Informativo nº 44 - Abril 2011 - Instituto das irmãs Sacramentinas

Transcrição

Informativo nº 44 - Abril 2011 - Instituto das irmãs Sacramentinas
Órgão Informativo das Irmãs Sacramentinas de Bérgamo • Ano X • nº 44• abril de 2011 • Louvado seja Jesus Sacramentado
Fatos que marcaram o ínicio de 2011
Posse de Madre Sirlete e despe-
Encontro de Educadores
dida de Ir. Elza
Entrada no Postulado
É madrugada há um silêncio no
ar por um instante, o soluço parou
a tristeza dormiu e o pranto cessou!
Na barra do novo dia brilha sorridente o sol da alegria.
O ventre da terra contraiu-se,
a natureza gemeu em santo parto
reuniram-se todos os átomos da
força energética da vida...
O túmulo rompeu-se e a pedra
rolou! Eis que de pé, vitorioso
renasce Jesus! A vitória será
sempre da Vida! Desejamos a
todos(as) uma Feliz e Santa Páscoa e que Cristo ressuscitado seja
luz em seus caminhos...
Feliz Páscoa!
25 anos de VR de Ir. Antonia
e Ir. Tânia
Capitulo Provincial
Votos Pérpetuos
“A criação geme em dores de parto”
C
om a Quaresma, no Brasil passamos a viver também o tempo da Campanha da Fraternidade. É uma
maneira dos cristãos examinarem
a sua vida batismal iluminados por
um aspecto social
que nos atinge a
todos. O tema interessa a toda humanidade – é uma
ocasião propícia
para olharmos a
nossa vida e descobrirmos a nossa
missão diante da
responsabilidade
desse assunto.
Esse planeta é o nosso habitat.
Não existe outro local, até agora
conhecido, possível de habitarmos. Por isso, a Campanha da
Fraternidade nos direciona para
a conscientização sobre a
sustentabilidade com o Reduzir, Reutilizar, Recuperar,
Reciclar, Repensar. O que
poderemos fazer pessoalmente e em nossas famílias
com relação a essa realidade? O que e como poderemos cobrar leis e atitudes de
nossos municípios, estados
e nação? E nós?
O que é então Vida Interior?
C
omo sabemos, “interior”
é oposição a “exterior”, A
vida possui uma dimensão exterior; é a nossa corporalidade viva, a nossa presença no
mundo, na família, na comunidade
e diante das pessoas. A cultura
moderna inflacionou a exterioridade através de todos os meios da
tecnociência e de comunicação. O
mundo das pessoas foi totalmente
exteriorizado e devassado.
Mas, voltando ao aspecto anterior, podemos dizer que ele é
aquilo que não se vê diretamente.
Podemos conhecer e até nos fascinar pelo exterior de uma pessoa:
sua beleza, sua inteligência, sua
habilidade... Muitos se enamoram
e casam considerando apenas o
aspecto aparente, externo.
Para conhecer melhor uma
pessoa precisamos considerar o
seu interior, o seu caráter e suas
virtudes, o seu modo de ser, a sua
visão de mundo, etc. A partir da
percepção do interior podemos
tomar decisões mais acertadas e
proferir palavras mais adequadas
e justas.
Interior possui, ainda, um
significado de qualidade de
vida. Assim, dizemos que a
vida no interior (em oposição aos centros urbanos)
é mais tranquila, menos
estressante, mais integradora com a comunidade e a
natureza; no fundo com mais
possibilidade de nos tornar felizes.
É que a vida no interior não está
sujeita à lógica da cidade com sua
parafernália técnica e burocrática,
com seu borborinho, seus ruídos
e ameaças à segurança pessoal.
Melhor que falar em “qualidade de
vida”, prefere-se hoje a expressão
“bem viver”, que supõe a integração de todas as dimensões do ser
humano dentro da comunidade, no
seu meio, consigo mesmo e com
Deus.
