Novena Missionária - Congregação das Irmãs Franciscanas da

Transcrição

Novena Missionária - Congregação das Irmãs Franciscanas da
Novena Missionária
Novena Missionária
Campanha Missionária 2010
Pontifícias Obras Missionárias
Tema: Missão e Partilha
Lema: Ouvi o Clamor do Meu Povo (Ex 3,7b)
Coordenação: Pe. Daniel Lagni
Diretor Nacional das POM do Brasil
Texto: Pe. Edson Assunção Santos Ribeiro (POM/in memoriam)
N.B.: Já em fase de provas da impressão, registramos com pesar o falecimento
do Pe. Edson Assunção Santos Ribeiro (*15/8/1966 – V3/5/2010), idealizador
e primeiro redator desta Novena.
Colaboradores: Pe. Savio Corinaldesi, SX, Pe. André Luiz de Negreiros e Pe.
Elmo Heck (POM); Pe. José Altevir da Silva, CSSp (CNBB/Comissão para a Animação Missionária), Pe. Carlos Gustavo Haas (CNBB/Comissão para a Liturgia) e Ir. Maria Irene Lopes dos Santos, CMST (CNBB/Comissão para a
Amazônia); Pe. Stefano Raschietti, SX (CCM/CNBB/Secretário Executivo) e Aparecida Severo da Silva (CCM/CNBB/Coordenadora dos Cursos); Pe. Jaime Carlos Patias, IMC (Revista Missões); Pe. Pedro Facci, Pime (Revista Mundo e
Missão); Pe. Cireneu Kuhn, SVD (Verbo Filmes); Tatianne Lopes (Assessora de
Imprensa da CNBB)
Revisão: João Bosco Nogueira Fontão
Diagramação: Jovailton Vagner
Impressão: LGE Editora Ltda.
Tiragem: 120 mil exemplares
Maio de 2010
Pontifícias Obras Missionárias
SGAN 905 – Conj. B – 70790-050 Brasília – DF
Caixa Postal: 3.670 – 70089-970 Brasília – DF
Tel.: (61) 3340-4494 – Fax: (61) 3340-8660
[email protected] – www.pom.org.br
1
Apresentação
Nas reuniões de preparação do material da Campanha Missionária 2010,
surgiu a ideia de substituirmos as tradicionais quatro Celebrações Missionárias por uma Novena Missionária, expressão devocional que é tradição na
vida religiosa de nosso povo.
Escolhidos os temas, foi feita uma primeira redação, enriquecida depois
pelas colaborações dos membros da equipe organizadora.
Outra novidade é que oferecemos também um DVD com testemunhos
missionários, para cada um dos nove dias, que podem integrar-se muito bem
às celebrações.
Com alegria, colocamos em suas mãos este texto, que, esperamos, seja
bem aproveitado nas comunidades deste nosso imenso país.
Queira Deus, esta Novena nos ajude a abrir mais nossas consciências
para a universalidade e urgência da Missão!
Pe. Daniel Lagni
Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias do Brasil
2
Esquema para Todos os Dias
Preparação do ambiente
Os donos da casa devem preparar cadeiras para os participantes, algum
símbolo missionário, como, por exemplo: mapa-múndi ou globo terrestre, vela,
imagem ou pôster dos Padroeiros das Missões, um crucifixo e uma imagem de
Nossa Senhora, grãozinhos de feijão ou de milho, uma flor, um copo d’água, a
Bíblia numa mesinha, enfeites para o ambiente e outros símbolos que poderão
ser sugeridos cada dia.
Acolhida
Acolher os participantes com carinho. Caso haja alguém novo no local,
apresentá-lo ao grupo.
Canto missionário
Escolher algum canto que tenha conteúdo missionário. Se for preciso, fazer
um pequeno ensaio antes de começar o encontro. Índice dos cantos sugeridos
na página 7.
Abertura
Com o sinal-da-cruz e a invocação do Espírito Santo.
Coordenador do grupo: Sejam todos bem-vindos à casa de... Estamos
reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Coordenador: Iniciemos nosso encontro invocando o Espírito Santo,
para que nos ilumine.
Todos: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e
renovareis a face da terra.
Coordenador: Oremos.
Todos: Ó Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz
do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo
o mesmo Espírito, e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, nosso
Senhor. Amém.
3
Introdução ao tema
Breve texto, lido pelo Coordenador/a do grupo, dando uma ideia geral do assunto do dia. O Coordenador/a indica a página em que se encontra o tema do dia.
Fato da vida
Ler conforme está, ou colocar o DVD com o vídeo do dia.
Palavra de Deus
Alguém da casa lê, pausadamente, o texto bíblico escolhido para o dia.
Seria bom se todos estivessem com suas bíblias. Antes da proclamação, cantar
um canto de aclamação à Palavra ou um refrão que ajude a criar um clima de
silêncio e de escuta da Palavra.
Partilha
Cada um partilha com os demais o que entendeu dos testemunhos e da
leitura bíblica, procurando fazer a ligação entre um fato e outro. Como podemos
pôr em prática pessoalmente e em comunidade o que ouvimos?
Canto
Um canto de agradecimento relacionado ao que foi lido e ouvido.
Preces
Rezar as preces já preparadas para cada dia da Novena, e acrescentar outras, lembrando de dar dimensão universal à sua oração pessoal.
Salmo ou dezena do rosário
Rezar juntos, ou em dois grupos, a oração proposta para cada dia.
Oração Missionária 2010
Rezar juntos (ou em dois coros).
Ó Deus,
Pai de todos os povos,
Vós que nos abraçais
Com a ternura de uma mãe,
Ouvi o clamor
Das multidões da Amazônia
E do mundo inteiro
Desejosas de Vos conhecer
E Vos amar.
Ensinai-nos a Vos servir,
Na partilha da Fé
E dos Bens,
Que Vós mesmos nos destes.
Amém.
4
Pai-Nosso (e Ave-Maria)
De mãos dadas ou com as mãos elevadas ou com as mãos apontadas para
o mapa-múndi ou globo terrestre, rezar a oração.
Avisos
Lembrar onde e quando será o próximo encontro, e combinar a preparação
necessária. Outros avisos de interesse local.
Encerramento
O Coordenador/a do grupo pede a bênção de Deus para todos. Conclui-se,
entoando-se um canto missionário.
Coordenador: O Senhor nos abençoe e nos guarde!
Todos: Amém!
Coordenador: O Senhor mostre a sua face e se compadeça de nós!
Todos: Amém!
Coordenador: O Senhor volva para nós o seu olhar e nos dê a sua paz!
Todos: Amém!
Todos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Coordenador: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Todos: Para sempre seja louvado!
Canto final
Índice dos cantos sugeridos na página 7.
5
Temas de Cada Dia
1º dia
A Campanha Missionária: origens, sentido e destinação, e sua sintonia com
a Campanha da Fraternidade........................................................................................................8
2º dia
A Missão nas grandes cidades (Brasil, em especial Sul e Sudeste, e mundo,
em especial Ásia e Europa)...........................................................................................................14
3º dia
A Missão nas periferias das grandes cidades ..................................................................18
4º dia
Missão e partilha com os povos famintos (Nordeste do Brasil e África) ................22
5º dia
Missão e religiosidade popular: Deus torna-se presente por meio dos símbolos do povo simples...................................................................................................................26
6º dia
Missão e partilha da terra: a questão da terra, os refugiados, o êxodo rural, a
questão das migrações (Centro-Oeste do Brasil e América Latina) ..................30
7º dia
Missão e meio ambiente: Amazônia, ecologia, povos nativos, testes nucleares
na Oceania .............................................................................................................................................34
8º dia
Missão e partilha de bens: Coleta do Dia Mundial das Missões (23 e 24 de
outubro – penúltimo domingo do mês) .............................................................................38
9º dia
Missão e partilha de pessoas: clero, religiosos/as e missionários/as leigos............42
6
Índice dos Cantos
1. Eis-Me aqui, Senhor (D. Pedro Brito Guimarães/Fr. Fabreti, OFM).................................13
2. O Profeta (CD Festas Litúrgicas II) ................................................................................13
3. Profetas da Alegria (CD Reino sem Fronteiras).......................................................17
4. Venham Trabalhar na Vinha (D. Pedro Brito Guimarães) ................................17
5. Senhor, Fazei de Mim (CD Festas Litúrgicas) ...........................................................17
6. Vou Evangelizar (Francisco José da Silva) ...............................................................21
7. É Bonita demais (Zé Vicente) ...........................................................................................21
8. Se Calarem a Voz dos Profetas (Ir. Cecília Vaz Castilho)..................................25
9. Vinde, Espírito de Deus (J. Thomaz Filho e Fr. Fabretti, OFM).....................................25
10. Buscai Primeiro (Pe. Jonas Abib)................................................................................29
11. Eu Vim para Escutar (Pe. Zezinho) .............................................................................29
12. Queremos Ouvir .................................................................................................................29
13. Alma Missionária (CD Infância Missionária Canta)..........................................33
14. Louvado Seja o Meu Senhor (Pe. Zeca)...................................................................33
15. Os Cristãos Tinham Tudo em Comum (CF 1975)................................................33
7
1º Dia
A Campanha Missionária: Origens, Sentido, Destinação,
e Sua Sintonia com a Campanha da Fraternidade
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque o cartaz da Campanha Missionária 2010.
