confira o resumo
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RESUMO Objetivo: O diagnóstico de obstrução infravesical em mulheres não é consensual. Os parâmetros urodinâmicos masculinos comprovados não se aplicam a mulheres com obstrução. A obstrução feminina pode ser estabelecida com base no quadro clínico ou relacionada a ocorrências cirúrgicas. Para se determinar o perfil urodinâmico de obstrução feminina infravesical, analisamos mulheres que desenvolveram distúrbios miccionais após terem sido submetidas a cirurgias de incontinência urinária de esforço. Materiais e Métodos: 283 mulheres (com média de idade de 48.2 5) que desenvolveram suspensão sintomas vesical obstrutivos foram avaliadas ou dificuldades miccionais prospectivamente com após exames urodinâmicos completos. 156 dos casos haviam sido submetidos a cirurgias Kelly-Kennedy (55.1%); 45 a cirurgias Burch (16.9%), 37 (13%) a cirurgias de colpoperineorrafia anterior + abdominal (Burch); 33 (11.7%) a cirurgias de Sling e 12 casos (4.3%) a cirurgias Marshall-Marchetti-Krantz. O tempo de início dos sintomas urinários variaram amplamente (1 a 120 dias) assim como o tempo para a avaliação urodinâmica (média de 43 meses). Os aspectos clínicos foram inconstantes apesar dos sintomas irritativos terem sido as razões predominantes para a procura de avaliação médica. Resultados: Cinco padrões de relações fluxo-pressão puderam ser identificados: 1 – pressão elevada x fluxo baixo (6.3%); 2 – pressão normal x fluxo baixo (40%); 3 – pressão normal e fluxo associado a tempo de fluxo prolongado (24.7%); 4 – contração detrusora fraca e volume residual elevado (13.4%) e 5 – pressão elevada x fluxo alto (15.5%). Na distribuição dos procedimentos cirúrgicos em cada padrão, temos o seguinte: Padrão 1Marshall-Marchetti-Krantz 16,66%, Padrão 2 – Sling 48,48%, Padrão 3 – Burch 42,22%, Padrão 4 – Kelly-Kennedy 17,30% e Padrão 5 – Kelly-Kennedy + Burch 32,43%. Pôde-se observar uretra fixa e distorção do colo vesical em mais de 90% dos casos. Dos 4100 casos pesquisados, constatou-se, conforme os padrões definidos, 283 casos de obstrução urinária correspondendo a 6,90% dos casos. Conclusões: 1- A obstrução infravesical em mulheres não segue nenhum comportamento previsível como nos homens e pode refletir a diferente maneira em que a pelve, a uretra e a bexiga agem em mulheres no esvaziamento. Conforme sugerido, a obstrução em mulheres deve ser baseada nos aspectos clínicos e queixas urinárias, mas sem a esperada alta pressão detrusora característica nos homens. Portanto, a obstrução uretral no sexo feminino pode apresentar diferentes padrões urodinâmicos e não obedecem aos mesmos padrões que definem a obstrução urinária no sexo masculino. 2- No que se refere aos desfechos de padrões obstrutivos conforme a técnica empregada há variações importantes que demonstram prevalência de desfechos conforme a técnica cirúrgica empregada, com os resultados: KellyKennedy em 17,30% no padrão 4, Marshall-Marchetti-Krantz em16,66%no padrão 1, Sling em 48,48%no padrão 2, Kelly-Kennedy e Burch em 32,43% no padrão 5 e Burch em 42,22% no padrão 3. Palavras-chave: obstrução urinária, sexo feminino, padrões urodinâmicos, incontinência urinária de esforço, cirurgia, micção.