Por fim, interior significa a profundidade do ser humano. Então,
a vida interior, o profundo emerge
quando o ser humano para, quan-
do faz silêncio, quando passa a
olhar para dentro de si, quando
pensa seriamente, quando colocase questões decisivas como: que
sentido tem a minha vida? O que
estou fazendo aqui? Que significado tem esse universo de coisas,
de aparelhos, de trabalhos, de
prazeres, de sofrimentos, de lutas
e vitórias? Qual é o meu lugar junto
aos demais seres? Como assumo a
interdependência de tudo com tudo
e me relaciono com as energias
que estão conformando o universo
Terra? Quem se esconde atrás das
estrelas? O que posso esperar para
além desta vida, já que vejo tantos
amigos próximos morrerem, às vezes, de forma absurda: no tráfego,
por bala perdida, de uma doença
voraz? Afinal, por que estou nesse
planeta belo e maltratado?
Vida interior e religião
Quem oferece respostas para
tantas perguntas? Geralmente
as religiões sempre se ocuparam
destas questões. As
filosofias antigas
e modernas estão sempre às
voltas com tais
interrogações
existenciais.
A sabedoria
dos povos se
formou tentando
elaborar visões e
lições a partir desses
questionamentos.
Mas voltamos a afirmar: Não
basta frequentar um culto, aderir
um caminho espiritual e se alimentar de ritos e símbolos se estes não
produzem dentro de uma pessoa
uma experiência de sentido, uma
comoção nova, uma percepção do
todo do qual somos parte e uma
mudança vital.
Vida interior não é monopólio
das religiões e dos caminhos espirituais; estes vêm depois. Vida
interior é uma dimensão do humano, por isso é universal. Dá-se em
todos os tempos e em todas as cul-
turas. Bem ou mal, faz-se atuante
em cada pessoa humana, mesmo
que o seu interior seja embotado ou
recoberto das cinzas de um modo
de viver absorvido pelo mundo exterior. Mas para cada um chega o
momento de questionamento sobre
o sentido da vida e do universo, sobre o porquê do sofrimento, sobre
a possível esperança de vida para
além da vida.
As religiões cumprem sua missão quando suscitam e alimentam
a vida interior de seus seguidores,
mas elas não a substituem. A grande patologia presente em setores
importantes das religiões e das
igrejas é a autofinalização, ou seja,
consideram-se fins em si mesmos,
quando são meios e espaços a
serviço da vida interior.
Vida interior supõe escutar as
vozes surgidas de toda a realidade,
do universo sobre nossas cabeças,
entendido em sua complexidade e
nas ordens que culminam na vida
em todas as formas. Vida interior
resulta da atenção aos movimentos que vêm de dentro. Há um eu
profundo, carregado de anseios,
sonhos, utopias... e que assome
à consciência. Há uma exigência
ética que nos convida para o bem;
não apenas para o nosso bem, mas
também para o bem dos outros.
O efeito mais imediato dessa
vida interior é a paz e a serenidade. São forças que permitem
enfrentar os problemas cotidianos
da vida sem perder a cabeça ou
estressar-se demasiadamente. É
uma atmosfera de sentido que sustenta as pessoas, mesmo diante de
tragédias ou grandes decepções;
é aquilo que confere peso e densidade. O cultivo permanente da vida
interior produz irradiação sobre as
pessoas, um efeito de tranquilidade
e pacificação.
A vida interior representa, atualmente, a dimensão esquecida da
humanidade. Importa resgatá-la,
pois nela se encontra o segredo
da felicidade.
Ir. Luzia Divina
As coincidência de Deus
N
o dia 27 de fevereiro de
2011, duas jovens entraram no Postulado: Amália
e Zuleide. Numa celebração singela e confraternização acolhedora
Madre Sirlete e as comunidades:
Casa das Meninas, Madre Noemi,
Noviciado e Madre Gertrudes acolheram as duas Postulantes Sacramentinas. Com certeza, também as
comunidades distantes, estavam
unidas a nós e dão as boas vindas
e as acompanham com orações.
Desde a preparação que antecedeu a entrada, a celebração e o que
girava a nossa volta falavam sobre
o diálogo de Jesus com a Samaritana. Esse foi um tema trabalhado no
Aspirantado, e que pouco a pouco
vai aprofundar-se na vida de cada
uma neste tempo de discernimento
e conhecimento para continuar o
diálogo com Jesus e amá-lo cada
vez mais abrindo espaço para que
também outros possam conhecer
Jesus e amá-lo.