Coordenador: No dia 14 de abril de 1926, atendendo ao pedido de
um grupo de seminaristas, o Papa Pio XI instituiu o Dia Mundial de orações e contribuições para a Missão universal da Igreja. Ele próprio, numa
celebração em Roma, após a homilia, tirou seu solidéu (aquele gorro
branco do Papa), e, fazendo-o passar entre os cardeais e bispos presentes,
realizou uma Coleta para as Missões. Foi um gesto profético do Papa, que
hoje repetimos todos os anos no penúltimo domingo de outubro, Dia
Mundial das Missões.
Leitor 1: A Campanha Missionária tem por objetivo:
n
n
n
conscientizar os católicos de que a Igreja é, por sua natureza, missionária
(Decreto Conciliar Ad Gentes, nº 2);
recordar a todos que “a Missão que Jesus confiou à sua Igreja está
apenas no começo” (Carta Encíclica Redemptoris Missio, nº 1), visto
que dois terços da população mundial ainda não sabe que Jesus é
nosso Salvador;
incentivar a Cooperação Missionária espiritual (por meio de orações
e sacrifícios pelas Missões), material (com a Coleta Missionária
anual) e pessoal (pelo surgimento de vocações e envio de missionários).
Leitor 2: Nos últimos anos, dentro do possível, a Campanha Missionária
tem estado em sintonia com a Campanha da Fraternidade de cada ano. Vejamos os temas anuais das duas campanhas nos últimos anos:
8
Ano
2002
2004
2005
2007
2008
2009
2010
Campanha da Fraternidade
Fraternidade e Povos Indígenas
Fraternidade e Água
Solidariedade e Paz
Fraternidade e Amazônia
Fraternidade e Defesa da Vida
Fraternidade e Segurança Pública
Fraternidade e Economia
Campanha Missionária
Missão e Povos Indígenas no Mundo
Dá-Me de Beber
A Missão a Serviço da Paz
Deus Ama sem Fronteiras: da Amazônia para o Mundo
Vida para Todos os Povos
Enviados para Anunciar a Boa-Nova
Missão e Partilha
Observe que sempre se parte da realidade local, ampliando-se os horizontes para a universalidade da Missão.
Leitor 3: A Campanha Missionária é promovida e coordenada pelas
Pontifícias Obras Missionárias (POM), às quais todos os anos as dioceses encaminham o total das Coletas de todas as suas comunidades. Por sua vez, as
POM colocam o total das Coletas do país inteiro à disposição do Fundo Universal de Solidariedade Missionária, e, dali, os recursos são distribuídos para
atender às necessidades missionárias do mundo inteiro, mediante projetos
que são enviados, avaliados e aprovados pela Assembleia Geral das POM,
em Roma.
Leitor 4: A partir deste ano, no Brasil, a Campanha Missionária será feita
em conjunto com a Comissão para a Amazônia, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), uma vez que a Assembleia Geral da CNBB aprovou, em 2009, a realização da Semana Missionária para a Amazônia na última
semana de outubro.
9
Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 1 do DVD.
De Escravo a Missionário
Nomuka é uma das Ilhas Tonga, e até alguns anos atrás era pouco habitada.
Sua pequena população vivia em constante sobressalto e grande medo, porque piratas
desembarcavam na ilha e aprisionavam os jovens mais robustos, rapazes e moças,
para vendê-los como escravos a outros povos. E esse foi o destino de Tampiko: menino corajoso, que não se deixou amedrontar depois de sofrer a escravidão.
Um dia, enquanto colhia cocos, foi sequestrado e levado como escravo.
Viveu como tal em Nukualofa, capital das Ilhas Tonga. Cresceu e teve a sorte
de encontrar um missionário francês que lá trabalhava, o qual o resgatou,
dando-lhe a possibilidade de estudar. Tampiko, porém, nunca esqueceu a sua
gente. Um dia perguntou ao missionário:
– Por que não vamos a Nomuka? Lá também existe gente que precisa
conhecer Jesus.
– Por enquanto não posso – respondeu o missionário. Esperamos que
chegue mais alguém para ajudar-me.
Tampiko ficou pensativo, depois acrescentou:
– Padre, se o senhor quiser, eu posso ajudá-lo. Leve-me a Nomuka.
Depois de algum tempo, Tampiko viu realizado seu sonho. O missionário alugou um barco e partiu com ele e outros amigos em direção a Nomuka.
Chegaram lá, quando o Sol já se escondia. Foi sorte, pois os habitantes de
Nomuka haviam aprendido, à própria custa, a desconfiar de todos os que se
aproximavam, especialmente brancos.
Tampiko levou consigo somente algumas roupas, o livro do Evangelho,
figuras e imagens para ajudar os seus conterrâneos a conhecer Jesus. Antes
de tomar o caminho de volta, o missionário disse a Tampiko:
– Volto daqui a um mês. Adeus e boa sorte!
10
Passado um mês, o missionário cumpriu a promessa. Numa clara manhã
se viu, ao longe, um barco com as velas enfunadas. Parecia que os ventos tivessem mudado de direção só para ajudá-los. Na praia, uma pequena multidão que, ao ver um barco aproximar-se, gritou em voz alta:
– É um branco! É um dos que roubaram nossos filhos! Agarremo-lo e
lancemo-lo ao mar!
Mas, de repente, ouve-se uma voz conhecida:
– Padre! O senhor cumpriu a promessa! Que bom!
Enquanto isso fala à multidão alvoroçada:
– Não façam nada a ele! É um missionário! Foi ele que me livrou da escravidão!
Depois de acalmada a multidão, Tampiko chamou alguns homens fortes
e, com água até à cintura, foram até o barco para carregar nos ombros o missionário.
Quando chegaram à terra firme, Tampiko falou demoradamente, explicando a todos quem era de verdade aquele branco, e que o Jesus do qual
ele havia falado a todos durante o mês que passara entre eles havia sido
anunciado por aquele homem.
O missionário não era um mercador interessado em enriquecer com a
venda de pessoas, mas um enviado de Jesus Cristo para fazer o bem a todos.
Foi assim que, graças à coragem do jovem Tampiko, o Evangelho começou a ser anunciado naquelas ilhas perdidas do Oceano Pacífico.
(Sem Fronteiras, jan./fev. de 1985, p. 20 e 21)
11
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: Mt 28,16-20.
n
n
n
Partilha:
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
De qual ponto do testemunho de Tampiko você gostou mais? Por quê?
Que podemos fazer para anunciar o Evangelho a todos os povos?
Canto: Alma Missionária (ou outro).
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas
necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, escutai a nossa prece!
1. Para que as pessoas que migram sejam missionários nos lugares para
onde forem, rezemos ao Senhor.
2. Para que tenhamos coragem de dar testemunho de nossa fé, rezemos ao Senhor.
3. Pelos missionários do mundo inteiro, rezemos ao Senhor.
Preces espontâneas.
Rezemos, em dois grupos, o Salmo 126:
a) Quando o SENHOR trouxe de volta os exilados de Sião, pensamos que
era um sonho.
b) Então nossa boca transbordava de sorrisos e nossa língua cantava de
alegria.
a) Então se comentava entre os povos: “O SENHOR fez por eles maravilhas.”
b) Maravilhas o SENHOR fez por nós, encheu-nos de alegria.
a) Trazei de volta, SENHOR, nossos exilados, como torrentes que correm
no Negueb.
b) Quem semeia entre lágrimas colherá com alegria.
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Todos: Quando vai, vai chorando, levando a semente para plantar; mas,
quando volta, volta alegre, trazendo seus feixes.
Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração
Missionária 2010, até o final.
Cantos
1. Eis-Me aqui, Senhor (D. Pedro Brito Guimarães/Fr. Fabreti, OFM)
Eis-me aqui, Senhor! (2x) / Pra fazer Tua vontade, pra viver no teu
amor: (2x) / Eis-me aqui, Senhor! (2x)
O Senhor é o Pastor que me conduz, / por caminhos nunca vistos me
enviou, / sou chamado a ser fermento, sal e luz, / e por isso respondi:
aqui estou!
Ele pôs em minha boca uma canção, / me ungiu como profeta e trovador
/ da história e da vida do meu povo, / e por isso respondi: aqui estou!
Ponho a minha confiança no Senhor, / da esperança sou chamado a ser
sinal, / seu ouvido Se inclinou ao meu clamor, / e por isso respondi: aqui
estou.
2. O Profeta (CD Festas Litúrgicas II)
Antes que eu te formasse dentro do seio de tua mãe, / antes que tu nascesses, te conhecia e te consagrei / para ser meu profeta entre as nações
eu te escolhi: / irás onde enviar-te e o que te mando proclamarás!
Tenho de gritar, tenho de arriscar: / ai de mim, se não o faço! / Como
escapar de Ti, como calar, / se tua voz arde em meu peito?
Não temas arriscar-te, porque contigo eu estarei; / não temas anunciarme: em tua boca eu falarei. / Entrego-te, meu povo, vai arrancar e derrubar: / para edificar, destruirás e plantarás.
Deixa os teus irmãos, deixa teu pai e tua mãe; / deixa a tua casa, porque a terra gritando está. / Nada tragas contigo, pois a teu lado eu estarei: / é hora de lutar, porque meu povo sofrendo está.
