que usamos,
os particulares, pode começar a
virar para a eletricidade. Mas a
nossa perspetiva. enquanto Endesa,
é de facto um crescimento moderado, com particular ênfase nas vendas de gás natural, também, na eletricidade, no segmento doméstico
e no que nós hoje chamamos de
serviços de valor acrescentado. Ou
seja, hoje uma empresa elétrica não
pode só pensar que vende unidadesde eletricidade- kW/h- e unidades de gás- M3 de gás, tem de começar a prestar crescentemente
serviços de valor acrescentado.
Dê-me um exemplo, muito
rapidamente.
Por exemplo, aconselhamento a
clientes, manutenção de equipamentos, no caso da indústria, ser
parte ativa na otimização da gestão
e da eficiência energética. E depois
entrávamos em aspetos técnicos,
como a diminuição de energias reativas, condensadores...
Não, claro, não. Não vamos a isso,
porque ainda lhe quero fazer uma
última pergunta para uma resposta telegnifica. Para a Endesa
Portugal são importantes os esforços de conectividade COM o resto
da Europa, que se estão a fazer, na
medida em que ainda se fala que a
Península Ibérica é uma jangada
de pedra. do ponto de vista da conectividade energética?
Exato. Espanha e Portugal estão'
muito bem interconectados. Isso
vê-se. Vê-se que no mercado ibérico, no chamado Mibel, os preços,
num e noutro país são praticamente sempre iguais.
Mas o problema é com a França,
não é?
Mas o problema é com a França. No
gás natural é que ainda há coisas a
fazer. Porque a maturidade, digamos, do mercado ibérico da eletricidade é diferente da do mercado
gasista na Península Ibérica. E depois há esse problema da barreira
dos Phenéus. Eu diria mais, da barreira da França...
Pois, é uma barreira politica.
É uma barreira política, mais propriamente do que uma barreira física.
Mas espera desenvolvimentos
proximamente?
Eles estão a correr, com alguma resistência, mas de qualquer forma
com o empenho político muito
grande da própria Comissão
Europeia e da parte de Portugal e
de Espanha. E é, de facto, muito importante, quer em termos de preços, quer em termos de segurança,
querem termos de uma integração
normal de uma coisa tão importante para a nossa vida como é a
energia, que se acelere, se acentue,
se aumentem as ligações e as autoestradas de eletricidade e de gás
entre a Península Ibérica e o testo
da Europa.
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Economia Ibérica (DN + JN)
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13-07-2016
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Corte: 4 de 4
Empresas e negócios internacionais
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ECO N OMIA
IBERICA
Popular
...COOC.10
.1.1.0ÇO
Próxima entrevista sobre Economia
Ibérica no dia 27 de julho, com Maria
Medeiros, diretora-geral do Grupo
Euten
1
A Endesa vista num relance
Elétrica espanhola
é a n.° 2 em Portugal
> A Endesa tem na produção, distribuição
e venda de eletricidade na Península
Ibérica a principal área de negócio.
Enquanto produtora em Portugal. a
Endesa tem participações em diversas
centrais de carvão e de gás natural - Tejo
e Elecgas - que, em 2015, garantiram
uma quota de mercado de 9,4%, produzindo um total de 1 862 gigawatts/hora
(Gmh). Mas é na comercialização que a
elétrica espanhola tem vindo a ganhar
terreno: com 7,25 terawatts/hora (TWh)
de energia fornecida em 2015, a Endesa é
o 2' operador do mercado liberalizado
português de energia elétrica, com uma
quota perto dos 20%.
r)Clientes ibéricos
&são 11 milhões
A Endesa serve na Península Ibérica
cerca de 11 milhões de clientes, mais do
que o total da população portuguesa.
Para assegurar estes serviços, a Endesa
emprega quase 10 mil pessoas concretamente, 9886. Em Portugal,
entre clientes de eletricidade e gás
natural, a Endesa soma mais de 178 mil
clientes e comercializou
aproximadamente 10 TWh de energia
em 2015.
Panorama. Com 72 anos de existência mas presente em Portugal apenas há 23, a gigante
espanhola Endesa já conquistou perto de 20% do mercado elétrico liberalizado português
ADELAIDE CABRAL
. Líder do setor elétrico espanhol há
várias décadas, a Endesa entrou em
Portugal em 1993 e, em apenas alguns anos, assumiu-se como o segundo maior fornecedor do mercado liberalizado de eletricidade português. Parte do grupo italiano Enel
desde2009, agigante espanhola restringiu-se ao mercado ibérico-deixando o resto do mundo à casa-mãe
-, o que ainda assim significa di-
ordesq
mensões de rèspeito: só no primeiro trimestre de 2016, os lucros líquidos consolidados da Endesa somaram 342 milhões de euros.
Começou, há 72 anos, pela construção de uma central térmica em
Ponferrada, em Leão. A produção de
energia elétrica era a principal área
de negócio da Endesa. Com o tempo viria a diversificação para a distribuição e venda de energia e para a
geração elétrica a partir de outras
fontes que não o carvão: hidroelétricas, nucleares e gás natural.
_
A expansão territorial só chegaria
com os anos 1970. Construindo
unidades ou aquirindo e fundindo-se com outras, a Endesa cresceu
em Espanha, aventurou-se para cidades espanholas de além-fronteiras, como Ceuta e Melina, e em 1992
entrou num país estrangeiro, a Argentina APortugalaFndesachegou
um ano depois, coma participação
na central do Pego, em Abrantes.
Comprada em 2009pela italiana
Enel, a estratégia da Endesa passa a
centrar-se na consolidação do mer-
••••••-•
.3. .2
r-
:11 TI:mil!
---1
•
PLO
-; ;;_"; •
•.
cado ibérico e na procura de respostas para os desafios do século XXI:
menor agressão ao ambiente nageração de energia e manter-se líder
numa altura em que sociedades e
equipamentos energeticamete
mais eficientes implicam a queda
do consumo de eletricidade. Para
isso, aposta nas energias renováveis,
incentiva os transportes e veículos
elétricos nas cidades a cria serviços
e tecnologias de valor acrescentado
para o cliente, como o contador inteligente para vivendas em Málaga.
-•
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..11.
rr
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21w- V,
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Mais 200% de gás
natural Endesa
Zi Redes com mais
de 300 000 km
f-:1119.111.48.11"
.:•""
bit«
(*, < -
+law lar~meememi
5
Inovação e serviços
garantem liderança
> As redes de distribuição e
transporte da Endesa na Península
Ibérica - entre linhas áreas,
subterrâneas e outras - somam
um total de 316 650 km. Da rede
Endesa fazem parte as mais de
87 mil subestações de distribuição
de energia e os 131636 centros
de transformação (na foto)
> Em 2015, a Endesa forneceu, em
Portugal, 2,7 TWh de gás natural,
o que equivale a um crescimento de
208% face a 2014. No final do ano
passado os clientes Endesa de gás
natural eram já 4435. E a perspetiva
é de crescimento, já que no segundo
semestre de 2015 a Endesa começou
também a fornecer gás natural ao
mercado residencial e aos pequenos
negócios, além da indústria.
g
ECONOMIA IBÉRICA
Oiça, veja e leia
as entrevistas
> Na TSF, depois das 15.30 e das
20.30, nos dias 22 de março;
5 e 19 de abril; 3 e 17 de maio;
14 e 21de junho; 5,12 e 26 de
julho; 6 e 20 de setembro; 4 e 18
de outubro e 1 e 15 de novembro.
> Para liderar o mercado há que oferecer
serviços de valor acrescentado. Por
isso, a Endesa está pronta para dar
conselhos para otimizar a gestão e a
eficiência energética aos clientes afinal, a sua sede, em Madrid, foi
classificada como edifício sustentável
-, fazer manutenção de equipamentos
ou instalar contadores inteligentes em
vivendas ou microturbinas eólicas
(na foto), como fez em Málaga.
No LIN eDN. destacável de
quatro páginas 23 de março.
6 e 20 de abril: 4 e 18 de maio;
15 e 22 de junho; 6,13 e 27 de
julho: 7 e 21 de setembro; 5 e 19
de outubro e 2 e 16 de novembro.
> Na internet veja também vídeo,
textos e fotografias em
www. popularempresaseconomiaiberica.pt
Página 25
A26
Impactos económicos da vitória no futebol: para além da cerveja
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Económico Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=183f16b9
00:05Nuno Cintra Torres, Investigador e Professor Universitário
Seria interessante que universidades em Portugal e em França se dedicassem a medir se existirá
aumento de produtividade em Portugal e diminuição desta em França como consequência do Euro.
Uma instituição de ensino do Porto apressou-se a avançar com os resultados do que diz ser um estudo
com a previsão sobre o "retorno" da vitória da equipa de Portugal no Euro, estimando-o com enorme
precisão em "609 milhões de euros". Televisões e jornais divulgaram aquele número sem perguntas
sobre como foi obtido.