Tivemos a oportunidade, no
dia seguinte de fazer a leitura da
imagem impressa na folha da celebração e observar com atenção
cada personagem na cena e sua
posição. Por coincidência, o livro
da liturgia diária do mês de março
traz também na capa a imagem de
Jesus com a Samaritana. Ora, ela
estava mais acolhedora e aberta ao
diálogo e na imagem da celebração
anterior a Samaritana, demonstra
ainda medo, insegurança, Jesus era
alguém desconhecido. Que Jesus
Mestre se faça conhecer ao longo
do percurso e Nossa Senhora do
Sagrado Coração de Jesus guie os
passos de Amália e Zuléide por esse
caminho.
Ir. Terezinha Vieira
“ Se conhecesses o dom de Deus”
oi com esta motivação
e desejo de conhecer
e aproximar cada vez
F
E
sse é o desejo de Deus
para aqueles que desejam
sair de si mesmos e ir ao
seu encontro. É também o meu
desejo de agora em diante como
postulante sacramentina conhecer
verdadeiramente o dom Deus,
experimentar e viver a cada dia o
seu amor.
Foi com esse desejo que eu e
Amália demos mais um passo no
caminho a vida consagrada. No
dia 27 de fevereiro onde fomos
mais dos dons de Deus, que no dia
27 de fevereiro dei mais um passo
no seguimento de Jesus Cristo na
Vida Consagrada.
A entrada no Postulado foi marcada pelo texto Evangélico de João
4, 10-14. Como fez com a Samaritana, Jesus se aproxima de
nós a cada dia e nos convida
a conhecer, viver e partilhar
dos seus dons.
Peço as Irmãs que me
recebidas no postulantado
com uma calorosa acolhida
das irmãs e da Madre Sirlete que com sua reflexão
me fez voltar pra dentro de
mim mesma e responder a
uma pergunta “onde vais”? Esta
pergunta reacendeu mais o desejo
de pertencer a Jesus e a responder sempre: “Senhor vou onde me
enviardes”.
Só tenho a louvar e agradecer
a Deus por mais essa graça, por
acompanhem nessa nova etapa
com suas orações, para que este
caminho seja feito com fidelidade e
abertura à proposta de Deus.
Post. Amália Chagas
esta nova etapa a todas as irmãs
que rezaram e rezam pela nossa
fidelidade, o meu muito obrigada.
Com gratidão,
Post. Zuleide Pereira
A
Quem são os santos?
o pensarmos na vida dos
santos, provavelmente
imaginamo-los pessoas
super extraordinárias, dotados de
dons fantásticos e só qualidades e
nada de defeitos. Não conseguimos
cogitá-los pessoas como nós que
pisaram na mesma terra na qual
pisamos, que tinham qualidades e
defeitos como nós, que deitavam e
levantavam todos os dias dentro de
um ritual cotidiano de afazeres. É
em nossa mente pequena os santos
são: mega, super e hiper homens
e mulheres. Esquecemos que esses
eram pessoas como nós, somente
com um grande diferencial; amavam
muito a Jesus e por causa desse
o dia 13 de março
domingo na comunidade São José em
Guaçuí, aconteceu o encontro de
formação a nível paroquial com
os coroinhas. Estavam presentes
65 coroinhas.
Foi trabalhado com eles o
tema da Campanha da Fraterni-
N
C
amor diziam e faziam coisas que só
um grande é capaz de fazer. Santa
Gertrudes para nós e para todos
aqueles que a conhecem certamente é um forte exemplo de amor
que todos os santos devotaram a
Jesus. Portanto tudo que ela fez foi
motivada pelo amor ao Esposo de
sua alma. Para realizar o desejo de
nossa Fundadora, “Jesus amar-te
e fazer-te amado”, no dia da sua
glorificação(18 de Fevereiro), nossa
comunidade realizou uma maratona
de visita ao Santíssimo Sacramento
tendo como atletas os alunos da
nossa creche. A celebração eucarística veio coroar esse dia de intensas orações. Durante a homilia o
Aconteceu!!!
dade de 2011 - Fraternidade e vida
no Planeta. Lema: “A criação geme
em Dores de Parto”. (Rm 8,22)
Desenvolvemos com eles oficinas usando materiais para reciclar.