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2º Dia
A Missão nas Grandes Cidades
(Brasil, em especial Sul e Sudeste, e mundo, em especial Ásia e Europa)
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque fotos, recortes de jornais e revistas mostrando grandes cidades.
Coordenador: A Igreja surgiu nas grandes cidades. Com o passar do
tempo, foi se espalhando para as periferias e zona rural. Hoje, com o êxodo
rural e o crescimento das cidades, a evangelização nas grandes cidades tornou-se um novo desafio para a Igreja.
Leitor 1: A cidade grande é um dos “aerópagos” modernos, com sua
linguagem própria, com multidões, com seus condomínios e favelas, casas e
prédios cercados de grades e alarmes.
Leitor 2: Muitas vezes, na cidade grande, as pessoas sentem-se solitárias
no meio da multidão. Vão em busca de uma vida melhor para si e suas famílias, mas muitas vezes encontram a miséria, a violência e a fome. No Brasil, cidades grandes como Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba,e
outras têm alto padrão de vida, como cidades famosas da Ásia ou Europa,
mas ao mesmo tempo apresentam o problema da violência, da droga, da falta
de moradia, falta de saneamento básico, escola, hospitais e comida para todos.
Leitor 3: Como cristãos, somos questionados por essa realidade. A má
distribuição dos bens dados por Deus clama por justiça.
Leitor 4: Como se não bastasse, ao chegar na cidade grande muitas vezes as
pessoas perdem seu referencial comunitário e religioso. Há imensas cidades nas quais
Jesus ainda é pouco ou nada conhecido e amado. São milhões e milhões os que até
hoje não sabem que Jesus é o Filho de Deus que se fez homem para nos salvar.
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Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 2 do DVD.
Mais um Mártir “Brasileiro”
“Viemos para te matar, porque incomodas!” Foram essas as palavras que
o assassino do Pe. Nazareno Lanciotti disse antes de disparar uma bala em
sua cabeça. Pe. Nazareno morreu dia 22 de fevereiro de 2001, depois de dez
dias de agonia.
Eram 16h15min do domingo 11 de fevereiro. Pe. Nazareno tinha acabado
de chegar em casa, na paróquia de Jauru, MT, depois de celebrar a Eucaristia,
e estava se preparando para jantar com oito dos seus colaboradores.
“Dois homens armados e encapuzados entraram, um ficou de vigia na
porta, e o outro começou a ameaçar os presentes, pedindo dinheiro”, contam
as testemunhas que viram tudo. “Depois se aproximou do padre e lhe falou
alguma coisa no ouvido. O Pe. Nazareno abaixou a cabeça, juntou as mãos
em oração e o agressor disparou um tiro.”
Os bandidos fugiram, enquanto os presentes tentavam socorrer o padre.
“Horas depois, graças a meios improvisados, o sacerdote chegou ao hospital
Sírio-Libanês de São Paulo, onde os médicos fizeram uma cirurgia de emergência, extraindo a bala que havia alcançado a coluna, deixando pouquíssimas esperanças de vida.”
Nos dias seguintes, Pe. Nazareno esteve consciente, mas só conseguia
mexer a cabeça. O resto do corpo estava paralisado. Antes de morrer, revelou
o que o assassino lhe havia soprado no ouvido.
(Sem Fronteiras, abril de 2001, p. 11)
15
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: Lc 10,1-11
n
Partilha:
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
n
O que você achou mais impressionante no Fato da Vida? Por quê?
n
O que podemos fazer para que nós mesmos e nossa comunidade sejamos mais acolhedores?
Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7.
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas
necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, escutai a nossa prece!
1. Para que em nossa comunidade saibamos ser mais acolhedores com
as pessoas que chegam ou que retornam à Igreja, rezemos.
2. Por aqueles que se afastaram da Igreja, para que encontrem o caminho
de volta, rezemos.
3. Por aqueles aos quais o Evangelho ainda não foi anunciado, sobretudo
na Ásia, onde vive mais da metade de todos os não cristãos do mundo,
rezemos.
Preces espontâneas.
Rezemos juntos uma dezena do rosário missionário.
Coordenador: Na Ásia, só três por cento da população é batizada. E foi
lá que nasceram as grandes religiões do mundo. Rezemos agora uma dezena
do rosário, pedindo a Deus que aquelas imensas populações tenham, como
nós, a oportunidade de conhecer Jesus.
Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai.
Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração
Missionária 2010, até o final.
16
Cantos
3. Profetas da Alegria (CD Reino sem Fronteiras)
Nós somos testemunhas do que Jesus falou, / nós somos missionários do Reino que deixou.
Pois é nossa Missão: profetas da alegria, / amar o nosso irmão, viver
da Eucaristia. / Feliz é quem habita a casa do Senhor, / feliz é quem
revive ali o seu amor! (bis).
Aqui, agora, somos profetas do amanhã, / artífices da paz, vivendo a fé cristã.
Nós somos os herdeiros da ressurreição, / pois Cristo é a meta da nossa
vocação.
Cristo, nossa páscoa, foi quem nos escolheu. / pra difundir o Reino e o
amor que o Pai nos deu.
4. Venham Trabalhar na Vinha (D. Pedro Brito Guimarães)
Venham trabalhar na Minha Vinha, / dilatar Meu Reino entre as nações,
/ convidar Meu povo ao Banquete: / quero habitar nos corações.
Unidos pela força da oração, / ungidos pelo Espírito da Missão, /
vamos juntos construir / uma Igreja em ação.
Venham trabalhar na Minha Vinha, / espalhar na terra o Meu amor: /
muitos não conhecem a Boa-Nova, / vivem como ovelhas sem pastor.
Venham trabalhar na Minha Vinha, / com fervor Meu nome proclamar. /
Que ninguém se queixe ao fim do dia: / “Ninguém me chamou a trabalhar.”
5. Senhor, Fazei de Mim (CD Festas Litúrgicas)
Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa paz; / Senhor, fazei
de mim um instrumento de Vosso amor.
Onde há ódio, que eu leve o amor; / onde há ofensa, que eu leve o perdão;
/ onde há discórdia, que eu leve a união; / onde há dúvida, que eu leve a fé.
Onde há erro, que eu leve a verdade; / no desespero, que eu leve a esperança; / onde há tristeza, que eu leve alegria; / onde há trevas que eu
leve a luz.
Mestre, fazei que eu procure menos / ser consolado que consolar, /ser
compreendido que compreender / e ser amado que amar.
Sim: pois é dando que se recebe, / é perdoando que se é perdoado, / e
é morrendo que se vive / para a vida eterna. (bis)
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3º Dia
A Missão nas Periferias das Grandes Cidades
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque roupas velhas e calçados usados.
Coordenador: Enquanto alguns vivem uma vida boa e tranquila nas
grandes cidades do Brasil e do mundo, a grande maioria das pessoas vive
miseravelmente nas periferias. Toda grande cidade está cercada por um “cinturão de pobreza”. Muitas vezes grandes e luxuosos edifícios escondem milhares de casebres nas favelas, para os quais falta quase tudo.
Leitor 1: Uma pequena porcentagem de pessoas acumula grandes
somas de riquezas, enquanto que milhões e milhões de pessoas lutam pela
sobrevivência. Enquanto sobra riqueza nos grandes centros urbanos, falta o
básico nas periferias.
Leitor 2: Para muitos moradores das periferias, a presença da Igreja é o
único referencial que possuem. Onde há missionários, as pessoas conseguem
uma oportunidade para se promover como gente.
Leitor 3: O trabalho de solidariedade e caridade que a Igreja promove
requer imensas somas de dinheiro, e nem sempre é possível conseguir tudo
com as pessoas do lugar. Daí a necessidade de sermos generosos em nossa
Coleta Missionária anual. A Coleta do Dia Mundial das Missões ajuda a Igreja
a sustentar milhares de projetos sociais e de evangelização por toda parte do
mundo. Porém, todos os anos, cerca de dois ou três mil projetos não podem
ser concretizados, por falta de recursos.
Leitor 4: Embora a Coleta anual pelas Missões esteja crescendo nos últimos anos, no Brasil ainda não chega a quatro centavos por pessoa/ano.
Esta é a triste média nacional. Enquanto isto, uma empresa de TV a cabo encomendou uma pesquisa com a qual se constatou que em 2007, só no Brasil,
18
se gastou uma média de 57 dólares por pessoa/ano com pornografia. Outra
pesquisa diz que, no mesmo ano, se gastou uma média de 500 reais por pessoa/ano com bebidas alcoólicas. Será que isto está certo? Será que somos
mesmo “o país mais católico do mundo”?
Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 3 do DVD.
“Banco do Arroz” Ajuda a Reduzir a Pobreza
Um “Banco do Arroz” para ajudar camponeses pobres a melhorar a produtividade das colheitas e melhorar seus padrões de vida: este é o objetivo
da iniciativa realizada pela Cáritas do Camboja, na Província de Kandal.
Para entrar no projeto, cada camponês contribui com um “capital” de 20
kg de arroz. Em troca, ele recebe do “Banco” sementes de arroz para o plantio,
de acordo com suas necessidades, com o compromisso de restituir o produto
em seguida. Assim, muitos cultivam ao máximo suas terras, obtêm safras
abundantes, e superam a pobreza.
