Trabalhi Infantil- Intervencao de sexa MTESS no Parlamento Infantil
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Trabalhi Infantil- Intervencao de sexa MTESS no Parlamento Infantil
Caro Presidente do Parlamento Infantil, Senhora Ministra do Género, Criança e Acção Social Excelência, Distintos Parlamentares de Palmo e Meio, Excelências, Suas Excelências Senhores Ministros e Vice-Ministros, Ilustre Convidados, Minhas Senhoras e Meus Senhores. É com imensa alegria e sentido de responsabilidade acrescida que tenho o privilégio de dirigir-me a vós, deputados de palmo e meio e, através de vós, á todas as crianças do nosso belo Moçambique. Uma saudação muito especial vai através de vós para as mamãs e os papás que são trabalhadores e empregadores que, com o seu trabalho digno e honesto, asseguram o sustento das suas famílias e das crianças, flores que nunca murcham, mantendo-as na escola, para que se formem como dirigentes, empresários, professores, médicos, engenheiros, 1 mecânicos, padeiros, pedreiros, carpinteiros, Arquitectos, Pilotos, Motoristas, do amanhã. Quero agradecer a pergunta que nos foi endereçada, pois, podemos em conjunto, reflectir sobre a problemática do trabalho infantil, uma realidade que se vive dia-a-dia neste nosso belo Moçambique. Esta é uma realidade que afecta a todos nós e a solução também exige a intervenção de todos nós. Dados mais recentes, da Organização Internacional do Trabalho, apontam que mais de 250 milhões de crianças, em todo mundo, estão sujeitas ao trabalho infantil, e uma grande percentagem trabalha em condições deploráveis, situação que exige a intervenção de todos. Destintos deputados do Parlamento Infantil, o nosso país é contra as piores formas de trabalho infantil, que são as actividades susceptíveis de afectar a robustez física e o desenvolvimento intelectual e moral da criança ou que possam interferir negativamente na sua educação. 2 Foi tendo em conta estes aspectos nocivos ao desenvolvimento são da criança que, a maioria dos países, sob a égide da Organização Internacional do Trabalho, acordaram, por via de uma Convenção Internacional (Que é uma acordo ou entendimento), em adoptar a idade mínima para a admissão de qualquer cidadão ao emprego, tendo ficado assente que a Criança só poderia ser admitida ao trabalho, nas empresas ou em outro lugar, depois de completar 15 anos de idade, mesmo assim, assumiram que existia certo tipo de trabalho que a criança não deveria realizar enquanto não tiver completado 18 anos de idade. É importante sabermos distinguir entre o trabalho de menores e o emprego de menores. Assim, tendo em conta a nossa realidade, foi aprovada a Lei do Trabalho que estabelece que as crianças, em determinadas circunstâncias, poderiam trabalhar, desde que sejam autorizados pelos pais, encarregados ou seus familiares, proibindo, porém, o emprego de crianças com menos de 18 anos em trabalhos considerados perigosos, como por exemplo: 3 Quando a criança tiver que vender produtos na rua tais como, cigarros, bebidas, roupas, alimentos ou outros produtos. Este tipo de trabalho é perigoso porque a criança corre risco de ser atropelada nas ruas ou nas estradas; Quando a criança é entregue á alguém para a sua exploração sexual ou para carregar produtos e objectos pesados ou ainda trabalhar como empregada doméstica durante muitas horas, ou quando é obrigada a trabalhar numa empresa, fábrica sem ter completado a idade mínima; Quando a criança tem que fazer trabalho pesado, tal como lavar grande quantidade de roupa diariamente, tirar da fonte muitas latas de água e transportar, durante muitas horas; Quando a criança é obrigada a trabalhar na agricultura familiar ou na pecuária durante muitas horas; Quando a criança é obrigada a trabalhar na mineração (ou garimpo), correndo risco de vida. Para o trabalho mineiro, a nossa lei do trabalho não permite que crianças com 4 idade inferior a 18 anos trabalhem neste sector de actividade. Queridas Meninas Queridos Meninos, É importante que saibamos diferenciar o emprego infantil, que é prejudicial ao desenvolvimento da criança e o trabalho infantil não prejudicial à criança mas que é necessário para a preparação da criança para a idade adulta, pois qualquer criança deve aprender a fazer trabalhos leves, como por exemplo, arrumar