Foi uma experiência ótima as
crianças saíram do encontro entusiasmadas e com vontade de ajudar
sacerdote salientou que “não basta
admirar quadros ou imagens dos
santos, coisas estáticas e sem vida,
mas sim olhar a vida desses e imitálos em seu amor a Cristo”. E como
foi citado acima, sigamos o exemplo
de amor que nossa Santa tanto
dedicou a Jesus Sacramentado a
fim de nos santificarmos. Não esqueçamos que para sermos santas
seguidoras do Mestre “não ocorrem
grandes coisas,mas somente virtudes comuns, humanas, simples,
verdadeiras e autênticas”(Novena
de S.José).
Comunidade de João Lisboa
o nosso planeta.
“ O nosso planeta é o mais
lindo de todos. Ele é o maior presente que recebemos de Deus,
por isso não podemos descuidar
da vida que existe em todo o
ecossistema
Ir. Maria do Socorro
Obrigado Senhor
elebramos no dia 18/02
a santa missa pelo os 54
anos de ordenação sacerdotal de monsenhor Gilson,e em
honra a Santa Gertrudes Comensoli.
A comunidade reuniu-se e entoou um hino de louvor e gratidão
a Deus por mais uma dádiva
conquistada, que: é ter consigo a presença amável e
carinhosa do Monsenhor
Gilson. Com muito fervor
e entusiasmo celebrou os
54 anos de doação, de
oferta e entrega da sua
vida, do seu ser a Deus.
Para nós Sacramentinas, e leigos associados
foram momentos de refletirmos sobre as pegadas de
Santa Gertrudes, ela que em vida
expressava um grande amor e estima pelos sacerdotes. Com certeza
lá do céu continua a interceder
por todos os sacerdotes, para que
continuem fiéis aos compromissos
assumidos.
Na homilia Monsenhor mensionou Santa Gertrudes como um
modelo de vida eucarístca a ser seguido, através do lema Jesus amarte e fazer-te amado. Agradecendo
as irmãs pela presença e o trabalho
realizado na comunidade,
que estimula os leigos a
embeber-se do carisma
e concretizá-los em
suas vidas. Agradeceu sua família, fazendo memória dos
pais, pela educação
na fé que transmitiram com simplicidade
e sabedoria,da importância do seguimento:
Seguir Jesus é comprometer-se com o reino de
Deus. Enfatizando assim uma
catequese, levando as famílias a
pensarem o compromisso que abraçaram na vida a dois, na fidelidade
e educação aos filhos.
Celebramos às 18hs 30m, com
a presença de todas as pastorais e
demais paroquianos que se fizeram presentes. Após a santa missa
fizemos uma pequena homenagem
acompanhada de parabéns, mensagens e um coquetel, oferecido pela
paróquia e os paroquianos.
Tudo isto é motivo de alegria
e graça, que são momentos onde
as famílias se reúnem, para trocar
idéias e reforça também os laços
de amizades.
Ofertamos alguns símbolos,
caracterizando alguns momentos
da missão do Monsenhor Gilson. A
cruz, sandália, bíblia, lâmpada, pão
e vinho. Certamente alimentado e
imbuído pela palavra de Deus ele
encontra força, coragem e fé para
assumir a sua cruz com responsabilidade e dando motivo do seu ser
cristão.
Com ternura e gratidão.
Ir. Terezinha Irias
O que é: Infância Missionária?
T
odos sabemos o que é
infância. É a primeira
etapa da vida de todas
as pessoas. A criança é o grande
tesouro que Deus confiou à humanidade porque é uma vida a ser
desenvolvida. É sempre o símbolo
vivo de uma nova criação.
É na infância que se firmam as
bases para uma juventude e vida
adulta saudáveis. As necessidades
do crescimento da vida em Deus e
da vocação cristã missionária estão
intimamente entrelaçadas com o
desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social da personalidade
da criança missionária.
Vem de missão. Quer dizer enviado para realizar uma ação, uma
tarefa. Mas, antes de ser enviada a
pessoa é convidada, é chamada.
Na Bíblia encontramos muitas
pessoas que foram chamadas e
enviadas: Abraão, Moisés, Elias,
Samuel, Davi, Ester, Débora, Ana,
Isaias, Jeremias, Ezequiel, os profetas todos. Também os Anjos: o
Anjo Gabriel foi enviado por Deus
para anunciar a Maria que foi escolhida para ser mãe de Jesus.