A iniciativa também desenvolve a solidariedade, pois os camponeses são
sustentados por todos os membros da comunidade, nas dificuldades.
A Cáritas do Camboja atua no país desde 1992, e está engajada em programas de desenvolvimento das comunidades. A seu lado, atuam outras organizações, como a Cáritas da Austrália, que iniciou um projeto para garantir
alimento e água aos camponeses, e que também ensina novas técnicas de
agricultura e a diversificação de colheitas.
Em três anos, mais de 63 famílias do distrito saíram da espiral da fome,
e hoje vivem com dignidade, cultivando arroz, milho, trigo, soja, batata-doce,
manga e outras frutas.
(Mundo e Missão, jan./fev. de 2006)
19
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: Am 3,9-11 ou Hab 2,5-10
Partilha:
n
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
n
Gostaram da experiência do Banco de Arroz? Por quê?
n
Como colocar esta experiência e o texto bíblico em prática em nossas
vidas?
Você conhece a Cáritas? Em sua diocese ela está presente? Procure conhecêla (peça orientações a seu pároco e acesse o site na internet: www.caritas.org.br).
Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7.
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas
necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, escutai a nossa prece!
1. Para que saibamos colocar nossos bens em comum, a fim de que todos
tenham o necessário para viver, rezemos ao Senhor.
2. Para que as iniciativas de promoção humana encontrem apoio entre nós,
rezemos ao Senhor.
3. Por aqueles que, no mundo todo, se dedicam amorosamente ao próximo, como ensinou Jesus, a fim de que nunca se desanimem, rezemos
ao Senhor.
Preces espontâneas.
Rezemos, em dois grupos, o Salmo 23/22:
Todos: O SENHOR é o meu pastor, nada me falta!
1. Ele me faz descansar em verdes prados, a águas tranquilas me conduz.
Restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu
nome.
20
b) Se eu tiver de andar por vale escuro, não temerei nenhum mal , pois comigo estás. O teu bastão e teu cajado me dão segurança.
c) Diante de mim preparas uma mesa aos olhos de meus inimigos; unges
com óleo minha cabeça, meu cálice transborda.
d) Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha vida, e
vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos.
Todos: O SENHOR é o meu pastor, nada me falta.
Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração
Missionária 2010, até o final.
Cantos
6. Vou Evangelizar (Francisco José da Silva)
Senhor, eu quero Te agradecer / de todos os dias a gente poder conversar. / Senhor, o mundo precisa Te conhecer, / mas eu Te prometo que vou
evangelizar.
Eu quero te dizer agora / que eu já vou embora / evangelizar. (bis)
Senhor, às vezes me ponho a rezar, / e peço o fim da violência e da fome
do irmão. / Senhor, que cheguem a todos os povos / a graça, o perdão, o
anúncio da Salvação.
Senhor, às vezes me ponho a rezar, / e peço a Ti pra que fiques mais
perto de mim. / Senhor, às vezes me ponho a chorar, / e não compreendo
por que o mundo sofre sem fim.
7. É Bonita demais (Zé Vicente)
É bonita demais, é bonita demais, / a mão de quem conduz a bandeira da paz.
É a paz verdadeira que vem da justiça, irmão; / é a paz da esperança
que nasce de dentro do coração.
É a paz da verdade, da pura irmandade do amor; / paz da comunidade
que busca igualdade, ô, ô, ô.
Paz é a graça presente na vida da gente de fé; / paz do Onipotente,
Deus à nossa frente, Javé.
21
4º Dia
Missão e Partilha com os Povos Famintos (Nordeste do Brasil e África)
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque um prato ou panela vazia, grãos de arroz ou milho.
Coordenador: Um dos dramas que afligem nosso mundo é a fome. Estima-se que a cada três minutos morre uma criança por causas ligadas à
fome. Enquanto nos países mais ricos se joga fora comida, em muitas partes
do mundo as pessoas têm menos de um dólar por dia para sobreviver.
Leitor 1: Há quem diga que no Brasil se desperdiça cerca da metade da
comida produzida (desde o produtor até a mesa do consumidor). Em nosso
país muita gente passa fome ou é mal-alimentada. Várias cidades de nosso
Nordeste, por exemplo, têm um índice de pobreza igual a muitos países da
África, continente com a maior porcentagem de pobres no mundo.
Leitor 2: A comida que sobra em nossas mesas faz falta na mesa dos pobres. Hoje é um grave pecado social jogar comida fora, encher o prato para desperdiçar. O fato de termos dinheiro para comprar nossos alimentos não nos dá
o direito de esbanjar. Ao contrário: torna-nos responsáveis pela partilha dos bens.
Leitor 3: Enquanto alguns querem apenas enriquecer-se, cada vez mais,
acumulando bens, somos convidados a partilhar o que temos, ainda que seja
pouco, com quem tem menos que nós, ou até mesmo nada tem.
Leitor 4: Ao lado da fome material, também são milhões os que têm
fome do Deus verdadeiro. Milhões de pessoas ainda não sabem que Deus é
Pai, que Jesus veio ao mundo para nos trazer a Salvação; que, apesar de todas
as misérias do mundo, Deus nos ama com amor infinito e pessoal. Também,
contra essa fome, somos chamados a partilhar a riqueza de nossa fé. Fazendo
isto, também nós crescemos, pois “a fé se fortalece, quando é doada” (Carta
Encíclica Redemptoris Missio, nº 2).
22
Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 4 do DVD.
Primeiros Passos de Lucia Bolognesi, Vita Russo,
Amabile Didoné e Marie Chantal
Já se passaram 11 meses do dia em que chegamos nesta nova Missão de
Serrano do Maranhão, uma pequena cidade rural. Não tem periferia, pois a sede
forma um único conjunto com 4.500 habitantes e 6.400 habitantes na zona rural.
A área em que vivemos é chamada de Baixada Maranhense. Dizem que é a mais
pobre do Estado. A economia é movida pela lavoura de subsistência: pesca, pequenos rebanhos, trabalho na roça, queimadas e plantio, que vêm gerando degradação do solo e improdutividade. Nenhum trabalho aqui é mecanizado. Tudo
é manual. A população sobrevive, em muitos casos, dos programas sociais do
Governo Federal. Os serviços públicos como saúde, educação, assistência social,
transporte entre as comunidades, e outros, funcionam precariamente. A população adulta é, na maioria, analfabeta. Os jovens, em particular, são as primeiras
vítimas dessa situação desagradável e precária; a juventude, geralmente, procura
uma saída na prostituição, no alcoolismo, nas drogas, ou vão embora.
A maioria dos habitantes é afrodescendente. Por isto muitas comunidades são “quilombolas”, mas, infelizmente, nem todas são reconhecidas como
tais. Então poucos são donos da terra em que trabalham.
O povo acolheu-nos com muito carinho, manifestando a alegria pela
nossa presença em seu meio, com gestos concretos de partilha dos frutos da
terra: verdura, farinha, frutas; também peixe, ovos, carne. Além disso, quase
todos têm o desejo de que as irmãs possam ter logo uma casa própria, pelo
fato de, até agora, morarmos “de aluguel”. Quantos gestos bonitos de generosidade da parte das pessoas para a construção da casa! Tudo isto nos deixa
sem palavras, nos comove profundamente e nos faz lembrar a moedinha da
viúva do Evangelho, que Jesus elogiou e apresentou como exemplo. É verdade! Os pobres são exemplo e ensinam-nos muitas coisas. É por isso que
nós também sentimos a mesma alegria de partilhar com eles a vida.
Estamos ainda no começo, tentando organizar o nosso serviço no meio
desse povo. Somos pequenas, e o trabalho não é fácil, mas é possível, porque
23
Deus está sempre conosco. Agradecemos e louvamos a Deus por sua bondade para conosco e pedimos que nos dê a força de sermos sempre fiéis a
Ele e ao povo que nos confiou.
(Família Xaveriana, setembro de 2009)
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: At 2,42-45
n
Partilha:
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
n
De qual fato do testemunho das Irmãs você mais gostou? Por quê?
n
Em nossa comunidade existe alguma situação parecida? Que podemos
fazer para mudá-la?
Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7.
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas
necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, escutai a nossa prece!
1. Por aquelas pessoas que correm risco de morrer por falta de comida,
para que encontrem a nossa solidariedade, rezemos ao Senhor.
2. Pelos milhões de pessoas que têm fome do Deus verdadeiro, para que
tenham a oportunidade de conhecê-lo por meio de nossos missionários,
rezemos ao Senhor
3. Por todos os que doam suas vidas a serviço da Missão, rezemos ao Senhor.
Preces espontâneas.
Coordenador: Louvemos todos o Senhor com o Salmo 100/99.
Aclamai ao SENHOR, terra inteira, servi ao SENHOR com alegria, ide a
ele gritando de alegria.
24
Ficai sabendo que o SENHOR é Deus, ele nos fez e nós somos seus, seu
povo e rebanho do seu pasto.
Entrai por suas portas com hinos de graças, pelos seus átrios com cantos de louvor, louvai-o, bendizei seu nome; pois o SENHOR é bom, eterno é
seu amor, e sua fidelidade se estende a todas as gerações.
Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração
Missionária 2010, até o final.