Há duas variáveis a estudar: os impactos económicos do desporto no PIB, que são recorrentes, e o
impacto económico de uma vitória, um evento raro, numa cidade, região ou país. Há várias definições
para o cálculo do valor acrescentado bruto do desporto: estatística (que se resume às atividades
desportivas), estreita (todas as atividades necessárias ao desporto, mais a definição estatística) e
ampla (todas as atividades que estão relacionadas com a atividade desportiva mas que dela não
dependem, mais a definição estreita).
Os setores influenciados pelo desporto são vastos. A Comissão Europeia destaca que o desporto é um
setor muito importante para a UE, com uma quota, crescente, comparável às da agricultura, floresta e
pescas no seu conjunto. Os setores implicados não se resumem à venda de T-shirts, cerveja, TV ou
turismo. Um estudo para a CE realizado em 2012 destaca quatro principais setores - turismo, fitness,
media e educação. Mas há muitos mais. O Rasmunssen Index identifica 35 setores da economia
impactados pelo desporto, como por exemplo a construção (de estádios), que era no momento do
estudo da CE o mais importante em Portugal relacionado com o desporto.
Os dados do estudo da CE referentes a Portugal são relativos a 2005, portanto bastante datados, mas
dão uma ideia do impacto do desporto na economia portuguesa utilizando a definição ampla: 1.534
milhões de euros e 72.101 empregos. Em Espanha, aqueles valores são respetivamente 10 e 6 vezes
superiores. O valor acrescentado do desporto no PIB português corresponde a 0,96% na definição
estreita e a 1,73% na definição ampla. Estes números colocam Portugal abaixo da média UE, que é
respetivamente de 1,13% e de 1,76%. O setor de longe mais expressivo em Portugal é o educacional
com 545 milhões de euros de valor acrescentado. O turismo e a restauração aparecem muito mais
abaixo com 53 milhões de euros.
Uma das mais importantes implicações para as políticas europeias é o efeito do desporto no emprego.
O desporto é uma atividade trabalho-intensiva e conduz à especialização de produtos e serviços. Para
além do turismo, há por exemplo seguros, negociação de direitos ou apostas. Talvez mais interessante
para Portugal, no contexto da vitória do Euro, seja o contributo do desporto para a promoção da
convergência entre os países da UE. O desporto tem características de um bem de luxo, com grande
elasticidade. Isto significa que a produção de bens e serviços de desporto nos países de menores
rendimentos crescem mais rápido que nos maiores.
Uma grande vitória, de âmbito nacional, como a do Euro, tem impactos psicológicos nacionais com
Página 26
consequências importantes na economia mas mais complexas de medir. Investigação académica tem
demonstrado repetidamente que as pessoas se preocupam bastante em identificar-se com clubes
vencedores. Nos EUA, os clubes com mais fãs são aqueles que têm mais de 50% de possibilidades de
vir a ser vencedores. Esta relação positiva é influenciada pelos sucessos ou insucessos da equipa. Há
uma forte resposta emocional. Está provado que a identificação com uma equipa tem relação com
saúde psicológica. Quanto maior a identificação, maior a saúde mental, maior a satisfação.
Mais interessante, os fãs que se identificam fortemente com uma equipa vencedora testemunham
competências mentais, sociais e motoras mais elevadas do que os fãs que viram o seu clube ser
derrotado. O desempenho do clube afeta também a autoestima. É, pois, possível argumentar que
existe um spillover de um sentimento positivo (satisfação) para outros contextos, pelo que o resultado
de um evento desportivo afetará as competências no local de trabalho. Estudos realizados em vários
países - EUA, Brasil, Alemanha - revelam que se estabelece uma forte correlação entre satisfação
pessoal e satisfação no local de trabalho, melhorando a performance profissional.
Estes impactos não foram nem poderiam ter sido aferidos no dia seguinte ao da vitória. Seria
interessante que universidades em Portugal e em França se dedicassem a medir se existirá aumento
de produtividade em Portugal e diminuição desta em França como consequência do Euro. Todavia, os
ganhos de produtividade em resultado da satisfação com a vitória portuguesa no Euro poderão em
breve ser obliterados pelos ganhos em insatisfação com a derrota no euro.
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
Página 27
A28
Turismo de Portugal convida Mathis e adepto francês a visitarem Portugal
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Futebol 365 Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=b71df2bf
O Turismo de Portugal anunciou hoje a intenção de convidar o adepto francês consolado por Mathis, a
criança luso-descendente cujo gesto, após a conquista lusa no Euro2016 de futebol, percorre o mundo
de forma viral na internet. A autoridade responsável pela promoção do país, que também endereçou a
Mathis o mesmo convite, espera pela identificação do adepto francês, "de forma a conseguir chegar
até ele e convidá-lo a visitar Portugal", conforme nota enviada à Agência Lusa. Odemonstrou "a forma
afável, tolerante e genuína de ser e estar dos portugueses", afirma Luís Araújo, presidente do Turismo
de Portugal. O vídeo, captado pelas câmaras do Euronews, mostra Mathis a dirigir-se a um adepto
gaulês, visivelmente triste pela derrota frente a Portugal (1-0), na final do Europeu de futebol, e acaba
com ambos abraçados. Um conteúdo que tem sido partilhado por milhões de pessoas de todo o
mundo, tendo mesmo merecido de Didier Drogba, costa-marfinense que foi uma das estrelas do
Chelsea, uma menção na sua conta da rede social Twitter. Siga-nos no, noe no.
por Manuel Resendes c/Lusa, publicado a 12-07-2016 às 23:39
Página 28
A29
ID: 65261416
13-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 48
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 18,32 x 31,50 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan, admitiu que há riscos na revisão do PIB
SHUTIVR.tillICK
PM da Irlanda cresce 26,3%.
Economistas estão "confusos"
Deslocalização de multinacionais para o país, sobretudo farmacêuticas
norte-americanas, está a empolar o valor da economia de Dublin
JOÃO D'ESP1NEY*
joaadespiney(üordine.pt
O produto interno bruto (PIB) da Irlanda registou uma taxa de crescimento de
26,3% no ano passado, de acordo com
valores revistos que foram anunciados
ontem pelo instituto de estatística irlandês. A anterior estimativa já apontava
para um crescimento de 7,8%.
A revisão do valor do PIB está relacionada com a contabilização de ativos das
multinacionais que têm sede no país.
A baixa taxa de impostos que a Irlanda
cobra às empresas (IRC de 12.5%) tem
atraído cada vez mais companhias para
o país, que foi alvo de um resgate em
2010.
"O que aconteceu aqui é que um balanço inteiro de uma empresa que deslocaliza a sede para a Irlanda passa a estar
incluído no nosso stock de capital e posição de investimento internacional", explicou Michael Connolly, do instituto de
estatística do país, citado pela Bloomberg. 'Temos uma economia muito pequena, e se tivermos um grande aumento
de ativos, é isto que acontece", acrescentou.
São sobretudo empresas americanas a
procurar Dublin para registar a sede fiscal e garantir impostos mais baixos. As
farmacêuticas Jazz Pharmaceuticals e
Perrigo são citadas pela Bloomberg como
empresas que transferiram ativos para
a Irlanda para obter vantagens fiscais.
Esta relocalização de multinacionais
tem efeitos mistos. Por um lado, há impactos positivos com a revisão do PIB: a Irlanda apresenta rácios de endividamento e
défice público bem mais reduzidos.
A dívida pública é agora inferior a 80%
do PIB.
Mas há também efeitos negativos, como
alertou o ministro das Finanças da Irlanda, Michael Noonan, que lançou alguns
alertas. O emprego da Irlanda não acom-
Grupos estrangeiros
procuram a Irlanda para
pagar menos impostos.
Taxa de IRC
é de 12,5% no país
pan ha o crescimento do PIB e, além disso, o país tem de efetuar maiores contribuições para o orçamento comunitário,
que é feito com base na dimensão do PIB.
A Bloomberg nota até que os analistas
irlandeses estão "confusos" com a taxa
de crescimento oficial anunciada ontem.
Para medir o real estado da economia
irlandesa, o PIB tenderá a ser um indicador cada vez menos utilizado . "A Irlanda está a crescer a uma taxa razoável",
em redor de 5,5%, "mas não drástica".
como 26,3%. "Há tantas transações a acontecer que ninguém compreende", afirmou à agência noticiosa o economista
Jim Power, confessando que não sabe
ainda o que irá dizer numa palestra sobre
a economia irlandesa agendada para esta
semana em Londres. Não dirá que a economia cresceu 26% em 2015 e irá passar
a olhar para outros indicadores, como a
taxa de desemprego ou a receita fiscal.
para avaliar de forma mais precisa como
está a evoluir a economia real do país.
O PIB por si só é agora um indicador
pouco fiável. Também terça-feira foram
revelados os dados do primeiro trimestre de 2016 e a evolução foi contrária aos
dados anuais do ano passado, com o PIB
a recuar 2,1% - uma variação que os economistas desvalorizam dada a evolução
anómala registada em 2015.
'Com ,loào Madeira
Página 29
A30
ID: 65261492
13-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 13
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 5,43 x 6,43 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Dormidas na região
de Lisboa sobem 9% .
PORTUGAL As dormidas de turis-
tas na Região de Lisboa, que
engloba 18 municípios, aumentaram 9% no primeiro trimestre de 2016, quando comparado com igual período do ano
anterior. Os dados da Entidade
Regional de Turismo da Região
de Lisboa revelam que o número de dormidas foi de 2.349.612
nos primeiros trés meses do ano.
