MUNICÍPIO DE FLORES DA CUNHA
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MUNICÍPIO DE FLORES DA CUNHA
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE FLORES DA CUNHA Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul PMSB PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO RELATÓRIO TÉCNICO FINAL PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORES DA CUNHA FLORES DA CUNHA – RS NOVEMBRO, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 2 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORES DA CUNHA – RS. LIDIO SCORTEGAGNA PREFEITO MUNICIPAL ALMIR ZANIN VICE-PREFEITO MUNICIPAL LUIZ ANTÔNIO ZENATTO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E GOVERNO ANA PAULA ROPKE CAVAGNOLI SECRETÁRIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO, MEIO AMBIENTE E TRÂNSITO ANA PAULA ZAMBONI WEBER SECRETÁRIA MUNICIPAL EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO VANDERLEI STUANI SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 3 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA EXECUTORA E PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS: LC BANCO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA CNPJ - 11.430.648/0001-14 Endereço – R. São Nicolau, 343, Centro - Alegria/RS, 98.905-000 Equipe Técnica: Coordenador e Resp. Técnico no CRA/RS: Adm. Carlos Norberto Filipin, c/ registro no CRA-RS 0179, MBA em Administração Pública e Gestão de Cidade e Especialista em Gestão e Auditoria Ambiental, com experiência em Saneamento e Meio Ambiente. Engenheiro Civil no CREA/RS: Eng. Luiz Henrique Valente com registro no CREA/RS nº 066426. Engenheiro Civil no CREA/RS: Dr. Rafael Newton Zaneti, possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e título de mestre e de doutor em tecnologia ambiental pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais - PPG3M/UFRGS (2007/2012). Tem experiência na área de tratamento para reúso de água e em planejamento. Trabalhou na Secretaria de Habitação e Saneamento do RS (SEHABS) entre 2013 e 2014. Atualmente é engenheiro do DMAE em Porto Alegre. CREA/RS nº 139864. Pedagoga e Supervisora de Planos: Profª Flaviana Carolina Felini Neuhaus, Psicopedagoga, com formação em Trabalho Social em Habitação de Interesse Social e Saneamento, com experiência em projetos e programas sociais voltados para a mobilização e envolvimento de comunidades. Biólogo e Perito Judicial: Biol. Valdir Natal Rochinheski, inscrito no CRBio3 28.125-03D, ex-gerente da FEPAM, com experiência em análise e elaboração de laudos ambientais. Contador: Cont. Martin Geraldo Dause, com registro no CRC/RS nº 056132/04, com experiência em elaboração e análise de projetos de investimento. Advogado: Bel. Marcio Ewerton Zimmermann, Inscrito na OAB/RS sob nº45.574, com experiência na elaboração de projetos de lei. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 4 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16 1 Etapa 01 Organização Administrativa do Processo: ......................................... 17 2 Etapa 02 Instituição do processo de Participação Social e dos meios de disponibilização das informações: ........................................................................ 18 2.1 Plano de Mobilização Social. ........................................................................... 18 3 Etapa 03 Elaboração de Diagnóstico da situação do Saneamento Básico e de seus impactos nas condições de vida da população: ......................................... 19 3.1 Ambiente Físico-natural, Socioeconômico, Infra-estruturas e outros serviços:..................................................................................................................19 3.1.1 Localização: .............................................................................................. 19 3.1.2 Limites Municipais: .................................................................................... 20 3.1.3 Demografia: ............................................................................................... 21 3.1.4 Socioeconômicos: ..................................................................................... 21 3.1.5 Infraestrutura e os Sistemas Públicos existentes: ..................................... 25 3.2 Ordenamento Territorial: .................................................................................. 29 3.2.1 Do Parcelamento do Solo: ........................................................................ 29 3.2.2 A Zona Rural do Município: ....................................................................... 30 3.2.3 A Zona Urbana do Município: .................................................................... 30 3.3 Ambiente Físico e Natural:............................................................................... 32 3.3.1 Macrozoneamento Ambiental: ................................................................... 32 3.3.2 Relevo: ...................................................................................................... 34 3.3.3 Geologia: ................................................................................................... 34 3.3.4 Geomorfologia: .......................................................................................... 34 3.3.5 Solo: .......................................................................................................... 35 3.3.6 Hidrografia: ................................................................................................ 36 3.3.7 Climatologia: ............................................................................................. 37 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 5 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.3.8 Vegetação ................................................................................................. 38 3.3.9 Bioma do Município: .................................................................................. 38 3.3.10 Fauna ...................................................................................................... 39 3.4 Ambiente Institucional, Legal e de Gestão:...................................................... 39 3.4.1 Histórico do Município: .............................................................................. 39 3.4.2 Formação Administrativa: .......................................................................... 40 3.4.3 Estrutura Administrativa Municipal: ........................................................... 41 3.4.4 Legislações, Planos, Códigos e Estudos .................................................. 42 3.5 Aspectos Econômicos:..................................................................................... 44 3.5.1 Produção: .................................................................................................. 44 3.5.2 Finanças Públicas: .................................................................................... 45 3.5.3 Perfil Social: .............................................................................................. 46 3.6 Prestação dos Serviços de Saneamento Básico: infraestrutura: ..................... 47 3.6.1 Serviços de Saneamento Básico: Saúde Pública e de Qualidade de Vida:....................................................................................................................48 3.7 Diagnóstico Setorial: ...................................................................................... 499 3.8 Situação dos Serviços de Abastecimento de Água: ...................................... 588 3.8.1 Sistema de Abastecimento do Município de Flores da Cunha – RS – Área Urbana... ............................................................................................................ 59 3.8.2 Sistema de Abastecimento do Município de Flores da Cunha – RS – Área Rural/Município: ................................................................................................. 65 3.8.3 Estrutura Tarifária:..................................................................................... 69 3.9 Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário: .......................................... 74 3.9.1 Caracterização e Diagnósticos do Sistema de Esgotamento Sanitário – Município de Flores da Cunha – RS – Zona Urbana:......................................... 74 3.9.2 Caracterização e Diagnósticos do Sistema de Esgotamento Sanitário – Município de Flores da Cunha – RS – Zona Rural: ............................................ 78 3.10 Situação dos Resíduos Sólidos Urbanos ....................................................... 81 3.10.1 Legislação Municipal relacionada aos Resíduos Sólidos: ....................... 81 3.10.2 Resíduos Sólidos Domiciliares no Município – RSD: .............................. 81 3.10.3 Taxas de Serviços Urbanos. ................................................................... 86 3.10.4 Campanhas informativas: educação ambiental. ...................................... 88 3.10.5 Resíduos gerados pelo Serviço de Limpeza Urbana do Município: ........ 91 3.11 Situação dos Serviços de Manejo de Águas Pluviais e Drenagem Urbana: .. 95 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 6 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.11.1 Controle da drenagem urbana do Município de Flores da Cunha. ........ 103 3.11.2 Medidas Estruturais:.............................................................................. 104 3.11.3 Medidas Não-Estruturais: ...................................................................... 107 3.11.4 Defesa Civil ........................................................................................... 107 4 Etapa 04 Elaboração de Prognósticos e de Alternativas para a Universalização: Déficit e Metas .......................................................................... 115 4.1 Cenários Alternativos: Demandas por Serviços de Saneamento Básico. ...... 115 4.2 Metas de Atendimento ................................................................................... 118 4.2.1 Abastecimento de Água .......................................................................... 118 4.2.2 Esgotamento Sanitário ............................................................................ 119 4.2.3 Resíduos Sólidos Urbanos ...................................................................... 121 4.2.4 Manejo das Águas Pluviais ..................................................................... 122 4.3 Estimativa dos custos e viabilidade econômica das metas propostas ........... 122 4.3.1 Abastecimento de Água .......................................................................... 124 4.3.2 Esgotamento Sanitário ............................................................................ 131 5 Etapa 05 Definição de Programas, Projetos e Ações necessárias para atingir os Objetivos e as Metas ........................................................................................ 136 5.1 Diretrizes...................................................................................................... 1367 5.2 Programas, Projetos e Ações ........................................................................ 137 5.2.1 Programa de Gestão dos Serviços de Saneamento Básico.................... 137 5.2.2 Programa de Regulação dos Serviços de Saneamento Básico .............. 138 5.2.3 Abastecimento de Água .......................................................................... 138 5.2.3.1 Programa de perdas na distribuição..................................................... 138 5.2.3.1 Programa de perdas na distribuição..................................................... 138 5.2.3.2 Programa operacional do sistema de abastecimento de água do município de Flores da Cunha - SAA e SAC ................................................... 138 5.2.4 Esgotamento Sanitário ........................................................................ 139 5.2.4.1 Programa de tratamento individualizado assistido ............................... 138 5.2.5 Manejo dos resíduos Sólidos .................................................................. 140 5.2.6 Manejo das águas Pluviais ...................................................................... 140 5.2.6.1 Avaliação e monitoramento de areas impermeáveis ............................ 140 5.2.6.2 Cadastro do sistema de drenagem ...................................................... 140 5.2.6.3 Programa de manutenção .................................................................... 140 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 7 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 6 Etapa 06 Definição de Ações para Emergências e Contingências. ............... 142 6.1 Ações para Emergências e Contingências: Abastecimento de Água Potável..................................................................................................................144 6.2 Ações para Emergências e Contingências: Esgotamento Sanitário. ............ 145 6.3 Ações para Emergências e Contingências: Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. ................................................................................................ 146 6.4 Ações para Emergências e Contingências: Manejo de Águas Pluviais e Drenagem Urbana. .............................................................................................. 147 7 Etapa 07 Proposição de Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e Efetividade das Ações Programadas...........................................................................................................149 7.1 Sistema Municipal de Saneamento Básico. .................................................. 154 8 Etapa 08 Versão Preliminar do Plano Municipal de Saneamento Básico. .... 156 9 Etapa 09 Aprovação do Plano. .......................................................................... 157 10 Etapa 10 Relatório Final. .................................................................................. 158 10.1 Encerramento. ............................................................................................. 158 11 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 159 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 8 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Lista de Figuras Figura 1. Localização do Município no território brasileiro. ....................................... 20 Figura 2. Limites Municipais. ..................................................................................... 21 Figura 3. Taxa de crescimento anual do Município ................................................... 22 Figura 4. Regiões Fisiográficas do RS. ..................................................................... 33 Figura 5. Províncias Geomorfológicas do Estado do Rio Grande do Sul. ................. 35 Figura 6. Solo do Município. ...................................................................................... 36 Figura 7. Hidrografia do Município. ........................................................................... 37 Figura 8. Monumento em Homenagem a ―Terra do Galo‖......................................... 40 Figura 9. Proporção de domicílios com acesso a rede de abastecimento de água, coleta de lixo e escoamento do banheiro ou sanitário adequado. ............................. 46 Figura 10 População extremamente pobre no Município. ......................................... 47 Figura 11. Conceito de Déficit em Saneamento Básico. ........................................... 51 Figura 12. Caracterização ilustrativa do Sistema de Água Potável do Município. ..... 71 Figura 13. Caracterização ilustrativa do Sistema de Água Potável do Município. ..... 72 Figura 14. Caracterização ilustrativa do Sistema de Água Potável do Município. ..... 73 Figura 15. Bacias Hidrossanitárias do município....................................................... 76 Figura 16. Caracterização ilustrativa do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município. .................................................................................................................. 79 Figura 17. Caracterização ilustrativa do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município. .................................................................................................................. 80 Figura 18. COMMA, 2014. ........................................................................................ 89 Figura 19. COMMA, 2014. ........................................................................................ 90 Figura 20. Resíduos com Responsabilidade Compartilhada no Município de Flores da Cunha – RS. ......................................................................................................... 93 Figura 21. Caracterização ilustrativa dos Resíduos Sólidos do Município. ............... 94 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 9 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Figura 22. Hidrografia da Região. ............................................................................. 96 Figura 23. Divisão das Micro-bacias do Município. ................................................... 97 Figura 24. Padrões gerais de drenagem na cidade de Flores da Cunha. ................. 98 Figura 25. Padrões gerais de drenagem no Município. ............................................. 99 Figura 26. Vista aérea de Flores da Cunha, região Central. ................................... 101 Figura 27. Vista aérea de Flores da Cunha, região Central. ................................... 102 Figura 28. Simulação da rede de condutos da região Central da Cidade. .............. 105 Figura 29. Simulação dos condutos para a urbanização futura............................... 106 Figura 30. Caracterização ilustrativa do Sistema de Drenagem Urbana do Município. ................................................................................................................................ 114 Figura 31. Classes de Indicadores para Avaliação do PMSB. ................................ 150 Figura 32. Estrutura de Sistema da Informação Municipal. ..................................... 155 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 10 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Lista de Tabelas Tabela 1. Evolução da população no Município. ....................................................... 22 Tabela 2. Projeção populacional zona urbana e rural (método aritmético): Cenário 1 (C.1) - rtotal = 345 hab./ano em todo município e Cenário 2 (C.2) - rurbano = 663 hab./ano para zona urbana e população rural estagnada. ........................................ 24 Tabela 3. Sistemas Públicos existentes – Saúde. ..................................................... 25 Tabela 4. Sistemas Públicos existentes – Saúde. ..................................................... 26 Tabela 5. Sistemas Públicos existentes – Educação. ............................................... 26 Tabela 6. Sistemas Públicos existentes – Segurança. .............................................. 26 Tabela 7. Sistemas Públicos existentes – Comunicação. ......................................... 26 Tabela 8. Infraestrutura Social da Comunidade. ....................................................... 27 Tabela 9. Transporte. ................................................................................................ 28 Tabela 10. Cultura no Município................................................................................ 28 Tabela 11. Esporte e Lazer no Município. ................................................................. 28 Tabela 12. Turismo no Município. ............................................................................. 29 Tabela 13. Organograma Municipal. ......................................................................... 42 Tabela 14. Planos, Códigos e Estudos existentes. ................................................... 43 Tabela 15. Indicadores de Atenção Básica. .............................................................. 49 Tabela 16. Caracterização do atendimento e do déficit dos componentes do saneamento básico com base nos critérios do PLANSAB (2013). ............................ 53 Tabela 17. Análise situacional do atendimento e do déficit dos componentes do saneamento básico com base nos critérios do PLANSAB (2014 a 2034). ................ 57 Tabela 18. Forma de abastecimento de água do domicílio particular permanente do município. .................................................................................................................. 58 Tabela 19. Frequência analítica para água coletada na saída do tratamento de cada sistema. ..................................................................................................................... 61 Tabela 20. Informações técnicas especificadas referentes a cada reservatório. ...... 62 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 11 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 21. Identificação da qualidade de fornecimento da água pela CORSAN ...... 63 Tabela 22. Informações com as características da rede de distribuição de água existente. ................................................................................................................... 64 Tabela 23. Sistemas de Abastecimento de Água do Município – Zona rural. ........... 66 Tabela 24. Categorias/Consumo Estimado. .............................................................. 69 Tabela 25. Domicílios particulares permanentes: Esgotamento Sanitário. ............... 74 Tabela 26. Produção per capita de resíduos por faixas de População. .................... 84 Tabela 27. Composição do material recuperado ....................................................... 85 Tabela 28. Taxa de Coleta de Lixo............................................................................ 87 Tabela 29. Estrutura de Plano Preventivo da Defesa Civil Municipal. ..................... 110 Tabela 30. Estrutura de Plano Preventivo à Defesa Civil Municipal. ....................... 111 Tabela 31. Estrutura de Plano Preventivo à Defesa Civil Municipal. ....................... 112 Tabela 32. Estrutura de Plano Preventivo à Defesa Civil Municipal. ....................... 113 Tabela 33. Projeção populacional, considerando a população urbana esta atendida pela CORSAN (sede e aglomerados). Cenário 1 – C.1: rtotal = 345 hab./ano em todo município, ou seja, rurbano = 265 hab./ano e rrural = 80 hab./ano; Cenário 2 – C.2: rurbano = 663 hab./ano para zona urbana e população rural estagnada. ............................ 116 Tabela 34. Forma de esgotamento sanitário dos domicílios com base no operador do sistema de saneamento – Fossa rudimentar; outro escoadouro; rio, lago, ou mar; sem banheiro foram considerados domicílios s/ atendimento e potenciais para o tratamento individualizado por fossa séptica. Adaptado de IBGE, 2010. ................ 117 Tabela 35. Razões de crescimento em lig./ano das zonas urbanas e rural em função do cenário de crescimento populacional e da forma de esgotamento sanitário. Considerações: Dados IBGE(2010); Zona urbana – 2,88 hab./econ. e 1,55 econ./lig.; Zona rural – 3,45 hab./econ. ................................................................................... 117 Tabela 36.Projeção de ligações de esgotamento sanitário no horizonte do projeto, considerando a forma de atendimento, o operador e o cenário de crescimento. .... 117 Tabela 37. Indicadores e metas para o abastecimento de água – Adaptado de PLANSAB (2013). ................................................................................................... 119 Tabela 38. Indicadores e metas para o esgotamento sanitário – Adaptado de PLANSAB (2013). ................................................................................................... 120 Tabela 39. Previsão de investimento no Saneamento Básico, conforme PPA em vigência no município. ............................................................................................. 123 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 12 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 40. Despesa Corrente e Despesa de Capital orçado, conforme PPA em vigência no município. ............................................................................................. 123 Tabela 41. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Abastecimento de água C.1. ................................................................................... 126 Tabela 42. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Abastecimento de água C.2. ................................................................................... 127 Tabela 43. Avaliação econômica abastecimento de água de Flores da Cunha - zonas urbana e rural, ambos os cenários de crescimento populacional (C.1. e C.2.) e todos os horizontes de planejamento................................................................................ 130 Tabela 44. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Esgotamento sanitário C.1. ..................................................................................... 133 Tabela 45. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Esgotamento sanitário C.2. ..................................................................................... 134 Tabela 46. Avaliação econômica esgotamento sanitário de Flores da Cunha - zonas urbana e rural, ambos os cenários de crescimento populacional (C.1. e C.2.) e todos os horizontes de planejamento................................................................................ 