Cantos
8. Se Calarem a Voz dos Profetas (Ir. Cecília Vaz Castilho)
Se calarem a voz dos profetas, / as pedras falarão; / Se fecharem uns
poucos caminhos, / mil trilhas nascerão...
Muito tempo não dura a Verdade / nestas margens estreitas demais:
/ Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais!
O Espírito é vento incessante, / que nada há de prender; / ele sopra até
no absurdo, / que a gente não quer ver...
O poder tem raízes na areia, / o tempo faz cair; união é a rocha que o
povo / usou pra construir...
Toda luta verá o seu dia / nascer da escuridão: / ensaiamos a festa e a
alegria, / fazendo comunhão...
É Jesus este pão da igualdade: / viemos pra comungar / com a luta sofrida do povo, / quer ter voz, ter vez, lugar...
Comungar é tornar-se um perigo: / viemos pra incomodar. / Com a
fé e a união, / nossos passos, um dia, vão chegar.
9. Vinde, Espírito de Deus (J. Thomaz Filho e Fr. Fabretti, OFM)
Vinde, Espírito de Deus, / e enchei os corações dos fiéis com Vossos
dons. / Acendei neles o amor com um fogo abrasador, / vos pedimos, ó
Senhor.
E cantaremos: aleluia! / E Vossa terra renovada ficará, / se o Vosso
Espírito, Senhor, nos enviais.
Vós unistes tantas gentes, / tantas línguas diferentes, numa fé na unidade. / pra buscar sempre a verdade / e servir o Vosso Reino com a
mesma caridade.
25
5º Dia
Missão e Religiosidade Popular:
Deus Torna-Se Presente por Meio dos Símbolos do Povo Simples
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque um balde, um chapéu, um rosário ou uma
imagem de Maria ou de algum santo.
Coordenador: Nosso povo, sobretudo no interior do país, sempre teve
formas especiais de expressar sua fé. São muito comuns, por exemplo, as romarias, as procissões, as devoções, as novenas, rosários nas casas, congadas,
folia de Reis, etc.
Leitor 1: Todas estas formas de religiosidade popular são legítimas e aprovadas pela Igreja, desde que sejam purificadas de elementos que são estranhos
á fé católica, que não confundam a Igreja de Jesus com outras crenças.
Leitor 2: Nossos bispos, reunidos em Aparecida, disseram que “em nossa
cultura latino-americana e caribenha conhecemos o papel tão nobre e orientador que a religiosidade popular desempenha, especialmente a devoção mariana,
que contribuiu para nos tornar mais conscientes de nossa comum condição de
filhos de Deus, e de nossa comum dignidade perante seus olhos, não obstante
as diferenças sociais, étnicas ou de qualquer outro tipo” (DAp, nº 38).
Leitor 3: Os cristãos da África também têm sua maneira toda própria de
expressar sua fé. As liturgias são bem animadas, com muita música, danças e
cores. Saber aproveitar bem os elementos de determinada cultura, descobrindo
neles a presença de Deus e, portanto, valorizando-os, chama-se inculturação.
Leitor 4: Todas as culturas têm seus valores. Como cristãos, precisamos
aprender a identificá-las e cristianizá-las, isto é, mostrar que Deus está ali presente, ainda que tenha permanecido silencioso durante muito tempo.
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Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 5 do DVD.
Missionários entre os Índios Ticunas no Amazonas
Fr. Paulo Maria Braghini, 34 anos, italiano de Sesona, Província de Varese,
é missionário na Aldeia Indígena Ticuna Belém do Solimões, em Tabatinga, AM,
Missão dos Frades Menores Capuchinhos da Província do Amazonas. Diz ele:
“Até os meus dezenove anos de idade, eu levava uma vida comum, tinha
namorada, pensava em me casar, estudar Medicina. Mas naquela época comecei a sentir um forte e insistente apelo de Cristo. Em contato com os missionários do Pime, eu pensava que devesse ir para a Missão na Índia ou na
África. Mas certo dia, de repente, senti o desejo de visitar Assis, cidade de São
Francisco. Fui sem nenhuma programação, sem nem saber aonde ir...
Chegando lá, um jovem, que encontrei no trem, acompanhou-me ao
convento dos capuchinhos, que iniciavam um encontro vocacional. O responsável era um frade que trabalhava no Amazonas. E descobri a minha vocação. Formei-me em Assis mesmo, até que fui enviado para o Amazonas, e,
como primeiro destino, fui morar entre os índios ticunas.
Estou aqui desde 2006, em uma aldeia ticuna, com outros dois frades brasileiros, um baiano e um paraense. Tem sido uma experiência maravilhosa, com
muitas dificuldades, muita pobreza, mas com a alegria de percebermos o quando
cresceu a confiança recíproca, como somos de verdade uma família com eles.
Assumimos o desafio da luta contra o alcoolismo, a violência e o suicídio, que tanto atingem a juventude indígena.
Visitamos continuamente cerca de 60 aldeias: 50 ticunas, dez cocamas
e uma canamari. As dificuldades para estas visitas são grandes: só de canoa
e barco, podendo a viagem levar 12 horas ou mais...
Trabalhar pelo resgate da cultura indígena é um dos nossos desafios. Pensando nisto, promovemos um festival de cultura indígena, com música, cantos,
instrumentos musicais, danças, pinturas corporais, roupas e mitos, tudo integrado.
Em geral, só os adultos homens conhecem o português. O ticuna é uma língua isolada, bastante difícil para nós... Somos ajudados por tradutores. Quanto á
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evangelização, os índios foram cristianizados, mas só em nível sacramental, sem
a compreensão real do Evangelho. Por isto investimos na formação de catequistas
índios, que passam a evangelizá-los na língua e cultura deles. A Bíblia ainda não
foi bem traduzida para o contexto dos ticunas brasileiros. A tradução que existe,
feita para os ticunas da Colômbia, não é bem compreensível pelos daqui. Quanto
à liturgia, temos parte dela em ticuna, mas de forma bastante simplificada...
(SIM, n°1 de 2010)
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: At 17,22-31
Partilha:
n
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
n
Qual ponto do testemunho lido você mais gostou? Por quê?
n
Quais valores de nossa comunidade local precisamos valorizar mais?
Como aproveitá-los em nossa vida cristã?
Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7.
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas
necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, escutai a nossa prece!
1. Para que tenhamos a coragem e a disponibilidade de enviar muitos missionários a todos os povos que ainda não conhecem Jesus como Salvador, rezemos ao Senhor.
2. Para que a Igreja no Brasil se torne decididamente missionária, dentro
e fora de nossas fronteiras, rezemos ao Senhor.
3. Pelos missionários espalhados por todo o mundo, para que consigam
descobrir e valorizar os sinais da presença de Deus em cada cultura, rezemos ao Senhor.
Preces espontâneas.
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Coordenador: Na África existe uma diversidade grande de povos e culturas. Muitos desses povos já conhecem o Evangelho, mas mais da metade
ainda não. Rezemos por eles uma dezena do rosário missionário.
Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai.
Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração
Missionária 2010, até o final.
Cantos
10. Buscai Primeiro (Pe. Jonas Abib)
Buscai primeiro o Reino de Deus / e a sua Justiça, / e tudo o mais vos
será acrescentado. / Aleluia! Aleluia!
Não só de pão o homem viverá, / mas de toda Palavra / que procede
da boca de Deus. / Aleluia! Aleluia!
Se vos perseguem por causa de mim, / não esqueçais o porquê: / não
é o servo maior que o Senhor.
Aleluia! (4x)
11. Eu Vim para Escutar (Pe. Zezinho)
Eu vim para escutar / tua Palavra (3x) de amor.
Eu gosto de escutar / tua Palavra (3x) de amor.
Eu quero entender melhor / tua Palavra (3x) de amor.
12. Queremos Ouvir
Queremos ouvir a Palavra de Deus, / queremos ouvir a Palavra. / Pedimos que alguém nos ensine / as coisas que disse Jesus.
Queremos seguir a Palavra de Deus, / queremos seguir a Palavra. / pedimos que alguém nos repita / as coisas que disse Jesus.
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6º Dia
Missão e Partilha da Terra:
A Questão da Terra, os Refugiados, o Êxodo Rural, a Questão das Migrações
(Centro-Oeste do Brasil e América Latina)
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque uma bacia com terra, ou uma bolsa ou uma mala.
Coordenador: Quando Deus criou o mundo, mandou que o homem povoasse a terra e a submetesse. Quis dar ao homem o controle sobre toda a Criação. Quando libertou o povo da escravidão do Egito e o fez entrar na Terra
Prometida, dividiu igualmente a terra entre as tribos de Israel. Não quis que ninguém ficasse sem nada. Todos receberam o necessário para viver dignamente.
Leitor 1: Porém a cobiça humana leva algumas pessoas a acumularem muitas
terras, forçando seus moradores a abandonarem a parte que lhes cabia. Vendemnas (quando não lhes são tomadas) por preços ridículos, e vão para as cidades
grandes em busca de “melhor oportunidade”. Muitos se mudam até de país.
Leitor 2: Muitos destes migrantes entram clandestinamente em outros países
e, como não têm documentos, são migrantes ilegais e, por isso, explorados ou
expulsos. Não têm nenhum direito garantido, vivem com medo de tudo e de todos,
sujeitando-se aos piores serviços, que as pessoas do lugar não querem fazer.