Sesimbra foi o município em
que o número mais subiu (2.5%).
Página 30
A31
ID: 65261445
13-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 12
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 19,03 x 29,51 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
António Ramalho vai ter em mãos a venda do banco que conta atualmente com 4 interessados
Novo Banco. Stock
da Cunha sai e entra
António Ramalho
O novo presidente assume funções a 1 de agosto.Tem sobretudo experiência
na gestão bancária, mas já fez várias incursões pelo setor dos transportes
SOMA PERES PINTO
sonia.pinto(cOonline.pt
António Ramalho, presidente do
Conselho de Administração da
lnfraestruturas de Portugal, vai
substituir Eduardo Stock da
Cunha na liderança do Novo Banco. A informação foi avançada
pelo Banco de Portugal (BdP)
que diz ainda que o responsável
vai assumir funções a partir do
próximo dia 1 de agosto.
"O Banco de Portugal nomeou.
sob proposta do Fundo de Resolução, na qualidade de único
acionista do Novo Banco, S.A.,
o Dr. António Manuel Palma
Ramalho para o cargo de Presidente do Conselho de Adminis-
tração do Novo Banco", refere
o comunicado do regulador.
Pela frente, António Ramalho
vai ter em mãos a venda da instituição, que atualmente conta
com quatro interessados: BCP.
oBPI, a aliança ApolloiCenterbridge e a Lone Star, cujas ofertas
ainda estão por validar.
Tem também como desafio a
redução dos prejuízos da instituição financeira que, no ano
passado, totalizaram 980.6
milhões de euros.
Até lá, Eduardo Stock da Cunha
permanecerá em funções, "permitindo desta forma uma transição que assegura que são prosseguidos os objetivos traçados
para o Novo Banco, bem como
a execução do plano de reestruturação oportunamente discutido com as autoridades europeias", diz o comunicado da entidade liderada por Carlos Costa.
PERFIL O Banco de Portugal destaca ainda a experiência de gestão de António Ramalho no setor
financeiro e, mesmo quando
esteve a assumir cargos em
outras atividades, "esteve sempre associada uma forte componente financeira e de reestruturação". Apesar de ser licenciado em direito, foi na banca
que passou a maior parte do
seu percurso profissional.
O responsável foi presidente
do conselho de administração
»SE SERGIO
da Unicre (2006 a 2010) e membro do conselho de administração Executivo.do BCP (2010 a
2012). Passou também pelo Santander Totta como administrador de António Horta Osório,
quando António Champalimaud
vendeu o grupo em partes, ao
BCP, CGD e Santander. Aliás, foi
nessa altura, que pertenceu à
mesma equipa de administração de Eduardo Stock da Cunha
REGRESSO AO LLOYDS O ainda
líder do Novo Banco irá para o
Lloyds para liderar a área de
aquisições da instituição financeira. Este saiu do Lloyds, em
2014, para ocupar o cargo de
Vítor Bento no Novo Banco, que
saiu em discordância com a estratégia do governador Carlos Costa para o Banco de Portugal.
Esta saída. segundo o órgão
regulador, "decorre do termo do
acordo de cedência celebrado
com o Lloyds Banking Group.
tal como estava previsto".
Também José João Guilherme irá sair da administração
da instituição financeira. Com
a saída dos dois administradores, no conselho do Novo Banco ficam, para já, Jorge Freire
Cardoso, Vítor Fernandes, Francisco Vieira da Cruz e Francisco Cary, este último com o pelouro financeiro.
Página 31
A32
ID: 65261455
13-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 13
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 9,32 x 11,34 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
O presidente da ERSE revelou no parlamento que o
governo de Passos Coelho não transferiu em 2015 os 50
milhões que estavam previstos para reduzir a dívida
tarifária. Como consequência, as tarifas de eletricidade
podem vir a aumentar. Shutterswck
Página 32
A33
ID: 65260826
13-07-2016
Tiragem: 70887
Pág: 8
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 3
Punições Desde multa
a suspensão de fundos
Quais são as sanções em que Portugal
Incorre? Em primeiro lugar, a Comissão
Europeia pode agora propor Cima multa
entre zero e 0,2% do PIB do ano antedar (cerca de 358 milhões de auras). Se
a multa for aplicada, o Estado tem de
fazer um depósito junto do Mecanismo
Europeu de Estabilidade. Esse depósito
não rende juros ao país e é transformado em multa a fundo perdido se o Incumprimento for repetido. A suspensão
de Fundos Europeus Estruturais e de
Investimento é outra hipótese. Esta
medida tem de ser a menos penalizante
de dois limites: a suspensão de, no máximo, 50% para 2017 ou um máximo
de 0,5% do PIB nominal. O fim desta
suspensão terá lugar quando o Estado
voltar a cumprir o limite do défice
\i'l(1• Países sancionados têm agora dez dias para rebater castigo.
uumissão Europeia terá 20 dias para estabelecer montante da multa
Sanção
inédita para
Portugal
e Espanha
-
Helena Teixeira da Silva
[email protected]
► Está lançada a pressão sobre o
Orçamento do Estado para 2017. A
confirmação de que haverá sanções
para Portugal e Espanha. por incumprimento da meta de 3% do défice
entre 2013 e 2015, pode desaguar
numa sanção simbólica, de valor
zero, mas o processo em curso, cujo
desfecho será conhecido até 1 de
agosto, é o pretexto perfeito para
Bruxelas condicionar as medidas do
Governo de António Costa para o
próximo ano. E manter elevada a insistência na necessidade de um plano B para este ano, que o Governo
insiste em rejeitar.
Isso mesmo tentou dizer o presidente do Eurogrupo, depois de os
ministros das Finanças da União Europeia terem aprovado ontem, na
reunião do Ecofin, a recomendação
da Comissão Europeia sobre os dois
países ibéricos não terem adotado
"medidas eficazes" para corrigirem
os défices. "Cabe aos governos de
Espanha e Portugal reagirem à
ameaça de sanções. Espero que seja
uma carta ofensiva e não defensiva",
avisou Dijsselhloem. E esclareceu:
"Precisam de sublinhar o que vão fazer para resolver as questões orça mentais". "
O ministro das Finanças alemão
também não quis perder a boleia
para reiterar a sua posição. "Deseja-se incentivar e evitar incentivos erróneos. para que os países atuem e
façam o que têm de fazer", afirmou
Wolfgang Schãuble, no fim do Ecofin, satisfeito com a aprovação da
aplicação das regras europeias.
Espanha percebeu o recado e não
demorou meia dúzia de horas a
anunciar um aumento de impostos
ller caixa]. Portugal vai contestar
(tem dez dias para o fazer), mas já ripostou. O primeiro-ministro, António Costa, denunciou a "opacidade"
do processo, duvidou da propalada
"unanimidade" da votação, e alegou
que as sanções são "injustificadas" e
"altamente contraproducentes".
O ministro das Finanças, Mário
Centeno, que já tinha garantido que
Portugal irá bater-se pela "sanção
zero", voltou a insistir, contrariando o que têm feito crer as instituições europeias, que não haverá medidas adicionais em 2016. Até porque, argumentou, "não há nada que
possa fazer este ano para corrigir o
défice de 2015".
O desafio de Galamba a Schãuble
Iá Maria l.uís Albuquerque. que era a
ministra das Finanças de então, lavou as mãos e acusou não o Governo que integrou por ter incumprido
o défice, mas o atual Governo de ter
sido "incompetente" na argumentação. "O PSD lamenta que o Governo
não tenha defendido eficazmente o
legado que recebeu, por razões políticas internas", censurou a vice-presidente do partido.
"Uma falta de pudor". classificou
o deputado socialista João Galamba.
pingue-pongue :
Mais injustas do que
W qualquer sanção são
W
as palavras da dra. Maria
Luís Albuquerque. É difícil
comentar as coisas que vai
dizendo, tal é a falta de bom
senso que vem revelando"
António Costa
Primeiro-ministro
faltam argumen66 Não
tos técnicos a Portugal (para evitar sanções'. Foi
na apresentação desses argumentos que o Governo falhou. por incompetência ou
por razões políticas"
Maria Luis Albuquerque
Ex-ministra das Finanças
"Este processo existe porque Maria
Luís foi ministra e não porque já não
é ministra", notou. "O Governo está
a tentar argumentar que esse falhanço, que efetivamente ocorreu, não é
justificação para impor qualquer
tipo de sanções".
Ao IN. o porta-voz do PS disse ainda perceber "o interesse, interno e
externo - de Schãuble, Maria Luís e
Assunção Cristas, que também criti cou o Governo - de usar o processo
das sanções para pressionar os orçamentos seguintes". Sucede que "não
há fundamento legal para o fazer",
ressalvou. Galamba admite que a
aplicação de sanções "abriu um precedente". Por isso mesmo, deixa um
desafio: "a execução orçamental de
Portugal em 2016 está a correr bem.
não deixa margem para sanções em
2017. E a da Áustria, França e Itália? O
que dirá Schãuble daqui a um ano?"
