Esparta
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Esparta Módulo 8 Esparta – aspectos políticos Localizava-se na Península do Peloponeso, sul da Grécia, na planície da Lacônia, às margens do rio Eurotas. Os dórios foram seus fundadores depois de destruir Micenas, dando origem à cidade por volta do século IX a.C. Esparta Possuíam o conhecimento de armas de ferro dando a eles vantagem bélica. Os dórios fizeram daqueles que resistiram, escravos. Aqueles que não se opuseram tornaram-se homens livres sem direitos políticos. Contudo, aqueles que fugiram deram origem à primeira diáspora grega. Esparta era conhecida como um Estado militar e oligárquico, cujos cidadãos deveriam se tornar soldados perfeitos: fortes, corajosos, obedientes e lacônicos. Política Administração política: Diarquia: Dois reis pertencentes a famílias diferentes (podendo ser rivais) com funções religiosas e militares. Durante as guerras um rei comandava o exército enquanto o outro ficava controlando a cidade. Ápela: Assembleia Popular: formada por todos os cidadãos maiores de 30 anos. Sua função era eleger os membros da Gerúsia, aprovar a escolha dos éforos e aprovar as leis. Gerúsia Conselho dos Anciãos. Formada por 28 membros maiores de 60 anos (gerontes). Seus componentes tinham cargo vitalício e cuidavam da política externa. Legislavam e escolhiam os éforos e administravam a rivalidade entre os dois reis. 2. As transformações do século VII a.C. Ao conquistar a planície da Messênia, Esparta passou por profundas transformações. Grandes revoltas pelos messênios e guerras. Como Esparta vence, a população derrotada foi reduzida à condição de escravos, cujo número superava em muito o de seus conquistadores. Medidas que evitassem revoltas: • Planícies centrais mais férteis foram divididas em lotes correspondentes ao número de cidadãos espartanos (cerca de 8 mil); • Escravos foram distribuídos à razão de seis por lote (cerca de 48 mil no total); • Lotes e escravos eram propriedade estatal, emprestados aos dórios vitaliciamente; • Terras periféricas ficaram com as populações que não impuseram resistência aos espartanos quando ocuparam a Lacônia em XII a.C. ; ali, a propriedade era particular. A Sociedade Espartana A Sociedade Espartana era rigidamente hierarquizada e a posição social era determinada pelo nascimento. Era dividida em: Esparciatas ou espartíatas ou espartanos Eram os únicos cidadãos da cidade. Eram descendentes dos antigos dórios. Dedicavam-se às guerra, eram donos das terras e de escravos. Governavam a pólis. • Periecos • Homens livres descendentes dos aqueus que não ofereceram resistência à invasão dos dórios. Eram pequenos proprietários, cujas terras ficavam na periferia da cidade, pois as terras férteis eram dos espartanos. Dedicavam-se também ao comércio e ao artesanato. Embora não fossem cidadãos, podiam ser convocados para o exército. Hilotas Eram escravos, geralmente prisioneiros de guerra. Pertenciam ao Estado, doados juntamente com um lote de terras aos esparciatas. Eram a maioria da população. Promoviam frequentes revoltas obrigando os esparciatas a aprimorarem suas técnicas militares. • Serviam como instrumento de treinos militares. Eram utilizados na agricultura e nas obras públicas. • Nessa nova estrutura os gerontes adquiriam uma autoridade ainda maior. • Procuravam preservar o status quo. • Reis perderam grande parte de seus poderes, os quais foram transferidos para os éforos. • A Ápela também perde seu poder. Eforato Grande parte do porder foi transferido aos éforos. Composto por 5 éforos, eleitos anualmente pela Ápela, podendo ser reeleitos. Governavam a cidade, participando das reuniões da Ápela e da Gerúsia. Controlavam a vida econômica e cultural da cidade. Podiam vetar os projetos de lei e fiscalizavam os reis. Problema principal em Esparta era manter a proporção entre espartíatas e hilotas. 3. A educação espartana Xenofobia: aversão a estrangeiros. Era estimulada para evitar que os esparciatas se deixassem influenciar por outras culturas. Eram educados para acreditar na perfeição do modelo espartano, considerando as demais cidades como fontes de subversão e fraqueza. Laconismo Falar pouco. Essa postura era estimulada como forma de evitar questionamentos ou críticas ao sistema. Militarismo Era o fundamento da educação e foi fundamental para manter a ordem social em Esparta. Estimulava e fortalecia esse espírito desde o nascimento. Eutanásia. Até os 7 anos a criança ficava com os pais. Dos 7 aos 30 recebiam educação militar do Estado. A partir dos 12 anos passavam a conviver com soldados, recebendo o mínimo de alimentação o que os levavam a roubar. Se conseguissem êxito eram louvados e a ação se transformava num ato de coragem e astúcia. Se fossem pegos sofriam castigos violentos e podiam até mesmo morrer. Aos 17 anos os esparciatas passavam por um ritual de iniciação. Durante o dia se espalhavam polos campos e bosques ao redor da cidade armados com punhais e, à noite, deviam degolar o maior número de escravos. Isso garantia o controle da população de esparciatas e de hilotas e possibilitava a estabilidade social. Muitos esparciatas morriam durante a educação militar aliviando o problema da terra. Aos 20 anos os espartanos eram incorporados ao exército, tomando uma refeição por dia. Aos 30 anos tornavam-se cidadãos, eram obrigados a se casar, tomavam posse de um lote de terra e de escravos e as obrigações militares continuavam. Treinavam até os 60 anos. Aos 60 aposentavam-se do exército e podiam fazer parte da Gerúsia. Mantinha um controle sobre a população nesses conflitos e também utilizando os hilotas como “inimigos” nos treinos. As meninas também eram obrigadas a participar do treinamento militar, dando-lhes a força física necessária para Estado. A cidade era controlada pelas mulheres quando o exército saía.
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