- Colégio Equipe de Juiz de Fora-MG
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Virologia Prof.: Anderson Marques de Souza Juiz de Fora 2º ano EM - 2016 Virologia “Ao descobrir os vírus a mais de um século, biólogos abordaram um mundo original e fascinante. Descortinaram um novo aspecto dos processos vitais e das doenças.” História da Virologia • Ao final do século 19 era difícil para um cientista conceber agentes infecciosos que não fossem bactérias, “cogumelos microscópicos” ou parasitos. Robert Koch / Alemanha (1843 – 1910) • Robert Koch estabeleceu as regras que permitiam atribuir a um microrganismo a razão de determinadas doenças: História da Virologia 1. É preciso que o microrganismo em questão seja encontrado regularmente nas lesões da doença. 2. Que ele seja isolado em “cultura pura” a partir dessas lesões. 3. Que a injeção dessas culturas em um indivíduo experimental reproduza nele as lesões da doença. Robert Koch / Alemanha (1843 – 1910) 4. Que ele seja novamente isolado por cultura a partir das lesões provocadas no indivíduo experimental. “Por muitos anos os vírus não satisfizeram essas exigências, por isso, a dificuldade na descoberta desses agentes”. Pseudomonas aeruginosa isolada de superfícies Candida albicans isolada de superfície Aspergillus versicolor Cadê os vírus? História da Virologia • Em 1892 Dimitri Ivanovski um jovem estudante russo de botânica apresenta seu trabalho à Academia de Ciências em São Petersburgo: Doença do tabaco – “o mosaico” (manchas descoloridas, marrons ou amareladas nas folhas da planta). Dimitri Ivanovski Rússia (1864 - 1920) Plantação de tabaco Doença do mosaico Até o fim da vida, o pesquisador pensava lidar com um tipo de agente infeccioso (bactéria) sem se dar conta que estava diante de um novo ser. História da Virologia • Somente a partir de 1898, Martinus Beijerinck, um holandês, retomou os trabalhos de Dimitri repetindo suas experiências e confirmando suas observações. • Contudo, tratou de ir além nas interpretações do fenômeno: Martinus Beijerinck (1851 – 1931) Holanda. O agente não se tratava de uma bactéria, pois não podia ser observada ao microscópio, nem de uma toxina, pois sua atividade diminuiria com diluições. Era um princípio ao mesmo tempo “vivo” , já que se reproduzia e “fluido”, pois atravessava os poros da vela de filtro. Ele o chamou de Contagium vivum fluidum. História da Virologia • Ao mesmo tempo em que Dimitri chegava perto da descoberta sobre o agente causador da doença do tabaco, Friedrich Loeffler e Paul Frosch, identificaram na Alemanha o 1º vírus causador de doença em animal – o da febre aftosa. Friedrich Loeffler (1852 – 1915) • O primeiro vírus causador de doenças em humanos foi identificado em Cuba (entre 1900 e 1902) – febre amarela. • Ao final da primeira guerra mundial foram revelados vírus causadores de doenças em plantas, animais, homem e bactérias. • Contudo, ainda não se conhecia a forma dos vírus. Somente a partir de 1939 a microscopia eletrônica permitiu visualizar os vírus: Microscopia e a Virologia Microscópio eletrônico Alguns vírus e suas formas O tamanho dos vírus Estrutura Viral Mimivírus – “o gigante”! Unidades de medidas para o mundo microscópio Unidade Abreviatura Relação com o metro Exemplo Megametro Mm mega = 106 Distância São Paulo – Rio (0,4Mm) Quilômetro km kilo = 103 Altura do Pico de Itatiaia (1,8 km) Metro m padrão Milímetro mm mili= 10-3 Letras impressas em livros (2 mm) Micrometro µm micro=10-6 Hemácia (7µm) Nanometro nm nano=10-9 Molécula de água (0,3nm) Picometro pm pico=10-12 Núcleo de um átomo (0,01pm) Estrutura Viral • Um vírion é uma partícula viral completa, totalmente formada e infecciosa, composta por um ácido nucleico envolto por uma cobertura proteica que o protege do meio ambiente e serve de veículo de transmissão de uma célula para outra. Capsômeros (formam o capsídeo) Ácido nucleico (DNA ou RNA) Envelope (nem todos possuem) Ácido Nucleico (Material Genético) DNA fita dupla DNA fita simples RNA fita simples RNA fita dupla Capsídeo e Envelope • O ácido nucleico é envolvido por uma capa proteica – capsídeo. • O capsídeo é formado por pequenas unidades – capsômeros. • Em alguns vírus o capsídeo é coberto por um envelope que consiste na maioria das vezes de uma combinação de lipídios, proteínas e carboidratos. • Em alguns envelopes podem haver espículas (complexo carboidrato-proteína) que se projetam da superfície do envelope. Características Gerais 1. São acelulares. 2. Não possuem metabolismo. 3. Podem permanecer cristalizados (viáveis fora de células). 4. Constituídos por proteína (capsídeo) que envolve o material genético (DNA ou RNA). 5. Seu material genético pode sofrer mutações. 6. Podem ser replicados pelas células hospedeiras (incapazes de se replicarem sozinhos).
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