Alinhada, Mariana Mortágua também afirmou, ao IN, não ter "dúvidas
de que Bruxelas está a pressionar o
orçamento de 2017", advertindo que
o BE não só não aceitará mais medidas de austeridade como ainda vai
tentar travar as sanções. "Mesmo
que sejam simbólicas. Porque isso
será quase pior. É a sanção da humilhação, só para envergonhar uni
pais". •
À Comissão Europeia tem 20 dias
para concretizar às sanções. •
Espanha Subida
de impostos para
compensar défice
• Apenas 16 dias depois de
ter ganhado as eleições com a
promessa de reduzir impostos,
Mariano Rajoy vai fazer o contrário e aumentar os impostos
para as grandes empresas. A
medida, anunciada ontem pelo
ministro da Economia, Luis de
Guindos - antes sequer de o
Governo estar formado -, surge na sequência da sanção que
a Comissão Europeia vai aplicar a Espanha, e que poderá
ultrapassar os dois milhões de
euros, a que acresce o congelamento de fundos (tal como
em Portugal). A nova tributação das empresas deverá render seis mil milhões de euros,
ajudando a equilibrar as contas públicas e a reduzir o défice para 3% em 2017. Bruxelas
aplaudiu imediatamente. "Espanha mudou rapidamente",
elogiou fonte da Comissão Europeia ao diário "El Pais". No
entanto, reconheceu, "a promessa está dependente do Governo que vier a ser formado e
do momento em que a medida
for implementada".
Página 33
ID: 65260826
13-07-2016
"Quando ouço responsáveis da Comissão falarem na hipótese de sanção zero,
é porque não é uma
ideia absurda e pode
acontecer"
"É inadmissível.
Confirma a descredibilização das instâncias da UE. Para os
países do Sul há sanções, para a França
há compreensão."
Marcelo Rebelo da Sousa
Arménio Carlos
Presidente da República
Secretário-geral da CGTP
Pedro Silva Pe'reira
Eurodeputado P5
"É inqualificável
"É incompetência
a acusação de
ou não dava jeito
incompetência
que o Governo
anterior cumprisse" feita pelo PSD"
Portugal devia ter defendido,
logo desde o início, que ó défice
de 2015 foi de 2,8%, sem os
apoios ao Banif, tal como indicado pelo Eurostat. Essa defesa
era tecnicamente possível e estou convencido de que seria
aceite. Mas mesmo que a Comissão Europeia não aceitasse
esse valor como défice, parte
da defesa já estaria feita. António Costa ainda vai a tempo de
mostrar que não há qualquer
violação das regras e que a trajetória que está a ser seguida levará ao cumprimento das metas. Recorde-se que o presidente do Eurogrupo, um socialista,
espera uma atitude não-defensiva do Governo e desafiou-o a
demonstrar que a trajetória
cumprirá as metas. Assim, ou
se trata de incompetência ou
não dava jeito que o Governo
anterior cumprisse o limite do
défice, para procurar justificar a
sua política de reversões. Há
perguntas de resposta difícil: alguém acredita que a redução
do horário de trabalho para 35
horas semanais não terá custos? Em todo o caso, as sanções
são inaceitáveis, até porque todas as medidas tomadas em
2015 foram subscritas pela
União Europeia e o défice sem
Banif estava dentro das metas
no Plano de Estabilidade. Mas
não é necessário dramatizar,
estou convencido que só haverá
uma admoestação.
Pág: 9
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 3
"A margem de manobra dada pelas regras europeias deve
ser utilizada, de forma a que as sanções
não venham, de facto, a ser aplicadas"
"Acredito que haverá
liom senso e equilíbrio na definição da
sanção e que, a aplicar-se a multa, ela
venha a representar
0% do PIB"
António Saraiva
Francisco Calhelros
Confederação Empres. de Portugal
Confederação do Turismo
Salários, 35 horas
e CGD ameaçam
meta do défice
Opinião :
José Manuel Fernanda
Eurodeputado PSD
Tiragem: 70887
UTAO A execução orçamental até ao
final do ano pode colocar em risco
a ambição de conter o défice abaixo do limiar de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). A reposição salarial
e as 35 horas no,Estado, bem como
a recapitalização da Caixa Geral de
Depósitos (CGD), constituem riscos.
Quem o diz é a Unidade Técnica de
Apoio Orçamental (UTAO). Ora, a
boa execução ornamental até maio
tem sido usada, tanto pelo ministro
das Finanças como até por Marcelo
Rebelo de Sousa, como argumento
forte para evitar sanções por parte
de Bruxelas.
Mas quais são afinal os riscos orçamentais? A UTAO analisou as
contas do primeiro trimestre e lembra que está em curso a reposição
integral dos salários dos funcionários públicos e o regresso às 35 horas de horário semanal no Estado.
Duas medidas com impacto na despesa. Por outro lado, a UTAO teme
uma queda da receita devido à descida do IVA na restauração.
Aquele rol de riscos somam-se
114
violações da regra
Entre 1999 e 2015, a regra do défice
dos 3% foi quebrada 114 vezes, Indica
um estudo do Instituto de Investigação
Económica alemão. A campeã das infrações é a França (11 vezes), seguida
da Grécia, Portugal e Polónia (10 vezes).
outros dois: o efeito da incerteza resultante do Brexit na conjuntura
económica europeia e a forma
como será registada nas contas públicas a recapitalização da CGD,
cujo valor ainda é desconhecido.
Seja como for, olhando só para o
primeiro trimestre, o défice ainda
parece relativamente controlado.
mas a meta governamental de 2,2%
do PIB só deverá ser alcançada com
receitas especiais e irrepetiveis no
valor de 300 milhões de euros, refere UTAO. Sem estas verbas, o défice ajustado será de 2,4% do PIB. O
défice em contabilidade nacional, o
indicador que conta para Bruxelas,
ascendeu a 3,2% do PIB, um ponto
acima do objetivo para todo o ano
de 2016.0 comportamento da execução orçamental não costuma ser
uniforme ao longo do ano, nomeadamente porque o pagamento de
juros da divida pública não é igual
todos os meses. •
Hoje foi dado um passo num
processo longo, ainda longe de
acabar. Tenho esperança que
prevaleça a posição de Portugal
e o bom senso e que o país não
seja penalizado. A verdade é
que esta discussão sobre sanções nunca deveria ter existido:
é absurdo do ponto de vista dos
interesses da construção europeia e seriam injustas e contraproducentes. E, no entanto,
dão-se passos no caminho das
sanções, devido a uma narrativa que pretende fomentar a
ideia de que o descontentamento com a construção européia se deve à falta de credibilidade das regras. Nada mais
grave! É por isso que toda esta
discussão é absurda. O Governo tem feito o que deve para
defender o interesse nacional,
independentemente de estar
em causa o défice de 2015, da
responsabilidade do Governo
anterior. A Direita tem vendido
uma "história da carochinha"
segundo a qual se António Costa tivesse apresentado outros
argumentos, toda a gente se
renderia à teoria. São inqualificáveis as acusações de incompetência feitas pelo PSD ou a
sugestão de que António Costa
queria as sanções, quando está
a fazer tudo para defender Portugal. A própria Maria Luis Albuquerque escreveu uma carta
às instâncias europeias e ninguém lhe deu razão.
DEPOIMENTO RECOLHIDO
DEPOIMENTO RECOLHIDO
POR ALEXANDRA FIGUEIRA
POR ALEXANDRA FIGUEIRA
Página 34
ID: 65260826
13-07-2016
Tiragem: 70887
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,31 x 4,74 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 3 de 3
Portugal obrigado
a apresentar
medidas para
sanções serem
simbólicas
Espanha vai aumentar impostos
para as grandes empresas,. 8 <<,
Página 35
A36
ID: 65260970
13-07-2016
Tiragem: 70887
Pág: 16
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 4,69 x 6,02 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
IFD Mais mil milhões
na economia
• O presidente da Instituição
Financeira de Desenvolvimento (IFD), Alberto Castro, disse,
no Porto, que até ao final deste
mês devem estar a circular na
economia portuguesa mil milhões de euros para as empresas. Sublinhou que ter mil milhões de euros a circular ainda
este mês em Portugal eram
"boas noticias para este verão".
Página 36
A37
ID: 65260865
13-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 13
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,26 x 11,09 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
CONJUNTURA
INFLAÇÃO SOBE PARA
0,5% EM JUNHO
A taxa de inflação em Portugal aumentou de 0,3%, em Maio, para
0,5%, em Junho, segundo os dados
divulgados esta terça-feira, 12 de
Julho, pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE). A contribuir
para esta evolução homóloga esteve essencialmente o agrupamento de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, que registou um
aumento de 1%, quando em Maio
se tinha verificado uma descida de
0,1%. O segmento de restaurantes
e hotéis também foi determinante para a evolução da inflação, tendo registado um acréscimo dos
preços de 2,6%. Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a inflação até
recuou 0,1 pontos percentuais
para 0.7%. ■
Página 37
A38
ID: 65260917
13-07-2016
António Ramalho assume
presidência do Novo Banco
a 1 de Agosto
Tiragem: 14968
Pág: 18
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 20,10 x 18,55 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
O Banco de Portugal confirmou esta terça-feira,12 de Julho, que António
Ramalho vai assumir a liderança do Novo Banco a partir de 1 de Agosto.