135 Tabela 47. Composição do ISA/OE......................................................................... 152 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 13 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul ABREVIATURAS E SIGLAS AGERGS – Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CCM – Centro de Controle de Motores CCO – Centro de Controle Operacional CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente CONCIDADES – Conselho das Cidades CORSAN – Companhia Riograndense de Saneamento EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta EEAT– Estação Elevatória de Água Tratada EEEB – Estação Elevatória de Esgoto Bruto EEET – Estação Elevatória de Esgoto Tratado EIA – Estudo de Impacto Ambiental ETA – Estação de Tratamento de Água ETE – Estação de Tratamento de Esgotos FEE – Fundação de Economia e Estatística FUNASA – Fundação Nacional de Saúde IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH – Índice de Desenvolvimento Humano IDESE – Instituto para o Desenvolvimento Social e Ecológico LI – Licença de Instalação LO – Licença de Operação LP – Licença Prévia P(nº) – Poço Tubular Profundo PAE – Plano de Ação de Emergência PLANASA – Plano Nacional de Saneamento LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 14 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico PMS – Plano de Mobilização Social PNS – Política Nacional de Saneamento Básico PNSA – Plano Nacional de Saneamento Ambiental PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPA – Plano Plurianual RAP– Reservatório Apoiado REL – Reservatório Elevado SAA – Sistema de Abastecimento de Água SES – Sistema de Esgotamento Sanitário SIG – Sistema de Informações Geográficas SNH – Secretaria Nacional de Habitação SNIS – Sistema Nacional de Informação de Saneamento SNSA – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 15 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul INTRODUÇÃO A legislação demanda a elaboração, pelos titulares dos serviços de saneamento, de Plano de longo prazo, denominado Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), devendo abranger os conteúdos mínimos definidos na Lei Federal nº 11.445/07, nova Lei nº 12.862/2013 que estabelece diretrizes nacionais para o Saneamento Básico, com o objetivo de incentivar a economia no consumo de água, com a "adoção de medidas de fomento à moderação de consumo de água" e "estímulo ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e métodos economizadores, Lei Federal nº 12.305/10 no que couber, Resolução Recomendada nº 75 do Conselho das Cidades e Lei Estadual nº 12.037/03, devendo ainda estar em consonância com o Plano Diretor, com os objetivos e as diretrizes do Plano Plurianual (PPA), com o Plano de Recursos Hídricos, com o Plano de Resíduos Sólidos, com a Legislação Ambiental, de Saúde, de Educação, e devem estar compatíveis e integrados com todas as demais políticas públicas, planos e disciplinamentos do município relacionados ao gerenciamento do espaço urbano. O planejamento dos serviços de saneamento básico no âmbito do município, de forma articulada, constitui condição essencial para potencializar o impacto dos investimentos a serem realizados, de forma a proporcionar a universalização do acesso da população (especialmente a de baixa renda) aos serviços públicos essenciais, os quais têm forte correlação com a salubridade ambiental e, por conseqüência, a qualidade de vida. Neste contexto, o comando do Decreto nº 7.217/2010, art. 26, parágrafo 4º, vincula a existência do PMSB, elaborado pelo titular dos serviços, segundo o preconizado na Lei nº 11.445/07, como condição de acessibilidade, a partir de 2014, a recursos orçamentários da União, ou a recursos de financiamentos geridos ou LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 16 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico. Este Plano Municipal de Saneamento Básico insere-se no contexto da Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que estabelece as Diretrizes Nacionais para a Política Federal de Saneamento Básico, e de seu Decreto de Regulamentação nº 7.217, de 21 de junho de 2010, da Lei Estadual nº 12.037, de 19 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento e dá outras providências, da Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e de seu Decreto de Regulamentação nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, bem como da Lei nº 10.257/2001, de 10 de julho de 2001, que estabelece o Estatuto das Cidades. 1 Etapa 01 Organização Administrativa do Processo: O Prefeito Municipal de Flores da Cunha – RS no uso de suas atribuições, através do Decreto Executivo Nº. 4.600/2013, alterado pelo Decreto Executivo Nº. 4.725/2014 cria o Comitê Executivo e Comitê de Coordenação, tendo os Cidadãos ocupando a maioria dos assentos nestes Comitês, bem como designa o Coordenador Geral e o Responsável Técnico para a fiscalização do processo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, e dá outras providências. Coordenadora Geral do PMSB: Franciele Zorzi – Diretora de Meio Ambiente. Responsável Técnico do PMSB: Gustavo Zanatta – Engenheiro Civil. O Comitê Executivo é uma instância técnica responsável pela fiscalização do processo de elaboração do PMSB. Tem uma composição multidisciplinar e inclui técnicos dos órgãos e entidades municipais da área de saneamento básico e áreas afins, devendo suas atividades ser acompanhadas por representantes dos prestadores de serviços. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 17 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Membros do Comitê Executivo: − Ana Paula Ropke Cavagnoli – Secretária Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito. − Lucas David Biondo – Engenheiro Ambiental. − Diogo Biazus Terres – Técnico Agrícola. − Bruno Debon – Gerente local CORSAN. − Edson Biassi – Gerente de Pessoal Biasotto e Cia Ltda. O Comitê de Coordenação, por sua vez, é uma instância de gestão responsável por acompanhar o processo de fiscalização da elaboração do PMSB, formalmente institucionalizada por ato do Executivo Municipal. Membros do Comitê de Coordenação: − Ana Paula Ropke Cavagnoli – Conselho Municipal de Desenvolvimento Integrado. − Jorge Luis de Godoy – Câmara Municipal de Vereadores. − Alcides Fontana – Conselho Municipal de Saúde. − Maria Lurdes Branchini da Silva – Conselho Municipal de Assistência Social. Os Comitês, uma vez constituídos, passaram por um processo de capacitação e sensibilização, de forma a ampliar, atualizar e equalizar os conhecimentos sobre o objeto a ser planejado – o saneamento básico. Essa estratégia mostra-se relevante para que os conteúdos históricos, políticos e técnicos sobre o saneamento básico possam ser discutidos, permitindo uma melhor qualificação da equipe que conduziu o processo de elaboração do PMSB. 2 Etapa 02 Instituição do processo de Participação Social e dos meios de disponibilização das informações: 2.1 Plano de Mobilização Social. A mobilização social ocorre quando a sociedade se organiza, decide e age com um objetivo comum. O Plano de Mobilização social para elaboração do LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 18 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul PMSB de Flores da Cunha está baseado na convocação dos munícipes e dos atores envolvidos no desenvolvimento do município. Sabe-se que a real mobilização, ou efetiva participação da sociedade, no planejamento das ações do município somente vai ocorrer, quando todos entenderem as responsabilidades no processo de planejamento, assim como quando sentirem o impacto de sua participação. A fim de aumentar a proximidade dos munícipes e demais atores, com o processo de elaboração do PMSB, foram previstas as atividades listadas abaixo: Audiências públicas; Publicações em veículos de comunicação (impressos, eletrônicos e rádio). 3 Etapa 03 Elaboração de Diagnóstico da situação do Saneamento Básico e de seus impactos nas condições de vida da população: 3.1 Ambiente Físico-natural, Socioeconômico, Infraestrutura e outros serviços: 3.1.1 Localização: O Município de Flores da Cunha está localizado na Região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, integra a AMESNE– ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA ENCOSTA SUPERIOR DO NORDESTE. Distante da Capital do Estado: 148 km. Tem como via de acesso a BRS-116 e ERS-122, e tem sua data de criação em 17 de maio de 1924 pela Lei Estadual nº 3.320. A Prefeitura Municipal tem sua sede na Rua São José, 2500. Seu CEP é: 95270-000. É um município de médiopequeno porte. Sua altitude é de 756m; possui uma área de 272,662km²; latitude 29,029 e longitude -51,182. Integra a Mesorregião Nordeste Riograndense e Microrregião de Caxias do Sul. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 19 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Brasil em Cidades, 2014. Figura 1. Localização do Município no território brasileiro. 3.1.2 Limites Municipais: − Ao Norte/Oeste – Antônio Prado, Nova Roma do Sul e Nova Pádua. − Ao Norte/Nordeste – São Marcos. − Ao Sul/Sudeste – Caxias do Sul. − Ao Sul/Sudoeste – Farroupilha. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 20 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Brasil em Cidades, 2014. Figura 2. Limites Municipais. Flores da Cunha faz parte da região denominada Encosta Superior do Nordeste do Estado e na divisa com São Marcos é cortado pelo rio das Antas. 3.1.3 Demografia: A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de 1,37% ao ano, passando de 23.677 para 27.126 habitantes. Essa taxa foi superior àquela registrada no Estado, que ficou em 0,49% ao ano, e superior a cifra de 0,88% ao ano da Região Sul. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 21 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: IBGE, 2010. Figura 3. Taxa de crescimento anual do Município A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A população urbana em 2000 representava 60,1% e em 2010 passou a representar 76,88% do total. Tabela 1. Evolução da população no Município. Ano Urbana Rural Total 2000 14.227 9.451 23.678 2010 20.855 6.271 27.126 Fonte: IBGE, 2010. A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que, em termos anuais, cresceu 4,6% em média. Em 2000, este grupo representava 9,1% da população, já em 2010 detinha 12,5% do total da população municipal. O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010 (-1,0% ao ano). Crianças e jovens detinham 23,4% do contingente populacional em 2000, o que correspondia a 5.548 habitantes. Em 2010, a LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 22 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul participação deste grupo reduziu para 18,5% da população, totalizando 5.016 habitantes. A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu crescimento populacional (em média 1,60% ao ano), passando de 15.978 habitantes em 2000 para 18.720 em 2010. Em 2010, este grupo representava 69,0% da população do município. Uma forma de projetar a população do município é através da progressão aritmética. Abaixo são apresentadas as equações deste método, assim como as razões hab./ano para o município, zona urbana e zona rural: Pi P0 r (ti t0 ) , Onde Pi é a população projetada no ano ―i‖, P0 é a população no ano 0, r é a razão hab./ano, ti é o ano ―i‖ e t0 é o ano 0; Conforme dados do IBGE (2010), as razões hab./ano para o município de Flores da Cunha são: rtotal = 345 hab./ano rurbano = 663 hab./ano rrural = -318 hab./ano As razões hab./ano apresentadas acima apontam para um crescimento da população municipal. Este crescimento é bastante acelerado na zona urbana. Por outro lado, na zona rural, está ocorrendo retração da população. A projeção populacional da zona urbana do Município para o período de 2013 a 2033 é apresentada na Tabela abaixo, considerando 2 cenários – Método aritmético e diferentes razões hab./ano: Cenário 1: rtotal = 345 hab./ano em todo município, ou seja, rurbano = 265 hab./ano e rrural = 80 hab./ano; Cenário 2: rurbano = 663 hab./ano para zona urbana e população rural estagnada; LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 23 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul A população rural não será projetada, sendo considerado para efeitos de planejamento que esta população esta estagnada. Tabela 2. Projeção populacional zona urbana e rural (método aritmético): Cenário 1 (C.1) - rtotal = 345 hab./ano em todo município e Cenário 2 (C.2) - rurbano = 663 hab./ano para zona urbana e população rural estagnada. População Total População Urbana População Rural Ano C.1 C.2 C.1 C.2 C.1 C.2 2000 23.678 23.678 14.227 14.227 9.451 9.451 2010 27.126 27.126 20.855 20.855 6.271 6.271 2013 28.161 29.115 21.651 22.844 6.510 6.271 2018 29.886 32.430 22.977 26.159 6.909 6.271 2023 31.611 35.745 24.303 29.474 7.308 6.271 2033 35.061 42.375 26.956 36.104 8.105 6.271 3.1.4 Socioeconômicos: Para sumarização dos aspectos socioeconômicos do município, foi utilizado o Índice Sintético – IDESE, elaborado pela Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul – FEE, que abrange um conjunto amplo de indicadores socioeconômicos com o objetivo de mensurar o grau de desenvolvimento dos municípios do Estado. O novo Índice de Desenvolvimento Sócio-econômico – IDESE (2010) apresentado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) define como indicadores centrais os níveis de Educação, Saúde e Renda que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 24 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Também como fonte de informação, foi utilizado o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM, apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Fundação João Pinheiro, no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. O IDHM para 2010 foi de 0,727 para o Brasil e 0,7654 para o município de Flores da Cunha – RS. O IDESE, por sua vez, foi de 0,727 para o Estado do Rio Grande do Sul em 2010 e de 0,776 para o município de Flores da Cunha apresentou. Ambos os resultados mostram que o município esta acima das médias nacional e estadual de desenvolvimento, estando inserindo na 49º ordem de colocação em relação ao total dos municípios gaúchos. Os itens componentes do IDESE (2010) para o município são apresentados abaixo: − IDESE-Educação: 0,685 - 177º entre os municípios gaúchos; − IDESE-Saúde: 0,893 - 19º na classificação. − IDESE-Renda: 0,750 - 47º posição. 3.1.5 Infraestrutura e os Sistemas Públicos existentes: Buscou-se realizar a descrição da infraestrutura social da comunidade, dos sistemas públicos existentes (saúde, educação, segurança, comunicação, etc.) e das fontes de informação, para bem apresentarmos o município. Tabela 3. Sistemas Públicos existentes – Saúde. Identificação SAÚDE Quantidade Descrição 01 Hospital 1.242 Internações Hospitalares 49 Número de Leitos Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 25 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 4. Sistemas Públicos existentes – Saúde. Agentes de Saúde MUNICÍPIO Programa de Saúde da Família Programa de Agente Comunitário de Saúde Equipes Agentes Equipes Agentes 04 17 04 17 Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. Tabela 5. Sistemas Públicos existentes – Educação. Identificação EDUCAÇÃO Quantidade Descrição 10 Educação Infantil 17 Ensino Fundamental 02 Ensino Médio 01 Ensino Especial 00 Ensino Superior Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. Tabela 6. Sistemas Públicos existentes – Segurança. Identificação SEGURANÇA Quantidade Descrição 01 Brigada Militar 01 Bombeiros 01 Delegacia de Polícia Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. Tabela 7. Sistemas Públicos existentes – Comunicação. Identificação Quantidade 01 Terminais Telefônicos em Serviço/ Total Terminais Telefônicos em Serviço/ Acessos Individuais Terminais Telefônicos em Serviço/ Acessos Públicos e Particulares Jornal 03 Rádio 7.225 7.071 COMUNICAÇÃO Descrição 154 Fonte: FEE, 2010. Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 26 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 8. Infraestrutura Social da Comunidade. Identificação Quantidade Postos de Saúde 06 Centros Ocupacionais 02 Escolas Hospitais Igrejas Descrição Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi, Unidade de Saúde Pérola, Unidade de Saúde Otávio Rocha, Unidade Mato Perso, Unidade Nova Roma, Unidade São Gotardo. 915 Bairro Pérola e Bairro União. Educação Infantil/ Matrícula Inicial/Total. 3.283 Ensino Fundamental/ Matrícula Inicial/Total. 871 Ensino Médio/ Matrícula Inicial/Total. 85 Ensino Especial/ Matrícula Inicial/Total. 95 EJA Ensino Fundamental/Matrícula Inicial/Total. 184 Cursos em geral/Fora do Município Ensino Superior/Matrícula Inicial/Total. 1.056 Fora do Município/Total. (01 Mestrando) 01 Cidade. 06 Mitra Diocesana de Caxias do Sul Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. Centro. Igreja Universal do Reino de Deus Flores da Cunha São Gotardo/Distrito. Paróquia Nossa Senhora de Lourdes Capela São Roque. Vl Travessão Rondelli - Zona Rural. Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Centro. Igreja Batista Em Flores da Cunha. Centro. Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra. Centro. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 27 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Cemitérios Zona Urbana: Cemitério Público Municipal. Zona Rural: Cada localidade possui o seu cemitério local. Zona Urbana Zona Rural Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. Tabela 9. Transporte. Identificação Quantidade Espécie VEÍCULOS 13.729 4.036 2.196 Por passageiro Por carga Outros Fonte: FEE, 2010. Tabela 10. Cultura no Município. Identificação CULTURA Quantidade Descrição 01 Biblioteca Municipal Érico Veríssimo 01 Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi 01 Núcleo de Produção Audiovisual 01 Festival de Cinema Estudantil - ASTRO 01 Espaço Cultural São José 01 Noite do Filó 01 Espaço Digital junto ao Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi 01 Feira do Livro Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. Tabela 11. Esporte e Lazer no Município. Identificação ESPORTE E LAZER Quantidade Descrição 01 Centro Municipal de Esporte e Lazer 01 Ciclovia 01 Estádio Homero Soldatelli Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 28 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 12. Turismo no Município. Identificação Quantidade Descrição 01 Formação de Condutor local de turismo 01 Igreja e Campanário 01 Parque da Vindima Eloy Kunz 01 Mirante Gelain e Cascata Bordin 01 Gruta e Cascata de Otávio Rocha 01 Castelo da Família Castellan 01 Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi 01 Eremitério Frei Salvador TURISMO Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. Em relação aos monumentos históricos, destaca-se no município: o Monumento ao Galo; a Igreja Matriz, o Campanário (Torre) com cinco sinos e quatro relógios; a Estátua do Leão Alado e o busto do general José Antonio Flores da Cunha. Em Otávio Rocha - Distrito de Flores da Cunha também destaca-se a a Igreja Matriz, o Campanário, que abriga três sinos provenientes da Itália e Belvedere do Monumento do Centenário. 3.2 Ordenamento Territorial: A área da unidade territorial, conforme IBGE (2010) aponta o valor de 273,452 km² e a densidade demográfica como sendo de 99,2 hab/km². A maior concentração demográfica do município está na zona urbana. 3.2.1 Do Parcelamento do Solo: Conforme Lei Complementar N° 047, de 28 de agosto de 2008, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo no Espaço Urbano, consideram-se: I – Espaço Urbano: é a parcela do território, contínua ou não, incluída nos perímetros urbanos pelo Plano Diretor Municipal, destinada a abrigar, LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 29 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul predominantemente, as produções secundárias e terciárias, a habitação e as atividades institucionais de apoio ao Município em sua integralidade. II – Espaço Rural: é a parcela do território não incluída no(s) Espaço Urbano(s), perímetros urbanos, destinada a abrigar, predominantemente, a produção primária, a agroindústria, a produção vinícola, o turismo e todas as atividades de apoio necessárias para o desenvolvimento das mesmas. 3.2.2 A Zona Rural do Município: A Zona Rural do município é delimitada conforme disposto no Plano Diretor Municipal, Lei Complementar Nº 046/2008. Dos espaços urbanos e dos espaços rurais, Art. 13: Os espaços do território municipal se desenvolverão a partir das potencialidades ambientais, culturais, sociais e econômicas, e assim definidas: I - O Espaço Rural abrigará, predominantemente, a produção primária, a agroindústria, a produção vinícola, o turismo e todas as atividades de apoio necessárias para o desenvolvimento das mesmas. A Zona Rural apresenta as seguintes localidades: Comunidade Linha 40, Linha 60, Linha 80, Linha 100, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora Medianeira, São João Bosco, Comunidade São Paulo, Comunidade São Roque, São Martinho, Nossa Senhora das Dores – Sete de Setembro, Linha Cavour, Santa Líbera, N.Sra. Fátima Restinga, São Liberal, Nossa Senhora do Monte Bérico, São Vitor e Corona, Nova Veneza, Santa Bárbara, São Francisco, Nova Brasília, Nova Roma, Travessão Carvalho, São Caetano, São Valentin. 3.2.3 A Zona Urbana do Município: A Zona Urbana do município é delimitada conforme disposto no Plano Diretor Municipal, Lei Complementar Nº 046/2008. Dos espaços urbanos e dos espaços rurais, Art. 13: LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 30 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Os espaços do território municipal se desenvolverão a partir das potencialidades ambientais, culturais, sociais e econômicas, assim definidas: II - Os Espaços Urbanos abrigarão, predominantemente, as produções: secundária e terciária; a habitação e as atividades institucionais de apoio ao Município em sua integralidade. A Zona Urbana se apresenta, conforme segue: Distritos: − 1º Sede Urbana; − 3º Otávio Rocha; − 4º Mato Perso. Núcleos Urbanos: − São Gotardo; − Loteamento Residencial Hermes; − Alfredo Chaves; − Otávio Rocha; − Nova Roma. Núcleos urbanos pertencentes à Sede: − Loteamento Santa Lúcia; − São Cristóvão; − Lagoa Bela; − Loteamento Pérola; − Loteamento São Pedro; − Loteamento Monte Belo; − Loteamento Parque dos Pinheiros; − Loteamento Villaggio Dei Fiori; − Loteamento Sonda; − Loteamento Boa Vista; − Morada do Camping I e II; − Loteamento Granja União; − Loteamento Videiras; − Bela Vista I e II; LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 31 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul − Bela Itália I e II; − Loteamento Zuppa; − Loteamento Carraro; − Loteamento Raul Schiavenin; − Loteamento Lauro Shiavenin; − Loteamento Frare; − Loteamento Morada do Sol; − Loteamento Dionísio Sgarioni; Alguns loteamentos em fase de aprovação: − Loteamento Conz; − Loteamento Costa Norte; − Loteamento Pólo. 3.3 Ambiente Físico e Natural: 3.3.1 Macrozoneamento Ambiental: O município de Flores da Cunha está inserido na região fisiográfica denominada de Encosta Superior do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Situa-se entre as montanhas da Serra. A Encosta Superior do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul é formada, entre outros, pelos municípios de: Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Guaporé, Flores da Cunha, Nova Prata, Farroupilha, Garibaldi. Está encravada entre a Encosta Inferior do Nordeste e os Campos do Planalto. A formação Geológica é o basalto. O relevo é muito montanhoso. A região é recortada profundamente por rios que formam vales estreitos. As altitudes variam de 300 a 600 metros nos vales, até 800 metros nos limites com o planalto. A vegetação desta região se mostra transitória entre florestas latifoliadas e pinhais. As latifoliadas ocupam as partes inferiores, sendo bem exuberantes, passando para florestas mistas e com pinhais nas partes mais elevadas, nas encostas mais suaves e em vales largos. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 32 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul REGIÕES FISIOGRÁFICAS DO RS Fonte: CEPSRM/UFRGS, 2001. Figura 4. Regiões Fisiográficas do RS. 3.3.2 Relevo: O município está inserido na Unidade de Relevo Planalto das Araucárias. O planalto desenvolve-se desde a escarpa modelada em litologias do Grupo São Bento, a leste, até os limites internacionais com a Argentina, a oeste. Ao norte, no Rio Grande do Sul, vai até o Rio Uruguai e ao sul tem seus limites meridionais localizados nas proximidades das planícies do Jacuí-Ibicuí. As características morfológicas encontradas no planalto são em função das diferenciações litólicas, heterogêneas. As diferenciações dizem respeito, principalmente, à Formação Serra Geral, que constitui o substrato litológico fundamental, bem como à cobertura de arenitos cenozóicos que ocorre em sua porção sudeste (Formação Tupanciretã). LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 33 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.3.3 Geologia: Segundo KAUL (1990), o Rio Grande do Sul é constituído por terrenos rochosos cuja origem ou transformação recuam aos mais diferentes períodos da história da crosta terrestre, trazendo o registro de distintos eventos geodinâmicos. Para o autor, o panorama geológico atual do Estado é o de uma região que abrange três grandes domínios geológicos: Terrenos Pré-cambrianos, Bacia do Paraná e Cobertura de Sedimentos Cenozóicos. A região abrangida pelo município faz parte da Bacia Sedimentar do Paraná, que é uma bacia intracratônica de idade Paleozóica-Mesozóica caracterizada pela presença de sequencias de rochas sedimentares e rochas ígneas vulcânicas. O município está inserido na seqüência básica da Formação Serra Geral, que predomina grandemente em área e volume sobre a ácida, compreende derrames de basalto, andesito e basalto com vidro, além de brechas vulcânicas e sedimentares, diques e soleiras de diabásio e corpos de arenitos interderrames. Essa seqüência originou-se, fundamentalmente, de um magma básico de filiação toleiítica, gerado no Manto Superior. Os arenitos interderrames, sob a forma de camadas descontínuas de arenitos eólicos, mais raramente fluviais, representam a persistência, à época Serra Geral, de condições desérticas semelhantes àquelas que perduravam por ocasião da deposição da Formação Botucatu. 3.3.4 Geomorfologia: Os dados geomorfológicos são de grande importância para o planejamento ambiental, pois permite interpretar a relação existente entre as configurações superficiais do terreno, a distribuição dos núcleos ou aglomerados humanos e dos usos do solo em função das limitações impostas pelo relevo. O município está inserido na sua totalidade na região geomorfológica Planalto das Araucárias, a qual corresponde a porção mais oriental do Domínio LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 34 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Morfoestrutural das Bacias Sedimentares abrangendo trechos do Estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Limita-se com outras regiões geomorfológicas: a nordeste com a Depressão do Sudeste Catarinense, a leste com a Planície costeira Interna, a sul com a Depressão Central Gaúcha e a oeste com o Planalto das Missões e o Planalto da Campanha. PROVÍNCIAS GEOMORFOLÓGICAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Fonte: CEPSRM/UFRGS, 2001. Figura 5. Províncias Geomorfológicas do Estado do Rio Grande do Sul. Os sistemas de drenagens, em quase toda a sua totalidade, convergem para a bacia hidrográfica do Taquari - Antas. 3.3.5 Solo: A formação dos solos no município e na região é fortemente influenciada pelo material de origem (rocha matriz), características do relevo e condições climáticas. Em acordo com Plano Ambiental do Município (2006), a região de Flores da Cunha possui 5 (cinco) tipos de solos predominantes: Alissolos, Argissolos, Cambissolos, Neossolos e Nitossolos. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 35 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul O mapa apresentado na Figura 6 com uso de geotecnologia permite fazer uma interpretação adequada da geomorfologia do município, onde fica demonstrado que no município existem 2 (dois) tipos de solos: Neossolo Litólico e Nitossolos Háplico, sendo que o Solo Nitossolo Háplico predomina. SOLO – FLORES DA CUNHA/RS Fonte: IBGE, 2014. Figura 6. Solo do Município. 3.3.6 Hidrografia: O município de Flores da Cunha está inserido na Região Hidrográfica do Guaíba, que ocupa a porção centro-leste do Estado do Rio Grande do Sul, com uma área aproximada de 84.914,91 Km², correspondendo a cerca de 32,00% do território gaúcho. A sua população está estimada em 6.532.882 habitantes, correspondendo a 64,17% da população do estado, distribuídos em 257 municípios, com destaque para os inseridos na Região Metropolitana de Porto Alegre que contribuem para a sua elevada densidade demográfica, de cerca de 76,93 hab/Km² segundo SEMA (2011). O Município de Flores da Cunha localiza-se sobre o domínio da Bacia Hidrográfica Taquari – Antas. Dentre os cursos hídricos superficiais do Município de Flores da Cunha destacam-se os arroios Biazus, Linha Oitenta (Curuçu), LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 36 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Schuelo, e um arroio a ―NW‖ da cidade iniciando junto ao loteamento Granja União, os Rios das Antas, São Marcos e Tegas. O município possui água subterrânea resultante da sua formação geológica, principalmente vinculadas ao aqüífero Serra Geral, constituído na região por rochas vulcânicas. As águas subterrâneas no município são utilizadas principalmente para o abastecimento humano pelos poços da CORSAN e pelos Poços Comunitários, como também, pelas indústrias, matar a sede de animais e irrigação. HIDROGRAFIA – FLORES DA CUNHA/RS Fonte: IBGE, 2014. Figura 7. Hidrografia do Município. 