Mas o grande Missionário, o Enviado por Deus Pai, é Jesus. “Deus
nos amou tanto que nos entregou o
seu Filho único” (Jo 3,16).O próprio
Jesus confirma: “Saí do Pai e vim
ao mundo” (Jo 16,28). “Fui enviado
para anunciar o Reino de Deus” (Lc
4,43).
Esta missão recebida do Pai,
Jesus a comunicou a todos os
seus discípulos e
discípulas
e a todos
os seus seguidores e
seguidoras.
Durante a sua
vida e, em
toda a sua
plenitude,
depois da
sua ressurreição:
“Como o Pai me enviou, assim
também eu vos envio” (Jo 20,21).
Antes de subir ao céu disse: “Toda
a autoridade me foi dada no céu e
sobre a terra. Ide, portanto, e fazei
que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo e
ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou
convosco todos os dias, até o fim
dos tempos” (Mt 28,18-20).
A Pontifícia Obra da Infância Missionária foi fundada por Dom Carlos
Forbin Janson, Bispo de Nancy,
França, no ano de 1843.
Essa atividade missionária com
as crianças foi motivada pelas
cartas e notícias que missionários,
principalmente da China, escreviam
contando a realidade triste e dura
das crianças naquelas regiões: doenças, mortalidade, analfabetismo,
abandono...
A finalidade desta Obra é suscitar o espírito missionário universal
das crianças e adolescentes,
desenvolvendo seu protagonismo na solidariedade e
na evangelização e, por
meio delas, em todo o
povo de Deus: “Ajudar
as crianças por meio
das crianças”, ou “criança evangeliza e ajuda
criança”, foi o grande lema
do Bispo fundador.
Esta obra é, pois, um serviço
em favor da animação, formação e
comunhão missionárias das crian-
ças e de seus animadores, para que
cooperem na evangelização universal, especialmente das crianças de
todo o mundo, e na solidariedade,
partilhando os bens materiais.
O nome origina-se da devoção,
existente na França, à Infância do
Menino Jesus.
a) É uma OBRA: distingue-se de
uma atividade apostólica transitória. Sua organização, a presença
em todo o mundo e a experiência
de mais de 150 anos testemunham
sua validade e eficiência.
b) É MISSIONÁRIA: não é somente um organismo de solidariedade com as crianças pobres nas
missões para oferecer-lhes comida,
roupas, educação e assistência
sanitária. Mas é missionária porque
educa as crianças na fé, na abertura
universal. Pelo compromisso do batismo partilham esta fé e seus bens
com todas as crianças.
c) É PONTIFÍCIA: foi aprovada
e assumida pelo Papa como Obra
evangelizadora e colocada a serviço
de toda a Igreja.
d) É da INFÂNCIA: os protagonistas são as crianças e os préadolescentes que se dedicam em
favor de todas as crianças da Terra,
independentemente de cultura, raça
ou religião.
e) É da INFÂNCIA MISSIONÁRIA: é obra das crianças em favor
das crianças. Elas se organizam e
se formam para serem bons missionários e missionárias para a evangelização e a fraternidade universal.
Ir. Mª do Socorro
À
Eu fui escolhida por Deus
mulher sempre foi delegado o papel de coadjuvante
na história, enquanto o
homem protagonizava as principais
conquistas da humanidade. Desde
os primórdios da sociedade, homens e mulheres assumiram papéis
diferentes os homens iam caçar
enquanto as mulheres ficavam
cuidando da família. Passaram-se
muitos séculos até elas reagirem
a esta subordinação, que culminou
na criação do movimento feminista
no século XVIII. A partir
disso, elas passaram a
exigir seus direitos e a
lutar por eles.
Aos poucos, as mulheres foram conseguindo
seu espaço na sociedade.