"O Banco de Portugal nomeou, sob proposta do Fundo de Resolução, na
qualidade de único accionista do Novo Banco. SÁ, o dr. António Manuel
Palma Ramalho para o cargo de presidente do conselho de administração do Novo Banco", refere um comunicado emitido pela instituição liderada por Carlos Costa. Antigo administrador do BCP e presidente da Unicre, Ramalho sai da liderança da IP, que uniu a EP e a Refer.
Fotografia: Miguel Baltazar
Página 38
A39
ID: 65260908
13-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 17
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 10,26 x 30,87 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Bruno
colaço/0A
Vítor Santos da ERSE revelou que havia 50 milhões em falta na energia.
ENERGIA
Electricidade em
risco de subir com
50 milhões em falta
O Governo anterior devia ter transferido
50 milhões da taxa de energia e o Executivo
actual ainda não regularizou a situação.
Famílias podem vir a pagar mais pela luz.
Ondeéque param 50 milhões de
euros da taxa extraordinária sobre a energia relativos a 2014?0
dinheiro devia ter sido colocado
até final de 2015 num fundo criado com o objectivo de reduzir a
dívida tarifária. Mas quando a
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) foi recolher o dinheiro, verificou que a
receita não fora depositada.
A revelação que os 50 milhões estavam em falta foi feita
na terça-feira pelo presidente da
ERSE no Parlamento. "De aeordocom a informação que ternos,
esse depósito não aconteceu",
disse Vítor Santos.
Estes 50 milhões foram tidos
em conta quando a ERSE definiu as tarifas de electricidade
para este ano. Por isso, o dinheiro em falta pode vir a pesar na
factura da electricidade das fanu'lias portuguesas no próximo
ano, alertou o regulador, que garantiu ter informado o actual Governo deste "desvio". "Estamos
na expectativa de que os consumidores não sejam oneradosem
50 milhões que decorreram do
não depósito."
A partir desta revelação. começaram as trocas de acusações
entre o actual e o anterior Gover-
no. O Executivo de AntónioCosbi começou poreolocar asculpas
no de Passos Coelho. Disse que
"está a trabalhar" para que a "situação seja regularizada". No entanto, não esclareceu se e quando vai transferir os 50 milhões.
"Os anos de 2014 e 2015 são da
responsabilidade do anterior
Governo", apontou a secretária
de Estado da Energia
A resposta porparte do anteriorGovemo chegou pelavoz de
Jorge Moreira da Silva, antigo
ministro do Ambiente e vice-presidente do PSD, que sublinhou que o dinheiro devia ter
sido transferido até final do ano.
Àagência Lusa apontou queo actual Governo já está em funções
desde o final de Novembro,eque
desde então não procedeu a nenhuma transferência E remeteu
"qualqueresclarecimento" para
o ministradas Finanças.Contactado, o Ministério das Finanças
não respondeu até ao fecho da
presente edição.
A data-limite para o pagamento era 31 de Dezembro de
2015, mas o valor pode serliquidado em qualquer momento.
Passos Coelho esteve no poder
até Outubro. António Costa top<)sst: r n i No‘vnlbro.geACNI
Página 39
A40
Bolsa de Lisboa abre em alta acima dos 4.600 pontos
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Negócios Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/detalhe/bolsa_de_lisboa_abre_em_alta_acima_dos_4600_pont
os.html
O PSI-20 abriu em alta, colocando o índice acima dos 4.600 pontos. É o terceiro dia consecutivo em
que o índice abre a subir.A bolsa de Lisboa abriu a sessão desta quarta-feira, 13 de Julho, em alta, a
subir mais de 0,3%, colocando o índice acima dos 4.600 pontos.
Depois das bolsas asiáticas terem fechado em alta, e no seguimento também da subida das bolas
norte-americanas na terça-feira, as europeias seguem a valorizar. O PSI-20 arrancou a sessão com
uma valorização de 0,3%, para 4.606,63 pontos.
Na sessão de terça-feira, o PSI-20 fechou em alta de 0,84%.
A generalidade das cotadas está a subir, com destaque, neste arranque, para a Pharol que sobe quase
7%, para 0,158 euros. EDP e Galp também contribuem para a subida do índice.
A EDP arrancou com uma valorização de 1,95% para 2,925 euros, e a Galp sobe 0,44% para 12,65
euros, ainda que os preços do petróleo estejam em queda.
Neste arranque também a Mota-Engil e a Sonae Indústria registaram uma subida acima dos 2%.
Do lado contrário, a Jerónimo Martins arrancou no vermelho, com uma queda de 0,32%, e a Semapa
desvaloriza mais de 1%.
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De segunda a sexta, às 9h15
|| 13 Julho 2016, 08:12
Página 40
A41
ID: 65260653
13-07-2016
Tiragem: 32680
Pág: 2
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,70 x 30,54 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 4
CONTAS PÚBLICAS
Costa exclui medidas
extraordinárias
para evitar sanções
Não há nada a fazer em 2016 que altere a execução
orçamental de 2015, dizem António Costa e Mário Centeno,
rejeitando mais austeridade em Portugal
São José Almeida
e Sílvia Amaro, Bruxelas
“N
ão vai haver medida nenhuma extraordinária”, garantiu
o primeiro-ministro,
António Costa, ao
PÚBLICO, reagindo
à decisão do Conselho de Ministros
das Finanças (Ecofin), que ontem
decidiu desencadear o procedimento por défice excessivo contra
Portugal e Espanha, processo que
poderá levar à aplicação de sanções
aos dois países.
O primeiro-ministro salientou
que “a própria Comissão Europeia
prevê que o défice de Portugal vai
ficar abaixo de 3% em 2016” e a
“última missão regular que esteve
em Portugal verificou que a execução orçamental está em linha com
o previsto”. Além disso, António
Costa frisou que “o défice diz respeito a 2015”, pelo que “nada do
que se faça em 2016 pode alterar
o défice de 2015”. E garantiu esperar que, no final do procedimento
por défice excessivo, prevaleça o
“bom senso” que tem caracterizado responsáveis europeus, como o
presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker.
António Costa fez ainda questão
de destacar, nas declarações ao PÚ-
BLICO, a situação diversa em que se
encontram Espanha e Portugal, já
que o défice português foi de apenas duas décimas acima do limite
do Tratado Orçamental, ou seja,
3,2%, enquanto o espanhol atingiu
os 5,1% no ano passado. O primeiroministro sublinhou que está já assumido pelo Ecofin que Espanha não
vai cumprir os 3% em 2016, além
de que a Comissão Europeia já fez
exigências “de correcção do Orçamento espanhol deste ano”.
Defesa portuguesa
Portugal tem agora dez dias para
apresentar a sua defesa e a contestação às sanções efectivas. Depois
disso, a Comissão Europeia irá
analisar e encontrar uma solução,
para o que tem mais 20 dias. Re-
A contestação deve
seguir já para a
semana e deverá ter
como linhas mestras
as orientações
assumidas pela carta
que Costa enviou a
Juncker a 4 de Julho
fira-se que o próprio comunicado
de imprensa da reunião do Ecofin
salienta que Peter Kazimír, ministro das Finanças da Eslovénia, país
que actualmente preside à União
Europeia, se mostrou convencido
de que, no final, será encontrada
uma solução “inteligente”.
Apostando que a Comissão Europeia não deixe de ser benevolente
na aplicação das regras, o Governo
português está à espera de que haja
uma solução do tipo sanções-zero.
De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, a contestação portuguesa deve seguir já para
a semana e deverá ter como linhas
mestras as orientações assumidas
pela carta que António Costa enviou a Juncker a 4 de Julho, antes
da reunião da Comissão Europeia
que deu início a este procedimento
por défice excessivo.
Assim, o argumentário português
vai insistir no facto conhecido pela
Comissão de que a execução orçamental de 2016 está contida no que
era expectável, de modo a que o
défice fique abaixo dos 3% em 2016.
Outro argumento tem que ver com
o forte ajustamento de que foi alvo
a política orçamental portuguesa,
entre 2011 e 2014, sempre monitorizado directamente pela Comissão Europeia, em conjunto com o
Banco Central Europeu e o Fundo
Monetário Internacional.
Suspensão de fundos usada como
“incentivo” para Portugal tomar medidas
D
epois de os ministros
das Finanças da zona
euro terem confirmado
o agravamento do
procedimento por défice
excessivo a Portugal, esperase o regresso do clima de
tensão entre o Governo e as
autoridades europeias, com
estas agora a terem como
trunfo para pedir mais medidas
a ameaça de suspensão dos
fundos europeus a partir de
Janeiro de 2017. O próximo
passo deverá ser dado pelo
Governo, com a apresentação
da argumentação contra a
aplicação de sanções, que inclui
a garantia de que a execução
orçamental deste ano e o OE
2017 vão correr de acordo
com o previsto. Depois é a vez
da Comissão. A sua tarefa é
decidir, num prazo máximo de
20 dias, que sanções devem ser
aplicadas. Irá fazê-lo, levando
em conta aquilo que forem as
explicações portuguesas para
o que aconteceu em 2015,
mas também o que for a sua
avaliação da credibilidade
dos compromissos do país
relativamente à redução do
défice este ano e em 2017.