a sua própria roupa, arrumar a sua cama (quem aqui já sabe arrumar a sua cama), lavar a loiça (quem aqui já sabe lavar a loiça), colocar a loiça na mesa para as refeições, varrer e ajudar noutras pequenas arrumações de casa, mesmo ajudando os papás na machamba, desde que estas actividades não interfiram negativamente no seu desenvolvimento e na sua educação e também no seu tempo para brincar. No nosso país, continuamos a enfrentar um grande desafio e todos temos um grande papel a desempenhar, por um lado, enfrentamos situações em que crianças são forçadas a trabalhar 5 devido a situação de extrema pobreza em que se encontram e os seus pais ou seus familiares, sendo assim forçados a terem que contribuir para o sustento da família, com o seu trabalho. Por outro, sabemos que uma parte também significativa de crianças, devido a pandemia do HIV e SIDA, na sua tenra idade se tornaram órfãs e assumem, muito cedo, a responsabilidade de cuidarem dos seus irmãos mais novos, como chefes de família, e, para tal, se vêm forçadas a procurar sustento, trabalhando, apesar do Governo, através da Acção Social, prestar uma atenção muito especial á estes casos e conceder apoio financeiro, alimentar e também em livros. Entretanto, independentemente das razões que levam as crianças a trabalharem ainda na sua tenra idade, somos chamados a olhar com atenção para a educação e a felicidade das crianças e lutar para que a alegria, o sorriso da infância não esmoreçam, tudo temos todos de fazer para que a criança viva a sua infância com alegria. Por isso, como Governo, para além das acções previstas no Programa Quinquenal do Governo, as actividades previstas em 6 cada ano no Plano Económico e Social vão criar mais condições para que os papás, mamãs, manos, tios e tias tenham mais trabalho e mais dinheiro para cuidar melhor dos seus filhos. A nossa Lei do Trabalho, no seu artigo 23 estabelece que o empregador não deve ocupar o menor, com idade inferior a 18 anos, em tarefas insalubres, perigosas ou as que requeiram grandes esforço físico; O menor só pode ser admitido ao trabalho depois de submetido a exames médicos para se conhecer a sua robustez física e aptidão para o trabalho para o qual é candidato, sendo obrigatória a apresentação do respectivo atestado de aptidão para o trabalho; Este ano, através da Inspecção do Trabalho, devemos fiscalizar cerca de 7 mil empresas para verificar o cumprimento da legislação laboral em geral e, em particular, o emprego de menores, e já realizamos, no I semestre, mais de 3.500 acções inspectivas e somos 7 implacáveis quando detectamos qualquer anomalia no que se refere ao emprego de mão-de-obra infantil; Por exemplo quando uma empresa é encontrada a empregar um menor é multada com um valor de cinco salários mínimos que, por exemplo, na agricultura será igual a 5x3.183,00=15.915,00mt, e o contrato é rescindido, para a criança voltar à escola e ao convívio da família. A multa é aplicada para cada criança. Adoptamos também a “Declaração de Brasília sobre o Trabalho Infantil”, que faz um apelo para que os países eliminem as piores formas de trabalho infantil, o mais urgente possível; Estamos a realizar um estudo sobre o fenómeno do trabalho infantil em Moçambique e seu impacto, cujos resultados serão divulgados numa Conferência sobre o tema, a realizar-se, e servirão de base para a elaboração do Plano Nacional de Acção para o combate ao trabalho infantil, com o envolvimento de todos os segmentos da sociedade; ou seja, papás, mamãs, crianças como vós que fazeis parte 8 do Parlamento Infantil, escolas, universidade, empresários, sindicatos e muitos outros. Prosseguimos com a divulgação da legislação laboral através da realização de palestras nas empresas, nos sindicatos como forma de promover a legalidade laboral e prevenir o trabalho infantil. Gostaria de garantir-vos, meninas e meninos, nossos Deputados de Palmo e Meio e à todas as crianças moçambicanas, e porque não de todo mundo, que nós, como Governo, continuaremos a tudo fazer eliminar as piores formas de trabalho infantil. Ninguém pode ficar indiferente a esta questão. Temos que nos unir para lutar contra as piores formas de trabalho infantil. MUITO OBRIGADA PELA VOSSA ATENÇAO! NDATENDA OCHUKURO KANIMAMBO 9
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