Porem, foi somente nos
anos 30 que conquistaram seu reconhecimento
enquanto cidadãs. Nesta
época, teve inicio a Segunda Guerra Mundial e,
com os homens lutando
nas trincheiras, a mão de
obra feminina passou a
ser uma necessidade dos
países envolvidos no conflito. Em
1932, a mulher conquistou o direito ao voto, durante o governo de
Getúlio Vargas. Foi neste período
também que nasceu, na Cidade
das Areias Brancas, a formiguense
Raymunda Jacintho da Silva. Ao
contrario da maioria das mulheres,
Raymunda vivia em um mundo
à parte da euforia identitária do
movimento feminino. Ela buscava
O
tempo precioso da Quaresma, mais facilmente
e mais imediatamente,
nos leva a olhar para Aquele que
nos amou e deu a sua vida por
nós; nos leva a olhar “Aquele que
transpassaram”; nos leva a olhar a
Eucaristia que contemplamos cada
dia, aquele CORAÇÃO de carne
dilacerado pela lança, pelo frio,
pelas atrocidades da humanidade
emprego sim, mas não para provar
sua condição de mulher moderna e
sim para ajudar a mãe a sustentar
a família.
Nascida em um berço humilde,
a formiguense é a quinta dos oito
filhos de José Jacintho da Silva e
Maria José Ribeiro da Silva. Sua
vida não foi fácil. Com o falecimento
do pai, ela teve de deixar as bricadeiras infantis de lado para ajudar
em casa. Estudou até a quarta série
na Escola Estadual Rodolfo Almeida. Aos 15 anos,
a formiguense
nutria um sonho diferente
das meninas de
sua idade. Ela
queria servir a
Deus como irmã
de caridade. No
entanto, sua vontade arrefeceu
ao constatar que
no Colégio Santa Teresinha só
existiam irmãs
brancas. Ela é
negra. Com 17
anos, decidiu então se mudar para
o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Trabalhou
como empregada doméstica e do
que recebia destinava uma parte à
família em Formiga.
Dois anos depois, retornou à Cidade de Areias Brancas, mas logo
voltou à capital carioca pra trabalhar
em um seminário de padres. Há um
ditado que diz “Deus não escolhe os
capacitados, mas capacita os escolhidos”. No seminário, ela percebeu
que era possível sim uma negra seguir a carreira religiosa. Como já se
sentia capacitada para se colocar a
serviço de Deus e conseguir realizar
o seu grande sonho em 1958, entrou
para o convento. Os seus votos perpétuos foram proferidos em 1967.
Naquela época, era muito comum
as religiosas adotarem um novo
nome. Ela passou a ser conhecida
como Irmã Gabriela. A Vida da Religiosa se deu em função do próximo.
Como Irmã, trabalhou em creches e
desenvolveu atividades voltadas à
infância e à juventude. Chegou até
a ir para o Maranhão trabalhar com
adolescentes grávidas. Hoje, aos
75 anos, ela vive em uma casa para
irmãs idosas, em Belo Horizonte.
Por telefone, Irmã Gabriela concedeu uma entrevista a revista “a
Par” e contou um pouco de sua infância em Formiga, de seu trabalho
e de sua história. Feliz, ela convida
as jovens que desejam se dedicar a
esta causa a acessar o e-mail bergamob@sacramentinasdebergamo.
org.br ou site www.sacramentinasdebergamo.org.br para buscar mais
informações.
OBS: O texto continuará no
próximo número
Entrevista extraida da Revista
“ a par” - Edição nº 169 - Março
de 2011
Quaresma
circunstante; aquele Coração que
é “a fonte inesgotável do santo e
perfeito amor”; aquele Coração de
carne que continua a amar confiando, mesmo quando experimenta o
abandono d’Aquele no qual colocou
toda a sua confiança: “meu Deus,
meu Deus porque me abandonaste”; aquele Coração de carne que
continua a entender quem o trai,
quem o renega, quem zomba dele;
aquele Coração de carne que continua a doar e a perdoar.
A escuta cotidiana, atenta, profunda, sincera da palavra do Senhor,
nos ajudará a abrir os olhos sobre o
Mistério do seu Amor, nos ajudará
a reconhecê-lo presente no ‘Pão
Partido’
Madre Germana Crotti
5º Encontro de Formação Sacramentina
P
ara alguns pensadores e
educadores, o papel da
Escola é simplesmente o
de ministrar conteúdos programáticos ou quase que tão somente
cumprir a carga horária e dias letivos previstos pelo MEC. Esta não
é a visão das Irmãs Sacrametinas
de Bérgamo que reservaram o dia
28 de janeiro de 2011 para uma
reflexão sobre o assunto.