Quanto às multas financeiras, o
máximo que poderia acontecer
era a aplicação de uma multa
de 0,2% do PIB, cerca de 360
milhões de euros. Mas, pelo que
tem sido dito em Bruxelas, o
mais provável é que a multa seja
reduzida, talvez mesmo zero,
já que a Comissão vai levar em
conta as circunstâncias vividas
pela economia portuguesa.
Em relação aos fundos, com a
decisão do Ecofin, a aprovação
de parte dos compromissos para
fundos europeus relativos a 2017
fica imediatamente suspensa. E
é aqui que Bruxelas pode contar
com o seu argumento mais forte
se quiser pressionar Portugal a
fazer mais para cortar o défice.
É que Portugal, para evitar que
a suspensão se concretize
em 2017, terá de convencer a
Comissão de que a situação de
desequilíbrio orçamental em
2015 está mesmo a ser corrigida
em 2016 e continuará a sê-lo no
próximo ano. Sérgio Aníbal
Página 41
ID: 65260653
13-07-2016
JOHN THYS/AFP
Tiragem: 32680
Pág: 3
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,70 x 30,78 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 4
Mário
Centeno,
ontem, com
Michel Sapin,
ministro
francês: a
falarem do
Euro 2016 ou
da decisão do
Ecofin?
Espanha reage com mais
6000 milhões em impostos
Pedro Crisóstomo
A
Um terceiro argumento é o do risco de uma eventual sanção poder
prejudicar a recuperação da economia portuguesa. Não só porque
poderá estar em cima da mesa o
congelamento de parte dos fundos
comunitários que o país recebe no
âmbito do programa Portugal 2020,
mas também por causa da perturbação dos mercados financeiros
que asseguram a capitalização financeira e o crédito ao país.
O fomentar de sentimentos antieuropeus, na sequência do que foi
a vitória do “Brexit” no referendo
na Grã-Bretanha, é um risco que
poderá voltar a ser argumentado
perante a Comissão Europeia, à semelhança do que António Costa fez
na carta a Jean-Claude Juncker.
Foi em perfeita coordenação com
Lisboa que o ministro das Finanças
português, Mário Centeno, que representou Portugal no Ecofin, reagiu em Bruxelas: “Não há nada que
eu possa fazer em 2016 que altere a
execução orçamental de 2015.”
Mário Centeno explicou ao PÚBLICO, à saída do Ecofin, que o Governo está disponível para dialogar
com a Comissão Europeia e que as
garantias que venham a ser assumidas “decorrem do Orçamento
para 2017”. Saliente-se que o vicepresidente da Comissão Europeia,
Valdis Dombrovskis, tem afirmado
que a Comissão está em diálogo
com os governos português e espanhol. “Temos de ver quais são
as razões dos Estados-membros e
dos compromissos que assumem.”
E explicou: “Há um compromisso
do Governo português em relação
ao Orçamento do Estado para 2017
que está no Programa de Estabilidade. Nós vamos trabalhar internamente e já estamos a fazê-lo.”
O ministro das Finanças classificou como “política” a decisão que
se aproxima sobre como sancionar
Portugal e Espanha: “A Europa não
pode tomar decisões esquecendo
que existem tensões grandes dentro da Europa que têm de ter uma
resposta política.”
Para Mário Centeno, o processo
que se desencadeia é injusto porque “não toma em devida consideração todo o esforço que Portugal
fez” e “não pode penalizar o país naquilo que é o seu esforço na
execução orçamental”. Tal poderá
acontecer se a Comissão apresentar
uma sanção-zero.
O ministro português garantiu
à entrada que, se Portugal perder
o acesso a fundos europeus, essa
decisão não terá uma “materialização prática”, pois assim que demonstrar que está a cumprir com
a consolidação deste ano os fundos
serão restabelecidos. Isto porque
tais cortes entrariam em efeito apenas no próximo ano.
resposta de Madrid não
tardou. Pouco depois de
os ministros das Finanças
da União Europeia desencadearem o processo de
aplicação de sanções a
Portugal e Espanha por terem falhado a meta do défice em 2015,
Madrid veio levantar o véu sobre a
estratégia a adoptar para corrigir
as contas públicas nos próximos
anos. Para convencer Bruxelas a
não aplicar uma multa ao Estado
espanhol, o Governo em funções
vincula o país a arrecadar mais
receita fiscal até ao próximo ano,
incidindo as medidas no imposto
sobre as empresas.
O actual executivo adiantou já a
estratégia orçamental para a nova
legislatura, horas antes de o partido Cidadãos ter aberto a porta
à abstenção na investidura de um
Governo minoritário do PP. Na primeira reacção à decisão do Ecofin,
o ministro da Economia espanhol,
Luis de Guindos, prometeu uma
“medida forte” no imposto sobre as
empresas, com o objectivo de conseguir 6000 milhões de euros em
receitas adicionais para os cofres
públicos espanhóis. Segundo o El
País, a medida não deverá abranger
todas as empresas.
Em reacção,
o ministro da
Economia
prometeu uma
“medida forte”
no imposto sobre
as empresas
As declarações do governante
apontam para mudanças no pagamento do imposto sobre os lucros
das empresas. “A principal medida
será uma alteração nos pagamentos do IRC, estabelecendo um valor mínimo a partir de um determinado patamar”, referiu Luis de
Guindos.
O Governo espanhol já se tinha
comprometido no Programa de
Estabilidade enviado à Comissão
Europeia em Abril a agir caso este
ano houvesse uma perda de recei-
ta superior à estimada, por causa
do fim das “medidas temporárias
no IRC” adoptadas anteriormente.
Para compensar a diminuição das
receitas, Madrid comprometeu-se
a limitar esse impacto.
Primeiro um governo
O plano para fazer baixar o défice
público espanhol, anunciado 16
dias depois das eleições legislativas,
inclui ainda mil milhões de euros
adicionais da aplicação de medidas
de combate à fraude e evasão fiscal.
De Guindos conta ainda com uma
poupança de outros 1500 milhões
nos encargos com o pagamento de
juros da dívida pública. As medidas
para arrecadar mais receita só deverão avançar quando um próximo
executivo assumir funções. O pacote de medidas tem “logicamente”
de ser vertido em lei por um “Governo em plenitude de funções”,
afirmou o ministro, citado pelo
jornal El Mundo.
O compromisso é colocar o défice
abaixo do limite previsto no pacto
de estabilidade e crescimento em
2017. “Espanha vai reduzir o défice
a 3% do PIB no próximo ano”, reforçou o ministro, reagindo à reunião
do Ecofin, cujas decisões “desencadearão sanções, ao abrigo do Procedimento por Défice Excessivo”.
O défice espanhol foi de 5,1% em
2015, quando a meta acordada com
os parceiros europeus era de 4,2%
do PIB, e para este ano Bruxelas
já deu a meta dos 3% como perdida. Ao contrário de Portugal, que
na previsão de Bruxelas deverá este
ano ficar com um défice abaixo dos
3%, Espanha — antevê a Comissão
Europeia — “não deverá cumprir o
objectivo para o défice nominal em
2016”, depois de ter ficado acima
dos limites em 2014 e 2015.
Os dois países têm dez dias, a
contar de ontem, para contra-argumentar, sendo expectável que
Bruxelas aguarde pela posição dos
dois países para tomar uma decisão final. E de Madrid e Lisboa o
presidente do Eurogrupo, Jeroen
Dijsselbloem, espera que não haja
uma “resposta defensiva”, mas um
compromisso de redução do défice,
dizendo “o que vão fazer acerca dos
problemas”.
O QUE ELES DIZEM
A Europa é dos
cidadãos, não das
regulamentações
Mário Centeno
Ministro das Finanças
Este processo existe
porque Maria Luís
Albuquerque foi
ministra, não porque
já não é ministra
João Galamba
Deputado do PS
É inaceitável a aplicação
de sanções, constitui
uma agressão,
chantagem, sobre um
país soberano
Paula Santos
Deputada do PCP
Se as sanções forem
em frente, é legítimo
referendar o mecanismo
que está a impô-las
Mariana Mortágua
Deputada do BE
Não vai haver medida
nenhuma extraordinária
António Costa
Primeiro-ministro
Há uma segunda
batalha, que é dizer
que, mesmo assim,
as sanções são
injustificadas
Assunção Cristas
Líder do CDS
Página 42
ID: 65260653
13-07-2016
Tiragem: 32680
Pág: 4
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,70 x 30,46 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 3 de 4
Cavaco estraga unanimidade
do Conselho de Estado sobre sanções
Ex-Presidente sublinhou a submissão aos compromissos europeus e fez análise fria sobre a forma como
a conjuntura internacional afecta as contas portuguesas. Tema ficou fora do comunicado final
NUNO FERREIRA SANTOS
Conselho de Estado
Leonete Botelho
Foi um balde de água fria sobre o tom
consensual em que decorria o segundo Conselho de Estado da era Marcelo Rebelo de Sousa. O ex-Presidente
Cavaco Silva fez uma análise de cariz
essencialmente técnico à conjuntura
internacional — o tema da agenda da
reunião de segunda-feira — em que,
embora sem nunca se referir às sanções que Portugal arrisca por incumprimento do défice (ver págs. 2 e 3),
acabou por sustentar a legitimidade
da aplicação de penalizações.