Leitor 3: Há também a questão dos refugiados de guerra, que são milhões em todo o mundo. Vivem em acampamentos cheios de poeira e sujeira,
sem nenhuma condição sanitária. A maioria são mulheres e crianças que perderam seus maridos ou pais nas guerras. Para eles falta tudo: pão, água potável, roupas, escola, dignidade, esperança...
Leitor 4: Também são seres humanos como nós, com os mesmos direitos
que temos. Como discípulos-missionários de Jesus, temos de nos preocupar com
eles, e fazer alguma coisa para diminuir seus sofrimentos. Também com eles devemos partilhar nossos bens e nossa fé, pois eles também clamam por ajuda e justiça.
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Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 6 do DVD.
Um Lápis nas Mãos de Deus
Resumir trinta e um anos vividos na Índia, Estado de Andra Pradesh,
como missionário leigo do Pime, é um trabalho insano. Mas o Ir. Enrico Meregalli, italiano, 57 anos, sem desperdiçar uma palavra, sintetiza: “Estou na
Índia para testemunhar Cristo com o meu trabalho...”
Suas mãos falam mais que a boca. São as mãos de quem começou a
trabalhar, desde menino, com ferro e, depois, com madeira, e nunca mais
parou: “Eu fazia bijuterias em minha terra natal. Mas minha vocação era outra.
Depois da minha formação para irmão no seminário na Itália, em 1974 parti
para a Índia, na condição de missionário leigo. Acho mesmo que fui o último
missionário a entrar no país, antes das restrições impostas pelo governo.”
“Com outro irmão, Francesco Sartori, vimo-nos rapidamente trabalhando na
escola criada pelo Ir. Carlo Bertoli, dedicada a São Francisco Xavier. Havia cinquenta
rapazes que aprendiam a usar as ferramentas de mecânicos e marceneiros. Começamos a fazer camas, bancadas, portas, a ocuparmo-nos com instalações elétricas, carrocerias, entalhes e escultura. Hoje temos cento e vinte rapazes, e somos
reconhecidos como um Instituto profissionalizante, um dos maiores da região. E
somos a única escola de entalhes em um raio de 300 quilômetros. Em trinta anos,
vi passar por ela pelo menos dois mil alunos. Os nossos rapazes encontram trabalho rapidamente, e podem manter suas famílias. Alguns também se tornam empreendedores, e ajudam os estudantes que chegaram depois deles.”
“A oração define toda a sua jornada indiana, junto com o ruído e o cansaço do trabalho: Doar-me ao Senhor dá uma alegria imensa. Sinto-a por
meio dos jovens estudantes, dos pobres, dos doentes. Às vezes, a fila de pobres que nos procuram para ter um pouco de água chega a cem metros. E
encontram refúgio sob o nosso teto, na estação dos tufões. Resumindo, a escola é o refúgio de todos. Na Europa se esbanja muita água. Em vinte anos,
abri aqui na Índia sessenta poços. Cada novo poço é uma festa, porque o
povo do lugar não precisa mais andar quilômetros para ter água. Ficam felizes
com o poço e dizem: ‘Ah, se não fosse você!’ Mas sou apenas um lápis nas
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mãos de Deus, como dizia Madre Teresa. O arquiteto é Ele, é Deus. Rezem,
digo ao povo, apesar de não conhecerem Aquele que me mandou.”
(Mundo e Missão, jan./fev. de 2006, p. 5)
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: Ex 3,7-10.
Partilha:
n
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
n
De qual ponto do testemunho de Enrico você mais gostou? Por quê?
n
Que podemos fazer para anunciar Jesus a quem também teve de sair de sua terra?
Canto: índice dos cantos sugeridos na página 7.
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas
necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, escutai a nossa prece!
1. Pelos migrantes, para que encontrem em nós, cristãos, seus irmãos de
fé e de caminhada, rezemos ao Senhor.
2. Por aqueles que são obrigados a deixar suas terras, para que não desanimem e tenham sempre a coragem de recomeçar, rezemos ao Senhor.
3. Pela conversão dos que exploram o pobre, rezemos ao Senhor.
Preces espontâneas.
Coordenador: A Europa tem conhecido bem de perto o fenômeno da
migração e imigração (muitas vezes ilegal). Vamos rezar uma dezena do rosário missionário, para que os europeus saibam acolher e evangelizar as pessoas que chegam lá, e, assim, possam fortalecer sua própria fé, ao partilhá-la.
Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai.
Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração
Missionária 2010, até o final.
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Cantos
13. Alma Missionária (CD Infância Missionária Canta)
Senhor, toma minha vida nova, / antes que a espera desgaste anos de mim.
/ Estou disposto ao que queiras, / não importa o que seja, me chamas a servir.
Leva-me aonde as pessoas necessitem Tuas palavras, / necessitem
sentido de viver. / Onde falte a esperança, onde tudo seja triste, / simplesmente por não saber de Ti.
Te dou meu coração sincero, / para gritar, sem medo, formoso é Teu amor.
Senhor, tenho ardor missionário, / conduze-me à terra que tenha sede de Ti.
E, assim, em marcha irei cantando, / por povos pregando Tua grandeza,
Senhor. / Terei meus braços sem cansaço, / tua história em meus lábios /
e a força da oração.
Llévame donde los niños necesiten Tus palabras, / necesiten mis
ganas de vivir. / Donde falte la esperanza, donde todo sea triste, / simplemente por no saber de Ti.
14. Louvado Seja o Meu Senhor (Pe. Zeca)
Louvado seja o meu Senhor! (4)
Por todas as suas criaturas, / pelo Sol e pela Lua, / pelas estrelas do firmamento, / pela água e pelo fogo.
Por aqueles que agora são felizes, / por aqueles que agora choram, / por
aqueles que agora nascem, / por aqueles que agora morrem.
O que dá sentido à vida / é amar-Te e louvar-Te, / para que a nossa vida, /
seja sempre uma canção.
15. Os Cristãos Tinham Tudo em Comum (CF 1975)
Os cristãos tinham tudo em comum, / dividiam seus bens com alegria: / Deus espera que os dons de cada um / se repartam com amor
no dia a dia. (bis)
Deus criou este mundo para todos, / quem tem mais é chamado a repartir
/ com os outros o pão, a instrução / e o progresso: fazer o irmão sorrir.
Mas, acima de alguém que tem riquezas, / está a pessoa que cresce em
seu valor, / e, liberta, caminha para Deus, / repartindo com todos o amor.
No desejo de sempre repartirmos / nossos bens, elevemos nossa voz, /
ao trazer pão e vinho para o altar, / em que Deus vai Se dar a todos nós.
33
7º Dia
Missão e Meio Ambiente: Amazônia, Ecologia, Povos Nativos,
Testes Nucleares na Oceania
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque uma plantinha ou jarra com água.
Coordenador: Felizmente, nos últimos anos a humanidade está tomando
consciência de que é preciso preservar a natureza, pois seus recursos não são inesgotáveis. A sobrevivência do planeta (e nossa) depende hoje de nós. A preocupação
ecológica é hoje uma realidade para quase todos os habitantes do planeta.
Leitor 1: Muitos pensam assim, mas ainda existe muita gente que só pensa
em aumentar seus lucros, não se importando com a destruição da natureza e
da própria vida humana. Muitas áreas de floresta já desapareceram quase por
completo, como o caso da nossa Mata Atlântica e do Cerrado, e grande parte
de nossa Floresta Amazônica, considerada um dos pulmões do mundo.
Leitor 2: O continente da Oceania também sofre pelo descaso com a
natureza, pois lá já foram realizados muitos testes nucleares por países ricos
da Europa. Não se preocupam se estão destruindo uma parte do planeta,
desde que estejam longe de suas casas. Porém o planeta é um só. O que afeta
uma parte dele compromete a ele todo.
Leitor 3: Juntamente com a destruição das riquezas naturais, ocorre
também a destruição de muitas culturas nativas, que são uma riqueza para a
humanidade. No Brasil muitos povos indígenas estão quase extintos, assim
como também em outras partes do mundo, tudo em nome do “progresso”.
Leitor 4: Desde 2009, a última semana de outubro é dedicada à Missão
na Amazônia. Devemos rezar pelos missionários que lá estão, defendendo
os povos indígenas, as populações ribeirinhas, os pobres que vivem nas periferias das cidades, e também os bens naturais que Deus nos deu.
34
Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 7 do DVD.
Um Amazônida em Missão na África
Eu sou Pe. José Altevir da Silva, CSSp, membro da Congregação do Espírito Santo. Sou natural de Guajará, AM, às margens do Rio Juruá. Foi lá, em
meio à pobreza, simplicidade, que descobri minha vocação missionária. Os
padres espiritanos, que lá atuavam, eram missionários vindos da Alemanha,
homens dedicados inteiramente à evangelização, que partiram de seu país
com o intuito de se lançarem inteiramente no terreno da Missão, marchando
em direção ao coração das pessoas, espaço predileto da Missão.
Em 1980, quando dei os primeiros passos em direção à formação presbiteral, morei na casa dos padres espiritanos, enquanto me preparava para,
no ano seguinte, dar início à construção do Seminário Espiritano em Cruzeiro
do Sul, AC.