Na Casa das Meninas, reuniramse educadores da Escola Madre
Gertrudes, bem como grupos representativos de todas as obras
das Sacramentinas da região de
Minas para o 5º ENCONTRO DE
FORMAÇÃO SACRAMENTINA.
Logo na apresentação animada
dos grupos de educadores de todas
as obras, tivemos a oportunidade
de visualizar a abrangência da
ação educativa da Instituição nesta
região, e sentir o clima que impulsiona a prática pedagógica.
Em seguida, uma oração no
pátio da casa preparou-nos para
a importante tarefa do dia.
Foi a irmã Isabel que nos
ajudou a refletir sobre o tema
“Como educar na perspectiva
do carisma das irmãs sacramentinas” . Em sua palestra,
ela sublinhou e desenvolveu o
tema que pode ser sintetizado
nestes dois pontos:
1- Estilo educativo sacramentino:
Comunhão: perceber o
outro como alguém que me pode
enriquecer;
Presença: ser que gera comunhão;
Método: buscar a unidade –
competências e habilidades devem
ser as mesmas em nossas instituições;
Êxodo – viver na perspectiva
de mudanças sem lamentar, nem
murmurar: educação é projeção
para o futuro;
Comunidade – viver na escola
a experiência de pessoas que vão
em frente caminham juntas como
comunidade.
2- Atitudes:
Competência, valorização do
outro, encorajamento, investigação,
apreço pelas normas e perfis de
valores fortes;
Amor; o educador sacramentino
deve saber amar; o amor que nasce
e cresce na experiência de Deus;
amor livre que educa à liberdade;
Livros e Revistas
Livro: “A caminho
da maturidade na experiência de Deus“ Autor: Alfonso Garcia
Rubio - Editora: Paulinas
O livro apresenta
alguns passos básicos
do processo de maturidade na experiência
do cristão, em diálogo com a psicanálise
profunda. O primeiro
passo é aceitarmos a
realidade da sombra
existente em cada um
e nas nossas comunidades. O segundo pas-
so, indispensável, consiste em superar a realidade do nosso narcisismo
radical. Igualmente indispensável é
a superação das relações infantis, a
partir da experiência vivida por Jesus
de Nazaré. O livro aborda
ainda a dimensão comunitária, que deve oferecer o clima
adequado para a vivencia da
relação com esse Deus que
em si mesmo é Relação. É
a luz e ao calor do amor de
Deus que a pessoa, que vai
amadurecendo na experiência de Deus cristão, vive o
reconhecimento do pecado e
o caminho da conversão.
amor competente; amor incondicional à pessoa do educando; amor
que nasce da confiança; amor que
se realiza na verdade.
Como se pode constatar, é uma
tarefa desafiadora, principalmente
nestes tempos modernos, em que
se torna mais simples fazer da
educação um pingue-pongue, pais
responsabilizam o Estado, Estado
devolve aos pais e profissionais do
Ensino devolvem aos pais e/ ou
culpam o mal exemplo da mídia e
de políticos que não só dão show
de desonestidade, como deixar
de investir na educação. E assim,
vamos vivendo numa ciranda que
parece não ter fim.
Mas os sábios, os grandes de coração, sempre têm uma saída feliz
que funciona como “pílula” de ação
positiva e jamais superada no tempo. Eis o que diz Santa Gertrudes,
fundadora das Sacramentinas de
Bérgamo: “A educação se faz com
ternura e firmeza!”. Depois de uma
calorosa reflexão, só podíamos nos
abraçar e entrelaçar nossas idéias
e convicções para uma ação mais
efetiva em prol da educação, pois
só assim seremos construtores de
uma verdadeira cidadania.
Foi numa mesa de refeição que
Jesus consolidou com seus discípulos o pacto de amar sem medida o
seu povo e lutar para sua redenção.
Em comunhão, descontraídos nos
despedimos saboreando um delicioso lanche.
Lucia - Escola Madre
Gertrudes
Falecimento
Pai- Ir. Antonia F. de Almeida (Madre Noemi)
Irmã - Ir. Maria das Graças
Oliveira (João LIsboa)
Irmã - Ir. Célia Cruz
(Madre Noemi)
“ Eu sou a ressurreição e a
vida. Aquele que crê em mim,
jamais morrerá”. (Jo.11,25)
Grão de Incenso
A
gravação do CD Grão
de Incenso, foi um trabalho muito bonito e
empenhativo, realizado na Província do Brasil.