3.3.7 Climatologia: O município não apresenta estações climatológicas e pluviométricas instaladas dentro de seus limites, fato que dificulta uma avaliação mais detalhada do clima do município. O clima é de complexa avaliação devido às características topográficas do município e a presença do vale do Rio das Antas, havendo diferenças de altitude em relação ao nível do mar de 800 m nos topos dos morros a 200 m nas margens do vale. Estas diferenças topográficas geram micro-climas diferenciados dentro do município, podendo haver diferenças significativas de temperaturas e sensação térmica entre as regiões mais elevadas e mais baixas. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 37 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul O clima predominante no município é o Subtropical/Temperado, com inverno frio e com verão ameno. Segundo o Plano Ambiental do município (2006), o município está inserido na área morfoclimática denominada Planalto Basáltico Superior, (altitude acima de 710m). O clima do município caracteriza-se como CFA (W. Koeppen) subtropical, ameno serrano, relativamente seco, sendo constantes as ocorrências de neblina, principalmente no inverno. A temperatura máxima do município encontra-se em torno de 30° C, a mínima encontrada é em torno de 02° C e a temperatura média encontrada é em torno de 15°C. 3.3.8 Vegetação: O município está inserido no Planalto dos Campos Gerais, que se caracteriza pela matriz florestal representada pela Floresta Ombrófila Mista – área antropizada. A concepção de Floresta Ombrófila Mista procede da ocorrência da mistura de floras de diferentes origens, definindo padrões fitofisionômicos típicos em zona climática pluvial. Destaca-se que nessa UPN, existem zonas de contato entre a matriz citada e a Floresta Estacional Decidual. A denominada tropicalização do clima (mudança de mais frio/seco para mais quente/úmido) demonstra processar-se das baixas para as elevadas latitudes e altitudes e da costa para o interior do continente, dinamizando os processos naturais pela origem tropical. 3.3.9 Bioma do Município: O Rio Grande do Sul possui dois biomas: o do Pampa e o da Mata Atlântica. Este último é restrito ao estado e se define por um conjunto de vegetação de campo em relevo de planície, conforme Atlas Sócio Econômico do Rio Grande do Sul. O município de Flores da Cunha está inserido no Bioma Mata Atlântica. A Mata Atlântica é uma das mais ricas em diversidade biológica do mundo. O Bioma está fortemente ameaçado de extinção por conta de desmatamentos, avanços das fronteiras agrícolas, crescimento urbano irregular e graves falhas no sistema de fiscalização e aplicação das leis ambientais. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 38 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.3.10 Fauna: Em específico, na bacia Taquari-Antas, onde Flores da Cunha insere-se 100%, podemos destacar em especial, a presença de: aves, mamíferos, anfíbios, ofídios, peixes, invertebrados e poríferos. 3.4 Ambiente Institucional, Legal e de Gestão: 3.4.1 Histórico do Município: Desde o ano de 1876, o território que compõe o atual município de Flores da Cunha, passou a ser colonizado por imigrantes italianos, oriundos especialmente do Norte da Itália. A maior leva de colonizadores estabeleceu-se entre os anos de 1878 e 1890, época em que foi fundado o primitivo povoado de São Pedro e, posteriormente, o de São José, que reunidos, nos idos de 1885, formaram a vila de Nova Trento. Em 21 de dezembro de 1935, através de um Decreto Municipal assinado pelo então Prefeito Heitor Curra, com autorização do Conselho Municipal, alterou a denominação do município de Nova Trento para o de Flores da Cunha. Contornada pela natureza exuberante, praças aconchegantes, igrejas, torres, cascatas e pelo sabor da farta gastronomia e dos vinhos que exalam o perfume da uva, Flores da Cunha, que já foi chamada de Nova Trento, é chamada carinhosamente "Terra do Galo". LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 39 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Secretaria Municipal de Turismo. Flores da Cunha, 2014. Figura 8. Monumento em Homenagem a ―Terra do Galo‖. Desde 1994, Flores da Cunha ostenta o título de Maior produtor de vinhos do País. Conforme os dados mais recentes disponíveis (do Cadastro Vinícola do RS | Ibravin - SEAPPA/RS), a produção local em 2009 atinge 84,4 milhões de litros, ou seja, 56% a mais que segundo colocado no ranking. O município possui em torno de 200 indústrias vinícolas (desde pequenas cantinas rurais a grandes empresas vinícolas). 3.4.2 Formação Administrativa: Distrito criado com a denominação de Nova Trento, por Ato n.º 5, de 03-071890 e por Ato Municipal n.º 1, de 26-05-1924, subordinado ao município de Caxias. Elevado à categoria de município com a denominação de Nova Trento, pelo Decreto Estadual n.º 3.320, de 17-05-1924, desmembrado de Caxias. Sede no antigo Distrito de Nova Trento. Constituído de 2 Distritos: Nova Trento e Nova Pádua, ambos desmembrados de Caxias. Instalado em 24-05-1924. Por Ato Municipal n.º 6, de 1606-1924, é criado o Distrito de Otávio Rocha e anexado ao município de Nova Trento. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 Distritos: Nova Trento, Nova Pádua e Otávio Rocha. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município de Flores da Cunha é LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 40 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul constituído de 3 Distritos: Flores da Cunha, (ex—Nova Trento), Nova Pádua e Otávio da Rocha. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela Lei Estadual n.º 9.560, de 20-03-1992, desmembra de Flores da Cunha o Distrito de Nova Pádua. Elevado à categoria de município. Pelo Artigo 191, de 1305-1990, é criado o Distrito de Mato Perso e anexado ao município de Flores da Cunha. Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 3 Distritos: Flores da Cunha, Mato Perso e Otávio Rocha. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. 3.4.3 Estrutura Administrativa Municipal: As informações institucionais e administrativas possibilitam a identificação de ações necessárias para que os governos municipais tenham capacidade de planejamento, gestão e investimento no setor de saneamento básico. O organograma da Prefeitura Municipal compreende 09 (nove) Secretarias Municipais. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 41 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 13. Organograma Municipal. PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORES DA CUNHA/RS SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E GOVERNO SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO, MEIO AMBIENTE E TRÂNSITO SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO, INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. 3.4.4 Legislações, Planos, Códigos e Estudos: Os Planos, Códigos e Estudos existentes que serviram de subsídio para o diagnóstico da realidade existente e para a elaboração do PMSB estão relacionados a seguir: LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 42 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela14. Planos, Códigos e Estudos existentes. PLANOS, CÓDIGOS E ESTUDOS EXISTENTES Legislação Sim Lei Orgânica Municipal X Plano Diretor Municipal X Lei de Zoneamento (Uso e Ocupação do Solo) X Lei do Perímetro Urbano Lei de Parcelamento do Solo Não Lei Orgânica Municipal, 1990. Lei Complementar Nº 046/08. Lei Complementar Nº 046/08. Lei Complementar Nº 047/08. Lei Complementar Nº 072/08. X X Lei Municipal de Assistência Técnica Nº da Lei e Data de Aprovação e/ou última Revisão pela Câmara X É aplicado (sim/não) Sim Sim Sim --- --- Lei Complementar Nº 047/08. Sim --- --- Lei Municipal Nº 918/81 Lei Complementar Nº 042/07. Lei Complementar Nº 048/08. Lei Complementar Nº 001/2000. Lei Municipal Nº 522/69. Lei Complementar Nº 042/07. Lei Complementar Nº 061/10. Código de Obras X Código Tributário X Código de Posturas X Disciplina a Limpeza Pública no Município de Flores da Cunha, define responsabilidade e dá outras providências. X Normas Municipais de Proteção Ambiental X Lei Complementar Nº 030/06. Sim X Lei Complementar Nº 001/00. Lei Complementar Nº 002/01. Lei Complementar Nº 011/02. Lei Complementar Nº Sim Imposto Territorial Urbano Lei Municipal Nº 2.008/98. Lei Municipal Nº 2.095/00. Sim Sim Sim Sim LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 43 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 014/03. Lei Complementar Nº 018/05. Lei Complementar Nº 027/05. Lei Complementar Nº 056/09. Lei Complementar Nº 058/09. Lei Complementar Nº 069. Imposto Territorial Progressivo Urbano X --- --- Plano Plurianual (PPA) X Lei Municipal Nº 3.043/13. Sim Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) X Lei Municipal Nº 3.059/13. Sim Lei Orçamentária Anual (LOA) X Lei Municipal Nº 3.070/13. Sim Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos X Em elaboração Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil X Lei Municipal Nº 070/11. Sim Plano Local de Habitação de Interesse Social X Lei Municipal Nº 1.440/91. Sim Plano Ambiental X 2006 Sim Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. 3.5 Aspectos Econômicos: 3.5.1 Produção: A atividade rural no município destaca-se pela produção de uvas, maçãs, morangos e outras frutas; a produção de hortigranjeiros ganha destaque como alho, cebola, tomate e ovos. O setor industrial possui sua produção divida em dois setores: moveleiro e vinícola. O setor têxtil também contribui significativamente. No segmento comercial as empresas são destinadas somente ao consumo local não apresentando grande expressão na região como acontece no setor industrial. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 44 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul A fabricação de móveis e vinhos lideram o setor secundário, tendo grande parte da produção moveleira exportada. Flores da Cunha abriga cerca de 200 vinícolas. Complementam a economia local o setor de malhas, confecções, beneficiamento de peles e mais recentemente a indústria metalúrgica, que tem demonstrando importante crescimento. Entre 2005 e 2009, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município cresceu 25,2%, passando de R$ 413,2 milhões para R$ 517,3 milhões. O crescimento percentual foi superior ao verificado no Estado que foi de 49,7%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminui de 0,29% para 0,24% no período de 2005 a 2009. A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de Serviços, o qual responde por 43,6% do PIB municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 34,2% em 2009 contra 31,8% em 2005. No mesmo sentido ao verificado no Estado, em que a participação industrial diminuiu de 31,8% em 2005 para 25,6% em 2009. 3.5.2 Finanças Públicas: A receita orçamentária do município passou de R$ 28,3 milhões em 2005 para R$ 42,3 milhões em 2009, o que retrata uma alta de 49,2% no período ou 10,52% ao ano. A proporção das receitas próprias, ou seja, geradas a partir das atividades econômicas do município, em relação à receita orçamentária total, diminuiu de 24,83% em 2005 para 24,48% em 2009, e quando se analisa todos os municípios juntos do estado, a proporção também diminuiu de 29,70% para 28,67% no mesmo período. A dependência em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) aumentou no município, passando de 20,74% da receita orçamentária em 2005 para 22,06% em 2009. Essa dependência foi superior àquela registrada para todos os municípios do Estado, que ficou em 19,57% em 2009. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 45 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul As despesas com educação, saúde, transporte, administração e urbanismo foram responsáveis por 78,39% das despesas municipais. Em assistência social, as despesas alcançaram 0,79% do orçamento total, valor esse inferior à média de todos os municípios do estado, de 2,61%. 3.5.3 Perfil Social: Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que o fornecimento de energia elétrica estava presente praticamente em todos os domicílios. A coleta de resíduos sólidos urbanos atendia 95,3% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de água o acesso estava em 83,0% dos domicílios particulares permanentes1 e 75,2% das residências dispunham de esgotamento sanitário adequado. Fonte: IBGE, 2010. Figura 9. Proporção de domicílios com acesso a rede de abastecimento de água, coleta de resíduo sólido urbano e escoamento do banheiro ou sanitário adequado. Quanto aos níveis de pobreza, em termos proporcionais, 0,4% da população está na extrema pobreza, com intensidade maior na área urbana, 0,4%. 1 Termo utilizado pelo IBGE, é equivalente ao domicílio que foi construído a fim de servir exclusivamente para habitação LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 46 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Em 2010, a taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais era de 3,0%. Na área urbana, a taxa era de 2,6% e na zona rural era de 4,0%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de analfabetismo era de 0,7%. Fonte: IBGE, 2010. Figura 9: População extremamente pobre no Município. 3.6 Prestação dos Serviços de Saneamento Básico: infraestrutura: Para dar início a uma primeira leitura diagnóstica e análise da infraestrutura do Município de Flores da Cunha – RS foram coletados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010) e da Fundação de Economia e Estatística FEEDADOS, que reúne informações de natureza socioeconômica relativas ao Rio Grande do Sul e seus municípios, referentes ao ano de 2010. De acordo com o IBGE (2010) e FEE DADOS (2010) a população residente total em 2010 era de 27.126 pessoas. O número de domicílios particulares permanentes em 2010 era de 8.808 domicílios. A população residente urbana representava 76,88% e a população residente rural representava 23,12%. O sistema de abastecimento de água é de concessão da Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, e, está demonstrado que dos 8.808 domicílios particulares permanentes, em 2010, 7.313 domicílios particulares permanentes possuíam abastecimento de água, com rede geral. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 47 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Dos domicílios particulares permanentes, 8.779 tinham banheiro de uso exclusivo do domicílio; 4.473 domicílios particulares permanentes tinham banheiro de uso exclusivo do domicílio com esgotamento sanitário e rede geral de esgoto ou pluvial; 2.137 domicílios particulares permanentes tinham banheiro de uso exclusivo do domicílio com esgotamento sanitário - fossa séptica e 1.646 domicílios particulares permanentes tinham banheiro de uso exclusivo do domicílio com esgotamento sanitário - fossa rudimentar. Em relação a coleta por serviço de limpeza, 8.395 domicílios particulares permanentes em 2010 possuíam o serviço. Em relação a destinação do resíduo sólido urbano, tinha-se 2.518 domicílios particulares permanentes com coleta. 3.6.1 Serviços de Saneamento Básico: Saúde Pública e de Qualidade de Vida: Com base em dados do IBGE de 2009 o município possuía 01 Unidade de Saúde, sendo esta, Unidade Pública Municipal. Em 2014 o município possui 01 Unidade de Saúde – Hospital Filantrópico Nossa Senhora de Fátima. O Hospital é uma empresa privada, administrada por um Conselho Administrativo, uma Diretora eleita e duas administradoras contratadas. Conta com 49 leitos, disponibilizando 11 leitos para o atendimento pelo Sistema Único de Saúde – SUS e 06 leitos para o atendimento às Unidades Básicas de Saúde de Serviço Público Municipal – UBS, uma localizada na Sede do município, que é o Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi; 01 UBS em Otávio Rocha, 01 UBS em Mato Perso, 01 UBS em São Gotardo, 01 no Pérola a UBS Hildebrando Cardoso Pereira e 01 em Nova Roma, a UBS Antonio Matias Falavigna. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 48 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 13. Indicadores de Atenção Básica. Modelo de Atenção Ano: 2009 PACS PSF Outros Total 1.061 3.285 - 4.346 % população coberta pelo programa 4,0 12,3 - 16,3 Média mensal de visitas por família % de crianças c/ esq. vacinal básico em dia % de crianças c/aleit. materno exclusivo % de cobertura de consultas de prénatal Taxa mortalidade infantil por diarreia 0,08 0,09 - 0,09 100,0 100,0 - 100,0 91,3 88,1 - 88,7 100,0 100,0 - 100,0 - - - - Prevalência de desnutrição - - - - Taxa hospitalização por pneumonia - 7,4 - 6,2 Taxa hospitalização por desidratação - - - - População coberta Fonte: DATASUS, 2009. 3.7 Diagnóstico Setorial: Com base nas atividades e pesquisas realizadas na aquisição das informações básicas sobre os serviços básicos de saneamento, através do PLANSAB (2013) foi possível realizar um diagnóstico para os seguintes temas: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, assim como de drenagem urbana e manejo das águas pluviais urbanas. Consideramos para tanto, a caracterização do déficit em saneamento básico no Brasil, apresentado através do PLANSAB (2013), Figura 39, onde foi adotada maior amplitude conceitual, conduzindo à necessidade de construção de uma definição que contemplasse, além da infraestrutura implantada, os aspectos socioeconômicos e culturais e, também, a qualidade dos serviços ofertados ou da solução empregada. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 49 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Conforme PLANSAB (2013) entende-se que o conceito inovador de déficit traz grande importância à sua real caracterização, no sentido de prover uma visão mais realista e que não se atenha apenas à infraestrutura implantada e sua dimensão quantitativa, além de possibilitar seu aperfeiçoamento ao longo da implementação do PMSB. Para efeito da macro-caracterização do déficit em abastecimento de água potável, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos foi considerada a fragilidade sobre padrões de qualidade da água, na ocorrência de intermitência e racionamentos, no nível de tratamento dos esgotos, na qualidade sanitária das fossas sépticas e nas instalações para disposição de resíduos sólidos. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 50 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO PRESTADOS Fonte: PLANSAB, 2013. Figura 10. Conceito de Déficit em Saneamento Básico. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 51 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Considerando que o PLANSAB (2013) usou o Censo Demográfico de 2010 extensivamente por entender que este atende plenamente o objetivo de permitir importantes comparações quando os dados são desagregados (segundo macrorregiões; urbano x rural; faixas de rendimento; faixas de anos de estudo, etc.), o município, em virtude do exposto, na tabela abaixo, traz a caracterização adotada para atendimento e déficit, considerando a leitura da realidade do Censo Demográfico de 2010, a leitura técnica, considerando os indicadores e variáveis existentes e passíveis de caracterizar o acesso domiciliar em saneamento básico e, ainda, a realização da leitura comunitária, uma vez que, para o planejamento do futuro é necessário o conhecimento da realidade municipal. A leitura comunitária tratou de identificar e entender a situação do município usando do senso comum – a área urbana e a área rural, seus problemas, seus conflitos e suas potencialidades. Com base no PLANSAB (2013) as situações que caracterizam o atendimento precário foram entendidas neste Plano Municipal como déficit, visto que, apesar de não impedirem o acesso ao serviço, esse é ofertado em condições insatisfatórias ou provisórias, potencialmente comprometedoras da saúde humana e da qualidade do ambiente domiciliar e do seu entorno. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 52 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 14. Caracterização do atendimento e do déficit dos componentes do saneamento básico com base nos critérios do PLANSAB (2013). COMPONENTE (1) DEFICIT ATENDIMENTO ADEQUADO Atendimento Precário − Fornecimento de água potável por rede de distribuição ou por poço, nascente ou cisterna, com canalização interna, em qualquer caso sem intermitências (paralisações ou interrupções). Sem Atendimento − Dentre o conjunto com fornecimento de água por rede e poço ou nascente, a parcela de domicílios que: − Não possui canalização interna; − Recebe água fora dos padrões de potabilidade; − Tem intermitência prolongada ou racionamentos. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESGOTAMENTO SANITÁRIO − Uso de cisterna para água de chuva, que forneça água sem segurança sanitária e, ou, em quantidade insuficiente para a proteção à saúde. Todas as situações não − Uso de reservatório abastecido por enquadradas nas definições de atendimento e que se carro pipa. constituem em práticas inadequadas − Coleta de esgotos, seguida de − Coleta de esgotos, não seguida de consideradas (3) . tratamento; tratamento; − Uso de fossa séptica (2). − Uso de fossa rudimentar. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 53 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS − Coleta direta, na área urbana, com frequência diária ou em dias alternados e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos; − Dentre o conjunto com coleta, a parcela de domicílios que se encontram em pelo menos uma das seguintes situações: − Na área urbana, com coleta indireta − Coleta direta ou indireta, na área ou com coleta direta, cuja frequência rural, e destinação final não seja pelo menos em dias ambientalmente adequada dos alternados; resíduos. − Destinação final ambientalmente inadequada. Fonte: PLANSAB, 2013. (1) Em função de suas particularidades, o componente drenagem e manejo de águas pluviais urbanas teve abordagem distinta. (2) Por ―fossa séptica‖ pressupõe-se a ―fossa séptica sucedida por pós-tratamento ou unidade de disposição final, adequadamente projetados e construídos‖. (3) A exemplo de ausência de banheiro ou sanitário; coleta de água em cursos de água ou poços a longa distância; fossas rudimentares; lançamento direto de esgoto em valas, rio, lago, mar ou outra forma pela unidade domiciliar; coleta indireta de resíduos sólidos em área urbana; ausência de coleta, com resíduos queimados ou enterrados, jogados em terreno baldio, logradouro, rio, lago ou mar ou outro destino pela unidade domiciliar. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 54 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Conforme entendimento do PLANSAB (2013), como destinação final ambientalmente adequada foram considerados os volumes de resíduos sólidos destinados às seguintes unidades: aterro sanitário, aterro controlado em municípios com até 20.000 habitantes, estação de compostagem, estação de triagem e incineração. Considerou-se destinação final ambientalmente inadequada (atendimento precário) a destinação em vazadouro a céu aberto e em aterros controlados, nesse caso em municípios com população superior a 20.000 habitantes. (PLANSAB, p.28, 2013). Uma visão geral da situação do saneamento básico no município de Flores da Cunha – RS é apresentada a seguir, a partir da qual são analisadas algumas variáveis que consideram e expressam a realidade e desigualdades socioeconômicas e locais existentes no município. O ano base ara a análise de atendimento da população é 2010 (último Censo do IBGE). A Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, sociedade de economia mista inscrita no CNPJ sob nº 92.802.784/0001-90, com sede em porto Alegre, firmou contrato de Programa para Prestação de Serviços - CP 202, de abastecimento de água nos termos da Lei Autorizativa Municipal nº 2.810, de 11 de junho de 2010 e Lei nº 2.856, de 26 de novembro de 2010, com dispensa de licitação, visando à universalização da prestação de serviços de Abastecimento de Água no âmbito de atuação da CORSAN, recebeu do Município de Flores da Cunha a outorga sobre a respectiva prestação de serviços do SAA – Sistema de Abastecimento de Água, que compreende o conjunto de instalações e equipamentos, que tem por finalidade captar, aduzir, tratar, reservar e distribuir água potável na área urbana da sede do município, e nas áreas rurais contínuas ou aglomerados localizados na zona rural, compreendendo as localidades da Capela São Francisco, Nova Brasília, Nova Roma, Otávio Rocha e Travessão Carvalho, incluídas também, São Caetano, Santa Bárbara, São Valentin, Capela São João, Monte Bélico e Lagoa Bela. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 55 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Da mesma forma, recebeu do Município de Flores da Cunha a outorga sobre a respectiva prestação de serviços do SES – Sistema de Esgotamento Sanitário, que compreende o conjunto de instalações e equipamentos, que tem por finalidade coletar, transportar e dar destino final adequado às águas residuárias ou servidas na área urbana da sede do município, e nas áreas rurais contínuas ou aglomerados. A área de atuação poderá, também, contemplar novos aglomerados urbanos da zona rural, nos termos definidos em aditivo contratual a serem firmados. O contrato vigora pelo prazo de vinte e cinco anos, a contar da data da sua assinatura, em 12 janeiro de 2011, conforme apresentado nos apêndices K, L, M, N, O e P. Considerando a competência atribuída a Agencia Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul – AGERGS pela Lei Estadual nº 10.931/97, com especial destaque ao seu artigo 3º, alínea ―a‖ e convênio de delegação dos serviços de regulação, o município de Flores da Cunha, por sua vez, delegou à AGERGS a função de regulação, fiscalização e controle, da infraestrutura de saneamento junto com o Poder Concedente, contando com o Conselho Municipal da Cidade, instância colegiada responsável igualmente por fiscalizar e monitorar a prestação de serviços de saneamento no município e com o Fundo Municipal de Gestão Compartilhada – FMGC, aprovado pela Diretoria da CORSAN, Memorando 008/2011 – SUPRIN, datado de 07/01/2011, que tem por finalidade, garantir, de forma prioritária, investimentos em esgotamento sanitário no Município e contribuir com o acesso progressivo dos usuários ao saneamento básico e ambiental compreendido em sua integralidade. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 56 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 15. Análise situacional do atendimento e do déficit dos componentes do saneamento básico com base nos critérios do PLANSAB (2014 a 2034). DEFICIT Componente Situação Habitantes Atendimento Adequado População % (2010) Atendimento Precário População % (2010) Sem Atendimento População % (2010) Urbana 20.855 20.584 98,7 229 1,1 42 0,2 Rural 6.271 4.879 77,8 1.380 22,1 12 0,1 Urbana 20.855 5.130 24,6 14.974 71,8 751 3,6 Rural 6.271 1.455 23,2 3.988 63,6 840 13,4 Urbana 20.855 20.855 100 - - - - de Resíduos Sólidos Rural 6.271 6.271 100 - - - - Drenagem e Manejo das Urbana 20.855 13.555,75 65 7.299,25 35 - - Águas Pluviais Urbanas Rural 6.271 5.016,80 80 1.254,20 20 - - Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário Limpeza Urbana e Manejo Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 57 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.8 Situação dos Serviços de Abastecimento de Água: O número de domicílios totais, urbanos e rurais no município de Flores da Cunha é apresentado abaixo. Estes domicílios são divididos segundo sua forma de abastecimento de água. Conforme diretriz do PLANSAB (2013) são considerados neste PMSB: Atendimento adequado – i. Rede geral e ii. Poço ou nascente (na propriedade); Atendimento precário – Poço ou nascente (fora da propriedade); Sem atendimento – i. Rio, açude, lago ou igarapé e ii. Outras formas. Tabela 16. Forma de abastecimento de água do domicílio particular permanente do município. Abastecimento Água Rede Geral Domicílios Domicílios Domicílios totais urbanos rurais 7.313 6.682 631 Poço ou nascente (na propriedade) 980 132 848 Poço ou nascente (fora da propriedade) 499 79 420 Rio, açude, lago ou igarapé 01 - 1 Outra forma 07 6 1 Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010. O Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISÁGUA) foi desenvolvido com base na norma de potabilidade de água, no Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para consumo Humano (VIGIÁGUA), e tem um sistema singular, com vasta gama de informações. A Secretaria Municipal de Saúde do Município mantém o cadastro do SISÁGUA através de uma atualização mensal, com os dados de monitoramento da qualidade da água estabelecidos pelo Ministério da Saúde. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 58 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul A CORSAN, conforme sua responsabilidade na prestação de serviços, também mantém o cadastro do SISÁGUA através de uma atualização mensal, com os dados de monitoramento da qualidade da água estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O Sistema SISÁGUA compreende o envio on-line de dados dos resultados de coletas de amostras de água em itens que envolvem o controle e a vigilância. As informações municipais e de responsabilidade da CORSAN em relação aos índices e qualidade da água para consumo humano estão apresentadas do apêndice T ao apêndice AA. 3.8.1 Sistema de Abastecimento do Município de Flores da Cunha – RS – Área Urbana: Na zona urbana do município, a CORSAN opera o serviço de água. Devido ao porte e a complexidade, a infraestrutura existente caracteriza um sistema de abastecimento de água – SAA, devendo seguir o disposto na Portaria MS 2914/2011. Algumas características do SAA de Flores da Cunha (ANA, 2014; SNIS, 2012): 24 poços Disponibilidade total = 134,2 L/s ou 11.600,0 m³/d 22 reservatórios, com Volume total de 1.900,0 m³ Demanda per capta = 145,4 L/hab.d Índice de Perdas na distribuição = 35,49% Demanda total 2014 = 54 L/s ou 4.665 m³/d Demanda total Atlas ANA 2010 = 72 L/s Conforme mostrado acima, a disponibilidade total de água para abastecimento público na zona urbana é bastante superior a demanda total projetada para a área urbana em 2014. Observa-se ainda, que a demanda total projetada pela ANA é superior a encontrada aqui. Os 24 poços estão localizados no município de Flores da Cunha e cada poço possui uma estrutura de alvenaria destinada a acomodar as instalações de comando elétrico e os equipamentos para o tratamento da água. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 59 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul O controle do nível dos reservatórios é feito através de dois sistemas automatizados: Via Rádio ou Linha Física. Poços automatizados com Linha Física: FC-02, FC-05, FC-07, FC-08, FC-09, FC-11, FC-18, LPP 01. Poços automatizados Via Rádio: FC-12, FC-15, FC-31, FC-19, FC-25, FC16, FCLOI-01, FCLOI-03, SGO-07, SGO-01, FC-32, FC-14, FC-21, FC-34, FC-28, FC-24, FC-29, CSJ 01 e NB-06. Adução: A água disponibilizada para consumo no município de Flores da Cunha é aduzida de 24 poços profundos, totalizando um sistema de 3.092 m de rede de adução. O município necessita trocar a adutora do segundo recalque até o terceiro recalque, que possui uma distância de 1.040 m, com tubulação de 200 mm constituída de cimento amianto. Também é necessário trocar tubulação de cimento amianto no centro da cidade, aproximadamente 12.000 m e ampliar a adução no centro da cidade. Tratamento: O sistema de tratamento existente está em condições de funcionamento atendendo a todas as normas e Portarias do Ministério da Saúde. O sistema de tratamento de água de Flores da Cunha é realizado através da adição de cloro, com o objetivo de realizar a desinfecção da água. Através de bombas hidroinjetoras, além da adição de cloro, também é adicionado à água o flúor em doses recomendadas pela Portaria nº 2914/2011. O monitoramento da qualidade da água é feito através de análises diárias conforme Tabela 17. O monitoramento da água impõe a empresa CORSAN que realize uma bateria de análises que varia conforme o grau de complexidade. Dessa forma são realizadas análises no município de Flores da Cunha e algumas de maior complexidade no laboratório central da CORSAN em Porto Alegre – RS. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 60 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 17. Frequência analítica para água coletada na saída do tratamento de cada sistema. Parâmetro Frequência Amostra Fluoretos 2xdia Simples Cloro Total 2xdia Simples Cloro Livre 1xdia Simples pH Diário Simples Turbidez Diário Simples Odor Diário Simples Gosto Diário Simples Cor Diário Simples Semanal/Recoleta Simples 1xsemana Simples Anual Simples Coliformes Totais Coliformes Termotolerantes Demais Parâmetros Fonte: CORSAN. Flores da Cunha, 2014 O município de Flores da Cunha, nos termos do contrato de programa, está determinado que se observe a Portaria MS nº 2914 DE 12/12/2011 (Federal), onde impõe que sejam monitorados os parâmetros de: Fluoretos, Cloro Total, Cloro Livre, pH, Turbidez, Odor, Cor, Gosto, Coliformes Totais e Coliformes Termotolerantes. No Laboratório Central da CORSAN em Porto Alegre – RS são realizadas semestralmente análises para detectar a presença de metais pesados e alguns compostos orgânicos como: pesticidas, herbicidas e nitratos. Reservação: No centro da cidade localiza-se um reservatório de 200 m³ cuja reservação não atende mais a demanda desta localidade, sendo necessário ampliá-la para 1.000 m³, conforme objetivos e ações propostas a curto prazo neste Plano. O reservatório de 75 m³ de aço carbono, localizado no Bairro São Gotardo, apresentava comprometimento em sua estrutura, sendo necessária, além da substituição por reservatório de aço inox, a ampliação para 100m³ para adequar ao aumento da demanda local. Esta ação já foi executada em 11/2013, tendo sido LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 61 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul substituído este reservatório. Os demais reservatórios existentes estão em perfeito estado de conservação e operação. O SAA possui 22 (vinte e dois) reservatórios com uma capacidade de 1.915 m³ no total. De maneira geral, este volume é superior a 1/3 da demanda diária em 2014. Tabela 20. Informações técnicas especificadas referentes a cada reservatório. Reservatórios Capacidade Tipo Localização R01 200 m3 Alvenaria, apoiado Laboratório R02 200 m 3 Alvenaria,semi-enterrado Hospital R03 200 m 3 Alvenaria, apoiado Zona Alta R04 2x100 m3 Aço inox, apoiado Bombeiros R05 100 m3 Aço inox, apoiado São Gotardo-Centro R06 3 Aço inox, apoiado Monte Bello-01 Aço inox, apoiado Aparecida 100 m 3 R07 2x100 m R08 75 m3 Aço carbono, elevado Monte Bello II R09 3 75 m Aço carbono, elevado Nova Roma R10 100 m 3 Aço inox, elevado São Gotardo, Alto R11 100 m3 Aço inox, apoiado Bulazzi R12 20 m3 Aço inox, apoiado Booster 2.São Gotardo R13 20 m 3 Aço inox, apoiado Santa Libera R14 50 m 3 Aço carbono, apoiado São João, Zona Alta R15 50 m3 Fibra de vidro, apoiado São João, Escola R16 20 m3 Aço inox, elevado São Gotardo, Milano R17 50 m 3 Aço inox, apoiado Otávio Rocha, Centro R18 50 m3 Aço carbono, apoiado Nova Brasília R19 20 m3 Aço carbono, elevado Travessão Carvalho R20 3 Aço carbono, apoiado Booster, Fruti Flores R21 15 m 3 Aço carbono, apoiado Booster, Otávio Rocha R22 30 m3 Aço carbono, apoiado Booster, São João 35 m Fonte: CORSAN. Flores da Cunha, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 62 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Rede de Distribuição: Existe a necessidade de efetuar a substituição de redes antigas de PVC que além de apresentar frequentes vazamentos e consequentemente aumento nas perdas, prejudicam os consumidores com recorrentes faltas de água e danos a pavimentação. As redes mais antigas do município são de fibrocimento e estão distribuídas na área central da cidade. O sistema de distribuição de água de abastecimento do município conta com redes de PVC e Fibrocimento totalizando 280.624 m, sendo que desses aproximadamente 11.000m são de Fibrocimento e já estão em processo de substituição. Conforme dados obtidos, o sistema atual apresenta-se adequado quanto à frequência e realização de análises, em detrimento à Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde. Este controle vem garantindo, de acordo com os dados fornecidos, a eliminação de agentes patogênicos através da desinfecção com cloro. De acordo com a Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde, o órgão responsável pelo fornecimento da água, deve garantir a qualidade da mesma em conformidade com a Tabela abaixo. Tabela 18. Identificação da qualidade de fornecimento da água pela CORSAN. Parâmetros Significado sanitário Ocorre devido às partículas em suspensão deixando a água com a aparência turva. pH Cor Turbidez Cloro Livre Residual Padrão de Qualidade Exigência Média/ Abril 2014 0,0 a 5,0 UT *VMP da Portaria 518/06 0,5 UT Utilizando para a acidez ou alcalinidade. 6,0 a 9,5 Recomendação Portaria 518/04 - Ocorre devido as partículas dissolvidas na água. 0 a 15 UH *VMP Portaria 518/04 1 UH 0,20 a 5,0 mg/L Intervalo exigido Portaria 518/04 0,75 mg/L Produto químico utilizados para eliminar bactérias. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 63 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fluoretos Produto químico à água para prevenir a cárie dentária. 0,6 a 0,9 Faixa ótima da Portaria 10/99 - Coliformes Totais Indicador utilizado para medir a contaminação por bactérias provenientes da natureza. Ausente em 100 mL * VMP Portaria 518/04 Ausente Ausente *VMP Portaria 518/04 Indicador utilizado para Coliformes medir a contaminação termotolerantes por bactérias de origem animal (fezes). Ausente Fonte: CORSAN. Flores da Cunha, 2014. * VMP = Valor Máximo Permitido. Fonte: Fatura de Serviços de Abastecimento de água CORSAN n° 100007983239201404 (14/04/2014). Tabela 19. Informações com as características da rede de distribuição de água existente. Material Extensão Diâmetro FC 3.000m 100 mm FC 6.200m 150 mm FC 4.000 m 200 mm FC 5.086 m 75 mm PVC 278 m 85 mm PVC 1.500 m 65 mm PVC 6.560 m 40 mm PVC 169.292 m 50 mm PVC 4.384 m 60 mm PVC 38.180 m 75 mm PVC 18.900 m 100 mm FºFº 400 m 75 mm Distribuidor precário 10.200 m 32 mm PVC DEFOFO 4.040 m 100 mm PVC DEFOFO 6.474 m 150 mm PVC DEFOFO 1.800 m 200 mm PVC DEFOFO 330 m 250 mm Fonte: CORSAN. Flores da Cunha, 2104. O sistema de abastecimento apresenta um índice de perdas físicas na distribuição de 35,49% (SNIS, 2012). O consumo de água do município apresenta uma média histórica anual de acordo com a tabela abaixo. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 64 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.8.2 Sistema de Abastecimento do Município de Flores da Cunha – RS – Área Rural/Município: Os sistemas de abastecimento de água no Município na área rural que compreende as localidades da Capela São Francisco, Nova Brasília, Nova Roma, Otávio Rocha, Travessão Carvalho, São Caetano, Santa Bárbara, São Valentin, São João, Monte Bérico e Lagoa Bela estão sob responsabilidade da CORSAN. A maioria das residências rurais possui água encanada. Mantida por fontes particulares, como poços artesianos e vertentes. Os poços artesianos são o principal meio de abastecimento. As famílias se reúnem em comunidade e dividem a água. Nas demais localidades, são 19 poços, que estão sob responsabilidade das Associações e seus usuários. Estes poços para abastecimento de água para o consumo humano na zona rural não se inserem em áreas contínuas ou aglomerados, portanto não são contemplados no contrato de programa com a CORSAN, estando sob responsabilidade das localidades e seus usuários. Duas Associações não possuem tratamento da água para consumo humano: PTP FLC Associação Sete de Setembro e PTP FLC Associação Rech – Ver Tabela 20. Estes sistemas de abastecimento de água da zona rural, por seu porte e complexidade, serão aqui considerados como Sistemas Alternativos Coletivos – SAC de abastecimento de água, seguindo o disposto na Portaria MS 2914/2011. A limpeza interna dos reservatórios é realizada, porém não há registros de sua periodicidade. Orienta-se neste sentido que seja realizada semestralmente. O Município apresenta necessidade de elaborar a outorga pelo uso da água, uma vez que está identificada esta demanda local. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 65 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 20. Sistemas de Abastecimento de Água do Município – Zona Rural. ID. Descrição e Área PTP FLC Associação Mato Perso PTP FLC Associação Linha 60 PTP FLC Associação Linha 80 PTP FLC Associação Linha 100/80 PTP FLC Associação Poço Comunitário Linha 100 Nº. de População Profundidade Vazão Tipo de Outorga Rede de Economias abastecida aprox. Tratamento aprox., Abastecimento Sim/Não Distribuição atendidas estimada (m) m³/h 145 Residencial 62 Residencial 40 Residencial 24 Residencial 19 Residencial 500 214 138 83 66 PTP FLC Associação Linha 100 26 Residencial 90 PTP FLC Associação Restinga 27 Residencial 93 Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Não - Cloração Não 84 Cloração Não - Cloração Não Não Não Não - - - - Cloração Cloração Cloração Cloração 18 18 18 LON. LAT. PVC variados tamanhos -51,30 -29,10 - PVC variados tamanhos -51,21 -29,08 - PVC variados tamanhos -51,21 -29,05 PVC variados tamanhos -51,20 -29,03 PVC variados tamanhos -51,21 -29,01 - PVC variados tamanhos -51,20 -29,02 - PVC variados -51,15 -28,96 tamanhos - 18 - 18 Coordenadas - 18 18 Tipo de Tubos LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 66 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul PTP FLC 51 Associação Nossa Senhora Residencial do Carmo 176 PTP FLC Associação São Roque 70 Residencial PTP FLC Associação São Liberal 19 Residencial PTP FLC Associação Sete de Setembro 89 Residencial PTP FLC Associação Rosalino Boz 40 Residencial PTP FLC Associação Rech 07 Residencial 24 PTP FLC Associação S.Paulo/ S.Martinho 53 Residencial 183 PTP FLC Associação Nova Veneza 139 Residencial PTP FLC Associação Linha 40 62 Residencial 242 66 307 138 480 214 Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo Poço Artesiano Sistema Isolado Manancial Subterrâneo 18 - PVC variados tamanhos -51,15 -28,96 18 - PVC variados tamanhos -51,16 -28,98 Cloração 18 - PVC variados tamanhos -51,20 -28,96 - Sem Tratamento 18 - PVC variados tamanhos -51,20 -29,00 - Cloração 18 - PVC variados tamanhos - Sem Tratamento 18 - PVC variados tamanhos 127 Cloração 18 - PVC variados tamanhos -51,21 -29,00 - PVC variados tamanhos -51,25 -29,00 - PVC variados tamanhos Não - Não - Não Não Não Não Não Não Não 102 110 54 Cloração Cloração Cloração Cloração 0,005 0,005 -51,18 -29,06 -51,11 -29,04 -51,25 -28,98 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 67 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Poço Artesiano PVC Sistema Isolado Não Cloração 0,005 variados -51,18 -28,98 252 Manancial tamanhos Subterrâneo Poço Artesiano Solução São Gotardo – 33 Alternativa Vila Residencial Individual Manancial Superficial/Fonte 148 Poço Artesiano Solução São João – 10 Alternativa Vila Residencial Individual Manancial Superficial/Poço Fonte: Tabela, Autor LC Banco de Serviços e Consultoria, 2014. Informações da Prefeitura Municipal de Flores da Cunha - SISÁGUA, 2014. PTP FLC Associação São Vitor 73 Residencial Os poços de água que abastecem a população do Município apresentam-se, ilustrados, conforme apêndices AB, AC e AD. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 68 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.8.3 Estrutura Tarifária: Em relação ao abastecimento de água na zona rural que está sob responsabilidade das localidades e de seus usuários, não existe estrutura tarifária. Em relação ao abastecimento de água na zona urbana e localidades da zona rural a estrutura tarifária do abastecimento de água que tem como prestador de serviços, a Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, é realizado conforme a tabela vigente do ano de 2014. Conforme a CORSAN, os valores das tarifas serão reajustados sempre em 1º de junho de cada ano e será aplicado no faturamento da competência de Junho. Os reajustes serão concedidos pelo índice setorial, apurado em relação ao período anual de maio a abril. A tarifa aplicada é sobre o volume total consumido em um mês. O valor da tarifa varia de acordo com o tipo de uso: Tabela 21. Categorias/Consumo Estimado. Categorias Consumo Estimado Residencial Social ―A‖ e ―A1‖ 10m³ Residencial ―RB‖ 10m³ Pública ―P‖ 20m³ Industrial ―I‖ 30m³ Comercial ―C‖ 20m³ Comercial ―C1‖ 10m³ Fonte: CORSAN, 2013. As economias enquadradas na categoria residencial social "RS", com área construída inferior a 60 m² e até seis pontos de tomada de água, ocupada por família de baixa renda, nos parâmetros da ordem de serviço 004/2003 - DAFRI são consideradas categorias sociais e têm, nesta condição, tarifas 60% inferiores às demais economias residenciais ("RB"), nos primeiros 10 m³ de consumo. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 69 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul As categorias comerciais, também apresentam diferenciação em suas tarifas, havendo redução de valor para as economias de categoria "C1", que apresentam área construída inferior a 100 m² e destinadas a pequenos comércios e profissionais liberais. As tarifas da CORSAN são cobradas mediante faturas de serviços mensais correspondentes ao consumo de água e/ou esgotamento sanitário do período e compreendem: − Valor do Serviço Básico - SB; − Valor do consumo medido de água ou valor do consumo estimado para a categoria de uso; − Valor relativo ao serviço de esgotamento sanitário; − Valores de serviço diversos, sanções, parcelamentos e receitas recuperadas. SERVIÇO BÁSICO - SB - valor equivalente aos custos fixos. VALOR DO CONSUMO - valor equivalente aos custos variáveis, cobrado pelo consumo de água registrado pelo hidrômetro, ou pelo consumo presumido, quando não existir medidor - corresponde aos custos de produção da água potável. Quando houver esgotamento sanitário, o valor deste serviço é calculado conforme tabela de preço em vigor, e será acrescido aos valores relativos ao Serviço Básico e o valor do consumo de água, identificado conforme os dois itens supra mencionados. A tarifa para os serviços de esgotamento sanitário será determinada com base em percentual sobre o consumo de água, considerada a categoria de uso em que a economia se enquadrar. Não se aplica o mesmo critério de cobrança para as situações de esgoto industriais, sujeitos a regramento específico. Os anexos B, C, D, E, F, G, H e I apresentam o modelo de cobrança utilizado e as tarifas de prestação de serviços neste componente. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 70 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Caracterização ilustrativa do Sistema de Água Potável do Município FOTO 01 – Captação água bruta FOTO 02 – Água In natura FOTO 03 – Estação de Tratamento FOTO 04 – Fachada CORSAN FOTO 05 – Galeria Subterrânea FOTO 06 – Tratamento Figura 11. Caracterização ilustrativa do Sistema de Água Potável do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 71 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul FOTO 07 – Estação Elevatória FOTO 08 – Hidrômetro FOTO 09 – Hidrômetro Residencial FOTO 10 – Reservatório FOTO 11 – Reservatório apoiado FOTO 12 – Poço 08 Compacto FC-08 Figura 12. Caracterização ilustrativa do Sistema de Água Potável do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 72 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul FOTO 13 – Poço 09 Compacto FC-09 FOTO 14 – Poço 11 Compacto FC-11 FOTO 15 – Poço 16 Compacto FC-16 Poço 16 Compacto FC-18 FOTO 17 – Poço 24 Compacto FC-24 FOTO 18 – Poço Zona Rural Figura 13. Caracterização ilustrativa do Sistema de Água Potável do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 73 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.9 Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário: O número de domicílios totais, urbanos e rurais no município de Flores da Cunha é apresentado abaixo. Estes domicílios são divididos segundo sua forma de esgotamento sanitário. Conforme diretriz do PLANSAB (2013) são considerados neste PMSB: Atendimento adequado – i. Fossa séptica e iii. Rede geral/esgoto ou pluvial com tratamento do esgoto coletado; Atendimento precário – i. Fossa rudimentar; ii. Outro escoadouro e iii. Rede geral/esgoto ou pluvial sem tratamento do esgoto coletado; Sem atendimento – i. Rio, açude, lago ou mar; ii. Sem banheiro ou sanitário e iii. Vala. Tabela 22. Domicílios particulares permanentes: Esgotamento Sanitário. Tipo de Esgotamento Sanitário Fossa Rudimentar Fossa Séptica Outro Escoadouro Rede Geral/Esgoto ou Pluvial Rio, Lago ou Mar Sem Banheiro ou Sanitário Vala Domicílios totais 1.656 2.139 Domicílios Domicílios Rurais Urbanos 1.088 568 439 1.700 29 4.481 289 16 105 88 13 4.376 201 02 212 02 164 48 Fonte: FEEDADOS. RS, 2010. 3.9.1 Caracterização e Diagnósticos do Sistema de Esgotamento Sanitário – Município de Flores da Cunha – RS – Zona Urbana: No que se refere ao serviço de Esgotamento Sanitário, praticamente toda a Sede Urbana possui rede coletora de esgoto em sistema misto (água pluvial + esgoto doméstico). A legislação atual no município aponta para a necessidade de instalação de sistema composto por fossa séptica, filtro e sumidouro. Neste sentido, é importante também registrar que, o Plano Nacional de Saneamento Básico (2013) LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 74 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul aponta o uso de fossas sépticas, sucedida por pós-tratamento adequadamente projetados e construídos, como tratamento adequado, principalmente levando em conta a ocupação menos densa e solo compatível, razão para serem utilizadas soluções individuais, como a fossa séptica-sumidouro, ou mesmo a fossa absorvente do tipo proposto pela OMS, para solos de maior permeabilidade e baixo nível do lençol freático. A coleta e o tratamento do esgoto sanitário na área urbana do município e algumas localidades da área rural é de responsabilidade da CORSAN, conforme Contrato de Programa de Serviços firmado com a Prefeitura Municipal de Flores da Cunha – RS. Neste sentido, a CORSAN responsabiliza-se por fazer o recolhimento do esgoto doméstico através de caminhão hidrojato. Após o recolhimento, a CORSAN responsabiliza-se pelo tratamento e a destinação final destes resíduos. Os resíduos são encaminhados para a unidade de tratamento devidamente licenciada mais próxima, atualmente localizada no município de Canela – RS. Os rios mais poluídos são Tegas, Curuzu e os arroios Linha Oitenta 1 que nasce na sede urbana dentro da bacia, devido ao esgoto que é despejado nas águas, os agrotóxicos e efluentes líquidos industriais e a disposição de resíduos sólidos em áreas impróprias de forma clandestina. A partir de 2001, as residências passaram a ser construídas com tanque séptico e filtro anaeróbio. Em 2003 foi aprovada a Lei Complementar Nº 15 que obriga os novos loteamentos a implantarem sistemas de esgotamento sanitário e cloacal (rede separadora absoluta) bem como sistemas de tratamento de efluentes. Existe no Contrato de Programa firmado entre a CORSAN e a Prefeitura Municipal a Municipal a previsão de implantação de coleta e tratamento de esgoto sanitário em 70% da área urbana do município, num horizonte de 10 anos. O Sistema de Esgoto Sanitário - SES de Flores da Cunha foi dividido em 06 (seis) bacias hidrossanitárias, em função das características topográficas e de ocupação do solo, conforme LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 75 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: CORSAN, 2006. Figura 14. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 76 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: CORSAN, 2006. Figura 14. Bacias Hidrossanitárias do município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 77 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Algumas diretrizes de implementação do SES de Flores da Cunha são: − Atendimento das bacias que drenam para o arroio Linha Oitenta para preservação deste manancial; − Aproveitamento da rede de galerias pluviais da área central da cidade, pois as mesmas coletam atualmente os esgotos sanitários desta região, reduzindo significativamente o investimento para coletores na bacia Lagoa Bela. Com base nestas premissas, definiu-se que será empregado sistema unitário na área central da cidade (bacia Lagoa Bela) e sistema separador absoluto nas demais bacias. Outros dois aspectos balizaram a proposição do SES, a saber: − Escoamento bem definido em direção ao sentido de fluxo dos arroios. − Ocorrência de núcleos populacionais da mesma bacia distantes entre si. Assim procurou-se definir locais de tratamento para as aglomerações, próximos destas, empregando-se elevatórias para condução de uma bacia ou parte desta para coletor tronco que ecoasse até o local de tratamento. Inicialmente foram proposta duas estações principais de tratamento: − ETE Lagoa Bela (ETE LB), recebendo as contribuições da bacia Lagoa Bela. − ETE Linha Oitenta 1 (ETE O1) recebendo as contribuições da bacia de mesmo nome. Quanto aos processos de tratamento, estes deverão atender seus paradigmas de Projeto, ou seja: − ETE Lagoa Bela (ETE LB): suportar variações de vazões em função da captação de águas servidas no sistema pluvial. − ETE Linha Oitenta 1 (ETE O1): assegurar elevado padrão de efluente com redução de pelo menos um nutriente (fósforo ou nitrogênio), evitando a proliferação de algas, caso seja implantado barramento no arroio Linha Oitenta. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 78 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Desta forma optou-se pelos seguintes processos de tratamento: − ETE Lagoa Bela (ETE LB): lagoa aerada com tempo de detenção de 04 dias. − ETE Linha Oitenta 1 (ETE O1): reator anaeróbico de leito fluidizado (RALF) seguido de floco-flotador, que tem como característica principal a redução de fósforo. 3.9.2 Caracterização e Diagnósticos do Sistema de Esgotamento Sanitário – Município de Flores da Cunha – RS – Zona Rural: Na área rural do município, que não é contemplada pelo contrato de programa com a CORSAN, 71% da população (4.452 hab.) apresentam déficit no esgotamento sanitário, levando a efeito os conceitos do PLANSAB. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 79 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Caracterização ilustrativa do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município FOTO 01 – ETE 01 Villagio Del Fiori FOTO 02 – ETE 02 Villagio Del Fiori FOTO 03 – ETE Loteamento Videiras FOTO 04 – ETE Loteamento Sonda FOTO 05 – ETE Morada do Camping FOTO 06 – Loteamento Dionísio Sgarioni Figura 15. Caracterização ilustrativa do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 80 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul FOTO 07 – Infraestrutura FOTO 08 – Desobstrução Boca de lobo FOTO 09 – Limpeza Curso D’Água FOTO 10 – Desassoreamento Figura 16. Caracterização ilustrativa do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 81 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.10 Situação dos Resíduos Sólidos Urbanos: A Lei de Saneamento Básico (Lei Federal Nº 11.445/2007) considera no seu Artigo 3º, Parágrafo I, Item c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final dos resíduos doméstico e do resíduo urbano originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas. Desta forma, o enfoque dado ao eixo resíduos sólidos no presente documento é limitado aos chamados Resíduos Sólidos Urbanos – Ver Figura 17. Por outro lado, atendendo a Política Nacional de Resíduos, o município de Flores da Cunha está elaborando o seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (2014), em paralelo. Isso na busca de gerenciar os resíduos de forma integrada, trabalhando integralmente os aspectos sociais com o planejamento das ações técnicas e operacionais de todo o sistema, conforme imagem ilustrativa ao lado. 3.10.1 Legislação Municipal relacionada aos Resíduos Sólidos: A seguir serão listadas as principais legislações municipais relacionadas com o manejo dos resíduos sólidos urbanos do município de Flores da Cunha. Lei Municipal Nº 2.008/98 e Lei Municipal Nº 2.095/00: Disciplina a Limpeza Pública no Município de Flores da Cunha, define responsabilidade e dá outras providências. Lei Complementar Nº 030/06: Disciplina sobre as Normas Municipais de Proteção Ambiental. Lei Municipal Nº 070/11: Disciplina sobre a Gestão Municipal de Resíduos da Construção Civil. 3.10.2 Resíduos Sólidos Domiciliares no Município – RSD: A responsabilidade dos resíduos sólidos domiciliares é primordialmente do Poder Público Municipal, com competência para contratar, sob o regime de LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 82 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul concessão ou permissão, empresa especializada no intuito de coletar, transportar, tratar e destinar os referidos resíduos (art. 7º, Lei Federal nº 11.445/2007). A gestão dos resíduos sólidos urbanos do Município de Flores da Cunha está sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito através de sua Diretoria de Meio Ambiente. a) Coleta: O município de Flores da Cunha conta com a coleta e separação dos resíduos sólidos domiciliares de ordem municipal realizada através de contrato de prestação de serviços. A coleta de resíduos sólidos domiciliares orgânicos e inorgânicos urbanos é realizada nas vias públicas do município, por empresa contratada (terceirizada). Na zona rural, é realizada coleta de resíduos sólidos domiciliares inorgânicos (Coleta Seletiva). São os moradores os responsáveis pelo acondicionamento dos resíduos sólidos gerados. Os resíduos orgânicos e inorgânicos são separados e acondicionados em diferentes lixeiras para a coleta realizada pela empresa contratada, através do sistema porta-em-porta em dias específicos. Para tanto, cabe aos moradores depositarem os resíduos tanto na frente de casa como em lixeiras e contêineres dispostos nas ruas para a coleta pública. É importante destacar o relevante papel da população na segregação dos resíduos domiciliares orgânicos e inorgânicos em lixeiras e contêineres distintos. As campanhas educativas promovidas pela Prefeitura Municipal em parceria com o Conselho Municipal de Meio Ambiente estão conseguindo modificar o comportamento no sentido de promover e ampliar a prática da coleta seletiva no município. É importante registrar que, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos explica que ―sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo Plano Municipal (...), os consumidores são obrigados a (...) acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos (...). O poder público municipal pode instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam (...)‖ (Cap. III, Seção II, art. 35). LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 83 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul A coleta dos resíduos na zona urbana atende 100% da população e apresenta atendimento adequado de acordo com a caracterização do atendimento e do déficit dos componentes do saneamento básico com base nos conceitos do PLANSAB (2013 a 2033). Os dados do IBGE mostram que o trabalho de coleta de resíduos sólidos domésticos na área rural é insuficiente, atingindo apenas 20% dos domicílios brasileiros. A realidade mostra que os resíduos sólidos domésticos na zona rural têm coleta com alto custo, o que leva os agricultores a optarem por enterrá-lo ou queimálo. Diferentemente deste contexto nacional, o município de Flores da Cunha na zona rural atende 100% da população. A coleta dos resíduos sólidos domiciliares na área rural é realizada semanalmente, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal através da coleta direta e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos, apresentando atendimento adequado, de acordo com Caracterização do atendimento e do déficit dos componentes do saneamento básico com base nos critérios do PLANSAB (2013 a 2033). A coleta dos resíduos domiciliares na área urbana é realizada diariamente e na área rural é coletado somente o resíduo seletivo e com periodicidade quinzenal, conforme roteiros e horários a serem estabelecidos em roteiro de resíduos orgânico e inorgânicos e mapas de coleta de resíduos orgânicos e resíduos seletivos do município. Na terceirização do serviço de coleta, transbordo e transporte dos resíduos sólidos domiciliares, conforme contrato com a empresa contratada, as atividades são realizadas por aproximadamente 20 trabalhadores. A Empresa deverá contar com a seguinte infraestrutura mínima: Caminhões compactadores, equipados com sistema mecânico para contêiner (Resíduos Orgânicos e inorgânicos). LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 84 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Apresentamos a seguir, os dados sobre a entrada e saída de resíduos sólidos urbanos, bem como outras informações operacionais do empreendimento, conforme levantamento realizado pela empresa contratada, que emite um relatório semestral referente a Operação, Central de Classificação/Seleção de Resíduos Sólidos Urbanos Recicláveis e Unidade de Transbordo do Município de Flores da Cunha/RS, nos termos do Processo Administrativo n° 3555-05.67/11-1. A Tabela 23 apresenta a produção per capita de resíduos por faixas de população, segundo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2011). Tabela 23. Produção per capita de resíduos por faixas de População. Faixa de população (habitantes) Geração média per capita (kg/hab./dia) Até 15.000 0,6 De 15.001 a 50.000 0,65 De 50.001 a 100.000 0,7 De 100.001 a 200.000 0,8 De 200.001 a 500.000 0,9 De 500.001 a 1.000.000 1,15 Fonte: PNRS. MMA, 2011. Segundo dados do SNIS foram coletados 6.200 toneladas de resíduos sólidos urbanos em Flores da Cunha em 2012. A população considerada pelo SNIS em 2012 foi de 27.647 hab. Desta forma, pode-se calcular a produção per capita de resíduos em Flores da Cunha para 2012 em 0,61 kg/hab./dia. Ou seja, o município tem geração per capita de resíduos sólidos urbanos abaixo da média nacional para município com população total em 15.000 e 50.000 habitantes. b) Transbordo: A destinação final dos resíduos seletivos (inorgânicos e rejeitos) é a Central de Triagem da Associação dos Recicladores Amigos de Flores da Cunha – ARAFlores, localizada no Travessão Medianeira, município de Flores da Cunha – RS. A Associação dos Recicladores Amigos de Flores da Cunha é uma entidade privada criada em 02/12/2009 e que emprega em torno de 20 associados. Neste LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 85 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul local, os resíduos são separados, prensados e vendidos ao mercado, sendo que o resultado da venda dos produtos é partilhado entre os associados. Após a triagem, a empresa contratada realiza o recolhimento dos resíduos orgânicos e rejeitos dos inorgânicos, encaminhando-os à estação de transbordo com aterro sanitário, Unidade da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos – CRVR, denominada de Central de Resíduos do Recreio – CRR (antiga SIL Soluções Ambientais). c) Situação da Central: A Central continua em boas condições de operação. Todos os resíduos são mantidos em área coberta e com piso. Na área de triagem, recomenda-se manter a organização e limpeza do local. A geração de percolado é pequena, e o sistema de drenagem funciona adequadamente. d) Coleta de resíduos recicláveis: Os resíduos recicláveis de Flores da Cunha estão sendo triados junto à Central pela Associação Amigos de Flores da Cunha, que efetua a venda dos materiais. A Tabela 24 a seguir, resume a quantidade de material por tipo destinada para reciclagem. Em relação à composição do material recuperado pela Associação dos Recicladores Amigos de Flores da Cunha, após a separação, classificação, prensa e venda dos resíduos, os números apresentam-se na tabela abaixo: Composição gravimétrica do material recuperado: Tabela 24. Composição do material recuperado. Descrição Papel e papelão Plástico Metais Vidro Outros TON/ANO 2011 187,2 ton/ano 140,4 ton/ano 46,8 ton/ano 46,8 ton/ano 46,8 ton/ano Fonte: Associação dos Recicladores Amigos de Flores da Cunha, 2013. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 86 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Os recicladores seguem o modelo de autogestão, em que tudo que é produzido é dividido igualmente entre eles. e) Disposição Final: A destinação final dos resíduos sólidos urbanos de Flores da Cunha, assim como dos rejeitos da coleta seletiva é a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos – CRVR com aterro sanitário, Unidade Central de Resíduos do Recreio – CRR, localizada no município de Minas do Leão, distante 240 km do município de Flores da Cunha. O aterro sanitário opera sob a Licença de Operação na FEPAN nº 982/2010-DL, renovada pela Licença de Operação nº 4268/2012-DL, a qual estimou sua vida útil em 20 anos, ou seja, 2.032, com uma capacidade de 25 milhões de toneladas em 135 hectares. f) Situação da Central: A Central continua em boas condições de operação. Todos os resíduos são mantidos em área coberta e com piso. A geração de percolado é pequena, e o sistema de drenagem funciona adequadamente. 3.10.3 Taxas de Serviços Urbanos. As receitas provenientes dos serviços de coleta de resíduos sólidos domiciliares e limpeza pública no Município de Flores da Cunha – RS, estão vinculadas, conforme os aspectos legais da Lei Complementar Nº 001/2000 de 22 de Dezembro de 2000, que estabeleceu o Código Tributário Municipal de Flores da Cunha, instituindo a Taxa de Coleta dos Resíduos Sólidos Domiciliares e o anexo único a que se refere o artigo 1º do Decreto Nº 4.561/2013 da Consolidação do Código Tributário Municipal, que altera a tabela de incidência do Imposto do Código Tributário Municipal como mostra os apêndices AF e AG. O lançamento da Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares é feita anualmente e sua arrecadação está processada juntamente com o IPTU. A Taxa é diferenciada em função do custo presumido do serviço, é calculada por alíquotas LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 87 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul fixas em reais, tendo por base o volume de resíduos, relativamente a cada economia predial. Tabela 25. Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos. Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos Valor da Taxa (R$) Alíquotas fixas em reais tendo por base o volume de resíduos. Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos urbanos - além dos serviços de limpeza pública "remoção de lixo domiciliar" - outros que não aproveitam especificamente ao contribuinte ("varrição, lavagem e capinação"; "desentupimento de bueiros e bocas-delobo"). ESPÉCIE DE IMÓVEL VALORES EM REAIS Residencial I – até 70 m 2 16,00 2 2 II – de 71 m a 100 m 22,00 2 2 2 2 III - de 101 m a 150 m IV - de 151 m a 200 m V – acima de 200 m 2 26,00 32,00 48,00 b) Não Residencial I – até 100 m 2 22,00 2 2 2 2 II – de 101 m a 300 m III – de 301 m a 500 m IV - acima de 501 m 2 37,00 53,00 70,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha, 2014. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2011) revela os seguintes custos para a disposição final em aterro sanitário: municípios pequenos (menos de 100 mil habitantes) R$ 54,25/t, médios (mais de 100 habitantes) R$ 35,46/t, e grandes (acima de 1 milhão de habitantes) R$ 33,06/toneladas. O SNIS de 2009, eliminando os municípios com população acima de 1 milhão de habitantes, identificou uma média em que o nível de despesas per capita foi de R$ 51,48 anuais por habitante. O município de Flores da Cunha está inserido na faixa de proporção dos municípios pequenos. O valor de investimento por tonelada enviada ao aterro sanitário é de R$ 68,59, conforme contrato nº 017SL/2013. A média de nível de LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 88 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul despesas per capita é de R$ 11,70 anuais por habitante, levando em conta a média de resíduos produzidos no 2º semestre de 2013. 3.10.4 Campanhas informativas: educação ambiental. É de fundamental importância que os munícipes tenham conhecimento do horário da coleta domiciliar em seu bairro para então colocar os resíduos próximos a este horário, evitando assim, o acúmulo destes nas ruas. Para tanto, tornam-se necessárias constantes campanhas informativas acerca do horário da coleta do Resíduo Sólido Domiciliar. Para facilitar e incentivar a inserção da população na prática da coleta seletiva, o Município de Flores da Cunha sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito com apoio do Conselho Municipal de meio Ambiente – COMMA realiza campanhas ambientais e distribui material informativo sobre os dias da coleta seletiva e como proceder com relação a segregação dos materiais nas residências. Na Figura 18 e 19 apresenta-se os materiais informativos da Coleta Seletiva divulgados pelo município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 89 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul INFORMATIVO DA COLETA SELETIVA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha. COMMA, 2014. Figura 18. COMMA, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 90 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul INFORMATIVO DA COLETA SELETIVA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Fonte: Prefeitura Municipal de Flores da Cunha. COMMA, 2014. Figura 19. COMMA, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 91 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.10.5 Resíduos gerados pelo Serviço de Limpeza Urbana do Município: A limpeza pública pode ser definida como o conjunto de procedimentos destinados a manter a limpeza das vias e dos logradouros públicos e que abrangem necessariamente, os serviços de varrição, roçada e capina em vias e logradouros. O recolhimento dos resíduos gerados pelo serviço de limpeza urbana, varrição, poda, capina e roçagem das vias públicas são realizados pela Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Obras, responsável pela coleta, transporte e limpeza das vias e objetos sob sua responsabilidade. O Poder Público age diretamente tanto na limpeza pública, como na poda de árvores (resíduos verdes) e na limpeza do cemitério público municipal. Este serviço envolve em torno de 18 servidores públicos. O recolhimento de galhos e arbustos em calçadas urbanas, quando já foram podados pelo usuário e desde que, estejam em cima do calçamento. É necessário ligar para a prefeitura para que seja emitida a ordem para o recolhimento. Em relação à limpeza das vias urbanas e parques, a limpeza das vias urbanas se resume ao corte de grama e de ervas daninhas, recolhimento de folhas de árvores e dos resíduos sólidos das lixeiras em parques e praças. Para a realização da poda de árvores em vias públicas, que não estejam em contato com fios de energia elétrica, primeiramente é necessário acionar a Secretaria Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito através de sua Diretoria de Meio Ambiente, para que ocorra a liberação do corte. A Secretaria Municipal de Obras e de Agricultura realiza a poda de árvores em que os galhos não estejam em contato com cabos elétricos. Se houver árvores que estejam com os galhos em contato a cabos elétricos deve ser chamada a RGE para a realização da poda. A frequência do serviço de varrição varia, sendo em determinados locais realizada diariamente, ou três vezes por semana, ou ainda, quinzenalmente. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 92 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Estima-se que entre varrição, capina e poda, sejam recolhidos 720 ton/ano de resíduos. A extensão de sarjetas varridas pela Prefeitura Municipal é de aproximadamente 370 km/ano, e 360 km/ano por empresa terceirizada, em um total 730 km/ano. O investimento estimado é de R$ 200,00/km/ano. O recolhimento dos resíduos gerados é de forma manual e mecanizada. Para a realização dos serviços são utilizados os seguintes equipamentos: Trator caçamba para recolhimento dos entulhos; Tanque ―pipa‖, com capacidade mínima de 12.000 litros. Os resíduos recicláveis recolhidos na limpeza pública são destinados junto a coleta do município e encaminhados para a Central de Triagem e Compostagem com Aterro Sanitário pela Empresa contratada. Os resíduos provenientes da varrição, poda, capina e roçagem são transportados para a área do viveiro municipal e após são triturados para uso como adubo na manutenção de canteiros e áreas verdes do município. Os resíduos por se caracterizarem como resíduo orgânico se decompõe facilmente são na maioria reaproveitados pelos seus geradores, que realizam jardinagem e limpeza de calçadas em frente de suas residências e muitos destes resíduos são reaproveitados para compostagem e posterior uso em hortas domésticas. Em relação a locais críticos relacionados à limpeza urbana e pontos de despejo clandestino, não existe um cadastramento destes locais por parte da administração Municipal. Em relação aos custos, o serviço de limpeza urbana somou em 2013 um montante de R$ 350.000,00. A autorização legal para a cobrança da taxa pública municipal está na Lei Municipal nº 001/2000 do Código Tributário e seu anexo único a que se refere o artigo 1º do Decreto Nº 4.561/2013 da Consolidação do Código Tributário Municipal, no intuito de custear os serviços, conforme orienta a legislação federal vigente da política Nacional de Resíduos Sólidos. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 93 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Flores da Cunha, 2014. Figura 17. Resíduos com Responsabilidade Compartilhada no Município de Flores da Cunha – RS. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 94 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Caracterização ilustrativa dos Resíduos Sólidos do Município FOTO 01 – Central de Resíduos FOTO 02 – Triagem de Resíduos FOTO 03 – Limpeza Urbana/Vias Públicas FOTO 04 – Coleta regular de RSD FOTO 05 – Coleta Seletiva - RSD FOTO 06 – Área de transbordo. Figura 18. Caracterização ilustrativa dos Resíduos Sólidos do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 95 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.11 Situação dos Serviços de Manejo de Águas Pluviais e Drenagem Urbana: O artigo 3º da Lei de Saneamento Básico fala sobre o manejo de águas pluviais. Nesta Lei é citada a disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado. O artigo 3º da Lei de Saneamento Básico define a drenagem e manejo das águas pluviais urbanas como: Conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas (BRASIL, 2007). Em relação ao planejamento urbano dos serviços de manejo de águas pluviais e drenagem urbana o município conta com a existência do Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana que foi elaborado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e aponta a Defesa Civil Municipal como o órgão de controle de enchentes e drenagem urbana, que age no limite das suas atribuições legais, assim como, a Prefeitura Municipal expede normas e a regulação relativa ao sistema de drenagem e manejo de águas pluviais, destacando o rigor da atuação fiscalizatória para verificar a existência de ligações clandestinas de esgotos sanitários ao sistema de drenagem. Conforme informações apresentadas no Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana do Município, elaborado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e Instituto de Pesquisas Hidráulicas – IPH (Porto Alegre, 2004), a cidade de Flores da Cunha localiza-se na região da Bacia 8 – Atlântico, trecho sudeste, conforme denominação da Agência Nacional de Águas (ANA). Além disso, a cidade está localizada sobre um divisor de águas, e, portanto, sua drenagem é divergente. A tendência geral da drenagem da região de Flores da Cunha é de escoar para o noroeste, em direção ao rio das Antas. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 96 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana do Município, 2004. Figura 19. Hidrografia da Região. A drenagem da região central de Flores da Cunha é composta por uma bacia principal, que abrange aproximadamente 80% da área central e escoa para o norte, e uma série de bacias pequenas, 9 (nove) em total, nos limites da região central da cidade, que drenam em direções divergentes. Esta configuração é devida a cidade estar localizada sobre um divisor de águas, e, portanto, praticamente todas as bacias de drenagem da cidade são bacias de cabeceira, conforme Figura 20. Para fins deste estudo, foram levantadas informações da microdrenagem na região Central, cuja divisão em micro-bacias é apresentada na Figura 20. A partir dos mapas topográficos e pluviais foram delimitadas as sub-bacias de drenagem pluvial. Para a delimitação de cada sub-bacia foram consideradas as curvas de nível apresentadas juntamente com a topografia, bem como a distribuição dos quarteirões no loteamento. Resultaram 52 sub-bacias, com áreas variando entre 1000 a 9000m2. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 97 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana do Município, 2004. Figura 20. Divisão das Micro-bacias do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 98 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana do Município, 2004. Figura 21. Padrões gerais de drenagem na cidade de Flores da Cunha. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 99 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana do Município, 2004. Figura 22. Padrões gerais de drenagem no Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 100 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul A análise das bacias de macrodrenagem do Município de Flores da Cunha mostra que não há situações críticas generalizadas. A situação da urbanização na cidade de Flores da Cunha fora alguns quarteirões na área mais central da cidade, ainda é de baixa densidade de ocupação, de 76,9 % conforme IBGE (2010). No entanto, a cidade tem uma alta taxa de crescimento de 1,37% a.a, segundo IBGE (2010), em boa medida por causa de migração regional, pelo processo de expansão da urbanização, tanto nas regiões periféricas e próximas da cidade, como em outros distritos do município (caso de Otávio Rocha e São Gotardo). Nas Figura 23 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 101 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Figura 24 pode ser vista uma área em processo de urbanização recente. Além disso, a região é caracterizada por um forte dinamismo, que faz com que os processos se desenvolvam de forma acelerada. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 102 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Figura 23. Vista aérea de Flores da Cunha, região Central. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 103 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Figura 24. Vista aérea de Flores da Cunha, região Central. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 104 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.11.1 Controle da drenagem urbana do Município de Flores da Cunha. O Município de Flores da Cunha está em uma etapa de crescimento. Assim, o planejamento da drenagem urbana do município torna-se imperativo. Mais, este planejamento deve ser realizado de forma conjunta com o planejamento dos demais eixos de saneamento básico do município, essencialmente abastecimento de água e esgotamento sanitário. Em relação às alternativas potenciais de controle a implementação das medidas não-estruturais pode ser realizada rapidamente através da discussão do Executivo e Legislativo do município. A implementação das medidas estruturais envolvem investimentos que dependem da disponibilidade de recursos e financiamento. Para os problemas localizados detectados, tanto atuais como previsíveis no futuro devem ser adotadas medidas estruturais de controle. Para as áreas a serem desenvolvidas tanto a nível de loteamento, ou seja, novos parcelamentos, como a nível de densificação (construção em cada lote ou dentro do parcelamento) são indicadas medidas não-estruturais baseadas numa proposta de legislação de controle dos novos empreendimentos da cidade. Desta forma, as medidas não-estruturais buscam conter a geração de novos impactos causados pelo avanço da urbanização, e as medidas estruturais visam resolver os problemas já existentes. Considerando este contexto, sempre que houver uma revisão dos Planos de Drenagem e de Esgotamento Sanitário, deverá ser avaliado economicamente a viabilidade de, no futuro, a cidade ampliar o sistema separador para as áreas já existente e, a longo prazo, concluir de forma adequada todo seu sistema de gerenciamento de esgotamento, dentro de padrões ambientalmente sustentáveis. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 105 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 3.11.2 Medidas Estruturais: Em relação às medidas estruturais recomendadas está a ampliação da Rede no Centro. Embora detectados problemas já na situação atual, esses problemas são pequenos, e a oportunidade da sua solução deverá ser avaliada pela Prefeitura Municipal – conforme Plano Diretor de Macrodrenagem (2004). A recomendação de ampliação deve ser calculada para a situação futura, no entendimento de que não se justifica fazer uma ampliação agora para a situação atual, e novamente dentro de alguns anos, outra para a situação futura. Na Figura 28 é apresentada a simulação da rede de condutos da região central de Flores da Cunha para uma tormenta de 1 hora de duração e 5 anos de tempo de retorno, para a situação de urbanização atual. Os condutos marcados em vermelho são os que tiveram excedida sua capacidade de escoamento. Na Figura 29 é apresentada a simulação dos condutos para a urbanização futura considerada no planejamento. Nessas figuras, os condutos em vermelho são cuja capacidade de escoamento foi excedida pela vazão gerada pelas bacias. Os condutos marcados em amarelo estão trabalhando a mais de 80% de sua capacidade. Deve se levar em conta que os condutos não têm sua capacidade de escoamento superada todos ao mesmo tempo, e também que por causa da falta de capacidade dos condutos tem vazões que não conseguem ingressar na macrodrenagem. Portanto, não há uma coincidência exata entre os condutos que aparecem em vermelho nas figuras e aqueles que precisam ser redimensionados. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 106 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana do Município, 2004. Figura 28. Simulação da rede de condutos da região Central da Cidade. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 107 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana do Município, 2004. Figura 29. Simulação dos condutos para a urbanização futura. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 108 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul As opções de solução inicialmente contempladas foram: i) a implantação de alguns reservatórios de detenção, aproveitando terrenos ainda livres na cidade; e ii) ampliação da rede dentro da cidade, combinada com a implantação de um reservatório de detenção no canal de saída do sistema de galerias, para conter a transmissão de impactos a jusante. 3.11.3 Medidas Não-Estruturais: Em relação às medidas não-estruturais, estas não dependem de investimentos, mas de uma tomada de decisão por parte do Executivo e Legislativo municipal. Neste sentido, é recomendável: O Executivo deve avaliar e revisar as propostas de Plano e, preparar um Projeto de Lei para Câmara; Divulgar os aspectos de controle da drenagem urbana e seus impactos para os tomadores de decisões. Esta fase deve preceder ao envio das alterações legais para a Câmara e a discussão pública, para que os mesmos entendam a necessidade das medidas não-estruturais; Discussão dentro da comunidade e no legislativo. 3.11.4 Defesa Civil: No município de Flores da Cunha, conforme a Declaração expedida pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, no apêndice AI, não existem pontos com agravos críticos em relação às águas pluviais, enchentes e alagamentos. Os desastres no município podem ser caracterizados como desastres naturais cíclicos, acarretados por fatores pluviométricos e, rede de drenagem pluvial ter sido executada sem projetos específicos para esta natureza. Considerando este cenário, pode-se, destacar dois pontos na cidade sujeitos a alteração do gerenciamento das águas pluviais, com base no apêndice I – Mapa LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 109 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul de Zoneamento do Município e apêndice J – Mapa de Infraestrutura da Ocupação do Solo. 1º Ponto de alagamento e inundação: Centro. 2º Ponto de alagamento e inundação: Bairro São Cristóvão. Neste sentido, o Plano Municipal de Saneamento Básico apresenta uma estrutura de ações para o desenvolvimento de um Plano Preventivo para a Defesa Civil nos termos que seguem, nas Tabela 26 a Tabela 27. Em relação às intervenções estruturais e não estruturais, estas, devem ser realizadas visando à redução destes pontos de alagamento e inundações e melhoria das condições de segurança sanitária, patrimonial e ambiental do município. As intervenções estruturais consistem em obras que objetivam a redução, retardamento e o amortecimento do escoamento de águas pluviais. Estas obras são denominadas de ―drenagem‖. Em termos de medidas estruturais, os sistemas de drenagem do município são compostos por tubulações que escoam a água até o Rio das Antas que a conduzem para fora. Esse sistema, porém tem se mostrando insuficiente para atender à expansão da cidade, apontando necessidade de intervenções estruturais e não estruturais, tanto na zona urbana como na zona rural. O município está buscando atender soluções que consideram a implantação de alguns reservatórios de detenção, aproveitando terrenos ainda livres na cidade; e ampliação da rede dentro da cidade, combinada com a implantação de um reservatório de detenção no canal de saída do sistema de galerias, para conter a transmissão de impactos a jusante. Para tanto, o município realizou a contratação, através de processo licitatório, de empresa especializada a dar início a elaboração de estudos e levantamentos relacionados ao mapeamento das condições das águas pluviais no município e do modo de gerenciamento destas, a fim de também subsidiar futuras medidas estruturais e estruturantes. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 110 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Já as medidas estruturantes, são aquelas que perpassam pelo planejamento do município, trabalhando com a gestão do uso e ocupação do solo, devendo ser objeto previsto quando da revisão do Plano Diretor de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais a fim de ser identificado e, estabelecido as áreas de risco, além do nível de impermeabilização do solo aceitável para cada local, sem desmerecer o trabalho de educação ambiental, fornecendo o suporte necessário ao poder público e à população. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 111 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 26. Estrutura de Plano Preventivo da Defesa Civil Municipal. Nível do Plano Critério de Entrada no Nível Ações a serem executadas pelo Município ATENÇÃO Quando o acumulado de chuvas ultrapassar o valor de referência combinado com a previsão metereológica. Ações a serem executadas pelo apoio Técnico Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; Manter Técnicos em plantão para o Comunicar o apoio Técnico sobre MUDANÇA acompanhamento e análise DE NÍVEL; da situação; Realizar VISTORIAS de campo visando Enviar previsões verificar a ocorrência de deslizamentos e meteorológicas. feições de instabilização. Devem ser iniciadas pelas Áreas de Risco; Obtenção do dado pluviométrico; Cálculo do acumulado de chuvas; Recebimento da previsão meteorológica; Transmissão ao apoio Técnico do dado pluviométrico e nível vigente; Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL. Fonte: MCidades e adaptado pelo Autor LC Banco de Serviços e Consultoria, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 112 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 30. Estrutura de Plano Preventivo à Defesa Civil Municipal. Nível do Plano Critério de Entrada no Nível OBSERVAÇÃO Início de operação do Plano. Ações a serem executadas pelo Município Ações a serem executadas pelo apoio Técnico Conscientização da população das Áreas de Manter Técnicos em plantão Risco; para o acompanhamento e análise da situação; Obtenção do dado pluviométrico; Enviar previsões Cálculo do acumulado de chuvas; meteorológicas. Recebimento da previsão meteorológica; Transmissão ao apoio Técnico do dado pluviométrico e nível vigente; Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL. Fonte: MCidades e adaptado pelo Autor LC Banco de Serviços e Consultoria, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 113 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 31. Estrutura de Plano Preventivo à Defesa Civil Municipal. Nível do Plano Critério de Entrada no Nível Quando as vistorias de campo indicarem a existência de feições de instabilidade ou mesmo deslizamentos pontuais. Ações a serem executadas pelo Município Ações a serem executadas pelo apoio Técnico Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; Deslocamento de Técnicos para o acompanhamento da Comunicar o apoio Técnico sobre MUDANÇA situação e avaliação da DE NÍVEL; necessidade de medidas Realizar VISTORIAS de campo; complementares; ALERTA RETIRADA da população das Áreas de Risco Enviar eminente; meteorológicas. previsões Obtenção do dado pluviométrico; Cálculo do acumulado de chuvas; Recebimento da previsão meteorológica; Transmissão ao apoio Técnico do dado pluviométrico e nível vigente; Agilizar os meios necessários para POSSÍVEL retirada da população nas demais áreas de Risco; Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL. Fonte: MCidades e adaptado pelo Autor LC Banco de Serviços e Consultoria, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 114 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 27. Estrutura de Plano Preventivo à Defesa Civil Municipal. Nível do Plano Critério de Entrada no Nível Ações a serem executadas pelo Município ALERTA MÁXIMO Quando ocorrerem deslizamentos generalizados. Ações a serem executadas pelo apoio Técnico Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; Deslocamento de Técnicos para o acompanhamento da Comunicar o apoio Técnico sobre MUDANÇA situação e avaliação da DE NÍVEL; necessidade de medidas Proceder a retirada da população das Áreas complementares; de Risco e demais áreas necessárias; Enviar previsões Obtenção do dado pluviométrico; meteorológicas. Cálculo do acumulado de chuvas; Recebimento da previsão meteorológica; Transmissão ao apoio Técnico do dado pluviométrico e nível vigente; Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL. Fonte: MCidades e adaptado pelo Autor LC Banco de Serviços e Consultoria, 2014. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 115 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Caracterização ilustrativa do Sistema de Drenagem Urbana do Município FOTO 01 – Canal/Estrada Lagoa Bella FOTO 02 – Infraestrutura de Drenagem FOTO 03 – Infraestrutura de Escoamento FOTO 04 – Boca de Lobo FOTO 05 – Desassoreamento Linha 80 FOTO 06 – Disposição Final Figura 25. Caracterização ilustrativa do Sistema de Drenagem Urbana do Município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 116 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 4 Etapa 04 Elaboração de Prognósticos e de Alternativas para a Universalização: Déficit e Metas. Nesta etapa são apresentados: i. Cenários de demanda por serviços de saneamento - Déficit, ii. Metas de atendimento, iii. Estimativa de custos para atendimento das metas e iv. Avaliação econômica. Coerente com o diagnóstico, os objetivos e metas do PMSB foram definidos coletivamente a partir de discussões com os diversos segmentos da sociedade, com o Comitê Executivo e de Coordenação do PMSB. Foram propostos objetivos e metas de curto (até 2018), médio (2018 - 2023) e longo prazo (2023 até 2033) para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais Planos Setoriais. 4.1 Cenários Alternativos: Demandas por Serviços de Saneamento Básico. São propostos dois cenários de crescimento populacional para o município, conforme item 3.1.3 deste plano, qual sejam - Método aritmético e diferentes razões de crescimento em hab./ano: Cenário 1 – C.1: rtotal = 345 hab./ano em todo município, ou seja, rurbano = 265 hab./ano e rrural = 80 hab./ano; Cenário 2 – C.2: rurbano = 663 hab./ano para zona urbana e população rural estagnada. O cenário 1 considera um crescimento populacional fraco, portanto ocorrendo baixa pressão sobre os recursos naturais do município. Por outro lado, o Cenário 2 considera um grande crescimento populacional na zona urbana do município, implicando alta pressão sobre os recursos naturais do município. A Tabela 28 apresenta a projeção populacional em função do operador do abastecimento de água- CORSAN (sede e aglomerados) e associações (rural). A população considerada rural é esta atendida pelas Associações. Os dados diferem destes apresentados pelo IBGE (2010) para as zonas urbana e rural. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 117 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 28. Projeção populacional, considerando a população urbana esta atendida pela CORSAN (sede e aglomerados). Cenário 1 – C.1: rtotal = 345 hab./ano em todo município, ou seja, rurbano = 265 hab./ano e rrural = 80 hab./ano; Cenário 2 – C.2: rurbano = 663 hab./ano para zona urbana e população rural estagnada. População Total Ano População Urbana CORSAN População Rural Associações C.1 C.2 C.1 C.2 C.1 C.2 2010 27.126 27.126 23.860 23.860 2.921 2.921 2013 27.922 29.115 24.656 25.849 3.266 3.266 2018 29.647 32.430 25.982 29.164 3.665 3.266 2023 31.372 35.745 27.308 32.479 4.064 3.266 2033 34.822 42.375 29.961 39.109 4.861 3.266 Para estimativa de custos e análise de viabilidade econômica do atendimento as atendimento as metas propostas, no eixo esgotamento sanitário, é importante projetar a população observando a forma de esgotamento sanitário do domicílio. Isso por que o atendimento por fossa séptica – tratamento individualizado, desde que devidamente operado, é considerado adequado (PLANSAB, 2013). Por outro lado, o atendimento por rede coletora, sem tratamento do esgoto coletado, é considerado atendimento precário. As Tabela 29 Tabela 31 apresentam a projeção da população urbana e rural por forma de esgotamento sanitário e por operador – CORSAN e Associações. Foi considerado que nas áreas atendidas pelas associações, não existem domicílios atendidos por rede coletora. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 118 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 29. Forma de esgotamento sanitário dos domicílios com base no operador do sistema de saneamento – Fossa rudimentar; outro escoadouro; rio, lago, ou mar; sem banheiro foram considerados domicílios s/ atendimento e potenciais para o tratamento individualizado por fossa séptica. Adaptado de IBGE, 2010. Forma de Esgotamento Sanitário Domicílios Totais Fossa Séptica Rede geral/esgoto ou pluvial S/ Atendimento Totais 2.139 4.481 2.188 8.808 Ano - 2010 Domicílios CORSAN ASSOCIAÇÔES 1.921 218 4.481 1.460 728 7.862 946 Tabela 30. Razões de crescimento em lig./ano das zonas urbanas e rural em função do cenário de crescimento populacional e da forma de esgotamento sanitário. Considerações: Dados IBGE(2010); Zona urbana – 2,88 hab./econ. e 1,55 econ./lig.; Zona rural – 3,45 hab./econ. Razão de crescimento, lig./ano Total Rede de coleta Fossas sépticas Urbano C.1. 59 34 26 Rural C.2. 149 85 64 C.1. 23 23 C.2. 0 0 0 Tabela 31. Projeção de ligações de esgotamento sanitário no horizonte do projeto, considerando a forma de atendimento, o operador e o cenário de crescimento. Ano 2010 2013 2018 2023 2033 Forma de Esgotamento Sanitário Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Ligações Urbanas Ligações Rurais C.1 C.2 C.1 C.2 2.181 2.891 2.258 2.992 2.386 3.162 2.513 3.331 2.768 2.181 2.891 2.373 3.145 2.692 3.568 3.012 3.991 3.650 946 946 1.061 1.176 1.406 946 946 946 946 946 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 119 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 4.2 Rede coletora Metas de Atendimento: 3.669 4.838 - - As metas do PLANSAB (2013) são apresentadas abaixo. Estas metas são confrontadas com os dados disponíveis dos serviços e da infraestrutura de saneamento do município de Flores da Cunha nos horizontes de planejamento propostos. 4.2.1 Abastecimento de Água: Dos 7 indicadores propostos no PLANSAB (2013), quatro são apresentados e confrontados com os indicadores de Flores da Cunha na Tabela 32. A análise do déficit para o indicador A2 mostra que a zona urbana do município é hoje atendida em percentual acima da meta estipulada, por isso déficit negativo. Déficit é observado somente nos horizontes de médio e longo prazo, devido ao crescimento da cidade. O maior déficit é observado no C.2. O indicador A3 mostra a realidade da zona rural do município, onde existe déficit de atendimento de aproximadamente 16% frente ao PLANSAB (2013) no curto prazo, independentemente do cenário de crescimento populacional. No levantamento do déficit de atendimento do indicador A6, foi considerada a perda na distribuição informada no SNIS (2012) para Flores da Cunha – 35,49%. Neste caso percebe-se que a necessidade de diminuição no índice de perdas na distribuição do município será uma constante até 2033. Para zona rural não foi possível determinar o índice de perdas na distribuição atual. Na estimativa do déficit de serviços de água com cobrança de tarifa, foi considerado que a população não atendida pela CORSAN (aproximadamente 3.266 hab. em 2013 atendidos pelas Associações) é atendida por serviço sem tarifa – 1112% da população total do município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 120 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 32. Indicadores e metas para o abastecimento de água – Adaptado de PLANSAB (2013). Indicador Ano PLANSAB ,% Défict C.1, % Défict C.1, hab. Défict C.2, % Défict C.2, hab. A2. % de domicílios urbanos abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com canalização interna. A3. % de domicílios rurais abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com canalização interna. 2013 98 -0,7 -173 -0,7 -181 2018 100 0,6 1.482 0,6 3.490 2023 100 0 1.326 0 3.315 2033 100 0 2.652 0 6.630 2013 94 16,2 529 16,2 529 2018 96 2 472 2 65 2023 98 2 480 2 65 2033 100 2 895 2 65 2013 A6. % do índice de perdas na distribuição 2018 de água - Zona 2023 Urbana. 2033 35 0,49 - - - 33 2 - - - 32 1 - - - 29 3 - - - 2013 A7. % de serviços de abastecimento de 2018 água que cobram 2023 tarifa. 2033 99 12 3.266 11 3.266 100 - - - - 100 - - - - 100 - - - - 4.2.2 Esgotamento Sanitário: Dos 6 indicadores propostos no PLANSAB (2013), quatro são apresentados e confrontados com os indicadores de Flores da Cunha na Tabela 33. A análise do déficit para o indicador E2 mostra que a zona urbana do município é hoje atendida em percentual acima da meta estipulada para domicílios urbanos servidos por rede coletora ou fossa séptica. Déficit é observado somente nos horizontes de médio e longo prazo, devido ao crescimento da cidade. O maior déficit é observado no C.2. este resultado positivo para o indicar E2 ocorre, uma vez são considerados os domicílios atendidos por rede mista na sede do município – Bacia hidrossanitária Lagoa Bela. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 121 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul O indicador E3 mostra a realidade da zona rural do município, onde existe déficit de atendimento de domicílios rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica em todo horizonte de projeto, em ambos os cenários de crescimento populacional – aproximadamente 2.000 habitantes até 2018, mesmo a meta estipulada sendo inferior a 50%. No levantamento do déficit de atendimento do indicador E4, foi considerada somente a zona urbana. O indicador E4 observa o percentual de esgoto coletado que é efetivamente tratado. O município de Flores da Cunha não possui tratamento do seu esgoto coletado, desta forma o déficit para o indicador E4 é de 100%. Como a meta PLANSAB para 2013 é de 59%, investimentos são necessários no prazo imediato, assim como nos demais horizontes de planejamento. O cenário que apresenta o maior déficit é o C.2, devido a previsão otimista de crescimento da população urbana. Na estimativa do déficit de serviços de esgoto com cobrança de tarifa, foi considerado que a população municipal não paga tarifa de esgoto, tanto na zona urbana, quanto na zona rural. Os dados do SNIS (2012) mostram que não existe cobrança de esgoto no município. A população atendida pela CORSAN em 2010 foi de 23.860 hab. (zona urbana e aglomerados na zona rural), ou seja 88% da população. Ou seja, caso seja implementada tarifa de esgoto na área atendida pela CORSAN, as metas do indicar E6 serão atendidas até o horizonte de longo prazo – 2033. Tabela 33. Indicadores e metas para o esgotamento sanitário – Adaptado de PLANSAB (2013). Indicador Ano E2. % de domicílios urbanos 2013 servidos por rede coletora ou 2018 fossa séptica para os excretas 2023 ou esgotos sanitários. 2033 E3. % de domicílios rurais 2013 servidos por rede coletora ou 2018 fossa séptica para os excretas 2023 PLANSAB, % Défict C.1, % 78 84 88 96 31 46 55 -10 -4 0 8 8 15 9 Défict C.1, hab. -2.461 292 1.331 5.055 259 949 765 Défict C.2, % -10 -4 0 8 8 15 9 Défict C.2, hab. -2.580 2.154 3.321 9.766 259 490 294 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 122 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul ou esgotos sanitários. E4. % de tratamento de esgoto coletado Considerando população urbana. E6. % de serviços de esgotamento sanitário que cobram tarifa. 2033 2013 2018 2023 2033 2013 2018 2023 2033 75 59 73 80 94 49 65 73 90 20 59 14 7 14 49 - 1.770 14.547 4.964 3.238 6.847 13.682 - 20 653 59 14 7 14 49 - 15.251 7.398 5.589 12.105 14.266 - 4.2.3 Resíduos Sólidos Urbanos: Os 5 indicadores propostos pelo PLANSAB (2013) para manejo dos resíduos sólidos urbanos são apresentados abaixo, juntamente com as metas estipuladas para cada indicador. Ainda, são realizados comentários sobre o atendimento destas metas pelo município de Flores da Cunha: R1. % de domicílios urbanos atendidos por coleta direta de resíduos sólidos: O município apresenta hoje atendimento de 100% deste indicador. Portanto, está cumprida a meta de universalização, que é prevista para 2023; R2. % de domicílios rurais atendidos por coleta direta e indireta de resíduos sólidos: O município apresenta hoje atendimento de 100% deste indicador. Portanto, está cumprida a meta de universalização, que não é prevista nem mesmo para 2033; R3. % de municípios com presença de lixão/vazadouro de resíduos sólidos: Conforme informações apresentadas no diagnóstico, o município envia seus resíduos (orgânicos e inorgânicos rejeitados) para o aterro sanitário da Unidade da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos – CRVR, Unidade de Minas do Leão – RS. Desta forma o município está atendendo hoje a meta de longo prazo, não dispondo seus resíduos sólidos urbanos em lixão. R4. % de municípios com coleta seletiva de RSD: O município já executa coleta seletiva de resíduos domiciliares, inclusive na zona rural. Os resíduos são triados na Central de Triagem da Associação dos Recicladores Amigos de Flores da Cunha - LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 123 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul ARAFlores, localizada na Linha 40 – Capela Medianeira, gerando renda para população de catadores. Desta forma, o município já atende a meta de longo prazo. R5. % de municípios que cobram taxa de resíduos sólidos: O município possui taxa de coleta de Resíduos Sólidos Urbanos instituída por Lei - Lei Complementar Nº 001/2000, que estabeleceu o Código Tributário Municipal de Flores da Cunha. O imposto é cobrado juntamente com o IPTU. Assim, o município já atende a meta estipulada para longo prazo. 4.2.4 Manejo das Águas Pluviais: O PLANSAB (2013) estipulou somente um indicador para o manejo das águas pluviais: D1. % de municípios com inundações e/ou alagamentos ocorridos na área urbana, nos últimos cinco anos – Conforme apresentado na Etapa de diagnóstico, o município de Flores da Cunha não apresenta problema de inundações e/ou alagamentos na sua área urbana. Entretanto, a partir de simulação das redes de microdrenagem existentes, problemas de alagamento podem ocorrer no médio/longo, principalmente devido ao crescimento esperado para zona urbana, principalmente se o crescimento populacional na zona urbana se dê de forma acelerada/otimista – C.2. Assim, a médio/longo prazo alguns trechos da microdrenagem na Bacia Lagoa Bela deveram ser substituídos por tubulações de maior diâmetro – ver Figura 29. 4.3 Estimativa dos custos e viabilidade econômica das metas propostas: Conforme observado no item anterior, os eixos resíduos sólidos urbanos e manejo das águas pluviais atendem hoje as metas estipuladas à longo prazo para a região sul do Brasil – PLANSAB (2013). Neste caso, estes dois eixos do saneamento básico do município devem ter sua infraestrutura/serviços/programas mantidos. As Tabela 34 e Tabela 40 apresentam a provisão de investimentos em saneamento básico estabelecida no planejamento da administração municipal, a partir do PPA – Plano Plurianual 2014/2017. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 124 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Observa-se que não são previstos investimentos em abastecimento de água e em manejo das águas pluviais. Quanto aos resíduos sólidos urbanos, são previstos aproximadamente R$ 2,5milhão/ano. A Tabela 34 mostra que para 2014 99,95% deste valor é previsto como verba de despesa corrente, ou seja, pagamento da empresa responsável por operar este serviço no município. Tabela 34. Previsão de investimento no Saneamento Básico, conforme PPA em vigência no município. AA – Abastecimento de Água 2014 2015 (R$) (R$) 0,00 0,00 RS – Manejo dos Resíduos Sólidos 2016 (R$) 0,00 2017 (R$) 0,00 2014 2015 (R$) (R$) 2.326.500,00 2.495.000,00 ES – Esgotamento Sanitário 2016 (R$) 2.669.000,00 2017 (R$) 2.855.500,00 2016 (R$) 191.600,00 2017 (R$) 198.000,00 2016 (R$) 0,00 2017 (R$) 0,00 2014 2015 (R$) (R$) 97.000,00 85.600,00 AP – Manejo de Águas Pluviais 2014 (R$) 0,00 2015 (R$) 0,00 Fonte: Plano Plurianual de Flores da Cunha, 2014. Tabela 40. Despesa Corrente e Despesa de Capital orçado, conforme PPA em vigência no município. Código AA RS ES AP Despesa Despesa de Corrente Capital (R$)0,00 (R$)0,00 (R$) 2.325.500,00 (R$) 1.000,00 Esgotamento Sanitário (R$) 69.530,00 (R$) 27.470,00 Manejo de Águas Pluviais (R$)0,00 (R$)0,00 Áreas temáticas Abastecimento de Água Manejo dos Resíduos Sólidos LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 125 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Orçamento Municipal de Flores da Cunha, 2014. 4.3.1 Abastecimento de Água: A necessidade de investimento em água será estimada com base nos déficits de atendimento observados e em custos médios para cada item do déficit. Comentase que com a melhoria do cadastro do SAA da zona urbana de Flores da Cunha e com a execução dos projetos executivos das obras necessárias, esta estimativa de custo ficará mais próxima da realidade. São estimados os seguintes custos e indicadores: Perfuração, equipagem (motobomba, ligações elétricas, tubo edutor, macromedição, etc.) e abrigo (laje séptica, cloração, quadro elétrico, etc.) de poço com até 120 m de profundidade e produção de aproximadamente 200 m³/dia – R$ 80.000,00; Estação de Tratamento de Água (ETA), considerando tratamento convencional – R$ 200.000,00 para cada 250 m³/dia de capacidade produtiva; Reservação (instalado) de 20 m³ de água – R$ 15.000,00; Expansão de rede de distribuição (incluindo adutoras, tubulações, escavações, etc.) – R$ 50,00/m; Ligações (micromedição, cavalete, tubulação, instalação, etc.) – R$ 200,00; Despesas totais com os serviços (SNIS, 2012): compreendendo Despesas com Pessoal, Produtos Químicos, Energia Elétrica, Serviços de Terceiros, Despesas Fiscais ou Tributárias, Despesas com Depreciação, Amortização do Ativo, com Juros Encargos das Dívidas – Para Flores da Cunha (SNIS, 2012) R$ 6,00 R$/m³, para Rio Grande do Sul R$ 2,85/m³; Tarifa média praticada (SNIS, 2010): Para Flores da Cunha R$ 5,14/m³, para Rio Grande do Sul R$ 2,8/m³; Densidade de economias-domicílios/ligação na zona urbana (SNIS, 2010): 1,55; Densidade de economias/ligação na zona rural (SNIS, 2010): 1; Densidade de hab./econ. res.2 (SNIS, 2010): 2,88; 2 No presente plano economia residencial (SNIS) e domicilio permanente (IBGE) são considerados equivalentes. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 126 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Densidade de hab./econ. res. Zona rural (dados fornecidos no diagnóstico): 3,45; Extensão da rede de água por ligação3: Segundo SNIS (2012) - 42,4 m/lig., para efeitos de planejamento a expensas dos operadores de saneamento - 15 m/lig.; Reservação mínima – 1/3 da demanda diária; Disponibilidade de água na zona atendida pela CORSAN: 8.800 m³/dia; Disponibilidade de água na zona rural (vazão média de 18 m³/h por poço e 10 horas de operação diária): 3.060 m³/dia; K1 = 1,2 (Coeficiente do dia de maior consumo) e K2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo). As Tabela 41 e Tabela 35 abaixo apresentam a estimativa de custos de investimento para as zonas urbana e rural e para os cenários populacionais C.1 e C.2. Considerando toda a área atendida pela CORSAN como sendo um único SAA, é observado déficit na disponibilidade de água somente para 2033, no C.2. Por outro lado, necessidade de investimentos em ligações, reservação e rede são observados em todos os horizontes de planejamento. No cenário mais otimista de crescimento para zona urbana (C.2), o investimento necessário no horizonte de 20 anos pode chegar a R$ 4,8milhões. Foi considerada uma expansão de capacidade de produção de água tratada via ETA de 1.500 m³/dia para 2033 – C.2. Na zona rural, para o cenário mais otimista de crescimento (C.1), a necessidade de investimentos pode chegar a R$ 650mil. É observada necessidade 3 Muitos Planos Municipais de Saneamento consideram o operador de saneamento responsável por até 15 m/lig. Extensões adicionais de rede devem ser bancadas pelos usuários/empreendedores. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 127 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul de investimento em expansão de ligações e de rede em todos os horizontes de planejamento e ambos os cenários de crescimento populacional. Por outro lado, a disponibilidade atual de água é suficiente para atendimento da demanda no horizonte de longo prazo. Cabe destacar que foi considerado um único SAC para toda área rural. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 128 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 41. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Abastecimento de água C.1. Zona Urbana Ano 2013 2018 2023 2033 Ano 2013 2018 2023 2033 Demanda, m³/dia 6.453 6.800 7.147 7.841 Demanda, m³/dia 855 959 1.064 1.272 Expansão de Ligações Expansão de Expansão de Expansão de Investimento, R$ disponibilidade, m³/dia residenciais, un. ligações, un. rede, m reservação - 5.523 5.820 332 6.117 297 6.712 594 Total Zona Rural Expansão de Ligações, un. disponibilidade, m³/dia - 947 1.062 1.178 1.409 Total 4.980 4.456 8.913 251 116 116 231 Expansão de Expansão de Expansão de ligações, un. rede, m reservação 153 137 139 259 2.300 2.053 2.087 3.890 - 188.224,30 402.186,39 369.010,52 738.021,05 1.509.217,96 Investimento, R$ 145.692,00 129.993,58 132.189,79 246.392,92 654.268,29 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 129 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 35. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Abastecimento de água C.2. Zona Urbana Ano 2013 2018 2023 2033 Demanda, m³/dia 6.765 7.633 8.500 10.236 Expansão de disponibilidade, m³/dia 1.436 Ligações residenciais, un. Expansão de ligações, un. Expansão de rede, m Expansão de reservação 5.345 5.791 6.533 7.276 Total 782 743 1.485 11.727 11.139 22.278 355 289 289 578 Expansão de ligações, un. Expansão de rede, m Expansão de reservação 153 19 19 19 2.300 284 284 284 - Investimento, R$ 266.300,07 959.616,58 922.377,60 2.993.241,19 4.875.235,36 Zona Rural Ano Demanda, m³/dia 2013 2018 2023 2033 475 726 977 1.478 Expansão de disponibilidade, m³/dia - Ligações, un. 947 1.062 1.178 1.409 Total Investimento, R$ 145.692,00 17.986,67 17.986,67 17.986,67 199.652,00 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 130 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul A CORSAN informou que os seguintes investimentos estão sendo realizados na Linha 80: Projeto de Ampliação do Abastecimento de Água; Instalação de poço com produção de 70 m³/h e operação de 16 h/dia; Rede de 3.000 metros de DN 100. Segundo a CORSAN, em estudo realizado em 2007, avaliou-se que na hipótese de se implantar uma barragem para captação superficial, a bacia do arroio Linha Oitenta apresentaria as melhores condições de manancial. A Companhia recomendou ainda a preservação do Rio Curuçu e Arroio Santa Bárbara como corpos hídricos para futuro aproveitamento como mananciais do Sistema de Abastecimento de Água da Sede Urbana da cidade, implementando-se ações de proteção aos cursos d’água nas áreas das bacias hidrográficas destes corpos hídricos. A LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 131 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 36 apresenta a avaliação econômica do sistema de abastecimento de água de Flores de Cunha, para as zonas urbana (CORSAN) e rural (Associações), para ambos os cenários de crescimento populacional (C.1. e C.2.) e para todos os horizontes de planejamento. O indicador escolhido para avaliar a viabilidade econômica é o Índice de Suficiência de Caixa (ISC) – SNIS (2010, 2012). Este indicador é adaptado para ser utilizado com dados disponíveis e sua equação é apresentada abaixo: ISC Arrecadação Total Periodo , onde a arrecadação total é a expectativa de Despesas Totais Periodo arrecadação com as ―contas de água‖ dos usuários do sistema e as despesas totais são o somatório dos custos operacionais e de investimento. O ISC precisa ser maior que 100% para que haja viabilidade econômica no sistema. A Tarifa média utilizada foi de: Zona urbana R$ 3,60/m³ (CORSAN, 2014 – Considerando 20% tarifa social e 80% tarifa básica) e Zona rural R$ 2,87 (CORSAN, 2014 – 50% tarifa social e 50% tarifa básica). A despesa total média utilizada foi de 2,85/m³ - Rio Grande do Sul (SNIS, 2010). Cabe ressaltar que a despesa total média em Flores da Cunha foi estimada em R$ 6/m³ (SNIS, 2012), desta forma inviabilizando economicamente o sistema. Por isso, a despesa total com os serviços de água em Flores da Cunha deve ser avaliada a partir de um Programa específico, uma vez que está bem acima da média do estado do RS. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 132 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 36. Avaliação econômica abastecimento de água de Flores da Cunha - zona urbana e rural, ambos os cenários de crescimento populacional (C.1. e C.2.) e todos os horizontes de planejamento. Aspecto Despesa total, R$/período. Investimento total, R$ período. Arrecadação total, R$/período. ISC, %/período. Aspecto Despesa total, R$/período. Investimento total, R$ período. Arrecadação total, R$/período. ISC, %/período. Zona Urbana 2018 C.1. 2013 C.1. C.2. 27.194.932,49 29.544.700,84 590.410,69 2023 C.2. C.1. C.2. 35.774.271,53 41.381.673,29 76.890.360,81 96.115.738,28 1.225.916,65 369.010,52 922.377,60 738.021,05 738.021,05 34.351.493,67 37.319.622,12 45.188.553,51 52.271.587,31 97.124.666,29 121.409.353,61 123,6 121,3 123,6 125,1 125,4 125,0 Zona Rural 2013 2018 2023 C.1. C.2. C.1. C.2. C.1. C.2. 3.722.174,86 2.463.565,13 5.188.138,36 4.366.137,36 11.982.536,10 12.592.317,56 275.685,58 163.678,67 132.189,79 17.986,67 246.392,92 246.392,92 3.748.295,38 2.480.853,30 5.224.546,35 4.396.776,92 12.066.624,07 12.680.684,70 93,8 94,4 98,2 100,3 98,7 98,8 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 133 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul É observada suficiência de caixa - ISC para zona urbana em todos os horizontes de planejamento. Por outro lado, na zona rural, é observada insuficiência de caixa em praticamente todos os horizontes de planejamento. A pior situação ocorre no curto prazo, devido ao alto déficit do serviço atualmente. É importante observar que o eventual crescimento otimista da população impacta minimamente a viabilidade econômica do abastecimento de água no município – zonas urbana (C.2.) e rural (C.1.). 4.3.2 Esgotamento Sanitário: A necessidade de investimento em esgotamento sanitário será estimada com base nos déficits de atendimento observados e em custos médios para cada item do déficit. Comenta-se que com a melhoria no cadastro do SES de Flores da Cunha e com a execução de projetos executivos das obras necessárias, esta estimativa de custo ficará mais próxima da realidade. São estimados os seguintes custos e indicadores: Densidade de domicílios/economias por ligação – 1,55 dom./lig. – Zona urbana (CORSAN), 1 dom./lig. zona rural (Associações); Unidade de tratamento individual composta de Fossa séptica (aproximadamente 2 m³ - intervalo de limpeza 2 anos para família de até 4 pessoas) em fibra de vidro, filtro biológico (aproximadamente 1,5 m³) em fibra de vidro e sumidouro – R$ 3.500,00; Custo por limpeza de unidade de tratamento – R$ 350,00 (Caminhão limpa fossa; emissão a ETE licenciada); Investimento em rede coletora de esgoto doméstico (incluindo a ligação do domicílio): R$ 5.000,00 – até 15 m de rede; Investimento em ETE à nível terciário (pode ser lodos ativados ou outra tecnologia no tratamento secundário, mas deve garantir remoção de nutrientes) – R$ 300.000,00 para cada 100 m³/dia de capacidade de tratamento; Taxa de retorno – 80% (ou 116 L/hab.dia); Densidade de hab./econ. res. (SNIS, 2010): 2,88; LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 134 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Densidade de hab./econ. res. zona rural (dados fornecidos no diagnóstico): 3,45; Extensão da rede de esgoto por ligação: Segundo SNIS (2012) - Para efeitos de planejamento, a expensas dos operadores de saneamento, 15 m/lig.; Tarifa média – R$ 5,14/m³; Custo operacional tratamento ETE – R$ 2,85/m³; Índice de suficiência de Caixa ISC - ISC Arrecadação Total Periodo Despesas Totais Periodo É considerado como atendimento adequado o sistema individualizado de fossa séptica, tanto na zona urbana, quanto na zona rural. Entretanto, este sistema individualizado deve ser operado. A responsabilidade da operação deste tratamento individualizado é do operador de saneamento – CORSAN ou Associações. Esta operação será realizada com caminhão limpa fossa e freqüência segundo normas vigentes (para efeitos de cálculo de viabilidade econômica será considerada o intervalo de 2 anos). As LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 135 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 37 Tabela 38 apresentam a necessidade de investimento, enquanto a Tabela 39 apresenta a viabilidade econômica. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 136 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 37. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Esgotamento sanitário C.1. Ano 2013 2018 2023 2033 Ano 2013 2018 2023 2033 Ligações, un. Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora 2.258 2.992 2.386 3.162 2.513 3.331 2.768 3.669 Ligações, un. Fossa séptica Fossa séptica Fossa séptica Fossa séptica 946 1.061 1.176 1.406 Total Zona Urbana Expansão de Expansão de fossas ligações sépticas, un. coleta,un. 28 37 128 170 487 645 Total Zona Rural Expansão de fossas sépticas, un. 75 275 222 513 Expansão de rede, m 559 2.550 9.681 Expansão de tratamento, m³/d 2.874 33 150 569 Investimento, R$ 2.874.181,87 98.371,54 219.106,98 448.873,37 999.794,15 1.704.363,84 3.796.199,80 10.140.891,56 Investimento, R$ 262.383,95 962.250,59 775.587,56 1.795.450,71 3.795.672,81 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 137 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 38. Estimativa de investimentos nos horizontes de planejamento – Esgotamento sanitário C.2. Ano 2013 2018 2023 2033 Ano 2013 2018 2023 2033 Ligações, un. Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora Fossa séptica Rede coletora 2.373 3.145 2.692 3.568 3.012 3.991 3.650 4.838 Ligações, un. Fossa séptica Fossa séptica Fossa séptica Fossa séptica 946 946 946 946 Total Zona Urbana Expansão de Expansão de fossas ligações sépticas, un. coleta,un. 207 275 320 424 941 1.247 Total Zona Rural Expansão de fossas sépticas, un. 75 142 85 189 Expansão de rede, m 4.125 6.360 18.704 Expansão de tratamento, m³/d 3.013 243 374 1100 Investimento, R$ 3.013.284,64 726.223,88 1.617.548,36 1.119.766,48 2.494.102,00 3.292.845,22 7.334.289,81 19.598.060,38 Investimento, R$ 262.383,95 497.000,00 298.200,00 662.666,67 1.720.250,61 Para análise da viabilidade econômica, foram consideras as seguintes tarifas médias: Zona Urbana R$ 3,60/m³ (CORSAN, 2014 – Considerando 20% tarifa social e 80% tarifa básica) e Zona Rural R$ 2,87 (CORSAN, 2014 – 50% tarifa social e 50% tarifa básica). A despesa total média utilizada foi de 2,85/m³ - equivalente a do abastecimento de água para o Rio Grande do Sul (SNIS, 2010). LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 138 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 39. Avaliação econômica esgotamento sanitário de Flores da Cunha - zonas urbana e rural, ambos os cenários de crescimento populacional (C.1. e C.2.) e todos os horizontes de planejamento. Aspecto Despesa total, R$/período Investimento total, R$/período Arrecadação total, R$/período ISC, %/período Aspecto Despesa total, R$/período Investimento total, R$/período Arrecadação total, R$/período ISC, %/período 2013 C.1. C.2. 8.910.136,44 10.055.812,59 2.874.181,87 Zona Urbana 2018 C.1. 2023 C.2. C.1. C.2. 11.733.627,25 14.060.781,93 25.851.081,28 34.085.628,61 3.013.284,64 1.766.146,04 5.957.640,71 5.500.563,64 10.627.135,03 14.575.242,82 16.449.345,22 19.193.922,27 23.000.692,77 42.287.319,54 55.757.430,54 123,7 125,9 142,2 Zona rural 114,9 134,9 124,7 2013 2018 2023 C.1. C.2. C.1. C.2. C.1. C.2. 742.700,00 662.200,00 1.029.000,00 827.750,00 2.460.500,00 1.655.500,00 1.224.634,54 759.383,95 775.587,56 298.200,00 1.795.450,71 662.666,67 1.890.988,47 1.686.027,42 2.619.936,90 1.686.027,42 6.264.679,05 4.215.068,55 96,1 118,6 145,2 149,7 147,2 181,8 LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 139 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul É observada viabilidade econômica para o sistema de esgotamento sanitário nas zonas urbana e rural, em ambos os cenários de crescimento populacional e em praticamente todos os horizontes de planejamento. Somente na zona rural, no curto prazo, é observado ISC inferior a 100% (suficiência de caixa deficitária). A viabilidade econômica para o SES de Flores da Cunha na zona urbana tem algumas explicações, quais sejam: opção por rede mista em boa parte da sede do município, desta forma reduzindo necessidade de investimento em rede coletora e Manutenção de sistema individualizado de tratamento em aproximadamente 40% dos domicílios da zona urbana. Cabe comentar que embora esta opção tecnológica pelo tratamento individualizado entregue viabilidade econômica ao SES, é necessário um adequado estudo de viabilidade ambiental desta prática, assim como implementação de programa para correta operação das fossas. Na zona rural, a viabilidade é devida a opção pela tecnologia de tratamento individualizado. Da mesma forma que na zona urbana, o desafio será implementar o programa para correta operação das fossas. 5 Etapa 05 Definição de Programas, Projetos e Ações necessárias para atingir os Objetivos e as Metas. Os programas, projetos e ações necessários para atingir as metas propostas pelo PLANSAB são discutidos a partir de diretrizes apresentadas abaixo. Também os princípios fundamentais dos serviços públicos de saneamento básico apresentados na Lei 11.445 de 2007 são referência para definição das diretrizes apresentadas abaixo: 5.1 Diretrizes: Universalização do acesso a saneamento básico; Disponibilizar serviços de saneamento básico de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente; LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 140 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Eficiência e sustentabilidade econômica, a partir da prática de tarifas módicas, da opção por tecnológicas/infra-estrutura adequadas e da operação eficiente dos serviços; Regulação dos serviços disponibilizados; Sistematização, transparência e controle social institucionalizado da informação dos serviços de saneamento. 5.2 Programas, Projetos e Ações: As ações são aqui entendidas como o objetivo dos projetos, que por sua vez são concebidos no âmbito dos programas. Alguns programas são comuns a todos os eixos de saneamento básico, enquanto outros programas são estritamente vinculados a eixos específicos. Os diferentes programas são originados a partir da observação dos déficits de Flores da Cunha frente às metas estipuladas no PLANSAB (2013). Obviamente, seguem as diretrizes da Lei 11.445/2007 consolidadas acima. Os programas propostos são à base das ações estruturantes do PMSB de Flores da Cunha. O custo para realização e manutenção de cada um destes programas não foi levantado, mas sabidamente seu impacto será sentido na viabilidade econômica do PMSB. Assim, o custo para realização de cada um dos programas deve ser levantado imediatamente, a fim de subsidiar uma atualização da viabilidade econômica do atual PMSB. 5.2.1 Programa de Gestão dos Serviços de Saneamento Básico: Este programa visa estruturar a prefeitura para gerir os serviços de saneamento básico. Um corpo técnico multidisciplinar deve ser montado, com pelo menos os seguintes técnicos: Engenheiro civil, ou Sanitarista ou ambiental; Economista; Contador; Biólogo; LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 141 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Geólogo; Profissional da área social; Administrador. Estes profissionais terão a função de fazer a interface entre a prefeitura, os operadores de serviço de saneamento básico, a entidade reguladora e a população. A forma de contratação destes profissionais, assim como o vinculo destes com a prefeitura deve favorecer a viabilidade econômico financeira deste programa. Ou seja, este serviço pode e deve ser terceirizado. Ainda, estes profissionais estarão envolvidos na construção e execução dos programas propostos abaixo. 5.2.2 Programa de Regulação dos Serviços de Saneamento Básico: Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são regulados pela AGERGS. Deve-se avaliar a regulação dos demais serviços de saneamento básico do município por essa ou outra instituição reguladora. A viabilidade econômica deste programa deve ser observada. As ações de regulação são, no mínimo, as definidas na Lei 11.445. Destaque deve ser dado às seguintes definições: Normas técnicas relativas à qualidade, quantidade e regularidade dos serviços prestados aos usuários; Normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos pagamentos por serviços prestados aos usuários. 5.2.3 Abastecimento de Água: 5.2.3.1 Programa de Perdas na distribuição: O atual índice de perdas no abastecimento de água do município praticamente atende a meta do PLANSAB. De qualquer forma, no médio e longo prazo a perda deve ser diminuída. Ainda, independentemente da meta do PLANSAB, sabe-se que a diminuição das perdas na distribuição traz benefícios econômicos e ambientais. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 142 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul O programa de perdas deve contar com no mínimo os seguintes projetos e ações: Cadastro dos sistemas existentes na zona urbana e rural; Modelagem das redes; Monitoramento de pressões nas redes, inclusive para validação da modelagem; Caça vazamentos. 5.2.3.2 Programa operacional dos sistemas de abastecimento de água de Flores da Cunha – SAA e SAC: Sabidamente existem dificuldades operacionais nos sistemas de abastecimento. Por exemplo, em Flores da Cunha, observou-se no diagnóstico, elevado custo total por m³ na zona urbana, assim como falta de cobrança nos sistemas da zona rural. Os projetos e ações a serem realizados no âmbito deste programa são: Avaliação da qualidade de água dos sistemas de abastecimento; Avaliação dos custos de operação dos sistemas; Estruturação de cobrança pelos serviços. 5.2.4 Esgotamento Sanitário: 5.2.4.1 Programa de tratamento individualizado assistido: Este programa visa viabilizar o tratamento individualizado assistido no município de Flores da Cunha, de forma tecnicamente adequada e economicamente viável. Os projetos e ações necessárias são as seguintes: Estudos hidrogeológicos para avaliação da infiltração dos esgotos; Cadastro dos usuários de tratamentos individualizados; Serviço de coleta e tratamento dos resíduos dos tratamentos individualizados; Controle e fiscalização dos serviços de coleta e tratamento dos resíduos; Construção de tarifas. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 143 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 5.2.5 Manejo dos Resíduos Sólidos: Os dados do SNIS (2011) mostram que as despesas foram de R$ 1.478.564,00 e a arrecadação de 483.258,00. Ou seja, o serviço como é prestado hoje está desalinhado com os princípios da Lei 11.445/2007 por não apresentar viabilidade econômica. Desta forma, seja a partir do Programa de Regulação, seja a partir do Programa de Gestão dos Serviços, deve-se discutir: A tarifa praticada; As opções tecnológicas/operacionais do serviço; A gestão dos serviços, inclusive no que concerne a atuação do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (Cisga). 5.2.6 Manejo das Águas Pluviais: O planejamento do controle quantitativo e qualitativo da drenagem urbana passa pelo conhecimento do comportamento dos processos relacionados com a drenagem pluvial. Este programa busca disponibilizar informações para a gestão do desenvolvimento urbano, articulando produtores e usuários e estabelecendo critérios que garantam a qualidade das informações produzidas. O programa de monitoramento proposto neste Plano tem os seguintes componentes: Monitoramento de bacias representativas da cidade; Avaliação e Monitoramento das áreas impermeáveis; Monitoramento de material sólido na drenagem; Completar o cadastro da drenagem da cidade. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 144 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 5.2.6.1 Avaliação e monitoramento de áreas impermeáveis: Manter atualizado o atual sistema de informações cadastrais em base digital, e executar ações de fiscalização para evitar construções ou outros desenvolvimentos irregulares; Utilizando dados de campo, sistemas de informação geográfica e imagens, estabelecer a relação de densidade habitacional e área impermeável para a cidade de Flores da Cunha; Anualmente determinar para cada uma das bacias da cidade as áreas impermeáveis; Verificar se estão dentro dos cenários previstos no Plano; Sempre que houver novos levantamentos populacionais, atualizar a relação densidade x área impermeável. Ajustar esta relação para áreas comerciais e industriais. 5.2.6.2 Cadastro do sistema de drenagem: Levantamento do cadastro das áreas ainda sem as informações; Atualização do banco de dados; Estabelecer procedimentos administrativos para atualização do cadastro a cada nova obra executada na cidade. Estudos complementares: Estes estudos buscam criar informações para a melhoria do futuro planejamento e projeto das águas pluviais na cidade. Os estudos destacados são os seguintes: Revisão dos parâmetros hidrológicos; Metodologia para estimativa da qualidade da água pluvial; Dispositivos para retenção do material sólido nas detenções; Verificação das condições de projeto dos dispositivos de controle da fonte. 5.2.6.3 Programa de manutenção: O programa de manutenção é essencial para permitir que as obras previstas tornem-se efetivas ao longo do tempo. Neste sentido, sugere-se que a Prefeitura LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 145 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Municipal organize um grupo gerencial e realize a manutenção das detenções construídas dentro das seguintes visões: Drenagem urbana; Controle dos resíduos sólidos; Proteção ambiental; Paisagismo e recreação urbana. Com vistas a estas ações, será necessário: 1. Criar um grupo gerencial para manutenção dos sistemas em construção no município; 2. Treinar equipe de manutenção; 3. Estabelecer programa preventivo de apoio relacionado com resíduos sólidos, com apoio comunitário; 4. Programação das ações de limpeza das detenções nos períodos chuvosos; 5. Sistematizar a quantificação do volume gerado e sua relação com programas preventivos. É importante considerar que, a longo tempo serão também construídas detenções privadas, que neste caso serão operadas pelos seus proprietários. Caso o empreendedor privado não fizer a manutenção, a tendência é que o poder público a faça. Nesta situação, o custo é pago pelo empreendedor com o aumento da taxa operacional. 6 Etapa 06 Definição de Ações para Emergências e Contingências. Do ponto de vista formal, o objetivo essencial do Plano de Saneamento é o correto atendimento à população com serviços públicos adequados e universais, nos termos das Leis Federais 11.445/07 e 8.987/95. Toda prestação de serviços com potencial de gerar uma ocorrência anormal, cujas conseqüências possam provocar sérios danos a pessoas, ao meio ambiente e a bens públicos, inclusive de particulares, devem ter, como atitude preventiva, um Plano de Contingência ou Emergência. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 146 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul O Plano de Contingência é um documento onde estão definidas as responsabilidades, estabelecidas em uma organização para atender a uma emergência e contém informações detalhadas sobre as características da área envolvida. É um documento desenvolvido com o intuito de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate às ocorrências anormais. O gestor responsável pela prestação de serviços deve possuir um corpo técnico qualificado para desenvolver e auditar o Plano de Contingência (PC) e sempre de forma a atender as necessidades e condições no sentido de preservar a continuidade do serviço. As ações para controle de emergência devem ser prioritariamente, no sentido de preservar a vida e a integridade das pessoas, inclusive a dos participantes do Plano de Contingência. Toda informação sobre anomalias externas com o potencial para se transformar em emergências, e que tiver relacionada com as atividades do local em que o PC se refere, deverá ser prontamente verificada. As ações de combate e controle às emergências terão prioridade sobre as demais atividades do local referente ao PC, e serão exercidas, em tempo integral com dedicação exclusiva enquanto durar a situação. Qualquer acidente que possa vir a apresentar um risco ao meio ambiente deve ser prontamente comunicado à Autoridade Legal competente. O Plano de Contingência deve considerar as peculiaridades de cada serviço, uma vez compreendido que situações de emergência e contingência caracterizam uma ocorrência temporária, emergências, sinistros, ocorrências atípicas ou eventos climáticos inesperados. As diretrizes para planos de racionamento e atendimento a aumento de demanda temporária, diretrizes para integração com Planos locais de contingência e emergência e regras de atendimento e funcionamento operacional para situações críticas na prestação de serviços, incluindo mecanismos tarifários de contingência, deverão ser elaborados pelo Gestor Municipal, com auxílio do Conselho Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Meio Ambiente, Conselho Municipal da Cidade e ainda, Concessionárias. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 147 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 6.1 Ações para Emergências e Contingências: Abastecimento de Água Potável. As situações emergenciais do Plano de Contingência (PC) na operação do sistema de abastecimento de água ocorrem quando da ocasião de paralisações na produção, na adução e na distribuição. Para tanto, recomendam-se as ações emergenciais, conforme segue: − Comunicar ao Responsável pelos Serviços; − Interromper o fornecimento de água aos Usuários atingidos; − Comunicar o problema aos Usuários atingidos; − Comunicar a Administração Municipal; − Comunicar ao Corpo de Bombeiros; − Comunicar ao Órgão Ambiental; − Comunicar a Equipe de Manutenção; − Isolamento da área; − Realização do reparo; − Substituição dos equipamentos defeituosos; − Uso de equipamentos reservas; − Solicitação de apoio externo para resolução da questão (se necessário); − Restabelecimento do fornecimento de água; − Comunicar a população atingida sobre o restabelecimento (quando fornecida água em quantidade e qualidade suficiente); − Esclarecimentos a população sobre o ocorrido; − Reabilitar as estruturas para a próxima solicitação. Estes eventos continuarão a ser resolvidos através dos procedimentos de manutenção. Evidencia-se que quanto melhor for mantido o sistema, e quanto mais ampla fora capacidade de atendimento, as situações de emergência e de contingência serão reduzidas. Portanto, a solução dos principais problemas nas situações de emergência ou de contingência, dizem respeito à alocação de recursos financeiros. Os recursos poderão provir do erário, de financiamentos em geral, ou de parcerias público-privadas na forma de concessões plenas ou parciais, nos termos da Lei. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 148 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 6.2 Ações para Emergências e Contingências: Esgotamento Sanitário. As situações emergenciais do Plano de Contingência (PC) na operação do sistema de esgotamento sanitário ocorrem quando da ocasião de entupimento de redes coletoras, sobrecargas de vazões parasitárias e defeitos nas estações elevatórias e de tratamento de esgotos, vazamento de esgoto, acidente ambiental, depredação ou incêndio que ocasionem falhas no sistema de esgotamento sanitário, ou mesmo quando ocorrer uma situação crítica. Para tanto, recomendam-se as ações emergenciais, conforme segue: − Paralisação completa da operação; − Paralisação parcial da operação; − Comunicação ao Responsável; − Comunicação à Administração; − Comunicação ao Corpo de Bombeiros; − Comunicação ao Órgão Ambiental; − Comunicação a População; − Substituição de equipamento; − Substituição de pessoal; − Manutenção corretiva; − Uso de equipamento ou veículo reserva; − Solicitação de apoio a Municípios vizinhos; − Manobra operacional; − Descarga da rede; − Isolamento da área e remoção das pessoas. Estes eventos continuarão a ser resolvidos através dos procedimentos de manutenção e serviços de eliminação de ligações clandestinas de águas pluviais nas redes coletoras. Evidencia-se que quanto melhor for mantido o sistema, e quanto mais ampla for a capacidade de atendimento, as situações de emergência e de contingência serão reduzidas. Portanto, a solução dos principais problemas nas situações de emergência ou de contingência, dizem respeito à alocação de recursos financeiros. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 149 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Os recursos poderão provir do erário, de financiamentos em geral, ou de parcerias público-privadas na forma de concessões plenas ou parciais, nos termos da Lei. 6.3 Ações para Emergências e Contingências: Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. As situações emergenciais do Plano de Contingência (PC) na operação do sistema de manejo e disposição final de resíduos sólidos ocorrem quando da ocasião de paralisações de prestação dos serviços, paralisação da coleta convencional de resíduos, da coleta de resíduos volumosos, bem como a ineficiência da coleta seletiva, que podem gerar incômodo à população e comprometimento da saúde pública e ambiental. A limpeza das vias através da varrição trata-se de serviço primordial para a manutenção de uma cidade limpa e salubre. A paralisação dos serviços de destinação de resíduos ao aterro controlado interfere no manejo do mesmo, provocando mau cheiro, formação excessiva de chorume, aparecimento de vetores transmissores de doenças comprometendo a saúde pública. Há de se considerar ainda, deficiência dos equipamentos, por desorganização na sua prestação, ou por greves de trabalhadores. Diante disso, recomendam-se as ações emergenciais, conforme segue: − Paralisação parcial ou total da operação do sistema; − Substituição ou manutenção do equipamento defeituoso; − Comunicar ao órgão competente e/ou Corpo de Bombeiros; − Utilização de veículo reserva; − Retirar população afetada das áreas de risco, por meio de auxílio dos órgãos competentes, dando-lhes abrigo e suprindo suas necessidades urgentes; − Isolar áreas problemáticas até não haver mais qualquer tipo de risco à população; − Encaminhar à atendimento médico qualquer pessoa que de alguma forma tiver sua saúde comprometida com a ocorrência deste evento. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 150 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Estes eventos continuarão a ser resolvidos através dos procedimentos de manutenção e reposição de equipamentos e através de gestões administrativas em geral, incluindo a do pessoal alocado nos serviços. Evidencia-se que, quanto melhor mantido o sistema, e quanto mais ampla fora a capacidade de atendimento, as situações de emergência e de contingência serão reduzidas. Portanto, a solução dos principais problemas nas situações de emergência ou de contingência diz respeito à alocação de recursos financeiros. Os recursos poderão provir do erário, de financiamentos em geral, ou de parcerias público-privadas na forma de concessões plenas ou parciais, nos termos da Lei. 6.4 Ações para Emergências e Contingências: Manejo de Águas Pluviais e Drenagem Urbana. A ineficiência do sistema de drenagem, incluindo a inexistência de emissários e dissipadores de energia podem causar problemas como erosões e alagamentos, comprometendo o atendimento deste serviço no caso de grandes precipitações, emergências, sinistros, ocorrências atípicas ou eventos climáticos inesperados. Cabe destacar a necessidade de se adotar medidas de emergência e contingência para tais ocorrências, considerando que os serviços de microdrenagem prestados tem razoável cobertura, necessitando, no entanto, ampliações, reformas e melhorias do sistema físico. É possível dar-se início a um processo corretivo desta situação, com uso de atos previstos em Lei, bem como se recomendam as ações emergenciais no Plano de Contingência (PC) conforme segue: − Comunicar à Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros; − Retirar população afetada das áreas de risco, por meio de auxílio dos órgãos competentes, dando-lhes abrigo e suprindo suas necessidades urgentes; − Isolar áreas problemáticas até não haver mais qualquer tipo de risco à população; − Encaminhar à atendimento médico qualquer pessoa que de alguma forma tiver sua saúde comprometida com a ocorrência deste evento. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 151 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul As situações emergenciais na operação do sistema de microdrenagem ocorrem apenas quando da ocasião das enchentes, estas afetas às condições das estruturas naturais de macrodrenagem. Não há como separar os eventos. Assim, resta a tomada de atitudes políticas e institucionais para ações emergenciais na operação dos serviços públicos de macrodrenagem: predição por parte da Defesa Civil, evacuação de populações e bens nas áreas de risco, atendimento emergencial de acidentes, mobilização do funcionalismo público municipal no atendimento às demandas de atuação pessoal, mobilização do empresariado para apoios operacionais e financeiros, atuação jurídico-institucional nos decretos de situação de emergência e calamidade pública, ações administrativas de obtenção de recursos junto aos governos Estadual e Federal, contratações emergenciais de empresas prestadoras de serviços e outras ações assemelhadas típicas de acidentes naturais. Os principais aspectos contingenciais dizem respeito à alocação de recursos financeiros nos casos de paralisações operacionais, para sustentar as ações retro citadas. Todas estas medidas apresentadas podem ser implantadas pelo poder público, por meio de ações legislativas, intensificação da fiscalização, campanhas educativas e obras de infraestrutura. Podem, ainda, ser concretizadas por meio de parcerias entre o poder público e a sociedade. O sucesso da implantação do Planejamento de Contingência e Emergência vincula-se também aos seguintes aspectos: Comunicação clara e objetiva quanto às características dos trabalhos (natureza, objetivo, enfoque, periodicidade, etc.); Atuação focalizada na definição das melhores práticas de controle; Independência na execução dos trabalhos; Apresentação de resultados práticos de curto prazo (processo de implementação); Visão macro do negócio e entendimento dos processos do município. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 152 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul A elaboração de um Plano de Contingência ou Emergência exige um real reconhecimento das suas vulnerabilidades ambientais, sociais, econômicas e de forma mais específica, dos sistemas de saneamento. Para registro, é importante que o município busque envolver todo aquele que estiver relacionado aos processos, para garantir que todos os riscos e ameaças sejam trabalhados. Assim, considerando a necessidade de estabelecer um plano preventivo para o gerenciamento de riscos ou de períodos críticos, por meio do estabelecimento de um conjunto de ações preventivas e de procedimentos emergenciais a serem adotados a fim de minimizar a possibilidade de eventuais acidentes, cabe ao poder concedente estabelecer o prazo mínimo para que as concessionárias e/ou operadoras dos sistemas apresentem o plano de ação de emergência e contingência, contemplando aspectos técnicos e legais e fazendo incluir também, que qualquer ocorrência que configure potencial de alcance de repercussão pública, mesmo que não afete pessoas ou propriedades, implicará no acionamento do Plano de Contingências. Etapa 07 Proposição de Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e Efetividade das Ações Programadas. Definimos os mecanismos e procedimentos para o monitoramento e a avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das ações programadas no Plano, levando em conta que existe um alto grau de complexidade na realidade socioambiental contemporânea, qualquer modelo de sistema de indicadores representa uma tentativa de explicação desta realidade e tem limitações. Todo modelo de sistema de indicadores tem limitações, pois é uma representação da realidade. Fonte: Peças Técnicas relativas a Planos de Saneamento Básico. MC, 1º Edição, 2011. Baseada nos objetivos a atender e nas metas a cumprir, a avaliação do Plano deve contemplar indicadores, procedimentos e mecanismos que permitam realizar a avaliação dos resultados das ações implementadas, com vistas a aferir a LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 153 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul eficiência, a eficácia e a efetividade, assim como a qualidade dos serviços na ótica do usuário. Portanto, o modelo de sistemas de indicadores deve contemplar métodos quantitativos e qualitativos de avaliação. Os métodos objetivos devem contar com técnicas de coleta, tratamento e análises de dados; e os métodos subjetivos devem articular-se com técnicas da pesquisa participante, onde haja o envolvimento da população como sujeito do processo de investigação. Neste sentido, a avaliação das políticas públicas de saneamento básico no município, compreende os critérios da eficácia, eficiência e efetividade. A figura abaixo ilustra esses conceitos de forma geral. Fonte: PLANSAB, 2013. Figura 26. Classes de Indicadores para Avaliação do PMSB. Há de se considerar importante também, a seleção dos indicadores já existentes em sistemas de informação, a exemplo do SNIS, além de outros sistemas de informação do IBGE (Pnad e PNSB, em especial) e outros setoriais, como o Datasus, da Saúde a fim de melhor visualizar os cenários, considerando o ―antes‖ e ―depois‖ da execução do PMSB. E, para atender a Lei, o município utilizará ainda, o Índice de Salubridade Ambiental em Áreas de Ocupação Espontânea – ISA/OE proposto na edição das Peças Técnicas Relativas a Planos Municipais de Saneamento Básico – 1ª Edição, LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 154 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Brasília (2011), onde Dias (2003) propõe o Índice de Salubridade Ambiental em Áreas de Ocupação Espontânea – ISA/OE também como instrumentos de avaliação de políticas de saneamento. A autora partiu do pressuposto de que a salubridade ambiental é o resultado das condições materiais e sociais, que são vinculadas à situação socioeconômica e cultural, como a renda, os níveis de escolaridade, os hábitos higiênicos, entre outros. O Índice de Salubridade Ambiental – ISA foi construído a partir de somatório ponderado de índices setoriais referentes a cinco componentes do saneamento básico: Abastecimento de água; Esgotamento sanitário; Manejo de resíduos sólidos; Manejo de águas pluviais; e Controle de vetores. O ISA/OE é composto por 23 indicadores agrupados em sete componentes: abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, drenagem urbana, condições de moradia, condições socioeconômico-culturais e saúde ambiental ( Tabela 40). LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 155 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Tabela 40. Composição do ISA/OE. CONDIÇÃO COMPONENTE VARIÁVEL Origem da Água Abastecimento de Água (IAA) Frequência Abastecimento INDICADOR Domicílios atendidos com Rede Pública (%) do Domicílios que raramente falta Água (%) Quantidade de Água Consumo médio per capita de utilizada no Água (L/hab.dia) Domicílio Amostras de Água sem coliformes Qualidade da Água termotolerantes (fecais) da Rede da Rede de Distribuição (%) MATERIAL Esgotamento Sanitário Destino dos dejetos Domicílios com Destinação Sanitários do Adequada dos Dejetos Sanitários Domicílio (%) Destino das Águas Domicílios com Destinação servidas do Adequada das Águas Servidas (%) Domicílio (IES) Resíduos Sólidos (IRS) Drenagem Regularidade da Domicílios com Coleta Regular de Coleta de Resíduos Resíduos Sólidos Domiciliares (%) Sólidos Domiciliares Domicílios com Resíduos Sólidos Existência de Coleta Domiciliares Coletado sob de Resíduos Sólidos responsabilidade da Limpeza Domiciliares Urbana Municipal (%) Ocorrência Inundações de Domicílios ou sem ocorrência de LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 156 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Urbana (IDU) Alagamentos Inundações ou Alagamentos (%) Pavimentação da Domicílios cujas Ruas possuam Rua onde se situa o Pavimentação (%) Domicílio Material usado nas Domicílios com Paredes do Domicílio Reboco (%) Paredes com Material usado no Domicílios com Piso Adequado (%) Piso do Domicílio Condições da Moradia Material usado Cobertura Domicílio na Domicílios com do Adequada (%) Existência Sanitário de Domicílios que possuam Sanitários (%) Cobertura (ICM) Como a Água chega Domicílios com Canalização ao Domicílio Interna Completa (%) Acondicionamento Domicílios que guardam Água em da Água no Domicílio Reservatório com Tampa (%) Amostras sem coliformes Qualidade da Água termotolerantes (fecais) na Água no Domicílio de beber (%) CONDIÇÃO COMPONENTE VARIÁVEL Situação Propriedade Renda Familiar SOCIAL INDICADOR de Domicílios Próprios financiados (%) pagos Mensal Renda Média Mensal (salário mínimo) ou Familiar Aglomeração Número Médio de pessoas por Socioeconômico (número de pessoas Cômodo (um) por cômodo) e Cultural Acondicionamento Domicílios com Acondicionamento dos Resíduos (ISE) Adequado do Resíduo Sólido (%) Sólidos Domiciliar Uso da Cozinha Domicílios cuja utilizada apenas alimentos (%) Cozinha seja para preparar Animais no Domicílio Domicílios que Animais (%) não possuam LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 157 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Existência Lavatório Domicílio de Domicílios que possuam Lavatório no (%) Escolaridade do Domicílios cujo ―cabeça da família‖ cabeça da Família possui pelo menos Ensino no Domicílio Fundamental Completo (%) Tempo Residência Domicílios cujos moradores de residam há 5 ou mais anos – medido pelo ―cabeça da família‖ (%) Tratamento da Água Domicílios que dão Tratamento no Domicílio Doméstico à Água (%) Domicílios sem resíduos nas suas Resíduos próximos proximidades – distância ≤ 10m ao Domicílio (%) Saúde Ambiental (ISA) Presença de Vetores Domicílios que não apresentaram no Domicílio aumento de Vetores (%) Fonte: Dias (2003). Consoante o parágrafo 4.º do artigo 19 da citada Lei Federal n.º 11.445/07, este Plano será revisto periodicamente, em prazo não superior a quatro anos, vinculado à elaboração do Plano Plurianual – PPA com a previsão das etapas preliminares de avaliação e discussões públicas descentralizadas no território e temáticas, sobre cada um dos componentes; e da etapa final de análise e opinião dos órgãos colegiados instituídos (Conferência, Conselhos, entre outros). Serão instrumentos deste Sistema: − Conferência Municipal de Saneamento Básico; − Conselho Municipal da Cidade; − Plano Municipal de Saneamento Básico; − Fundo Municipal de Saneamento Básico; − Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico; − Instrumento de Delegação da Prestação dos Serviços. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 158 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul 7.1 Sistema Municipal de Saneamento Básico. O Sistema Municipal de Informação de Saneamento Básico do Município atenderá às diretrizes do Sistema Nacional de Informação em Saneamento – SINISA, do Ministério das Cidades, criado pela Lei Nacional do Saneamento Básico. De maneira simplificada trata-se de um sistema, automatizado ou manual, capaz de coletar e armazenar dados, e processá-los com o objetivo de produzir informações. A Figura abaixo apresenta e esquematiza essa definição. Fonte: PLANSAB. Peças Técnicas (2011) adaptado pelo Autor Banco de Serviços e Consultoria Ltda., 2014. Figura 27. Estrutura de Sistema da Informação Municipal. A função primordial desse sistema é monitorar a situação real do saneamento municipal, tendo como base dados e indicadores de diferentes naturezas, possibilitando a intervenção no ambiente, auxiliando o processo de tomada de decisões. Trata-se de uma ferramenta de apoio gerencial fundamental, não apenas no momento de elaboração do Plano, mas principalmente em sua implantação e avaliação. Tendo em vista a utilização das modernas tecnologias da informação, será acolhido a sugestão do Ministério das Cidades, utilizando um Sistema Integrado de Gestão dos Serviços de Água e Esgotos – GSAN, com tecnologia que utiliza softwares livres, cuja evolução visa possibilitar a integração de todos os serviços de LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 159 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul saneamento básico. O GSAN é um software público e está disponível no portal: www.softwarepublico.gov.br, mantido pelo Ministério do Planejamento. O GSAN é um sistema, desenvolvido com ferramentas de software livre, de Gerência de Operações Comerciais e de Controle da Execução de Serviços Internos, disponível gratuitamente para prestadores dos serviços de saneamento brasileiros e para atendimento de seus usuários. Da mesma maneira também ficou identificado a necessidade de se instituir ou aprimorar os mecanismos de representação e participação da sociedade para o Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do PMSB, formada por representantes (Autoridades e/ou Técnicos) das instituições do poder público municipal e das representações da sociedade em organismos colegiados, tais como: − Conselho Municipal da Cidade; − Conselho Municipal de Meio Ambiente; − Conselho Municipal de Saúde; − Conselho Gestor do Fundo Local de Habitação de Interesse Social; − Comitê de Bacia Hidrográfica, além de − Representantes de organizações da sociedade civil (entidades do movimento social, entidades sindicais, profissionais, grupos ambientalistas, entidades de defesa do consumidor e outras). 8 Etapa 08 Versão Preliminar do Plano Municipal de Saneamento Básico. A Consulta Pública foi levada a efeito após a realização da reunião de elaboração do Plano e da realização da Leitura Comunitária, oportunidade em que a Administração Municipal apresentou à comunidade uma pré-proposta de Plano, ou seja, a Versão Preliminar do Plano, contemplando todos os itens necessários nos termos da Lei, junto com um contexto de soluções possíveis, convidando-os a tomar decisões que possam ser incorporadas ao PMSB, oportunidade em que se registrou a participação do Comitê Executivo, do Comitê de Coordenação, do Conselho Municipal da Cidade, dos demais Conselhos (Saúde, Educação e Meio Ambiente) e da “Participação Cidadã” onde exerceram o direito de propor e opinar diretamente sobre o tema a ser pactuado. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 160 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Finalizada a reunião de elaboração e já realizada a Leitura Comunitária, a Prefeitura Municipal disponibilizou no Site Municipal a Versão Preliminar do Plano, onde constou todas as informações pertinentes ao assunto para que a população pudesse ficar inteirada do que se trata. A Versão Preliminar do Plano foi disponibilizada e divulgada com a finalidade de receber comentários e sugestões online. A Consulta Pública On-line sobre a Versão Preliminar do Plano Municipal de Saneamento Básico constitui o coroamento do processo participativo a fim de que fosse possível refletir sob a ótica plural do conjunto dos atores sociais envolvidos com o tema do saneamento básico. Os registros de manifestações individuais e/ou coletivas foram enviados para o Site Municipal: www.floresdacunha.rs.gov.br e também para o e-mail Institucional da Prefeitura Municipal: [email protected]. A Consulta Pública é o momento de grande mobilização da sociedade. As sugestões recebidas serão encaminhadas para análise dos comitês, que de posse dos registros devem desenvolver uma atenta avaliação de cada uma delas, em um esforço de, a um só tempo, procurar acomodar as visões da sociedade, mas sem deixar comprometida a coerência e a consistência do Plano que será encaminhado para Audiência Pública de Apresentação, Discussão e Aprovação. 9 Etapa 09 Aprovação do Plano. Após a finalização do Plano, para que o PMSB passe a se constituir em um instrumento de política pública, é recomendável que o Executivo Municipal o aprove por Decreto ou o encaminhe para aprovação na Câmara Municipal, conforme determina a respectiva Lei Orgânica e a Política Municipal de Saneamento do município. Esclarecemos que, a decisão do município por optar pelo Decreto Municipal, tem fundamento de validade a própria Lei 11.445/07, o que dispensa a edição de Lei Local. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 161 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul Neste sentido, o Município opta pela aprovação do PMSB por meio de Decreto ou Lei Municipal, conforme irá dispor a gestão municipal, após a realização da Reunião de Elaboração do PMSB, da Leitura Comunitária, da Consulta Pública On-line, da Audiência Pública para proceder a sua Apresentação, Discussão e Aprovação, do Acolhimento do Parecer do Conselho Municipal de Meio Ambiente, Saúde e Educação, e da deliberação por Instância Colegiada, neste caso, o Conselho Municipal da Cidade. A execução do PMSB passa, então, para a responsabilidade das diversas Instituições do Município, inclusive as Delegatórias da Prestação e/ou da Regulação e Fiscalização dos Serviços. O acompanhamento e a avaliação continuada de sua execução ficam a cargo da Instância Colegiada, neste caso, o Conselho Municipal da Cidade, ora designado para esse fim próprio. 10 Etapa 10 Relatório Final. A Versão Final do Plano teve por base a Versão Preliminar do Plano aprovada, incluindo as incorporações da Reunião de Elaboração, da Leitura Comunitária, da Consulta Pública On-line e da Audiência Pública para proceder a sua Apresentação, Discussão e Aprovação, mediante os Pareceres dos Conselhos Municipais: de Meio Ambiente, Saúde e Educação e observada a deliberação por Instância Colegiada, neste caso, o Conselho Municipal da Cidade, sendo o Plano homologado por Decreto/Lei Municipal, com a versão final em impressão definitiva. Considerando a atual realidade, e assumindo o que é tendência internacional na área de saneamento básico, embora conclusa a primeira versão/edição do PMSB, ele não se destina a fechar-se em si próprio, ao contrário, deve manter-se aberto à reconstrução, especialização, correção, ratificação, retificação, supressões a partir do dia seguinte ao da entrega do mesmo à sociedade. 10. 1 Encerramento. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 162 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul O presente Plano Municipal de Saneamento Básico foi elaborado pela LC BANCO DE SERVIÇOS E CONSULTORIA LTDA. e apoiado pelos Comitê Executivo e de Coordenação, que disponibilizou os profissionais necessários para elaboração do Plano com HABILITAÇÃO LEGAL, registrados nos respectivos Conselhos de Classe, para a necessária elaboração com êxito do Plano Municipal de Saneamento Básico, atendendo aos ditames da Lei Federal nº 11.445/07, cumpridas as formalidades legais, e dado ampla divulgação e subsequente Edição Oficial pelo Poder Executivo. 11 REFERÊNCIAS. AGERGS. Serviços Regulados: Saneamento. Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS. Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: <http:www.agergs.rs.gov.br>. Acesso em: 2014. ANA. Agência Nacional de Águas. <http://www.ana.gov.br>. Acesso em: 2014. Brasil, 2014. Disponível em: ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasil, 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. Disponível em: <http:// www.abnt.org.br>. Acesso em: 2014. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília. DF: Senado, 1988. _________________Lei nº 6.938/1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. _________________Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Regulamenta os artigos 182 e183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 163 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul _________________Lei nº 0.257 de 10 de Julho de 2001 que ―estabelece diretrizes gerais para a Política Urbana‖. É o chamado “Estatuto da Cidade”. _________________Lei nº 11.445 de 05 de Janeiro de 2007 que ―estabelece as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico‖. _________________Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. Lei de Consórcios Públicos. _________________Lei 11.124/05 – Lei do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social. _________________Lei 12.305/ 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. __________________Decreto 7.404/ 2010 - Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e dá outras providências. __________________Decreto nº 7.217/2010 - Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico. _________________Portaria 518/04 do Min. da Saúde e Decreto 5.440/05 – Que, respectivamente, definem os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle de qualidade da água para consumo humano e à informação ao consumidor sobre a qualidade da água. __________________Resolução Recomendada 75 de 02/07/09 do Conselho das Cidades, que trata da Política e do conteúdo Mínimo dos Planos de Saneamento Básico. __________________Resolução CONAMA 307/2002 - Estabelece Diretrizes, Critérios e Procedimentos para a Gestão dos Resíduos da Construção Civil. __________________Resolução CONAMA 283/2001 - Dispõe sobre Tratamento e Destinação Final dos Resíduos dos Serviços de Saúde. __________________Lei 8.987/1995. Lei de Concessão e Permissão de Serviços Públicos. LC Banco de Serviços e Consultoria Ltda. 164 Prefeitura Municipal de Flores da Cunha Estado do Rio Grande do Sul __________________Resolução Nº 237/1997. CONAMA. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental. __________________Resolução Nº 369/2006. Dispõe sobre os casos excepcionais de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP. BRASIL. Ministério das Cidades. Peças Técnicas Relativas a Planos Municipais de Saneamento Básico. Brasília: Ministério das Cidades, 2011. 1ª edição. 244 p.: il. _________________Projeto Projeção da Demanda Demográfica Habitacional. Brasil, 2012. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br>. 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