Percebia, pouco a pouco, que a Missão além-fronteiras impregnava todo
o meu processo formativo. Em 1990 fiz uma riquíssima experiência missionária na Nigéria, morei um bom tempo em Makurdi, mas a maior parte do
tempo morei em Yola, norte da Nigéria, onde se concentra a maioria dos mulçumanos daquele país. Foi naquele contexto culturalmente muito diversificado, que fiz minha experiência missionária, num país que tem 250 línguas
tribais, uma riqueza cultural muito grande. Por isso, quando se fala sobre a
África, deve-se dizer o país, pois não só existem muitos países na África, mas
são muitas Áfricas dentro de cada país.
Ao ser enviado para a Nigéria, fiz o curso “Ad Gentes” no Centro Cultural
Missionário/CNBB, em Brasília, e quem me enviou foi D. Luciano Mendes de
Almeida, na capela da CNBB. Ele me disse: “Você está sendo enviado em nome
da Igreja, leve a nossa alegria...” E ali ele disse uma de suas frases que eu jamais esqueci: “Onde há povo, há Missão; onde há Missão, há razão pra ser
feliz.” De fato, lá encontrei um povo sofrido, mas alegre. E o que muito me
animou, foi perceber que a Igreja no Brasil nunca esperou ter um número
grande de missionários para poder enviar: ela oferece de sua própria pobreza...
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Para mim, ficou a constatação, da Amazônia à Nigéria, de que somos
todos missionários, e a Missão é universal, como universal é o coração de
nosso Deus.
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: Gn 1, 1-31.
n
Partilha:
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
n
De qual ponto do testemunho visto (ou lido) você mais gostou? Por quê?
n
Qual é a frase que se repete várias vezes no texto bíblico? Por que ela
está tão repetida?
Como podemos preservar a natureza e ajudar a salvar nosso planeta?
Canto: Louvado Seja o Meu Senhor (ou outro).
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e
pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Fazei-nos, Senhor, por Vossa graça, discípulos e missionários!
1. Para que reconheçamos o valor e a dignidade de todas as pessoas, em
especial, do povo amazônida, e, mediante o anúncio da Boa-Nova de
Jesus, possamos despertar nelas a consciência da filiação divina e do
Reino ao qual são destinadas, rezemos...
2. Para que, como Zaqueu, nos convertamos, a fim de que nossas vidas
sejam coerentes com o Evangelho que ouvimos e anunciamos, de modo
que sejamos sempre testemunhas das verdades ensinadas por Jesus,
rezemos...
3. Para que a força transformadora do Evangelho se manifeste na ação de
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todos os cristãos, principalmente na superação da fome, da miséria, da
ignorância, da violência e da exclusão social, possibilitando a conquista
do bem comum, e revelando que Deus é Pai e ama a todos nós, rezemos...
4. Para que nossa oração, nosso sacrifício pessoal, nossa participação na
Missão da Igreja e nossa doação material contribuam cada vez mais
para a Ação Missionária da Igreja, rezemos...
5. Para que sejamos capazes de olhar com mais amor e carinho para os
lugares mais carentes e remotos do nosso país – em especial, a Amazônia – e do mundo, dando nossa contribuição para que o Evangelho
chegue a todos os povos, rezemos...
Preces espontâneas.
Voltar ao Esquema para Todos os Dias, na página 4, a partir da Oração
Missionária 2010, até o final.
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8º Dia
Missão e Partilha de Bens:
Coleta do Dia Mundial das Missões
(23 e 24 de Outubro – Penúltimo Domingo do Mês)
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque o envelope da Campanha Missionária, o
cartaz, o cofrinho.
Coordenador: Este ano a Campanha da Fraternidade lembrava-nos que
“não podemos servir a Deus e ao dinheiro”, isto é, não podemos viver em
função do dinheiro, mas de Deus. O dinheiro é um acréscimo, embora seja
um acréscimo necessário.
Leitor 1: Na estrutura do mundo de hoje, todos precisam ter alguns recursos materiais. Também a Igreja precisa desses recursos para evangelizar.
E esses recursos devem vir da partilha de bens dos fiéis, dos discípulos-missionários de Jesus. Na região Nordeste e, sobretudo, na região Norte do Brasil, a evangelização custa muito mais caro que no restante do país, pois
moram lá as pessoas mais pobres, e as distâncias são maiores.
Leitor 2: Na Amazônia, às vezes uma única paróquia tem 150 ou mais
comunidades e o missionário gasta vários dias para chegar da matriz até suas
comunidades mais distantes e, a muitos lugares, só de barco. As viagens são
demoradas e caras, e as comunidades locais nem sempre têm condições de
financiá-las.
Leitor 3: Igualmente os cursos de formação para os leigos. Eles também
fazem viagens longas para poder receber sua formação cristã, e nem sempre
têm condições de custear os cursos. Precisam contar com a ajuda dos irmãos
de outras comunidades, dioceses, regiões e países.
Leitor 4: O mesmo se pode dizer de muitos países da África, da Ásia, e
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mesmo de nossas Américas. Em muitos desses lugares os cristãos são minoria absoluta, não chegando a 0,5% dos habitantes (como em algumas regiões da Ásia, por exemplo). Não têm recursos próprios para manter os
missionários que estão lá.
Leitor 1: E, geralmente, onde estão os missionários, muitas obras de
promoção humana e assistência social são construídas, e precisam ser mantidas, para o bem daqueles povos. Em vários países é a Igreja, são os missionários que mantêm e cuidam de hospitais, creches, escolas, asilos, etc.
Leitor 2: De onde vêm, então, os recursos? Da partilha de bens que estivermos dispostos a fazer. E a Igreja pede isto a nós apenas uma vez por
ano, no penúltimo domingo de outubro. Pede que a oferta que fizermos não
seja uma sobra, mas fruto de nosso sacrifício, como, por exemplo, que deixemos de beber uma cerveja ou um refrigerante, que deixemos de comprar
uma roupa ou um cartão de celular, que deixemos de fazer um passeio ou
de ir ao cinema, e ofertemos esta quantia para ajudar as Missões. E isto, apenas uma vez por ano. Claro que, quem quiser, pode fazer mais vezes.
Leitor 3: As ofertas que fazemos nas celebrações do penúltimo fim de
semana de outubro devem ser todas entregues à sede da paróquia, que deve
encaminhá-las, integralmente, à diocese, que, por sua vez, as encaminha, também integralmente, às Pontifícias Obras Missionárias, o organismo da Santa
Sé encarregado, dentre outras coisas, de distribuir os recursos para as necessidades missionárias mais urgentes no mundo todo. Portanto, no penúltimo domingo de outubro, Dia Mundial das Missões, sejamos generosos!
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Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 8 do DVD.
Quando os Números São mais que Números
Você sabe qual é a contribuição financeira do povo brasileiro para a
evangelização do mundo?
Vamos começar com uma boa notícia. Nos últimos dez anos, as ofertas
do Dia Mundial das Missões no Brasil passaram de R$ 2.053.055,77, no ano
de 2000, para R$ 5.703.099,26, em 2009. Isto significa um crescimento de
277,79%, em dez anos.
Mesmo assim, essa contribuição não chega a 5 (cinco) centavos por pessoa por ano (calculando apenas os cento e vinte milhões de brasileiros e brasileiras que se declaram católicos). Muito já recebemos, é chegada a hora de
“dar de nossa pobreza” (Puebla, 368).
Os Papas sempre incentivaram a colaboração, inclusive financeira, do
povo cristão para o trabalho de seus missionários.
Se as paróquias e dioceses católicas decidissem obedecer e repassar
para o trabalho missionário 1% das ofertas recebidas durante o ano, deveriam contribuir com R$ 81.665.474,40, em lugar dos atuais cinco milhões. De
fato, estamos dando cerca de um real, de cada dois mil arrecadados.
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: Rm 15,26-33.
n
n
Partilha:
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
Você conhecia os dados sobre a Coleta para as Missões? Em nossa comunidade, a oferta do Dia Mundial das Missões é generosa? Existe um
incentivo, para que neste dia os fiéis colaborem um pouquinho mais?
Com quanto sua comunidade colaborou no ano passado para a Missão
universal da Igreja? É feita a prestação de contas? Que podemos fazer
para que tudo isto melhore?
40
Canto: Os Cristãos Tinham Tudo em Comum (ou outro).
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e
pelas necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, escutai a nossa prece!
1. Para que nossa consciência missionária possa crescer cada dia e, com
ela, nossa cooperação com as Missões, rezemos ao Senhor.
2. Para que todos os projetos missionários possam ser realizados de
acordo com a vontade Deus e com a nossa colaboração, rezemos ao
Senhor.
3. Por todos os benfeitores e amigos das Missões, rezemos ao Senhor.
Preces espontâneas.
Coordenador: A América é vista como a esperança missionária da
Igreja, pois aqui vive mais de metade dos católicos de todo o mundo. A fim
de que possamos aumentar nossa oferta em dinheiro e em pessoas para a
Missão universal, rezemos uma dezena do rosário missionário por nosso
continente.
Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai.
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Missionária 2010, até o final.
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9º Dia
Missão e Partilha de Pessoas: Clero, Religiosos/as e Missionários/as Leigos
Preparação do ambiente, acolhida e abertura, na página 3.