O CD traz 10
músicas mais
a faixa interativa, onde retrata muito bem a
vida de Santa
Gertrudes Comensoli. Realmente foi um trabalho maravilhoso, vale a pena
adquirí-lo.
O CD “Grão de Incenso” - vem
nos mostrar a importância do
encontro com Cristo Eucaristia.
Essa é uma experiência pessoal
e íntima que supõe o encontro
pleno de dois que se amam. Deus
conhece os corações dos homens
e neles confia.
Entretanto, faz-se necessário
F
que o homem deixe transparecer
em sua vida à semelhança da fumaça do incenso a transcendência
do encontro íntimo com o Amado.
O diferencial daquele que faz a
experiência do Amor na intimidade
com o Amado é a capacidade de
amar a todos e ser presença para
o irmão deixando sempre um aroma
especial.
Á semelhança do grão de incenso, este CD tem o objetivo de ser um
instrumento de evangelização, para
fazer Cristo mais conhecido, amado
e adorado por todas as gentes.
Parabéns Ir. Elza Dias pelo seu
empenho incansável e corajoso!
Tenho certeza que o CD “Grão
de Incenso’, será um instrumento
maravilhoso para o nosso trabalho
apostólico, junto ao povo de Deus,
devotos de Santa Gertrudes, bem
como para nós suas filhas.
Parabéns queridas Irmãs “can-
toras”! Obrigada pela contribuição e colaboração!
Obrigada a você querida Irmã
que de uma forma ou de outra
contribuiu para o bom êxito desse trabalho. A família cresce e
enriquece cada vez mais quando
nos doamos, colocamos os nossos dons e talentos a serviço do
bem comum, quando oferecemos
nossas possibilidades, quando
acolhemos o diferente e valorizarmos o que é nosso.
Que nossa Santa Madre Gertrudes continue intercedendo por
cada uma de nós, a fim de que
sejamos em nossas comunidades, escolas, paróquias, onde
estamos, este grão de incenso
que perfuma, que exala a bondade, o amor, a misericórdia e muita
serenidade.
Ir. Roneide
Nomeado novo bispo auxiliar de BH
oi ordenado no dia 19 de
março, por Dom Walmor
de Oliveira Azevedo , o
novo auxiliar para a diocese de BH,
Dom Luiz Gonzaga Fechio. Disse
Dom Luiz antes do encerramento
da celebração: “A graça que recebi não é um
ponto de chegada,
não é para que eu
a guarde comigo, é
para que o Senhor
me use para distribuir muitas graças, principalmente ao pequeno”.
Que Nossa Senhora, que hoje
lembro como Nossa Senhora da
Piedade, Padroeira de Minas Gerais, me carregue em seu colo”.
Parabéns, querida Irmã
Maio
Ir. Franciza Garcia da Silva - 03
Abril
Ir. Tâmara Ramos Teixeria - 05
Ir. Pâmela P. S. Lourenço - 03
Ir. Maria Aparecida de Souza - 07
Ir. Maria Flor de Maio Pimenta - 10
Ir. Eliamar Florência da Silva - 10
Junho
Ir. Eunice Vieira da Costa - 09
Ir. Ir. Telma Gomes Crisanto - 11
Ir. Sandra Maria Alves da Silva - 11
Ir.Fabiane de Sá Coutinho - 15
Ir. Luzia Divina da Silva - 01
Ir. Iraci Miranda da Silva - 13
Ir. Maria Rodrigues Santana - 18
Ir. Maria Amélia Garcia - 06
Ir. Luzia Alves - 20
Ir.Maria de Lourdes Campos - 09
Ir. Maria das Graças Nunes - 21
Ir.Maria das Graças Lima - 10
Ir. Liberalina Ribeiro - 17
Ir. Antonia F.de Almeida - 24
Ir. Cecilia Maria Coelho - 23
Ir. Maria Margarida de Jesus - 29
Ir. Fatima Aparecida da Silva - 12
Ir. Maria das Graças Rocha - 23
Ir.Terezinha Jesus G.Caldas - 30
Ir. Maria Elza da Silva - 28
Ir. Antonia Rodrigues -13
Ir. Maria de Fátima Grigio - 28
Ir. Miraci Pereira da Silva - 14