Na sua intervenção, Cavaco Silva
enumerou as regras europeias a que
Portugal se submeteu, não apenas
o Tratado Orçamental, que obriga
a um défice estrutural de 3%, como
sobretudo os programas de estabilidade com que se comprometeu
perante Bruxelas, com previsões de
défices ainda menores. O facto de ter
sublinhado os compromissos assumidos e a importância das regras foi
entendido por alguns conselheiros
como uma legitimação das sanções
que venham a ser aplicadas.
Certo é que o tema, que foi abordado por praticamente todos os conselheiros, acabou por não merecer
uma única referência no comunicado final, que tem de ser aceite por
unanimidade. No texto proposto
pela Presidência, nem sequer surgiu qualquer referência ao assunto,
evitando-se assim algum desconforto
ou mesmo rejeição de parte do comunicado.
A nota informativa aprovada e distribuída aos jornalistas tinha apenas
sete linhas e uma formulação genérica, dizendo que o conselho sublinhou “a premência de uma contínua
reflexão aprofundada sobre os desafios colocados à União Europeia, em
termos económicos, financeiros, sociais e políticos, e que deve merecer
o acompanhamento do conselho”.
Por outro lado, o ex-Presidente
fez uma análise fria da conjuntura
económica internacional — tantas
vezes usada pelo Governo como
justificação para a fraca recuperação
económica —, dizendo que a envolvente externa é igual para todos e
desvalorizando o impacto de alguns
países na economia nacional: relativizou tanto a quebra de crescimento
de Angola e do Brasil, como o cresci-
Durou quase cinco horas a segunda reunião do Conselho de Estado da era Marcelo, realizada anteontem
mento em Espanha e a redução do
preço do petróleo.
Uma intervenção que foi interpretada como a mais crítica ao Governo
neste Conselho de Estado e que contrastou com o entendimento geral
de que não se justifica a aplicação
de sanções a Portugal, uma vez que
o país está a cumprir as suas obrigações.
Na véspera da reunião do Ecofin,
todos queriam ouvir a exposição do
primeiro-ministro sobre o assunto.
E António Costa apresentou dois cenários. Um mais preventivo aponta
para a possibilidade de não ser aplicada nenhuma sanção até Janeiro de
2017, na perspectiva de ver se Portugal cumpre a meta de 3% do défice este ano. O segundo cenário, de
cariz punitivo, seria a aplicação de
uma sanção simbólica, uma multa
relativamente irrisória. Costa manifestou, naturalmente, preferência
pelo primeiro.
Ontem, já depois da reunião do
Conselho de Ministros da Economia
e Finanças da UE, o Presidente da
República sublinhou aos jornalistas a
existência de um consenso nacional
sobre as sanções, lembrando que o
Parlamento aprovou duas moções
que as repudiam. E insistiu naquilo
que tem dito: “A Europa, na actual
situação, devia ir para uma solução
mais salomónica: não deixar de aplicar uma sanção, mas ser zero ou quase zero.” Uma posição que demonstra a convergência de posições com
o Governo.
Marcelo sublinhou mesmo o contexto da posição do Ecofin, referindo
a diferença de posição tomada em
relação aos dois países ibéricos: “Em
relação a Espanha disse que eram
necessárias medidas adicionais, enquanto sobre Portugal verificou que
a execução orçamental aponta para
um défice de 2,7% e que a missão que
recentemente esteve no país verifi-
cou que a execução está dentro do
previsto.”
Moderação face ao “Brexit”
O assunto que mereceu mais atenção
do Conselho de Estado foi mesmo o
referendo do Reino Unido que resultou na decisão de o país sair da União
Europeia (UE). E aqui, os conselheiros
estiveram de acordo na ideia de que
Portugal deve assumir, nas negociações que tiverem lugar, uma posição
moderada, tendo em conta a relação
especial com o velho aliado.
Pacífica foi também a ideia de
que agora se deverá reabrir o debate sobre o modelo de governação da
UE: deve evoluir no sentido mais ou
menos federal? Com mais ou menos
directório? Em qualquer caso, defendeu-se que Portugal assuma uma posição própria neste processo.
O ex-Presidente Jorge Sampaio lançou para a mesa o desafio de que Portugal procure gerar um pensamento
nacional nesta matéria, o que fez recordar a ideia de Ferro Rodrigues,
presidente da Assembleia da República, de criar um grupo de trabalho
na Assembleia da República sobre
o assunto.
Em contraponto, Cavaco Silva
lembrou que este era um tema sobejamente estudado e recordou o
relatório dos cinco presidentes das
estruturas da UE (Parlamento, Conselho, Comissão, Banco Central Europeu e Eurogrupo) que, em Junho de
2015, apresentaram a sua proposta
de aprofundamento da União Económica e Monetária até 2025.
Na linha do que tem defendido
publicamente, Francisco Louçã insistiu na ideia de que Portugal vai ter
de fazer um referendo ao Tratado
Orçamental, mais cedo ou mais tarde, porque as regras são impossíveis
de cumprir. Mas sobre esse tematabu ninguém mais fez qualquer
comentário.
Página 43
ID: 65260653
13-07-2016
Tiragem: 32680
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,34 x 4,83 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 4 de 4
Costa exclui medidas
extraordinárias para
evitar sanções
Governo diz ser impossível
alterar execução do OE de
2015. No Conselho de Estado
Cavaco estragou consenso
sobre sanções p2/3, 4 e Editorial
Página 44
A45
Universidade cria aplicação para ajudar a navegar na ria de Aveiro
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Público Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=10ec0134
Por Maria José Santana
13/07/2016 - 07:06
Chama-se HidroRia e permite evitar os frequentes encalhamentos de embarcações na laguna
aveirense. A aplicação já está disponível para download gratuito.
O prometido desassoreamento da ria de Aveiro tem um custo estimado de 20 milhões e não tem data
de concretização PAULO PIMENTA
Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro acaba de criar uma aplicação que poderá fazer
toda a diferença para quem tem de navegar na laguna aveirense, seja em trabalho ou lazer, e que
vinha enfrentando os riscos de encalhamento. Baptizada HidroRia, a aplicação vem permitir que,
através de um smartphone, se obtenha uma previsão actualizada das marés em tempo real e para os
principais canais da ria. Mais ainda. Esta nova app - já disponível para download gratuito, através do
Google Play - não obriga a que o utilizador esteja sempre ligado à Internet, o que pode ser uma maisvalia para quem tem de navegar em zonas onde o acesso à rede móvel nem sempre é fácil.
Por força do aumento da amplitude da maré na ria ao longo das últimas décadas, e também do
assoreamento localizado de alguns canais, em diversos locais da laguna aveirense "a navegação
apenas é possível durante períodos restritos do ciclo de maré centrados na preia-mar, sendo
completamente impossível de realizar em baixa-mar", refere João Miguel Dias, coordenador do grupo
de investigadores que desenvolveu a aplicação e director do Departamento de Física da Universidade
de Aveiro.
Perante este cenário, os navegadores estavam obrigados a fazer cálculos e previsões empíricas. Como
os dados das tabelas de marés publicadas pelo Instituto Hidrográfico dizem respeito à zona da entrada
do porto, os marinheiros "tinham de fazer cálculos para saber a que horas seria a preia-mar na zona
para onde queriam navegar", aponta o investigador - a laguna aveirense tem cerca de 45 quilómetros
de extensão.
Agora, a tarefa fica facilitada e é feita com ainda mais segurança: as previsões efectuadas pela
aplicação HidroRia baseiam-se em observações actuais da maré realizadas em diversas estações de
amostragem permanentemente distribuídas pelos canais principais da ria e cujos dados foram
recolhidos no âmbito do projecto de Monitorização Hidrodinâmica da Ria de Aveiro em execução pela
Administração do Porto de Aveiro - entidade que cedeu os dados para esta app.
"Com o conhecimento e os dados que tínhamos, entendemos que seria muito útil criar esta aplicação.
Era uma forma de colaborarmos com a sociedade", realça João Miguel Dias, em declarações ao
PÚBLICO. Depois de vários anos de trabalho de investigação sobre a ria de Aveiro, mais
concretamente "desde 1990", o investigador da Universidade de Aveiro, foi contactando com as
populações ribeirinhas e pescadores locais e há muito que vinha tomando consciência da existência de
"uma grande dificuldade de navegar na ria".
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A aplicação vem minimizar os constrangimentos, numa altura em que se continua à espera da
concretização da tão propalada obra de desassoreamento da ria de Aveiro, orçada em cerca de 20
milhões de euros. Em Abril, de visita à região, o ministro do Ambiente reconheceu que a obra era
prioritária, mas não se conhecem desenvolvimentos ou previsões de datas.