Se possível, colocar em destaque a Bíblia, livro de orações, rosário ou sandálias.
Coordenador: Além da cooperação espiritual e da cooperação material,
uma das formas privilegiadas de cooperação missionária é a cooperação pessoal, isto é, o envio de pessoas para a Missão. A Igreja precisa de homens e
mulheres, sacerdotes, religiosos/as e leigos/as que se disponham a deixar o
conforto de suas casas e culturas, para irem ao encontro daqueles que ainda
pouco ou nada conhecem a respeito de Jesus Cristo. São os missionários e
missionárias propriamente ditos.
Leitor 1: Durante 500 anos o Brasil se acostumou a receber missionários
e missionárias vindos de fora. Pessoas generosas, que foram capazes de deixar tudo, para se tornar sinal da presença de Deus entre nós, trabalhando
nas mais diversas situações de evangelização. Porém, já “chegou a hora de
darmos de nossa pobreza” (Puebla 368).
Leitor 2: Hoje existem menos de dois mil brasileiros em Missão noutros
países do mundo, 81% dos quais são Irmãs. Às vezes ocorre que um rapaz
ou moça queira se consagrar a Deus como missionário/a, e encontram oposição até da família e da comunidade de origem. Deveria ser o contrário.
Leitor 3: Os pais deveriam sentir-se privilegiados por terem um(a) filho/a
escolhido por Deus para ser seu “cartão de visita” entre aqueles que ainda
não O conhecem. A vocação à consagração, em especial para a consagração
à Missão, é um dom riquíssimo de Deus, que não pode ser desprezado nem
boicotado.
Leitor 4: Outro problema que precisa ser enfrentado é o da melhor dis-
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tribuição (partilha) do clero. A maioria de nossos padres no Brasil está nas
regiões mais ricas (Sul e Sudeste), sobretudo no litoral. Muitas paróquias têm
apenas sua matriz, com várias missas, enquanto que no Norte e Nordeste do
país, sobretudo na Região Amazônica, os padres têm de se desdobrar para
atender dezenas de comunidades, com uma única missa anual.
Leitor 1: É urgente sensibilizar o coração de bispos, padres e fiéis de
nossas comunidades para que “emprestem”, ainda que por tempo limitado,
como dom de fé (“fidei donum”) sacerdotes para as regiões carentes. O
mesmo se diga das nações mais ricas, que ainda têm grande concentração
de clero, em prejuízo de países inteiros (sobretudo na África e Ásia) onde há
grande escassez.
Leitor 2: Igualmente, é necessário trabalharmos e rezarmos, para que
surjam muitas vocações missionárias leigas: médicos/as, enfermeiros/as, professores/as, etc., que se disponham a entrar nos países nos quais é proibido
o ingresso de padres e irmãs.
Leitor 4: Também devemos aprender a partilhar nossos melhores leigos
com as pessoas de tais lugares, que, por falta deles, ainda não sabem que
temos em Cristo Jesus um nome salvador. Para a Missão, temos de enviar
nossos melhores agentes. Não temos o direito de retê-los egoisticamente só
para nós.
43
Fato da vida
Pode-se, neste momento, assistir ao vídeo 9 do DVD.
Um Apelo para a Amazônia e para o Mundo
Na região amazônica brasileira, muitos bispos, padres, religiosos e leigos
vivem como verdadeiros heróis, acompanhando dezenas, às vezes centenas,
de comunidades ribeirinhas, comendo e dormindo em barco, enfrentando os
desafios diários de rios e doenças. Pessoas abnegadas, que tiveram a coragem
de aceitar o chamado de Deus, e servem a comunidades muito pobres, renunciando muitas vezes ao conforto de seus lugares de origem, a plano de
saúde... Os próprios bispos da região muitas vezes pedem esmolas, para conseguir um curso de atualização para seus padres e agentes de pastoral. O
Papa Paulo VI já pedia aos bispos que despertassem as consciências dos fiéis,
a fim de garantir o mínimo necessário, para que padres e agentes de pastoral
pudessem sobreviver nos imensos campos da Missão.
D. Antonio Possamai, Bispo emérito de Ji-Paraná, RO, é otimista, quando
fala de comunidades que têm três ou quatro missas por ano, pois há outras
que nunca tiveram missa nenhuma. Diz ele: “Carências de recursos humanos
e econômicos: estes são os dois maiores desafios a serem vencidos pela
evangelização na Amazônia. Há lugares em que a maioria dos seringueiros
não sabe o que é missa. Eles têm e sabem o que é o batismo, mas não a
missa. (...) Em Ji-Paraná, onde fui bispo, havia paróquias com 150 a 170 Comunidades Eclesiais de Base que tinham três a quatro missas por ano.”
D. Possamai falou aos padres reunidos em Itaici (Indaiatuba, SP), no 13º
Encontro Nacional de Presbíteros, em fevereiro de 2010.
Canto ou refrão de aclamação
Palavra de Deus: At 13,1-3.
n
Partilha:
Se vocês viram o vídeo, o que mais lhe chamou a atenção. Por quê?
n
De qual ponto do testemunho visto você mais gostou? Por quê?
44
n
Por que, quando um sacerdote ou irmã estão realizando um bom serviço
em nossa comunidade e precisa ser transferido para “ir também a outras
cidades e aldeias”, muita gente reage tão negativamente? É certo querermos o melhor só para nós? Por quê?
Canto: Eis-Me aqui, Senhor (ou outro).
Preces:
Coordenador: Elevemos a Deus nossos pedidos, por nós mesmos e pelas
necessidades missionárias do mundo todo. No final de cada prece, diremos:
Senhor, enviai mais missionários para tua Igreja!
1. Para que nossas dioceses se solidarizem com a difícil situação das Igrejas
na Amazônia e se disponham a partilhar até mesmo de sua pobreza em
solidariedade com essa região de nosso país, rezemos ao Senhor.
2. Para que aprendamos a partilhar o melhor de nossos recursos com a
causa da evangelização do Brasil e do mundo, rezemos ao Senhor.
3. Para que em nosso país surjam muitas vocações sacerdotais, religiosas
e leigas para a Missão universal, rezemos ao Senhor.
Preces espontâneas.
Coordenador: Rezemos uma dezena do rosário pela Europa e Oceania,
para que sejam continentes mais missionários, e a Europa retorne seu coração para Cristo.
Pai-Nosso, dez Ave-Marias, Glória-ao-Pai.
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Missionária 2010, até o final.
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Dia Mundial das Missões
23 e 24 de outubro
A Coleta do Dia Mundial das
Missões (23 e 24 de outubro),
feita em todas as comunidades e instituições católicas, deve ser integralmente enviada para a Missão universal.
A ninguém é lícito dar destinação particular a este fundo, por mais importante
que julgue o fim.
O Cartaz da Campanha Missionária 2010
A Campanha Missionária, promovida e coordenada pelas Pontifícias Obras Missionárias, propõe para
este ano de 2010 o tema Missão e Partilha, e, como
lema, Ouvi o Clamor do Meu Povo (cf. Ex 3,7b).
O tema Missão e Partilha remete à Campanha da
Fraternidade deste ano, a qual todo ano buscamos resgatar, com enfoque e dimensão missionária. O lema Ouvi
o Clamor do Meu Povo remete ao Êxodo do povo de Israel,
e aos muitos “êxodos” dos
povos atuais. Também nos
remete ao tema da migração, mobilidade humana,
do ser peregrinos, lembrando-nos permanentemente que o horizonte da
Missão é o mundo, a humanidade no seu todo.
O cartaz traz um
fundo verde, sinal de esperança. A Missão alimenta,
fortalece nossa fé, esperança
e caridade, mantêm-nos no
caminho da fidelidade a
Deus e à humanidade, Povo
de Deus (LG 2).
A água remete ao
valor e à dignidade da vida como elemento vital para o
planeta, onde vive a humanidade. Aqui, especificamente, remete-nos à realidade amazônica, com sua rica
biodiversidade. Lembramos que a última semana do outubro, dedicada à Amazônia, vem inserida no contexto
do Mês das Missões.
O barco remete à figura bíblica da Igreja peregrina, que “navega” pelos mares da história da humanidade. Nela se destaca a figura de Jesus Cristo. É Ele quem
dá segurança: “Não tenham medo... Avancem para águas
mais profundas!” (cf. Lc 5,4). Ao mesmo tempo, aponta
para o horizonte amplo e universal da Missão, que é o
mundo, a humanidade. A Missão não tem fronteiras!
Destaca-se ainda
a figura dos índios, etnias
vivas e presentes na realidade amazônica, do
Brasil e de outros países.
Povos que nos acolheram,
abrindo-se à Boa-Nova do
Evangelho, e que precisam ser respeitados e valorizados como portadores
de valores evangélicos já
presentes, quais “sementes do Verbo Encarnado”
que estabeleceu morada
definitiva entre os seres
humanos, mas que desde
sempre havia marcado
Sua presença em toda
parte, e que, portanto, chegara lá muito antes que o missionário. Contudo, este poderá, sim, ajudar no processo
de explicitação da Verdade e Pessoa de Jesus Cristo como
nosso Senhor e Salvador, já atuante, portanto, e presente
na história salvífica da humanidade.
www.pom.org.br

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