Mais projectos na calha
A equipa de trabalho - que, além João Miguel Dias, inclui os investigadores Ana Picado, Carina Lopes e
Renato Mendes, do Núcleo de Modelação Estuarina e Costeira e Centro de Estudos do Ambiente e do
Mar - continua a trabalhar no projecto e, a curto prazo, estima acrescentar novos dados a esta app. A
HidroRia passará a disponibilizar, também, previsões dedicadas para a totalidade dos portos de recreio
e piscatórios da ria de Aveiro.
A lista de desejos do grupo de investigadores não se fica por aqui. "Temos a capacidade, e a vontade,
de fazer uma previsão da velocidade das correntes na ria. E também uma aplicação com as marés
para toda a costa portuguesa, e que podia ser muito útil para as pessoas poderem escolher a hora
ideal para irem para as praias", desvenda o investigador.
No projecto da HidroRia, os investigadores contaram com o apoio de um estudante do Mestrado
Integrado em Engenharia de Computadores e Telemática, Hugo Silva, que trabalhou a componente de
programação e desenvolvimento da aplicação. "Um bom exemplo da forma como é possível potenciar
as múltiplas valências científico/tecnológicas que são desenvolvidas na Universidade de Aveiro aos
mais variados níveis", destaca o coordenador da investigação.
13/07/2016 - 07:06
Página 46
A47
Cavaco estraga unanimidade do Conselho de Estado sobre sanções
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
13-07-2016
Meio:
Público Online
Autores:
Leonete Botelho Pereira
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=deff7586
Por Leonete Botelho
13/07/2016 - 07:43
Ex-Presidente sublinhou a submissão aos compromissos europeus e fez análise fria sobre a forma
como a conjuntura internacional afecta as contas portuguesas. Tema ficou fora do comunicado final.
Conselho de Estado reuniu-se na véspera do Ecofin Nuno Ferreira Santos
Foi um balde de água fria sobre o tom consensual em que decorria o segundo Conselho de Estado da
era Marcelo Rebelo de Sousa. O ex-Presidente Cavaco Silva fez uma análise de cariz essencialmente
técnico à conjuntura internacional - o tema da agenda da reunião de segunda-feira - em que, embora
sem nunca se referir às sanções que Portugal arrisca por incumprimento do défice, acabou por
sustentar a legitimidade da aplicação de penalizações.
Na sua intervenção, Cavaco Silva elencou as regras europeias a que Portugal se submeteu, não
apenas o Tratado Orçamental que obriga a um défice estrutural de 3%, como sobretudo os programas
de estabilidade com que se comprometeu perante Bruxelas, com previsões de défices ainda menores.
O facto de ter sublinhado os compromissos assumidos e a importância das regras foi entendido por
alguns conselheiros como uma legitimação das sanções que venham a ser aplicadas.
Certo é que o tema, que foi abordado por praticamente todos os conselheiros, acabou por não
merecer uma única referência no comunicado final, que tem de ser aceite por unanimidade. No texto
proposto pela Presidência, nem sequer surgiu qualquer referência ao assunto, evitando-se assim
algum desconforto ou mesmo rejeição de parte do comunicado.
A nota informativa aprovada e distribuída aos jornalistas tinha apenas sete linhas e uma formulação
genérica, dizendo que o Conselho sublinhou "a premência de uma contínua reflexão aprofundada
sobre os desafios colocados à União Europeia, em termos económicos, financeiros, sociais e políticos,
e que deve merecer o acompanhamento do Conselho".
Por outro lado, o ex-Presidente fez uma análise fria da conjuntura económica internacional - tantas
vezes usada pelo Governo como justificação para a fraca recuperação económica -, dizendo que a
envolvente externa é igual para todos e desvalorizando o impacto de alguns países na economia
nacional: relativizou tanto a quebra de crescimento de Angola e do Brasil como o crescimento em
Espanha e a redução do preço do petróleo.
Uma intervenção que foi interpretada como a mais crítica ao Governo neste Conselho de Estado e que
contrastou com o tom consensual no sentido de que não se justifica a aplicação de sanções a Portugal,
uma vez que o país está a cumprir as suas obrigações.
Na véspera da reunião do Ecofin, todos queriam ouvir a exposição do primeiro-ministro sobre o
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assunto. E António Costa apresentou dois cenários. Um mais preventivo aponta para a possibilidade de
não ser aplicada nenhuma sanção até Janeiro de 2017, na perspectiva de ver se Portugal cumpre a
meta de 3% do défice este ano. O segundo cenário, de cariz punitivo, seria a aplicação de uma sanção
simbólica, uma multa relativamente irrisória. Costa manifestou, naturalmente, preferência pelo
primeiro.
Esta terça-feira, já depois da reunião do Conselho de Ministros da Economia e Finanças da UE, o
Presidente da República sublinhou aos jornalistas a existência de um consenso nacional sobre as
sanções, lembrando como o Parlamento aprovou duas moções que, no essencial, as repudiam. E
insistiu naquilo que tem dito: "A Europa, na actual situação, devia ir para uma solução mais
salomónica: não deixar de aplicar uma sanção, mas ser zero ou quase zero". Uma posição que
demonstra a convergência de posições com o Governo.
Marcelo sublinhou mesmo o contexto da posição do Ecofin, referindo a diferença de posição tomada
em relação aos dois países ibéricos: "Em relação a Espanha disse que eram necessárias medidas
adicionais, enquanto sobre Portugal verificou que a execução orçamental aponta para um défice de
2,7% e que a missão que recentemente esteve no país verificou que a execução está dentro do
previsto".
Posição moderada com o Reino Unido
O assunto que mereceu mais atenção do Conselho de Estado foi mesmo o referendo do Reino Unido
que resultou na decisão de sair da União Europeia. E aqui, os conselheiros estiveram de acordo na
ideia de que Portugal deve assumir, nas negociações que vierem a ter lugar, uma posição moderada,
tendo em conta a relação especial com o velho aliado.
Pacífica foi também a ideia de que, na sequência do Brexit, se deverá reabrir o debate sobre o modelo
de governança da União Europeia: deverá evoluir no sentido mais federal ou menos federal? Com mais
ou menos directório? Em qualquer caso, defendeu-se ali que Portugal deveria ter assumir uma posição
própria neste processo.
O ex-Presidente Jorge Sampaio lançou para a mesa o desafio a que Portugal procure gerar um
pensamento nacional nesta matéria, o que fez recordar a ideia de Ferro Rodrigues, presidente da
Assembleia da República, de criar um grupo de trabalho na Assembleia da República sobre o assunto.
Em contraponto, Cavaco Silva lembrou que este era um tema sobejamente estudado e recordou o
relatório dos cinco presidentes das estruturas da UE (Parlamento, Conselho, Comissão, Banco Central
Europeu e Eurogrupo) que, em Junho de 2015, apresentaram a sua proposta de aprofundamento da
União Económica e Monetária até 2025.
Na linha do que tem defendido publicamente, Francisco Louçã insistiu na ideia de que Portugal vai ter
de fazer um referendo ao Tratado Orçamental, mais cedo ou mais tarde, porque as regras são
impossíveis de cumprir, mas sobre esse tema-tabu ninguém mais fez qualquer comentário.
13/07/2016 - 07:43
Leonete Botelho
Página 48
A49
Corveta Pereira D´Eça afundada para fomentar o turismo subaquático em Porto Santo
Tipo Meio:
Internet
Meio:
RTP Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=74b866ee
Cesário Camacho - RTP
13 Jul, 2016, 09:50
/ atualizado em 13 Jul, 2016, 09:50
| País
A corveta Pereira D'Eça é afundada esta quarta-feira na costa sul do Porto Santo com o objetivo de
fomentar o turismo subaquático
e aumentar a biodiversidade. A reportagem da RTP acompanhou a partida da corveta.
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13 Jul, 2016, 09:50 / atualizado em 13 Jul, 2016, 09:50|
Página 49
A50
Preços no consumidor recuam 0,8% em Junho em Espanha
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Sábado Online
Data Publicação:
13-07-2016
URL:
http://www.sabado.pt/ultima_hora/detalhe/precos_no_consumidor_recuam_08_em_junho_em_espanha.html
A inflação em Espanha continua a ter um desempenho negativo. Em Junho, o índice de preços no
consumidor registou uma variação homóloga de -0,8%.
09:22 . Negócios
Por Jornal de Negócios
A inflação em Espanha continua a estar em terreno negativo, sendo que o mês passado foi o décimo
primeiro em que este dado económico esteve em queda. De acordo com os números divulgados pelo
gabinete espanhol de estatística esta quarta-feira, e citados pela imprensa local, o índice de preços no
consumidor registou uma variação homóloga face a 2015 de -0,8% em Junho, uma subida de duas
décimas em relação ao mês anterior.
O jornal Cinco Días detalha que o crescimento da taxa anual foi determinado pela subida dos preços
dos combustíveis, bem como os preços da electricidade e das viagens.
O Expansión aponta que a inflação subjacente - que não inclui os dados relativos à energia nem aos
alimentos frescos - fixou-se em terreno positivo e registou um crescimento de 0,6%, uma décima a
menos que em Maio.
09:22 . Negócios
Página 50